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Pós Graduação CBA em Logistica *HVWmR�GH�7UDQVSRUWH�H�'LVWULEXLomR Notas de Aula 1 ����Prof. 6LOYLR�0RQWHV� Ementa T Programas Executivos Ibmec Business School Programa de CBA Logística GESTÃO DE TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO Prof. Silvio Montes Pereira Dias Qualificação do professor: Silvio Montes Pereira Dias, é Mestre Profissional em Logística pelo Departamento de Engenharia Industrial da PUC-Rio, Bacharel em Ciências Contábeis (1989) e Especialista em Analise de Projetos e gerência de Sistemas (2000). Diretor de Logística Internacional da B&A Logistica, Ex Diretor da Avalon Unit Comércio Exterior e da Celera Consultoria e Treinamento, Professor nas áreas de Logística Internacional e Transportes. Autor de artigos publicados em revistas e jornais na área de Logística Empresarial e Logística Internacional. Descrição e Objetivos do Curso: Apresentar os conceitos e fundamentos da Política de Transporte; Obter informações acerca das contribuições teóricas disponíveis em logística empresarial e apreciá-las criticamente em face das características do novo ambiente de negócios; Identificar novas tendências em logística Empresarial; Estabelecer a ponte entre contribuições teóricas e sua prática cotidiana. Estrutura do Curso: Exposição dialogada dará suporte aos debates e estudos de caso e exercícios a serem desenvolvidos na disciplina. Critérios de Avaliação: A avaliação do curso será composta através da seguinte ponderação: Prova Escrita – 70% Exercícios – 30% Plano de Aula: Sessão Temas Casos (leitura prévia obrigatória) Leituras Recomendadas 1. Introdução 2. Transportes no Brasil 3. Panorama Transporte de Cargas 4. Estratégias de Transporte 5. Roteirização Programas Executivos 6. Gestão de Transportes e Frotas 7. Roubo de Cargas e Impactos Econômicos dos Acidentes 8. Modais de Transporte 9. Distribuição Física 10. Avaliação Bibliografia Recomendada: Livro texto, se houver, e outros títulos/artigos recomendados. Bibliografia Título Autor Editora Básica Apostila Transporte e Distribuição Silvio Montes Pereira Dias Complementar Gerenciamento da cadeia de suprimentos BALLOU,Ronald Bookman.2001 Informações Finais: silvio.montes@bealogistica.com.br 21-7820-1041 Apresentações T Prof. Silvio Montes Pereira Dias 99929-9121 silvio.montes@bealogistica.com.br Gestão de Transportes e Distribuição Busca diferenciação . São usuários especialistas e inovadores. Podem ser localizados por meio de uma rede de informações. Identifica e ajuda a criar produtos inovadores. Valoriza cada vez mais a qualidade dos serviços Estão cada vez mais exigentes Compram com mais frequência e em menores quantidades Buscam prazos de entregas cada vez menores Sofrem forte pressão por redução de estoques O Cliente / Consumidor hoje: Nível de Serviço 1 Nível de Serviço Disponibilidade do Produto / Serviços Tempo do ciclo do pedido Exatidão no atendimento dos pedidos Tratamento dos pedidos de emergência Informação sobre o status do pedido Politica de devolução Procedimento para tratar reclamações Garantias e serviços tecnicos Expectativa do cliente /consumidor Produto certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo ao menor custo possível Nível de Serviço Expectativa do cliente / consumidor 2 Processo que agrega valor de: Lugar Tempo Qualidade Informação À cadeia produtiva, atendendo ao Cliente Final Produto certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo ao menor custo possível AFINAL...O QUE É LOGÍSTICA? 3 Missão da Logística possível Logística um diferencial competitivo 4 Antes Atividade econômica e militar soldados soldados combatente de apoio 50 ac. 9000 25 1914-1918 10 3 1939-1945 1 1 Vietnã 15 85 Guerra do Golfo <10 >90 Hoje Conceito gerencial Ferramenta competitiva globalização proliferação de produtos menores ciclos de vida de produtos maiores exigências de serviços ......... 5 1835 EUA Logística Empresarial 1956 1965 Logística Empresarial consolidada ( reduzir custos ) 1965 1970 Gestão Materiais e Distribuição Física 1970 1980 Crise Petróleo ( Sist. Produção ) Supply Chain A partir 1980 Estruturas Militares 1670 França • 1940 / 1950 => Logística Militar (II Guerra) • 1950 / 1960 => Transportes • 1960 / 1970 => Transportes e Movimentação carga • 1970 / 1985 => Transportes e Estoques • 1985 / 1990 => Distribuição Física • 1990 / 1995 => Logística Integrada • 1995 / 2000 => Supply Chain Management • 2000 / 2002 => Logística Global Historicamente temos: Algumas definições de Logística 6 Qualidade Tempo Custo Inteligência Maximizando o uso de toda informação Ter o suprimento certo, no momento certo, no lugar certo, na hora certo na melhor qualidade e custo possíveis. Objetivos da Logistica As principais causas para o baixo valor dos fretes rodoviários são: baixas barreiras de entrada, altas barreiras de saída, baixa manutenção e renovação de veículos, carregamentos com sobre peso, jornadas de trabalho excessivas e inadimplência no setor. Mercado: Preços muito baixos 7 Matriz do Transporte - Brasil Transportes no Brasil 8 Até a década de 1950, a economia brasileira se fundava na exportação de produtos primários, e com isso o sistema de transportes limitou-se aos transportes fluvial e ferroviário. Com a aceleração do processo industrial na segunda metade do século XX, a política concentrou os recursos no setor rodoviário, com prejuízo para as ferrovias, especialmente na área da indústria pesada e extração mineral. Como resultado, o setor rodoviário,o mais caro depois do aéreo, movimentava no final do século mais de sessenta por cento das cargas. Transportes no Brasil Transportes no Brasil Origens O intuito de criar uma rede de transportes ligando todo o país nasceu com as democracias desenvolvimentistas, em especial de Getulio Vargas e Juscelino Kubitscheck . Naquela época, o símbolo da modernidade e do avanço em termos de transporte era o automóvel. Isso provocou uma especial atenção dos citados governantes na construção de estradas. Desde então, o Brasil tem sua malha viária baseada no transporte rodoviário. 9 Transporte rodoviário As primeiras rodovias brasileiras datam do século XIX, mas a ampliação da malha rodoviária ocorreu no governo Vargas, com a criação do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937. As dificuldades econômicas do país a partir do final da década de 1970 causaram uma progressiva degradação da rede rodoviária. A construção de novas estradas foi praticamente paralisada ou se manteve apenas setorialmente e em ritmo muito lento e a manutenção deixou de obedecer a requisitos elementares. Este é o principal meio de transporte no Brasil tanto em relação ao transporte de cargas quanto o de pessoas, embora não seja o mais indicado para todos os fins devido a seu custo e poluição ambiental. Transportes no Brasil TRANSPORTE RODOVIÁRIO % NO TOTAL DO PAÍS CHINA 8% AUSTRÁLIA 24% EUA 26% BRASIL 60% 10 TRANSPORTE RODOVIÁRIO NO BRASIL • CONDIÇÕES INADEQUADAS DO TRANPORTE – 33% = DISTÂNCIAS > 1000 Km – 27% = DISTÂNCIAS DE 500 Km A 1000 Km – 40% = DISTÂNCIAS< 500 Km • CONDIÇÕES DAS ESTRADAS – 10% DE ESTRADAS PAVIMENTADAS – 68 % CONDIÇÕES DEFICIENTES DO TOTAL DE 42. 825 Km • IDADE DA FROTA > 18 ANOS • PREÇOS DEFASADOS – BRASIL = 18 US$ / 1000 TKU – EUA = 56 US$ / 1000 TKU Transporte Ferroviário •Primeiras iniciativas nacionais, relativas à construção de ferrovias remontam ao ano de 1828, quando o Governo Imperial autorizou por Carta de Lei a construção e exploração de estradas em geral. O propósito era a interligação das diversas regiões do País. • Dentre as ferrovias citadas, salienta-se a implantação da Paranaguá – Curitiba, que se constituiu um marco de excelência da engenharia ferroviária brasileira, considerado, à época, por muitos técnicos europeus, como irrealizável. A sua construção durou menos de 5 anos, apesar das dificuldades enfrentadas nos seus 110 km de extensão. Transportes no Brasil 11 TRANSPORTE MARÍTIMO NO BRASIL • 93% DO COMÉRCIO EXTERIOR • 50% REDUÇÃO DE CUSTOS PORTUÁRIOS DESDE 1993 • PRODUTIVIDADE AUMENTOU EM 3 VEZES DESDE 1993 • CUSTOS PORTUÁRIOS AINDA 20% MAIOR QUE MÉDIA MUNDIAL ; 3 VEZES MAIORES QUE CINGAPURA, AMSTERDAN E HONG KONG • CUSTOS OPERACIONAIS : – SANTOS = US$ 320 POR CONTEINER – BUENOS AIRES = US$ 220 – ROTERDà = US$ 100 • PRODUTIVIDADE • ATUALMENTE PORTO DE SANTOS MOVIMENTA 40 CONTEINERES / h EM COMPARAÇÃO À 11 CONTEINERES / h EM 1997 RÁPIDO CRESCIMENTO DA MOVIMENTAÇÃO DE CONTAINERS NOS TERMINAIS PORTUÁRIOS Fonte: Coppead/UFRJ 12 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NOS TERMINAIS PORTUÁRIOS Fonte: Coppead/UFRJ Densidade de Infra Estrutura Ferroviária: Brasil x EUA (Fonte: CNT/Coppead, 2002) 13 28 Invasão da faixa de Segurança 14 Transporte hidroviário • As hidrovias, uma alternativa sempre lembrada dadas as condições privilegiadas da rede fluvial nacional, pouco se desenvolveram. A navegação fluvial nunca foi bem aproveitada para o transporte de cargas. Em 1994, a malha hidroviária participava com apenas 1% do transporte de cargas. • Falta de abertura de canais e interligação com outros modais. • O litoral é de 9.198 km e possui uma rede hidroviária enorme e ainda não explora adequadamente o transporte marítimo. • O modal aquaviário é fundamental para promover e integrar o país interna e externamente. Afinal, são oito bacias com 48 mil km de rios navegáveis, reunindo, pelo menos, 16 hidrovias e 20 portos fluviais. Transportes no Brasil HIDROVIAS BRASILEIRAS 42.000Km NAVEGÁVEIS E 8.500 Km UTILIZADOS CUSTOS 20% A 30% MENORES SOJA, MINÉRIOS, OUTROS AGRÍCOLAS, CIMENTO, ETC. • HIDROVIA- MOVIMENTO • MADEIRA = 3,65 MILHÕES DE TON • TIETÊ-PARANÁ = 1,6 MILHÕES DE TON OU 694.000 TKU • SÃO FRANCISCO = 43. 000 TKU 15 HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ SECRETARIA DOS TRANSPORTES PARÂMETROS DE COMPARAÇÃO ENTRE MODAIS DE TRANSPORTE CONSUMO DE ESPAÇO: Unidades Equivalentes de Capacidade de Carga MODAIS HIDRO FERRO RODO Capacidade de Carga 1 Comboio Duplo Tietê (4 chatas e empurrador) 6.000 t 2,9 Comboios Hopper (86 vagões de 70 t) 172 Carretas de 35 t Bi-trem Graneleiras Comprimento Total 150 m 1,7 km 3,5 km (26 km em movimento) Fonte: DH, TCL SECRETARIA DOS TRANSPORTES HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE TRANSPORTE (MILHÃO DE TKU) 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1.000 Pr od uç ão (T K U X 1 06 ) 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 ANO SOJA FARELO DE SOJA ÓLEO VEGETAL ÓLEO DIESEL MILHO SORGO TRIGO AÇÚCAR ÁLCOOL XAROPE DE CANA CANA CALCÁRIO ADUBO AREIA CASCALHO MADEIRA / CARVÃO MANDIOCA ARROZ PNEUS PROJETADA 320 320 425 550 584 590 743 752 858 916 894 983 (*) (*) (*) (*) (*) (*) Métodos estatísticos não revisados 16 20 34 116 0 20 40 60 80 100 120 Hidro Ferro Rodo CO2 (kg/1.000 tku) 5,00 0,75 0,17 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 Hidro Ferro Rodo HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ SECRETARIA DOS TRANSPORTES PARÂMETROS DE COMPARAÇÃO ENTRE MODAIS DE TRANSPORTE CONSUMO DE COMBUSTÍVEL: (LITROS / 1.000 TKU) Fonte: Ministério dos Transportes - 1997 5 10 96 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Hidro Ferro Rodo EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: CARGA / POTÊNCIA (t / HP) EMISSÃO DE POLUENTES: 254 831 4.617 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 Hidro Ferro Rodo NOx (g/1.000 tku) Fonte: DOT/Maritime Administration e TCL Transporte aéreo • A extensão do país e a precariedade de outros meios de transporte fizeram com que a aviação comercial tivesse uma expansão excepcional no Brasil. Em 1960, o país tinha a maior rede comercial do mundo em volume de tráfego depois dos Estados Unidos. • Iniciou-se a aviação comercial brasileira em 1927. • A crise e o estímulo do governo federal às fusões de empresas reduziram esse número para apenas quatro grandes empresas comerciais. • O transporte aéreo tem importância pelo fato do Brasil ser um país extenso, há vôos que podem durar mais de 4 horas ao se viajar para cidades distantes. Transportes no Brasil 17 Panorama dos Transportes no Brasil A Globalização de mercados impôs, a todos os players, que busquem adequar-se aos parâmetros internacionais de eficiência e produtividade, pois, do contrário, estarão alijados do processo de desenvolvimento. 18 Resultados: Ineficiência no transporte de tipos de cargas e percursos que deveriam ser feitos por meio do modal ferroviário ou aquaviário. A sobrecarga nas rodovias nacionais contribui para o seu péssimo estado geral de conservação – 80% das rodovias federais sob gestão estatal se encontram em estado deficiente, ruim ou péssimo. Deficiência na Gestão e Estrutura dos Transportes O Modelo atual de intervenção do Estado é inadequado. Há a necessidade de uma nova organização aparelhada para assumir estudos, planejamento e acompanhamento: da logística dos transportes, da intermodalidade, da melhor gestão dos recursos públicos, e das diretrizes para a realização dos investimentos privados. Existe uma superposição de funções entre os diversos órgãos públicos do setor; 19 É baixa a eficiência do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes – DNIT e das administrações portuárias públicas; Há pouca integração entre as duas Agências Reguladoras; A atuação do Conselho Nacional de Integração das Políticas de Transporte não está efetivada; Deficiência na Gestão e Estrutura dos Transportes Particularmente no setor federal de transportes, os limites de atuação dos órgãos públicos estão confusos e superpostos. Não existe uma separação das administrações hidroviárias das administrações portuárias; Há falta de solução para os órgãos do setor em processo de liquidação/desestatização. Deficiência na Gestão e Estrutura dos Transportes 20 O Resultado da falta de investimentos e da deficiência da gestão da estrutura dos transportes gera a preocupante situação: a desvantagem competitiva do País em relação a seus concorrentes no mercado internacional. Deficiência na Gestão e Estrutura dos Transportes . Aumentar a competição no Transporte de cabotagem de cargas • No Brasil, a oferta dos serviços no transporte marítimo de cabotagem de mercadorias é baixa. • O espaço ofertado pelos navios é insuficiente para atender a demanda. Reduzir as limitações hoje existentes ao afretamento de embarcações estrangeiras por parte das empresas brasileiras de navegação de cabotagem. RECOMENDAÇÕES 21 Aperfeiçoar a legislação das ferrovias sobre o direito de passagem/tráfego mútuo e resolver o problemadas invasões nas faixas de domínio As regulações sobre o direito de passagem e o tráfego mútuo precisam ser aperfeiçoadas, especialmente no acesso ferroviário ao Porto de Santos. Outro ponto crítico é a invasão das faixas de domínio nos acessos ferroviários, especialmente, nos Portos do Rio de Janeiro e de Santos. A retirada e conseqüente liberação do tráfego ferroviário melhoraria a velocidade comercial das composições. RECOMENDAÇÕES Eleger a Multimodalidade como o grande norte a ser perseguido em termos de políticas e de investimento público. Logística doméstica ou internacional - não pode ser praticada sem que o ambiente Multimodal exista, seja do ponto de vista legal, seja na sua própria infra-estrutura. A Multimodalidade – é a resposta concreta para equacionar o problema do alto custo logístico. RECOMENDAÇÕES 22 “Portos Secos” Implantação de “Portos Secos aparelhados para cumprir seu papel de elo de ligação entre as zonas industriais/comerciais e portos e aeroportos. Os “Portos Secos” devem ser instalados, necessariamente, em local servido por dois ou mais modais de transportes, produzindo um fluxo de transportes econômico, racional, preservando as condições ambientais e de qualidade de vida das comunidades da região. RECOMENDAÇÕES 46 Instrumento para a organização estratégica, com visão integrada de território e desenvolvimento. Transporte como agente indutor e facilitador do desenvolvimento. Melhor equilíbrio na matriz de transportes do Brasil, com maior participação dos modos ferroviário e hidroviário, mais eficientes em termos econômicos, de consumo de energia e de sustentabilidade ambiental. Prioridade para a elevação do patamar de investimento em infraestrutura, destinando pelo menos 1% do PIB a transportes no período 2008-2023 (excluída a recuperação de rodovias). A retomada do Planejamento em Transportes Plano Nacional de Logística e Transportes – PNLT 23 47 O PNLT aponta caminhos para mudança da matriz. Consolidação de uma nova malha ferroviária brasileira (lei 11772/2008), com implantação de 11,8 mil km de novos trechos ferroviários, dos quais cerca de 10,7 mil km em bitola larga. As novas ferrovias vão atender às áreas de expansão da fronteira agrícola e de exploração mineral. Essa nova malha ferroviária básica prepara o País para um novo ciclo de crescimento econômico, atendendo à expansão da demanda interna e à articulação com os portos exportadores. Estratégias de transporte 24 GENERALIDADES • VALOR DE LUGAR E DE TEMPO LOGÍSTICO • REPRESENTAM EM MÉDIA 50% A 60% DOS CUSTOS LOGÍSTICOS TOTAIS • AGENTES ATUANTES: EMBARCADORES; TRANSPORTADORES; DESTINATÁRIOS; GOVERNO. • PRINCÍPIOS GERAIS : – ECONOMIA DE ESCALA: CARGAS FECHADAS x CARGAS FRACIONADAS – ECONOMIAS DE DISTÂNCIA : DESPESAS FIXAS X DISTÂNCIA – TRADE OFFS : TRANSPORTE X ESTOQUE ; TRANSPORTE X SERVIÇO AO CLIENTE DISTÂNCIA CUSTO UNITÁRIO DISTÂNCIAS • CUSTOS FIXOS SÃO DILUÍDOS QUANTO MAIOR A DISTÂNCIA: • UMA VIAGEM DE 500KM E DE 50 KM TÊM OS MESMOS FIXOS QUE SÃO DILUÍDOS EM UMA DISTÂNCIA MAIOR • PORTANTO O CUSTO UNITÁRIO TORNA-SE MENOR. • TRANSPORTES URBANOS TENDEM A SER MAIS CAROS QUE OS INTERMUNICIPAIS 25 VOLUME TRANSPORTADO • ECONOMIAS DE ESCALA DO TRANSPORTE, OU SEJA , O CUSTO UNITÁRIO DECRESCE COM O AUMENTO DO PESO A SER TRANSPORTADO RELATIVO AO MÁXIMO POSSÍVEL NO MODAL ANALISADO. CUSTO POR Kg PESO DA CARGA DENSIDADE DA CARGA • RELAÇÃO ENTRE O PESO E O VOLUME DA CARGA. O PREÇO DO FRETE SERÁ FUNÇÃO DO PESO E DO VOLUME OCUPADO. CUSTO POR Kg DENSIDADE DA CARGA 26 CARACTERÍSTICAS DOS TRANSPORTES • VELOCIDADE: É A DISTÂNCIA PERCORRIDA PELO TEMPO CONSUMIDO EM CADA VIAGEM • DISPONIBILIDADE: A CAPACIDADE DO MODAL ATENDER A QUALQUER PONTO DE ORIGEM E DESTINO. • CONFIABILIDADE: É A MEDIDA DA CERTEZA DE CUMPRIR O TEMPO DE VIAGEM PROGRAMADO. • CAPACIDADE: REFERE-SE À POSSIBILIDADE DE TRANSPORTAR VOLUMES E PESOS EM GRANDE QUANTIDADE.S, • FREQÜÊNCIA: REFERE-SE AO NÚMERO DE VIAGENS EM CERTO INTERVALO DE TEMPO CLASSIFICAÇÃO EM ORDEM CRESCENTE DOS MODAIS CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS FERROVIÁRIO RODOVIÁRIO AQUAVIÁRIO DUTOVIÁRIO AÉREO VELOCIDADE 3 2 4 5 1 DISPONIBILIDADE 2 1 4 5 3 CONFIABILIDADE 3 2 4 1 5 CAPACIDADE 2 3 1 5 4 FREQÜÊNCIA 4 2 5 1 3 RESULTADO TOTAL 14 10* 18 17 16 % PARTICIPAÇÃO NO TRANSPORTE DE CARGA BRASIL ANO 2000 (ton x km) 20,86 % 60,49 % 13,86 % 4,46 % 0,33 % % PARTICIPAÇÃO NO TRANSPORTE DE CARGA USA (1990) ( ton x km) 37,3 % 25,7 % 16,1 % 20,4 % 0,4 % 27 CARGAS TRANSPORTADAS FERROVIÁRIO RODOVIÁRIO AQUAVIÁRIO DUTOVIÁRIO AÉREO PRODUTOS DE BAIXO VALOR E ALTO PESO PRODUTOS DE MÉDIO VALOR E PESO PRODUTOS DE ALTO PESO E BAIXO VALOR ALTOS VOLUMES PRODUTOS FLUIDOS PRODUTOS DE ALTO VALOR PRODUTOS DE BAIXO PESO PRODUTOS DE URGÊNCIA INDUSTRIA EXTRATIVAS PESADAS COMMODITIES AGRÍCOLAS PRODUÇÃO LEVES E MÉDIAS MOV. ENTRE ATACADISTAS E VAREJISTAS MINERAIS PRODUTOS QUIMICOS CIMENTO PROD. AGRICOLAS PETRÓLEO ÓLEOS PESADOS GÁS NATURAL PEQUENOS VOLUMES INFORMÁTIC A FLORES PERECÍVEIS MALHA DE TRANSPORTES Km POR 1.000 Km² DE ÁREA DO PAÍS EUA 447 Km MÉXICO 57,2 Km CHINA 38,3 Km BRASIL 26,4 Km 28 PREÇOS RELATIVOS DOS MODAIS ( US$ /10³ TON X KM) USA BRASIL BRASIL/ USA AÉREO 320 5,7/22/35/64 Maior do que: 450 22/28/45/50 Maior do que: 1,41 RODO 56 4 /6 /11 20 1,25 / 2 / 2 0,36 FERRO 14 1,5 / 3 16 1,6 / 1,7 1,14 DUTO 9 1,8 10 1,11 1,11 AQUAVIARIO 5 9 1,8 FONTE: Coleção Coppead, 2003. OUTROS CONDICIONANTES NOS TRANSPORTES • Facilidade de acondicionamento: dimensões das unidades de carga, forma geométrica, • Facilidade no manuseio: dificuldades e uso de equipamentos especiais no carregamento e descarga . a embalagem, o nível de unitização, a forma de amarração das cargas influem nos custos do tranporte • Responsabilidade: riscos de danos, de roubos, incêndios, cargas de produtos perigosos, valor das mercadorias, etc. Influem fortemente nos preços dos fretes. • Mercado: as possibilidades de combinação de fretes de retorno. Retorno vazio significa fretes maiores. Sazonalidades de mercado influem fortemente na demanda e oferta de fretes . 29 DECISÕES D0 EMBARCADOR • Escolha dos modais de transporte, projeto da rede de transporte para distribuição e suprimento, etc com objetivo de minimizar custo total. • Custo do frete: valor pago ao transportador função do tipo de modal, quantidade a ser transportada, distancias, carga de retorno, frequencia do modal na região, etc. • Custos de manutenção de estoques em trânsito: função do valor agregado da mercadoria, das quantidades transportadas e do tempo de trânsito utilizado. • Custo das instalações: custos relacionados aos armazéns necessários, aos transbordos, etc. • Custos de processamento: relativos ao embarque e desembarque necessários, utilização de modais auxiliares (multimodalidade), etc. • Custo de serviço aos clientes: exigências adicionais de clientes que exijam condições especiais de transporte. DECISÕES DO TRANSPORTADOR • Custo do investimento em veículos: caminhões, navios, barcaças, aviões, vagões, locomotivas, etc. • Custos fixos relativos aos terminais: mão de obra indireta, sistemas de carga e descarga, etc. • Custos variáveis : mão de obra na viagem, combustível, manutenção geral para manter em viagem 30 TRADE-OFF DE CUSTOS NOS TRANSPORTES(Exemplo) • A empresa Saturno precisa decidir entre três modais de transporte que utilizará paraa transferência de 20.000 unidades por ano de um produto com valor unitário de R$ 1000,00, entre sua fábrica e o seu centro de distribuição(CD). Para tanto a empresa verificou que as características de disponibilidade, confiabilidade e de freqüência são equivalentes para os modais aéreo, rodoviário e ferroviário que servem as regiões analisadas. Nestas condições precisa analisar o trade-off entre os três modais por meio dos custos totais, sabendo que a taxa de manutenção dos estoques na empresa é de 20% ao ano. Foram coletadas as informações abaixo, onde: Lote mínimo de despacho é a quantidade mínima aceita por cada modal, sendo a quantidade a ser mantida em estoque na fabrica e no CD; preço do frete é o valor unitário por peça transportada no modal; tempo de trânsito é o tempo em dias que dura a viagem de cada modal. Admite-se que os lotes de envio sejam equivalentes às quantidades mínimas aceitas pelos modais. • Aéreo Rodoviário Ferroviário • Lote mínimo de despacho... 2000 pç 7000 pç 15000 pç • Preço do frete ....................R$ 100,00 / unid. R$ 4,50 / unid R$ 3,50 /unid. • Tempo de transito ..............1 dia 5 dias 10 dias Custo Compone nte Formula Aéreo Rodo Ferro Frete Frete x Consumo 20.000 x 100= 2.000.000,00 20.000 x 4,5 = 90.000,00 20.000 x 3,5 = 70.000,00 Man Estoque na saída I x P x ( lote mínimo / 2 ) 0,20 x 1000 x 2000/2 =200.000,00 0,20 x 1000 x 7000/2 = 700.000,00 0,20 x 1000x 15000/2= 1.500.000,00 Man Estoque na chegada ao CD I x P’ x ( lote mínimo / 2 ) 0,20 x 1.100 x 2000/2= 220.000,00 0,20 x 1.104,5 x 7000/2 = 773.150,00 0,20 x 1.103,5 x 15000/2 = 1.655.250,00 Estoque em trânsito I x P x Consumo / 365) x tempo de viagem 0,20 x 1000 x 20.000/365 x 1 = 10.958,89 0,20 x 1000 x 20.000/365 x 5 = 54.790,45 0,20x 1.000x 20.000/365 x10 =109.580,90 Custo total R$ 2.430.958,89 R$ 1.547.944,52 R$ 3.184.839,04 31 Roteirização ROTEIRIZAÇÃO DO MODAL • Origem e destino diferentes – Método da rota mais curta • Origem e destino múltiplos – Método do transporte ( otimização por programação linear) • Origem e destino coincidentes – Problema do caixeiro viajante ( resolução por métodos heurísticos, 32 Método da rota mais curta A B E C D F H G 90 130 85 90 76 230 Origem Destino 45 65 32 70 50 102 140 Rede de auto estradas Problema: determinar a melhor rota entre a origem e destino Método manual ou software: entrada com as coordenadas dos nós e as distancias ou custos entre cada um dos nós. ( ROUTE, BALLOU, 2001) Origem e destino múltiplos Método do transporte EXIGE CARGAS COMPLETAS (LOTES PRÓXIMOS À LOTAÇÃO DO MODAL), NÃO PRECISA DE ARMAZEM (CD) INTERMEDIÁRIO, NÃO EXISTE TRANSBORDO DE MERCADORIAS (RISCOS COM EMBALAGENS, ERROS ETC), TEMPO DE ENTREGA MENOR, EXIGE CONDIÇÕES DE RECEBIMENTO NOS CLIENTES. 33 RESTRIÇÕES ADICIONAIS NA ROTEIRIZAÇÃO • Janela de tempo nas paradas • Caminhões com capacidades diferentes • Tempo de trabalho de motoristas • Barreiras geográficas • Problemas climáticos • Etc. Gestão de Transportes e Frotas 34 Gestão de Transporte e Frotas • O termo “gestão de frotas” representa a atividade de reger, administrar ou gerenciar um conjunto de veículos que pertencem a uma mesma empresa; • Ampla abrangência - envolve diferentes serviços, como as atividades de dimensionamento, especificação de equipamentos, roteirização, custos, manutenção e renovação de veículos, entre outras. Gestão de Transporte e Frotas - O transporte de cargas • No Brasil, o transporte de cargas “rodoviário” – tem uma estrutura respeitável, responsável pelo escoamento, de safras inteiras à simples encomendas. • A estrutura, gira em torno de aproximadamente 7,5 % do PIB, cerca de 30 bilhões de dólares por ano; • Desempenha papel vital para a economia e o bem- estar da nação. 35 Gestão de Transporte e Frotas o transporte de cargas • O transporte rodoviário de carga no Brasil opera em regime de livre mercado, regulado segundo a Lei nº 11.442, de 5 de janeiro de 2007, que dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração. 1. Por se tratar de uma atividade econômica, em regime de livre concorrência, o transportador precisa de prévia inscrição no RNTRC da ANTT; 2. ANTT (atuação) – abrange mais de 85% do transporte de cargas no Brasil e, nesse total, estão os 60,48% operados pela modalidade rodoviário. Gestão de Transporte e Frotas O transporte de cargas • O RNTRC – de porte obrigatório – é a certificação para a prestação do serviço de transporte rodoviário de cargas por empresas transportadoras, cooperativas e transportadores autônomos do Brasil; • A ANTT administra o RNTRC com a finalidade de atender reivindicação dos transportadores; • O principal objetivo da ANTT ao criar o RNTRC visa regularizar o exercício da atividade e disciplinar o mercado de transporte rodoviário de cargas; • A ANTT ao adotar essas medidas, sugere as seguintes vantagens: • Manter atualizados os dados da oferta do transporte rodoviário de cargas; distribuição espacial, composição e idade da frota; áreas de atuação (urbana, estadual e regional) dos transportadores; 36 Gestão de Transporte e Frotas O transporte de cargas • especialização da atividade econômica (empresas, cooperativas e autônomos) e fiscalização do exercício da atividade; • mais informação sobre a oferta de transporte, maior segurança ao se contratar um transportador, redução de perdas e roubos de cargas e redução de custos dos seguros; • melhora na fiscalização – o porte do certificado é obrigatório e é fiscalizado pela Polícia Rodoviária Federal, em todas as rodovias federais do país e pelos fiscais da ANTT Alguns números sobre transporte de cargas • 834.471 transportadores inscritos sendo 703.545 autônomos, 130.293 empresas e 633 cooperativas, que totaliza uma frota de 1.595.133 veículos habilitados ao transporte rodoviário de cargas; • 48% dos veículos estão localizados na Região Sudeste; 29% na região Sul; 11% na Nordeste; 8% na Centro-Oeste e 4% na região Norte; • 16,2 anos: sendo que 56,9% do total dos veículos – que são dos transportadores autônomos - a idade sobe para 20,6 anos de idade. 37 ‘Sistema’ de Controle da Frota Rodoviária Internacional de Cargas • Desenvolvido para agilizar o fluxo de informações; • Oferece segurança e confiabilidade ao controle da frota em consonância com o Acordo sobre o Transporte Internacional Terrestre (ATIT) principal instrumento de regulamentação de transporte no CONESUL; • Possibilita maior controle Internacional de cargas; • Automatiza processos internos, além de garantir maior rigidez na manutenção das informações sobre o transporte de cargas, suas frotas e licença. Algumas Dificuldades Encontradas na Evolução dos Processos de Gestão de Frotas Adoção de procedimentos empíricos e intuitivos que, muitas vezes, estão distantes do ótimo ou do bom; • Os avanços em áreas como a informática, telecomunicações, sensoriamento remoto etc. são relativamente recentes e estão sendo absorvidos lentamente pelos transportadores; • Os transportadores, não conhecem ou não crêem em determinadas técnicas ou ferramentas novas e sofisticadas; Insegurança e resistência para incluir alterações em um sistema de trabalho que, de certa forma, vem funcionando há certo tempo; Carência de ferramentas ou sistemas computacionais capazes de, a um custo acessível, ajudar as transportadoras a planejar e a executar suas operações. 38 A Estrutura Organizacional das Empresas de TransporteSegmentos do mercado brasileiro de transporte rodoviário de carga: • carga geral; • cargas sólidas; • cargas unitizadas; • encomendas; • carga viva; • cargas perigosas; • madeira; • cargas indivisíveis; • móveis; • produtos sob temperatura controlada; • produtos siderúrgicos; • valores; • veículos automotores; • Cargas líquidas A Estrutura Organizacional das Empresas de Transporte • Estrutura em dois níveis: macro e micro. • Macro – existência de uma matriz que coordena as filiais e as agências; • A coordenação é baseada a partir de uma estratégia operacional, administrativa e mercadológica, com a finalidade de aproveitar todo o potencial do segmento. 39 Macroestrutura de uma empresa de Transporte • O plano é feito com o objetivo de garantir o retorno dos investimentos e de avaliar sua capacidade de expansão. • Desta forma, fica definido a instalação e a localização geográfica de filiais e agências. • O transporte de cargas entre elas é realizado por veículos apropriados para deslocamentos de longo curso, os quais têm maior capacidade estática do que os empregados para as operações de coleta e distribuição. Microestrutura • Microestrutura – caracterizada pela estrutura, pela hierarquização das funções dentro da matriz e das suas demais unidades; • Geralmente são divididas em Diretoria, Gerência e Chefia; • A matriz tem em sua microestrutura uma área de atuação que atinge toda a macroestrutura da empresa. Nela estão os principais diretores e gerentes; 40 Indicação dos Setores com Interação Direta ou Indireta na Gestão de Frotas • Diretorias • De modo geral considera‐se a existência de cinco diretorias na administração de uma empresa de transporte: 1. Administração 2. Operações 3. Finanças 4. Marketing; e 5. Recursos Humanos Diretoria • Administração, Operação, Finanças, Marketing e Recursos Humanos – constituem as cinco diretorias que administram as atividades de uma empresa de transporte, porém, é a diretoria de operações que está diretamente ligada à gestão da frota. • O setor de operações controla todos os meios utilizados para garantir as atividades de movimentação das cargas e a administração (incluídas os serviços da equipe de operações, os veículos de coleta e entrega e os de longo curso, a manutenção e os postos da empresa, os armazéns e o pessoal do setor, a área física de movimentação, além de instalações e equipamentos de movimentação interna de cargas. 41 Diretoria • Administração, Operação, Finanças, Marketing e Recursos Humanos – constituem as cinco diretorias que administram as atividades de uma empresa de transporte, porém, é a diretoria de operações que está diretamente ligada à gestão da frota. • A diretoria de operações é responsável por toda a execução do serviço (gestão de frotas); • Enquanto a diretoria de mkt é a responsável pela ocorrência de solicitação do transporte, a de operações é responsável pela sua execução, bem como seu respectivo padrão de qualidade. Diretoria • Principais atividades vinculadas a Função Operações: • avaliação do desempenho da frota • avaliação do índice de produtividade dos armazéns da empresa • avaliação e investigação da ocorrência de faltas, e sobre avarias, • contratação de veículos autônomos • despacho de veículos- determinação dos padrões de operação da empresa. 42 Diretoria • Principais atividades vinculadas a Função Operações: • dimensionamento da frota de longo curso • manipulação interna de carga • realização de coletas e realização de carregamentos • reformulação do layout do armazém. • É possível encontramos na diretoria de operações as gerencias de FROTAS e de OPERAÇÕES . Gerências • GERENTE DE FROTAS: • acompanhamento de conservação e manutenção de frota de coleta e entrega • controle sobre aplicação das normas e políticas relativas à contratação de veículos de terceiros, tanto para as operações de longo curso como de coletas e entrega • estabelecimento dos padrões de serviços prestados pela frota 43 Gerências • GERENTE DE FROTAS: • programação e controle da frota de longo curso • solução de sinistro, no que se refere à frota • supervisão dos serviços de manutenção. • As atividades de translação da carga entre filias e todos os aspectos pertinentes à frota de coleta e entrega são responsabilidades desse gerente. Gerências • GERENTE DE OPERAÇÕES: • avaliação da produtividade da equipe de movimentação interna da carga de cada filial; • estabelecimento dos padrões de produtividade na movimentação física da carga; • estabelecimento dos padrões de serviço prestado pelas filias ; • estudo da racionalização da movimentação física da carga ; 44 Gerências • GERENTE DE OPERAÇÕES: • estudo da reformulação do layout dos armazéns das filias; • exame dos casos de avarias motivado pela movimentação física ou faltas decorrentes do processo de controle da movimentação física; • supervisão da aplicação da política tarifária da empresa, referente à densidade dos bens transportados. • Algumas empresas, incluem também nessa gerência, a supervisão e o controle dos armazéns, entre outras. Importância da Frota no Patrimônio e nos Custos das Empresas de Transporte • O percentual de participação da frota no patrimônio e nos custos da empresa varia de caso a caso; • A variação depende: (1) da natureza e dos objetivos da organização (carga própria, de terceiros, passageiros, fretamento, entre outros) e (2) a forma como os veículos são incorporados e contabilizados na frota (leasing, financiamento, aluguel etc.) • A frota representa a grandeza da empresa pois, são a fonte de receitas e a empresa desenvolve serviços e amplia seus negócios; • Daí a necessidade de uma boa gestão. 45 Importância da Gestão de frotas 1. Para a Economia nacional: • Países mais ricos são os que possuem os melhores sistemas de transporte, provando que o tamanho do PIB está intimamente relacionado com a qualidade dos transportes; • A estrutura do sistema de transporte de cargas, no Brasil, movimenta anualmente montantes em torno de US$ 40 bilhões, ou seja, 8,5% do PIB; sistema rodoviário é responsável por 60% do escoamento das cargas; • Uma boa gestão de frotas pode beneficiar a economia em função dos números citados. Importância da Gestão de frotas 2. Para as Empresas: o transporte de cargas por operar em um mercado de muita concorrência, a eficiência na gestão de frotas torna-se um fator decisivo para o crescimento e para a sobrevivência das empresas; • A má gestão, no caso das empresas de carga própria, pode implicar custos elevados de transporte e conseqüentemente comprometer o relacionamento comercial com boa parte dos clientes; 46 Importância da Gestão de frotas 3. Para os Embarcadores, Usuários e Consumidores: • O transporte se faz necessário com a finalidade de conectar a produção e o consumo, e o custo desse serviço (custo operacional dos veículos) será um componente do preço final dos produtos; • Quem paga o referido custo é o comprador da mercadoria; • Uma melhoria na gestão de frotas, tendo em conta que o mercado de fretes é concorrente, refletirá na redução dos custos de transporte e conseqüentemente, no preço final. Roubo de Cargas 47 Evitar roubo de carga no armazém e no transporte Garantir entrega do produto Reduzir custo do armazém e do transporte Evitar comercialização indevida Evitar impacto ambiental gerado por acidente / descarte Ter segurança na operação de armazém e de transporte Seguro Operação de segurança Carga / Produto Risco à vida Carga perigosa Carga não perigosa Motorista Escolta Terceiros Fiscal Financeiro Roubo de Cargas – Hierarquia dos Objetivos • Crime Organizado – Estrutura do negócio – Especialistasno mercado – Compartimentado • Objetivo exclusivo sobre a carga • Planejamento – Produto, Encomenda, Data, Informações – Encaixe imediato – Receptação Roubo Manuseio Colocação no mercado Estrutura do roubo de carga 48 Impactos Econômicos dos Acidentes nas Empresas Todo acidente acarretará impacto prejudicial nas dimensões de qualidade, prazo e custo. Meio Ambiente Atendimento 4%Congestionamento 5% Processos Judiciais 1% Danos ao Veículo 6% Custos Hospitalares 21% Danos à Carga 23% Vida 37% Despesas Funerais 3% Produto PerigosoProduto Perigoso R$ 7,3 – 9,7 bi Ano Cenário de riscos dos acidentes no TRC 49 Outros impactos - Imagem - Perda Mercado - Redução Produtividade - Custo do Seguro - Imagem - Perda Mercado - Redução Produtividade - Custo do Seguro Outros impactos 50 Outros impactos - Imagem - Perda Mercado - Redução Produtividade - Custo do Seguro Equivale a um acidente fatal com um Airbus A320 a cada 8 dias 11 12 38Leve Fatal Grave 8.500 MORTES # PESSOAS / 100 ACIDENTES* * Sinistros atendidos GPS-Pamcary - Imagem - Perda Mercado - Redução Produtividade - Custo do Seguro “Prateleira Vazia” Outros impactos 51 - Imagem - Perda Mercado - Redução da Produtividade - Custo do Seguro Outros impactos EXEMPLO: CARRETA P/ TRANSP VEÍCULOS NOVOS Valor Médio p/ Conserto p/ Carreta: R$ 80mil Prazo médio para conserto: 30 dias (veículo parado) Faturamento Médio Mensal / carreta: R$ 35.000 No de Acidentes por Ano: 1000 Redução de Produtividade: R$ 80mil x 1000ac = R$ 80 Milhões R$ 35000 x 1000ac = R$ 35 Milhões Total: R$ 115 Milhões - Imagem - Perda Mercado - Redução da Produtividade - Custo do Seguro Outros impactos Custo Logístico Total R$ 334bi (11,6% do PIB) Custo do Transporte R$ 200bi Custo do TRC R$ 164,5bi (5,7% do PIB) R$ 16 bi Improdutividade Fonte: ILOS 2010 52 - Imagem - Perda Mercado - Redução Produtividade - Custo do Seguro 48,35 56,89 52,95 58,02 57,26 67,04 68,54 66,39 69,27 69,24 69,14 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 (1ºSem) Outros impactos Evolução da Sinistralidade do Seguro de RCTR-C na última década - Imagem - Perda Mercado - Redução Produtividade - Custo do Seguro Outros impactos Evolução da Sinistralidade do Seguro de RCTR-C x RCF-DC 78,0 65,0 64,0 63,0 2001 2005 2010 2011 (1ºSem) 53 O seguro tem por objetivo garantir perdas e/ou danos de causa externa que sobrevenham as mercadorias ou bens, durante o transporte, em quaisquer viagens Nacional ou Internacional DEFINIÇÃO “Todos os riscos de perdas ou danos sofridos pelo objeto segurado descrito na apólice decorrentes de quaisquer causas externas, exceto vício próprio ou da natureza do objeto, insuficiência ou impropriedade de embalagem, desgaste natural, demora e outras previstas na Cláusula “PREJUÍZOS NÃO INDENIZÁVEIS.” COBERTURA AMPLA “A” RISCOS COBERTOS: 54 Perda Total Avarias particulares decorrentes de acidentes com o veículo transportador Avaria Grossa COBERTURA RESTRITA “C” RISCOS COBERTOS: Guerras e Greves Embarque Aéreo Sem Valor Declarado Paralisação de Maquinas Frigoríficas Adicional de Classificação de Navios Adicional de Transbordo COBERTURAS ADICIONAIS 55 Embarques no Convés dos navios Averbação simplificada para Transporte Internacional Importação Franquia Seguro de transportes contratados em moeda estrangeira CLÁUSULAS ESPECÍFICAS COMPOSIÇÃO DA IMPORTÂNCIA SEGURADA IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO Custo da Mercadoria Frete Internacional Despesas Diversas Lucros Esperados Impostos II,IPI,ICMS, PIS e COFINS Seguro 56 TIPOS DE APÓLICE Apólice Ajustável - anual, semestral ou trimestral Apólice Anual - cobrança de prêmio parcelado, e se necessário ajustar no final do período Apólice Aberta - provisória única e cobrança mensal do embarques Apólice Específica - embarques avulsos “O seguro é feito para prevenir riscos imprevisíveis e inevitáveis. O risco certo impossibilita a operação.” GERENCIAMENTO DE RISCO 57 EMBALAGEM INADEQUADA OPERAÇÃO DE DESCARGA INADEQUADA 58 DESCARGA INADEQUADA Não realização de um negócio; Atraso na produção; Multa por quebra contratual; Variação internacional do preço da mercadoria; PERDA FINANCEIRA DIRETA 59 Perda de mercado para produtos concorrentes, similares ou o próprio produto; Dependência da disponibilidade de estoque do fornecedor; Novo processo; PERDA FINANCEIRA INDIRETA ÂMBITO NACIONAL Adequação da embalagem Averiguação das transportadoras Rotas pré estabelecidas com pontos de paradas (“check-point”), previamente eleitos Fracionamento dos embarques e viagens durante o dia Cadastro de motoristas, rastreamento via satélite e escolta armada GERENCIAMENTO DE RISCO 60 ÂMBITO INTERNACIONAL Cadeia de transporte (Logística) Adequação de embalagem Métodos de manipulação Processo de estufagem nos containers Condições portuárias e rotas Segurança nos armazéns de trânsito GERENCIAMENTO DE RISCO “Complementa o programa de seguro do Cliente com a finalidade de reduzir e controlar as perdas durante o trânsito da mercadoria” GERENCIAMENTO DE RISCO 61 Modais de Transporte TRANSPORTE FERROVIÁRIO 62 Mapa Ferroviário Main Railways Map O sistema ferroviário brasileiro foi construído por empresas estatais. As malhas eram operadas pela RFFSA, FEPASA e CVRD (Companhia Vale do Rio Doce). Fonte: Ministério dos Transportes Nova Configuração das Companhias Ferroviárias •América Latina Logística •Companhia Ferroviária do Nordeste – CFN •Estrada de Ferro Carajás – EFC •Estrada de Ferro Vitória / Minas – EFVM •Estrada de Ferro Trombetas – EFT •Estrada de Ferro Jari – EFJ •Estrada de Ferro do Amapá – EFA •Ferrovia Centro-Atlântica S.A – FCA •Ferrovia Bandeirantes S.A – FERROBAN •Ferrovia Norte Brasil S.A – FERRONORTE •Ferrovia Norte – Sul •Ferrovia Novoeste S.A. •Ferrovia Paraná S.A. – FERROPAR •Ferrovia Tereza Cristina S.A. – FTC •MRS – Logística S.A. •Rede Ferroviária Federal S.A. - RFFSA Processo de Transporte • Unidade de Transporte “TREM” • Pode ter uma ou mais Locomotivas em um Trem • Um vagão tem 20 Tons de tara • Uma Locomotiva tem 120 Tons de tara • Um vagão transporta até 96 tons • Três Locomotivas transportam até 100 vagões • O sistema roda-trilho reduz o atrito dos materiais tornando altamente eficiente em termos energéticos • O maior custo de operação de uma ferrovia é o custo fixo 63 Vantagens Logísticas • Transportam grande quantidade de carga por viagem • Percorre longas distâncias • Flexível quanto às mercadorias • Custo menor em relação ao rodoviário para grandes volumes de mercadoria • A velocidade é boa para longas distâncias • Não são prejudicadas pelo tempo ou tráfego competitivo • Pode utilizar o vagão ou o próprio container para o transporte Desvantagens Logísticas • Tem custos altos e baixa segurança (Brasil) para produtos de alto valor agregado e pequenos menores • Tem freqüências de saídas menores em relação ao rodoviário • Seu tempo de trânsito é maior • Anti-econômica e ineficiente para curtas distâncias • Os custos de manuseio são altos • Não serve para serviço à domicílio • É ineficiente para alguns produtos 64 LINHA ANTES DA PRIVATIZAÇÃO • Dormentes deteriorados • Lastro contaminado • Trilhos gastos e desalinhados • Faixa de domínio sem capina • Sinalização deficienteMATERIAL RODANTE ANTES DA PRIVATIZAÇÃO • Vagões inadequados • Locomotivas canibalizadas • 50% da frota parada • Pátios sem equipamentos • Operação morosa • Tempo ciclo longo 65 PRIVATIZAÇÃO FERROVIÁRIA • Metas: mais produção e menos acidentes • Investimentos: recuperar e modernizar • Divisão da malha em unidades de negócio • Prazo: arrendamento durante 25 anos FERROVIA APÓS A PRIVATIZAÇÃO • Aumento da produção • Redução dos acidentes • Duplicação da frota de locomotivas • Aquisição de road-rail e bogies p/ contêiner • Operação de trens unitários e expressos • Intermodalidade • Logística 66 ESCOLA AMERICANA • Trens longos: 100 a 150 vagões • Vagões grandes: 80 a 100 toneladas • Trens pesados: 5.000 a 10.000 toneladas • Velocidade baixa: 80 a 100 km/h • Tração diesel elétrica • Longas e médias distâncias:1.000- 5.000 km • Reduzido nº de trens de passageiros • Administração privada ESCOLA EUROPÉIA • Trens curtos: 20 a 30 vagões • Vagões pequenos: 60 toneladas • Trens leves: 1.000 a 2000 toneladas • Velocidade alta: 150 km/h • Tração elétrica • Curtas e médias distâncias: 500 a 1.000 km • Elevado nº de trens de passageiros • Administração pública 67 TRANSPORTE AÉREO Processo de Transporte • Possui sistema de controle de tráfego e navegação aérea • Os sistemas de tráfego geralmente são oferecidos pelo Governo de cada país • As transportadoras são responsáveis por oferecer seu próprio terminal e instalações de manuseio • A maioria dos custos são variáveis (custo de operação) • Existe container próprio para este transporte 68 Vantagens Logísticas • Transporte mais rápido • Transportes emergenciais • Redução de níveis de inventário e conseqüente redução de custo de estoque • Prioridade para produtos perecíveis • Menor custo de Seguro Desvantagens Logísticas • Restrição de capacidade • Impossibilidade de transporte à granel • Inviabilidade de produtos de baixo custo unitário • Restrição a artigos perigosos • Custo de transporte elevado • É prejudicado pelo tempo e pelo tráfego 69 CRISE NO TRANSPORTE AÉREO • 11 de setembro de 2001 Intervenções Falências Fusões Novas empresas TRANSPORTE MARÍTIMO 70 Processo de Transporte • Possui sistema de controle de tráfego e navegação marítima • Os sistemas de tráfego geralmente são oferecidos pelo Governo de cada país • Atualmente alguns Portos são privatizados • Os terminais incluem todos os equipamentos para a carga e descarga dos produtos 71 Vantagens Logísticas • Transporta grande quantidade de carga por viagem • Percorre longas distâncias • Flexível quanto às mercadorias • Transportam produtos perigosos, carga à granel, líquido, gasoso e veículos ou containers • Custo operacionais menores • Característica de produtos com menor valor agregado Desvantagens Logísticas • Não serve para cargas pequenas ou emergenciais • Perda de tempo nas descargas e transferência de transporte • Altos níveis de danos sobre a mercadoria • Tempo de transito longo • Baixa Freqüência / Periódica 72 TRANSPORTE RODOVIÁRIO 73 Processo de Transporte • É o mais importante economicamente • Possui vias (1,7 milhões de Km, apenas 10% pavimentada) • As vias são algumas de responsabilidade do Governo Federal, Estadual, Municipal e outras são privatizadas • Terminais privatizados Vantagens Logísticas • Flexibilidade do serviço am áreas geográficas dispersas • Manipulação de lotes relativamente pequenos • Serviço é extensivo e adaptável • Serviço rápido • Entrega à domicílio ou “porta a porta” • Transportam todo tipo de cargas e embalagens • Altas Freqüências 74 Desvantagens Logísticas • Custos elevados para distâncias superiores à 700Km • Volume transportado menor em comparação ao transporte ferroviário e marítimo (até 45 Tons) • Custo mais elevado em comparação ao transporte ferroviário e marítimo • É prejudicado pelo tempo e pelo tráfego • Maior intensidade de risco RODOVIAS Federal 34% Estadual 56% Municipal (1) 10% Pavimentação Total 164.247 9,50% 1.560.677 90,50% 1.724.924 Rodovias Brasileiras em 1999 segundo o anuário do GEIPOT / (1) LOGIT *Pelo CNT: Rodovias têm pavimentação e estradas não tem pavimentação Pavimentadas (Rodovias) Não pavimentadas (Estradas) Total RODOVIAS E ESTRADAS* BRASILEIRAS Extensão (km) 16.683 164.247 55.905 91.659 RODOVIAS* BRASILEIRAS Extensão (km) 75 Transporte Dutoviário refere-se à modalidade de transporte em que o veículo utilizado compõe a própria infra-estrutura construída (dutos), o qual foram desenvolvidos devido ao avanço tecnológico, permitindo a remessa de produtos a longas distâncias, como petróleo bruto, gás, minérios. Os dutos são tubos subterrâneos impulsionados por bombeamento para superação dos obstáculos do relevo. Esse sistema de transporte diminui consideravelmente o congestionamento das rodovias e ferrovias; são exemplos de dutos: oleoduto, gasoduto, mineroduto, aquaduto. Transporte Dutoviário O sistema de dutos é o meio mais seguro e econômico de se transportar petróleo e seus derivados, interligando regiões produtoras, plataformas, refinarias, terminais marítimos, parques de estocagem e os centros consumidores. O sistema de transporte por dutos contribui ainda para aumentar a segurança nas estradas e diminuir a poluição causada pelo tráfego pesado das carretas: só o oleoduto de Belo Horizonte, por exemplo, possibilitou retirar das estradas aproximadamente 1000 carretas por dia. Por todos estes aspectos, investir na ampliação, modernização e na confiabilidade operacional da malha dutoviária brasileira é fundamental para atender às necessidades e exigências cada vez maiores da população. 76 CARACTERÍSTICAS DAS DUTOVIAS • Equipamentos e investimentos altos • Bombeamento ou gravidade • Grandes volumes à grande distância • Transporte com vazão contínua • Oleodutos • Gasodutos • Minerodutos • Custos de transporte: US$ 10,00 a 15,00/ 1000m³ku • Grandes problemas ambientais Distribuição Fisica 77 • Distribuição Física (Out-bound Logistics) é o ramo da logística • empresarial que trata da movimentação, • estocagem e processamento de • pedidos dos produtos finais da firma. • Ronaud. B. (1993) Distribuição Física • A distribuição física de produtos ou distribuição física são os processos operacionais e de controle que permitem transferir os produtos desde o ponto de fabricação, até o ponto em que a mercadoria é finalmente entregue ao consumidor. (NOVAES, 1994). Distribuição Física 78 Distribuição Física Grande importância em termos de custos para a maioria das empresas, pois pode absorver até 2/3 dos custos logísticos; Muitas vezes é a única avaliação de serviço percebida pelos clientes da empresa distribuidora dos bens; Distribuição Física A velocidade com que a distribuição acontece é vital para a economia moderna, pois empresas precisam trabalhar com menores níveis de estoques, seja de matéria‐prima, produtos acabados; O transporte tem um peso enorme no custo de distribuição e é muito importante para o nível de serviço prestado ao cliente. 79 • A Distribuição Física preocupa‐se principalmente com bens acabados ou semi‐acabados, ou seja, com mercadorias que a companhia oferece para vender e que não planeja executar processamentos posteriores. Distribuição Física Distribuição Física Levar os produtos certos, para os lugares certos, no momento certo e com o nível de serviço desejado, pelo menor custo possível. Objetivo 80 Distribuição de Produtos Empresariais Fabricantes de Produtos Empresariais AtacadistasDistribuidores Industriais Atacadistas Distribuidores Industriais Representantes Consumidores Empresariais Distribuição Física Configurações Estratégicas de Distribuição 1) Entrega direta a partir de estoques de fábrica; 2) Entrega direta realizada por vendedores; 3) Entrega realizada utilizando um sistema de depósito. • Entrega direta a partir de estoques de fábrica ou vendedores: entregas em volumes razoavelmente pequenas que chegam a lotar um veículo de pequeno. 81 Distribuição Física Configurações Estratégicas de Distribuição Entrega realizada utilizando um sistema de depósitos em locais estratégicos: estratégias para alcançar clientes mais distantes, com menor custo de transporte e com melhor nível de serviço. OBS: a movimentação do produto necessariamente não encerra no momento em que os bens chegam aos cliente. A mercadoria pode ser devolvida por avarias, especificação errada, validade vencida, processo a que chamamos de LOGÍSTICA REVERSA A logística reversa também é responsável em recolher resíduos sólidos e líquidos que possam ser reaproveitados/reciclados. Distribuição Física ELEMENTOS INTEGRANTES DO SISTEMA DE DISTBUIÇÃO FÍSICA 1. Instalações físicas centros de distribuição, armazéns; fornecem espaços para abrigar as mercadorias até serem transferidas para as lojas ou para os clientes; providas de facilidades para descarga, transporte interno e carregamento de produtos. 82 Distribuição Física ELEMENTOS INTEGRANTES DO SISTEMA DE DISTBUIÇÃO FÍSICA 3. Veículos Características apropriada para cada finalidade (consideráveis investimentos em aquisições e manutenções de frota. 2. Estoque de produtos acabados ou semi‐acabados Alto custo para fabricação. Exige uma rápida distribuição. Distribuição Física 4. Informações diversas cadastro de clientes; quantidades e condições de entrega; roteiros de distribuição etc. 5.hardware e software diversos aplicativos para roteiros (sistema de roteirização), controle de pedidos, devoluções, sistemas de gerenciamento de frota, sistemas integrados de gestão. 83 Distribuição Física 6. Custos Estrutura adequada e estrutura adequada e constantemente atualizada. 7. Pessoal Capacitação e treinamento para fazer face às necessidades e mudanças globais; identificação com os objetivos da empresa. Ex: funcionários da entrega em contatos com os clientes. Distribuição Física ADMINISTRA ÇÃO EM TRÊS NÍVEIS ESTRATÉGICO TÁTICO OPERACIONAL 84 Distribuição Física Decisão sobre a configuração global do sistema de distribuição mais geral pela alta gestão da logística integrada alta administração como deve ser o nosso sistema de distribuição? ex: localização dos armazéns, seleção do modal de transportes, sistema de processamento de pedidos. Estratégico Distribuição Física Tático É o nível em que a média gerência da empresa estará envolvida em utilizar seus recursos da melhor e maior forma possível. Suas preocupações são: médio / curto prazo média gerência como o sistema de distribuição pode ser utilizado da melhor maneira possível? ex: utilizar equipamento de maneira eficiente, diminuindo custos. elaborar métodos e estratégias para obter a maior eficiência na distribuição física. exercer a direção da área de distribuição. 85 Distribuição Física Operacional É o nível em que a supervisão garante a execução das tarefas diárias para assegurar que os produtos se movimentem pelo canal de distribuição até o último cliente. Podem ser citadas execução das tarefas (rotinas) diárias da área de distribuição física, garantindo fluidez aos produtos supervisão e realização pessoal da supervisão vamos fazer a mercadoria sair? ex: carregar caminhões, embalar produtos, registros nos inventários, descarregar produtos etc. Distribuição Física Distribuição física: mais novo membro da equipe organizacional (em relação ao marketing e produção) Distribuição Física e outras áreas funcionais 86 Distribuição Física ‐Paul converse: “a outra metade do marketing” ‐Missão básica do marketing: gerar lucro para a empresa; a distribuição física contribui com as entregas dos produtos. ‐Jerome mccarthy: “ o marketing como produto, lugar (distrib. física), promoção e preço. RELACIONAMENTO COM O MARKETING Distribuição Física Distribuição física ajuda a aumentar a demanda (agradar ao cliente), obtenção de diferenciais competitivos alcançados através de um melhor nível de serviço. Os esforços de marketing podem atrair clientes reduzindo custos com distribuição. Ex: elaboração de campanhas e promoções para atrais clientes até a loja.Para atrair clientes até a loja 87 Distribuição Física Produção: Processo pelo qual bens serviços são criados. Maneiras o programação de ordens de ressuprimento de armazéns o definição da carga de produção das fábricas RELACIONAMENTO COM A PRODUÇÃO Importante: efetivar a coordenação que deve ser realizada entre as várias atividades relacionadas com a distribuição para explorar a compensação de seus custos. Distribuição Física Produção Carregamento Sequenciamento Programação Ressuprimento Aquisição Entrada/proc.pedido Padronização Prioridades Disponibilidade de produtos acabados em estoque Estoques Verificação Insumos necessários para fabricação Distribuição Ressup. p/produção Ressup. p/estoque Não Não Sim Sim Aciona CD mais próximo Análises de pedidos e programação da produção 88 Distribuição Física Existem dois tipos de mercados para os quais se deve planejar a Distribuição Física: 1 – Usuários Finais - Consumidores - Consumidores Industriais 2 – Intermediários Sistemas de Distribuição Física precisam ter certo grau de flexibilidade para suprir as necessidades dos diversos tipos de clientes de forma econômica. 89 Distribuição Física 1 – Mercado do usuário final: são os que usam o produto para a satisfação de suas necessidades ou para criar novos produtos . Como exemplo, podemos citar os consumidores de um grande supermercado. Uma grande variedade de pessoas faz suas compras de acordo com as necessidades, geralmente em quantidades pequenas, devido às dificuldades de estocagem e de investirem grandes valores, e voltam para comprar, com freqüência, também em razão de suas necessidades. Distribuição Física Mercado composto por intermediários: são os que não consomem o produto, mas o oferecem para revenda. Suas compras são, em geral, em mais quantidade e menos freqüência. Quando clientes realizam compras em quantidades suficientes que justifiquem sua relação custo-benefício com o transporte, as entregas podem ser realizadas pelos vendedores dos estoques de fábrica ou da linha de produção. Caso o volume de compras não justifique sua entrega direta, em razão da relação custo-benefício com o valor dos fretes, a entrega poderá ser realizada por meio da utilização de um sistema de depósito, que aproxima os produtos acabados dos centros consumidores, por exemplo. 90 Distribuição Física O problema de distribuir produtos é muito mais complicado. Existem outras considerações: 1 – Qual o serviço de transportes deve ser utilizado para movimentar os produtos a partir da fábrica? E a partir do armazém? 2 – Quais procedimentos de controle devem ser empregados para os itens de inventário? 3 – Onde devem localizar-se os depósitos, quais dimensões devem ter e quantos armazéns são necessários? 4 – Quais arranjos para comunicação de pedidos devem existir? E quais comunicações pós-pedido são necessárias? 5 – Qual nível de serviço deve ser providenciado para cada item de produto? 91 Distribuição Física Três conceitos importantes que suportam a Distribuição Física 1. Compensação de Custos (trade-off)2. Custo Total; 3. Sistema Total Distribuição Física Compensação de Custos É o conceito que reconhece que os modelos dos custos das várias atividades da empresa exibem características com conflito econômico entre si. Esse modelo leva em consideração as Atividades Primárias (chaves) para a Distribuição Física, que são: o Transporte, a manutenção de Estoques e o Processamento de Pedidos. 92 Distribuição Física Compensação de Custos Questões para discussão. 1. Porque os custos de estoque aumentam com o número de armazéns? 2. Os custos de processamento de pedidos também se elevam? 3. os custos de transportes diminuem. Distribuição Física Compensação de Custos Os custos de estoque aumentam com o número de armazéns, porque mais estoque é necessário para manter o nível de disponibilidade, bem como os custos de processamento de pedidos também se elevam, porque os armazéns são processadores de pedidos. Já os custos de transportes diminuem, porque grandes carregamentos podem ser feitos para os armazéns com fretes menores e, de lá, as entregas de menor volume percorrem menores distâncias. 93 Distribuição Física Sistema Total conceito de sistema total (BALLOU[1993]) estende o conceito de custo total para toda a cadeia de suprimentos. Este conceito considera os impactos de uma tomada de decisão logística produzidos nos custos dos clientes e fornecedores. Por exemplo, uma empresa, ao minimizar seu custo total, pode provocar um aumento de estoque no seu cliente, ocasionando um aumento de preço do produto e diminuição de vendas. Esta redução de vendas de um produto pode influenciar as receitas do fabricante, que mesmo minimizando os custos, não obterá um maior lucro com sua tomada de decisão. Distribuição Física Conceito de Custo Total 94 Distribuição Física O DESAFIO DO GERENCIAMENTO LOGÍSTICO O desafio é ligar o mercado, o processo de fabricação, a rede de distribuição e a função aquisição, de tal modo que os clientes sejam servidos com níveis de serviços cada vez mais altos, mantendo os custos baixos. Ferramentas Estratégicas de Transporte 95 Técnicas para Redução de Estoque Entrega Direta - entrega da fábrica direto ao cliente + inexistência de CD (e consequentemente de estoque) - aumento do tempo de entrega e legislação (arrecadação ICMS pelo Estado, diferença inter estadual) Cross-docking - movim. do veículo de transf. para o de entrega + inexistência de estoque no CD - coordenação e aumento do tempo de entrega O Transporte como Meio de Redução de Estoques Just in Time - recebimento de MP de acordo com a produção + redução do estoque de MP na fábrica - boa coordenação com todos os fornecedores Milk Run - coletas das MP’s necessárias à produção + redução do estoque de MP na fábrica (“kits”) - boa coordenação com todos os fornecedores - aumento do custo do frete 96 Drop & Hook - deixar um dos semi-reboques em operação + mais rapidez na retirada do produto - espaço para o semi-reboque ou carroceria - aumento do ativo (semi-reboque ou carroceria) Entrega Noturna - operação das 20:00 h às 6:00 h + mais rapidez na retirada do produto - estrutura para recebimento na noite Janela de Horário - entrega com hora marcada + conhecimento da hora da entrega conhecimento da hora de produção - boa coordenação com a produção 97 Centros de Distribuição Avançados Os centros de distribuição avançados são típicos de sistemas de distribuição escalonados, onde o estoque é posicionado em vários elos de uma cadeia de suprimentos. Seu objetivo é permitir rápido atendimento às necessidades dos clientes de uma determinada área geográfica distante dos centros produtores. Para prover utilidade no tempo, avançam-se os estoques para um ponto próximo aos clientes e os pedidos são então atendidos por este centro avançado, a partir do seu próprio estoque. Transit Point As instalações do tipo Transit Point são bastante similares aos centros de distribuição avançados, mas não mantêm estoques. O Transit Point é localizado de forma a atender uma determinada área de mercado distante dos armazéns centrais e opera como uma instalação de passagem, recebendo carregamentos consolidados e separando-os para entregas locais a clientes individuais. Uma característica básica dos sistemas tipo Transit Point é que os produtos recebidos já têm os destinos definidos, ou seja, já estão pré-alocados aos clientes e podem ser imediatamente expedidos para entrega local. Não há espera pela colocação dos pedidos. Esta é uma diferença fundamental em relação às instalações de armazenagem tradicionais, onde os pedidos são atendidos a partir do seu estoque. 98 Cross-Docking As instalações do tipo cross-docking operam sob o mesmo formato que os Transit Points, mas se caracterizam por envolver múltiplos fornecedores atendendo clientes comuns. Cadeias de varejo são candidatos naturais à utilização deste sistema e, de fato, existem inúmeros exemplos da utilização intensiva do cross-docking neste setor. Carretas completas chegam de múltiplos fornecedores e então se inicia um processo de separação dos pedidos, com a movimentação das cargas da área de recebimento para a área de expedição. Estes partem com uma carga completa, formada por produtos de vários fornecedores. Merge in Transit O Merge in Transit é uma extensão do conceito de cross-docking combinado aos sistemas "Just in Time" (JIT). Ele tem sido aplicado à distribuição de produtos de alto valor agregado, formado por multi-componentes que tem suas partes produzidas em diferentes plantas especializadas. Um exemplo claro são as estações de trabalho, formados por CPUs, monitores e teclados. A operação Merge in Transit procura coordenar o fluxo dos componentes, gerenciando os respectivos lead times de produção e transporte, para que estes sejam consolidados em instalações próximas aos mercados consumidores no momento de sua necessidade, sem implicar em estoques intermediários. As necessidades de coordenação são muito mais rigorosas que nos sistemas cross-docking tradicionais, e por isso utilizam o estado da arte em termos de sistemas de informação para rastreamento e controle dos fluxos. 99 Milk Run Sistema de coleta programada. Um veículo executando a operação de transporte de peças ou componentes coletando-as em alguns fornecedores com horários programados para as coletas e entrega das peças na planta fabril, também em horário programado. 100 CBA_transporte_1 CBA_transporte_2 CBA_transporte_3
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