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Unidade II – Abastecimento de Água _____________________________________________________________________________________ 165 3.11 - Redes de Distribuição A principal norma de referência para projeto e dimensionamento de Redes de Distribuição é a Norma de Referência NBR 12218 / 94 da ABNT. a) Conceito Uma rede de distribuição é um conjunto de tubulações e de suas partes acessórias destinado a colocar a água a ser distribuída a disposição dos consumidores, de forma contínua e em pontos tão próximos quanto possível de suas necessidades. Os condutos são assentes nas vias públicas, junto aos edifícios, com a função de conduzir a água para os prédios e para os pontos de consumo público. b) Condutos de uma rede distribuidora Em uma rede de distribuição distinguem-se 2 tipos de conduto : · Condutos Principais ( condutos troncos ou mestres) : são canalizações que abastecem extensas áreas da cidade e possuem grandes diâmetros; · Condutos Secundários : são canalizações que estão em contato mais direto com os pontos de consumo; são abastecidos pelos condutos principais e possuem menores diâmetros; suas áreas de ação são mais localizadas. c) Classificação das redes de distribuição · Quanto ao traçado podem se dividir em ramificada e malhada : Rede Ramificada : Caracterizada por uma artéria principal, da qual partem transversais que dão um formato de “espinha de peixe”, nome pelo qual também é conhecida. É comum em pequenas localidades de traçado linear. Figura 78 – Rede Ramificada R Tubulação Tronco Unidade II – Abastecimento de Água _____________________________________________________________________________________ 166 Nas tubulações secundárias dessas redes, a água desloca-se invariavelmente em único sentido, de tubulação tronco para a extremidade morta. Apresenta a desvantagem de que uma interrupção acidental em um conduto principal prejudica as áreas situadas a jusante da seção interrompida. Rede Malhada : São aquelas cujos condutos formam verdadeiras malhas, nas quais a água pode se deslocar num ou noutro sentido, dependendo da solicitação do consumo. Isto permite que uma tubulação seja reparada sem prejudicar o abastecimento de grandes áreas, pois a água efetuará um caminhamento diferente através de outros condutos. Nesta ocasião basta fechar os registros de manobra das extremidades do trecho a ser reparado para isolá-lo do conjunto. Este tipo de rede é adotado em quase todos os centros urbanos. Ao contrário das redes ramificadas que apresentam uma tubulação tronco, nas redes malhadas existem várias canalizações principais, formando vários anéis. Figura 79 – Rede malhada · De acordo com a alimentação dos reservatórios : - Com reservatório de montante; - Com reservatório de jusante (pequenos recalques ou adução por gravidade); - Com reservatório de montante e jusante (grandes cidades); - Sem reservatório, alimentada diretamente da adutora (pequenas comunidades) Anéis R Tubulação Tronco ou Alimentadora Condutos PrincipaisCondutos Secundários Unidade II – Abastecimento de Água _____________________________________________________________________________________ 167 · De acordo com a água a ser distribuida a rede pode ser simples ou dupla : - Rede Simples (rede exclusiva de água potável); - Rede Dupla (uma rede de água potável e uma outra de água sem tratamento, no caso de cidades onde a água de boa qualidade é escassa, distribuindo água sem tratamento para usos menos nobres como chafarizes, limpeza pública e etc.) d) Pressões na rede (zonas de pressão) Para atender aos consumidores das partes mais elevadas, com uma pressão estática mínima, o reservatório deverá ser instalado num ponto dominante. Assim, nas zonas baixas ocorrerão altas pressões na tubulações, havendo necessidade de se usar nesses trechos tubos com maior resistência e que naturalmente são mais caros. Nestas regiões, tem-se também agravados os problemas referentes a vazamentos em juntas e defeitos nas instalações domiciliares. As pressões recomendadas para uma rede de distribuição são : · Pressão Mínima Dinâmica : 10 mca (suficiente para garantir o abastecimento direto para um prédio de 3 andares); · Pressão Estática Máxima : 60 mca; Os valores usuais adotados em projetos para as pressões na rede variam entre 15 e 50 mca. As tolerâncias podem ser vistas no quadro a seguir : Tabela18 – Valores de Pressão Máxima Estática e Dinâmica Pressão Tolerâncias Até 60 mca – para 10 % da área total Pressão Máxima Estática Até 70 mca – para 5 % da área total Até 10 mca – para 10 % da área total Pressão Mínima Dinâmica Até 8 mca – para 5 % da área total Quando a cidade se desenvolve em terrenos acidentados com diferenças de nível muito grandes, a adoção de uma só rede e reservatório abastecendo toda a localidade pode não ser vantajosa, implicando em pressões elevadas nas zonas baixas, recomendando para estes casos uma subdivisão da rede por zonas de pressão de modo que as pressões sejam mantidas dentro dos limites toleráveis. Unidade II – Abastecimento de Água _____________________________________________________________________________________ 168 Divide-se a cidade então em zonas com diferenças de cotas menores que 50 mca, lançando-se em cada zona uma rede de distribuição suprida por reservatório próprio. A adução desses reservatórios pode ser feita por bombas independentes ou de um para o outro, conforme figura a seguir. Figura 80 – Redes por Zonas de Pressão Outra solução adotada quando não se deseja colocar novos reservatórios é a instalação de “caixas quebra-pressão” (conforme figura 81 abaixo). Nessas caixas há um sistema de bóias que mantêm o nível d’água a uma altura constante, independente da pressão de entrada da água. Regulando-se o nível pode-se ter a pressão desejada. Figura 81 – Caixas quebra-pressão 50 100 150 200 Adução R1 R2 R3R4 Água chegando com pressão maior que H Água saindo com pressão igual a H H Caixa Quebra Pressão Unidade II – Abastecimento de Água _____________________________________________________________________________________ 169 e) Disposição das tubulações e traçado das redes Num sistema de distribuição de água, as canalizações são normalmente assentadas sob as ruas, principalmente em : · Ruas sem pavimentação; · Ruas com pavimentação menos onerosa; · Ruas de menor intensidade de trânsito; · Proximidades de grandes consumidores; · Proximidades de área e de edificações que devam ser protegidas contra incêndios. Tais disposições, principalmente as 3 primeiras, tem a vantagem de não atrapalhar o trânsito em ruas de grandes movimentos por ocasião de construção e reduzir o custo de recomposição do logradouro. Os condutos são colocados a aproximadamente 1/3 da largura da pista, a contar do meio-fio, para que se tenha espaço para assentar outras canalizações (esgoto, drenagem, energia elétrica e telefone). Em certos casos a solução mais correta é a adoção de duas tubulações ao invés de uma, em determinadas artérias da cidade, onde a largura for muito grande, o tráfego muito intenso ou revestidas com pavimentos de difícil recomposição. Ao se instalar o sistema de duas canalizações, estas deverão ser assentadas sob os passeios. No caso de tubulação única, o custo da rede pública é menor, sendo maior o das ligações domiciliares por serem mais extensas, o inverso ocorre com tubulação dupla. O estudo do orçamento global da rede e das ligações domiciliares indicará a largura limite para emprego de uma ou duas canalizações, de modo a se ter o menor custo possível. Figura 82 – Detalhes das Ligações Domiciliares calçada calçada rua Tubulação Única Tubulação Dupla Ligações Domiciliares Unidade II – Abastecimentode Água _____________________________________________________________________________________ 170 Ao se instalar rede de distribuição de uma localidade, deve-se ter por meta a facilidade de instalação do sistema e um fornecimento satisfatório de água a todos os pontos de consumo, sempre de modo mais econômico possível. A seguir são apresentadas sugestões para um bom traçado e lançamento da rede : · Os condutos principais devem passar nas proximidades de grandes consumidores e de áreas que precisam ser protegidas contra incêndios. Poderão ser obtidas assim, nesses locais, as grandes vazões necessárias; · O sistema deve incluir registros em pontos convenientes para possibilitar reparos sem interrupções prejudiciais ao abastecimento; · Nas extremidades finais das canalizações ou nos pontos mais baixos devem ser instalados registros de descarga para facilitar a limpeza desses tubos; · Sempre que possível as canalizações de água potável devem ser assentadas em valas situadas a mais de 3,00 m dos esgotos. Nos cruzamentos, a distância vertical não deve ser inferior a 1,80 m. Quanto tal separação não for possível, recomendam-se cuidados especiais para proteção da canalização de água contra contaminação por esgotos; · Os anéis principais da rede, correspondente aos condutos principais de maneira geral devem ser traçados de modo que seus trechos fiquem equidistantes do centro e da periferia da área abastecida, o que favorece a distribuição das pressões e um melhor atendimento das demandas; · A distância máxima entre dois condutos principais não deve exceder a 600 metros e todo o conjunto não deve abranger mais de 36 hectares (360.000 m2); · É preferível assentar duas canalizações principais moderadamente grandes, paralelas, em ruas afastadas três ou quatro quarteirões, do que colocar numa só rua uma canalização de grande diâmetro, mesmo com capacidade levemente superior à das outras. Tem-se assim uma melhor distribuição de água, evitando-se uma extensão muito grande de condutos secundários; · Em ruas onde houver necessidade de se colocar uma tubulação de grande diâmetro, as ligações domiciliares não devem ser feitas diretamente nela. Usam-se tubos distribuidores, de diâmetro bem menor, que correm sob a calçada, tornando as ligações mais econômicas e seguras (conforme figura 83 a seguir); Unidade II – Abastecimento de Água _____________________________________________________________________________________ 171 Figura 83 – Detalhe das ligações domiciliares · Tal artifício também é usado quando a canalização de abastecimento passa em um lado da rua. Colocando um distribuidor para suprir os consumidores do outro lado, evitando-se qua a cada ligação feita, haja necessidade de se abrir transversalmente toda a rua para atingir a tubulação tronco; · Para efeito de cálculo, admite-se que toda a rede deja suprida através dos anéis, como se eles sós fossem sangrados em um número relativamente pequeno de pontos, distanciados entre si geralmente de 100 a 300 metros. f) ÓRGÃOS ACESSÓRIOS DA REDE Os principais órgãos acessórios de uma rede de abastecimento são : · Válvulas ou Registros de Manobra : empregadas para permitir o fechamento da rede por setores de maneira que se possa executar manobras operacionais no caso de eventuais reparos na rede. Empregado principalmente nos pontos de derivação da rede. · Ventosas : empregada nos pontos altos da rede para remover o ar que tende a acumular, bem como preencher os vazios provocados por descargas, vazamentos o sub-pressões. · Descargas : são executadas com um registro de gaveta ligado a uma derivação do tubo. São empregadas para retirar o ar quando da colocação do tubo em carga e para permitir o esvaziamento de trechos da tubulação, no caso de necessidade de reparo. São localizadas sempre nos pontos mais baixos das redes distribuidoras. calçada calçada rua Tubulação Única de Grande Diâmetro (Tronco) Ligações Domiciliares Unidade II – Abastecimento de Água _____________________________________________________________________________________ 172 · Hidrantes : são empregados para o combate a incêndios, eventualmente podem ser usados para descargas das linhas distribuidoras e ainda como pontos para medida de pressão. São localizados nos passeios, derivados de redes alimentadoras e distribuidoras, em pontos convenientes da rede. Os hidrantes devem ser derivados, de preferência, de linhas de diâmetro igual ou superior a 100 mm, sendo sua ligação feita com a interposição de um registro de gaveta. Existem dois tipos de hidrantes principais : do tipo Coluna e do tipo Subterrâneo. § Hidrantes do tipo Coluna Material : Ferro Fundido Dútil. Diâmetros de Entrada : 75 mm (para diâmetro da rede de 75 mm) e 100 mm (para diâmetros da rede iguais ou superiores a 100 mm). Diâmetros de Saída : 2 bocas de 60 mm e 1 de 100 mm. Pressão Máxima de Serviço : 10 kg / cm2 (100 mca) Figura 84 – Hidrante do tipo coluna § Hidrantes do tipo Subterrâneo Material : Ferro Fundido Dútil. Diâmetros de Entrada : 75 mm Diâmetros de Saída : 1 bocas de 60 mm. Pressão Máxima de Serviço : 10 kg / cm2 (100 mca) Rede Caixa com Registro de Gaveta Saídas 2 bocas de 60 mm e 1 de 100 mm Hidrante Tipo Coluna Unidade II – Abastecimento de Água _____________________________________________________________________________________ 173 Figura 85 – Hidrante do tipo subterrâneo Os hidrantes devem ser distribuídos de acordo com a proteção que oferecem, segundo a categoria de incêndio a prever. O espaçamento entre eles varia de 300 a 400 metros, não devendo ultrapassar 600 metros . A distância do hidrante ao local do risco não deve ser maior que 200 metros . Figura 86 – Localização de hidrantes Um bom local para instalação de hidrantes são as calçadas, nas interseções de ruas. Um hidrante numa esquina protege duas vezes o comprimento da testada que seria protegida por outro colocado longe de uma interseção. Quando os quarteirões são longos e a categoria de risco de incêndio á alta, deve-se distribuí-los também fora dos cruzamentos. As vazões mínimas necessárias nos hidrantes variam de acordo com a categoria dos incêndios, podendo ser adotados os seguintes valores : · Para pequenos edifícios : 10 l/s; · Edifícios maiores e mais altos : 20 a 30 l/s; Caixa Saída de 60 mm Rede Hidrante Subterrâneo Entre 300 e 400 m – (máx. 600 m) Hidrante Calçada Unidade II – Abastecimento de Água _____________________________________________________________________________________ 174 · Edifícios de grandes dimensões, grandes indústrias, armazéns, escolas, hospitais, quartéis, quarteirões com edifícios de muitos pavimentos : 40 a 50 l/s; · Mesmo tipo anterior porém com rede da ordem de 300 mm : 100 l/s. g) Materiais empregados para as tubulações da rede Os condutos forçados da rede de um sistema de abastecimento são encontrados nos mesmos materiais dos condutos adutores: ferro fundido, aço, concreto (armado e protendido), plástico, fibra e cimento-amianto. Os tubos são caracterizados normalmente pelo material de que são feitos, pelo tipo de junta utilizada nas emendas, pela classe a que pertencem e pelo diâmetro. Todas estas especificações devem constar em planta. A classe de um tubo é definida pela pressão de ensaio a que o tubo é submetido na fábrica. Adota-se muitas vezes, a pressão de trabalho como a metade da pressão de ensaio determinado por normas. Ao se estudar o tipo de tubo para a rede, é conveniente pedir catálogos aos diversos fabricantes, pois existem variações quanto ao tipo de junta, diâmetro e outras características. As juntas utilizadas nas emendas entre as diversas seções dos condutos devem ser estanques, elásticas,duráveis, fáceis de montar e desmontar. Devem permitir que a dilatação do material se processe sem causar esforços danosos aos condutos. h) Dimensionamento da rede distribuidora Para o dimensionamento de uma rede ramificada normalmente aplica-se o método convencional, calculando as perdas de carga em função das vazões e diâmetros. Para o caso de redes malhadas (com circuitos formando anéis) podem ser empregados o Método de Hardy-Cross ou o processo de Seccionamento Fictício. Ambos os métodos já foram apresentados aos alunos na disciplina de Hidráulica. No projeto da rede distribuidora de água é usual o emprego de folhas de cálculo (planilhas), onde as operações a serem seguidas são apresentadas em colunas e os trechos a serem calculados em linhas. Deste modo, preenchendo-se a planilha na sequência lógica, uma vez concluída, tem-se todos os elementos hidráulicos e construtivos necessários. Unidade II – Abastecimento de Água _____________________________________________________________________________________ 175 § Considerações sobre a vazão de distribuição (vazão específica) A vazão específica, a partir da qual são determinadas as vazões de dimensionamento, pode ser referida à extensão dos condutos da rede ou a área da cidade abastecida pela rede. No primeiro caso tem-se a vazão de distribuição em marcha (qmarcha), onde Lt corresponde a extensão total da rede na área abastecida : A distribuição na realidade é feita pelas ligações domiciliares, porém, para fins de cálculo é transformado numa distribuição contínua ao longo do conduto. Este tipo de distribuição é utilizada no dimensionamento de redes ramificadas e no de redes malhadas pelo Método do Seccionamento Fictício. No segundo caso tem-se a vazão de distribuição referida a unidade de área (q d) que é utilizada no dimensionamento de redes malhadas empregando-se métodos iterativos como o Método de Hardy-Cross. A variável A corresponde a área abrangida pela rede, normalmente em hectares (ha). A relação (P/A) exprime a densidade populacional (Dp) da área a ser abastecida, que pode variar em um mesmo projeto de acordo com o tipo de ocupação previsto para as diversas regiões do mesmo. O exemplo abaixo ilustra tal fato : k1 . k2 . P . q q marcha = _________________ ( l / s . m) ou ( l / s . km) 86.400 . Lt k1 . k2 . P . q q d = _________________ ( l / s . ha) 86.400 . A Unidade II – Abastecimento de Água _____________________________________________________________________________________ 176 Exemplo : População Total (Zona 1 + Zona 2) = P1 + P2 = P (hab) Area Total (Zona 1 + Zona 2) = A1 + A2 = A (ha) Zona 1 : Densidade Populacional = D (hab/ha) Zona 2 : Dendidade Populacional = 2D (hab/ha) A i = Área de Influência para o Nó i da rede Q i = Vazão no Nó i da rede § Velocidades e Vazões Máximas nos Condutos da Rede de Distribuição Para a determinação dos diâmetros iniciais para o cálculo das redes de distribuição (pré-dimensionamento), seja ela ramificada ou malhada são adotados os seguintes valores máximos de velocidade e vazão : k1 . k2 . D . q q d1 = _________________ 86.400 k1 . k2 . 2D . q q d2 = _________________ 86.400 q d2 = 2 . q d1 (l/s.ha) Q i = q d1 . A i (l/s) R Zona 2Zona 1 Qi Ai Unidade II – Abastecimento de Água _____________________________________________________________________________________ 177 Tabela 19 – Velocidades e Vazões Máximas nos Condutos da Rede de Distribuição Diâmetro (mm) Veloc. Máxima (m/s) Vazão Máxima (l/s) 50 0,50 1,0 75 0,50 2,2 100 0,60 4,7 150 0,80 14,1 200 0,90 28,3 250 1,10 53,9 300 1,20 84,8 350 1,30 125,0 400 1,40 176,0 450 1,50 238,0 500 1,60 314,0 550 1,70 403,0 600 1,80 509 > 600 < 2,00 - § Diâmetro mínimo recomendado para os Condutos da Rede Para Condutos Secundário : 50 mm; Para Condutos Principais : 100 mm. § Verificação de Pressões na Rede Ao final do dimensionamento devem ser verificadas as pressões estática e dinâmica, a montante e a jusante de cada trecho calculado, ou seja, em cada nó da rede. As pressões dinâmicas disponíveis em cada nó devem estar acima da pressão dinâmica mínima requerida, de acordo com os valores normatizados. As pressões estáticas em cada nó devem estar abaixo da pressão estática máxima requerida em função dos valores de norma e do tipo de material que se está empregando. Logo a pressão estática será referida ao nível d’água máximo do reservatório, enquanto que a pressão dinâmica será referida ao nível d’água mínimo do mesmo. Unidade II – Abastecimento de Água _____________________________________________________________________________________ 178 Normalmente se adota, por efeitos práticos, para verificação das pressões na rede distribuidora, o valor do NA médio operativo do reservatório que geralmente corresponde a média entre o NA máximo e o NA mínimo. Logo, sendo o limite máximo de pressão referido a pressão estática, não se deve ter, em princípio, diferenças de cotas topográficas em uma mesma rede superiores à pressão estátima máxima admissível. Vale ressaltar qua a fixação desse limite visa diminuir os vazamentos nas juntas das tubulações e danos nas instalações prediais. Quanto aos limites inferiores, se as pressões dinâmicas disponíveis calculadas não atenderem, haverá a necessidade de se refazer o dimensionamento das canalizações, aumentando-se os diâmetros de determinados trechos que tenham influência nas pressões dos nós desfavoráveis. No caso do nível d’água do reservatório não ser preestabelecido, a marcha de cálculo vai levar a uma altura mínima do nível d’água que determinará a necessidade ou não de um reservatório elevado. Se a altura calculada para o reservatório for elevada, caberá uma análise detalhada do problema, com a finalidade de diminuir sua cota aumentando-se os diâmetros de determinados trechos da rede.
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