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Resumo Processo Civil II - Aula 03

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Processo Civil II
Casos concretos aula 2
Questão Discursiva. Pedro ingressou com uma ação indenizatória em face do Estado de Belo
Horizonte pleiteando indenização no valor de R$200.000,00, por ter sido incluído, de forma
fraudulenta, no quadro societário do Frigorífico Boi Bom. A referida fraude foi realizada na
Junta Comercial do referido Estado e causou inúmeros transtornos ao autor. O juiz da 05ª Vara
Fazendária, ao receber a inicial, constatou que existem vários julgados do STJ contrários aos
interesses do autor e julgou improcedente liminarmente o pedido, antes mesmo de citar o
réu. José, advogado de Pedro, diante da decisão procurou dois especialistas em Direito
Processual Civil para obter um parecer sobre o caso. O primeiro especialista apresentou
parecer favorável a interposição de recurso, pois a improcedência liminar viola o princípio da
inafastabilidade da tutela jurisdicional (art. 5º, XXXV, da CF/88), inviabilizando o amplo acesso
à justiça. O segundo especialista apresentou parecer no sentido de que embora haja a
garantia constitucional da inafastabilidade da tutela jurisdicional, admite-se a limitação dessa
garantia em algumas hipóteses definidas em lei sem que haja violação do texto constitucional.
a) Considerando a divergência entre os especialistas, qual é o parecer mais adequado de
acordo com a jurisprudência e a doutrina?
b) Existe diferença entre Improcedência Liminar do Pedido e Indeferimento da Petição Inicial ?
Questões Objetivas
1ª Questão.
A improcedência liminar do pedido pode ocorrer:
a) apenas quando houver súmula vinculante ou declaração de inconstitucionalidade pelo STF em
sentido contrário.
b) em casos de enunciado de súmula do STF apenas.
c) em casos de enunciado de súmula do STJ apenas.
d) na hipótese de entendimento firmado em incidente de demandas repetitivas.
2ª Questão
Sobre a audiência de conciliação ou mediação indique a opção correta.
a) Caso não ocorra, resta inviabilizada uma nova marcação para não afetar a celeridade processual.
b) É optativa, não havendo qualquer sanção para a parte que faltar a referida audiência.
c) O não comparecimento acarreta a revelia automática, além de condenação por má-fé
processual.
d) Trata-se dispositivo que tem por objetivo propiciar outros meios para a composição dos
interesses das partes.
Questão Discursiva.
O Banco BMD ajuizou ação de cobrança em face de Antônio, pelo procedimento comum, sob o 
fundamento de que o réu não efetuou o pagamento da quantia de 15.000,00 referentes a um 
empréstimo realizado. Após a realização infrutífera da audiência de conciliação, Antônio 
pretende, através de seu advogado, alegar que: a) não reconhece a dívida vez que o 
empréstimo já foi quitado; b) a devolução em dobro do valor pago indevidamente, vez que o 
banco cobrou numero de parcelas maior do que o acordado e c) a incompetência territorial do 
juízo. 
Diante da situação acima indaga-se:
a) Quais as modalidades de resposta do réu devem ser utilizadas pelo advogado do réu?
b) Caso o réu pretenda alegar sua ilegitimidade para a causa, como deve proceder?
c) Quais os significados dos Princípios da Eventualidade e Ônus da Impugnação Específica para 
fins do momento processual dos artigos 335 e seguintes do CPC?
Questões Objetivas 
1ª Questão 
Marque a alternativa correta dentre as opções abaixo. 
a) O CPC/2015 eliminou a reconvenção, não sendo mais possível ao réu demandar o 
autor no mesmo processo. 
b) A impugnação ao benefício da gratuidade de justiça agora é tema de contestação. 
c) A contestação no CPC/2015 pode ser oral em qualquer procedimento. 
d) A incompetência absoluta deve ser arguida através de exceção processual.
2ª Questão
Quando houver caso de incompetência relativa do juízo e impedimento do juiz, a 
defesa do réu dever ser por: 
a) contestação e exceção respectivamente. 
b) apenas contestação. 
c) apenas uma única exceção de incompetência. 
d) duas exceções autônomas.
UNIDADE 2 – DA RESPOSTA DO RÉU
2.1 Conceito. Princípios infraconstitucionais e constitucionais aplicáveis
2.2 Contestação. Preliminares.
2.3 Incompetência absoluta e relativa.
2.4 Incorreção do valor da causa.
2.5 Indevida concessão do benefício da gratuidade de justiça
2.6 Reconvenção. Inovações
2.7 Exceções de impedimento e Suspeição.
2.8 Preclusão. Conceito e espécies.
2.9 Revelia. Efeitos da Revelia.
UNIDADE 2 - DA RESPOSTA DO RÉU
2.1 Conceito. Princípios infraconstitucionais e constitucionais aplicáveis
A resposta do réu é a forma como ele apresenta sua defesa a tudo que foi
alegado contra a sua pessoa no âmbito daquele processo, e existe por respeito
aos princípios constitucionais do Contraditório e Ampla Defesa (art. 5º, LV, CF).
O CPC reforça os princípios constitucionais nos arts. 1 ao 12.
As modalidades de resposta do réu se apresentam, em regra, nestas
modalidades: CONTESTAÇÃO e RECONVENÇÃO. Mas a revelia e arguição de
impedimento/suspeição do juiz também aparecem como formas do réu se
apresentar no processo.
Vamos inverter a ordem da aula
2.2 Contestação. Preliminares: A Contestação é a forma que o réu se defende do que foi
alegado contra ele, quando não houve a composição amigável no processo.
É nessa peça que ele se defende dos fatos, conta sua versão da história e alega o que
entende serem as razões processuais para aquele processo não prosseguir no
julgamento do mérito, que são as questões preliminares.
Se chamam preliminares porque são colocadas na peça antes da defesa do mérito e são
analisadas pelo juiz, na sua decisão, antes de julgar o mérito. Ou seja, analisadas
preliminarmente ao mérito.
Na Contestação, o réu deve alegar todas as suas matérias de defesa, e é nesse momento
que apresenta sua defesa processual (dilatória e peremptória), se houver, e de mérito
(direta e indireta), como se vê a seguir.
Defesas processuais: São as que devem ser analisadas antes de se analisar o mérito da
questão. Podem ser dilatórias ou peremptórias.
As defesas dilatórias são aquelas que, se acolhidas, retardarão a marcha do processo, mas
não provocarão a extinção do processo. Podem ser sanadas.
Exemplos: a inexistência ou nulidade de citação (art. 337, I); a incompetência relativa ou
absoluta (art. 337, II); a incorreção do valor da causa (art. 337, III); a conexão (art. 337,
VIII); e a indevida concessão do benefício da gratuidade de Justiça (art. 337, XIII).
Já as defesas peremptórias, se acolhidas, acarretarão a extinção do processo sem
resolução do mérito. Não são sanáveis.
Exemplos: a inépcia da inicial (art. 337, IV); a perempção – abandono da causa por mais de
3 vezes (art. 337, V); a litispendência (art. 337, VI); a coisa julgada (art. 337, VII).
Defesas de mérito: O réu ataca o mérito da causa. Aqui o réu vai no objeto discutido – O réu
vai nos fatos alegados. Podem ser diretas ou indiretas.
Nas defesas diretas, o réu nega o fato constitutivo do direito do autor, ou seja, nega que o
autor tenha razão em sua pretensão.
Exemplo: o autor alega que tem direito à uma indenização por negativação indevida, o réu
nega, afirmando que a negativação se deu em decorrência do inadimplemento do autor.
Já as defesas indiretas de mérito têm como característica principal o fato de que o réu
reconhece o fato articulado pelo autor em sua petição inicial, mas apresenta um fato novo
impeditivo, modificativo ou extintivo do alegado direito do autor. Importante compreender
que o réu reconhece o fato alegado pelo autor, mas lhe opõe o novo fato, que não foi ainda
apresentado em juízo.
Exemplos: Em uma ação de cobrança, podem ocorrer essas defesas: o réu reconhece que
deve, sim, ao autor, mas já ocorreu a prescrição (fato extintivo). O réu poderia também alegar
que já efetuou o pagamento parcial da dívida (fato modificativo) ou que o contrato que
ampara a cobrança é nulo (fato impeditivo).
Importante!
O CPC permite ao réu deduzir novas alegaçõesapós o oferecimento da contestação nas
hipóteses do art. 342, ou seja, alegar direito ou fato superveniente; matérias de ordem pública
que devem ser reconhecidas de ofício pelo juiz ou quando a lei autorizar sua alegação em
qualquer tempo e grau de jurisdição, como ocorre com a incompetência absoluta (art. 64, §1º).
Além do princípio da eventualidade (toda matéria de defesa deve se apresentar na contestação),
o réu deverá observar também o princípio da impugnação específica (art. 341), que estabelece
que o réu deve se manifestar precisamente sobre todas as alegações do autor, sob pena de ser
presumidas como verdadeiras as alegações não impugnadas. Não se aplica a confissão ficta ao
defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial (art. 72, cpc).
Exemplo: Em determinada ação judicial, o autor alega que sofreu dano material e estético. O réu
apresenta contestação e impugna, especificadamente, somente o dano material. Assim, as
alegações referentes ao dano estético se tornaram incontroversas, por ausência de impugnação
do réu, e serão presumidas como verdadeiras, nos termos do art. 341 do CPC.
Preliminares: O CPC optou por colocar questões antes arguidas separadamente (através dos
chamados Incidentes processuais) dentro da própria peça de defesa, e estas devem ser analisadas
antes do juiz passar a decidir o mérito.
Questões como impugnação ao valor da causa, a impugnação à gratuidade de Justiça ou à
incompetência relativa passaram a ser suscitadas na peça de defesa antes do réu se defender dos
fatos alegados contra si.
2.3 Incompetência absoluta e relativa: A incompetência absoluta, que se caracteriza pelo
descumprimento dos critérios de sua fixação (em razão da pessoa, matéria e função), viola o interesse
público, sendo, portanto, insanável e pode ser arguida a qualquer momento. A incompetência relativa,
por sua vez, é caracterizada pelo descumprimento de critérios que atendem aos interesses das partes
(em razão do território e do valor da causa), e pode ser sanada devido ao silêncio da parte.
Se o réu não arguir a incompetência absoluta no referido prazo, poderá arguir em outro momento,
arcando, no entanto, com as custas processuais em razão da demora. O mesmo não ocorre na
incompetência relativa. Segundo o art. 65 do CPC, a incompetência relativa será prorrogada se o réu
não alegar o vício em preliminar de contestação. Significa dizer que o foro, que até então era
incompetente, passa a ser competente em razão do silêncio do ré.
Exemplo do livro didático: Suponhamos que o autor, que reside em São Paulo, pretenda
ingressar com uma ação de cobrança no valor de R$ 100.000,00 em face do réu, que reside
em Minas Gerais. Utilizando o critério do art. 46 do CPC, essa demanda, por se tratar de
direito pessoal, deverá ser distribuída na Comarca de Minas Gerais, por ser o domicílio do réu.
Contudo, o autor, por equívoco, ingressou com a referida demanda em seu domicílio,
Comarca de São Paulo. Há, portanto, uma incompetência territorial evidente que deverá ser
alegada pelo réu em preliminar de contestação. Mas, se o réu não o fizer, dar-se-á o
fenômeno processual da prorrogação, ou seja, a Comarca de São Paulo, que a princípio era
relativamente incompetente, passa a ser competente em razão do silêncio do réu.
Incompetência relativa que foi prorrogada.
-> Por se tratar de interesse das partes, somente o réu pode alegar a incompetência relativa,
sendo vedado ao juiz reconhecer de ofício, conforme verbete da Súmula nº 33 do Superior
Tribunal de Justiça, mantida mesmo na vigência do CPC/2015.
2.4 Incorreção do valor da causa: A toda e qualquer causa, ainda que não tenha conteúdo
econômico direto, devera ser atribuído um valor (art. 291). Essa exigência legal se justifica na
medida em que o valor da causa é referência imediata para se alcançar a quantia
correspondente à taxa judiciária4, como também é referência para fixação de honorários
sucumbenciais nos casos em que não haja proveito econômico em favor do autor (art. 85, §2º
do CPC). O valor da causa também é referência na ação rescisória para se apurar o valor do
depósito de 5% para ajuizamento da respectiva ação (art. 968, II, do CPC)
Quando não se pode fixar um valor da causa no momento da propositura da demanda, como
em casos de divórcio em que não se conhece todos os bens, o valor deve ser por estimativa
(art. 291 cpc).
Assim, o réu, caso discorde do valor atribuído à causa pelo autor, deverá, sob pena de
preclusão, impugnar o valor atribuído à causa, de forma adequada e fundamentada, em
preliminar de contestação e o juiz apreciará a preliminar rejeitando-a ou acolhendo-a. Se
acolher a impugnação, determinará a complementação das custas judiciais. Lembrando que o
juiz pode corrigir o valor da causa, percebendo o equívoco (art. 292, § 3º).
Indevida concessão da gratuidade de Justiça: As custas judiciais de um processo são altos
valores, principalmente em um país com grande desigualdade social como o Brasil. Por vezes,
paga-se 2.500,00 reais para um processo de inventário, só para dar início.
Em razão disso, a Lei nº 1.060/50, já alterada em 86 pela Lei 7.510, e visando assegurar o
pleno acesso à justiça, e com respaldo na CF, em seu art. 5º, LXXIV, assegura aos cidadãos,
desprovidos de recursos, assistência jurídica e integral gratuita.
No entanto, muitas pessoas fazem o requerimento do benefício sem fazer jus a ele, e com
isso, as custas acabam por incidir para os réus, que não só pagam pela sucumbência, os
honorários advocatícios, mas as custas também. Deste modo, se o réu verificar que o autor
pede a gratuidade, mas possui condições financeiras, na própria petição ingressa com a
preliminar relatando a indevida concessão deste benefício.
Caso a preliminar arguida na contestação seja acolhida, o autor deverá arcar com o
pagamento das custas que deixou de adiantar além do pagamento de multa, nos casos de
litigância de má-fé, que pode alcançar até o décuplo do valor das custas e despesas
processuais, que serão revertidas em favor do Estado ou da União.
2.5 Ilegitimidade e possível mudança no polo passivo: O réu poderá, ainda, alegar sua
ilegitimidade passiva para a causa. Para tanto, deverá alegar, em preliminar de contestação,
que não é parte legítima para a causa ou que não foi o causador do prejuízo alegado pelo
autor. Nesse caso, o juiz ouvirá o autor sobre a possibilidade de substituição do polo passivo
(art. 338). Essa regra permite ao autor corrigir o polo passivo e prosseguir regularmente com
a demanda em face do verdadeiro réu.
Duas possibilidades aqui: Em regra, dois caminhos são os mais utilizados, o autor entender e
concordar com a substituição do polo passivo; ou o autor entender que na verdade tem que
ocorrer a inclusão da parte indicada como litisconsorte, e aí a parte indicada passará a figurar
no polo passivo também.
Quando o réu alegar a ilegitimidade, tem que informar quem deve integrar o polo passivo, o
legitimidado. Quando também não souber, deve afirmar expressamente seu
desconhecimento, ocasião em que o juiz facultará ao autor substituir o polo passivo, no prazo
de 15 dias. Caso seja realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas pagas pelo
réu excluído e os honorários de seu advogado. Aqui dependerá do caso concreto, pois
raríssimo.
(Alexandre Câmara)
O prazo para oferecimento de contestação no procedimento comum é de quinze dias (art. 335,
caput), variando o termo inicial conforme o caso.
Correrá o prazo para o réu contestar da data da audiência de conciliação ou de mediação, ou
da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer, ou comparecendo,
não houver autocomposição (art. 335, I).
Tendo o réu protocolado petição requerendo o cancelamento da AC ou mediação, o prazo
correrá da data do protocolo dessa petição (art. 335, II).
Por fim, quando a audiência já não tiver sido designada (por direito que não admita
autocomposição, ouautor que afirmou não desejar audiência), o prazo correrá na forma do
disposto no art. 231, conforme a modalidade de citação que tenha sido efetivada (art. 335,
§1º).
(Alexandre Câmara)
Outra matéria que pode ser alegada na contestação, preliminarmente ao mérito, é a falta de
alguma das “condições da ação”, legitimidade de parte ou interesse de agir (art. 337, XI). Caso
o réu alegue sua própria ilegitimidade, incumbe-lhe indicar – desde que tenha conhecimento –
quem reputa ser o legitimado, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o
autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação (art. 339).
Caso o réu não saiba quem é o verdadeiro responsável, terá de declarar expressamente esse
desconhecimento, a fim de liberar-se da obrigação de reparar o dano do autor.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO
Processo nº 12345-55.2018.8.19.0001
Condomínio XXXX, CNPJ..., com sede na rua..., bairro..., cidade..., CEP..., vem por seu advogado com
procuração anexa, nos autos da ação indenizatória movida neste juízo que lhe move Maria Joana, já
devidamente qualificada, apresentar a sua CONTESTAÇÃO o que faz, articuladamente, nos seguintes e melhores
termos de direito:
Preliminarmente:
Devemos nos atentar neste parágrafo as preliminares suscitadas
(...)
Fundamentação
Há ausência do dever de indenizar em relação ao contestante pois não houve sequer culpa deste.
(...)
Conclusão
ISTO POSTO, deve ser acolhida a preliminar, resultando na prolação da sentença terminativa que extingue o 
processo sem resolução do mérito.
No mérito pelas razões de direito aduzidos na contestação, requer-se:
A- Que o pedido da presente ação seja julgado improcedente em todos os termos.
B - Seja Condenado o autor nas custas processuais e honorários advocatícios a serem arbitrados.
C - Ante todo o exposto, requer que aceite a ilegitimidade da parte e que, por conseguinte se extinga o processo 
sem resolução do mérito.
Protesta-se por todos os meios de prova admitidos em direito.
Nestes Termos
Pede deferimento.
Local..., Data... E ano...
Advogado...
Oab...
2.6 Reconvenção: Outra modalidade de resposta do réu, a reconvenção funciona como uma
espécie de “contra-ataque”, em que, na prática, o réu apresenta, na própria peça de
Contestação (isso foi modificado pelo novo CPC), uma formulação de pedidos contra o autor.
Ou seja, o réu se defende, em forma de Contestação, e apresenta a Reconvenção, em forma
de contra-ataque, tudo na mesma petição, fazendo pedidos de condenação contra o autor.
O réu poderá contestar e reconvir, ou somente reconvir (343, §6). Essa autonomia é reforçada
no art. 343, §2º, ao dispor que a desistência ou a extinção da ação principal não impede o
prosseguimento da reconvenção. São duas demandas que tramitam no mesmo processo.
Fundamento principal da Reconvenção -> Economia processual.
Exemplo de reconvenção: autor ajuíza uma ação de cobrança, no valor de R$ 100.000,00, em
face do réu, e este se defende (contestação), dizendo que a divida já foi paga, e aduz ainda
que o autor é o devedor da quantia de R$ 20.000,00. O réu, portanto, aproveita a própria
demanda ajuizada pelo autor e formula sua pretensão (cobrança dos R$ 20.000,00).
Além desses requisitos, para que a reconvenção seja admitida, se faz necessário que o
juiz seja competente tanto para a ação principal como para a reconvenção. Será
necessário, ainda, que haja a compatibilidade de procedimentos. Não se admite, por
exemplo, que a demanda principal tramite pelo procedimento comum e a reconvenção
tenha uma pretensão que tenha procedimento especial definido em lei. O último
requisito diz respeito ao prazo. O réu deverá reconvir, necessariamente, no prazo de 15
dias.
A reconvenção, portanto, permite a ampliação subjetiva da demanda para incluir
terceiro, no polo passivo da demanda reconvencional, que até então não havia sido
incluído na relação processual. Trata-se de importante inovação do CPC/2015, que
contribuirá para a adequada solução de diversas situações jurídicas, sobretudo as que
versem sobre direito imobiliário.
Prazos e início de contagem de prazos para Contestação e Reconvenção (início da
próxima aula)
Caso concreto aula 3
Questão Discursiva.
O Banco BMD ajuizou ação de cobrança em face de Antônio, pelo procedimento
comum, sob o fundamento de que o réu não efetuou o pagamento da quantia de
15.000,00 referentes a um empréstimo realizado. Após a realização infrutífera da
audiência de conciliação, Antônio pretende, através de seu advogado, alegar que: a)
não reconhece a dívida vez que o empréstimo já foi quitado; b) a devolução em dobro
do valor pago indevidamente, vez que o banco cobrou numero de parcelas maior do
que o acordado e c) a incompetência territorial do juízo. Diante da situação acima
indaga-se:
a) Quais as modalidades de resposta do réu devem ser utilizadas pelo advogado do
réu?
b) Caso o réu pretenda alegar sua ilegitimidade para a causa, como deve proceder?
c) Quais os significados dos Princípios da Eventualidade e Ônus da Impugnação
Específica para fins do momento processual dos artigos 335 e seguintes do CPC?
Questões Objetivas
1ª Questão
Marque a alternativa correta dentre as opções abaixo.
a) O CPC/2015 eliminou a reconvenção, não sendo mais possível ao réu demandar o autor no
mesmo processo.
b) A impugnação ao benefício da gratuidade de justiça agora é tema de contestação.
c) A contestação no CPC/2015 pode ser oral em qualquer procedimento.
d) A incompetência absoluta deve ser arguida através de exceção processual.
2ª Questão
Quando houver caso de incompetência relativa do juízo e impedimento do juiz, a defesa do réu
dever ser por:
a) contestação e exceção respectivamente.
b) apenas contestação.
c) apenas uma única exceção de incompetência.
d) duas exceções autônomas.

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