Buscar

Doenças vitamínicas

Prévia do material em texto

Doenças vitamínicas
São 13 as vitaminas essenciais e vitais para um bom funcionamento do nosso corpo, livre de doenças ou distúrbios. Dentro destas existem duas subdivisões que seriam as lipossolúveis: A, D, E, e K, sendo as demais todas hidrossolúveis. A diferença entre as vitaminas lipossolúveis e hidrossolúveis é importante, as vitaminas lipossolúveis são armazenadas com mais rapidez no corpo, mas podem ser mal absorvidas em transtornos da má-absorção de gorduras causados por distúrbios das funções digestivas. A deficiência de vitaminas pode ser primária (dietética na origem) ou secundária, em função dos distúrbios na absorção intestinal, transporte no sangue, armazenamento tecidual, ou conversão metabólica.
 
 Deficiência da Vitamina A
 
A Deficiência da vitamina A, ocorre como consequência de uma subnutrição geral ou como uma deficiência secundária em indivíduos com condições que causem má absorção de gorduras. Em crianças, os armazenamentos de vitamina A são depletados por infecções, e a absorção da vitamina é escassa em recém-nascidos. Pacientes adultos com síndromes de má absorção, como a doença celíaca, doença de Crohn e colite, podem desenvolver uma deficiência de vitamina A em conjunção com a depleção de outras vitaminas lipossolúveis. Uma das metaplasias mais severas ocorre na região orbicular, esta metaplasia é chamada de xeroftalmia (olho seco). A falta desta vitamina pode danificar a capacidade da vitamina fazer diferenciação de células epiteliais. Outras patologias quem podem vim a se manifestar no individuo com carência deste componente essencial seria secura da pele, diminuição de glóbulos vermelhos e formação de cálculos renais.
Em contra partida os excessos de vitamina A tanto em curto como longo prazo podem produzir manifestações tóxicas, as consequências da hipervitaminose A podem vim a acarretar cefaleia, tontura, vômito, torpor e visão embaçada, sintomas que podem ser confundidos com os de um tumor cerebral (pseudotumor cerebral). A toxicidade crônica está associada a perda de peso, anorexia, náusea, vômito, e dor nos ossos e nas articulações.
Vitamina D
 A principal função da vitamina D lipossolúvel é manter níveis plasmáticos adequados de cálcio e fósforo para apoiar as funções metabólicas, mineralização óssea, e transmissão neuromuscular. A vitamina D é necessária para a prevenção de doenças ósseas conhecidas como raquitismo em crianças cuja epífise não está totalmente fechada, osteomalacia (em adultos), e tetania hipocalcêmica. Esta última condição é um estado convulsivo causado por uma concentração insuficiente extracelular de cálcio ionizado, o qual é necessário para uma excitação neural normal e para o relaxamento muscular.
Deficiência da vitamina D
Uma das doenças causadas pela carência desta vitamina seria o Raquitismo, doença essa que pode acarretar o amolecimento e enfraquecimento dos ossos com maior incidência em crianças de 0 a 5 anos. O raquitismo é caracterizado por anormalidades na formação na placa epifisária de crescimento, com áreas não mineralizadas, desorganização da arquitetura celular e retardo na maturação óssea. 
Os sintomas podem incluir retardo de crescimento, pernas arqueadas, fraqueza e dor na coluna, na pélvis e nas pernas. 
O tratamento pode envolver a adição de vitamina D ou cálcio na dieta, medicamentos ou, eventualmente, cirurgia.
Em adultos, a falta de vitamina D desordena a remodelação normal do osso que ocorre ao longo da vida. A recém-formada matriz osteoide estabelecida pelos osteoblastos é mineralizada de maneira inadequada, produzindo assim o excesso de osteoide persistente que é característico da osteomalacia.
 Vitamina C (ácido ascórbico) 
A deficiência da vitamina C hidrossolúvel leva ao desenvolvimento do escorbuto, caracterizado principalmente por doença óssea em crianças em fase de crescimento e por hemorragias e defeitos de cicatrização em crianças e adultos. O ácido ascórbico não é sintetizado endogenamente em seres humanos; logo, somos inteiramente dependentes de uma dieta para este nutriente. A vitamina C está presente no leite e em alguns produtos animais (fígado, peixe) e é abundante em uma enorme variedade de frutas e legumes. Todas as dietas, incluindo as mais restritas, fornecem quantidades adequadas de vitamina C. 
Alguns sintomas são característicos do escorbuto como: Sangramentos e inflamações devido à perda óssea ao redor dos dentes.
Novamente o excesso de ingestão de vitamina C por longos períodos podem também acarretar disfunções, intestinais. 
Obesidade
Excesso de adiposidade (conhecido por obesidade) e excesso de peso corporal estão associados ao aumento na incidência de várias das mais importantes doenças dos seres humanos, incluindo o diabetes tipo 2, dislipidemias, doenças cardiovasculares, hipertensão e câncer.
No seu nível mais simples, a obesidade é uma doença de desequilíbrio calórico que resulta do excesso de calorias ingeridas acima do consumo corporal. Embora, a patogenia da obesidade é excessivamente complexa e não completamente compreendida.
Consequências gerais da obesidade
 A obesidade, aumenta o risco de diversas condições patogênicas incluindo o diabetes tipo 2 e as doenças cardiovasculares. A obesidade é a principal condutora de um grupo de alterações conhecidas por síndromes metabólicas, caracterizadas pela Adiposidade visceral ou intra-abdominal, resistência à insulina, hiperinsulinemia, intolerância à glicose, hipertensão, hipertrigliceridemia e HDL – colesterol baixo.
 Indivíduos obesos geralmente sofrem de hipertrigliceridemia e baixo HDL, e estes podem aumentar o risco de doença arterial coronariana em indivíduos muito obesos. Deve-se enfatizar que a associação entre a obesidade e a doença cardíaca não é direta, e tal ligação está mais relacionada ao diabetes e à hipertensão do que ao peso. A obesidade está associada à doença hepática gordurosa não alcoólica (Cap. 18). Essa condição ocorre mais frequentemente em pacientes diabéticos e pode progredir para fibrose e cirrose. Colelitiase (cálculos na vesícula) é seis vezes mais comum em obesos do que em indivíduos magros. Um aumento no colesterol total, aumento no turnover do colesterol e aumento na excreção biliar do colesterol, predispõe em formação de cálculos vesiculares ricos em colesterol. A obesidade está também relacionada a hipoventilação e hipersonolência. A síndrome de hipoventilação é um conjunto de anormalidades respiratórias em indivíduos muito obesos.
Obesidade e câncer 
Cerca de 4% dos cânceres em homens e 7% em mulheres estão associados à obesidade. Dados sobre as relações entre a obesidade e o câncer foram obtidos pelo Million Women Study, que examinou a relação entre o IMC e o câncer em mulheres entre 50 e 64 anos de idade no
Reino Unido, e a partir da análise sistemática de um conjunto de dados publicados envolvendo mais de 280.000 casos de câncer em homens e mulheres.
Em homens, um IMC maior que 25 kg/m2 está fortemente correlacionado a um aumento na incidência de adenocarcinoma do esôfago e cânceres na tireoide, cólon e rins.
Em mulheres, um IMC maior que 25 kg/m2 está fortemente correlacionado a um aumento na incidência de adenocarcinoma do esôfago e do endométrio, da vesícula biliar, e câncer nos rins.
 O motivo de a obesidade ser associada a esses tipos específicos de cânceres não são totalmente conhecidos, mas existe uma que propõe que o aumento do risco de câncer em indivíduos obesos é uma consequência da hiperinsulinemia e da resistência à insulina. Altas concentrações de insulina possuem múltiplos efeitos no crescimento celular, incluindo a ativação do fosfatidilinositol 3-cinase, cinases 1 e 2 reguladas por sinais extracelulares.
DIETAS, CÂNCER E ATEROSCLEROSE
A incidência de cânceres específicos varia amplamente em todo o mundo. A frequência de alguns tumores varia em até 100 vezes em diferentes áreas geográficas. Também é sabido que as diferenças na incidência de várioscânceres não são fixas e podem ser modificada por fatores genéticos, inclusive por alterações na dieta. A despeito da grande quantidade de pesquisas experimentais e epidemiológicas, poucos mecanismos que ligam dietas e tipos específicos de câncer foram estabelecidos: 
No que diz respeito à carcinogênese, três aspectos da dieta são de preocupação especial: (1) o conteúdo de carcinógenos exógenos; (2) a síntese endógena dos carcinógenos provenientes de componentes dietéticos; e (3) a falta de fatores protetores.
 Existe uma preocupação acerca da síntese endógena de carcinógenos ou acentuadores da carcinogenicidade dos componentes da dieta que está relacionada principalmente aos carcinomas gástricos. Nitrosaminas e nitrosamidas são implicadas na produção destes tumores em humanos, porque mostraram claramente induzir o câncer gástrico em animais.
Uma vez que, grandes ingestões de gordura animal combinadas com baixa ingestão de fibras têm sido implicadas na causa de câncer de cólon. Estimou-se que duplicar o nível médio do consumo total de fibras para cerca de 40 g/dia por indivíduo na maioria das populações pode reduzir o risco de câncer de cólon em 50%. De certa forma algumas destas dietas acima mencionadas se forem seguidas ao longo do tempo poderíamos contando com o avanço da tecnologia e no avanço das pesquisas, juntamente com a mudança de hábitos para com uma alimentação mais balanceada e saudável, diminuir consideravelmente o alto índice de câncer na população mundial.
Dieta e Aterosclerose
O problema mais importante e controverso é a contribuição da dieta para a aterogênese. A questão central é “uma modificação dietética a restrição calórica tem demonstrado convincentemente a redução na incidência de algumas doenças e o aumento de vida em animais experimentais. A base dessa notável observação não está totalmente clara, mas parece depender da ativação das sirtuínas e na redução dos níveis de insulina e IGF-especificamente, a redução no consumo do colesterol e gorduras animais saturadas (p. ex., ovos, manteiga, bife) – reduzir os níveis séricos de colesterol e prevenir ou retardar o desenvolvimento da aterosclerose. Há um grande número de dietas comerciais que são reportadas por seus proponentes por diminuir o risco de doenças cardíacas. Dentre estas estão as dietas com baixo teor de carboidratos. O efeito real destas dietas nas doenças cardíacas é altamente controverso. A maioria das dietas dita o que você não deve comer (é claro, seus alimentos preferidos!).
Uma melhor estratégia é simplesmente focar na alimentação com uma dieta prazerosa e saudável rica em peixes, verduras, grãos integrais, frutas, óleos de oliva e de amendoim (para substituir as gorduras saturadas e trans), carboidratos complexos (no lugar de carboidratos simples existentes em doces e refrigerantes), e com baixo teor de sal (para controlar a hipertensão)

Continue navegando