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Nervos Cranianos

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Thiago Picco Medicina UFMT (LX) 
Machado – Capítulo 11 
Nervos Cranianos 
Nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo. A maioria deles liga-se ao tronco 
encefálico, excetuando-se apenas os nervos olfatório e óptico, que se ligam, respectivamente, 
ao telencéfalo e ao diencéfalo. 
O V par, nervo trigêmeo, é assim denominado em virtude de seus três ramos: nervos 
oftálmico, maxilar e mandibular. 
O VIII par, nervo vestíbulococlear, apresenta dois componentes distintos, que são por alguns 
considerados como nervos separados. São eles as partes vestibular e coclear, relacionados, 
respectivamente, com o equilíbrio e a audição. 
 
Classificação funcional das fibras dos nervos cranianos: 
 
 
 
 
 
 
Thiago Picco Medicina UFMT (LX) 
Componentes aferentes 
Órgãos de sentido mais complexo (visão, audição, gustação e olfação), possuem receptores 
denominados “especiais” para distingui-los dos demais receptores, que, por serem 
encontrados em todo o resto do corpo, são denominados gerais. As fibras nervosas em relação 
com estes receptores são, pois, classificadas como especiais. Assim, temos: 
 
 
Componentes Eferentes 
Músculos mootômicos e branquioméricos, embora originados de modo diferente, são 
estruturalmente semelhantes. Entretanto, os arcos branquiais são considerados formações 
viscerais, e as fibras que inervam os músculos neles originados são consideradas fibras 
eferentes viscerais especiais, para distingui-las das eferentes viscerais especiais, relacionadas 
com a inervação dos músculos lisos, cardíaco e das glândulas. As fibras eferentes viscerais 
gerais pertencem à divisão parassimpática do sistema nervoso autônomo e terminam em 
gânglios viscerais, de onde os impulsos são levados às diversas estruturas viscerais. 
As fibras que inervam músculos estriados miotômicos são denominadas fibras eferentes 
somáticas. 
Thiago Picco Medicina UFMT (LX) 
 
 
Nervo olfatório (I) 
É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos olfatórios, sendo, pois, 
classificados como aferentes viscerais especiais. 
Nervo óptico (II) 
Penetra no crânio pelo canal óptico. Cada nervo óptico une-se com o do lado oposto, 
formando o quiasma óptico, onde há cruzamento parcial de suas fibras, as quais continuam no 
trato óptico até o corpo geniculado lateral. O nervo óptico é exclusivamente sensitivo, cujas 
fibras conduzem impulsos visuais, classificando-se, pois, como aferentes somáticas especiais. 
Nervo Oculomotor (III); Troclear (IV); Abducente (VI) 
São nervos motores que penetram na órbita pela fissura orbital superior, distribuindo-se aos 
músculos extrínsecos do bulbo ocular. As fibras nervosas são classificados como eferentes 
somáticas. Como o oculomotor inerna alguns músculos da visão que são músculos lisos, as 
fibras que os inervam classificam-se como eferentes viscerais gerais. 
 
Thiago Picco Medicina UFMT (LX) 
 
Nervo trigêmeo (V) 
Possui uma raiz sensitiva e uma raiz motora. 
Os três ramos ou divisões do trigêmeo: nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular 
são responsáveis pela sensibilidade somática geral de grande parte da cabeça, através de 
fibras que se classificam como aferentes somáticas gerais. 
A raiz motora do trigêmeo é constituída de fibras que acompanham o nervo mandibular, 
distribuindo-se aos músculos mastigadores, os quais são inervados por fibras eferentes 
viscerais especiais. 
 
Nervo facial (VII) 
O nervo emerge do sulco bulbo-pontino através de uma raiz sensitiva e visceral, o nervo fascial 
propriamente dito, e uma raiz sensitiva e visceral, o nervo intermédio (de Wrisberg). 
Juntamente com o (VIII), os dois componentes do nervo facial penetram no meato acústico 
interno. Emerge do crânio pelo forame estilomastóideo, as fibras de inervação são eferentes 
viscerais especiais, aferentes viscerais gerais, aferentes somáticas gerais e aferentes viscerais 
gerais. 
 
As fibras aferentes são prolongamentos periféricos de neurônios sensitivos situados no gânglio 
geniculado; os componentes eferentes originam-se em núcleos do tronco encefálico. 
a) Fibras eferentes viscerais especiais: para os músculos mímicos, músculos estilo-
hioídeos e ventre posterior do digástrico; 
b) Fibras eferentes viscerais gerais: responsáveis pela inervação pré-ganglionar das 
glândulas lacrimal, submandibular e sublingual. 
Thiago Picco Medicina UFMT (LX) 
c) Fibras aferentes viscerais especiais: recebem impulsos gustativos originados nos 2/3 
anteriores da língua e seguem inicialmente junto com o nervo lingual. 
 
 
Nervo vestíbulococlear (VIII) 
O nervo vestíbulococlear é um nervo exclusivamente sensitivo, que penetra na ponte na 
porção lateral do sulco bulbo-pontino. Ocupa, juntamente com os nervos facial e intermédio, o 
meato acústico interno, na porção petrosa do osso temporal. Compõe-se de uma parte 
vestibular e uma parte coclear, que, embora unidas em um tronco comum, tem origem, 
funções e conexões centrais diferentes. 
A parte vestibular é formada por fibras que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio 
vestibular, que conduzem impulsos nervosos relacionados com o equilíbrio, originados em 
receptores da porção vestibular do ouvido interno. 
A parte coclear do VIII par é constituída de fibras que se originam nos neurônios sensitivos do 
gânglio espiral e que conduzem impulsos nervosos relacionados com a audição. As fibras do 
nervo vestíbulococlear classificam-se como aferentes somáticas especiais. 
 
Nervo glossofaríngeo (IX) 
O nervo glossofaríngeo é um nervo misto que emerge do sulco lateral posterior do bulbo, sob 
a forma de filamentos radiculares, que se dispõe em linha vertical. Estes filamentos reúnem-se 
para formar o tronco do nervo glossofaríngeo, que sai do crânio pelo forame julgular. Fibras 
aferentes viscerais gerias, eferentes viscerais gerais. 
 
Nervo vago (X) 
O nervo vago, o maior dos nervos cranianos, é misto e essencialmente visceral. Emerge do 
crânio pelo forame jugular, percorre o pescoço e o tórax, terminando no abdome. O vago 
possui dois gânglios sensitivos, o gânglio superior (ou jugular), situado ao nível do forame 
jugular, e o gânglio inferior (ou nodoso), situado logo abaixo desse forame. 
Thiago Picco Medicina UFMT (LX) 
 
As fibras eferentes do vago originam-se em núcleos situados no bulbo, e as fibras sensitivas, 
nos gânglios superior (fibras somáticas) e inferior (fibras viscerais). 
 
Nervo acessório (XI) 
É formado por uma raiz cranial (ou bulbar) e uma raiz espinhal. 
a) Fibras eferentes viscerais especiais: inervam os músculos da laringe do nervo laríngeo 
através do nervo laríngeo 
b) Fibras eferentes viscerais gerais: inervam vísceras torácicas juntamente com fibras 
vagais. 
 
Nervo Hipoglosso (XII) 
O nervo hipoglosso, essencialmente motor, emerge do sulco lateral anterior do bulbo, 
emergindo do crânio pelo canal do nervo hipoglosso (occipital). Suas fibras são consideradas 
eferentes somáticas. 
 
 
 
 
 
Thiago Picco Medicina UFMT (LX) 
Aula 26/07 
Nervos cranianos 
A ordem (numeração) é em virtude de aparição de anterior para posterior 
1- Sensitivo; Trato oftálmico 
2- Sensitivo; Quiasma ótico 
3- Motor; Emerge no pedúnculo cerebral (mesencéfalo e ponte) 
4- Motor; Próximo ao pedúnculo cerebelar da ponte (motor) 
5- Sensitivo e motor; posterior ao troclear no pedúnculo 
6- Motor; sulco bulbo-pontino 
7- Sensitivo e motor; lateral ao VI 
8- Sensitivo; Equilíbrio e audição; não possui origem aparente craniana 
9- Sensitivo e motor; Emerge proximalmente as olivas 
10- Sensitivo e Motor; Fibras aferentes e eferentes relacionadas as vísceras;maior dos 
nervos cranianos 
11- Motor; Paralelo as pirâmides do bulbo 
12- Motor; Proximal as olivas 
 
Origem 
o real – núcleos e gânglios 
o Aparente encefálica – origem encefálica 
o Aparente craniana – saída do crânio 
 
 Típicas – relação com o tronco encefálico 
 Atípicas – nervo olfatório (telencéfalo); nervo óptico (diencéfalo) 
 
1. Nervo olfatório 
Componente: aferente visceral especial 
Origem aparente encefálica: bulbo olfatório (superior a lamina cribriforme) 
Origem aparente craniana: lâmina cribriforme 
o Epitélio olfatório 
2. Nervo óptico 
Componente: aferente somática especial 
Origem aparente encefálica: quiasma óptico 
Origem aparente craniana: canal óptico 
Thiago Picco Medicina UFMT (LX) 
o Bulbo do olho 
Músculos intrínsecos do olho 
- M. dilatador da pupila (sistema simpático) 
- M. esfíncter da pupila (sistema parassimpático) – oriundo do oculomotor 
Músculos extrínsecos do olho 
- M. reto superior e inferior (III); supra e infra adução, respectivamente 
- M. reto medial (III) e lateral (VI), adução e abdução, respectivamente 
- M. obliquo superior (IV) e inferior (III), infra-adução e abdução; supra-adução 
e abdução 
 
3. Nervo oculomotor 
Componente: eferente somático; Eferente visceral 
Origem aparente encefálica: sulco medial do pedúnculo cerebral 
Origem aparente craniana: fissura orbital superior 
 Inerva o músculo levantador da pálpebra superior 
 Forma o gânglio ciliar (inerva o m. esfíncter da pupila) 
Uma disfunção nesse nervo pode ocasionar: 
1- Miose: 
2- Midríase: dilatação da pupila 
 
4. Nervo troclear 
Componente: eferente somático 
Origem aparente encefálica: véu medular superior 
Origem aparente craniana: fissura orbital superior 
 Inerva o m. obliquo superior 
Uma disfunção desse nervo ocasiona um olho que tende a supra-adução; o paciente tende a 
inclinar a cabeça para compensar o desnível. 
5. Nervo trigêmeo 
Componentes: aferente somática geral; eferente visceral especial 
Origem aparente encefálica: entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio 
Origem aparente craniana: fissura orbital superior (n. oftálmico), forame redondo (n. maxilar) 
e forame oval (n. mandibular) impressão tregeminal 
 
Thiago Picco Medicina UFMT (LX) 
1- Nervo oftálmico (V1) 
-Sensitivo 
-Fibras aferentes 
-Inerva o terço superior 
2- Nervo maxilar (V2) 
-Sensitivo 
-Fibras aferentes 
-Inerva o terço médio 
3- Nervo mandibular (V3) 
-Misto (sensitivo e motor {relacionados aos músculos da mastigação}) 
 Músculos da mastigação: m. temporal; m. masseter; m. pterigoideo medial e 
lateral 
-Inerva o termo inferior 
-Fibras aferentes e eferentes 
 
Neuralgia do trigêmeo: qualquer dilatação da artéria cerebelar superior, culmina em uma 
compressão do n. trigêmeo. 
 
Nervo trigêmeo 
1- Nervo oftálmico (V1) 
 n. lacrimal: sensibilidade a glândula lacrimal 
 n. frontal 
 n. supraorbital lateral 
 n. supraorbital medial 
 n. supratroclear 
 n. masociliar 
 n. infratroclear: sensibilidade a pálpebra medial 
 n. etmoidal posterior 
 m. etmoidal anterior 
2- Nervo maxilar (V2) 
 n. infraorbital 
 n. alveolar superior posterior 
 n. alveolar superior médio 
 n. alveolar superior anterior 
 n. infraorbital 
 n. nasopalatino: sensibilidade do terço anterior do palato duro 
 n. palatino descendente 
 n. palatino maior: sensibilidade do palato mole 
 nn. palatino menores: sensibilidade dos dois terços posteriores do 
palato duro 
 n. zigomático 
 n. zigomático facial 
Thiago Picco Medicina UFMT (LX) 
 n. zigomático temporal 
3- Nervo mandibular (V3) 
 n. alveolar inferior 
 n. mentual 
 ramos incisivos 
 n. milo-hióideo 
 n. lingual: sensibilidade de dois terços posteriores da língua 
 n. bucal: sensibilidade da gengiva e bochecha 
 n. auriculotemporal: sensibilidade da ATM 
 n. massetérico; n. pterigoideo medial; n. pterigoideo lateral; nn. temporais 
profundos (dão motricidade aos músculos da mastigação) 
atrofia do músculo masseter; mandíbula pendente, desviada para o lado da lesão 
6. Nervo abducente 
Componentes: eferente somático 
Origem aparente encefálica: sulco bulbo-pontino 
Origem aparente craniana: fissura orbita superior 
 Inerva o m. reto lateral 
Uma disfunção nesse nervo, o olho tende a estar em adução (visão para medial) 
 
7. Nervo Facial 
Componentes: aferente somático geral; aferente visceral geral; aferente visceral especial; 
eferente visceral especial; eferente visceral geral 
Origem aparente encefálica: sulco bulbo-pontino 
Origem aparente craniana: forame estilomastóideo (canal do nervo facial) 
 Ramos cervical, marginal da mandíbula, bucal, zigomático e temporal. 
 n. petroso maior 
 n. corda do tímpano: gustação de dois terços posteriores da língua (em conjunto com 
o n. lingual 
 n. para m. estapédio: 
inervação dos músculos da mímica 
 
8. Nervo vestíbulococlear 
Componentes: aferente somático especial 
Thiago Picco Medicina UFMT (LX) 
Origem aparente encefálica: sulco bulbo-pontino 
Origem aparente craniana: não sai do crânio 
 nervo vestibular: equilíbrio 
 nervo coclear: audição 
 
9. Nervo glossofaríngeo 
Componentes: aferente somático geral; aferente visceral especial; aferente visceral geral; 
eferente visceral especial; eferente visceral geral 
Origem aparente encefálica: sulco lateral posterior do bulbo 
Origem aparente craniana: forame jugular 
o Fibras parassimpáticas – gânglio ótico 
o Ramos para o m. estilofaríngeo 
o Ramo para o seio carótico 
 
10. Nervo vago 
Componentes: aferente somática geral; aferente visceral especial; aferente visceral geral; 
eferente visceral especial; eferente visceral geral 
Origem aparente encefálica: sulco lateral posterior 
Origem aparente craniana: forame jugular 
 Partes 
 
 Craniana 
 Ramo meníngeo 
 Ramo auricular 
 Cervical 
 Ramo faríngeo 
 Ramos cardíacos cervicais 
 N. laríngeo superior 
 N. laríngeo recorrente direito 
São visíveis os gânglios superior e inferior do n. vago 
 Torácica 
 N. laríngeo recorrente esquerdo 
 Ramos cardíacos torácicos 
 Plexo pulmonar 
Thiago Picco Medicina UFMT (LX) 
 Plexo esofágico 
 Abdominal 
 Ramos esofágicos 
 Ramos gástricos 
 Ramos hepáticos 
 Ramos renais 
 Ramos intestinais 
Quando lesionado, pode ser ocasionado uma queda do arco palatino, paralisia dos músculos 
da vocalização .... 
11. Nervo acessório 
Componentes: eferente visceral especial; eferente visceral geral 
Origem aparente encefálica: sulco lateral anterior do bulbo e medula 
Origem aparente craniana: forame jugular 
Dificuldade de elevar o ombro, em virtude da lesão do nervo acessório 
 
12. Nervo hipoglosso 
Componente: eferente somática 
Origem aparente encefálica: sulco lateral anterior do bulbo adiante da oliva 
Origem aparente craniana: canal do n. hipoglosso 
 Relacionado a motricidade da língua 
 
Quando lesionado: atrofia da língua; desvia a direita 
 
 
Thiago Picco Medicina UFMT (LX) 
ANATOMIA ORIENTADA PARA Clínica – MOORE: CAPÍTULO 9: RESUMOS DOS NERVOS 
CRANIANOS 
 
Nervos cranianos são feixes de fibras sensitivas ou motoras que inervam músculos ou 
glândulas, conduzem impulsos de receptores sensitivos ou têm uma associação de fibras 
motoras e sensitivas. 
1. Nervo olfatório 
Função: sensitivo especial (aferente visceral especial) – isto é, o sentido especial do olfato. 
“olfato é a sensação de odores que resulta na detecção de substancias odoríferas 
aerossolizadas no ambiente”. Olfato da mucosa nasaldo teto de cada cavidade nasal e das 
partes laterais superiores do septo nasal e concha superior. 
Em resumo: os nervos olfatórios (NCI) têm fibras sensitivas ao sentido especial do olfato. Os 
neurônios receptores olfatórios estão no epitélio olfatório (mucosa olfatório) no teto da 
cavidade nasal. Os processos centrais dos neurônios receptores olfatórios ascendem através 
dos forames na lâmina cribriforme do etmoide para chegar aos bulbos olfatórios na fossa 
anterior do crânio. Esses nervos fazem sinapse em neurônios nos bulbos, e os processos desses 
neurônios acompanham os tratos olfatórios até as áreas primárias e associadas no córtex 
cerebral. 
2. Nervo óptico (NC II) 
Função: sensitiva especial (aferentes somático especial) – isto é, o sentido especial da visão. 
O nervo segue posteromedialmente na órbita, saindo através do canal óptico para entrar na 
fossa média do crânio, onde forma o quiasma óptico. Aqui, as fibras da metade nasal (medial) 
de cada retina decussam no quiasma e se unem a fibras não cruzadas da metade temporal 
(lateral) da retina para formar o trato óptico. A maioria das fibras dos tratos ópticos termina 
nos corpos geniculados laterais do tálamo. A partir desses núcleos, os axônios são 
retransmitidos para os córtices visuais dos lobos occipitais do encéfalo. 
3. Nervo oculomotor (NC III) 
Funções: motor somático (eferente somático geral) e motor visceral (parassimpático-eferente 
visceral geral). 
o Motor para o músculo estriado de quatro dos seis músculos extrínsecos do bulbo do 
olho (retos superior, medial e inferior e oblíquo inferior) e pálpebra superior; 
o Parassimpático através do gânglio ciliar para o músculo liso do esfíncter da pupila, 
responsável pela acomodação (permitindo que a lente torne-se mais arredondada) 
para a visão de perto. 
Esses nervos originam-se do tronco encefálico, emergindo medialmente aos pedúnculos 
cerebrais, e seguem na parede lateral do seio cavernoso. Esses nervos entram na órbita 
através das fissuras orbitais superiores e dividem-se em ramos superior e inferior. 
Thiago Picco Medicina UFMT (LX) 
4. Nervo troclear (NC IV) 
Funções: motor somático (eferente somático geral) para um músculo extrínseco do bulbo do 
olho (oblíquo superior – abdução, depressão e rotação medial). 
Esse nervo atravessa a fissura orbital superior, onde supre o m. oblíquo superior – único 
extrínseco do bulbo do olho que usa uma roldana, ou tróclea, para redirecionar sua linha de 
ação. 
5. Nervo trigêmeo (NC V) 
Funções: sensitivo somático (geral) e motor somático (branquial) para derivados do 1º arco 
faríngeo. 
É o principal nervo sensitivo somático (geral) para a cabeça [face, dentes, boca, cavidade nasal 
e dura-máter da cavidade craniana]. 
a) Nervo oftálmico 
As fibras sensitivas somáticas (gerais) são distribuídas para a pele, túnica mucosa e 
conjuntiva da parte anterior da cabeça e nariz. 
Sensibilidade da córnea, pele da fronte, couro cabeludo, pálpebras, nariz e túnica 
mucosa da cavidade nasal e dos seios paranasais. 
b) Nervo maxilar 
Saindo da cavidade craniana através do forame redondo, sus fibras sensitivas 
somáticas (gerais) costumam ser distribuídas para a pele e as túnicas mucosas 
associadas à maxila. 
Sensibilidade da pele sobre a maxila, inclusive o lábio superior, dentes maxilares, 
túnica mucosa do nariz, seios maxilares e palato. 
c) Nervo mandibular 
É a única divisão do V a conduzir fibras motoras somáticas. Sensibilidade da pele da face sobre 
a mandíbula , incluindo lábio inferior, dentes mandibulares, articulação temporomandibular, 
túnica mucosa da boca, dois terços anteriores da língua e e orelha externa (orelha, meato 
acústico externo superior e membrana timpânica) 
 
Motor para os músculos da mastigação, milo-hióideo, ventre anterior do M. digástrico, M. 
tensor do véu palatino e M. tensor do tímpano. 
6. Nervo abducente (NC VI) 
Funções: Motor somático (eferente somático geral) para um músculo extrínseco do bulbo do 
olho, o reto lateral. 
 
7. Nervo facial (NC VII) 
Thiago Picco Medicina UFMT (LX) 
Funções: Sensitivo — sensitivo especial (paladar) e sensitivo somático (geral). Motor — motor 
somático (branquial) e motor visceral (parassimpático). 
o nervo facial supre principalmente os músculos da expressão facial e os músculos da orelha. 
Também supre os ventres posteriores dos músculos digástrico, estilohióideo e estapédio. 
NC VII envia fibras parassimpáticas pré-ganglionares para o gânglio pterigopalatino, para 
inervação das glândulas lacrimais, e para o gânglio submandibular, para inervação das 
glândulas salivares sublinguais e submandibulares. 
As fibras conduzidas pelo nervo corda do tímpano se unem ao nervo lingual do NC V3 para 
conduzir a sensibilidade gustativa dos dois terços anteriores da língua e do palato mole. 
8. Vestíbulococlear (NC VIII) 
Funções: sensitivo especial (aferente somático especial) – isto é, o sentido especial da audição, 
do equilíbrio e do movimento (aceleração-desaceleração). 
O nervo coclear é sensitivo para o órgão espiral (para o sentido de audição). O nervo vestibular 
é sensitivo para as cristas ampulares dos ductos semicirculares e as máculas do sáculo e 
utrículo (para o sentido do equilíbrio e movimento). 
9. Nervo Glossofaríngeo (NC IX) 
Funções: sensitivo – sensitivo somático (geral), sensitivo especial (paladar) e sensitivo visceral. 
Motor – motor somático e motor visceral (parassimpático). 
NC IX é aferente da língua e faringe e eferente para o músculo estilofaríngeo e a glândula 
parótida. 
o Motor somático: as fibras motoras seguem para o m. estilofaríngeo. 
o Motor visceral: fibras parassimpáticas pré-ganglionares são levadas ao gânglio 
ótico para inervação da glândula parótida. 
o Sensitivo somático: 
a. Nervo do seio carótico: um pressorreceptor sensitivo a alterações na 
pressão arterial, e para o glomo carótico, um quimiorreceptor sensível aos 
gases no sangue (nível de 02 e CO2). 
b. Nervos faríngeo, tonsilar e lingual: além da sensibilidade geral (tato, dor, 
temperatura), os estímulos táteis (reais ou ameaças) considerados 
incomuns ou desagradáveis. 
o Sensitivo especial (paladar): fibras gustativas são conduzidas do terço posterior da 
língua até os gânglios inferiores do NC IX. 
 
10. Nervo Vago (NC X) 
Funções: sensitivo - sensitivo somático (geral), sensitivo especial (paladar), sensitivo visceral. 
Motor – motor somático e motor visceral 
o Sensitivo somático (geral) na parte inferior da faringe e na laringe 
Thiago Picco Medicina UFMT (LX) 
o Sensitivo visceral nos órgãos torácicos e abdominais 
o Paladar e sensibilidade somática (geral) a partir da raiz da língua e dos calículos 
gustatórios na epiglote. 
o Motor somático para o palato mole; faringe; músculo extrínseco nominal da 
língua, o palatoglosso. 
o Proprioceptivos para os músculos citados anteriormente 
o Motor visceral (parassimpático) para as vísceras torácicas e abdominais 
 
11. Nervo acessório (NC XI) 
Funções: Motor somático para os músculos esternocleidomastóideo e trapézio. 
12. Nervo Hipoglosso 
Funções: motor somático para os músculos intrínsecos e extrínsecos da língua. 
 
LESÕES DOS NERVOS CRANIANOS 
 Nervo olfatório 
1. Anosmia – perda do olfato 
Muitas vezes a perda do olfato (anosmia) está associada a infecções respiratórias altas, 
doenças dos seios parnasais e traumatismo craniano. Há perda de fibras olfatórias com o 
envelhecimento. A principal queixa da maioria das pessoas com anosmia é perda ou alteração 
do paladar; a razão é que a maioria das pessoas confunde paladar com sabor. A anosmia 
costuma ser unilateral. A ruptura de todos os feixes nervosos de um lado causa perdaAlucinações olfatórias. 
As vezes pode haver alucinações olfatórias (falsas percepções do olfato) associadas a lesões no 
lobo temporal do hemisfério cerebral. Uma lesão que irrite a área olfatória lateral pode causar 
epilepsia do lobo temporal ou “convulsões do uncilado”, que são caracterizadas por odores 
desagradáveis imaginários e movimentos involuntários dos lábios e da língua. 
 Nervo óptico 
Como a bainha de mielina que circunda as fibras sensitivas é formada por oligodendrócitos, os 
nervos ópticos são suscetíveis aos efeitos das doenças desmielinizantes do SNC, com a 
esclerose múltipla (EM), que não costuma afetar outros nervos da parte parassimpática do 
sistema nervoso. 
1. Neurite óptica 
Refere-se a lesões do nervo óptico que causam diminuição da acuidade visual, com ou sem 
alterações dos campos visuais periféricos. 
2. Defeitos do campo visual 
Thiago Picco Medicina UFMT (LX) 
Os defeitos do campo visual resultam de lesões que afetam diferentes partes da via visual. O 
tipo de defeito depende do local de interrupção da via 
 A secção completa de um nervo óptico resulta em cegueira nos campos 
visuais temporal e nasal do olho ipsilateral. 
 A secção completa do quiasma óptico reduz a visão periférica e resulta em 
hemianopsia bitemporal, a perda da visão de metade do campo visual de 
ambos os olhos. 
 A secção transversa completa do trato óptico direito elimina a visão dos 
campos visuais temporal esquerdo e nasal direito. Uma lesão do trato óptico 
direito ou esquerdo causa hemianopsia homônima contralateral, indicando 
que a perda visual ocorre em campos semelhantes. Esse defeito é a forma 
mais comum de perca do campo visual e é observado com frequência em 
pacientes que sofreram AVE. 
 Nervo óculo motor 
A lesão do NC III resulta em paralisia oculomotor ipsilateral. 
1. Compressão do nervo oculomotor 
Há dilatação progressiva da pupila no lado lesado. Consequentemente, há dilatação 
progressiva da pupila no lado lesado. Assim, o primeiro sinal de compressão do NCIII é a 
lentidão ipsilateral da reação pupila à luz. 
 Nervo troclear 
As lesões desse nervo ou de seu núcleo causam paralisia do músculo oblíquo superior e 
comprometem a rotação inferomedial do bulbo do olho afetado. 
O sinal característico da lesão do nervo troclear é a diplopia (visão dupla) ao olhar para baixo. 
 Nervo trigêmeo 
A lesão do NC V causa: 
 Paralisia dos músculos da mastigação com desvio da mandíbula para o lado da 
lesão. 
 Perda da capacidade de perceber sensações suaves táteis, térmicas ou dolorosas 
na face. 
 Perda do reflexo corneano (piscar em resposta ao toque na córnea) e do reflexo de 
espirro (estimulado por irritantes para limpar as vias respiratórias). 
 
 Nervo abducente 
Uma lesão expandida, como um tumor encefálico, pode comprimir o NC VI, causando paralisia 
do músculo reto lateral. A paralisia completa do NC VI causa desvio medial do olho afetado – 
isto é, adução completa por causa da ação sem oposição do músculo reto medial, deixando a 
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pessoa incapaz de abduzir o olho. A diplopia está presente em todas as amplitudes de 
movimento do bulbo do olho, exceto ao olhar para o lado oposto ao da lesão. 
 Nervo facial 
Dependendo da parte do nervo envolvida, a lesão do NC VII pode causar paralisia dos 
músculos faciais sem perda do paladar nos dois terços anteriores da língua, ou alteração da 
secreção das glândulas lacrimais e salivares. 
A lesão o NC VII perto de sua origem ou perto do gânglio geniculado é acompanhada por perda 
das funções motoras, gustativas (paladar) e autônomas. A paralisia motora dos músculos 
faciais acomete as partes superiores e inferiores ipsilaterais da face. 
A paralisia de Bell é uma paralisia facial unilateral de início súbito resultante de uma lesão do 
NC VII. 
 Nervo vestíbulococlear 
As lesões do NC VIII podem causar zumbido (campainha ou buzina nos ouvido) e 
comprometimento ou perda da audição. As lesões centrais podem acometer a divisão coclear 
ou vestibular do NC VIII. 
1. Neuroma acústico 
É um tumor benigno de crescimento lento das células do neurolena (Schwann). O sintoma 
inicial do neuroma acústico geralmente é a perda de audição. Grande parte dos pacientes 
apresentam desequilíbrio e zumbido. 
 Nervo glossofaríngeo 
O paladar está ausente no terço posterior da língua, e o reflexo de vômito está ausente no 
lado da lesão. A fraqueza ipsilateral pode causar uma alteração perceptível à deglutição. 
 Nervo vago 
A lesão dos ramos faríngeos do NC X causa disfagia (dificuldade à deglutição). A paralisia dos 
dois nervos laríngeos recorrentes causa afonia (perda da voz) e estridor inspiratório (ruído 
respiratório forte e agudo). 
 Nervo acessório 
 
 Nervo hipoglosso 
A lesão do NC XII paralisa a metade ipsilateral da língua. 
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