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RESUMO O presente trabalho desenvolvido na forma de projeto integrado multidisciplinar (PIM IV) tem o objetivo apresentar de forma baseada em fundamentação teórica o conhecimento adquirido no curso superior de gestão pública, onde abordando as disciplinas Gestão Pública e Políticas Públicas no Brasil, Introdução à Teoria do Estado e Dinâmica das Relações Interpessoais, matérias abordadas no conteúdo on-line da UNIP Interativa, referente ao Curso. Foi estudado todo o mecanismo de motivação dos servidores, o que se faz para melhorar a qualidade dos serviços prestados à população e como a instituição encara as mudanças conceituais e culturais externa e internamente. Foi feito ainda um levantamento de como os servidores interagem ou são levados a interagir com a instituição; como é exercida a liderança dentro da instituição e como ela é incentivada, além de observações quanto a soluções de conflitos quando ocorrem, almejando sempre que insira o indivíduo na coletividade para o bem comum da instituição. Na pesquisa foi aplicado à instituição analisada neste artigo, o teor dasdisciplinas estudadas e que tais conhecimentos podem e devem ser aplicados de forma prática na gestão pública e na administração pública de forma que possibilitem uma maior satisfação por parte de seu corpo funcional e assim alcançar uma maior excelência na prestação de serviços à sociedade. Essa instituição nos servirá de modelo para nossas pesquisas no decorrer do curso, e no apoio de nosso progresso profissional. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 06 2 GESTÃO PÚBLICA E POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL ............................... 07 2.1 Justiça Eleitoral no Brasil ................................................................................... 07 2.1.1 A Criação da Justiça Eleitoral .......................................................................... 07 2.1.2 TSE .................................................................................................................. 08 2.1.3 TRE/DF ............................................................................................................ 08 2.1.3.1 Instalação ..................................................................................................... 09 2.1.3.2 Função .......................................................................................................... 09 2.1.3.3 Composição .................................................................................................. 09 2.1.3.4 Organização ................................................................................................. 10 2.2 Planejamento e Gestão ...................................................................................... 11 2.3 Planejamento Estratégico ................................................................................... 11 2.4 Programa de Qualidade ..................................................................................... 12 2.5 Objetivos ............................................................................................................. 12 3 INTRODUÇÃO À TEORIA DO ESTADO .............................................................. 13 3.1 Evolução da Justiça Eleitoral na História do Brasil ............................................ 13 3.1.1 A Velha República ........................................................................................... 13 3.1.2 Revolução de 1930 .......................................................................................... 13 3.1.3 Voto Secreto .................................................................................................... 14 3.1.4 Estado Novo .................................................................................................... 14 3.1.5 A Justiça Eleitoral e a Democracia .................................................................. 15 3.1.6 Folha Individual de votações ........................................................................... 16 3.1.7 Regime Militar .................................................................................................. 16 3.1.8 Lei Orgânica dos Partidos Políticos ................................................................. 16 3.1.9 AI-5 .................................................................................................................. 17 3.1.10 A Nova República .......................................................................................... 17 3.1.11 Processamento Eletrônico ............................................................................. 18 3.1.12 Plebiscito ....................................................................................................... 18 3.1.13 Informatização................................................................................................ 19 3.1.14 Máquina de Votar .......................................................................................... 19 3.1.15 Totalização Eletrônica ................................................................................... 19 3.1.16 Eleições Informatizadas ................................................................................ 20 3.2 Uma Digressão Histórica Sobre o Eleitor e o Voto ............................................. 20 3.2.1 Voto Feminino ................................................................................................. 21 4 DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ................................................. 22 4.1 O Que é Comunicação ....................................................................................... 22 4.2 Liderança na Instituição ...................................................................................... 22 5 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 25 6 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 26 1. INTRODUÇÃO O Objetivo do trabalho é analisar a administração praticada dentro da instituição em pauta, e com isso aprender sobre a Teoria do Estado, Gestão Pública e Políticas Públicas no Brasil, como a instituição lida com as instabilidades políticas, como são aplicados os recursos humanos e de que forma ela utiliza a Dinâmica das Relações Interpessoais para a melhoria dos serviços prestados para a sociedade. Foram utilizados dados fornecidos pela instituição, sites e os livros citados na referência. A Instituição escolhida foi o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, por se tratar de um “braço” do Poder Judiciário da União, com mais de 70 anos de atuação no Distrito Federal, sendo sua gestão muitoorganizada baseada em dados comprobatórios, e uma instituição que busca constantes melhorias nas políticas públicas, se preocupa com a melhoria contínua de seus processos, e tem uma excelente equipe de colaboradores treinados para a qualidade, e com a boa execução de suas tarefas, devido a tantos esforços e determinação conseguiram a certificação nas Normas NBR ISO 9001/2008, por isso hoje reconhecida na sociedade como uma das instituições públicas mais confiáveis pela população brasileira. No conteúdo textual do trabalho mostraremos como o TER-DF gerencia seus processos e seu sistema da qualidade, como são utilizadas as técnicas na gestão de melhoria contínua, bem como todos os métodos utilizados na comunicação com os colaboradores internos, seus clientes externos, seus fornecedores e sua participação na gestão pública e política do País. Esse trabalho será muito importante para nosso desenvolvimento intelectual dentro da universidade, baseado nele daremos continuidade em nossos estudos nos próximos semestres, onde abordaremos diversos assuntos praticados dentro do Tribunal Regional do Distrito Federal, e em paralelo as matérias aplicadas em classe. 2. GESTÃO PÚBLICA E POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL 2.1. JUSTIÇA ELEITORAL NO BRASIL 2.1.1. A Criação da Justiça Eleitoral No Brasil, a história das eleições e a do voto são quase tão antigas quanto o próprio país. De fato, logo após o descobrimento do Brasil, já se aplicavam nas terras recém-descobertas os textos legais das Ordenações Afonsinas no que dizia respeito a eleições e votos. Assim sendo, é natural que a sucessão dos fatos estabelecesse fases substancialmente distintas entre si. A visão que se tinha das práticas políticas da República Velha era a pior possível. Voto de cabresto, currais eleitorais, coronéis e seus jagunços compunham o cenário contra o qual a Justiça Eleitoral veio a por um fim. A criação da Justiça Eleitoral em 1932 resultou do movimento conhecido como Revolução de 1930. Quem atuou na elaboração do Código Eleitoral de 1932 acreditava participar de um processo histórico inédito e sem paralelo no país: a refundação da República. Sabemos que tais práticas não se extinguiram imediatamente como desejavam homens e mulheres envolvidos com a elaboração do Código Eleitoral de 1932, muito trabalho havia de ser feito. Em 1937 esses trabalhos findaram para só serem retomados em 1945, quando a experiência democrática foi inaugurada no país. A Justiça Eleitoral em 1945 não começava do zero. Um passo importante tinha sido dado em 1932: a construção do conceito de voto individual. A equação um indivíduo = um voto, criada em 1932, se tornou a razão de ser da Justiça Eleitoral. Ela está por trás dos esforços empreendidos no alistamento, organização das eleições, apuração dos votos e proclamação dos eleitos. Para garantir que cada voto signifique a vontade de um único indivíduo, foram criados sucessivamente diversos instrumentos: cabines indevassáveis, sobrecartas e cédulas oficiais, recadastramento eletrônico de eleitores, informatização do voto até a identificação biométrica. O direito ao voto foi sendo ampliado. Desde 1988, ele é garantido a qualquer indivíduo, independentemente de gênero, orientação sexual, grau de instrução, credo, cor, opção política ou condição física. Assim como mulheres e homens que atuaram na elaboração do Código de 1932, a Justiça Eleitoral se orgulha de comemorar em 2012 os 80 anos da primeira criação de um ramo especializado do Judiciário cuja finalidade é cuidar dos eleitores, dos candidatos e dos seus votos. 2.1.2. TSE A Justiça Eleitoral brasileira é formada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelos tribunais regionais eleitorais (TREs), pelos juízes e pelas juntas eleitorais. Todos esses órgãos têm sua composição estabelecida pela Constituição Federal e competência pelo Código Eleitoral. A história da Justiça Eleitoral confunde-se com a do TSE, instituição criada pelo Decreto n° 21.076/1932 – com o nome de Tribunal Superior de Justiça Eleitoral – e instalada em 20 de maio do mesmo ano, em um prédio na Avenida Rio Branco, centro do Rio de Janeiro. Seu primeiro presidente foi o Ministro Hermenegildo Rodrigues de Barros. Cinco anos depois, a Constituição do Estado Novo, outorgada por Getúlio Vargas, extinguiu a Justiça Eleitoral e atribuiu à União, privativamente, o poder de legislar sobre matéria eleitoral. O TSE só foi restabelecido em 28 de maio de 1945, pelo Decreto-Lei n° 7.586/1945. No dia 1° de junho do mesmo ano, o Tribunal foi instalado no Palácio Monroe, no Rio de Janeiro, sob a presidência do Ministro José Linhares. Um ano depois, a sede da instituição foi transferida para a Rua 1º de Março, ainda no Rio de Janeiro. Em abril de 1960, em virtude da mudança da capital federal, o TSE foi instalado em Brasília, em um dos edifícios da Esplanada dos Ministérios. Onze anos depois (1971), a sede do Tribunal foi transferida para a Praça dos Tribunais Superiores. No dia 15 de dezembro de 2011 foi inaugurada a nova sede do TSE. 2.1.3. TRE-DF O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal integra o Poder Judiciário da União e tem, como órgão de cúpula, o Tribunal Superior Eleitoral. 2.1.3.1 Instalação O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal teve sua criação autorizada na primeira sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 7 de junho de 1945. Sua instalação se deu em 24 de setembro de 1946, ainda no Rio de Janeiro, sob a presidência do desembargador Afrânio da Costa. Quando a Capital da República foi transferida da Guanabara para Brasília, em 21 de abril de 1960, o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal já havia sido organizado pela Lei nº. 3.754, de 14 de abril daquele mesmo ano. 2.1.3.2 Função Em conjunto com o órgão máximo e as Zonas Eleitorais, que atuam em primeira instância, o TRE-DF exerce papel fundamental na construção e no exercício da democracia brasileira, atuando na administração do processo eleitoral.Suas principais competências estão fixadas pela Constituição Federal e pelo Código Eleitoral (Lei nº 4.737, de 15.7.1965). 2.1.3.3 Composição O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, formado por sete membros titulares e respectivos substitutos, os quais terão o título de desembargador eleitoral, será composto: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios; II – de um juiz dentre os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 1° Região; III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. 2.1.3.4 Organização O Tribunal elege, para sua Presidência, em sessão pública, um dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, cabendo ao outro, o exercício cumulativo da Vice-Presidência e Corregedoria Regional Eleitoral. Atua, ainda, junto à Corte da Justiça Eleitoral, um membro do Ministério Público Federal, indicado pelo Procurador Geral Eleitoral. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos e nunca por mais de dois biênios consecutivos. Quanto às unidades administrativas, o TRE-DF conta com a Diretoria Geral, além da Secretaria Judiciária, Secretaria de Administração e Orçamento, Secretaria de Gestão de Pessoas e Secretaria de Tecnologia da Informação, Coordenadoria de Controle Interno, que se subdividem em coordenadorias e seções, visando o gerenciamento e a consecução de suas atribuições. O TRE-DF, conta, ainda, com a Escola Judiciária Eleitoral, cujo objetivo é a capacitação, o aprimoramento e a atualização dos magistrados, membros do Ministério Público, servidores da Justiça Eleitoral e demais operadores do Direito Eleitoral, primando pela eficiência e qualidade. Outra importante unidade é a Ouvidoria Regional Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, atento às recentes mudanças na sociedade, em dezembro de 2005, instalou sua Ouvidoria por meio da Resolução TER-DF nº 5.894, tendo a finalidade de atuar como canal permanente de comunicação entre o eleitor e as unidades da Justiça Eleitoral no Distrito Federal. As principais atribuições da Ouvidoria estão direcionadas para esclarecer dúvidas e ouvir reclamações, denúncias, elogios ou sugestões a respeito da instituição e dos serviços realizados pelo Tribunal, em sua esfera de competência. Assim, não figura no rol de atribuições da Ouvidoria a prestação de assessoria técnica em consultas jurídicas, mesmo em matéria eleitoral, haja vista que, nestes casos, devem ser adotados os procedimentos jurídicos cabíveis, mediante a formalização da solicitação via protocolo no Tribunal, conforme previsto na legislação eleitoral e nas normas internas do TER-DF. Nesse contexto, inicialmente, faz-se oportuno discorrer, de maneira breve, a respeito da origem e das atribuições do ombudsman ou ouvidor. Em seguida, torna-se importante demonstrar o desenvolvimento das atividades da Ouvidoria do TER-DF, que tem sido objeto de constantes elogios pelos usuários. 2.2 Planejamento e Gestão Em atendimento ao disposto na Resolução CNJ nº 70/2009, que dispõe sobre o Planejamento e a Gestão Estratégica no âmbito do Poder Judiciário, o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal aprovou e publicou, em dezembro de 2009, a primeira edição de seu planejamento estratégico. O documento teve como objetivo principal estabelecer as diretrizes para o Órgão, por intermédio da análise da situação atual, estabelecimento de metas e a busca para atingi-las. No ano de 2013, o planejamento estratégico do TRE-DF sofreu sua primeira revisão, visando atender ao disposto na Resolução TSE nº 23.371/2011, que determinou a adequação dos planejamentos estratégicos dos Tribunais Regionais Eleitorais ao Planejamento Estratégico da Justiça Eleitoral. A sistemática de planejamento e gestão do TER-DF consiste num conjunto de práticas gerenciais voltadas para a obtenção de resultados e condutas organizacionais com o objetivo de atender às expectativas dos cidadãos brasileiros em relação aos serviços prestados pela justiça eleitoral. O trabalho se baseia inicialmente no planejamento, processo que mobiliza as pessoas e a instituição na construção de um futuro desejado, e continua com as boas práticas de gestão, que completam o ciclo de planejamento. Elas visam integrar as diversas unidades organizacionais às diretrizes estratégicas do TRE-DF, sensibilizando os servidores para a obtenção de melhores resultados em seus respectivos processos de trabalho. 2.3 Planejamento Estratégico Com o advento das constantes mudanças no mundo corporativo, das novas ideias e dos modelos de gestão, a administração pública sentiu a necessidade de gerir a coisa pública com direcionamento para a qualidade e transparência. E, como os cidadãos-usuários demandam padrões de excelência nos serviços oferecidos, construir um Planejamento Estratégico efetivo, demonstra guiar-serumo ao atendimento de seus desejos e necessidades. Em busca da integração do Poder Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça estabeleceu, através da Resolução n. 70 de 18 de março de 2009, as diretrizes para um planejamento direcionado aos objetivos comuns da Justiça no Brasil e o Tribunal Superior Eleitoral –TSE, por intermédio da Resolução TSE nº 23.371/2011, de 14 de dezembro de 2011, instituiu o Planejamento Estratégico da Justiça Eleitoral 2011-2014, com orientações aos TREs para a elaboração dos seus respectivos Planejamentos Estratégicos. 2.4 Programa de Qualidade O TER-DF estabelece, documenta, implementa e mantém um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), buscando a eficácia e melhoria contínua por meio da Política e dos Objetivos da Qualidade. O SGQ é estruturado nos macroprocessos: Responsabilidade da Direção, Gestão de Recursos, Realizaçãodo Produto e Medição, Análise e Melhoria, definindo os métodos e os critérios necessários para garantir a operacionalização e o controle efetivo do SGQ. 2.5 Objetivos I – favorecer o cumprimento da Recomendação do CNJ; II – Integrar os órgãos do Judiciário no que diz respeito às questões ambientais; III – tornar o evento um ponto de partida para adoção de novos padrões de sustentabilidade no Judiciário nacional; IV – ampliar conhecimentos dos participantes sobre a importância da responsabilidade socioambientais. 3. INTRODUÇÃO À TEORIA DO ESTADO Como sabemos, todo Estado é uma sociedade, a esperança de um bem, seu princípio, assim como de toda associação, pois as ações dos homens têm por fim aquilo que consideram um bem. (ARISTÓTELES) São inúmeras as teorias que buscam fundamentar a origem das primeiras sociedades políticas, mas a verdade é que a formação destas pode estar vinculada a diversos fatores, não necessariamente a um apenas. Na verdade, afirmar que o Estado se origina necessariamente – por exemplo – da violência imposta por um grupo humano sobre outro é um erro; seria tomar a parte pelo todo. Inegável que o Estado pode, muitas vezes, nascer da dominação imposta pela força, mas isto será sempre contingente, poderá ou não ocorrer. O que o cientista poderia afirmar com justeza, sem laborar em erro, seria que um dos modos de formação do Estado é a violência, a guerra. (ACQUAVIVA, Marcus Cláudio. (1994)). 3.1 Evolução da Justiça Eleitoral na História do Brasil 3.1.1 A Velha República (1889-1930) A Assembleia Nacional Constituinte, eleita em 15 de setembro de 1890, teve como tarefa principal dar respaldo ao governo provisório com a promulgação da Constituição de 1891 e eleger Deodoro da Fonseca. Em1916, o presidente Wenceslau Brás, preocupado com a seriedade do processo eleitoral, sancionou a Lei 3.139, que entregou ao Poder Judiciário o preparo do alistamento eleitoral. Por confiar ao Judiciário o papel de principal executor das leis eleitorais, muitos perceberam nessa atitude o ponto de partida para a criação da Justiça Eleitoral, que só viria a acontecer em 1932. 3.1.2 Revolução de 1930 A Revolução de 1930 tinha como um dos princípios a moralização do sistema eleitoral. Um dos primeiros atos do governo provisório foi a criação de uma comissão de reforma da legislação eleitoral, cujo trabalho resultou no primeiro Código Eleitoral do Brasil. O Código Eleitoral de 1932 criou a Justiça Eleitoral, que passou a ser responsável por todos os trabalhos eleitorais - alistamento, organização das mesas de votação, apuração dos votos, reconhecimento e proclamação dos eleitos. Além disso, regulamentou em todo o País as eleições federais, estaduais e municipais. 3.1.3 Voto secreto O Código introduziu o voto secreto, o voto feminino e o sistema de representação proporcional, em dois turnos simultâneos. Pela primeira vez, a legislação eleitoral fez referência aos partidos políticos, mas ainda era admitida a candidatura avulsa. A Revolução Constitucionalista de 1932 exigiu a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, nos termos do Decreto nº. 22.621/1933, que estabeleceu que, além dos deputados eleitos na forma prescrita pelo Código Eleitoral, outros 40 seriam eleitos pelos sindicatos legalmente reconhecidos, pelas associações de profissionais liberais e de funcionários públicos. Era a chamada representação classista. Os avanços na legislação eleitoral foram contemplados na Constituição de1934, inclusive o sufrágio profissional, que a própria Justiça Eleitoral recusou. Na mesma época, procedeu-se, indiretamente, conforme a Constituição regulava, à eleição do Presidente da República, Getúlio Vargas. As críticas ao Código Eleitoral de 1932 levaram, em 1935, à promulgação de nosso segundo Código, a Lei nº. 48, que substituiu o primeiro sem alterar as conquistas. 3.1.4 Estado Novo Em 10 de novembro de 1937, sustentado por setores sociais conservadores, Getúlio anuncia, pelo rádio, a "nova ordem" do País. Outorgada nesse mesmo dia, a "polaca", como ficou conhecida a Constituição de 1937, extinguiu a Justiça Eleitoral, aboliu os partidos políticos existentes, suspendeu as eleições livres e estabeleceu eleição indireta para presidente da República, com mandato de seis anos. Essa "nova ordem", historicamente conhecida por Estado Novo, sofre a oposição dos intelectuais, estudantes, religiosos e empresários. Em 1945, Getúlio anuncia eleições gerais e lança Eurico Gaspar Dutra, seu ministro da Guerra, como seu candidato. Oposição e cúpula militar se articulam e dão o golpe de 29 de outubro de 1945. Os ministros militares destituíram Getúlio e passaram o governo ao presidente do Supremo Tribunal Federal, José Linhares, à época também presidente do TSE, até a eleição e posse do novo presidente da República, o general Dutra, em janeiro de 1946. Era o fim do Estado Novo. 3.1.5 A Justiça Eleitoral e a democracia O processo de restabelecimento do sistema democrático no Brasil inicia-se ainda no final do Estado Novo e é consolidado durante o governo Dutra. Apesar da repressão, intensifica-se a luta pela redemocratização no início de 1945, notadamente após o lançamento, por um grupo de intelectuais, do "Manifesto Mineiro”. Pressionado, Getúlio Vargas faz editar a Lei Constitucional nº. 9/45, que alterou vários artigos da Constituição, inclusive os que tratavam dos pleitos. Foram então convocadas eleições e determinado o prazo de 90 dias para fixar as datas da realização destas para presidente e governadores de estado, bem como para o parlamento e assembleias. O Decreto-Lei 7.586/1945, terceira codificação especial, restabeleceu a Justiça Eleitoral e regulou em todo o País o alistamento eleitoral e as eleições. Na esteira da redemocratização, já com a Justiça Eleitoral reinstalada, foi empossado o presidente Eurico Gaspar Dutra e instalada a assembleia Nacional Constituinte de 1945. Promulgada a Constituição, em 18 de setembro de 1946, a Câmara dos Deputados e o SenadoFederal passaram a funcionar como Poder Legislativo ordinário. A Constituição, a exemplo da de 1934, consagrou a Justiça Eleitoral entre os órgãos do Poder Judiciário e proibiu a inscrição de um mesmo candidato por mais de um estado. O Código Eleitoral de 1945, que trouxe como grande novidade a exclusividade dos partidos políticos na apresentação dos candidatos, vigorou, com poucas alterações, até o advento do quarto Código Eleitoral de 1950, Lei nº. 1.164. 3.1.6 Folha individual de votações Em 1955, a Lei 2.250 cria a folha individual de votação, que fixou o eleitor na mesma seção eleitoral e aboliu, entre outras fraudes, a do uso de título falso ou de segunda via obtida de modo doloso. Outra alteração significativa do Código Eleitoral de 1950 foi a adoção da "cédula única de votação". Ambas foram sugestões do então presidente do TSE, ministro Edgard Costa. A cédula oficial guardou a liberdade e o sigilo do voto, facilitou a apuração dos pleitos e contribuiu para combater o poder econômico, liberou os candidatos de vultosos gastos com a impressão e a distribuição de cédulas. 3.1.7 Regime Militar A legislação eleitoral, no período compreendido entre a deposição de João Goulart (1964) e a eleição de Tancredo Neves (1985) foi marcada por uma sucessão de atos institucionais e emendas constitucionais, leis e decretos-leis com os quais o Regime Militar conduziu o processo eleitoral de maneira a adequá-lo aos seus interesses, visando ao estabelecimento da ordem preconizada pelo Movimento de 64 e à obtenção de uma maioria favorável ao governo. Com esse objetivo, o Regime alterou a duração de mandatos, cassou direitos políticos, decretou eleições indiretas para presidente da República, governadores dos estados e dos territórios e para prefeitos dos municípios considerados de interesse da segurança nacional e das estâncias hidrominerais, instituiu as candidaturas natas, o voto vinculado, as sublegendas e alterou o cálculo para o número de deputados na Câmara, com base ora na população, ora no eleitorado, privilegiando estados politicamente incipientes, em detrimento daqueles tradicionalmente mais expressivos, o que reforçou assim o poder discricionário do governo. 3.1.8 Lei Orgânica dos Partidos Políticos Em 15 de julho de 1965, é aprovada a Lei Orgânica dos Partidos Políticos (Lei nº. 4.740). Logo depois, a 27 de outubro, o AI-2 extingue os partidos políticos. Ainda no mesmo ano, o Ato Complementar nº. 4 determinou ao Congresso Nacional a criação de organizações com atribuições de partidos políticos, o que deu origem à ARENA e ao MDB. 3.1.9 AI-5 O AI-5, de 13 de dezembro de1968, suspendeu as garantias da Constituição de67 e ampliou os poderes ditatoriais do presidente da República, permitindo-lhe, em 1968, decretar o recesso do Congresso Nacional. Visando ao controle sobre o eleitorado e sobre o Congresso Nacional, a Lei Falcão (Lei nº. 6.339/76) restringiu a propaganda eleitoral e impediu o debate político nos meios de comunicação. Em 1977, a Emenda Constitucional nº. 8 instituiu a figura do senador biônico. A Emenda Constitucional nº. 11/78 revogou os atos institucionais e complementares impostos pelos militares e modificou as exigências para a organização dos partidos políticos. Em 19 de novembro de 1980, a EC nº. 15 restabeleceu as eleições diretas para governador e senador e eliminou a figura do senador biônico. A Lei nº. 6.767, de 20 de dezembro de 1979, extinguiu a ARENA e o MDB e restabeleceu o pluripartidarismo, sinalizando para o início da abertura política. Foram eleitos indiretamente cinco presidentes militares. A sociedade, principalmente nas grandes cidades, mobilizou-se por mudanças políticas que levassem à redemocratização do País. A primeira eleição de um presidente da República civil durante esse regime de exceção foi ainda indireta, por meio de um colégio eleitoral. E levou à presidência Tancredo Neves, que faleceu antes de tomar posse, vindo a assumir o cargo seu vice, José Sarney, em 1985. 3.1.10 A Nova República A Emenda Dante de Oliveira, que previa eleição direta para presidente e vice-presidente da República, foi rejeitada em abril de 1984. Em 15 de maio 1985, a Emenda Constitucional nº. 25 alterou dispositivos da Constituição Federal e restabeleceu eleições diretas para presidente e vice-presidente da República, em dois turnos; eleições para deputado federal e para senador, para o Distrito Federal; eleições diretas para prefeito e vice-prefeito das capitais dos estados, dos municípios considerados de interesse da segurança nacional e das estâncias hidrominerais; aboliu a fidelidade partidária e revogou o artigo que previa a adoção do sistema distrital misto. 3.1.11 Processamento eletrônico Em 1982, ano em que foi eliminado da legislação eleitoral o voto vinculado, a Lei nº. 6.996/82 dispôs sobre a utilização do processamento eletrônico de dados nos serviços eleitorais. Três anos depois, a Lei nº. 7.444/85 disciplinou a implantação do processamento eletrônico de dados no alistamento eleitoral e na revisão do eleitorado, o que possibilitou, em 1996, o recadastramento, em todo o território nacional, de 69,3 milhões de eleitores, sob a supervisão e orientação do Tribunal Superior Eleitoral. 3.1.12 Plebiscito A Constituição de 1988 determinou a realização de plebiscito para definir a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) e prescreveu que o presidente e os governadores, bem como os prefeitos dos municípios com mais de 200 mil eleitores fossem eleitos por maioria absoluta ou em dois turnos, se nenhum candidato alcançasse a maioria absoluta na primeira votação. Estabeleceu, ainda, que o período de mandato do presidente seria de cinco anos, vedando-lhe a reeleição para o período subsequente, e fixou a desincompatibilização até seis meses antes do pleito para os chefes do Executivo (federal, estadual ou municipal) que quisesse concorrer a outros cargos. Para evitar casuísmos,a Emenda Constitucional nº. 4/93 estabeleceu que a lei que alterasse o processo eleitoral somente seria aplicada um ano após sua vigência. A Emenda Constitucional de Revisão nº. 5/94 reduziu para quatro anos o mandato presidencial e a Emenda Constitucional nº. 16/97 permitiu a reeleição dos chefes do Executivo para um único período subsequente. Com a aprovação da Lei nº. 9.504/97, hoje, vigente, pretendeu-se dar início a uma fase em que as normas das eleições sejam duradouras. 3.1.13 A Informatização A Justiça Eleitoral, restaurada em 1930, sempre teve como meta a moralização das eleições. O primeiro Código Eleitoral brasileiro, criado na mesma época, estabeleceu uma série de medidas para sanar os "vícios eleitorais". E já previa o uso da máquina de votar. A Justiça Eleitoral, agora responsável por todos os trabalhos eleitorais (alistamento, organização das mesas de votação, apuração dos votos, proclamação e diplomação dos eleitos), buscava mecanismos para garantir a lisura dos pleitos. 3.1.14 Máquina de votar As etapas vencidas desde a invenção da máquina de votar, na década de 60, por Ricardo Puntel, a informatização pioneira do TRE de Minas Gerais, em 1978, ao anteprojeto do TSE, encaminhado pelo então ministro Moreira Alves, em 1981, ainda no governo do presidente da República, João Batista Figueiredo, conferiu a utilização do processamento eletrônico de dados nos serviços eleitorais como uma conquista irreversível, que, não só tornaria as apurações quase que instantâneas, mas também extirparia do processo as fraudes. Em 1982, a Lei nº. 6.996/82 dispôs sobre a utilização do processamento eletrônico de dados nos serviços eleitorais. Três anos depois, em 1985, a Lei n 7.444 tratou da implantação do processamento eletrônico de dados no alistamento eleitoral e da revisão do eleitorado, que resultou no recadastramento de 69,3 milhões de eleitores, a quem foram conferidos novos títulos eleitorais, agora com número único nacional. 3.1.15 Totalização eletrônica Na eleição presidencial de 1989, foi possível a totalização eletrônica dos resultados das eleições nos estados do Acre, Alagoas, Mato Grosso, Paraíba, Piauí e Rondônia. O sucesso desse empreendimento levou à totalização eletrônica dos resultados das eleições municipais de 1992 em aproximadamente 1800 municípios; e à apuração eletrônica do plebiscito de 1993 em todos os municípios brasileiros. A eleição geral de 1994 também contou com totalização de votos inteiramente informatizada. 3.1.16 Eleições informatizadas Somente nas eleições municipais de 1996, no entanto, é que a Justiça Eleitoral iniciou o processo de informatização do voto. Usaram a urna eletrônica, nesse ano, cerca de 33 milhões de eleitores. Na eleição geral de 1998, o voto informatizado alcançou cerca de 75 milhões de eleitores. E no ano 2000, todos os eleitores puderam utilizar as urnas eletrônicas para eleger prefeitos e vereadores. 3.2 Uma digressão histórica sobre o Eleitor e o Voto Um dos pressupostos da democracia é a participação política do povo, que tem no voto a sua principal forma de expressão política. No Brasil, o direito ao exercício do voto foi excludente em diferentes períodos de sua história e a legislação eleitoral foi progressivamente alterando o perfil do eleitor. Durante o período colonial, as únicas condições exigidas ao eleitor eram a idade-limite de 25 anos, residência e domicílio na circunscrição. No Império (1822-1889), a idade mínima permaneceu em 25 anos, à exceção dos casados e oficiais militares, que podiam votar aos 21 anos. O voto, porém, passou a ser censitário e excluiu, ainda, os religiosos de vida monástica, além de libertos, criados de servir, praças de pré, serventes das repartições e de estabelecimentos públicos. Na República Velha (1889-1930), a idade mínima passou a ser de 21 anos e foi abolido o voto censitário. Em 1882, o analfabeto perde o direito de votar, cassado pela Lei Saraiva que estabeleceu o chamado "censo literário". 3.2.1 Voto feminino O Código Eleitoral de 1932 estendeu a cidadania eleitoral às mulheres. A professora, Celina Guimarães Vianna, da cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foi a primeira eleitora não só do Brasil, mas da América do Sul. Em Goiás, esse direito foi conquistado por Benedita Chaves Villa Real. A Constituição de 1934 estabeleceu a idade mínima obrigatória de 18 anos para o exercício do voto. Durante o regime militar, iniciado em 1964, não houve, na legislação eleitoral, qualquer progresso quanto ao direito de voto. A Emenda Constitucional nº. 25/85 devolve ao analfabeto o direito de votar, agora em caráter facultativo. A Constituição de 1988 estabelece que o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de 18 anos e facultativos para os maiores de 70 anos e para os jovens entre 16 e 18 anos. 4. DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS Para Arten (2012), a dinâmica das relações interpessoais, vem demonstrar a importância da interação entre o indivíduo e a organização; do papel do líder nessas relações; da reflexão sobre o processo grupal; da administração de conflitos; da capacidade na tomada de decisão e na negociação, interna ou externa. Identificar a complexidade do universo individual e da organização como um todo, sempre se comunicando e interagindo com os demais indivíduos na empresa. Relações interpessoais significa então, agir com interação, agir mutuamente, o que nos leva a crer que não se possa existir uma organização sem o tema proposto neste capítulo. 4.1 O Que é comunicação De acordo com o tipo de comunicação é que o administrador demonstrará aos seus subordinados o que se almeja na instituição, quais os projetos a serem executados e como executá-los, porém deve se tomar cuidado porque no modo de se comunicar é que se caracteriza o chefe ou o líder. Considerando-se ainda o dom de comunicar-se é que surgem os líderes, pessoas que se destacam econseguem que sejam admirados por seus subordinados, pessoas que querem segui-lo. Neste cenário, tanto comunicação como organização “(...) eram realidades objetivas que podiam ser medidas e testadas sob condições controladas de pesquisa, com ferramental metodológico tomado das ciências naturais” (PUTNAM; PHILIPS; CHAPMAN, 2004, p. 79). 4.2 Liderança na Instituição A Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal possui a seguinte estrutura organizacional básica: I. PRESIDÊNCIA II. VICE-PRESIDÊNCIA E CORREGEDORIA REGIONAL ELEITORAL III. DIRETORIA-GERAL IV. SECRETARIA DE GESTÃO DE PESSOAS V. SECRETARIA JUDICIÁRIA VI. SECRETARIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO VII. SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO, ORÇAMENTO E FINANÇAS A estrutura organizacional da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal está representada graficamente por áreas que compõem as Unidades Administrativas, distribuídas em, no máximo, três níveis hierárquicos – Secretaria, Coordenadoria ou Assessoria e Seção –, expressa na forma dos organogramas inseridos no Anexo deste Regulamento. Atualmente, a Justiça Eleitoral é formada pelo Tribunal Superior Eleitoral; por um Tribunal Regional em cada estado e no Distrito Federal; pelos juízes e pelas juntas eleitorais. Esses órgãos têm sua composição e competência estabelecidas pelo Constituição Federal de 1988 e pelo Código Eleitoral, Lei nº. 4.737, de 15.7.1965. Até sua efetiva instalação, a Justiça Eleitoral de Brasília, no seu primeiro grau de jurisdição, ficou sob a competência da Zona Eleitoral de Planaltina, que passou a integrar o território do Distrito Federal e parte da Zona Eleitoral de Luziânia. O TRE de Goiás instalou temporariamente um cartório eleitoral para atender àqueles que queriam transferir seu domicílio eleitoral para a nova Capital, sendo que um dos primeiros eleitores a solicitar a transferência de seu título eleitoral foi o próprio presidente Juscelino Kubtischeck, em 3 de agosto de 1960. Na instalação oficial da Corte do TRE-DF, que ocorreu solenemente em 06 de setembro de 1960, os desembargadores João Henrique Braune e Marcio Ribeiro foram os primeiros nomeados, respectivamente presidente e vice-presidente desta Corte. No ano em que o TRE-DF mudou-se para Brasília, alistaram-se aproximadamente 23 mil eleitores, o que representava 15% da população que aqui vivia. Já em outubro de 1960, cinco meses após a sua instalação, o TRE-DF organizou a sua primeira eleição: a da sucessão do presidente Juscelino Kubitscheck. Além do Distrito Federal, o Tribunal tinha sob a sua competência presidir as eleições nos Territórios Federais de Rondônia, Roraima, Amapá e Acre. RESUMO O presente trabalho desenvolvido na forma de projeto integrado multidisciplinar (PIM IV) tem o objetivo apresentar de forma baseada em fundamentação teórica o conhecimento adquirido no curso superior de gestão pública, onde abordando as disciplinas Gestão Pública e Políticas Públicas no Brasil, Introdução à Teoria do Estado e Dinâmica das Relações Interpessoais, matérias abordadas no conteúdo on-line da UNIP Interativa, referente ao Curso. Foi estudado todo o mecanismo de motivação dos servidores, o que se faz para melhorar a qualidade dos serviços prestados à população e como a instituição encara as mudanças conceituais e culturais externa e internamente. Foi feito ainda um levantamento de como os servidores interagem ou são levados a interagir com a instituição; como é exercida a liderança dentro da instituição e como ela é incentivada, além de observações quanto a soluções de conflitos quando ocorrem, almejando sempre que insira o indivíduo na coletividade para o bem comum da instituição. Na pesquisa foi aplicado à instituição analisada neste artigo, o teor dasdisciplinas estudadas e que tais conhecimentos podem e devem ser aplicados de forma prática na gestão pública e na administração pública de forma que possibilitem uma maior satisfação por parte de seu corpo funcional e assim alcançar uma maior excelência na prestação de serviços à sociedade. Essa instituição nos servirá de modelo para nossas pesquisas no decorrer do curso, e no apoio de nosso progresso profissional. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 06 2 GESTÃO PÚBLICA E POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL ............................... 07 2.1 Justiça Eleitoral no Brasil ................................................................................... 07 2.1.1 A Criação da Justiça Eleitoral .......................................................................... 07 2.1.2 TSE .................................................................................................................. 08 2.1.3 TRE/DF ............................................................................................................ 08 2.1.3.1 Instalação ..................................................................................................... 09 2.1.3.2 Função .......................................................................................................... 09 2.1.3.3 Composição .................................................................................................. 09 2.1.3.4 Organização ................................................................................................. 10 2.2 Planejamento e Gestão ...................................................................................... 11 2.3 Planejamento Estratégico ................................................................................... 11 2.4 Programa de Qualidade ..................................................................................... 12 2.5 Objetivos ............................................................................................................. 12 3 INTRODUÇÃO À TEORIA DO ESTADO .............................................................. 13 3.1 Evolução da Justiça Eleitoral na História do Brasil ............................................ 13 3.1.1 A Velha República ........................................................................................... 13 3.1.2 Revolução de 1930 .......................................................................................... 13 3.1.3 Voto Secreto .................................................................................................... 143.1.4 Estado Novo .................................................................................................... 14 3.1.5 A Justiça Eleitoral e a Democracia .................................................................. 15 3.1.6 Folha Individual de votações ........................................................................... 16 3.1.7 Regime Militar .................................................................................................. 16 3.1.8 Lei Orgânica dos Partidos Políticos ................................................................. 16 3.1.9 AI-5 .................................................................................................................. 17 3.1.10 A Nova República .......................................................................................... 17 3.1.11 Processamento Eletrônico ............................................................................. 18 3.1.12 Plebiscito ....................................................................................................... 18 3.1.13 Informatização................................................................................................ 19 3.1.14 Máquina de Votar .......................................................................................... 19 3.1.15 Totalização Eletrônica ................................................................................... 19 3.1.16 Eleições Informatizadas ................................................................................ 20 3.2 Uma Digressão Histórica Sobre o Eleitor e o Voto ............................................. 20 3.2.1 Voto Feminino ................................................................................................. 21 4 DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ................................................. 22 4.1 O Que é Comunicação ....................................................................................... 22 4.2 Liderança na Instituição ...................................................................................... 22 5 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 25 6 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 26 1. INTRODUÇÃO O Objetivo do trabalho é analisar a administração praticada dentro da instituição em pauta, e com isso aprender sobre a Teoria do Estado, Gestão Pública e Políticas Públicas no Brasil, como a instituição lida com as instabilidades políticas, como são aplicados os recursos humanos e de que forma ela utiliza a Dinâmica das Relações Interpessoais para a melhoria dos serviços prestados para a sociedade. Foram utilizados dados fornecidos pela instituição, sites e os livros citados na referência. A Instituição escolhida foi o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, por se tratar de um “braço” do Poder Judiciário da União, com mais de 70 anos de atuação no Distrito Federal, sendo sua gestão muito organizada baseada em dados comprobatórios, e uma instituição que busca constantes melhorias nas políticas públicas, se preocupa com a melhoria contínua de seus processos, e tem uma excelente equipe de colaboradores treinados para a qualidade, e com a boa execução de suas tarefas, devido a tantos esforços e determinação conseguiram a certificação nas Normas NBR ISO 9001/2008, por isso hoje reconhecida na sociedade como uma das instituições públicas mais confiáveis pela população brasileira. No conteúdo textual do trabalho mostraremos como o TER-DF gerencia seus processos e seu sistema da qualidade, como são utilizadas as técnicas na gestão de melhoria contínua, bem como todos os métodos utilizados na comunicação com os colaboradores internos, seus clientes externos, seus fornecedores e sua participação na gestão pública e política do País. Esse trabalho será muito importante para nosso desenvolvimento intelectual dentro da universidade, baseado nele daremos continuidade em nossos estudos nos próximos semestres, onde abordaremos diversos assuntos praticados dentro do Tribunal Regional do Distrito Federal, e em paralelo as matérias aplicadas em classe. 2. GESTÃO PÚBLICA E POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL 2.1. JUSTIÇA ELEITORAL NO BRASIL 2.1.1. A Criação da Justiça Eleitoral No Brasil, a história das eleições e a do voto são quase tão antigas quanto o próprio país. De fato, logo após o descobrimento do Brasil, já se aplicavam nas terras recém-descobertas os textos legais das Ordenações Afonsinas no que dizia respeito a eleições e votos. Assim sendo, é natural que a sucessão dos fatos estabelecesse fases substancialmente distintas entre si. A visão que se tinha das práticas políticas da República Velha era a pior possível. Voto de cabresto, currais eleitorais, coronéis e seus jagunços compunham o cenário contra o qual a Justiça Eleitoral veio a por um fim. A criação da Justiça Eleitoral em 1932 resultou do movimento conhecido como Revolução de 1930. Quem atuou na elaboração do Código Eleitoral de 1932 acreditava participar de um processo histórico inédito e sem paralelo no país: a refundação da República. Sabemos que tais práticas não se extinguiram imediatamente como desejavam homens e mulheres envolvidos com a elaboração do Código Eleitoral de 1932, muito trabalho havia de ser feito. Em 1937 esses trabalhos findaram para só serem retomados em 1945, quando a experiência democrática foi inaugurada no país. A Justiça Eleitoral em 1945 não começava do zero. Um passo importante tinha sido dado em 1932: a construção do conceito de voto individual. A equação um indivíduo = um voto, criada em 1932, se tornou a razão de ser da Justiça Eleitoral. Ela está por trás dos esforços empreendidos no alistamento, organização das eleições, apuração dos votos e proclamação dos eleitos. Para garantir que cada voto signifique a vontade de um único indivíduo, foram criados sucessivamente diversos instrumentos: cabines indevassáveis, sobrecartas e cédulas oficiais, recadastramento eletrônico de eleitores, informatização do voto até a identificação biométrica. O direito ao voto foi sendo ampliado. Desde 1988, ele é garantido a qualquer indivíduo, independentemente de gênero, orientação sexual, grau de instrução, credo, cor, opção política ou condição física. Assim como mulheres e homens que atuaram na elaboração do Códigode 1932, a Justiça Eleitoral se orgulha de comemorar em 2012 os 80 anos da primeira criação de um ramo especializado do Judiciário cuja finalidade é cuidar dos eleitores, dos candidatos e dos seus votos. 2.1.2. TSE A Justiça Eleitoral brasileira é formada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelos tribunais regionais eleitorais (TREs), pelos juízes e pelas juntas eleitorais. Todos esses órgãos têm sua composição estabelecida pela Constituição Federal e competência pelo Código Eleitoral. A história da Justiça Eleitoral confunde-se com a do TSE, instituição criada pelo Decreto n° 21.076/1932 – com o nome de Tribunal Superior de Justiça Eleitoral – e instalada em 20 de maio do mesmo ano, em um prédio na Avenida Rio Branco, centro do Rio de Janeiro. Seu primeiro presidente foi o Ministro Hermenegildo Rodrigues de Barros. Cinco anos depois, a Constituição do Estado Novo, outorgada por Getúlio Vargas, extinguiu a Justiça Eleitoral e atribuiu à União, privativamente, o poder de legislar sobre matéria eleitoral. O TSE só foi restabelecido em 28 de maio de 1945, pelo Decreto-Lei n° 7.586/1945. No dia 1° de junho do mesmo ano, o Tribunal foi instalado no Palácio Monroe, no Rio de Janeiro, sob a presidência do Ministro José Linhares. Um ano depois, a sede da instituição foi transferida para a Rua 1º de Março, ainda no Rio de Janeiro. Em abril de 1960, em virtude da mudança da capital federal, o TSE foi instalado em Brasília, em um dos edifícios da Esplanada dos Ministérios. Onze anos depois (1971), a sede do Tribunal foi transferida para a Praça dos Tribunais Superiores. No dia 15 de dezembro de 2011 foi inaugurada a nova sede do TSE. 2.1.3. TRE-DF O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal integra o Poder Judiciário da União e tem, como órgão de cúpula, o Tribunal Superior Eleitoral. 2.1.3.1 Instalação O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal teve sua criação autorizada na primeira sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 7 de junho de 1945. Sua instalação se deu em 24 de setembro de 1946, ainda no Rio de Janeiro, sob a presidência do desembargador Afrânio da Costa. Quando a Capital da República foi transferida da Guanabara para Brasília, em 21 de abril de 1960, o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal já havia sido organizado pela Lei nº. 3.754, de 14 de abril daquele mesmo ano. 2.1.3.2 Função Em conjunto com o órgão máximo e as Zonas Eleitorais, que atuam em primeira instância, o TRE-DF exerce papel fundamental na construção e no exercício da democracia brasileira, atuando na administração do processo eleitoral. Suas principais competências estão fixadas pela Constituição Federal e pelo Código Eleitoral (Lei nº 4.737, de 15.7.1965). 2.1.3.3 Composição O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, formado por sete membros titulares e respectivos substitutos, os quais terão o título de desembargador eleitoral, será composto: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios; II – de um juiz dentre os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 1° Região; III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. 2.1.3.4 Organização O Tribunal elege, para sua Presidência, em sessão pública, um dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, cabendo ao outro, o exercício cumulativo da Vice-Presidência e Corregedoria Regional Eleitoral. Atua, ainda, junto à Corte da Justiça Eleitoral, um membro do Ministério Público Federal, indicado pelo Procurador Geral Eleitoral. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos e nunca por mais de dois biênios consecutivos. Quanto às unidades administrativas, o TRE-DF conta com a Diretoria Geral, além da Secretaria Judiciária, Secretaria de Administração e Orçamento, Secretaria de Gestão de Pessoas e Secretaria de Tecnologia da Informação, Coordenadoria de Controle Interno, que se subdividem em coordenadorias e seções, visando o gerenciamento e a consecução de suas atribuições. O TRE-DF, conta, ainda, com a Escola Judiciária Eleitoral, cujo objetivo é a capacitação, o aprimoramento e a atualização dos magistrados, membros do Ministério Público, servidores da Justiça Eleitoral e demais operadores do Direito Eleitoral, primando pela eficiência e qualidade. Outra importante unidade é a Ouvidoria Regional Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, atento às recentes mudanças na sociedade, em dezembro de 2005, instalou sua Ouvidoria por meio da Resolução TER-DF nº 5.894, tendo a finalidade de atuar como canal permanente de comunicação entre o eleitor e as unidades da Justiça Eleitoral no Distrito Federal. As principais atribuições da Ouvidoria estão direcionadas para esclarecer dúvidas e ouvir reclamações, denúncias, elogios ou sugestões a respeito da instituição e dos serviços realizados pelo Tribunal, em sua esfera de competência. Assim, não figura no rol de atribuições da Ouvidoria a prestação de assessoria técnica em consultas jurídicas, mesmo em matéria eleitoral, haja vista que, nestes casos, devem ser adotados os procedimentos jurídicos cabíveis, mediante a formalização da solicitação via protocolo no Tribunal, conforme previsto na legislação eleitoral e nas normas internas do TER-DF. Nesse contexto, inicialmente, faz-se oportuno discorrer, de maneira breve, a respeito da origem e das atribuições do ombudsman ou ouvidor. Em seguida, torna-se importante demonstrar o desenvolvimento das atividades da Ouvidoria do TER-DF, que tem sido objeto de constantes elogios pelos usuários. 2.2 Planejamento e Gestão Em atendimento ao disposto na Resolução CNJ nº 70/2009,que dispõe sobre o Planejamento e a Gestão Estratégica no âmbito do Poder Judiciário, o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal aprovou e publicou, em dezembro de 2009, a primeira edição de seu planejamento estratégico. O documento teve como objetivo principal estabelecer as diretrizes para o Órgão, por intermédio da análise da situação atual, estabelecimento de metas e a busca para atingi-las. No ano de 2013, o planejamento estratégico do TRE-DF sofreu sua primeira revisão, visando atender ao disposto na Resolução TSE nº 23.371/2011, que determinou a adequação dos planejamentos estratégicos dos Tribunais Regionais Eleitorais ao Planejamento Estratégico da Justiça Eleitoral. A sistemática de planejamento e gestão do TER-DF consiste num conjunto de práticas gerenciais voltadas para a obtenção de resultados e condutas organizacionais com o objetivo de atender às expectativas dos cidadãos brasileiros em relação aos serviços prestados pela justiça eleitoral. O trabalho se baseia inicialmente no planejamento, processo que mobiliza as pessoas e a instituição na construção de um futuro desejado, e continua com as boas práticas de gestão, que completam o ciclo de planejamento. Elas visam integrar as diversas unidades organizacionais às diretrizes estratégicas do TRE-DF, sensibilizando os servidores para a obtenção de melhores resultados em seus respectivos processos de trabalho. 2.3 Planejamento Estratégico Com o advento das constantes mudanças no mundo corporativo, das novas ideias e dos modelos de gestão, a administração pública sentiu a necessidade de gerir a coisa pública com direcionamento para a qualidade e transparência. E, como os cidadãos-usuários demandam padrões de excelência nos serviços oferecidos, construir um Planejamento Estratégico efetivo, demonstra guiar-serumo ao atendimento de seus desejos e necessidades. Em busca da integração do Poder Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça estabeleceu, através da Resolução n. 70 de 18 de março de 2009, as diretrizes para um planejamento direcionado aos objetivos comuns da Justiça no Brasil e o Tribunal Superior Eleitoral –TSE, por intermédio da Resolução TSE nº 23.371/2011, de 14 de dezembro de 2011, instituiu o Planejamento Estratégico da Justiça Eleitoral 2011-2014, com orientações aos TREs para a elaboração dos seus respectivos Planejamentos Estratégicos. 2.4 Programa de Qualidade O TER-DF estabelece, documenta, implementa e mantém um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), buscando a eficácia e melhoria contínua por meio da Política e dos Objetivos da Qualidade. O SGQ é estruturado nos macroprocessos: Responsabilidade da Direção, Gestão de Recursos, Realização do Produto e Medição, Análise e Melhoria, definindo os métodos e os critérios necessários para garantir a operacionalização e o controle efetivo do SGQ. 2.5 Objetivos I – favorecer o cumprimento da Recomendação do CNJ; II – Integrar os órgãos do Judiciário no que diz respeito às questões ambientais; III – tornar o evento um ponto de partida para adoção de novos padrões de sustentabilidade no Judiciário nacional; IV – ampliar conhecimentos dos participantes sobre a importância da responsabilidade socioambientais. 3. INTRODUÇÃO À TEORIA DO ESTADO Como sabemos, todo Estado é uma sociedade, a esperança de um bem, seu princípio, assim como de toda associação, pois as ações dos homens têm por fim aquilo que consideram um bem. (ARISTÓTELES) São inúmeras as teorias que buscam fundamentar a origem das primeiras sociedades políticas, mas a verdade é que a formação destas pode estar vinculada a diversos fatores, não necessariamente a um apenas. Na verdade, afirmar que o Estado se origina necessariamente – por exemplo – da violência imposta por um grupo humano sobre outro é um erro; seria tomar a parte pelo todo. Inegável que o Estado pode, muitas vezes, nascer da dominação imposta pela força, mas isto será sempre contingente, poderá ou não ocorrer. O que o cientista poderia afirmar com justeza, sem laborar em erro, seria que um dos modos de formação do Estado é a violência, a guerra. (ACQUAVIVA, Marcus Cláudio. (1994)). 3.1 Evolução da Justiça Eleitoral na História do Brasil 3.1.1 A Velha República (1889-1930) A Assembleia Nacional Constituinte, eleita em 15 de setembro de 1890, teve como tarefa principal dar respaldo ao governo provisório com a promulgação da Constituição de 1891 e eleger Deodoro da Fonseca. Em1916, o presidente Wenceslau Brás, preocupado com a seriedade do processo eleitoral, sancionou a Lei 3.139, que entregou ao Poder Judiciário o preparo do alistamento eleitoral. Por confiar ao Judiciário o papel de principal executor das leis eleitorais, muitos perceberam nessa atitude o ponto de partida para a criação da Justiça Eleitoral, que só viria a acontecer em 1932. 3.1.2 Revolução de 1930 A Revolução de 1930 tinha como um dos princípios a moralização do sistema eleitoral. Um dos primeiros atos do governo provisório foi a criação de uma comissão de reforma da legislação eleitoral, cujo trabalho resultou no primeiro Código Eleitoral do Brasil. O Código Eleitoral de 1932 criou a Justiça Eleitoral, que passou a ser responsável por todos os trabalhos eleitorais - alistamento, organização das mesas de votação, apuração dos votos, reconhecimento e proclamação dos eleitos. Além disso, regulamentou em todo o País as eleições federais, estaduais e municipais. 3.1.3 Voto secreto O Código introduziu o voto secreto, o voto feminino e o sistema de representação proporcional, em dois turnos simultâneos. Pela primeira vez, a legislação eleitoral fez referência aos partidos políticos, mas ainda era admitida a candidatura avulsa. A Revolução Constitucionalista de 1932 exigiu a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, nos termos do Decreto nº. 22.621/1933, que estabeleceu que, além dos deputados eleitos na forma prescrita pelo Código Eleitoral, outros 40 seriam eleitos pelos sindicatos legalmente reconhecidos, pelas associações de profissionais liberais e de funcionários
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