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Antipsicóticos Também conhecidos como neurolépticos, antiesquizofrênicos e tranquilizantes maiores. São medicamentos responsáveis por tratar de psicoses. Sintomas da psicose: agitação, alucinações, agressividade, saída da realidade, delírios, ilusões e transtornos do pensamento. Psicoses mais frequentes: esquizofrenia e fases de mania. Esquizofrenia Se desenvolve desde o início da vida; Causas: genética, multifatorial Excesso de dopamina; Desregulação de receptores; Sinais clínicos: Positivos (relacionados com mesolimbico) – agressividade, agitação, insônia, delírios, desorganização do discurso e do comportamento; Negativos (relacionados com mesocortical) – emoções reduzidas, avolição, afastamento de contato social, falta de iniciativa; Teorias: Dopaminérgica – níveis elevados de dopamina, aumento da densidade dos receptores dopaminérgicos. Serotoninérgica – aumento da atividade da serotonina; Glutamaérgica – diminuição da atividade do glutamato (antagonistas nmda) Vias: Mesocortical – D1, D5. Mesolímbica – D2, D3, D4. O Gaba estará sempre inibido e com isso não haverá inibição do tálamo, permanecendo em atividade excessiva e dando origem aos sintomas positivos. Antipsicóticos típicos (1ª geração): Tratam os sintomas positivos; Agem na via mesolímbica, que tem os receptores inibitórios (D2) – bloqueiam os receptores D2 dopaminérgicos; Amplicitil (clorpromazina) e haloperidol; Altamente lipofílicos, ligação proteíca, metabolização hepática e excreção renal; Ésteres Decanoatos – pode ser Haloperidol (1° geração), que permite uma liberação muito prolongada – ação de quase quatro semanas. Nos pacientes de difícil adesão ao tratamento oral, que não tem suporte familiar, são utilizadas opções intramusculares 1x/mês, controla principalmente os sintomas positivos. Administração: crônico – via oral; agudo – intramuscular; Interações medicamentosas: Levodopa e bromocriptina – precursores da dopamina e agonistas dopaminérgicos – antipsicóticos tem mais afinidade por D2, piorando a situação clínica, nessa situação se utiliza antipsicóticos atípicos. Benzodiazepínicos e anti-histamínicos – potencializam o efeito sedativo porque os antipsicóticos já provocam sedação nos receptores histamínicos. Efeitos colaterais: Bloqueiam os receptores H1 – sedação e ganho de peso; Bloqueiam os receptores alfa-adrenérgicos – hipotensão, ausência de ejaculação; Bloqueiam os receptores muscarínicos – efeitos simpáticos (boca seca, falta de acomodação visual, constipação, retenção urinária) Bloqueiam via mesocortical – piora dos efeitos negativos; Bloqueiam via nigroestriatal – síndrome extrapiramidal; Bloqueiam via túbero-infundibular – inibem secreção de prolactina – amenorreia, galactorreia, ginecomastia, perda de libido masculina. Síndrome neuroléptica maligna – potencialmente fatal, desregulação da temperatura, instabilidade autônoma, etc Antipsicóticos atípicos (2ª geração): Risperidona, Clozapina, Olanzapina, Quetiapina, Ziprasidona. Apesar de agir, não tem afinidade tão alta por D2 e D4 – menor efeito extrapiramidal; Clozapina: droga de “resgate” – utilizada quando a primeira droga não tem o efeito adequado, porém pode desenvolver agranulocitose (semelhante a leucemia), precisando fazer hemogramas constantes. Atua bloqueando os receptores 5HT2A serotoninérgicos – controle dos sintomas negativos e positivos; Se a forma predominante for sintomas negativos, não se utiliza fármaco de primeira geração e sim de segunda, pois controla os dois. Efeitos colaterais: Bloqueiam os receptores H1 (uso do Fernegan) – sedação e ganho de peso; Bloqueiam os receptores alfa-adrenérgicos – hipotensão, ausência de ejaculação; Bloqueiam os receptores muscarínicos – efeitos simpáticos (boca seca, falta de acomodação visual, constipação, retenção urinária) COMPARATIVO ENTRE ANTIPSICÓTICOS Maior potência (menor dose pra obter efeito): haloperidol, risperidona, aririprazol. Mais efeito colateral: Haloperidol (por conta da alta afinidade com D2 – bloqueia a nigroestriatal – efeito SEP grave). Mas baixo custo. Clorpromazina: também causa SEP, mas menos que haloperidol. Dá sedação intensa por conta do bloqueio dos receptores histamínicos e hipotensão por conta dos alfa-adrenérgicos. Baixo custo. Uso em idosos: quetiapina Segunda geração: geralmentes utilizados amplamente em transtorno maníaco-depressivo (bipolar) por conta dos menores efeitos colaterais. Clozapina: SEP discreta, boa eficácia, mas causa diminuição dos granulócitos. Risperidona: boa eficácia, SEP discreta, em doses baixas não há hipotensão e a maior queixa é o ganho de peso. Quetiapina: causa sonolência assim como o amplictil, é semelhante à potência do risperidona, possui SEP discreta e a desvantagem dele é que o tempo de meia vida dele é muito curta, logo, exige um ajuste com doses maiores para dar compensação. ESCOLHA DO MEDICAMENTO Deve-se levar em consideração: Tolerância aos efeitos colaterais; Necessidade de sedação; Resposta prévia favorável (avaliar mudança de medicamento, etc). Se possui efeitos negativos – pois não deve administrar os de primeira geração, só os de segunda. CASO CLÍNICO Paciente de 28 anos (jovem), sexo feminino, deu entrada com queixa de dores nas pernas e o motivo da internação era o término da medicação. Apresentava quadro de agressividade, irritabilidade e elevada sexualidade. Já tinha sido internada por diversas vezes naquele hospital por diversas causas. Alucinações auditivas desde adolescente, moradora de rua e informa não ter parentes na cidade. O exame físico demonstra normalidade. Exame psíquico, encontrava-se no chão, arrastando-se e sentido dificuldade para andar. Apenas de bermuda e sutiã, estava descalça. Não sabia dizer o dia, nem o ano, nem responder perguntas óbvias, afirmando angústia. Memória fraca. Ouve vozes desde os 20 anos. Gritava, chorava e ria. Não se assumia doente. Resposta: É percebido no caso prevalência de sintomas positivos, logo, pode-se utilizar medicamentos de primeira geração, dificilmente se usaria um de segunda geração. O ideal para esses pacientes é até utilizar injeção intramuscular pois é difícil a aderência ao tratamento com esse tipo de paciente. Ideal seria dar o amplictil para sedar a paciente.
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