Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GERENCIAMENTO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS MAYARA CARANTINO RESUMO SEMINÁRIO DE AÇUDES DE PERNAMBUCO JÉSSICA LINHARES MIGUEL ELTON VALÉRIA SOUSA SOBRA-2014 RESUMO DO SEMINÁRIO SOBRE AÇUDES DE PERNAMBUCO Gerenciamento de Bacias Hidrográficas AÇUDES DE PERNAMBUCO O estado de Pernambuco está localizado na Região Nordeste do Brasil, é possuidor de uma aréa de aproximadamente de 98.312 km2, sendo sua maior parte lozalizada na região semi-árida. O estado quando dividado em mesoregiões de acordo com o meio físico é distribuido da seguinte maneira: Zona da Mata (11%), Agreste (19%) e Sertão (70%). A figura 1, retirada de um artigo escritos por responsáveis pela a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente – SECTMA, em 2003, representa de forma ilustrativa o estado de Pernambuco e suas Mesoregiões. A população total estimada no Estado é de 9.208.550 habitantes, de acordo com último Censo (2013). “Pernambuco possui treze grupos de grandes bacias hidrográficas, seis Grupos de Pequenos Rios Litorâneos, nove Grupos de Pequenos Rios Interioranos, além do arquipelágo de Fernando de Noronha.” (SILVA et al, 2003) A figura 2 apresenta a divisão hidrográfica do Estado, verificando-se que as grandes bacias hidrográficas de Pernambuco dividem-se principalmente em dois grupos: as que escoam para o rio São Francisco (Pontal, Garças, Brígida, Terra Nova, Pajeú, Moxotó e Ipanema) e as que escoam para o Oceano Atlântico (Goiana, Capibaribe, Ipojuca, Sirinhaém, Una e Mundaú). As características da rede hidrográfica do Estado facilitam a gestão das águas, já que a maioria dos cursos d´água são de domínio estadual. LEGISLAÇÃO ESTADUAL O que diz respeito a legislação ao estado de Pernambuco em relação a gestão de recursos hídricos, as leis vigentes são: - Lei no 11.426, de 17 de janeiro de 1997, regulamentada pelo Decreto no 20.269 de 24 de dezembro de 1997 - “Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, institui o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos e dá outras providências”; - Lei no 11.427 de 17 de janeiro de 1997, regulamentada pelo Decreto no 20.423 de 26 de março de 1998 - “Dispõe sobre a conservação e a proteção das águas subterrâneas no Estado de Pernambuco e dá outras providências”. Também é oportuno fazer referência à Lei Complementar no 49, de 31 de janeiro de 2003, que estabelece a SECTMA como órgão gestor de recursos hídricos no Estado e o Decreto no 25.388 de 14 de abril de 2003 - regulamenta o Programa de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos - que foi enquadrado no Plano Plurianual e ratificado como instrumento de ação estratégica do Programa de Governo. (SILVA et al, 2003) O SISTEMA ESTADUAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS A Lei Estadual nº 11.426/97 institui o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco – SIGRH/PE composto pelos seguintes órgãos: Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CRH; Comitê Estadual de Recursos Hídricos – CERH; Comitês de Bacias Hidrográficas – CBH; SECTMA; Órgãos executores do Estado que atuam na área de recursos hídricos. Traçando um paralelo com o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, definido na Lei Federal no 9.433/97, evidenciam-se dois aspectos distintos: a Lei Estadual Pernambucana não prevê a criação das Agências de Água e, por outro lado, cria um Comitê Estadual de Recursos Hídricos, não instituído na Lei Federal. (SILVA et al, 2003) ÓRGÃOS REPRESENTANTES DO SISTEMA DE ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DE PERNAMBUCO O Conselho Estadual de Recursos Hídricos O Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CRH é o órgão superior, normativo, deliberativo e consultivo do SIGRH/PE. A reunião de instalação do CRH ocorreu no dia 26 de março de 1998 contando, inclusive, com a presença do governador do Estado. Desde sua criação, o CRH já realizou nove reuniões, assim distribuídas ao longo do tempo: 1998 (2), 1999 (1), 2000 (2), 2001 (2) e 2002 (2). Segundo Silva et al (p. 5, 2003) a Lei Estadual de Recursos Hídricos estabelece a composição do CRH com 19 membros, a saber: 10 representantes do Poder Público Estadual, sendo 9 do Poder Executivo e 1 do Poder Legislativo, 7 representantes dos municípios e 2 representantes da sociedade civil – classe empresarial e organizações não-governamentais. Exceto os representantes do Estado, que tem assento enquanto estiverem ocupando cargos nas respectivas instituições, os conselheiros do CRH têm mandato de dois anos, renovável por igual período, por indicação dos dirigentes dos órgãos ou entidades representadas. A autora Silva et al (2003) citou a opinião do autor Campos (2001), descrito abaixo: “Trata-se de um Conselho predominantemente político. Primeiro, porque na representação do Estado, não existe a presença de nenhum técnico. Segundo, porque os membros do Poder Executivo estadual são ocupantes de cargos comissionados, sujeitos à indicação do governador e os representantes municipais são os próprios prefeitos das sete regiões do Estado, também nomeados por indicação política. Esta participação da sociedade não pode, portanto, ser considerada expressiva para o processo de decisão nesse fórum de discussão, porque gestão compartilhada entre governo e sociedade implica em divisão de responsabilidades equânimes, para o controle das ações públicas. Um ponto a destacar é que, dentre as atribuições do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, está a de aprovar a proposta do anteprojeto de lei referente ao Plano Estadual de Recursos Hídricos, o qual estabelece as diretrizes e critérios gerais para o gerenciamento dos corpos d’água no Estado, inclusive em relação à aplicação de recursos financeiros do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (arts. 15, 24,I, e 36 da Lei estadual nº 11.426/97). Sendo assim, se a participação da sociedade civil no Conselho é mínima, em comparação a um número significativo de representantes de órgãos públicos do Estado, indicados pelo governador em exercício, muito provavelmente os recursos do Fundo serão canalizados para empreendimentos de interesses do próprio governo, beneficiando determinados grupos da coletividade, não significando necessariamente a solução social mais adequada.” O Comitê Estadual de Recursos Hídricos O Comitê Estadual de Recursos Hídricos – CERH ainda não foi instalado, nem há previsão para sua instalação. As atribuições e a composição do CERH refletem a intenção do legislador em instituir um órgão de caráter mais técnico, já que o CRH é composto por representantes do alto escalão do Estado. Ressalte-se que a composição deste Comitê, dos membros com poder deliberativo, também é em sua quase totalidade, de representantes de órgãos públicos. (SILVA et al, 2003) A Lei Estadual de Recursos Hídricos estabelece a composição do CERH com duas categorias de membros: com direito a voto e sem direito a voto, denominados membros especiais. Têm direito a voto, nove membros, representantes de entidades cujas atividades se relacionam com o gerenciamento ou uso dos recursos hídricos, a proteção do meio ambiente e o planejamento estratégico, com mandato correspondente ao período em que forem representantes da respectiva entidade. A presidência do CERH cabe ao representante da SECTMA. Cabe salientar que, entre os membros efetivos, foi reservada uma vaga para representante dos comitês de bacias hidrográficas. Aos membros especiais foram destinadas treze vagas, para representantes de entidades federais (DNOCS, CODEVASF, SUDENE, CHESF, DNPM, CPRM, IBAMA), representantes de comunidades acadêmicas (três vagas) e organizações não-governamentais (ABRH, ABAS, ABES). PANORAMA DOS AÇUDES Segundo a base de dados do estado de Pernambuco, o estados é possuidor de 78 açudes listados abaixo. Tabela 01: Adaptada pelo autor - açudes listados pela a base de dados do estado de Pernambuco. MUNICÍPIOS AÇUDES CAPACIDADE MÁX. (1000 m3) Afogados da Ingazeira Brotas 19.639 Laje do gato 1.102 Afrânio Barrada Melancia 1.374 Barreira da Alegria 2.880 Pau Branco 3.000 Aliança Guararema 18.000 Araripina Araripina (Baixio) 3.702 Barriguda 1.617 Lagoa do Barro 22.947 Rancharia Belo Jardim Belo Jardim (Pedro Moura Jr.) 30.740 Eng. Severino Guerra 17.776 Tabocas-Piaca 1.167 Bezerros Manuino 2.021 Poco da Areia 2.363 Bodocó Lopes II 23.935 Bom Jardim Palmeirinha/Pedrafina 6.500 Bonito Prata 42.147 Brejinho Serrinha/Serraria 1.256 Brejo da Madre de Deus Machado 1.597 Buíque Mulungu 1.280 Cabo de Santo Agostinho Bita 2.770 Pirapama 60.937 Sucupema 3.200 Cabrobó Barra do Chapeu 1.600 Canhotinho São Jacques 403 Capoeiras Tabocas-Piaca 3.847 Carnaíba Chinelo 3.453 Caruaru Eng. Gercino Pontes 13.600 Guilherme Azevedo 7.86 Jaime Nejaim 600 Serra dos Cavalos 612 Taquara 1.347 Cedro Barrinha 1.959 Custódia Marrecas 21.623 Floresta Barra do Jua 71.474 Quebra Unha 3.190 Garanhuns Cajarana 2.594 Mundau 1.968 Ibimirim Eng. Francisco Saboia 504.000 Igarassu Botafogo 27.689 Iguaracy Rosário 34.990 Ipojuca Utinga/Tabatinga 10.270 Itapetim Mãe D`água 1.500 Boa Vista 1.632 Jaboatão dos Guararapes Duas Unas 23.548 Lagoa do Carro Carpina 270.000 Mirandiba Jua 3.500 Ouricuri Algodões 54.481 Eng. Camacho 27.664 Varzinha 1.127 Palmeirina Inhumas 7.872 Parnamirim Aboboras 14.350 Cachimbo 31.207 Chapeu 188.000 Entremontes 339.333 Paudalho Cursai 13.000 Pedra Arcoverde 16.800 Mororo 2.929 Pesqueira Pão de Açúcar 34.230 Ipaneminha 3.900 Petrolina Cacimba Velha 1.802 Cruz de salina 4.021 Terra Nova 1.220 Vira Beiju 11.800 Poção Duas Serras 2.032 Quipapá Pau Ferro 12.174 Brejo do Buraco 1.070 São Joaquim do Monte Caianinha 1.361 São José do Belmonte Arrodeio 14.522 Serrote 1.622 São José do Egito São José II 7.152 Terra Nova Nilo Coelho 22.710 Triunfo Brejinho 282 Tuparetama Bom Sucesso 1.743 Venturosa Ingazeira 4.800 Vicência Sirigi 17.260 Sendo que apenas 4 são monitorados pelo o DNOCS – Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. Estes são descritivos abaixo: Açudes Entremontes. A barragem do Açude Entremontes está construída sobre o rio São Pedro (ou rio Jacaré), afluente da margem direita do rio Brígida, no município de Parnamirim, estado de Pernambuco. O local da obra dista, aproximadamente, 7,5 km da BR-122, que liga Parnamirim a Petrolina, a 562 km de Recife. Constitui parte das estruturas de regularização do rio Brígida. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS CAPACIDADE 339.333.700m³ VERTEDOURO LOCALIZAÇÃO Parnamirim-PE TIPO Soleira Livre com Perfil Creager SISTEMA/SUBSISTEMA Brígida LARGURA DA SOLEIRA 360m RIO BARRADO São Pedro ou Jacaré LÂMINA MÁXIMA 3,15m ÁREA DA BACIA HIDROGRÁFICA 5.395km² DESCARGA MÁXIMA 4.796,6m³/s ÁREA DA BACIA HIDRÁULICA 4.688ha REVANCHE 4,70m PRECIPITAÇÃO MÉDIA ANUAL 637,70mm COTA DA SOLEIRA 388,80 VOLUME MORTO 34.210.500m³ VOLUME DE ESCAVAÇÃO 171.000m³ NÍVEL D´ÁGUA MÁXIMO 391,95 TOMADA D´ÁGUA PROJETO DNOCS TIPO Galeria Tubular Dupla CONSTRUÇÃO Construtora Queiroz Galvão S.A COMPRIMENTO 104m BARRAGEM DIMENSÃO DA SEÇÃO 2 tubos com o=1,20m TIPO Terra/Enrocamento DESCARGA REGULARIZADA 3,82m³/s ALTURA MÁXIMA SOBRE AS FUNDAÇÃO 29,50M ALTURA TORRE 22,50m EXTENSÃO PELO COROAMENTO 990m VOLUME DA ESTRUTURA 1.004m³ LARGURA DO COROAMENTO 7,50m DIMENSÃO DAS COMPORTAS 1,20m X 1,20m COTA DO COROAMENTO 393,50 DISSIPAÇÃO A JUSANTE Válvulas Dispersoras VOLUME TOTAL DO MACIÇO 582.257M³ A barragem forma um lago que abrange uma superfície de 4.688ha na cota 389,00 e acumula um volume de 339.333.700 m3. Características hidrológicas: Área da bacia hidrográfica: 5.395km2 Pluviometria média: 637,7mm Descarga média mensal: 2.231 m3/s Descarga máxima: 4.796,6m3/s Cheia secular: 2.659m3/s Açudes Saco II A barragem do Açude Saco ll, situada no município de Santa Maria da Boa Vista (antigo Coripós), no estado de Pernambuco barra o rio das Garças, afluente do rio São Francisco, a l6km do povoado de Jutaí, A obra faz parte do sistema de perenização do rio das Garças e tem como finalidade principal a irrigação. O lago criado pela construção da barragem cobre uma área de 2.022 ha e acumula um volume de 123.524.000 m3 oferecendo um potencial para irrigar 4.500 ha, além de proporcionar o cultivo de vazante e a prática de piscicultura. capaz de gerar um potencial hidrelétrico de 540 CV. CARACTERÍSTICA TÉCNICAS CAPACIDADE 123.524.000m³ VOLUME DE TERRA 547.400m³ LOCALIZAÇÃO Sta. Maria da Boa Vista - PE VOLUME DE ENROCAMENTO 23.540m³ SISTEMA SUBSISTEMA São Francisco VOLUME DE TRANSIÇÕES 6.195m³ RIO BARRADO das Garças VERTEDOURO BACIA HIDROGRÁFICA 2.507km² TIPO Perfil Creager, com Dissipador BACIA HIDRÁULICA 2.022ha LARGURA DA SOLEIRA 160m PRECIPITAÇÃO MÉDIA ANUAL 557mm LÂMINA MÁXIMA 2,93m VOLUME MORTO 4.315.750m³ DESCARGA MÁXIMA 1.620m³/s NÍVEL D´ÁGUA MÁXIMA 433,93 REVANCHE 8,50m ÁREA IRRIGADA 4.500ha CONTA DA SOLEIRA 431,00 PROJETO DNOCS TOMADA D´ÁGUA CONSTRUÇÃO DNOCS TIPO Galeria com Torre BARRAGEM COMPRIMENTO 80m TIPO Terra homogênea DIMENSÃO DA SEÇÃO O=1,00m ALTURA MÁXIMA SOBRE AS FUNDAÇÕES 26,70M DESCARGA 3,80m³/s EXTENSÃO PELO COROAMENTO 460m ALTURA DA TORRE 21m LARGURA DO COROAMENTO 439,50 DISSIPAÇÃO A JUSANTE Caixa Dissipadora VOLUME TOTAL DO MACIÇO 577.135 Características hidrológicas: Área da bacia hidrográfica: 2.507Km² Comprimento do talvegue: 90km Classificação da bacia: tipo 3 ou de topografia média, da classificação de Ryves com U=1; k=0,20 e 20C = 1 Pluviometria média: 557mm Cheia secular: 2.063m³/s, de acordo com a metodologia de Ryves ou 1.620m³/s, através da metodologia de Aguiar. Deflúvio médio: 64,86 x 10 m³ Açude Serrinha Barragem do Açude de Serrinha, localizada entre os distritos de Pajeú, ao norte e Tupanaci, ao sul, ambos pertencentes ao município pernambucano de Serra Talhada. Represa o rio Pajeú, afluente do rio São Francisco e é responsável pela perenização deste rio. Açude Poço da Cruz Poço da Cruz é o maior açude de Pernambuco, localizado em Ibimirim, tem um volume acumulado de aproximadamente 504.000.000 m3. O açude enfrenta sérios problemas com a falta de chuva, sua capacidade está muito abaixo do normal, como mostra a matéria do jornal nacional apresentada nos slides do seminário. REFERÊNCIAS CAMPOS, V. A. L. A Gestão da bacia do Rio Pirapama em Pernambuco sob a perspectiva da Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos: realidades e desafios. Dissertação de mestrado - Curso de Pós-graduação em Gestão e Políticas Ambientais da Universidade Federal de Pernambuco. Recife, 2001. DNOCS. 3. D. R. Memória descritiva e justificativa do projeto do Açude Público Entremontes. Recife, 1978. 16 p. DNOCS/CONSÓRCIO OESA/TECNOSOLO IOTI/EPTISA. Estudo de reconhecimento e viabilidade para o Projeto de Irrigação do Açude Público Saco II. S.n.t. DNOCS.3.D.R. Memória justificativa e descritiva da análise de estabilidade da barragem do Açude Público Saco II. Receita, 1966. 7p. Ministério Público do Estado de Pernambuco. Legislação do Ministério Público IV – Direito Ambiental. Procuradoria Geral de Justiça.Recife, 1998. Base de dados do Estado de Pernambuco. Disponível em : <http://www.bde.pe.gov.br/>. Acesso em: 9 jul, 2014. Memória justificativa e descritiva do Projeto do Açude Público Saco II. Recife, 1964. 19 p. Memória justificativa e descritiva do Projeto do sangradouro do Açude Público Saco II. Recife, 1967. 22p SILVA, Simone R. et al. A gestão de recursos hídricos do estado de Pernambuco – Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. SECTMA, 2003.
Compartilhar