Buscar

Principais transtornos de saúde mental

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Principais transtornos de saúde mental
Mitos e verdades 
Depressão: É um distúrbio ou uma doença? É emocional ou é fisiológico? Depressão é o mesmo que ficar deprimido? Gente com depressão tem vida social, trabalha? Gente com depressão não se diverte, não sorri, não tem momentos felizes? Depressão tem tratamento?
Ansiedade: é doença ou é frescura? Pessoas ansiosas cumprem suas tarefas? Querer muito que uma coisa aconteça é ser ansioso? Ser ansioso é o mesmo que ser impaciente ou estressado?
Distúrbio do pânico: pânico é o mesmo que sentir medo? É diferente de fobia? A pessoa que sofre de pânico fica o tempo todo em estado de alerta? É exagero? A pessoa com distúrbio do pânico consegue sair de casa? É possível ter uma vida normal?
Trantorno bipolar: é besteira? A pessoa que tem transtorno bipolar sofre alterações de humor instantâneas? É uma doença? Tem cura? 
Esquizofrenia: é coisa de doido? Os esquisofrênicos são agressivos? É possível ter uma vida normal sendo esquizofrênico? A pessoa com esquizofrenia realmente tem alucinações e ouvem vozes? 
Características, diagnóstico e tratamento
Depressão: é considerado um dos transtornos mentais mais comuns incapacitantes do mundo, cerca de 350 milhões de pessoas ao redor do mundo convivem diariamente com a depressão em suas vidas. Psicologicamente falando, chamamos de transtorno depressivo maior o estado em que a pessoa apresenta e sente um constante humor negativo, visão muito negativa de si e perda de interesse pelas coisas que anteriormente lhe proporcionavam prazer. A pessoa se sente assim na maior parte do tempo, podendo durar muitas semanas, meses ou até mesmo anos, por isso, essas é uma das principais diferenças entre ter depressão e sentir tristeza, que é algo mais passageiro. Pessoas com depressão pensam diferente de pessoas saudáveis, comumente apresentando pensamentos negativos sobre si mesmo, situações recorrentes ou sobre o futuro, e de desesperança que refletem como elas enxergam o mundo à sua volta, apresentando também uma tendência a ouvir e a absorver muito mais informações que concordem com suas crenças negativas, ignorando aquelas cujo raciocínio seja contrário ao que elas pensam. Por isso, por muitas vezes dizemos que não adianta falar com fulano que ele precisa de tratamento para melhorar, porque na verdade, a pessoa simplesmente não absorve esse tipo de informação, não por escolha, mas é um estado de inconsciência, uma vez que ela acredita verdadeiramente ser um caso sem solução. Já sobre o aspecto biológico do transtorno, pode ser explicado da seguinte forma, nosso cérebro é formado por células, os neurônios, e estas se comunicam através de substâncias chamadas de neurotransmissores. Quando uma pessoa está em depressão, alguns neurotransmissores não circulam como deveriam, ou seja, há um déficit na função. As causas disso podem ser diversas, desde a predisposição genética, perfil de personalidade ou influências externas, como situações estressantes, desgastantes, traumas, algumas doenças cerebrais ou abuso de drogas. Seus sintomas mais comuns são: desânimo, insônia, apatia, falta de apetite e de desejo sexual, ansiedade, sudorese, palpitações e tremores, dores de cabeça ou pelo corpo, indisposição para tarefas comuns, isolamento social, comprometimento de suas relações e até mesmo tentativas de suicídio. Durante a crise, a pessoa pode apresentar pensamentos extremamente pessimistas e obsessivos. É possível conviver com a depressão e ter uma vida relativamente próxima do normal, para isso dois tipos de tratamento são recomendados de acordo com o grau da doença e podem ser realizados separadamente ou em conjunto, são eles a psicoterapia, para ajudar o paciente a entender e tratar as causas da doença, e o uso de antidepressivos, para corrigir o funcionamento dos neurotransmissores, controlando e normalizando a atividade cerebral. Desta forma, a depressão é uma condição que afeta não somente a pessoa que vivencia esse sofrimento, mas todo o contexto no qual ela está inserida, desde a família, os amigos e até mesmo o seu trabalho. Por isso, é preciso levar a sério, porque infelizmente, muitos ainda pensam que se trata de algo controlável, passageiro ou não muito sério, quando na realidade é algo que pode trazer graves consequências para a vida da pessoa. Portanto, é necessário reforçar sempre que possível sobre a necessidade de buscar ajuda e tratamento nesses casos, deixando o preconceito de lado. Depressão pode ser algo sério, podendo ocasionar até mesmo em morte, mas também é algo que pode ser tratado, possibilitando um melhor convívio com a condição e uma melhora na qualidade de vida.
Ansiedade: todos nós já passamos por algum momento na vida em que julgamos estar sob um estado de ansiedade, não é à toa que este é um transtorno que pode ser considerado o mais recorrente ao redor do mundo, é um sentimento comum quando pensamos em algum tipo de risco futuro, portanto, é preciso enfatizar que existem diferentes graus, desde aquele estado em que nos sentimos antes de um resultado esperado até aquele relacionado a algum medo ou situação estressante futura. Biologicamente falando, a ansiedade é uma resposta cerebral ao estímulo de um neurotransmissor, a adrenalina, normalmente liberada em situações de risco como um mecanismo de defesa em casos de estresse ou fuga, em que o indivíduo precisa atender ao seu instinto de sobrevivência. O problema da ansiedade surge quando ela passa a ser um sentimento recorrente, prolongado e muito intenso. Quando a reação de ansiedade é desproporcional à sua causa, pode atrapalhar a pessoa a viver a sua vida de forma saudável, uma vez que, quando a ansiedade se estende por um período muito prolongado, ela pode acabar culminando no desenvolvimento de outros sintomas ou doenças, como por exemplo, insônia, dores de cabeça, gastrite. A crise de ansiedade provoca tontura, boca seca, taquicardia, dificuldade de respirar, tremores, inquietação física, frio na barriga, visão turva, arrepios, sensação de queda etc. Atualmente, existem cerca de sete tipos diferentes de transtorno ligados à ansiedade, são eles: transtorno do pânico, transtorno de ansiedade social (antiga fobia social), fobias específicas, agorafobia, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade de separação e mutismo seletivo. Todos estes transtornos apresentam em algum grau alguns dos sintomas cognitivos como medo de perder o controle das situações ou ter algum dano, sintomas emocionais como ficar nervoso, assustado ou apreensivo, ou sintomas físicos como agitação, irritabilidade, sudorese ou o ato de evitar situações ameaçadoras. Muitas vezes é difícil diferenciar a ansiedade que todos sentem regularmente da ansiedade que alguém diagnosticado com transtorno de ansiedade vivencia, não existe uma divisão clara entre qual é o nível de ansiedade normal e anormal, nesse caso, o que podemos fazer é buscar as causas e influências desse tipo de reação através de diagnóstico médico, e quando positivo, do acompanhamento psíquico, de grupos de apoio e alternativas que tornem menos ardiloso o convívio com o transtorno.
Pânico: O pânico é uma das reações mais intensas e angustiantes que alguém pode viver, o indivíduo sente que algo horrível está acontecendo e que não tem capacidade para lidar com a situação. O transtorno do pânico ocorre em geral em pessoas de 15 a 45 anos e é mais comum em mulheres do que em homens, é uma condição na quais crises ou ataques acontecem de forma repentina. Quando alguém passa por esse tipo de situação, a pessoa sente que não tem controle algum sobre o que está acontecendo, podendo sentir que vai desmaiar, que está ficando louca ou que vai morrer, além de sentir taquicardia, falta de ar, suor, formigamento, dentre outras coisas. Após passar por esse tipo de crise, a pessoa acaba criando um sistema de prevenção de possíveis situações catastróficas em que ela sente medo do medo, ou seja, sua crise passa a ser sobre o medo de ter outra crise, e este é um dos sintomas mais cruéis dessa condição, uma vez quesua tendência é aumentar de acordo com cada ataque vivenciado. Situações altamente estressantes podem funcionar como gatilhos dos sintomas, assim como predisposições genéticas ou pessoas que viveram situações traumáticas na infância podem aumentar as chances de a pessoa posteriormente desenvolver este tipo de transtorno. Sempre que nos sentimos ameaçados, nosso sistema de defesa se ativa e dispara um conjunto de reações no corpo que podem ser mais leves, como falta de ar ou sudorese, até reações muito intensas, como um ataque de pânico. No caso das pessoas com esta condição, o sistema de defesa cerebral associa os sintomas iniciais do ataque de pânico em uma memória de pareamento, dessa forma, quando o indivíduo começa a sentir taquicardia, falta de ar ou qualquer outro sintoma já apresentado numa crise posterior, a pessoa rapidamente evolui para o ataque em si. É muito importante lembrar que, quando nos deparamos com uma crise de pânico, devemos lembrar que não é recomendável lutar contra a crise, uma vez que esta acontece como forma de resposta a um estímulo inconsciente do organismo, mas algumas ações podem ser aplicadas, como controle de respiração, distração e métodos de relaxamento, sempre tentando diferenciar o medo do que é real e do que não é real naquele momento, além de buscar um local tranquilo e arejado, permanecendo lá até que a crise seja finalizada. Como forma de tratamento, recomenda-se o acompanhamento psíquico e adesão de medicamentos para o controle de ansiedade.
Bipolaridade:
Esquizofrenia:

Continue navegando