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Auxiliares da Justiça.

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
ELIZANDRA BERTUZZI
AUXILIARES DA JUSTIÇA
São Miguel do Oeste
2014
ELIZANDRA BERTUZZI
AUXILIARES DA JUSTIÇA
Trabalho da Disciplina Direito Processual Civil I apresentado ao Curso de Direito, Área das Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade do Oeste de Santa Catarina, como requisito a obtenção de nota.
Orientador: Prof. Everton Giovani da Rosa
São Miguel do Oeste
2014
1. INTRODUÇÃO
	Neste trabalho falarei sobre os Auxiliares da Justiça, abrangendo suas funções no mundo jurídico, relatando o que realmente fazem esses agentes que contribui ao trabalho jurisdicional. 
A colaboração e o auxílio dessas pessoas (os auxiliares) são de fundamental importância para a movimentação do judiciário, bem como para acelerar o trabalho do órgão jurisdicional, uma vez que há muito trabalho a ser desempenhado e requer que sejam realizados por diversas pessoas, não sobrecarregando somente uma na realização de todas as tarefas, inclusive, sem eles não seria possível a atuação do judiciário. 
	Esses agentes colaboram com o mundo jurídico e devem desempenhar seu trabalho de maneira a satisfazer as necessidades das demandas impostas a sua pessoa, a fim de buscar o bem comum e a realização da verdadeira justiça, bem como a solução de litígios. 
2. AUXILIARES DA JUSTIÇA
	Esses agentes desempenham suas funções de forma a contribuir, auxiliar, participando da movimentação dos processos, juntamente com o juiz, para tornar possível a prestação jurisdicional. 
	São considerados auxiliares da justiça todas as pessoas que colaboram com a atuação do judiciário, em caráter permanente, que atuam continuamente, em todos os processos jurídicos, ou também os auxiliares em ocasiões eventuais, que são convocados em casos especiais que necessitem dos seus serviços para determinado processo.
	Há, ainda os auxiliares extravagantes da justiça, que, em alguns casos, se faz necessária a sua cooperação nos processos.
	Como sendo servidores públicos, os auxiliares da justiça devem obedecer ao princípio da impessoalidade, por ser um serviço público prestado, devendo estar equidistante das partes e sem interesse na causa. 
3. AUXILIARES PERMANENTES DA JUSTIÇA
Podem ser citados como auxiliares da justiça permanentes o escrivão, o oficial de justiça, o distribuidor e o contador.
3.1. O Escrivão
	São os denominados ofícios de justiça (art. 140 CPC), e suas atribuições são determinadas pelas normas de organização judiciária. Trabalham em cartórios, com as mais diversas funções, encarregado por diligências internas e externas.
	O escrivão é encarregado pelas citações, intimações das partes, bem como a documentação, certificação e comunicação dos atos processuais, movimentos dos autos, ele deve comparecer as audiências e não tendo disponibilidade, deve mandar outra pessoa em seu lugar, um escrevente juramentado. 
	Além disso, ele detém os autos em cartório, guarda e conservação dos autos, disponibilizando-os somente em casos expressamente permitidos em lei. 
	Como é cediço, os atos praticados pelo escrivão na realização do seu trabalho presumem-se verdadeiros, pois o Escrivão possui fé pública. Por outro lado, todos os atos praticados são de sua inteira responsabilidade, podendo ele responder civilmente por faltas cometidas, ou por atos que lhe foram impostos e não foram cumpridos, por atos nulos ou com dolo ou culpa (art. 144 CPC) e também caso ocorra prejuízo das partes. 
3.2. O Oficial de Justiça
	Sua tarefa acontece mais cotidianamente de forma externa ao juízo. É ele quem faz cumprir os mandados expedidos pelo juiz e pelo escrivão, além de cumprir o que a lei propriamente diz. 
	Dentre todas as tarefas pode-se dizer que seu desempenho e agilidade são de fundamental importância para mover a máquina do judiciário. 
O oficial de justiça tem como tarefa realizar pessoalmente as citações, fazer as prisões, penhoras, arrestos e mais diligências do seu ofício, além disso, efetuar avaliações e executar o que for ordem do juiz, sempre certificando sobre o local, dia e hora que foram realizados os mandados, e, se possível, com a presença de duas testemunhas (art. 143 CPC). 
O oficial de justiça deve entregar em cartório o mandado já cumprido. Mais uma função importante do oficial de justiça é que ele deve estar presente nas audiências e ajudar o juiz a manter a paz. 
	Assim como o escrivão, o oficial de justiça tem fé pública, ou seja, seus atos e certidões presumem-se verdadeiros até que se prove o contrário, assim também como a responsabilidade civil, ele responde civilmente se houver falha na realização correta da sua função, tendo as mesmas sanções que o escrivão. 
3.3. O Distribuidor
	É o responsável pelo registro e distribuição dos processos entre as varas, quando houver mais de um juízo ou mais de um escrivão (art. 251 CPC). 
A distribuição acontece de acordo com a matéria do processo, varas: civil, criminal, trabalhista, família, entre outras, ou também pode ser efetuada por sorteio quando tem mais de uma vara sobre a mesma matéria, sempre obedecendo a uma igualdade, para distribuir de forma parecida para ambos os juízos. 
	Seu trabalho e os seus atos podem ser fiscalizados pelas partes e pelos procuradores (art. 256 CPC).
3.4. O Contador
	É encarregado de fazer os cálculos em geral, desde as custas processuais, o valor da execução, o imposto sobre bens de inventário, enfim, é o responsável pela contabilidade do Órgão Judiciário, tem a incumbência de calcular o valor a receber de direito ou o valor a ser pago por obrigação em relações processuais. 
4. AUXILIARES EVENTUAIS DA JUSTIÇA
Por outro lado, como auxiliares da Justiça eventuais podem ser citados o perito, o partidor, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor e o leiloeiro.
4.1. O Perito
	É chamado em processos que necessitem de conhecimento técnico e científico sobre determinado conteúdo, para dar seu parecer em busca da verdade dos fatos. Pode ser demandado pelas partes, pelo Ministério Público ou a requerimento do juiz. 	
Quando investido no processo ele deve obedecer aos prazos legais, ou então esquivar-se da obrigação por motivo legítimo (de foro íntimo) em 5 dias, a contar da intimação ou do impedimento superveniente, não tendo motivo específico, ele será obrigado a comparecer para a perícia, caso contrário pagará multa (art. 277 CPP). 
	Em se tratando de sanções, em caso de inverdades nas alegações durante suas funções, por dolo ou culpa, o artigo 147 do CPC prevê três espécies de sanções ao perito. São elas: sanção administrativa, afastando-o do cargo por dois anos, sanção penal instaurado pelo Ministério Público e sanção cível, respondendo pelos prejuízos causados as partes.
	Os peritos têm como dever acudir à intimação da autoridade; comparecer para examinar; apresentar o laudo, ou concorrer para que a perícia seja feita no prazo estabelecido. 
O perito realiza vitorias e avaliações na qual o juiz não tem capacidade técnica para tal.
	Sua remuneração será fixada pelo magistrado tendo por base a complexidade e o tempo que a perícia demandar.
4.2. O Partidor
	Está ligado a processos em que haja a partilha de bens, para designar as respectivas partes a cada titular. 
Atua verificando as partilhas apresentadas, inventários, separação litigiosa, onde há a necessidade de partilhar os bens. 
	É de supra necessidade sua atuação em processos em que haja a partilha de bens e os titulares do direito forem pessoas menores de idade. 
4.3. O Depositário/Administrador
	É o responsável pela guarda e manutenção dos bens penhorados, arrestados, sequestrados ou arrecadados, evitando sua perda ou deterioração.
	Quando a própria natureza de um exigir que ele seja guardado por maior tempo, o depositário acaba se tornando administradordesse bem, tendo o dever de deixá-lo em movimento enquanto da penhora.
	O juiz fixará o valor a ser percebido pelo depositário, levando em conta o valor do bem, o tempo e as dificuldades do serviço.
	Além disso, o depositário é responsável caso haja prejuízo as partes em decorrência de dolo ou culpa, podendo perder sua remuneração que foi arbitrada pelo juiz, podendo reembolsar eventuais despesas utilizadas na sua função. 
4.4. O Intérprete
	Esse auxiliar da justiça está estritamente ligado à questão de línguas, linguagens, símbolos, sinais.
	Sua função é fazer com que o juiz tenha facilidade em se comunicar com as partes, com as testemunhas e com todas as pessoas que venham a fazer parte do processo. 
	O juiz nomeará o intérprete toda vez que precisar analisar documentos em língua estrangeira, traduzir a linguagem dos surdos-mudos, e verter em português as declarações das partes e testemunhas que não conhecerem o idioma nacional (art. 151 CPC).
	Aplica-se ao intérprete o que dispõe os artigos 146 e 147 do CPC.
	
4.5. O Tradutor
	A atividade desempenhada pelo tradutor equipara-se à do intérprete, sendo que ambos realizam a tradução de documentos, depoimentos, declarações para o idioma oficial do nosso país, o português. 
4.6. O Leiloeiro
	É nomeado para fazer a venda em praça pública de bens que foram enviados a si para tal fim, em vista de conseguir um bom negócio e satisfazer as partes interessadas, com a arrematação pelo melhor preço possível. 
	
5. AUXILIARES EXTRAVAGANTES DA JUSTIÇA
São acionados quando o Órgão Jurisdicional necessita de serviços especiais para o melhor alcance dos objetivos jurisdicionais. 
São citados como auxiliares extravagantes da justiça: a Empresa de Correios e Telégrafos, a Policia Militar e os Órgãos Pagadores de Entidades Públicas e Privadas.
 5.1. A Empresa de Correios e Telégrafos
	Desempenham um serviço essencial na expedição de cartas citatórias e precatórias.
5.2. A Policia Militar
	Nas demandas que exigem maior força, quando não foi suficiente o Oficial de Justiça, que houve resistência, a Policia Militar é acionada para impor seu poder. 
5.3. A Imprensa Oficial do Estado e Empresas Jornalísticas Particulares
	Auxiliam na publicação de editais.
5.4. Os Órgãos Pagadores de Entidades Públicas e Privadas
	São encarregadas de descontar em folha de pagamento a prestação de alimentos devida pelo funcionário empregado.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Os atos praticados pelos agentes do estado, auxiliares da justiça são muito importantes para o bom funcionamento do Poder Judiciário. Todos os atos praticados por esses agentes demandam de extrema responsabilidade, sendo punidos, em caso de irregularidades na prática de suas funções. 
	Os agentes devem agir de forma externa ao conflito em que estão lidando, sem manter relações com as partes, procuradores ou mesmo ter vínculos com o objeto da demanda. Em relação ao princípio da Impessoalidade. 
	Outro ponto muito importante é que os atos praticados por esses auxiliares gozam de fé pública, são presumidos verdadeiros, até prova em contrário, por isso mesmo é que demandam de pessoas sérias na realização dos mesmos. 
7. CONCLUSÃO
	Em razão de tamanha complexidade no decorrer da tramitação dos processos, é necessário e imprescindível que haja atuação não somente do magistrado, mas sim, de diversas pessoas que desempenhem, de forma diversa, papéis muito importantes e essenciais ao andamento e bom funcionamento do Poder Judiciário. 
	Em suma, cada um desses agentes, trabalhando mutuamente garantem melhor desempenho e resultado às demandas existentes, sendo que a cooperação de tais, proporciona a busca real pela justiça, solucionando os problemas que a vida tem, cada um com sua tarefa, que, bem desempenhada, traz melhor andamento e maior agilidade no mundo jurídico como um todo. 
	Posso concluir que o judiciário não teria como prosseguir com seu trabalho sem o auxílio desses agentes que são essenciais para o prosseguimento das demandas existentes. Resolvendo conflitos e dando prosseguimento às demandas. Cada um com seu trabalho de forma individual, para formar o todo, para em conjunto, formar o Poder Judiciário que existe atualmente e que temos a nossa disposição. 
REFERÊNCIAS
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Novo curso de direito processual civil: Teoria geral e processo de conhecimento (1ª parte). 11. ed.São Paulo: Saraiva, 2014.	
VIANNA, Marcelo Soares. Auxiliares da justiça. Abril/2006. Disponível em: <http://www.tex.pro.br/home/artigos/103-artigos-abr-2005/5163-auxiliares-da-justica-artigos-139-a-153-do-cpc>. Acesso em 14 out. 2014.
LOPES, Danilo Fernandes Sabino. O Ministério Público, o Juiz e os Auxiliares da Justiça. 2012. Disponível em: <http://danilosabino.blogspot.com.br/2012/08/resumo-o-ministerio-publico-o-juiz-e-os.html>. Acesso em 14 out. 2014. 
MONTIBELLER, Bárbara. Órgãos da Justiça: juiz e auxiliares - Responsabilidade Civil. 2012. Disponível em: <http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/%C3%B3rg%C3%A3os-da-justi%C3%A7a-juiz-e-auxiliares-responsabilidade-civil>. Acesso em 14 out. 2014

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