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CASOS CONCRETOS PROCESSO CIVIL IV

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CASO CONCRETO 01
1º Questão: Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado?
RESPOSTA: Sim, o pedido do Executado deverá ser deferindo, tratando-se do Princípio do Menor Sacrifício do Executado, devendo a execução ser promovida do modo menos gravoso para o executado, ou seja, se houver outro meio de execução o devedor deverá escolher o menos gravoso, conforme disposto no art. 835, do NCPC.
2º Questão: (XVI Exame de Ordem Unificado – FGV) Daniel possui uma pequena mercearia e costuma aceitar cheques de seus clientes, como forma de pagamento. Ocorre que, no último mês, três dos cheques apresentados no prazo foram devolvidos por insuficiência de fundos. Daniel não obteve êxito na cobrança amigável, não lhe restando, portanto, alternativa senão recorrer ao Poder Judiciário. Com base nessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
a) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o devedor, ainda que fundadas em títulos diferentes e diversa a forma do processo, desde que o juízo seja competente para todas.
b) É vedado ao juiz examinar de ofício os requisitos que autorizam a cumulação de execuções.
c) Daniel pode cumular várias execuções, fundadas em títulos diferentes, ainda que di versos os devedores, desde que para todas elas seja competente o juízo e idêntica a forma do processo.
d) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos diversos, de que seja competente o juízo e haja identidade na forma do processo.
CASO CONCRETO 02
1º Questão: No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1o grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Considerando o enunciado acima, distinga os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, e, num segundo momento, indique os caminhos processuais adequados para que o exequente, na prática, possa receber seu crédito. 
A Fraude Contra Credores é tratada no Código Civil (Direito Material), nesta hipótese, o devedor está se desfazendo dos bens, ou seja, se tornando insolvente para que o credor não consiga satisfazer o crédito. No caso, a medida cabível é a Ação Pauliana para anular os atos que geraram a insolvência do devedor, reintegrando seu patrimônio para que seja atingido. Já a Fraude à Execução está no Código de Processo Civil (Direito Processual) e ocorre durante o curso do processo (art. 792, CPC) e trata-se de ato atentatório a dignidade da justiça, onde, neste caso, o credor pode pedir em incidente do próprio processo que seja declarada a fraude e o negócio seja ineficaz ou, até mesmo, ser declarada de ofício pelo juiz.
2º Questão: Considerando o CPC, e, principalmente, as normas que tutelam a legitimidade passiva em execução, indique a alternativa incorreta, ou seja, de quem não pode figurar como executado.
a) o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
b) o responsável tributário, assim definido em lei;
c) o fiador do débito constante em título extrajudicial;
d) o Ministério Público, nos casos previstos em lei.
CASO CONCRETO 03
1ª Questão: Adalberto ajuizou uma ação em face da Seguradora Porto Bello pleiteando o recebimento do seguro de vida realizado pelo seu tio Marcondes. Alega na inicial que a seguradora, de forma injustificada, se negou a pagar a indenização sob o argumento de que o segurado agiu de má-fé ao não informar que realizara uma cirurgia de coração 10 anos antes da assinatura do contrato. Após a instrução o juiz julgou procedente o pedido para condenar a Seguradora a pagar a respectiva indenização em valor a ser apurado em fase de liquidação. Diante do caso concreto indaga-se:
a) Qual é a modalidade de liquidação de sentença mais adequada ao caso concreto? É possível modificar a sentença em fase de liquidação?
RESPOSTA: Havendo a morte de alguém o mais adequado é a liquidação por arbitramento, caso não houvesse a morte e em razão de fatos novos seria aplicada a liquidação pelo procedimento comum. Não é possível modificar a sentença em fase de liquidação, somente em Apelação.
b) Como deverão proceder as partes caso discordem do valor apurado na liquidação?
RESPOSTA: No caso de não concordarem, caberá às partes ingressar com Recurso de Agravo de Instrumento.
2º Questão: Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla título executivo extrajudicial:
a) o crédito de auxiliar de justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
b) a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
c) a nota promissória;
d) o crédito decorrente de foro ou laudêmio.
CASOS DA PROVA ANTERIOR
Título executivo extrajudicial – benefício de ordem – fiado executado:
	
A depender da existência ou não de cláusula de benefício de ordem, poderá o credor ajuizar a demanda somente contra o fiador ou contra ele e o devedor (litisconsórcio).
Se há o benefício de ordem constando do título executivo extrajudicial, deverá a execução ser movida em face dele e do devedor principal, em litisconsórcio, para que, se for o caso, exerça o benefício de ordem (art.794 do NCPC e art.827 do CC).
Agora se o fiador houver renunciado o benefício de ordem, poderá a execução ser movida somente em face dele (§3º do art.794 do NCPC), ou se não houver o tal benefício previsto.
Desconsideração da personalidade jurídica
Em regra, o patrimônio dos sócios não responde pelas dívidas da empresa, porém, no caso, usaram da personalidade jurídica da empresa, praticando confusão patrimonial que é um dos requisitos em que se pode pedir a desconsideração da personalidade jurídica. Esse incidente de desconsideração poderá ser feito na própria fase de cumprimento de sentença, onde o exequente solicitará e o juiz analisará, mandando citar os sócios para se defenderem indicando, na ocasião, onde se encontram os bens da empresa ou seus próprios bens que possam responder pela Execução. Declarada a desconsideração com base no CPC, os bens dos sócios responderão de forma primária.

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