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Serviço Social na Contemporaneidade
Introdução
Em um primeiro momento Marilda Iamamoto menciona a sociedade e o Serviço Social na contemporaneidade, verificando o agravamento das múltiplas expressões da questão social, base sócio-histórica da requisição social da profissão. Convidando a pensar as mudanças que vem afetando o mundo da produção, a esfera do Estado e das políticas públicas e analisar como elas vêm estabelecendo novas mediações nas expressões da questão social hoje, nas demandas a profissão e nas respostas do Serviço Social.
Na introdução do livro a autora irá fazer uma análise dos tempos atuais, focalizando o serviço social dentro deste contexto. Num primeiro ângulo demonstrando que há um momento de desafios, onde não há facilidades, porém não podemos deixar de lutar por nossos sonhos.
“(...)os assistentes sociais são desafiados neste tempo de divisas, de gente cortada em suas possibilidades de trabalho e de obter seus meios de sobrevivência, ameaçada na própria vida”(p.18).
Estamos na era do grande capital financeiro, onde cresce o desemprego. Mais uma vez este tempo traz como desafio ao assistente social a luta dos trabalhadores por sobrevivência, estando cada vez mais difícil um trabalho estável. Aumenta ainda, contudo, a exclusão social de jovens, mulheres e crianças.
A primeira parte do texto irá cuidar das repercussões do mercado de trabalho do assistente social
Já na segunda irá tratar de recuperar alguns dos recursos teóricos para explicar o processo de trabalho em que se insere o assistente.
Sintonizando o Serviço Social com os novos tempos
Quando se fala na sintonia do Serviço Social com os novos tempos, é necessário romper com uma visão endógena, focalista, uma visão “de dentro” do Serviço Social. O Assistente Social tem que ser um profissional propositivo e não só executivo. Assim, Marilda traz 3 pressupostos. O primeiro é romper com a atividade burocrática e rotineira que reduz o trabalho do assistente social a um mero emprego que impedem vislumbrar possibilidades inovadoras para a ação. 
O segundo pressuposto é entender a profissão hoje como um tipo de trabalho na sociedade, como forma de especialização do trabalho, uma profissão particular inscrita na divisão social e técnica do trabalho coletivo da sociedade. 
E o terceiro pressuposto é tratar o Serviço Social como um trabalho supõe privilegiar a produção e a reprodução da vida social, como determinantes na constituição da materialidade e da subjetividade das “classes que vivem do trabalho”.
Neste tópico Iamamoto, irá explicitar os pressupostos para uma análise da profissão nos dias de hoje.
O primeiro pressuposto diz que “devemos romper com a visão endógena, focalista, uma viso de dentro do Serviço Social, prisioneira em seus muros internos”(p.20).
Pois o assistente social hoje irá formular e participar das políticas publicas, bem com irá atuar na gestão das políticas sociais.
Iremos ser o profissional que irá romper com a rotina institucional e buscamos aprender o movimento das realidades para detectar tendências e possibilidades de inovações que podem ser impulsionadas pelo assistente. Podemos enfatizar que não seremos as mágicas que resolveremos todos os problemas, mas iremos possibilitar a solução, ou seja viabilizar
Devemos também evitar o fatalismo histórico, onde a realidade já estaria definida na historia, isto traz uma certa acomodação dando a profissão uma mediocridade profissional.
Outro aspectos que devemos evitar é o messianismo profissional que mostra o assistente como o alavancador de todas as mudanças sociais.
O segundo pressuposto irá mostrar o serviço social como um tipo de trabalho na sociedade (uma especialização de trabalho).
A profissão irá se ter a partir da intervenção do estado na questão social, pois as mudanças vem ocorrendo no mundo do trabalho e na esfera estatal, em suas relações com a sociedade civil, incidem diretamente sobre os rumos do desenvolvimento da nossa profissão na sociedade. A compreensão da questão social é de fundamental importância.
Temos um código de ética profissional que demonstra a riqueza do trabalho e os âmbitos dos quais podemos atuar.
Somos caracterizados por sermos trabalhadores contratados por empregadores , e conjuntamente entramos no processo de mercantilização. Dentro das empresas iremos atuar no processo de reprodução da mão de obra com a política dos recursos humanos. Somos trabalhadores assalariados que participamos de produção e redistribuição da riqueza social através das políticas publicas.
O terceiro pressuposto é “(...)tratar o serviço social como trabalho supões privilegiar a produção e a reprodução da vida social, como determinantes na constituição da materialidade e da subjetividade das classes que vivem do trabalho(...)”(p.25).
Este pressuposto irá pois caracterizar as condições de trabalho nas quais estamos inseridas. A partir da possibilidade de alterar o quotidiano.
Sabemos que os homens tem suas necessidades que pode serão satisfeitas por meio do trabalho.
“o trabalho é, pois, uma atividade que se inscreve na esfera da produção e reprodução da vida material”(p.26). Os homens tem que ter esta condição de viver para que possa fazer a história.
Podemos então, juntamente com a autora, concluir que o serviço social é considerado como uma especialização do trabalho e a atuação do assistente social é a demonstração de seu trabalho que está inserido no âmbito de produção e reprodução das relações sociais.
	
3. Questão social e serviço social
 Iamamoto menciona que, a questão social é o conjunto de expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura em que, a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos mantém-se privada, monopolizada por uma parte da sociedade. Os assistentes sociais trabalham com a questão social nas suas mais variadas expressões quotidianas, tais como os indivíduos as experimentam no trabalho, na família, na área habitacional, na saúde, na assistência social publica etc. Assim a autora fala que apreender a questão social é também captar as múltiplas formas de pressão social, de invenção e reinvenção da vida construída no cotidiano. Enfim, decifrar as múltiplas expressões da questão social, sua gênese e as novas características que assume na contemporaneidade, atribuindo transparência ás iniciativas voltadas á sua reversão e/ou enfrentamento imediato. No texto entende-se que se fala cada vez mais em uma qualidade total, que é apresentada como “qualidade das condições de trabalho e qualidade de vida”, mas visa, de fato, a rentabilidade do capital investido, voltada para o trabalhador produzir mais com menor curso, para gerar maior lucratividade. Marilda revela de forma ampla o quanto se presencia a desorganização e destruição dos serviços sociais públicos, em consequência do “enxugamento do Estado” em suas responsabilidades sociais. E menciona que essa coexistência de temporalidades históricas desiguais faz com que a questão social apresente, hoje, tanto marcas do passado quanto do presente, radicalizando-a. Em outra pauta com relação a garantia de direitos da criança, o texto explica que várias esferas da sociedade estão se mobilizando em torno da defesa dos direitos das crianças e do adolescente na sociedade brasileira e os assistentes sociais somam-se a outras forças sociais, contribuindo para dar visibilidade pública a essa face da questão social. Relacionando também que o momento presente desafia os assistentes sociais a se qualificarem para acompanhar, atualizar e explicar as particularidades da questão social nos níveis nacional, regional e municipal, diante das estratégias de descentralização das políticas públicas.
A autora irá afirmar que o serviço social tem na sua base de especialização, a questão social, onde esta é expressada pelas inúmeras desigualdades sociais da sociedade capitalista, na qual o trabalho é coletivo, mas os resultados deste são privados.
O assistente social irá trabalhar unto as questõesnas mais diversas áreas da vida quotidiana. Onde demonstrada a desigualdade desenvolve-se a rebeldia.
“(...)é nesta tensão entre produção de desigualdade e produção de rebeldia que trabalham os assistentes sociais, situado neste terreno movido por interesses distintos(...)” é um desafio para o assistente dar conta de toda essa dinâmica, e tentar ser sucinto ao revelar formas de reversão destas questões.
Outro ponto citado é o cenário de atuação do Serviço Social, que está ligado ao objeto de trabalho do assistente, que é a questão social em suas novas bases de reprodução.
Essas bases sofrem uma transformação de acordo com as novas formas de acumulação do capital. Onde teremos as estratégias taylorista e fordista de produção e consumo em massa. Onde o Estado entra com o financiamento do capital e a reprodução das forças produtivas, onde esta passa a liberar rendas para o consumo. Há então a implantação de serviços sociais para a reversão das crises cíclicas do capitalismo no pós-guerra. Este avanço tornou possível o Estado de bem-estar-social.
Nessas relações tayloristas e fordistas os Serviços Sociais encontra a expansão do seu mercado de trabalho. No entanto esse modelo entra em crise em meados de 1970 e ergue-se no mundo uma competitividade intercapitalista, onde encontra-se uma flexibilidade neste mercado de trabalho e neste contexto é exigida uma maior qualidade dos produtos.
As empresas passam a terceirizar mão-de-obra para enxugar o quadro de pessoal, minimizar os direitos trabalhistas e ter profissionais polivalentes. O assistente social por sua vez deixa de ser um trabalhador especializado e passa a ter múltiplas funções. Estes processos irão trazer a tono velhas formas de trabalho.
Podemos hoje vivenciar uma terceira revolução industrial que trás consigo inúmeras transformações sociais. Entre eles o enfraquecimento dos sindicatos e o aumento do desemprego.
O Estado também passa por essas mudanças através das políticas de reajuste, aderindo ao discurso do neoliberalismo, sendo este uma das grandes crises surgidas até então. Na qual temos como resultado o aumento do desemprego em massa e as privatizações.
Esta política tem dois pontos principais a de que o Estado é o causador de todos os problemas e o outro que mostra o mercado e a iniciativa privada como a grande saída.
Mas numa forma geral o neoliberalismo trás consigo cada vez mais a precarização dos serviços públicos, onde o estado irá investir mais na sustentação do capital.
Temos uma sociedade submetida pelos interesses, onde há os direitos sociais para todos, mas que não são disponibilizados por causa das prioridades orçamentárias do governo. A desigualdade tem sido uma marca histórica no nosso país, por isso os profissionais devem estar atualizados sobre estas condições e se munirem de informações que possibilite-nos detectar as questões sociais.
Iamamoto toma como base de questionamento social o trabalho infantil, que é utilizado por grandes empresas e que se dá pela consequência do desemprego, da flexibilização do trabalho e das terceirizações. Esta mão de obra sai bem mais barata para o capital. 
No entanto impossibilita que as crianças vivam sua infância de forma digna sem bases para produzirem um bom futuro.
Várias partes da sociedade lutam em torno desta questão e o assistente social irá somar a essas forças e funcionará como agente para uma maior visibilidade publica. Este disponibiliza de todo um material de informações, que contribuirá para as pesquisas que influenciarão nas três esferas de poder.
A realidade mostrada exige aos profissionais que se qualifiquem, pois estes estão em contato direto com estas questões sociais, podendo ser capazes de desenvolver propostas e programas que viabilizem melhorias sociais.
Outra informação importante que a autora mostra a respeito da gravidade da questão social no nosso país é que apenas 15% da população economicamente ativa da região nordeste chegou à era da cidadania regulada. Também há outro dado interessante no texto, que se trata das imagens da pobreza que foram criadas no Brasil; em 1950, a imagem de pobreza era o Jeca Tatu, preguiçoso e sem ambição. Em 1960, era o malandro carioca, que não trabalhava e vivia espertamente. Hoje, a imagem de pobreza está radicalizada, é o perigoso, que rouba e não trabalha, é a imagem, não da pobreza, mas da violência institucionalizada.
4. As mudanças no mercado profissional do trabalho
Quando Iamamoto diz sobre as mudanças no mercado profissional de trabalho, novas possibilidades de trabalho se apresentam e necessitam apropriadas, decifradas e desenvolvidas e diz que se os assistentes sociais não o fizerem, outros farão, absorvendo progressivamente espaços ocupacionais até então a eles reservados. Porque se exige um profissional qualificado, que reforce e amplie a sua competência crítica; não só executivo, mas que pensa, analisa, pesquisa e decifra a realidade.
Marilda fala de desafios com relação aos rumos ético-políticos do trabalho profissional em que, o desafio é redescobrir alternativas e possibilidades para o trabalho profissional no cenário atual; traçar horizontes para a formulação de propostas que façam frente á questão social. Também é a materialização dos princípios éticos na cotidianidade do trabalho, evitando que se transforem em indicativos abstratos, descolados do processo social. Por fim o texto realça o quanto o código de ética faz-se importante, pois o assistente social exercerá sua função se baseando nele, a função de educador político, um educador comprometido com uma política democrática ou um educador envolvido com a política dos “donos do poder”.
Hoje em dia um dos grandes desafios do assistente social tem sido a falta de renda que tem afetado a sociedade, e cumunamente com um estado que esta com as suas verbas retraídas e seus serviços encontram-se defasados a partir das políticas neoliberais, nas quais a responsabilidade social sai, em parte, do governo e passa a sociedade civil, onde passamos por uma refilantropização social.
Dentro desta transferência a sociedade civil dos deveres sócios podemos citar a filantropia do grande capital, que estão voltadas para a uma gestão de pobreza, ela não é mais a caridade do século XIX, mas sim é um resultado da privatização dos serviços que deveriam ser públicos e está empenhada em estabelecer um desenvolvimento das forças produtivas. Outro ponto que podemos citar é o trabalho das Organizações não Governamentais – ONG´s que é amplo e diversificado, porém precisa ser melhor qualificado, para tanto, faz-se necessário trato mais rigoroso da questão social. Está claro que as privatizações se deram em detrimento dos direitos sociais, onde temos a reforma da previdência onde o governo tem transferido á iniciativa privada os investimentos do campo de seguros sociais.
Temos em vista que o Estado tem responsabilidade pelo atendimento dos setores mais pauperizados e excluídos da sociedade. As privatizações também causam a desregulamentação das relações de trabalho e dos direitos sociais. É também às privatizações que fazem com que custo da mão-de-obra no Brasil esteja entre os mais baixos do mundo. A argumentação governamental sobre as privatizações funde elementos distintos como sendo idênticos, confundindo a sociedade.
Diante de todo este processo de privatizações o assistente social está tendo sua colocação dentro das empresas com as políticas de RH, com a controladoria da qualidade total estimulando o trabalhador a sempre ser o melhor em tudo. O assistente social é chamado pelas empresas para eliminar focos de tensões sociais que é gerado nas relações trabalhistas.
Falando em controle de tensões e movimentos trabalhistas, podemos citar o Toyotismo que visava “(...)capturar o corpo e a alma do trabalhado(...)r”, não sendo necessário controle de movimentos trabalhistas. O Serviço Social de hoje sintetiza o desafio de decifrar os novos tempos para que deles se possa ser contemporâneo. Para isso é necessário um novo perfil do profissional; que deve ser afinado coma análise dos processos sociais, criativo, inventivo, capaz de entender o tempo presente, os homens, a vida contribuindo para moldar os rumos de sua história.

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