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Swan Ganz

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O enfermeiro é o profissional linha de frente para esclarecer todas as dúvidas que a intervenção cirúrgica provoca, utilizando sempre linguagem acessível. 
O uso da linguagem técnica se torna uma prática que dificulta a compreensão do paciente nas orientações fornecidas no pré-operatório.
A comunicação é importante, pois promove a redução das consequências negativas para o restabelecimento físico e emocional do paciente no período pós e pré - operatório. 
O preparo emocional propício e a informação cautelosa torna o paciente mais tranquilo e, em consequência, preparado para a intervenção cirúrgica, fisicamente emocionalmente. 
A utilização de manuais, folhetos de orientação, painéis ilustrativos, fotos do Centro Cirúrgico facilitam o relacionamento de enfermeiro- paciente, contribuindo para um vínculo propício. 
Segundo Brunner e Suddarth (1998, p.314), “a ansiedade pré-operatória pode ser uma resposta antecipada a uma experiência que o paciente pode perceber como ameaçadora para o seu papel habitual na vida, para sua integridade corporal, ou mesmo para a própria vida”.
Portanto a informação, abordagem, comunicação, linguagem acessível e entre outros requisitos, é de suma importância e eficácia para o preparo do método de Swan Ganz.
Entre outros requisitos, deve-se ainda realizar a conferência completa de todos os dados clínicos como: Medicações em uso, presença de arritmias, infecções, exames e etc.
Na avaliação física inicial é observada a coloração da pele e mucosas, enchimento capilar, grau de hidratação, ruídos adventícios, fonese de bulhas e exame físico geral.
É de competência do enfermeiro: Posicionar o paciente (colocação do paciente em decúbito dorsal, sem travesseiro, cama na posição horizontal e membros imobilizados para facilitar a passagem do cateter e medidas de pressões) e minunciosamente preparar o local der inserção do cateter. 
Antes das medições deve-se lavar o cateter com soro heparinizado através do sistema de flushing (procedimento executado em tubulações e em alguns sistemas industriais com o objetivo de fazer sua limpeza interna), nivelar e calibrar o transdutor. 
A mesa de instrumentação é o local onde todos os materiais necessários durante a cirurgia estarão dispostos. A posição desses itens também conta muito. É necessário que se arrume a mesa de acordo com a ordem de uso dos instrumentais, começando pelo canto inferior direito, respeitando a visão do instrumentador. Entretanto, o sentido pode ser alternado de acordo com o local da cirurgia e a posição do cirurgião.
Há um padrão de matérias em parâmetro quantitativo e ordenada: 
- 1 caixa de flebotomia
- 2 campos simples
- 1 pacote de campo médio
- 1 campo fenestrado
- 2 cubas rim
- 1 catéter de Swan-Ganz 7F - 4 vias
- fios para sutura (cat-gut simples 00 ou sutupak algodão 00)
- gaze esterilizada
- luvas n.ºs 7,5 e 8.0 e pacote de campos
- agulhas para aspiração e anestesia local
- seringas: 2 ml para insuflar o balão
- 10 ml para xilocaina e lavar o catéter
- 20 ml para lavar o catéter durante a passagem do mesmo
- foco de luz
- esparadrapo
- antissépticos (éter, água oxigenada, mertiolate)
- algodão com álcool
- medicamentos - xilocaína 2%
- 2 soros heparinizados (300 ml para 1 ml da solução decimal de heparina)
- Strain-Gauge completo.
Segundo a Prof. Dra. Elizabeth Galvão Doutora em Ciências (EEUSP), é extremamente importante examinar cuidadosamente a radiografia de tórax após o procedimento, observando a presença de pneumotórax e a posição do cateter, fazer curativo diário e inspeção constante do local com relação a irritação, flebite e drenagem. Cuidar para que não haja restrição nem curativo muito compressivo o que provocará falha circulatória no membro, orientar o paciente para que não movimente em demasia o membro cateterizado evitando o desprendimento do cateter.
Já a Rev. Bras. Enferm. vol.31 no. 2 Brasília  1978, diz que: ``é importante que poucas pessoas manuseiem o cateter prevenindo infecções. Cuidar para que o cateter não seja obstruído na colheita de sangue para exames laboratoriais. Manter o cateter permeável através do gotejamento (lento) de soro heparinizado e permanentemente com equipo de micro gotas nas vias proximal e distal. A qualquer alteração clinica ou eletrocardiográfica, anotar - na observação de enfermagem, registrar o traçado e comunicar ao plantonista´´.
Após todos os procedimentos realizados, é de suma importância que o profissional acompanhe o pós-operatório, após o procedimento, até a alta do paciente.
Com o sistema imunológico baixo o paciente é vulnerável a outros problemas. Por isso, a atenção deve ser redobrada para que haja uma recuperação satisfatória. 
Por tanto, o trabalho cuidadoso e atencioso, irá colaborar para uma recuperação tranquila e saudável. 
Bibliografia:
Comunicação: uma necessidade percebida no período pré-operatório de pacientes cirúrgicos. Rev. bras. enferm. [online]. 2005, vol.58, n.6, pp.673-676. 
O pré-operatório e a ansiedade do paciente: a aliança entre o enfermeiro e o psicólogo Rev. SBPH vol.13 no.2 Rio de Janeiro dez. 2010
Carneiro MTR, Berti HW. A autonomia de pessoas hopitalizadas em situação pré- cirúrgica. Rev. Min. Enferm. 2009,13(1): 84-92.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO USO DO CATÉTER DE SWAN-GANZ: DÉBITO CARDÍACO E PRESSÕES DE ARTÉRIA PULMONAR Rev. Bras. Enferm. vol.31 no.2 Brasília  1978
KONSTADINIDIS, T.; Beltrão, P. Gembrine, P. - Cateterismo da Arteria pulmonar e registro da pressão capilar pulmonar, mediante o cateter de Swan-Ganz na sala de hemodí-namica; estudo comparativo com os catéteres convencionais. Arq. bras. Cardiol., 27:49, 1974.
PANZA, A. M. M. Efeito da visita pré operatória da enfermeira do centro cirúrgico sobre o estresse do paciente no pré-operatório e no pós-operatório. São Paulo, 1977. 75p. Dissertação (Mestrado) – Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo.
PIEGAS, L.S.; Reseck, P.A.; Carvalho, H.G.; Magalhães, H.M.; Souza, J.E.M.R.; Fontes, V.F.; Jatene, A.D. Cateterismo cardíaco na Unidade de terapia Intensiva: uso do catéter de Swan-Ganz. Arq. bras. cardioi., 26:3, 1973
SWAN, H.J.C.; Ganz, W.; Forrester, J.; Marcus, H., Diamond, G.; Chonette, D. - Catheterization of the heart in man with use of a flow-directed balloon-tipped catheter. N. Engl. J. Med.; 283:447, 1970.
Axiste Materiais para procedimentos. Anil, Rio de Janeiro – RJ, www.axiste.com.br/como-preparar-centro-cirurgico, 10/04/2017.

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