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Estudo das Lesões: Trajeto

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Participantes do trabalho em grupo:
 
Bárbara Vitória Alvares Lopes
Fabiano Aparecido Glegório Chacon Jr
Giovana Paula Silva
Mariana Costa Cardoso
Maria Carolina de Cassia R. da Silveira Silva 
 Maria Carolina Moraes Frade
Maria Clara Castro
Maria Eduarda Valim Bianco
Maria Eduarda Grego
Maria Victória de Moura Melo
Natasha Freitas Borges
 
 Franca
 2018
Introdução:
No trabalhado apresentado na data do dia 21 de maio de 2018, ao mestre da matéria “Medicina Legal e Psicologia Forense’’, Marco Antônio de Souza, trata fundamentalmente sobre “Trajeto” um subtítulo da matéria de “Balística”. 
As pesquisas aqui apresentadas tiveram como material principal de apoio o livro “Medicina Legal’’ do autor Delton Croce, mais especificamente as páginas 343 a 356 e também, sites especializados nesta área do Direito. Buscamos em sites confiantes e diante disso, tivemos diversos tipos de fontes que foram agrupadas da melhor forma possível neste trabalho. 
Tivemos como objetivo não somente o conhecimento de tal, mas também a integração total da turma, fazendo com que interagíssemos e ajudássemos uns aos outros, assim, aprendendo de forma conjunta e produtiva. 
Desenvolvimento:
Uma das áreas da Balística Forense de grande interesse para a análise de locais do crime é a balística terminal, mais especificamente a balística das lesões, que se pretende reconstruir a dinâmica de um fato delituoso.
Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) A importância para o perito criminal de fotografar e analisar todas as lesões externas reside no fato de que a partir delas é possível realizar inferências, estabelecer hipóteses e concluir sobre a dinâmica do evento, mesmo que de forma parcial, permitindo afirmar a posição dos atores envolvidos, a movimentação dessas pessoas na cena do crime, a quantidade de lesões produzidas, a intencionalidade ou não dessas lesões, a trajetória do projétil dentro do organismo, entre outros fatores. 
O que iremos tratar neste trabalho será sobre o TRAJETO que o projétil percorre dentro do organismo do ferido. 
O trajeto é o caminho descrito pelo projétil desde seu ponto de disparo até percutir o alvo. Trajeto é o percurso seguido pelo projétil dentro do alvo. Ao perito – médico – legal interessa conhecer a trajetória do trajeto. 
Possui casos diferente como: 
ABERTO: quando o trajeto possui um orifício de saída; 
FUNDO CEGO: quando termina em cavidade fechada. 
Nos trajetos abertos o projétil não pode ser encontrado dentro do organismo, ocasionando então, que o projétil esteja no local da morte ou objetos e paredes do lugar examinado onde aconteceu tal fato. Já nos trajetos fechados, a bala se localiza na extremidade final, tendo em volta tecidos mortificados e massa sanguínea, possibilitando assim o seu rastreamento. Com a luz do trajeto tem -se coágulos, o que constitui elemento de grande importância para indicar o fenômeno vital é o que ocorre com a maioria dos casos de pesquisa de corpo estranho no organismo. Encontrar a bala pode – se tornar muito difícil, porque o trajeto nem sempre se faz em linha reta e assume os mais caprichosos itinerários (conhecido por bala giratória), não sendo rara a introdução do projétil nas cavidades naturais como estômago, intestinos ou no interior de ²vasos calibrosos como a aorta, as artérias hipogástricas etc., para sua detecção é necessário exame radiológico. 
O trajeto será maior e tortuoso quando ele se deforma ou arrasta consigo esquírolas e/ou corpos estranhos – fragmentos de botões, dentes, buchas, etc. no seu percurso. O diâmetro do trajeto retilíneo é igual ao do projétil.
O trajeto de uma bala, pode, portanto, ser: 
SIMPLES: é feito por uma linha reta entre os orifícios de entrada e de saída;
DESVIO ANGULAR: de retorno ou de contorno; 
RAMIFICADO ou MÚLTIPLO: quando ocorre fragmentação de projétil e/ou de corpos estranhos alheios à munição dentro do organismo.
O trajeto pode ser também: 
ÚNICO ou
MÚLTIPLO;
Pode ser ainda, ÚNICO inicialmente e transformar-se em MÚLTIPLO pela ação de corpos estranhos fragmentados.
Será, no início, múltiplo, quando o agente perfurocontundente são projéteis múltiplos, como, por exemplo, as armas de caça (espingardas). Novos trajetos podem – se formar sob ação de projéteis de pontas rombas, seccionadas – como as ¹balas dum – dum, condenadas pelas leis de guerra – e as explosivas, que contêm uma espoleta de fulminato de mercúrio e pólvora em seu interior, que, dentro do organismo, deflagra a explosão. Essa explosão é possível, também, pela ação da força viva do projétil em órgãos contendo líquidos como o estômago e a bexiga cheia. 
O projétil pode acompanhar a superfície reta ou curva de um plano ósseo, em trajeto retilíneo, lesando apenas a tela celular subcutânea, ricocheteando na superfície da calvária poderá provocar ³fraturas cominutivas, as esquírolas agindo como verdadeiros projéteis secundários, lesando indiretamente a massa encefálica e causando a morte. 
É vedado ao perito ou ao cirurgião extrair a bala do corpo empregando instrumentos metálicos, ou rastreá – la com sonda feita de metal ou com tentacânula a fim de que os exames de balística não sejam falseados inadvertidamente em seus resultados. 
Um aspecto interessante a ser considerado no estudo do trajeto é a relação existente entre a trajetória do projétil e atitude da vítima, conforme explica Tocchetti: 
“Ao ser realizada a necropsia, o médico – legista examina a vítima distendida sobre a mesa de necropsia, em decúbio dorsal e o trajeto por ele descrito corresponderá à posição ereta da vítima. Entretanto, na maioria das vezes, não é esta a posição em que a vítima se encontrava no momento em que foi atingida pelo tiro ou em relação à linha de tiro, motivo pelo qual o trajeto descrito pelo médico – legista nem sempre se enquadra como sendo uma continuidade perfeita da linha de trajetória. Reveste – se, também, de importância, a diferença de estrutura existente entre a vítima e o agressor ou atirador.” 
 Alguns elementos formam um conjunto que permite estabelecer se a vítima estava em pé, caída ou em posição intermediária a essas; e se, quando foi atingida, ela encontrava-se parada ou em deslocamento. Permitem, ainda, estabelecer o diagnóstico diferencial entre suicídio, homicídio ou acidente, sendo esses elementos: 
 Os aspectos dos orifícios de entrada, principalmente, quanto à forma, dimensões e região anatômica atingida;
 A análise dos elementos presentes nas lesões, como as diversas zonas que sempre circundam esses orifícios de entrada;
 A presença ou ausência dos vestígios secundários;
 A presença ou ausência dos efeitos explosivos; 
 A trajetória intracorporal;
 Os aspectos dos orifícios de saída.
Na literatura pericial, os vestígios decorrentes de lesões de entrada causadas por projéteis de arma de fogo são definidos como:
 Efeitos primários;
 Efeitos secundários. 
 Efeitos explosivos
Efeitos Primários: 
Efeitos primários são os produzidos pela ação mecânica do projétil ao procurar vencer a resistência oferecida pelo alvo, sendo, portanto, próprios do orifício de entrada. Ocorrem independentemente da distância do disparo e compreendem: o orifício propriamente dito, a orla de contusão, a auréola equimótica e a orla de enxugo.
Orifício de entrada propriamente dito é o orifício deixado pela passagem do projétil. Em se tratando de tecido vivo, exemplo do corpo humano ou animal, é o ferimento, lesão ou solução de continuidade provocada pela entrada de projétil de arma de fogo para dentro do corpo.
Durante o processo de penetração do projétil,a pele tende a amoldar-se ao projétil e, como consequência, cria uma área erodida. Isto se deve, em parte, ao atrito do projétil com a pele associado ao movimento de rotação do projétil, e em parte, à diferença de elasticidade entre a derme e a epiderme, o que resulta no arrancamento da epiderme, formando uma orla escoriada ou contundida (orla de contusão). A análise dessa erosão permite uma série de informações quanto à trajetória.
Como toda equimose, a Auréola equimótica é uma infiltração de sangue resultante da ruptura de vasos capilares, provocada pela passagem do projétil.
O projétil carrega consigo sujidades aderidas a ele, oriundas da sua passagem pelo cano da arma. Ao atingir um alvo flexível, como a pele humana, normalmente adere-se a esta superfície e, em parte, envolve o projétil, resultando na “limpeza” do projétil nas bordas da superfície do suporte. Os resíduos ou sujidades deixadas na pele caracterizam a orla de enxugo.
Efeitos Secundários:
 Como você já estudou, quando um projétil de arma de fogo é expelido, junto com ele ocorre a expulsão de uma nuvem de resíduos, composta principalmente de gases e partículas sólidas que advêm da queima do propelente. Os efeitos secundários (produzidos por outros elementos que não o projétil) são os efeitos resultantes do depósito dos resíduos dos demais elementos do cartucho sobre a superfície, ou seja, dos resíduos gasosos e sólidos da combustão da pólvora e da detonação da espoleta sobre o suporte. A presença desses efeitos permite estimar a distância entre a boca do cano da arma e a superfície atingida, bem como caracteriza o disparo como tendo sido efetuado a curta distância.
Os efeitos secundários determinam as seguintes zonas características: 
 Zona de chama; 
 Zona de esfumaçamento;
 Zona de tatuagem. 
A zona de chama: se caracteriza pela lesão de queimadura da pele, normalmente disposta ao redor do orifício de entrada, cuja formação se dá pela ação direta da chama e ação térmica dos gases elevadamente aquecidos. Ela pode ser produzida, ainda, por ação indireta, na qual tanto a chama quanto a ação dos gases aquecidos produzem a queima de tecido das vestes e, estes, por sua vez, a queimadura da pele. Apresenta cor avermelhada e de aspecto apergaminhado. Se houver pelos nessa região anatômica, estes podem estar chamuscados, quebradiços, crestados e ligeiramente retorcidos. 
Zona de esfumaçamento: É a região na qual ocorre o depósito superficial de fuligem oriunda da combustão da pólvora e da detonação da espoleta ao redor do orifício de entrada. Esta zona pode ser facilmente removida por lavagem. Está presente nos disparos de curta distância e sua cor depende do tipo da pólvora, da idade do cartucho, da distância do disparo, dentre outros aspectos. A zona de esfumaçamento tem a forma circular no tiro perpendicular; ovalar, no oblíquo; e alongada, no tangencial. Pode apresentar os bordos bem definidos e de tonalidade intensa nos casos em que a boca do cano da arma se encontra mais próxima à superfície suporte do disparo. Nesses casos o diâmetro da zona de esfumaçamento é menor e, geralmente, a zona de tatuagem encontra-se inscrita nela. Nos casos, em que ainda se percebe a zona de esfumaçamento, resultante de disparos efetuados com maiores distâncias entre a boca do cano da arma e o anteparo, as bordas dessa zona não são nítidas, apresentando tonalidade suave e maior diâmetro. Nesses casos, geralmente, a zona de tatuagem encontra-se circunscrita à zona de esfumaçamento. O grau de concentração da zona de esfumaçamento, bem como as dimensões e a forma do residuograma proporcionam elementos para fundamentar uma convicção quanto à direção e à distância do tiro em relação ao alvo. Pode-se verificar zona de esfumaçamento e tatuagem sobre a pele, com disposição e formatos peculiares, mas, geralmente puntiformes, Fotografia 31. Foto operada quando de exame de local – ICDF- Nela observa-se zona de esfumaçamento ao redor da lesão, de tonalidade bem escura e contornos bem definidos. nos casos em que os gases do disparo ultrapassam a trama do tecido, vindo a aderir à pele. A intensidade do depósito depende da trama mais ou menos apertada do tecido. 
 
Zona de tatuagem: É produzida pela incrustação dos grãos de pólvora incombusta ou não, que atingem o alvo ao redor do orifício de entrada, bem como de pequenos fragmentos que se desprendem do projétil. É devido à maior massa e à maior energia cinética, que os demais resíduos de disparo, como gases e produtos da combustão, vencem maiores distâncias e penetram na superfície do alvo, como micro projéteis, incrustando-se nele de forma mais ou menos profunda, não sendo removíveis por lavagem.
Efeitos explosivos:
Os efeitos explosivos somente são evidenciados nas lesões quando a distância entre a extremidade livre do cano da arma (boca) e a vítima é muitíssimo pequena, ou mesmo nula (encostado), uma vez que tais efeitos são produzidos em decorrência da liberação instantânea dos gases, gerando ruptura e dilaceração dos tecidos, entre outros. Devido à irregularidade das lesões de entrada nos disparos encostados, estas, algumas vezes, podem ser confundidas com lesões de saída. A diferença entre o orifício de entrada e o de saída pode ser observada pelos sinais característicos dos efeitos explosivos no tiro encostado, ou seja, a câmara de mina de Hofmann os sinais de Werkgaertner e de Benassi4, enquanto nas perfurações de saída tais efeitos não são verificados.
Significado de termos encontrados no desenvolvimento:
BALAS DUM-DUM: Inventadas no final dos anos 1890 por um oficial do exército britânico, Neville Bertie -Clayno, no arsenal de Dum Dum, cidade próxima de Calcutá. Este tipo de projétil foi condenado pela Convenção de Haia de 1899, por motivos humanitários: a bala dum – dum se estilhaça dentro do corpo do indivíduo atingido, provocando dores lancinantes – o que normalmente não acontece com uma bala comum. 
No Brasil, é permitida a utilização da ponta – oca, que por vezes é equivocadamente qualificada como a original bala dum – dum. A utilização da ponta – oca por forças policiais também é permitida. Contudo, ainda é proibida a utilização da bala dum – dum, pois o estilhaçamento aumenta tanto a cavidade como maiores lesões a órgãos internos. Devido ao estilhaçamento, a dum-dum é de maior dificuldade para tratamento médico. A ponta – oca, um princípio originado com a bala dum – dum, continua a ser usada em vários países. É utilizada, por exemplo, pela Britânica Scotland Yard.
VASOS CALIBROSOS COM AORTA: Aorta é a maior e mais importante artéria do sistema circulatório do corpo humano. Dela se derivam todas as outras artérias do organismo, com exceção da artéria pulmonar. A aorta se inicia no coração, na base do ventrículo esquerdo, e termina à altura da quarta vértebra lombar, onde se divide nas artérias ilíacas comuns. Ela leva sangue oxigenado para todas as partes do corpo através da circulação sistémica. 
FRATURA COMINUTIVA: São as lesões de continuidades ósseas que resultam em dois ou mais fragmentos, dificulta a cicatrização devido ao distanciamento dos pedaços de ossos estilhaçados; esse tipo de fratura pode ser causado por projétil de arma de fogo.
Conclusão:
O estudo da balística forense é um importante campo do conhecimento pericial e tem fundamental importância nas resoluções de crimes.
A perícia médico-legal passa a ocupar lugar de destaque nas investigações desses delitos. Só uma necropsia cuidadosa poderá esclarecer com detalhes, todas as particularidades de um crime, a fim de que o julgador encontre na prova técnica uma imagem próxima da dinâmica do evento, contribuindo para a realização da Justiça, permitindo a punição daqueles que violaram as leis penais.

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