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CENTRO TERRITORIAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL BACIA DO RIO GRANDE Curso: Técnico em Agropecuária/Agronegócio Disciplina: Administração e Economia Rural Profº Engenheiro Agrônomo Paulo Affonso Leiro Baqueiro Economia Rural 4. Mercado Mercado é toda organização através da qual, compradores e vendedores de um bem, se mantêm em estreito contato uns com os outros, para realizar negócios. O mercado pode se apresentar de diversas formas: como uma feira uma loja, um armazém, um supermercado, uma bolsa de mercadoria etc.. Nele, os consumidores e os vendedores entram em contato, para realizar as suas transações. O mercado não esta necessariamente localizado num determinado ponto, como uma feira ou uma loja etc., acima citados. O mercado existe, também, em áreas amplas, como um estado, ou em todo o país, ou entre países. Basta que os compradores e os vendedores estejam em contato através de algum canal de comunicação. Por exemplo, um produtor e um vendedor de equipamentos eletro- doméstico de São Paulo está em contato com os consumidores dos estados do nordeste, para vender os seus produtos. Para efeito do nosso trabalho, vai-nos interessar apenas o mercado para os produtos das fazendas. Através do sistema de mercado é que se efetuam as transações dentro da economia. Vimos, anteriormente, nosso modelo do fluxo circular, que os bens serviços são trocados por dinheiro, no mercado de bens e serviços, enquanto que o dos recursos (trabalho e capital) são trocados por dinheiro, no mercado são a procura ou demanda e oferta. De um lado, os consumidores procuram bens e serviços para o seu uso e consumo; por outro lado, os produtores põem os seus bens e serviços para serem vendidos no mercado, constituindo, assim, a oferta. Sabemos que todo e qualquer produto (bens e serviços) que passa do produtor para o consumidor tem um valor ou preço.A transação de um produto efetua-se através de um preço estipulado para o mesmo mercado. Vemos, assim, que a procura, a oferta e o preço são os elementos básicos da economia. Falta-nos, então definir e estudar cada um destes elementos, para termos os instrumentos de análise' de que precisamos para o nosso estudo. 5. Preço Preço é a razão de troca entre um objeto e um outro objeto qualquer. Assim, os bens e serviços, bem como os recursos tratados no nosso modelo do fluxo circular têm preços quando eles são trocados. Porém é oportuno distinguir entre os bens e recursos ou fatores que têm preço e aqueles que não o têm. Esta distinção é importante, porque os bens que não têm preços não são considerados bens econômicos. Todo bem econômico tem um preço. Por que os bens ou os recursos ou fatores econômicos têm preço? A resposta é: porque eles são úteis e escassos. Porém devemos frisar que, para que um bem ou fator tenha preço, é necessário que ele seja ambos: útil e escasso. Por exemplo, o ar que respiramos é útil, mas não é escasso, razão pela qual o ar não tem preço e, portanto, não é um bem econômico. O ar é tão abundante que não há razão para que seja objeto de troca. Em outras palavras, a oferta do ar pela natureza é tão grande, que não há procura do mesmo por parte dos homens entre sí. Um outro exemplo que serve para distinguir o conceito de um bem econômico de um bem não econômico é a água. Em alguns lugares, principalmente no meio rural, a água não tem preço, porque o seu uso é limitado ao consumo doméstico, e, para tal, a água é tão abundante, que não justifica troca entre os homens. Porém, em muitas comunidades urbanas, a água torna-se escassa em relação à procura tanto para uso doméstico como para industrial, e passa a ter preço, quando é utilizada para irrigação e o fazendeiro paga taxa de consumo de água. Desta forma, a água pode ser tanto um bem econômico como um bem não-econômico. No primeiro caso citado, a água é útil, mas não é escassa, portanto, é um bem não econômico. no segundo, ela é útil e escassa, passando, assim, a ser um bem econômico. Finalmente, no terceiro caso, da água para a irrigação, ela é útil e escassa, e é, também um bem econômico. Estes exemplos demonstram que os bens econômicos são úteis e escassos em relação ao uso a que se destinam. Os bens econômicos podem ser divididos em mercadorias e serviços. As mercadorias são coisas tangíveis, ou que podem ser sentidas pelo tato, como lápis, laranjas, rádio, alimentos etc.. Os serviços são intangíveis, como uma consulta médica, uma aula, uma viagem de avião, um sessão de cinema etc.. Note-se, porém, que, mesmo quando estamos tratando de uma mercadoria, como uma televisão, estamos interessados no serviço ou no fluxo de serviço que esta mercadoria está nos prestando, ou pode nos prestar. Já tratamos, neste item, sobre o que é preço, porque os bens e fatores têm preços e sobre a natureza dos bens. Falta-nos dizer por que um determinado preço em determinado momento, ou ainda, porque uns bens ou fatores são caros, e outros baratos. Isto é, como se formam os preços dos bens e dos fatores. A formação dos preços vai ser compreendida adiante, através do estudo da procura e da oferta. Antes, porém, de passarmos a este estudo, é melhor que demarquemos bem a importância do preço no sistema de mercado. Voltando, mais uma vez, ao nosso modelo de fluxo circular, vemos que o sistema econômico tem o mercado dos bens e serviços e o mercado dos recursos ou fatores. O modelo mostra como as transações entre os consumidores e as empresas se realizam em forma de fluxo circular contínuo. Pelas considerações que fizemos neste item sobre preço, estamos capacitados a ver como os preços dos bens e serviços e os preços dos recursos são responsáveis pelo funcionamento de todo o sistema contido no nosso modelo do fluxo circular, isto é, como os preços são veículos de todos os fluxos dentro do sistema. As funções do preço no sistema econômico são: 1.Determinar o que produzir 2.Determinar como produzir 3.Determinar quanto produzir 4.Determinar para quem produzir 5.Determinar quando produzir. Tomemos como exemplo o caso de uma fazenda: O que a fazenda vai produzir está a depender dos preços relativos dos produtos que a fazenda pode produzir no mercado. Se o fazendeiro esta agindo racionalmente, ele procura produzir o produto ou os produtos que têm maior preço no mercado. Em Economia, a ação racional, tanto do produtor como do consumidor, corresponde à utilização dos fatores ou dos bens disponíveis, de forma a se obterem os maiores lucros ou as maiores vantagens e satisfações possíveis. Feita a escolha do produto ou dos produtos que vão ser produzidos, a próxima decisão do fazendeiro ou agricultor é como ele vai produzir. Digamos que ele decidiu cultivar abacaxi. Naturalmente que a cultura do abacaxi pode ser feita com um nível tecnológico maior ou menor, ou seja, produzir vai custar mais, ou menos, de acordo com os insumos usados na produção. Por conseguinte, dada a quantidade de capital que o fazendeiro disponha, os insumos a serem usados vão depender dos seus preços relativos. Por exemplo, se o preço do equipamento de irrigação for muito alto em relação ao capital que o fazendeiro disponha, o abacaxi não será irrigado artificialmente. Da mesma forma, se o preço do adubo nitrogenado orgânico for mais alto em relação ao preço do nitrogenado mineral, o fazendeiro usará o adubo mais barato, ou seja, o nitrogenado mineral. Portanto o uso e a combinaçãodos insumos dependem do preço dos mesmos, em outras palavras, o como produzir depende do preço dos fatores de produção (terra, capital, trabalho e administração). Depois de determinados o que produzir e como produzir, as próximas decisões do agricultor são quanto produzir e para quem produzir. Ora, o agricultor sabe que obterá maior sucesso se produzir a quantidade que possa ser toda vendida no mercado e por um preço o mais alto possível. Porém, como veremos claramente, no estudo que faremos, mais adiante, sobre demanda e oferta, as quantidades de produtos que podem ser vendidas no mercado dependem dos seus preços no mercado. Já a decisão para quem produzir é também, muito importante. Lembremos, como ilustração, um agricultor que decidisse produzir gado de corte para certo mercado na Índia. Ele, muito provavelmente, não teria sucesso no seu empreendimento, desde quando os preços que ele obteria seriam muito baixos, ou mesmo nulos, devido aos indus não darem valor à carne de boi para consumo. Finalmente, os preços determinam quando produzir, isto é, qual a época do ano, ou mesmo qual o ano em que determinado produto deve ser produzido. Sabemos que alguns produtos apresentam variações cíclicas estacionais nos preços. Outros produtos apresentam variações cíclicas anuais ou bianuais. E ainda ocorre que alguns produtos obtêm preços mais altos ou mais baixos, a depender de variações na economia de uma região, na economia de um pais, ou mesmo na economia internacional. No primeiro caso - variações estacionais -, temos, como exemplo, um grande número de produtos como o fumo, o milho, o feijão e demais culturas alimentares que obtêm preços bem mais baixos logo após as colheitas. No segundo caso - variações anuais e bianuais cíclicas -, temos o exemplo da farinha de mandioca e alguns outros produtos alimentares que têm preços altos em anos de baixa produção, seguidos de preços baixos nos anos seguintes aos anos de preços altos, quando a produção aumenta devido ao estímulo sofrido pelos agricultores nos anos de preços altos. No terceiro e último caso - variações nas economias regionais, de países ou internacional -, temos, como exemplos, o aumento nos preços do café durante a guerra mundial e a redução do preço do sisal devido ao aumento da oferta internacional e da produção de fibras sintéticas. Em todos estes casos, o produtor obterá maiores lucros se produzir nas épocas de preços mais elevados. Daí a importância da decisão de quando produzir. Ao considerarmos as funções do preço, devemos observar que ele condiciona as decisões sobre o que e como produzir etc.. Mas, por sua vez, é determinado, no mercado, pelas oferta e procura dos bens e serviços; isto é, o preço é uma relação social decorrente do comportamento do homem no mercado, este que é expresso na forma da oferta e da procura no mercado. 6.Procura ou Demanda Depois de definir e caracterizar preço e considerar as suas principais funções, vamos, agora, ver como o preço é formado pela interação da procura e oferta. A procura de um bem é definida como as várias quantidades deste bem que os consumidores obterão no mercado a todos os preços alternativos possíveis, considerando-se que tudo o mais permanece inalterado. A quantidade que os consumidores obterão dependerá de um número de circunstâncias, sendo as mais importantes: a)o preço do bem; b)os gostos e preferências dos consumidores; c)o número de consumidores considerados; d)a renda dos consumidores; e)os preços dos bens similares; f)o número de outros bens disponíveis para os consumidores. Das circunstâncias acima citadas a de maior importância é a relação estabelecida entre a demanda e a variação do preço do bem. Há bens cuja demanda não é seriamente afetada pela flutuação dos preços. Por exemplo, elevando-se ou diminuindo-se o preço da alface não se verificará uma alteração substancial na procura desta hortaliça. Neste caso dizemos que são bens sujeitos a uma demanda rígida ou inelástica. A maior parte dos bens não está nesta categoria dos inelásticos e uma baixa ou elevações de seus preços darão origem a importantes variações da demanda. São bens com demanda elástica. Se formos comprar camarão e descobrimos que o preço de oferta está pela metade do que fora previsto é bem provável que compremos uma quantidade maior do que esperávamos. Ao contrário se o preço aumenta a quantidade a ser comprada diminuirá ou até mesmo deixaremos de comprar o produto se for considerado demasiado caro. Há portanto, uma relação entre o preço e a quantidade demandada capaz de ser expressa por uma escala (quadro) ou curva de procura. A curva de procura é uma escala da procura posta em um plano cartesiano. A coordenada vertical(eixo dos y) mede o preço por unidade do bem. A coordenada horizontal(eixo dos x) mede a quantidade do bem por unidade de tempo(semana, mês, ano etc.). Escala hipotética de um bem "x" Preços($/y) Quantidades (x/u.t.) 10 01 09 02 08 03 07 04 06 05 05 06 04 07 03 08 02 09 01 10 Preço($/x) ^ | | | | | | | | | | -|------------------------> | Quantidade (x/U.T.) Curva de procura da escala do bem "x" acima. 7.Oferta. A oferta de um bem é definida como sendo as várias quantidades de um bem que os vendedores colocarão no mercado aos vários preços possíveis. Assim, como a demanda relacionava-se com os preços, conforme a escala (quadro) e a curva de demanda já estudados, também há relação entre o preço e a oferta. Para expressar graficamente esta relação procedemos de maneira semelhante ao executado na demanda. Geralmente, a curva da oferta é inclinada para cima e para direita, desde quando um preço mais elevado faz com que os vendedores coloquem maior quantidade de um bem no mercado, como também faz com que novos vendedores entrem no mercado. Como se pode observar a curva de oferta sobe ao contrário da demanda. Preço($/x) ^ | | | | | | | | | -|------------------------> | Quantidade (x/U.T.) 8.Como o preço é formado no mercado. Sabemos que os bens e serviços são transacionados nos mercados mediante um preço acertado pelo vendedor e o comprador. Também sabemos que a oferta e a procura de bens estão intimamente vinculados aos preços. E agora voltaremos ao exame desta relação preço/oferta/procura. No quadro abaixo fizemos num único nossas escalas (quadros) de demanda e de oferta hipotéticas de um bem qualquer. ESCALAS DE DEMANDA E OFERTA CASOS PREÇOS POSSÍVEIS DEMANDA (QUANTIDADES) OFERTA (QUANTIDADES) A 4.500 20.000 400.000 B 4.000 30.000 300.000 C 3.500 50.000 200.000 D 3.000 80.000 150.000 E 2.500 100.000 100.000 F 2.000 150.000 80.000 G 1.500 200.000 50.000 H 1.000 250.000 20.000 I 500 300.000 10.000 O gráfico construído com estes dados será este: Preço($/x) ^ | | || | | | | | | -|------------------------> | Quantidade (x/U.T.) As curvas de demanda e oferta, neste caso, cortam-se em um ponto correspondente ao caso "E". Nele coincidem preço, quantidade demandada (procurada) e quantidade ofertada. Neste ponto de equilíbrio fixar-se-á o preço. Em outras palavras: a um preço de 2.500 as firmas estariam dispostas a oferecer 100.000 e, ao mesmo preço, os consumidores poderiam comprar uma quantidade também de 100.000 em um determinado espaço de tempo. Este modo de fixar os preços dos bens corresponde à conhecida "Lei da Oferta e da Procura". 9.Fatores de Produção São os recursos que o agricultor, no caso específico do setor primário, usa para produzir. A saber: Capital, Terra e Trabalho. O uso adequado destes fatores pelo agricultor poderá assegurar o êxito de sua exploração. É neste ponto que entra a Administração rural. 10.Capital Capital, em agricultura, são bens produzidos pelo homem como máquinas, forragens, animais, fertilizantes, instalações etc. e que são utilizados na produção de produtos agrícolas. É o investimento total na exploração agrícola. O capital, segundo o tempo de sua vida produtiva, pode ser classificado em: a)capital fixo b)capital intermediário (semifixo) c)capital circulante - Capital fixo são as construções e benfeitorias que têm uma duração de geralmente mais de 10 anos. Casas, galpões, estábulos, cercas, canais de irrigação, barragens etc.. - Capital intermediário são os equipamentos móveis e o gado, os quais são geralmente utilizados de dois a dez anos. São tratores, equipamentos de irrigação, ferramentas, incubadoras, isto é todos os equipamentos que são utilizados para aumentar a eficiência do trabalho. Gado são animais de trabalho, reprodutores e aqueles que representam produtos vendáveis (carne, leite, ovos, pele etc.). - Capital circulante são os bens usados na produção agrícola e que se consomem no processo da produção. Alimentos para animais fertilizantes, sementes, combustíveis, etc. Os bens produzidos pelo homem e que são utilizados na produção de produtos agrícolas são como vimos definidos como capital. Este capital quer fixo, intermediário e circulante é originado de outro capital. Este capital de que o agricultor dispõe é usado em várias direções, por exemplo, na construção de instalações (capital fixo), máquinas (capital semifixo), pagamento de mão-de-obra (capital circulante) etc. Cada uma dessas direções representa uma linha de investimento do capital. Desta forma, o principal problema do agricultor é canalizar o seu capital para as diversas direções repartindo-o de tal forma a buscar o máximo de eficiência, no sistema capitalista, o maior ganho líquido possível. Além de saber como e em que direção usar o capital, o agricultor precisa conhecer onde obter o capital. O capital pode ser adquirido pelas seguintes formas: herança, casamento, poupança e empréstimo. O capital emprestado, ou crédito é frequentemente necessário na fazenda, para despesas de custeio de lavouras, operação, manutenção e compra de gado e equipamentos, refinanciamento de débitos etc. As fontes de crédito podem ser individuas e institucionais. Como fontes individuais temos amigos, parentes, negociantes etc. Já as fontes institucionais de crédito são os bancos oficiais, os bancos privados, as cooperativas (inclusive de as de crédito) e as agências oficiais estaduais e federais especializadas em créditos para agropecuária. O agricultor que desejar obter um empréstimo deverá comparar os custos e os termos do crédito das diversas fontes de crédito. Assim ele poderá se decidir pela fonte que melhor convier. 11.Terra Do ponto de vista econômico, terra é a soma de todos os fatores naturais de produção, isto é, solo, minerais, chuva, temperatura etc. Para a agricultura, a terra é, principalmente, o solo e sua fertilidade, e ainda o clima, a topografia, e a localização como elementos qualificativos da mesma. Para alguns economistas, a terra é simplesmente uma forma de capital, pois embora tenha características distintas dos outros fatores de produção, ela é objeto de compra e venda e aluguel como qualquer outro item do capital. Sob o ponto de vista econômico a terra pode ser encarada como: a)fator de produção - a terra é um recurso natural usado na produção de alimentos, fibras, minerais, energia, e outras matérias primas. b)bem de consumo - quando serve como parques, lotes para construção etc. c)capital - é um recurso que pode ser adquirido, vendido ou alugado. A terra é utilizada pelo homem para diversas utilidades: * agropecuária * mineração * recreação * residência * comércio-indústria * áreas inaproveitadas. 12.Trabalho O trabalho representa todos os serviços e contribuições para a produção realizados pelo homem através do seu corpo e da sua mente. O trabalho é utilizado na transformação de bens em outros mais úteis, pela mudança de sua forma, localização ou qualidade. Na agricultura, o trabalho possui algumas características especiais. É um trabalho feito ao ar livre; é um trabalho pesado que requer capacidade e esforço físico; é em grande parte um trabalho não especializado; o tempo de serviço não é padronizado porque o dia de trabalho é mais longo em algumas épocas do ano e mais curto em outras, bem como as condições climáticas; o trabalho é variado e solitário etc. 12.1.Classificação da mão-de-obra. A classificação da mão-de-obra em agricultura é a seguinte: 1.Familiar - trabalho do proprietário e seus familiares. 2.Juvenil - trabalho desempenhado por adolescentes com esforço proporcional ao seu desenvolvimento. 3.Adulto - trabalhadores com plena capacidade produtiva. 4.Mutirões - trabalho cooperativo não remunerado. 5.Permanente - trabalho desenvolvido por trabalhadores assalariados que trabalham no estabelecimento o ano todo, bem como o proprietário e seus familiares. 6.Avulso - trabalho assalariado temporário (boia-fria). 7.Especializado - trabalho utilizado em atividades que requeiram conhecimentos específicos e treino por parte do trabalhador (regulagens de máquinas, inseminação artificial etc.) 8.Não especializado - requer mais esforço físico do que conhecimento sobre como fazer (limpeza de estábulos, transporte de ração etc.) 12.2.Unidade de trabalho. Para se saber, a quantidade de trabalho de que um estabelecimento necessita durante o ano; ou de uma tarefa necessita para ser realizada é necessário que se estabeleça uma unidade de trabalho. Esta unidade poderá ser horas/homem ou dias/homem. 12.3.Remuneração do trabalho. A remuneração mais baixa que um trabalhador pode receber é aquela que o manterá com saúde e vitalidade suficiente para trabalhar e criar sua família. Por outro lado, o limite máximo é determinado pela produtividade do trabalhador, isto é, o trabalhador apenas poderá receber abaixo daquilo que produz para o empregador. A remuneração do trabalho varia com sua natureza e qualidade. Na indústria os trabalhos insalubres, perigosos e árduos tendem a ser pagos melhor.Já na agricultura é frequente a baixa remuneração destes trabalhos, quando há uma abundante oferta de braços para os mesmos. Quanto a qualidade do trabalho, os mais especializados tendem a ter melhor remuneração, os trabalhos mais elementares e rotineiros, que não requerem habilidade alguma, têm baixa remuneração. Entretanto, a depender da forma e natureza da remuneração o trabalhador não especializado pode aumentar seus ganhos. As formas de remuneração são as seguintes: - mensal - semanal - diário - por hora - por tarefa ou produção (empreita).
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