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Final Penal

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Objeto do delito: aquilo que visa o delito
Objeto jurídico: o bem ou interesse protegido pela normal. Formal: ofensa irrogada ao direito.
Substancial: é o objeto de proteção, esse objeto pode ser genérico( crimes contra a pessoa) ou um objeto específico( crime contra a vida, saúde, leberdade)
O título do delito pode ser genérico (conjunto de crimes) ou específico (nome legal dado ao fato).
Resultado naturalístico: efeito natural da conduta, indispensável à configuração dos delitos materiais.
Segundo a relação entre conduta e o resultado os crimes são:
MATRIAIS: o tipo penal descreve um resultado naturalístico cuja ocorrência é necessária a consumação. Realizada a conduta e o resultado não ocorre, permanece na tentativa. Exemplo: dano, estelionato, homicídio, lesão corporal.
FORMAIS: Chamados de consumação antecipada ou resultado cortado: o tipo penal descreve um resultado naturalístico, porém é desnecessário a consumação. Exemplo: calúnia, injúria, difamação, ameaça.
MERA CONDUTA: Ou de simples atividade. O tipo penal não prevê a ocorrência de nenhum resultado naturalístico. Exemplo: violação de domicílio, reingresso de estrangeiro expulso, ato obsceno
Na estrutura do FATO TÍPICO O RESULTADO SÓ É ESSENCIAL NOS DELITOS MATERIAIS.
CRIMES SEM EVENTOS: FORMAIS, MERA CONDUTA, CRIMES TENTADOS, CRIMES OMISSIVOS PROPRIOS.
Crime doloso: o agente quis o resultado e assumiu o risco.
Crime culposos: o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Crime Preterdoloso: é o crime cujo resultado total é mais grave do que o pretendido pelo agente.
Crime comissivo: Consiste na realização de uma ação positiva visando um resultado tipicamente ilícito. Fazer o que a lei penal proíbe.
Crime Omissivo próprio ou puro: consiste no fato do agente deixar de realizar determinada conduta, tendo a obrigação jurídica de fazê-lo. Abstenção de conduta. A inatividade consiste em si mesma o crime, (Omissão de socorro). Quando devia e podia fazer determinada conduta, independente do resultado. A omissão é descrita no próprio tipo legal. Exemplos: omissão de socorro, abandono intelectual, omissão de notificação de doença.
TIPICIDADE é DIRETA, O TIPO PENAL EXIGE O AGIR.
Só pode ser doloso, no CP
Crime de mera conduta, não tem resultado naturalístico, só a conduta
Não admite a forma tentada, o processo executório não pode ser fragmentado. É CRIME UNISUBSISTENTE (aquele que se dá com um único ato)
Não permite o concurso de pessoas, mas tem gente que acha que sim!!! Cada agente responde de forma autônoma pela omissão.
Base normativa e não naturalística
Crime omissivo impróprio ou comissivo por omissão: Crime material. A omissão é o meio através do qual o agente produz o resultado. O agente responde não pela omissão, mas pelo resultado decorrente desta, a que estava juridicamente obrigado a fazer. O NÃO FAZER = FAZER. A OMISSÃO É RELEVANTE QUANDO DEVIA E PODIA A AGIR PARA EVITAR O RESULTADO
INÉRCIA DO AGENTE QUANDO TEM A OBRIGAÇÃO DE FAZER. Exemplo: Policial que assiste inerte a criança se afogar
A TIPICIDADE É INDIRETA POIS PRECISARÁ COMBINAR ARTIGOS:
Combinar 121(homicídio) com 13 &2 a b c médico que mata
Combinar 217 (estupro DE VULNERÁVEL) com 13 &2 a b c mãe que vê
O CRIME QUE SE IMPUTE É COMISSIVO, MAS QUE TAMBÉM PODE SER REALIZADO DE FORMA OMISSIVA
Admite dolo e culpa
Admite forma tentada, CRIME MATERIAL
Crime material (TEM UM RESULTADO FINALÍSTICO)
 O AGENTE ESTARÁ NA POSIÇÃO DE GARANTE DA NÃO OCORRÊNCIA DO RESULTADO
tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;  
Exemplo: pais em relação ao filhos – policial em relação ao preso 
de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado
Exemplo: Assumiu por via contratual, o médico, o professo de natação
 c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado
Exemplo: O dono de uma loja que deixou um cliente preso dentro do estabelecimento, e mesmo sendo avisado por vizinhos, não retornou para liberar o cliente. Responde por sequestro.
Crime de mera conduta: o tipo penal não prevê a ocorrência de nenhum resultado naturalístico: Exemplo: violação de domicílio, ato obsceno, abandono de função, reingresso de estrangeiro expulso
Crime consumado – perfeito quando nele se reúne todos os elementos de sua definição legal.
Crime Tentado- crime imperfeito, queria mas não conseguiu.
Consumado se diferencia do tentado somente no campo externo, pois internamente são iguais.
NA TENTATIVA, A VONTADE DO AGENTE É DIRECIONADA À CONSUMAÇÃO. NO CRIME CULPOSO O EVENTO OCORRE CONTRA A VONTADE DO AGENTE.
CRIMES DOLOSOS QUER SEJAM MATERIAS, FORMAIS OU MERA CONDUTA, DESDE QUE PLURISSUBISTENTES, ADMITEM A TENTATIVA. OMISSIVOS PRÓPRIOS NÃO ADMITEM A TENTATIVA.
NÃO ADMITEM TENTATIVAS:
CULPOSOS
PRETERDOLOSOS
CONTRAVENÇÕES
UNISSUBISITENTES
OMISSIVOS PRÓPRIOS
PERIGO ABSTRATO
ATENTAR – TENTAR 
Tipo congruente: quando a parte interna e externa se encontram.
Tipo incongruente: quando a parte externa é maior que a interna, ou o contrário. Exemplo: Homicídio tentado. Falta de coincidência entre o fato concreto e a vontade do agente, permanecendo aquele aquém desta. 
Tentativa: é a execução iniciada de um crime, que não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Crime imperfeito, porque a figura típica não se realiza em sua plenitude. O dolo é igual ao da consumação.
Tentativa inidônea ou inadequada: CRIME IMPOSSÍVEL
Tentativa branca ou INCRUENTA=Quando o objeto material não é atingido. Exemplo A atira em B, mas erra o alvo. O bem jurídico correu perigo.
Tentativa cruenta ou vermelha. O objeto material é alcaçado.
Tentativa Imperfeita ou Inacabada= quando o agente não chega a executar todos os atos necessários à consumação por circunstâncias alheias à sua vontade. Exemplo: o sujeito é preso antes de obter a posse da coisa alheia. COMPATÍVEL COM A DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA (NÃO VAI RESPONDER PELO ATO TENTADO). MENOR PROXIMIDADE DA CONSUMAÇÃO, MAIOR REDUÇÃO DA PENA.
A desistência voluntária espontânea, o agente evita por vontade própria, após iniciar a ação. Não vai responder por tentativa, mas pode responder pelos atos anteriores se por ventura típicos. Exemplo: Não renova o golpe na vítima, porque desistiu voluntariamente. Mas, se não renovou o outro golpe porque alguém segurou sua mão, não será desistência voluntária, e sim tentativa imperfeita.
Tentativa Perfeita (acabada ou crime falho) quando o agente chega a executar os atos necessários à consumação do crime, que não se realiza por circunstâncias alheias à sua vontade. Exemplo: a vítima de envenenamento não morre graças ao médico. COMPATÍVEL COM O ARREPENDIMENTO EFICAZ (NÃO RESPONDE PELO ATO TENTADO. MAIOR PROXIMIDADE DA CONSUMAÇÃO DO FATO, MENOR REDUÇÃO DA PENA.
Arrependimento eficaz é compatível com a tentativa acabada, esgota todo a parte executória e acaba realizando um ato reversível e este ato evita a consumação. O ato reversível tem que ser exitoso para evitar a consumação. Se não der certo, será apenas uma atenuante.
Na tentativa Abandonada responde por atos anteriores se típicos.
Tentativa Qualificada- ocorrerá quando estivermos diante de uma tentativa abandonada e os atos anteriores forem punidos. Exemplo: Responder pela violação de domicílio, ao desistir de prosseguir na execução do furto da residência.
DELITO PUTATIVO SUBJETIVAMENTE O AGENTE ACHA ESTAR COMETENDO UM DELITO, MAS OBJETIVAMENTE não está. Exemplo: incesto
1.Delito putativo POR ERRO DE TIPO - CRIME IMPOSSÍVEL ou quase crime - O agente labora em erro sobre algum elemento do tipo, seja fático ou normativo. Não se pune tentativa, mas os atos anteriores se porventura típicos. Não há tentativa, diante da ausência de tipicidade. Exemplo: arma de brinquedo.
Crime impossível na modalidade Impropriedade absoluta do objeto: inexiste o objeto material que pela situação ou condição impossibilita o resultado visado. Ex. Atirar no amigo que estava morto. Roubar livro que achava ser de outro, mas era seu.
Crime impossível por ineficácia absolutado meio: o meio que o agente usa como, por sua natureza ou essência é incapaz de produzir o resultado. Agente ministra açúcar, achando ser arsênico.
EXCLUI A TIPICIDADE – 
DELITO PUTATIVO POR ERRO DE TIPO:
O agente interpreta mal ou desconhece a realidade. O agente se engana sobre os elementos da figura típica.
Exemplo: O caçador mata uma pessoa achando estava atirando em um animal.
Erro de tipo pode ser invencível ou vencível:
INVENSÍVEL OU ESCUSÁVEL- ainda que o agente empregasse a atenção do homem médio, o erro teria ocorrido. Não emana da culpa do agente.
VENCÍVEL OU INESCUSÁVEL- emana da culpa do agente. Para evitar bastaria a atenção do homem médio.
EFEITO DO ERRO DE TIPO: IGNORÂNCIA OU MÁ INTERPRETAÇÃO DO ACONTECIMENTO. Não tem dolo, mas permite a punição por crime culposo.
Escusável ou Invencível: exclui dolo e culpa. O Agente fica impune.
Inescusável e Vencível: exclui o dolo, mas o agente só será punido na modalidade culposa se a lei prever.
Furto: não é punível na modalidade culposa.
A INIDONEIDADE É APURADA NO CASO CONCRETO E DEPOIS DA PRÁTICA DA CONDUTA.
Ineficácia ou Impropriedade relativa: haverá a tentativa
Impropriedade relativa do objeto: uma condição acidental do próprio objeto material evita a eficiência do meio usado, ou uma condição que estava presente no início da conduta e depois não está no instante do ataque. Moeda no bolso da vítima que desvia o projétil. Vítima estava no leito na hora da mira, mas leva e sai no instante do disparo.
Ineficácia relativa do meio: normalmente o meio é apto, por questões acidentais, não está mais apto a produzir o resultado visado. Vítima desconfiada, descarrega arma de seu algoz sem que ele perceba e minutos antes de ser atacada.
DELITO PUTATIVO POR ERRO DE PROIBIÇÃO – INCESTO MAIOR DE IDADE E DE FORMA CONCENSUAL NÃO É CRIME.
DELITO PUTATIVO POR OBRA DO AGENTE PROVOCADOR: O AGENTE É INDUZIDO A PRATICAR O DELITO E AS CAUTELAS DO AGENTE PROVOCADOR IMPEDEM A CONSUMAÇÃO.
Não há crime, quando flagrante preparado pela polícia torna impossível sua consumação. Mas se apesar da cautela, o agente conseguir praticar o crime, vai responder. O provocador será punido por dolo eventual se assumiu o risco ou será punido se agiu por imprudência se o tipo não contemplar a modalidade culposa.
Arrependimento posterior Ponte de prata: O crime não pode ter explicitamente ou implicitamente a violência ou grave ameaça, tem que reparar ou restituir integralmente o dano, de forma espontânea ou voluntária, antes do recebimento da denúncia ou queixa pelo judiciário. Exemplo: Chamou a vizinha de frívola, e esta afirmou que iria processar por injúria e difamação.
Ocorrendo a ponte de prata, redução de 1/3 a 2/3.

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