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escola superior de ciências da saúde
CURSO DE FARMÁCIA
relatório de estágio
estagio em alimentos
JHONATHAS DOS SANTOS FURTADO
MANAUS - 2018
 escola superior de ciências da saúde
CURSO DE FARMÁCIA
relatório de estágio
estagio em alimentos
ALUNO: JHONATHAS DOS SANTOS FURTADO
Supervisor(a) de Estagio: Rherysonn Pantoja
Preceptor de Estagio: Joyce Menezes
Coordenador do Curso de Farmacia: Roberta Minardini
Local de Estagio: Uninorte Unidade 1
Periodo de Estagio: 28/03/2018 a 03/05/2018
MANAUS - 2018
	
INTRODUÇÃO
Este relatório aborda as experiências vivenciadas pelo Academico Jhonathas dos Santos Furtado, aluno do 7º Período do curso de graduação em Farmácia da Faculdade Uninorte, durante o Estágio Curricular, realizado no período de 19 de fevereiro a 30 de setembro de 2018, na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Japiim, no horário de 07:00 horas as 11:00 horas sob supervisão e orientação da Professora Farmacêutica Bioquímica Maria Meirelany Queiroz.
Na busca do conhecimento mais profundo da atuação do farmacêutico na atenção básica, de interagir com a comunidade, com serviços e recursos disponíveis no atendimento em saúde pública, a UBS do Japiim é o campo de estágio capaz de oferecer e proporcionar experiências singulares. Além disso, o desejo de visualizar a aplicação do princípio do Sistema Único de Saúde (SUS), no sentido de articular ações de alcance preventivo com as de tratamento e recuperação da saúde, respeitando as necessidades de cada indivíduo, ou seja, com o sinônimo de um atendimento integral.
O artigo 196, da Constituição da República estabelece que: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
Assim, a Constituição Federal e outras leis federais garantem a todas as pessoas o acesso gratuito aos órgãos relacionados à saúde pública para, por exemplo, pleitear medicamentos, próteses, consultas médicas, exames, internações, cirurgias, orientações e cuidados de saúde através do SUS – Sistema Único de Saúde.
O Sistema único de Saúde (SUS) foi criada em 1988 pela Constituição Federal e regulamentado a partir da Lei Orgânica nº 8.080/90 e lei nº 8142/90, com o objetivo principal de acabar com a desigualdade na assistência a saúde da população em geral e fazendo com que os serviços de saúde se tornassem obrigatórios, grátis e acessíveis a todos. (ESF)” (FALLEIROS, 2010)
JUSTIFICATIVA
Quando se reconhece que os farmacêuticos têm o papel chave na definição das políticas públicas, na gestão, na atenção à saúde do usuário dos serviços de saúde e, sobretudo, na mudança dos modelos de atenção à saúde vigente, torna-se evidente que o futuro profissional farmacêutico deve estar apto a assumir a reorientação da prática farmacêutica, desenvolvendo e, constantemente, aprimorando suas habilidades em: prestar serviços, tomar decisões, comunicar-se, liderar, ser gestor, aprendiz e, permanentemente, um educador em saúde.
Nesse sentido, as novas Diretrizes Curriculares para os cursos de graduação em Farmácia também apontam nesse sentido, quando incentivam a formação de um profissional generalista, humanista, crítico e reflexivo. Assim, o Estágio Curricular do curso de Farmácia da UNINORTE, com o objetivo de contribuir para a formação de um profissional farmacêutico que atenda as necessidades da sociedade, que seja capaz de integrar-se à equipe de saúde e que contribua para a transformação da Assistência Farmacêutica (AF) de nossa região vem a oferecer ao aluno a oportunidade de conhecer, através de um rodízio ou de uma vivência prolongada, alguns serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) do Município de Manaus.
OBJETIVOS
Objetivo geral
Proporcionar o acadêmico experiência para a realidade do profissional farmacêutico na área da saúde pública, visando inserir o mesmo no contexto social e cultural da atenção básica. Através da vivência durante o estágio, o estudante irá conhecer a dinâmica de atendimento nesse nível de assistência, e despertar o comprometimento desse profissional com as necessidades de saúde da população, das tarefas desenvolvidas por cada profissional, além de proporcionar maior conhecimento do funcionamento dos programas desenvolvidos na Unidade Básica de Saúde.
Objetivo específico
Assegurar a acessibilidade de medicamentos e farmacoterapia de qualidade à população. 
Garantir o uso racional de medicamentos .
Oferecer serviços farmacêuticos e cuidados ao paciente e à comunidade, complementando a atuação de outros serviços de atenção à saúde.
Aplicar conhecimentos e conceitos básicos apresentados no decorrer do curso;
Promover a atividade do conhecimento e das habilidades adquiridas na área de atuação farmacêutica; 
Permitir o relacionamento com profissionais da respectiva área, objetivando adquirir experiências; 
Desenvolver o conhecimento e a criatividade visando o crescimento profissional.
CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DO ESTÁGIO
A UBS do Japiim está localizada no Distrito de Saúde Sul, na Rua 31, no bairro Japiim, Manaus/AM. Foi inaugurada em Março de 1972, reformada e padronizada em Novembro de 2000 (Figura 1). Atende a população do bairro e adjacências, prestando serviço de atenção primária à saúde. Ficha do Estabelecimento de saúde cadastrado no CNES desde 30/10/2001.
Em suas instalações físicas para apoio conta com 4 clínicas básicas, 1 clínica indiferenciada, 2 odontologias, 2 consultórios não médicos, 1 sala de curativo, 1 sala de enfermagem (serviços), 1 sala de nebulização e 1 sala de imunização.
Realizam procedimentos básicos e atendimento de enfermagem, médico (pediatra, clínico e ginecológico), odontológico e farmacêutico. O horário normal de atendimento das UBS é das 08 horas às 12 horas e das 13 horas às 17 horas de segunda a sexta-feira.
Outros atendimentos são realizados como inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta e exames laboratoriais, tratamento odontológico, encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica e especial dos programas de saúde.
Na UBS são desenvolvidos programas de saúde importantes para a população, são os programas de: Atenção Integral a Saúde da Criança, Adolescente, Mulher e Homem, Leite do Meu Filho, Hiperdia, Pré-Natal, Tuberculose, Imunização, Raiva.
Layout
Figura 3: Área Física da UBS do Japiim, 2017. Fonte: Elaborado pelo acadêmico
Organograma
NEBULIZACAO
RECEPCAO
CURATIVO
IMUNIZACAO
TRIAGEM
SERV. SOCIAL
ENFERMAGEM
CONSULTORIO MEDICO
HIPERDIA
LEITE DO MEU FILHO
PLANEJAMENTO FAMILIAR
BOLSA FAMILIA
.PRE-NATAL
FARMACIA
HANSENIASE
TUBERCULOSE
Fonte: Furtado Jhonathas,2018
Profissionais de saúde que atuam na UBS Japiim
 Tabela 2- Quadro de especialidades e horário dos profissionais que atuam na Ubs Japiim
	Profissional
	Especialidades
	Horário
	Dr. Pacheco
	Diretor
	Integral
	Elda rejane
	Enfermeira
	Matutino
	Josefa abreu
	Enfermeira
	Licença medica
	Solange
	Serviço social
	Matutino
	Dra. Ana barros
	Clinica geral
	Matutino
	Dra. Kátia lins
	Clinica geral
	Vespertino
	Dr. Bruno
	Ginecologista
	Matutino
	Dra. Lisa maria
	Pediatra
	Matutino
	Dr. Victor
	Pediatra
	Férias
	Solange kaneco
	Assistente social
	Vespertino
	Dr. Enio cândido
	Clinica geral
	Vespertino
	Dra. Jackeline
	Pediatra
	Matutino
	Dra. Elisangela
	Clinica geral
	Licença medica
	ENF. NEYLANE
	ENFERMEIRA
	VESPERTINO
	DRA. BERNADETE
	CIRURGIÃ DENTISTA
	FÉRIAS
	DRA. IANA REGO
	CIRURGIÃ DENTISTA
	VESPERTINO
Fonte: PACHECO, 2018
FUNDAMENTAÇÃO TEÕRICA
Criação e regulamentação do Sistema Único de Saúde
O Sistema Único de Saúde homologado pela Constituição de 1988 e pelas Leis Orgânicasda Saúde introduziu elementos com potencial de avanços no campo da saúde. Dentre estes, a mudança da lógica curativa sobre a preventiva, expressa também no princípio de atendimento integral com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo das assistenciais.
Este Sistema Único de Saúde tem como importante princípio a universalização do acesso às ações e serviços de saúde. Assim, todos os cidadãos devem ter acesso aos serviços de saúde, sem privilégios ou barreiras, ou seja, todo o cidadão deve ser atendido conforme suas necessidades, de forma resolutiva, nos limites e possibilidades do sistema, considerando-se, ainda, as necessidades coletivas.
	A presença do farmacêutico na assistência à população é essencial para orientações, como o uso correto de medicamentos, interações medicamentosas fornecendo informações que conscientizem as pessoas em relação aos riscos da automedicação e à importância da manutenção do tratamento medicamentoso para a saúde do paciente.
5.1.2	 Sistema Único De Saúde – SUS
Foi a Constituição de 1988 que estabeleceu a base jurídico-legal para a implementação do novo modelo de prestação de ações e serviços de saúde em nível nacional – o Sistema Único de Saúde (SUS) - como resultado da reforma na política de saúde brasileira implementada nos anos 80.
O SUS preconiza a integração entre os ramos da medicina preventiva e curativa e entre os serviços públicos e privados, em um sistema único com acesso universal e igualitário. De forma a garantir cobertura adequada da população aos cuidados necessários aos seus principais problemas de saúde, deve ser organizado de forma regionalizada e hierarquizada, sob um único comando em cada nível de governo e descentralizado administrativa e operacionalmente, contando ainda com a participação da comunidade no controle social das ações desenvolvidas.
Passados 10 anos de existência, o SUS é objeto de críticas acirradas onde se destacam a baixa capacidade de inclusão social das políticas de saúde na década de 90, a baixa qualidade dos serviços prestados e as iniqüidades do sistema. Em que pese as críticas apontadas, o SUS resiste aos percalços e permanece como uma reivindicação crescente dos governos sub nacionais para a garantia de ampliação da prestação de ações e serviços à sua população.
	O SUS pode ser entendido, em primeiro lugar, como uma “Política de Estado”, materialização de uma decisão adotada pelo Congresso Nacional, em 1988, na chamada Constituição cidadã, de considerar a Saúde como um “Direito de Cidadania e um dever do Estado”. Nesse sentido, o SUS é um projeto que assume e consagra os princípios da Universalidade, Equidade e Integralidade da atenção à saúde da população brasileira, o que implica conceber como “imagem-objetivo” de um processo de reforma do sistema de saúde “herdado” do período anterior, um “sistema de saúde”, capaz de garantir o acesso universal da população a bens e serviços que garantam sua saúde e bem-estar, de forma equitativa e integral. Ademais, se acrescenta aos chamados “princípios finalísticos”, que dizem respeito à natureza do sistema que se pretende conformar, os chamados “princípios estratégicos”, que dizem respeito à diretrizes políticas, organizativas e operacionais, que apontam “como” deve vir a ser construído o “sistema” que se quer conformar, institucionalizar.Tais princípios são,como vocês sabem, a Descentralização, a Regionalização, a Hierarquização e a Participação social. Ora, isso exige que se esclareça o sentido e o significado que se pretende e tem sido dado, aos termos “SAÚDE”, “SISTEMA DE SAÚDE”, e principalmente, o que se está entendendo por Universalidade o que se está entendendo por Equidade e o que está se entendendo por Integralidade, bem como, por Descentralização, a Regionalização, a Hierarquização e a Participação social. O princípio fundamental que articula o conjunto de leis e normas que constituem a base jurídica da política de saúde e do processo de organização do SUS no Brasil hoje está explicitado no artigo 196 da Constituição Federal (1988), que afirma: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Esse artigo traz, além da idéia central do direito à saúde como direito de cidadania, inerente a todos aqueles que sejam brasileiros, por nascimento ou naturalização, a noção de que cabe ao Estado a responsabilidade por promover a saúde, proteger o cidadão contra os riscos a que ele se expõe e assegurar a assistência em caso de doença ou outro agravo à saúde. O cumprimento dessa responsabilidade política e social assumida pelo Estado implica na formulação e implementação de políticas econômicas e sociais que tenham como finalidade a melhoria das condições de vida e saúde dos diversos grupos da população. Isto inclui a formulação e implementação de políticas voltadas, especificamente, para garantir o acesso dos indivíduos e grupos às ações e serviços de saúde, o que se constitui, exatamente, no eixo da Política de saúde, conjunto de propostas sistematizadas em planos, programas e projetos que visam, em última instância, reformar o sistema de serviços de saúde, de modo a assegurar a universalização do acesso e a integralidade das ações. A Universalidade, portanto, é um princípio finalístico, ou seja, é um ideal a ser alcançado, indicando, portanto, uma das características do sistema que se pretende construir e um caminho para sua construção. Para que o SUS venha a ser universal é preciso se desencadear um processo de universalização, isto é, um processo de extensão de cobertura dos serviços, de modo que venham, paulatinamente, a se tornar acessíveis a toda a população. Para isso, é preciso eliminar barreiras jurídicas, econômicas, culturais e sociais que se interpõem entre a população e os serviços. A primeira delas, a barreira jurídica, foi eliminada com a Constituição Federal de 1988, na medida em que universalizou o direito à saúde, e com isso, eliminou a necessidade do usuário do sistema público colocar-se como trabalhador ou como “indigente”, situações que condicionavam o acesso aos serviços públicos antes do SUS. De fato, os trabalhadores “de carteira assinada”, fossem empregados ou autônomos, ativos ou aposentados, trabalhadores urbanos ou rurais, e seus dependentes, tinham o direito assegurado aos serviços do antigo INAMPS, na medida em que contribuíam (como contribuem ainda hoje) para a Previdência Social. Aos excluídos do mercado formal de trabalho restava a condição de “indigentes”, pobres que recorriam às instituições filantrópicas ou, mais freqüentemente, aos serviços públicos mantidos pelo Ministério da Saúde ou da Educação (Centros e Hospitais universitários) e pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. O pleno exercício desse direito, entretanto, exige a superação das barreiras econômicas, sociais e culturais que ainda se interpõem entre os usuários e o sistema de serviços de saúde. Do ponto de vista econômico, ainda que a população não precise pagar diretamente pelos serviços (o financiamento é assegurado pelo Estado, mediante a utilização de fundos públicos), não se pode negar que a enorme parcela da população pobre, que vive em pequenos municípios com baixo grau de desenvolvimento econômico ou habitam a periferia das grandes cidades, não dispõem de condições mínimas de acesso aos serviços, às vezes até porque não tem como pagar o transporte necessário para chegar a uma unidade de saúde. Por outro lado, o Estado precisa dispor de um volume de recursos financeiros capaz de ser investido na ampliação da infra-estrutura do sistema, isto é, na construção e reforma de unidades de saúde, na compra de equipamentos e insumos, na contratação e pagamento de pessoal qualificado a trabalhar na produção de ações e serviços de saúde de distintas naturezas e graus de complexidade. Enfim, para garantir a universalização do acesso, a construção do SUS tem demandadoum esforço enorme para a garantia do Financiamento do sistema, bem como para o Gerenciamento dos recursos financeiros de modo a que sejam utilizados na expansão e qualificação dos serviços públicos de saúde em todo o país. Do ponto de vista sociocultural também existem barreiras, sendo a principal delas, sem dúvida, a barreira da linguagem, da comunicação entre os prestadores de serviços e os usuários. Ainda quando chega aos serviços, grande parte da população não dispõe de condições educacionais e culturais que facilitem o diálogo com os profissionais e trabalhadores de saúde, o que se reflete, muitas vezes, na dificuldade de entendimento e de aprendizado acerca do comportamento que deve adotar para se tornar coadjuvante do processo de prevenção de riscos e de recuperação da sua saúde. Uma simples receita médica pode ser um texto ininteligível para grande parte da população que não sabe ler. A transposição dessa barreira cultural e comunicativa entre os usuários e o sistema de saúde é certamente um dos maiores desafios a serem enfrentados na perspectiva da universalização do acesso não só aos serviços (do ponto de vista territorial) senão que à informação necessária para o envolvimento das pessoas dos diversos grupos populacionais no processo de promoção e recuperação da saúde individual e coletiva. Também nessa linha vem sendo desenvolvidos esforços variados, que vão desde o desenvolvimento de ações de educação e comunicação em saúde direta ou indiretamente realizada pelos trabalhadores do setor, com auxílio de tecnologias, as mais diversas, inclusive da mídia até a normatização das bulas dos medicamentos e a implantação de serviços de ouvidoria, controle e avaliação da assistência, de modo a se multiplicar os canais de comunicação entre os produtores dos serviços (trabalhadores de saúde), gestores e usuários do sistema. Além de tudo isso, se coloca em cena o princípio da equidade, mais um dos princípios finalísticos do SUS e, atualmente, o tema central em todos os debates sobre as reformas dos sistemas de saúde no mundo ocidental. A noção de equidade diz respeito à necessidade de se “tratar desigualmente os desiguais” de modo a se alcançar a igualdade de oportunidades de sobrevivência, de desenvolvimento pessoal e social entre os membros de uma dada sociedade. O ponto de partida da noção de equidade é o reconhecimento da desigualdade entre as pessoas e os grupos sociais e o reconhecimento de que muitas dessas desigualdades são injustas e devem ser superadas. Em saúde, especificamente, as desigualdades sociais se apresentam como desigualdades diante do adoecer e do morrer, reconhecendo-se a possibilidade de redução dessas desigualdades, de modo a garantir condições de vida e saúde mais iguais para todos. A contribuição que um sistema de serviços de saúde pode dar à superação das desigualdades sociais em saúde implica redistribuição da oferta de ações e serviços, e na redefinição do perfil dessa oferta, de modo a priorizar a atenção em grupos sociais cujas condições de vida e saúde sejam mais precárias, bem como enfatizar ações específicas para determinados grupos e pessoas que apresentem riscos diferenciados de adoecer e morrer por determinados problemas. Nesse sentido, cabe destacar os esforços que vem sendo feitos para a formulação e implementação de Políticas específicas voltadas ao atendimento de necessidades de segmentos da população que estão expostos a riscos diferenciados de adoecer e morrer, em função de características genético-hereditárias, econômico-social ou histórica-política e culturais, como é o caso da população indígena, da população negra, da população GLBTT, e outras. Nos últimos anos, particularmente, os movimentos sociais organizados em torno das reivindicações e demandas políticas destes grupos tem gerado a adoção de propostas que se desdobram em programas e projetos específicos no âmbito das secretarias estaduais e municipais de saúde. Pelo exposto, percebe-se que o princípio da equidade diz respeito a duas dimensões do processo de reforma do sistema de saúde. De um lado, a reorientação do fluxo de investimentos para o desenvolvimento dos serviços nas várias regiões, estados e municípios, e, de outro, a reorientação das ações a serem realizadas, de acordo com o perfil de necessidades e problemas da população usuária. Nesse último sentido, a busca de equidade se articula, dinamicamente com outro princípio finalístico do SUS, qual seja, a integralidade do cuidado à saúde. 
A noção de Integralidade diz respeito ao leque de ações possíveis para a promoção da saúde, prevenção de riscos e agravos e assistência a doentes, implicando a sistematização do conjunto de práticas que vem sendo desenvolvidas para o enfrentamento dos problemas e o atendimento das necessidades de saúde. A integralidade é (ou não), um atributo do modelo de atenção, entendendo-se que um “modelo de atenção integral à saúde” contempla o conjunto de ações de promoção da saúde, prevenção de riscos e agravos, assistência e recuperação. Um modelo “integral”, portanto, é aquele que dispõe de estabelecimentos, unidades de prestação de serviços, pessoal capacitado e recursos necessários, à produção de ações de saúde que vão desde as ações inespecíficas de promoção da saúde em grupos populacionais definidos, às ações específicas de vigilância ambiental, sanitária e epidemiológica dirigidas ao controle de riscos e danos, até ações de assistência e recuperação de indivíduos enfermos, sejam ações para a detecção precoce de doenças, sejam ações de diagnóstico, tratamento e reabilitação.
As políticas e reformas desenvolvidas em vários sistemas de saúde no mundo contribuíram para a sistematização de vários princípios organizativos, que foram assumidos, em nossa legislação, como “diretrizes estratégicas” para a organização do SUS, que são a descentralização da gestão dos recursos, a regionalização e hierarquização das unidades de produção de serviços e a integração das ações promocionais, preventivas e curativas.
A Descentralização da gestão do sistema implica na transferência de poder de decisão sobre a política de saúde do nível federal (MS) para os estados (SES) e municípios (SMS). Esta transferência ocorre a partir da redefinição das funções e responsabilidades de cada nível de governo com relação à condução político-administrativa do sistema de saúde em seu respectivo território (nacional, estadual, municipal), coma transferência, concomitante, de recursos financeiros, humanos e materiais para o controle das instâncias governamentais correspondentes. 
A Regionalização e a Hierarquização dos serviços, dizem respeito à forma de organização dos estabelecimentos (unidades de unidades) entre si e com a população usuárias. A Regionalização dos serviços implica a delimitação de uma base territorial para o sistema de saúde, que leva em conta a divisão político-administrativa do país, mas também contempla a delimitação de espaços territoriais específicos para a organização das ações de saúde, subdivisões ou agregações do espaço político-administrativo. A Hierarquização dos serviços, por sua vez, diz respeito à possibilidade de organização das unidades segundo grau de complexidade tecnológica dos serviços, isto é, o estabelecimento de uma rede que articula as unidades mais simples às unidades mais complexas, através de um sistema de referência e contra-referência de usuários e de informações. O processo de estabelecimento de redes hierarquizadas pode também implicar o estabelecimento de vínculos específicos entre unidades (de distintos graus de complexidade tecnológica) que prestam serviços de determinada natureza, como por exemplo, a rede de atendimento a urgências/emergências, ou a rede de atenção à saúde mental. Finalmente, a Integração entre as ações promocionais, preventivas e curativas diz respeito à possibilidade de se estabelecer um perfil de oferta de ações e serviços do sistema que contemple as várias alternativas de intervenção sobre os problemas de saúde em vários planos de sua “história (natural)social”, abarcando intervenções sobre condições de vida, riscos e danos à saúde. Cabe registrar a distinção entre “integralidade” e “integração”, termos que por vezes se confundem no debate acerca da organização dos serviços de saúde. Se a integralidade, como posto anteriormente, é um atributo do modelo, algo que o modelo de atenção à saúde “deve ser”, a integração é um processo, algo “a fazer” para que o modelo de atenção seja integral. Nesse sentido, a integração envolve duas dimensões: uma dimensão “vertical”, proporcionada pelo estabelecimento da hierarquização dos serviços, que permite a produção de ações de distinta complexidade (primária, secundária, terciária) em função da natureza do problema que se esteja enfrentando, e uma integração “horizontal”, que permite a articulação, no enfrentamento do problema, de ações de distinta natureza (promoção, prevenção, recuperação).
A construção de um modelo de atenção integral à saúde pressupõe, portanto, o desenvolvimento de um processo de implantação de ações que não são desenvolvidas no sistema de saúde, ao mesmo tempo em que se promove a integração, tanto “vertical” quanto “horizontal” de ações que são desenvolvidas. No primeiro caso, situam-se, por exemplo, as ações de vigilância ambiental, sanitária e epidemiológica, escassamente desenvolvidas na maioria dos nossos sistemas municipais de saúde, bem como as ações de promoção da saúde, praticamente inexistentes em nosso sistema como um todo. No segundo caso, cabe articular ações de prevenção e de assistência que vem sendo historicamente desenvolvidas por instituições diferentes, com lógicas organizacionais distintas, como é o caso do antigo INAMPS, das antigas SES, da FUNASA, etc., hoje integradas no MS, SES e SMS, instituições envolvidas no processo de construção do novo modelo de atenção à saúde no SUS.
Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990
A lei 8.080 de 19 de setembro de 1990 dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado.
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.
Art. 3o  Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais.
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA UBS JAPIIM
Sala de curativo
Destinada a pequenos procedimentos, principalmente curativos e retiradas de pontos. Possui uma maca, uma cadeira, uma mesa, uma pia com sabonete para a lavagem de mãos, um armário para armazenamento de materiais como: gaze, esparadrapo, tesoura, entre outros.
Atividades desenvolvidas
Observei o enfermeiro na realização de diversos curativos, sendo esta uma experiência muito boa, mesmo não sendo da minha área é gratificante ajudar os pacientes que estão precisando de atendimento.
Sala de vacina
Nesta sala são realizadas as imunizações. Possui uma mesa com cadeira e computador para realização dos registros, geladeira com termômetro externo e maleta térmica para armazenamento das vacinas abertas também com termômetro externo, lixo contaminado e descartex, bancada e uma pia com sabonete para a lavagem de mãos, e facilita o acesso ao algodão, seringas, tesoura e luvas. Possui também informativos como cartazes e calendários de vacinação.
 6.2.1 Atividades desenvolvidas
Possuo experiência em vacinas, nao so observei o trabalho dos auxiliares, como tambem estav apto a aplicar a vacina em adultos e criancas , verifiquei o calendário de vacinação, locais de aplicação, doses corretas e aprendi a sugar o líquido na seringa, auxiliei nas anotações no cartão de vacina dos pacientes. 
Farmácia 
O Governo através da farmácia da UBS disponibiliza de forma gratuita os medicamentos de atenção básica do programa hiperdia.
Na farmácia são desenvolvidas diversas atividades tais quais: dispensação de medicamentos, atenção e assistência farmacêutica, controle de saída de medicamentos, armazenamento e pedidos.
Medicamentos disponíveis na farmácia
 Tabela 3- Quadro de medicamentos distribuídos na Ubs Japiim
	MEDICAMENTOS DE USO CONTÌNUO (HIPERDIA)
	FORMAS 
FARMACÊUTICAS
	AAS 100 Mg
	Comprimido
	Anlodipino5 Mg
	Comprimido
	Atenolol 50 Mg
	Comprimido
	Digoxina 0,25 Mg
	Comprimido
	Enalapril 10 Mg
	Comprimido
	Furosemida 40 Mg
	Comprimido
	Glibenclamida5 Mg
	Comprimido
	Glicazida 80 Mg
	Comprimido
	Hidroclorotiazida 25 Mg
	Comprimido
	Insulina NPH 10 Ml
	Injetável
	Propranolol 40 Mg
	Comprimido
	Seringa para insulina
	Unidade 
	Metformina 850 Mg
	Comprimido
	Propranolol 40 Mg
	Comprimido
	Seringa para insulina
	Unidade 
	ATENÇÃO
BÁSICA
	 FORMAS
FARMACÊUTICAS
	Albendazol 400 Mg
	Comprimido
	Albendazol 40 Mg/Ml
	Suspensão
	Cloreto de sódio 
	Solução nasal
	Dexametasonacrème
	Bisnaga
	Dipirona 500 Mg
	Comprimido
	Dipirona 10 Ml
	Gotas
	Estriol
	Bisnaga
	Fenoterol
	Gotas
	Fluconazol 
	Cápsula 
	Guaco
	Xarope
	Ibuprofeno 300 Mg
	Comprimido
	Ibuprofeno 20 Mg/mL
	Gotas
	Ivermectina6 Mg
	Comprimido
	Loratadina1 Mg/Ml
	Xarope
	Loratadina 10 Mg
	Comprimido
	Metoclopramida 10 Mg
	Comprimido 
	Miconazol creme derm. 28/ 30 g
	Bisnaga
	Miconazol creme vaginal 80 g
	Bisnaga
	Nistatina 100.000 UI/mL
	Suspensão
	Paracetamol 500 Mg
	Comprimido
	Paracetamol 15 mL
	Gotas
	Permetrina
	Loção
	Prednisona 5 Mg 
	Comprimido
	Prednisolona 1,34 Mg/mL
	Solução oral
	Soro oral 
	Envelope 
	Soro sistema fechado
	Frasco
	Ranitidina
	Comprimido
	Sais para reidratação Oral
	Pó para solução
	ANTIANÊMICOS
	FORMAS FARMACÊUTICAS
	Ácido fólico 5 Mg
	Comprimido 
	Sulfato ferroso 40 Mg
	Comprimido
	Sulfato ferroso 30 Ml
	Gotas
	Sulfato ferroso 5 Mg/mL
	Xarope
	
ANTICONCEPCIONAIS
	
FORMAS FARMACÊUTICAS
	Medroxiprogesterona
	Injetável
	Etinilestradiol Levonorgestel
	Comprimido
	Levonorgestel
	Comprimido
	Norestisterona
	Comprimido
	Norestisterona, Enantato, 
Estradiol, Valerato
	Injetável 
	FITOTERÁPICOS
	FORMAS FARMACÊUTICAS
	Guaco
	Xarope
	
	
Fonte: Ass:Maria Meg
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Atividades desenvolvidas
Durante a passagem no setor da farmácia foram adquiridas informações e experiências importantes com relação ao armazenamento, lote e validade dos medicamentos, dispensação, o controle de entrada e saída, a validação da prescrição e checagem da receita e sempre dando informações necessárias aos pacientes e pertinentes ao uso adequado do medicamento. 
A dispensação de medicamentos é realizada mediante a receita com duas vias, onde uma via fica retida na farmácia para que seja registrada no controle de saída de medicamentos. Com a ajuda da enfermeira da dona Meg que é responsável pela farmácia da UBS Japiim no perido da manha.
Sala de preparo 
A Sala de triagem na Unidade Básica de Saúde tem especial identificaçãopara o cuidado de todos que chegam na unidade, sejam agendados e não agendados. È o local onde tem equipe de Técnicos de Enfermagem disponível todo o período de funcionamento, sendo um espaço de acolhimento e encaminhamentos para as demais ações e serviços das equipes de saúde.
6.4.1 Atividades Realizadas 
Preparo para a consulta de enfermagem e médica pediátrica das crianças onde é medido (peso, altura e para os recém-nascidos e crianças até dois anos, medição dos perímetros cefálico e torácico);
Aferição da pressão arterial dos adultos;
Verificação de glicemia capilar dos diabéticos;
Orientação e encaminhamento à Enfermagem de novos casos para cadastro do programa HIPERDIA;
Segundo o Ministério da Saúde O Hiperdia é um Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos captados no Plano Nacional de Reorganização da Atenção à hipertensão arterial e ao Diabetes Mellitus, em todas as unidades ambulatoriais do Sistema Único de Saúde, gerando informações para os gerentes locais, gestores das secretarias municipais, estaduais e Ministério da Saúde. Além do cadastro, o Sitema permite o acompanhamento, a garantia do recebimento dos medicamentos prescritos, ao mesmo tempo em que, em médio prazo, poderá ser definido o perfil epidemiológico desta população, e o consequente desencadeamento de estratégias de saúde pública que levarão à modificação do quadro atual, a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas e a redução do custo social.
 Os integrantes do Hiperdia participam durante o ano de exames laboratoriais e recebem diversas orientações para manter uma boa qualidade de vida, além de receberem medicamento da farmácia gratuita para o tratamento de diabetes e hipertensão. Ao ser atendido por um médico da unidade de saúde, os pacientes com hipertensão ou diabetes passam a fazer parte de um cadastro específico, que é enviado a secretaria municipal de saude. O paciente recebe atendimento periódico de médicos, enfermeiros, com acesso gratuito aos medicamentos indicados para o controle das taxas indicativas da doença, passando a dispor de todos os meios que lhe permitam manter uma vida controlada e saudável O Ministério pede que tenha um dia da semana especifico para o Hiperdia, porém na UBS do Japiim o Hiperdia acontece todos os dias. Quando é necessário o paciente vai até a unidade e é atendido, conforme sua necessidade.
Dados sobre peso e altura são registrados no prontuário médico do paciente e este é encaminhado para o consultório após aferição de peso, pressão e circunferência abdominal.
Além do cadastro, o Sistema permite o acompanhamento, a garantia do recebimento dos medicamentos prescritos, ao mesmo tempo que, a médio prazo, poderá ser definido o perfil epidemiológico desta população, e o consequente desencadeamento de estratégias de saúde pública que levarão à modificação do quadro atual, a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas e a redução do custo social.
O SIS Hiperdia é um sistema informatizado que permite cadastrar e acompanhar os portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus, captados e vinculados às unidades de saúde ou equipes da Atenção Básica do Sistema Único de Saúde - SUS, gerando informações para profissionais e gestores das secretarias municipais, estaduais e ministério da saúde.
Quanto à assistência destinada aos diabéticos, a Glibenclamida, Metformina e Insulina NPH e regular são disponibilizados.
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é a mais freqüente das doenças cardiovasculares; é também o principal fator de risco para as complicações mais comuns como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio, além da doença renal crônica terminal.
Segundo Tortora e Derrickson (2010), “Pressão arterial sistólica é a pressão mais alta obtida nas artérias, durante a sístole, e pressão arterial diastólica é a pressão mais baixa, durante diástole”. A unidade padrão para medir a pressão arterial é feita por milímetro de mercúrio (mmHg). O objetivo da pressão arterial visa a permitir as trocas metabólicas do organismo através da perfusão adequada dos tecidos, sendo seu desempenho relacionado diretamente com o trabalho do coração. Assim, é considerada a pressão arterial como um parâmetro fisiológico indispensável no diagnóstico e durante o exame clínico, devendo ser medido em todas as idades (PORTO, 2008).
A aferição da PA é um procedimento de extrema importância para as condutas de atendimento na Unidade de Saúde, sendo realizado no preparo para todas as consultas, antes de realização de exames como eletrocardiograma, e demandas para monitoramento de hipertensão.
Técnicas de aferição
Sendo um parâmetro biológico importante, se faz necessário técnicas para medir a pressão arterial. É importante mencionar a importância na aplicação correta das técnicas de medida de pressão e na leitura correta provinda da aplicação, pois, mal usados, levam a diversos malefícios e ao não cumprimento de um bom atendimento aos pacientes (PORTO, 2008).
Entre os métodos para medir pressão arterial, pode-se dividir em método direto e método indireto. No método direto, é inserido um cateter fino de uma artéria, sendo a mais indicado a radial, que está conectado em um aparelho de monitorização eletrônica, aonde é demonstrado a pressão arterial do paciente em ondas constantes. Deve-se utilizar este método em apenas unidade de terapia intensiva ou em pesquisa, porque, apesar de ser mais confiável, tem um alto custo, necessita de pessoal especializada e também pelo risco de perda do sangue de forma súbita. (PORTO, 2005; POTTER; PERRY, 2004) 
O método indireto ou não invasivo é o mais comum, sendo o mais utilizado. É um método menos preciso que o direto, mas seguro e simples de fazer. Entre os métodos indiretos, podem ser usados pela pulsação, oscilometria, Doppler, fotometria e pela ausculta, podendo ser os aparelhos eletrônicos ou mecânicos.
Tabela com os valores de referencia para niveis de PA.
Fonte: site https://raislife.com/blog/pressao-arterial-entenda-os-numeros/, 2018
A hipertensão pode ser dividida em três estágios, definidos pelos níveis de pressão arterial. Esses números, somados a condições relacionadas que o paciente venha a ter, como diabete ou histórico de AVC, determinam se o risco de morte cardiovascular do paciente é leve, moderado, alto ou muito alto. Além disso, quanto mais alta a pressão arterial, maior a chance de o paciente precisar usar medicamentos.
Estágio I: hipertensão acima de 140 por 90 e abaixo que 160 por 100
Estágio II: hipertensão acima de 160 por 100 e abaixo de 180 por 110
Estágio III: hipertensão acima de 180 por 110.
Glicemia capilar
Consiste na aferição da glicemia capilar em pacientes de todas as faixas etárias através de uma gota de sangue fresco adquirida com punção puntiforme utilizando glicosímetro padronizado. Sendo esse um exame voltado mais para triagem para realização de exame mais detalhados ou para o seguimento da diabetes. É feito em pacientes de todas as faixas etárias, estando em jejum ou não, através de uma gota de sangue fresco adquirida com punção puntiforme utilizando glicosímetro padronizado. O local para punção é feito, de preferência, na ponta de um dos dedos das mãos.
O Diabetes Mellitus se configura hoje como uma epidemia mundial sendo um grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo.
Diabetes tipo 1
No diabetes tipo 1, o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina em decorrência de um defeito do sistema imunológico, fazendo com que nossos anticorpos ataquem as células que produzem a esse hormônio. O diabetes tipo 1 ocorre em cerca de 5 a 10% dos pacientes com diabetes.
Pré-diabetes
A pré-diabetes é um termo usado para indicar que o paciente tem potencial para desenvolver a doença, como se fosse um estado intermediário entre o saudável e o diabetes tipo 2 - pois no caso do tipo 1 não existe pré-diabetes, a pessoa nasce com uma predisposição genética ao problema e a impossibilidade de produzir insulina, podendo desenvolver o diabetes em qualquer idade.Diabetes tipo 2
No diabetes tipo 2 existe uma combinação de dois fatores - a diminuição da secreção de insulina e um defeito na sua ação, conhecido como resistência à insulina. Geralmente, o diabetes tipo 2 pode ser tratado com medicamentos orais ou injetáveis, contudo, com o passar do tempo, pode ocorrer o agravamento da doença. O diabetes tipo 2 ocorre em cerca de 90% dos pacientes com diabetes.
Diabetes Gestacional
É o aumento da resistência à ação da insulina na gestação, levando aos aumento nos níveis de glicose no sangue diagnosticado pela primeira vez na gestação, podendo - ou não - persistir após o parto. A causa exata do diabetes gestacional ainda não é conhecida.
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Sala de assistência social 
O trabalho realizado em unidade básica de saúde, as ações em saúde denominadas no presente texto como Ações Programáticas (ou Programas em Saúde) referem-se a um conjunto articulado de atividades voltadas para uma população-alvo tendo dupla dimensão de fazer incidir, simultaneamente, seu objeto de preocupações sobre o indivíduo. 
A profissão do Serviço Social é regulamentada pela Lei nº 8.662/93, sendo o seu exercício profissional regido pelo Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais, resolução do Conselho Federal de Serviço Social. É a profissão que atua no campo das Políticas Sociais com o compromisso de defesa e garantia dos Direitos Sociais da população, usando o fortalecimento da Democracia.
6.4.4	 Atividades Realizadas
Observou-se a rotina da assistente social Solange, onde foram feitos atendimentos com as pessoas inscritas em todos os programas de atenção básica, para atualização de cadastro e acompanhamento.
PROGRAMAS DE ATENÇÂO BÁSICA
Programa Nacional de Imunização – PNI
O Programa Nacional de Imunização é um programa do Ministério da Saúde, criado em 18 de setembro de 1973 e institucionalizado pelo decreto nº 78.231 de 12 de agosto de 1976, com o objetivo de promover o controle das doenças preveníveis por imunização, estabelecendo normas e parâmetros técnicos para a utilização de imunobiológicos para estados e municípios. O PNI também tem as funções de coordenação e supervisão da utilização dos imunobiológicos produzidos no país.
Num país como o nosso, de dimensões continentais e mais de 180 milhões de habitantes, erradicar ou manter sob controle doenças por meio de vacinas é uma missão que dignifica o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e enche de orgulho todo cidadão brasileiro. O PNI procura não apenas cumprir sua missão, mas, nessas três décadas, tornou-se ação de governo caracterizada pela inclusão social, na medida em que assiste todas as pessoas, em todos os recantos do País, sem distinção de qualquer natureza. Seja rico ou pobre, more no litoral ou nos sertões, seja velho ou jovem, o brasileiro sabe que pode contar com vacinas de boa qualidade em todos os momentos de sua vida. Não existem excluídos para o PNI.
As vacinas do programa estão à disposição de toda população nos postos de saúde ou com as equipes de vacinação, cujo empenho permite levar a imunização mesmo a local de difícil acesso, às matas, aos becos, às palafitas, às aldeias indígenas. Eles vão onde é preciso ir para imunizar a população. Trata-se, enfim, de um programa que honra a memória e respeita as lições de profissionais de saúde notáveis de ontem e de hoje. Garantir saúde, sim, mas com o comportamento ético e a consciência de que é preciso lutar sem descanso para reduzir as desigualdades sociais do Brasil. 
O Programa Nacional de Imunização tem papel preponderante nesta luta. No Município de Manaus, o Programa de Imunização é coordenado pela Gerência de Imunização (GERIM), formada por uma equipe capacitada, composta de médico (atuante no Centro de Referência de Imunobiológicos – CRIE), enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes administrativos e motoristas. Esta equipe tem a responsabilidade de planejar, monitorar e assessorar as ações de imunização desenvolvidas em todas as Unidades Básicas de Saúde do município.
A vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças. É muito melhor e mais fácil prevenir uma doença do que tratá-la, e é isso que as vacinas fazem. Elas protegem o corpo humano contra os vírus e bactérias que provocam vários tipos de doenças graves, que podem afetar seriamente a saúde das pessoas e inclusive levá-las à morte. 
A vacinação não apenas protege aqueles que recebem a vacina, mas também ajuda a comunidade como um todo. Quanto mais pessoas de uma comunidade ficar protegida, menor é a chance de qualquer uma delas – vacinada ou não – ficar doente. Além disso, algumas doenças preveníveis por vacina podem ser erradicadas por completo, não causando mais doença em nenhum local do mundo.
 Até hoje, a varíola é a única já erradicada mundialmente. O último registro da doença no mundo é de 1977. Outra doença que está em processo de erradicação é a poliomielite (paralisia infantil). 
No continente americano, não há casos dessa doença desde 1991. No entanto, ainda existem casos de poliomielite em outros lugares do mundo como Índia, Paquistão, Afeganistão, Nigéria, Niger, Egito e Gana – países da África e Ásia. Assim, o vírus da doença pode ser trazido para o Brasil por pessoas vindas desses locais, uma vez que turistas comerciantes e profissionais em geral viajam muito entre os já citados continentes e o Brasil. É por isso que ainda é muito importante que todas as crianças sejam vacinadas contra a doença, segundo o calendário de vacinação e durante as campanhas nacionais contra a poliomielite.
 No Brasil, o Ministério da Saúde oferece gratuitamente um grande número de vacinas contra diversas doenças graves. Todos devem estar atentos ao calendário básico de vacinação, devem levar seus filhos e estimular os parentes a irem aos postos de saúde para serem vacinados nas idades recomendadas. 
É importante destacar que as vacinas não são necessárias apenas na infância. Os idosos precisam se proteger contra gripe, pneumonia e tétano, e as mulheres em idade fértil devem tomar vacinas contra rubéola e tétano, que, se ocorrerem enquanto elas estiverem grávidas (rubéola) ou logo após o parto (tétano), podem causar doenças graves ou até a morte de seus bebês. Os profissionais de saúde, as pessoas que viajam muito e outros grupos de pessoas, com características específicas, também têm recomendações para tomarem certas vacinas. A vacina estimula o corpo a se defender contra os organismos (vírus e bactérias) que provocam doenças. 
As primeiras vacinas foram descobertas há mais de duzentos anos. Atualmente, técnicas modernas são utilizadas para preparar as vacinas em laboratórios. As vacinas podem ser produzidas a partir de organismos enfraquecidos, mortos ou alguns de seus derivados. As vacinas podem ser aplicadas por meio de injeção ou por via oral (pela boca).
Quando a pessoa é vacinada, seu corpo detecta a substância da vacina e produz uma defesa, os anticorpos. Esses anticorpos permanecem no organismo e evitam que a doença ocorra no futuro. Isso se chama imunidade. Para que a vacinação seja eficaz, é importante que as pessoas procurem uma sala de vacinação para serem vacinadas, nas idades recomendadas – essa é a chamada vacinação de rotina. Também existem as campanhas de vacinação como, por exemplo, a campanha contra a poliomielite e a campanha do idoso (contra a gripe), que acontecem todo ano.
Além de serem vacinadas nas idades recomendadas pelo calendário do Ministério da Saúde, as pessoas também devem receber as vacinas oferecidas nas campanhas de vacinação. Isto é, uma não exclui a outra. Para que as vacinas cheguem até os postos de saúde e à população, muitas instituições diferentes, dentro e fora do Brasil, e muitas pessoas trabalham juntas durante todo o ano. Lá fora, a Organização Mundial da Saúde (OMS), órgão das Nações Unidas responsáveis por colaborar com a melhoria da saúde no mundo, apoia os países nas atividades de vacinação. 
De Brasília, o Ministério da Saúde coordena a vacinação em todo o Brasil, além de ser o responsávelpela produção ou compra e distribuição das vacinas utilizadas no Programa Nacional de Imunizações para os vinte e sete estados do país. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) auxilia o Ministério da Saúde em várias destas atividades.
Nos estados, os governos estaduais se encarregam de distribuir as vacinas pelos municípios, bem como coordenar as atividades de vacinação em todos eles. Por fim, as prefeituras se encarregam de vacinar a população nos postos de saúde. Todos atuam com dedicação para que a população fique protegida contra doenças.
7.1.1	Vacina BCG-(Bacilo de Calmette-Guerin)
Indicação
É administrada com a finalidade principal de prevenir as formas graves da tuberculose (miliar e meníngea) em crianças menores de cinco anos. É aplicada prioritariamente até os 15 anos de idade (quanto menor a idade maior a eficácia), porém pode ser administrada em qualquer idade. A vacina é administrada aos contatos intradomiciliares de pacientes de hanseníase, independente da forma clínica, com a finalidade de aumentar a proteção desse grupo. 
Adiamento
A administração da vacina BCG-ID deve ser adiada quando a criança apresentar peso inferior a 2.000 g, devido à escassez do tecido cutâneo. 
A administração da vacina BCG-ID deve ser adiada em presença de afecções dermatológicas extensas, em atividade. 
Durante a vigência de tratamento com corticosteróides: em dose alta (equivalente a prednisona na dose de 2mg/kg/dia ou mais, para crianças, ou de 20mg/dia ou mais, para adolescentes, por mais de duas semanas) ou submetidas a outras terapêuticas imunodepressoras (quimioterapia, radioterapia, etc.)
Apresentação 
É apresentada sob a forma liofilizada em ampola multidoses, acompanhada da ampola do diluente específico para a vacina. 
Via de Aplicação
Via intra-dérmica (ID) com seringa de tuberculina e agulha 13x3,8. A injeção é realizada intra-dérmica na região do músculo deltóide, no nível da inserção inferior deste músculo, na face externa superior do braço direito (facilita a identificação da cicatriz em avaliações da atividade de vacinação). 
Observação
Quando essa recomendação não puder ser seguida, em situações especiais, registrar o local da administração no cartão da criança e na ficha de registro. 
Dose
O valor correspondente a cada dose é de 0,1 ml, rigorosamente, para evitar complicações. 
Os benefícios da vacina
Proteção contra as formas graves da tuberculose, doença contagiosa, produzida por bactéria que atinge principalmente os pulmões e que, se não tratada, pode provocar sérios problemas respiratórios, emagrecimento, fraqueza e até levar à morte. A tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa pelo ar, por meio de tosse, espirro ou fala. Os principais sintomas são febre ao final do dia, tosse, fraqueza, cansaço e perda de peso. 
Idade
O mais rápido possível a partir do nascimento, o ideal é a aplicação dentro da maternidade e prioritariamente até 15 anos de idade.
7.1.2	Vacina Contra Poliomielite - (Paralisia Infantil)VOP 
Via Oral
Indicação
A vacina é indicada para prevenir a poliomielite, sendo recomendada na rotina partir dos seis meses de idade (para realizar a 3ª dose, 1º e 2º reforços da vacinação contra poliomielite). 
Observações 
Na Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite, realizada no mês de junho, a vacina pólio oral deve ser administrada no grupo de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias, independente do estado vacinal prévio. 
As campanhas visam estabelecer proteção coletiva nas comunidades, mediante a substituição do vírus selvagem circulante pelo vírus vacinal. 
Composição
A vacina é constituída por três tipos (I, II, III) de poliovírus atenuados.
Apresentação
A vacina é apresentada sob a forma líquida, em frascos de multidoses. A enfrascagem depende do laboratório produtor, sendo apresentado geralmente em bisnagas de plástico contendo 20 ou 25 doses. 
Conservação e Validade
Deve ser conservada em temperatura de +2º a +8ºC, preferencialmente a +5º C, protegida de a luz solar direta. O frasco da vacina uma vez aberto deve seguir a orientação do fabricante em relação ao prazo de validade. 
Laboratório BioLaboratório Biofarma – duração máxima de 6 meses após descongelamento, desde que mantidos em temperatura adequada (+2°C e +8°C). Após abertos os frascos poderão ser utilizados por um prazo máximo de 4 semanas (desde que a data de validade não tenha expirado e os frascos estejam armazenados em condições adequadas).
Manguinhos – após o descongelamento os frascos deverão ser mantidos em temperatura entre +2°C e +8°C (validade de 3 meses após o descongelamento independente do prazo de validade estabelecido no rótulo). Após abertos os frascos poderão ser utilizados por um período de 5 dias. 
Dose e Intervalos entre as Doses: 
O esquema básico da vacina contra poliomielite deve ser realizado da seguinte maneira: 
1ª dose aos 2 meses com VIP (vacina injetável contra pólio) 
2ª dose aos 4 meses com VIP 
3ª dose aos 6 meses com VOP (pólio oral) 
1º reforço com 1 ano e 3 meses com VOP (pólio oral) 
2˚ reforço entre 4 a 6 anos,11 meses e 29 dias com agendamento aos 5 anos de idade com VOP (pólio oral). 
Dose VOP: 2 gotas 
Intervalo recomendado entre as 3 doses básicas é de 60 dias e o intervalo mínimo é de 30 dias entre as doses. 
O 1˚ reforço deverá ser aplicado na idade de 1 ano e 3 meses com um intervalo mínimo de 6 meses após a 3ª dose. 
O 2˚ reforço deverá ser aplicado na idade entre 4 a 6 anos. 
Observações
É recomendável o adiamento da aplicação da vacina no caso de crianças com diarréias severas ou vômitos intensos, para que a criança, em melhores condições, possa ter um melhor aproveitamento da dose. 
No caso de ocorrer regurgitação ou vômitos após a vacina, aplicar em seguida nova dose. As crianças amamentadas podem ser vacinadas normalmente, não havendo necessidade de intervalo com as mamadas ou outros alimentos. Se a vacina pólio oral (VOP) foi administrada em data anterior à vacina contra Rotavírus, aguardar um intervalo de 15 dias para administrar a vacina contra Rotavírus (nas situações em que as mesmas não foram aplicadas no mesmo dia). 
A vacina deve ser aplicada prioritariamente até 15 anos de idade. 
Em campanhas ou postos de grande demanda, para evitar contato prolongado com o calor da mão, utilizar 2 frascos de vacina, alternando-os a cada 5 crianças vacinadas. 
7.1.3 Vacina Injetável Contra Poliomielite (VIP) 
Indicação
A vacina é indicada para prevenir a poliomielite, sendo recomendada na rotina aos 2 e 4 meses de idade (1ª e 2ª dose) – a continuidade do esquema de vacinação contra poliomielite deve ser realizada com a vacina VOP. 
A vacina VIP é indicada para iniciar o esquema de vacina contra a poliomielite 
Indicações para completar o esquema contra a Poliomielite VIP
Crianças imuno deprimidas: com deficiência imunológica congênita ou adquirida, não vacinadas ou que receberam esquema incompleto de vacinação com pólio oral (VOP). 
Crianças comunicantes domiciliares/hospitalares de pessoas imuno deprimidas. 
Pessoas submetidas a transplante de medula óssea e órgãos sólidos. 
Crianças que permaneçam internadas por ocasião da idade da vacinação. 
Crianças com história de paralisia flácida associada após dose anterior da vacina pólio oral (VOP). 
Criança com HIV/AIDS. 
 Criança nascida de mãe HIV positiva (até a liberação médica para receber VOP). 
Pessoas doentes de AIDS. 
Apresentação
É apresentada na forma líquida, em frasco multidose com 10 doses. 
Via e Local de Administração
Intramuscular (IM) profunda no vasto lateral da coxa em crianças menores de 2 ano; em crianças acima de 2 anos pode ser utilizada a região do músculo deltoide.
Conservação e Validade
Deve ser conservada entre +2º a +8º C preferência a + 5ºC. Não pode congelar (chegar a 0ºC). A vacina poderá ser utilizada até 7 dias após a abertura do frasco.
Dose e Intervalos entre as Doses
O volume correspondente a uma dose é 0,5ml. 
Esquema seqüencial: A vacina VIP será aplicada aos 2 e 4 meses de idade,e a VOP será aos 6 meses de idade, no primeiro (15 meses) e segundo reforços (entre 4 e 6 anos de idade). As crianças que já iniciaram o esquema vacinal com VOP deverão continuar recebendo VOP, exceto as crianças menores de 2 meses, que deverão receber VIP.
7.1.4 Vacina contra Tríplice Bacteriana (DTP)- Difteria, Tétano e Coqueluche.
Indicação
A vacina tríplice bacteriana (DTP) é indicada para prevenir a difteria, o tétano e a coqueluche (ou pertussis), sendo recomendada como reforço do esquema básico iniciado com a vacina PENTAVALENTE - o primeiro reforço aos 15 meses de idade e o 2º reforço entre 4 a 6 anos, 11 meses e 29 dias. 
O Tétano é uma infecção, causada por uma toxina (substância tóxica) produzida pelo bacilo tetânico, que entra no organismo por meio de ferimentos ou lesões na pele (tétano acidental) ou pelo coto do cordão umbilical (tétano neonatal ou mal dos sete dias) e atinge o sistema nervoso central. Caracteriza-se por contrações e espasmos, dificuldade em engolir e rigidez no pescoço.
A Coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma doença infecciosa, que compromete o aparelho respiratório (traquéia e brônquios) e se caracteriza por ataques de tosse seca. É transmitida por tosse, espirro ou fala de uma pessoa contaminada. Em crianças com menos de seis meses, apresenta-se de forma mais grave e pode levar à morte.
Composição
A vacina DTP é uma associação dos toxóides diftérico e tetânico com a bactéria Bordetellapertussis inativada, tendo o hidróxido ou o fosfato de alumínio como adjuvante. 
Apresentação
É apresentada sob a forma líquida em frasco ampola, geralmente de 10 doses conforme o laboratório produtor. 
Conservação e Validade
Deve ser conservada em temperatura de +2˚ a +8˚C, preferencialmente a +5º C, protegida de a luz solar direta. O frasco da vacina DTP uma vez aberto (produzido pelo Instituto Butantan), pode ser usado por até 15 dias, desde que mantido sob-refrigeração adequada e adotados os cuidados que evitem sua contaminação. Para isto deve-se anotar no frasco a data e hora de abertura. 
A temperatura de 0˚C provoca a desnaturação proteica e a desagregação do adjuvante (com formação de grumos não visíveis a olho nu), com consequente perda da potência e aumento dos eventos adversos locais (dor, rubor e calor).
Dose e Intervalos entre as Doses
O esquema consta de 2 reforços com 0,5 ml cada dose e deverão ser aplicados da seguinte maneira: 
 1° reforço aos 15 meses (1 ano e 3 meses); 
	2° reforço entre os 4 a 6 anos, 11 meses e 29 dias. 
1° reforço deverá ser aplicado na idade de 1 ano e 3 meses, com intervalo mínimo de 6 meses após a 3ª dose da vacina PENTAVALENTE (ou 3ª dose de DTP). 
2° reforço deverá ser aplicado entre 4 anos até 6 anos, 11 meses e 29 dias de idade (intervalo mínimo do 1º reforço para o 2º reforço: 2 anos). 
Observações 
Crianças com quatro anos ou mais no momento em que comparece na sala de vacina e não recebeu ainda o primeiro reforço, não é necessário administrar dois reforços, mas apenas um na ocasião do atendimento, seguindo posteriormente o esquema de uma dose de dupla tipo adulto (dT) a cada dez anos. 
Criança que recebeu 2 doses de vacina PENTA ou DTP e retorna com 7 anos ou mais de idade, aplicaremos uma dose de dT (dupla adulto) na ocasião do atendimento e agendando retorno para 10 anos (completar esquema de Hepatite B). 
Se o esquema básico (3 doses em menor de 1 ano) não foi iniciado ou completado até a idade de 6 anos, 11 meses e 29 dias, as doses necessárias serão aplicadas com a vacina dupla adulto (DT), no lugar da vacina tríplice bacteriana (DTP).
Via de Administração
É aplicada por via intramuscular (IM) profunda no vasto lateral da coxa em crianças menores de 2 anos; em crianças acima de 2 anos administrar no músculo deltoide. Eventualmente o dorso-glúteo poderá ser utilizado (na indisponibilidade dos músculos citados anteriormente). Realizar homogeneização cuidadosa antes de cada aplicação.
Eventos adversos e contra-indicações 
As reações da vacina DTP em geral, apresentam-se sob forma de dor local com vermelhidão, edema e enduração, febrícula e sensação de mal estar com intensidade variável e duração passageira. Recomenda-se o adiamento da vacinação em pessoas em tratamento com medicação imunossupressora. 
A vacina tríplice bacteriana é contraindicada em crianças com quadro neurológico em atividade e naquelas que tenham apresentado, após sua aplicação, qualquer uma das seguintes manifestações: 
1-Convulsões até 72 horas (3 dias) após a aplicação da vacina; 
2-Colapso circulatório, com estado tipo choque ou síndrome hipotônico-hiporresponsiva até 48 horas após a aplicação da vacina; 
3-Encefalopatia nos primeiros sete dias após a aplicação da vacina; 
4-Reação anafilática em dose anterior. 
Nas situações 1 e 2 em face da contra-indicação para o uso da vacina tríplice (DTP), utilizar a vacina tríplice com componente pertussis acelular (DTPa), após avaliação. 
Nos casos de reação anafilática, é contra-indicada a utilização de todos os componentes das vacinas PENTA, TETRA, DTP, DTPa e dT. 
Devem-se afastar outras causas de elevação de temperatura em quadro febril temporalmente associado à vacinação. 
Nas crianças com história pessoal ou familiar de convulsão, e nas que tenham apresentado febre maior que 39,5°C ou choro intenso e incontrolável após dose anterior da vacina PENTA, TETRA ou DTP, recomenda-se a administração de antitérmico/analgésico 40 minutos antes da vacinação e com intervalos regulares nas 24 - 48 horas seguintes. 
Embora a vacina tríplice (DTP) possa ser utilizada em crianças com história pessoal de convulsão controlada ou em crianças com doença neurológica estabilizada, devemos dar preferência à vacina DTPa (tríplice bacteriana acelular).
Observações 
Os casos de eventos adversos devem ser notificados e investigados criteriosamente para definição da conduta quanto à continuidade do uso da vacina tríplice bacteriana. Discutir com a Vigilância Epidemiológica Distrital a ocorrência de contra indicação da vacina.
7.1.5 Vacina Contra Sarampo, Caxumba e Rubéola – Tríplice Viral (SCR) 
Indicação
A vacina é indicada para prevenir o sarampo, a caxumba e a rubéola. A sua administração é feita a partir dos 12 meses de idade. 
O Sarampo é uma doença muito contagiosa, causada por um vírus que provoca febre alta, tosse, coriza e manchas avermelhadas pelo corpo. É transmitida de a pessoa por tosse, espirro ou fala especialmente em ambientes fechados. Facilita o aparecimento de doenças como a pneumonia e diarréias e pode levar à morte, principalmente em crianças pequenas.
A Rubéola é uma doença muito contagiosa, provocada por um vírus que atinge principalmente crianças e provoca febre e manchas vermelhas na pele, começando pelo rosto, couro cabeludo e pescoço e se espalhando pelo tronco, braços e pernas. É transmitida pelo contato direto com pessoas contaminadas.
A Caxumba é uma doença viral, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas responsáveis pela produção de saliva na boca (parótida) e, às vezes, de glândulas que ficam sob a língua ou a mandíbula (sub-linguais e sub-mandibulares). O maior perigo é a caxumba “descer”, isto é, causar inflamação dos testículos principalmente em homens adultos, que podem ficar sem poder ter filhos depois da infecção. Pode causar ainda inflamação dos ovários nas mulheres e meningite viral. É transmitida pela tosse, espirro ou fala de pessoa infectada.
Composição
A vacina tríplice viral é uma combinação dos vírus vivos atenuados do sarampo, da caxumba e da rubéola.
Apresentação
A vacina é apresentada sob a forma liofilizada, em frasco de dose única ou multidoses, acompanhada do respectivo diluente. 
Conservação e Validade
A vacina tríplice viral (SCR) e seu diluente devem ser conservados entre +2°C à +8°C, preferencialmente a +5º C, resistindo a baixas temperaturas. 
Após a diluição, a vacina manter-se-á potente durante 8 horas, desde que conservada em temperatura adequada e adotados os cuidados que evitemsua contaminação. 
Anotar a hora de abertura do frasco. 
A vacina diluída e não utilizada dentro de 8 horas, deve ser inutilizada. 
Dose/Esquema
Primeira dose a partir dos 12 meses de idade; segunda dose aos 15 meses de idade (com a vacina TETRAVIRAL). 
Atualmente, o volume correspondente a uma dose é de 0,5 ml, podendo variar de acordo com o laboratório produtor. 
Todas as pessoas nascidas a partir de 1960 devem receber 1 dose de SCR (sarampo, caxumba e rubéola). 
Todos os adolescentes até 19 anos, 11 meses e 29 dias deverão receber duas doses de vacina SCR.
Quando comprovar uma dose, aplicar a segunda dose com intervalo de 2 meses (mínimo de 30 dias) da 1ª dose.
Quando comprovar duas doses, não aplicar a vacina. 
Quando não comprovar nenhuma dose anterior: aplicar a 1ª dose e agendar a 2ª dose com intervalo de 2 meses (mínimo de 30 dias) da 1ª dose. 
Via de Administração
A vacina é administrada por via subcutânea (SC). 
Feita de preferência, na região próxima ao deltoide, na face externa superior do braço, podendo ser também administrada na região próxima ao glúteo, no quadrante superior externo.
Contra Indicações 
História de manifestações anafiláticas à dose anterior de vacina ou a algum componente da mesma. 
Observações
História de uma ou mais das seguintes manifestações após ingestão de ovo: urticária, sibilos, laringe, espasmo, edema de lábios, hipotensão, choque, ocorrendo nas primeiras 2 horas não contra indica a vacina, mas é recomendável que a mesma seja administrada em ambiente hospitalar. 
Reação anafilática ao ovo - a vacina SCR poderá ser substituída pela Dupla Viral (Sarampo e Rubéola) cultivada em células diplóide humana. Vacina liberada pelo CRIE.
Contra Indicações Temporárias 
Pacientes que fizeram uso de imunoglobulina fizeram ou estão fazendo uso de sangue e seus derivados ou ainda que vão fazer uso destes produtos nos próximos 15 dias a partir da data da vacina, há contra indicação temporária. Essa recomendação tem como justificativa a possibilidade de não ocorrer resposta imunológica, pela interferência de anticorpos existentes nestes produtos com os vírus vacinais. Quando a vacina for administrada nestas circunstâncias agendar revacinação. O tetanogama é imunoglobulina humana, e portanto, deve respeitar estes intervalos. 
Gravidez: As mulheres vacinadas deverão evitar a gravidez, por pelo menos 1 mês após a aplicação da vacina. 
Eventos Adversos
Os eventos adversos após a administração da vacina tríplice viral: 
5% a 15% dos vacinados apresentam febre entre o 5° e 12° dias; 
5% apresentam discreto exantema após o 7° e o 10° dias; 
1% pode apresentar parotidite após o 10º e 14º dias. 
Critérios para notificação de gestantes vacinadas e mulheres que engravidaram até 30 dias após a vacina de SCR 
	Ser primo vacinada e;
Ter sido vacinada nas primeiras 12 semanas de gestação ou engravidar até 30 dias após a vacina. 
Obs. 1 – colher amostra de sangue imediatamente após notificação. 
Obs. 2 – uma segunda amostra será coletada apenas quando o IgM e o IgG forem não reagentes na 1ª amostra (amostra coletada até 45 dias após vacina).
7.1.6 Vacina Contra Hepatite B
Indicação
Prevenção da hepatite B, sendo administrada em: 
Desde o nascimento até pessoas com 49 anos, 11 meses e 29 dias de idade. 
Asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas; 
Auxiliares de necrópsia dos Institutos de Medicina Legal; 
Caminhoneiros; 
Carcereiros de delegacia e penitenciárias; 
Coletores de lixo hospitalar e domiciliar; 
Comunicantes domiciliares de portador crônico do vírus da Hepatite B; 
Comunicantes sexuais de portadores do vírus da Hepatite B; 
Doadores regulares de sangue; 
Fibrose Cística; 
Indivíduos com nefropatias crônicas, dializados ou síndromes nefróticas; 
Indivíduos portadores de hepatopatias crônicas e portadores do vírus da Hepatite C; 
Pacientes com risco de transfusão múltipla em virtude de doença hematológica (hemofilia, talassemia, anemia falciforme); 
Pessoas com doenças de depósito (ex: doença de Gaucher, doença de Hunter, doença de Hurler); 
Pessoas com exposição a sangue de portadores de hepatite B; 
Pessoas com práticas homo ou bissexuais; 
Pessoas infectadas pelo HIV ou imonocomprometidas; 
Podólogos e manicures 
Policiais civis e militares; 
População institucionalizada (abrigos de menores, psiquiatria); 
Portadores de doença sexualmente transmissível; 
Potenciais receptores de múltiplas transfusões sanguíneas ou politransfundidas; 
Profissionais de funerárias responsáveis pelo preparo dos corpos; 
Profissionais do sexo; 
Profissionais que exerçam atividades na área da saúde, preferencialmente alunos dos cursos de graduação, do setor público ou privado; 
Tatuadores; 
Transplantados e doadores de órgãos sólidos e medula óssea; 
Usuários de drogas; 
Vítimas de abuso sexual; 
Composição
Vacina monovalente contendo antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HbsAg) purificado, obtida por engenharia genética, contendo o hidróxido de alumínio como adjuvante. 
Apresentação
A vacina contra hepatite B é apresentada sob forma líquida em frasco de dose única ou multidoses. 
Conservação e Validade 
A vacina contra a hepatite B é conservada entre +2°C e +8°C, preferencialmente a +5º C. O frasco da vacina contra hepatite B, uma vez aberto pode ser usado até o seu prazo de validade, desde que mantido sob refrigeração adequada e adotados os cuidados que evitem sua contaminação. 
A temperatura de 0°C provoca a desnaturação proteica e a desagregação do adjuvante (com formação de grumos não visíveis a olho nu) com consequente perda da potência e aumento dos eventos adversos locais (dor, rubor e calor). 
Via de Administração
A vacina deve ser aplicada por via IM profunda. Utiliza-se o músculo vasto lateral da coxa em menores de 2 anos de idade e acima dessa idade utiliza-se o músculo deltoide. A vacina não pode ser aplicada no Glúteo porque perde potência. 
Para a prevenção da transmissão vertical de Hepatite B
 No RN de mãe HbsAg+ é fundamental a administração precoce da imunoglobulina humana específica (IGHB - 0,5 ml), de preferência nas primeiras 12 a 24 horas, bem como da vacinacontra a hepatite B. A vacina deve ser utilizada mesmo que a imunoglobulina não esteja disponível. 
A aplicação da vacina e da imunoglobulina não devem ser realizadas no mesmo membro, já que as duas são intramusculares. Utilizar músculos distintos. A vacina não pode ser aplicada no glúteo. 
A imunoglobulina deverá ser solicitada pela maternidade que está realizando parto/cesárea, através de impresso próprio e totalmente preenchido pelo pediatra que recepciona o RN, ao Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais – CRIE – (funciona dentro do HC - Campus – Ambulatório) no período de 2ª a 6ª-feira das 8:00 às 17:00 hs. Após este horário e nos sábados e domingos deverá ser solicitada para a UETDI – Infectologia do HC-Campus, diretamente com o médico de plantão – solicitação realizada pelo plantão da Vigilância Epidemiológica.
Contra Indicação
Ocorrência de reação anafilática ou púrpura trombocitopenia idiopática após a aplicação de dose anterior.
Doses e Intervalos
O esquema é composto de 3 doses: 0, 1 e 6 meses
7.1.7 Vacina Contra Febre Amarela
Indicação 
Administrada a partir dos 9 meses de idade. Dependendo da situação epidemiológica poderá ser aplicada a partir dos 6 meses de idade. 
Nas áreas endêmicas e regiões limítrofes dessas áreas é administrada em 100% da população rural/urbana. Os viajantes para essas áreas devem receber a vacina. 
A finalidade da vacinação é imunizar determinado número de pessoas, de forma a constituir uma barreira de proteção que se oponha à propagação geográfica da doença. 
O início da proteção ocorre em torno de 10 dias após a administração da vacina. 
Composição
A vacina é uma preparação de vírus vivo atenuado da febre amarela, da cepa 17D.
Apresentação
A vacina da febre amarela é apresentada sob a forma liofilizada, em frasco de multidoses, acompanhada do respectivo diluente.Cuidado especial com a apresentação dos frascos de 5, 10 e 50 doses (Bio-Manguinhos), pois atualmente os frascos e a etiqueta são muito parecidos. 
Conservação e Validade
A vacina contra a febre amarela e o respectivo diluente, no nível local, é conservada entre +2°C à +8°C, preferencialmente a +5º C. 
Após a diluição, a vacina deve ser aplicada no prazo máximo de 6 horas, na apresentação de 5 e 10 doses. 
Na apresentação de 50 doses a vacina deve ser aplicada no máximo até 4 horas após diluída, desde que conservadas em temperatura adequada e adotados os cuidados que evitem contaminação. 
Anotar a hora em que foi feita a diluição da vacina. 
Via de Administração 
É administrada por via subcutânea (SC) A aplicação é realizada de preferência, na região próxima ao deltoide, na face externa superior ou na região próxima ao glúteo, no quadrante superior externo.
Contra Indicações
Pessoa com história de uma ou maisdas seguintes manifestações anafiláticas após dose anterior de vacina, de seus componentes ou após ingestão de ovo: urticária, sibilos, laringoespasmo, edema de lábios, hipotensão, choque, nas primeiras duas horas. 
Gravidez- salvo em situações de alto risco. 
Contraindicação temporária: 15 dias antes do paciente receber sangue/ derivados. 
Em pacientes imunodeprimidos por doença ou medicamento, avaliar junto com a vigilância epidemiológica distrital o risco-benefício entre a aplicação da vacina e a situação epidemiológica vigente. 
Não constituem contraindicações à vacina alergia ou intolerância a ingestão de ovo que não sejam as descritas anteriormente. 
Não há intervalo entre a vacina contra febre amarela e imunoglobulinas. 
Se a vacina for realizada em intervalo menor que o recomendado: avaliação médica (observar manifestações neurológicas e hepáticas). Acompanhar por 40 dias – preencher ficha de Notificação de Procedimento Inadequado na Administração de Imunobiológicos. 
Recomenda-se o adiamento da vacinação de mães que estão amamentando até o lactente completar 6 meses de idade. Na impossibilidade de atender a esta recomendação (situações de risco), aconselhar a mãe a fazer ordenha do leite previamente à vacinação, manter congelado para utilização durante o período de viremia (até 14 dias após a vacinação). 
7.1.8 Vacina RotaVírus
Indicação e Esquema
Deve ser aplicada dentro da seguinte faixa etária
1ª dose: de 1 mês e 15 dias a 3 meses e 15 dias – agendada aos 2 meses de idade. 
2ª dose: de 3 meses e 15 dias a 7 meses e 29 dias - agendada aos 4 meses de idade.
A faixa etária estabelecida não pode ser alterada sob nenhuma circunstância ou orientação de qualquer profissional de saúde. 
Composição
Apresentação líquida. 
Cada dose da vacina contém rotavírus humano atenuado. Contém a cepa humana de rotavírus G1, P[8], atenuada (RIX 4414). 
Apresentação
Aplicação: ORAL - EXCLUSIVAMENTE. 
Em formulação líquida, unidose, aplicador de vidro, seu aspecto é incolor. 
O nº do lote está anotado no aplicador. 
Conservação e Validade
Deve ser conservada em temperatura de +2º a +8º C, preferencialmente a +5ºC. Não pode congelar (atingir temperaturas iguais ou menores de 0º C). 
Dose e Intervalo
O valor correspondente a uma dose é de 1,5 ml. 
Intervalo mínimo entre as doses é de 4 semanas. 
1ª dose aos 2 meses e 2ª dose aos 4 meses de idade, respeitando sempre a faixa etária recomendada. 
Atualmente as duas primeiras doses da vacina contra poliomielite são realizadas com a vacina injetável (VIP) – com esta vacina não há necessidade de nenhum intervalo para realizar a vacina contra Rotavírus, pois se trata de uma vacina inativada. 
Contra Indicações 
Reação alérgica grave aos componentes da vacina ou em dose anterior; 
Doença imunossupressora; 
Uso de corticosteróides (dose 2mg/kg/dia ou mais por mais de 2 semanas) e outras terapias imunossupressoras; 
Doença gastrointestinal crônica; 
Má formação congênita do trato digestivo; 
História prévia de invaginação intestinal; 
Imunodeficiência congênita ou adquirida; 
Adiar a vacinação: 
Quadro febril agudo grave, 
Diarréia/vômitos graves.
A vacina contra Rotavírus não está contra indicada em lactentes com refluxo gastresofágico; 
Nenhuma interferência com amamentação, alimentação e líquidos; 
Não está contra indicada a vacinação em lactentes que convivem com pessoas imuno deprimidas e gestantes, assim como crianças nascidas de mães HIV positivas (sem complicações); 
Não revacinar em caso de regurgitação/vômito,anotar na carteira de vacina, considerar como dose aplicada, e se necessário agendar a 2ª dose da vacina. 
Eventos Adversos
Internação por abdômen agudo obstrutivo até 42 dias após a vacinação. Notificar por telefone à Vigilância Epidemiológica imediatamente. 
Reação alérgica grave, até 2 horas após a aplicação. 
Notificar por telefone à Vigilância Epidemiológica imediatamente. 
Presença de sangue nas fezes até 42 dias após a vacinação. 
Como Proceder quando a dose foi aplicada fora da faixa etária autorizada
Preencher a ficha de notificação de procedimento inadequado em Imunização. 
Enviar a ficha devidamente preenchida para a vigilância epidemiológica distrital. 
Comunicar ao responsável da criança e detalhar o acontecimento. Orientar a mãe quais os sinais/sintomas que devem ser observados. 
 Colocar a criança em observação por 42 dias, sendo acompanhada semanalmente por pediatra da unidade. 
Deve-se observar neste período: sangramento intenso, estrias de sangue nas fezes, invaginação intestinal, náuseas, vômitos, febre e etc. 
Se neste período de 42 dias pós-vacinação a criança não apresentar nenhuma alteração, a segunda dose poderá ser aplicada dentro da faixa etária recomendada para a 2ª dose. 
Caso o período de observação da criança (42 dias) exceda a data máxima de aplicação da 2ª dose (7 meses e 29 dias), o intervalo de observação poderá ser reduzido para 4 semanas. 
Observação
Presença de estrias de sangue nas fezes em pequena quantidade, pelo período de até 2 dias, após 24 a 48 horas pós-vacinação não contraindica dose subsequente. 
Normalmente as estrias estão relacionadas a sensibilidade do bebê a leite artificial, mesmo quando a criança esta sob aleitamento exclusivo porque puérperas ingerindo leite de vaca este acaba presente na composição do leite materno.
7.1.9 Vacina Plenteentava (PENTA) - Vacina Combinada de Difteria, Tétano e Coqueluche - Tríplice Bacteriana (DTP) à vacina conjugada Haemophilus influenza e Tipo B (Hib) e à vacina contra Hepatite B. 
Indicação
A vacina Penta é indicada para prevenir a difteria, o tétano e a coqueluche (ou pertussis), as doenças invasivas pela bactéria Haemophilusinfluenzae tipo be a Hepatite B, sendo recomendada a partir dos 2 meses de idade até 4 anos, 11 meses e 29 dias. 
Composição
Toxoides diftérico e tetânico purificados, B. pertussis de célula inteira inativada, polissacarídeo capsular purificado do Hib conjugado com toxoide tetânico, fosfato de alumínio (adjuvante), timerosal (conservante). 
Apresentação
A vacina combinada Pentavalente é composta das vacinas DTP/Hib e hepatite B. É apresentada sob forma líquida, em frasco-ampola, unidose de 0,5 ml. 
Conservação e Validade
Manter a temperatura de +2° a +8° C. A vacina não pode ser congelada. 
Doses e Intervalos entre as doses
O esquema básico da vacina penta é de 3 doses com 0,5 ml cada dose e deverá ser aplicada da seguinte maneira: 
1ª dose aos 2 meses de idade 
2ª dose aos 4 meses de idade 
3ª dose aos 6 meses de idade 
Intervalo recomendado entre as 3 doses básicas é de 60 dias e o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.
Observações
Ferimentos, sempre que houver ferimento suspeito, levar em conta as instruções indicadas no item relativo à profilaxia do tétano após ferimento. 
Atualmente não se recomenda vacinação de reforço com a vacina Hib para crianças imunocompetentes que receberam o esquema básico.
A vacina Penta não pode ser aplicada antes de 6 semanas de vida da criança porque pode interferir na resposta imunológica da vacina nas doses

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