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3 Inscrição Registro, Nome Empresarial, Livros empresariais...

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	CURSO DE DIREITO - 7º período
DIREITO EMPRESARIAL 2018-1 - 3 -
Prof.: José Lauri Bueno de Jesus
INSCRIÇÃO/REGISTRO, NOME EMPRESARIAL E OS LIVROS EMPRESARIAIS
	
No geral, a finalidade dos registros é dar publicidade a atos jurídicos. No Brasil, há uma divisão no sistema de registro de atividades econômicas. De um lado, tem-se o Registro Público de Empresas Mercantis; de outro, o Registro Civil das Pessoas Jurídicas. 
Observe-se, que ainda pode ser acrescida a OAB ao sistema de registro, uma vez que as sociedades entre advogados adquirem personalidade jurídica pelo arquivamento dos seus atos constitutivos nas respectivas Seccionais da OAB, funcionando assim como um órgão registral (Lei nº 8.906/96, art. 15, § 1º). Um efeito desse registro perante a OAB é o de haver impedimento para que o exercício da advocacia possa ser considerado elemento de empresa, não podendo assim ser suscetível de registro na Junta Comercial.
As atividades empresárias (empresário individual, EIRELI e sociedades empresárias) são inscritas no Registro Público de Empresas Mercantis. Já as atividades intelectuais (sociedades simples) são inscritas no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Acrescente-se que o registro de uma Sociedade Cooperativa (não é empresária, mas sociedade simples) é realizado na Registro Público das Empresas Mercantis, por determinação do DREI (Departamento de Registro Empresarial e Integração).
Se a atividade intelectual for exercida por um profissional liberal ou autônomo (ou seja, não há sociedade), basta o seu registro na Prefeitura, pois não há inscrição no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, nem no Registro Público de Empresas Mercantis.
Quanto ao prazo, a apresentação dos documentos para a realização do registro deve ser feita em 30 dias a partir da assinatura do ato constitutivo, sob pena de responsabilidade por perdas e danos, conforme art. 1.151. §§ 1º e 3º, CC/02.
Cabe ao órgão registral (Registro Público de Empresas Mercantis ou Registro Civil das Pessoas Jurídicas) verificar a regularidade e a legitimidade do requerimento de registro, conforme arts. 1.152 e 1.153.
Antes de cumpridas as formalidades perante o órgão competente, o ato sujeito a registro não pode ser oposto a terceiros, como, por exemplo, alegar responsabilidade do sócio antes da inscrição do contrato social (art. 1.154). Isso porque não houve a publicidade do ato, não produzindo, portanto, efeitos perante terceiros.
O serviço de Registro Público de empresas Mercantis é realizado pelas Juntas Comerciais (uma em cada Estado). As Corporações de Artes e de Ofícios poderiam ser vistas como as precursoras quanto às atividades realizadas pelas Juntas Comerciais. O mesmo poder-se-ia dizer sobre da Real Junta de Comércio brasileira criada em 1808 com a chegada da Família Real ao Brasil.
A organização do Registro Empresarial ocorre sobretudo pela Lei nº 8.934/94, sem prejuízo de outras normas. Todas as Juntas Comerciais integram o Sistema de Registro de Empresas Mercantis – SINREM.
Em 1961, com a Lei 4.048, criou o DNRC – Departamento Nacional de Registro do Comércio. Com a Lei nº 8.934/94, manteve o nome de DNRC. Entretanto, no ano de 2013, em razão das redações do art. 2º, II, “a”, 1, e do art. 8º, ambos do Anexo I do Decreto nº 8.001/13, o órgão teve a sua nomenclatura alterada para DREI – Departamento de Registro Empresarial e Integração. Esse decreto aprovou uma nova estrutura para a Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, a qual o DREI está subordinado.
O DREI é um órgão central, hierarquicamente superior, que tem a finalidade de atuar junto às Juntas Comerciais, supervisionando, fiscalizando, estabelecendo normas, solucionando dúvidas, etc. (Dec. 8.001/13, art. 8º, anexo I, Lei nº 8.934/94 art. 4º e Decreto nº 1.800/96, art. 4º).
	As Juntas Comerciais atuam no nível estadual, tendo como principal função a execução dos atos de registros (matrícula, arquivamento e autenticação), também sendo responsável por fazer os assentamentos dos usos e costumes, dentre outras funções. Em razão de atuar em nível estadual nosso sistema de registro possui 27 Juntas Comerciais, sendo uma para cada estado e mais uma para o Distrito Federal.
As finalidades das Juntas Comerciais, conforme previsto na Lei 8.934/94, arts. 1º, 8º, 32 e 39, e em seu Decreto regulamentador (Dec. 1.800/96, art. 7º), são as seguintes (resumidamente): 
dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos empresariais; 
efetuar o registro de ato constitutivo do empresário, bem como as suas alterações e seu cancelamento;
arquivar documentos;
autenticar instrumentos de escrituração empresarial;
assentar os usos e as práticas mercantis;
efetuar as matrículas de leiloeiros, administradores de armazéns, tradutores e intérpretes comerciais; 
elaborar tabela de preços dos serviços e os regimentos internos.
	* a subordinação das Juntas Comerciais é híbrida: responde tecnicamente ao DREI e administrativamente ao Governo do Estado a que pertence;
	* questões técnicas são sujeitas à competência da Justiça Federal, já que se trata de um Sistema Federal;
Assim, a Junta Comercial está subordinada administrativamente ao Estado-membro e ao DREI existe uma subordinação técnica.
Dessa forma, as Juntas Comerciais exercem função executiva no âmbito do SINREM, ou seja, são elas que executam os atos de registro dos empresários individuais, das Eirelis, das sociedades empresárias e dos seus auxiliares, inclusive, das Sociedades Cooperativas (por determinação do antigo DNRC).
Cabe à Junta Comercial a execução do registro de empresa, os assentamentos dos usos e práticas mercantis, a habilitação e nomeação e tradutores públicos e intérpretes comerciais, a expedição da carteira de exercício profissional de empresários e demais pessoas legalmente inscritas.
A inscrição capacita o empresário para o exercício profissional (regular) de atividade econômica e é uma das obrigações do empresário.
1. INSCRIÇÃO – Arts. 967 e 968 - CC/02
O Registro das Empresas está estruturado de acordo com a Lei n. 8.934 (Lei de Registro Público de Empresas Mercantis e Afins) e o Código Civil/02.
É obrigação legal imposta a todo e qualquer empresário (empresário individual, Eireli e sociedade empresária) inscrever-se na Junta Comercial antes de iniciar a atividade, sob pena de começar a exercer a empresa irregularmente. Trata-se de obrigação legal prevista no art. 967 do CC/02, o qual dispõe que “é obrigatória a INSCRIÇÃO do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade” (Junta Comercial).
Saliente-se, porém, que o registro na Junta Comercial, embora seja uma formalidade legal imposta pela lei a todo e qualquer empresário individual ou sociedade empresária – com exceção daqueles que exercem atividade econômica rural (art. 971 e 984) – não é requisito para a caracterização do empresário e sua consequente submissão ao regime jurídico empresarial.
Quer se dizer com isso que, caso o empresário individual, a Eireli e a sociedade empresária não se registrem na Junta Comercial antes do início de suas atividades, tal fato não implicará a sua exclusão do regime jurídico empresarial nem fará com que eles não sejam considerados, respectivamente, empresário ou sociedade empresária. 
A sociedade empresária, conforme o art. 985 do CC/02, “adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos”. E a Eireli (art.980-A), depois de registrada, passará a ser uma pessoa jurídica de direito privado, conforme dispõe o art. 44, inc. VI do CC/02 (Lei nº 12.441, de 11-7-2011).
Na III Jornada de Direito Civil, foi aprovado o Enunciado 199 do CJF, que diz o seguinte: “a inscrição do empresário ou sociedade empresáriaé requisito delineador de sua regularidade, e não da sua caracterização”.
Sendo assim, se alguém começar a exercer profissionalmente atividade econômica organizada de produção ou circulação de bens ou serviços, mas não se registrar na Junta Comercial, será considerado empresário e se submeterá às regras do regime jurídico empresarial, embora irregular, sofrendo, por isso, algumas consequências (por exemplo, a impossibilidade de requerer a recuperação judicial – art. 48 da lei 11.101/05, incidirá no crime se sonegação fiscal quando da venda de mercadorias, etc.). Nesse sentido, é também o Enunciado 198 do CJF, o qual diz que “a inscrição do empresário na Junta Comercial não é requisito para a sua caracterização, admitindo-se o exercício da empresa sem tal providência. O empresário irregular reúne os requisitos do art. 966, naquilo em que forem incompatíveis com a sua condição ou diante de expressa disposição em contrário”.
Saliente-se aqui que o empresário ou sociedade empresária irregular apesar de não poder solicitar a recuperação judicial, poderá sofrer falência e ser submetida à Lei 11.101/05.
2. REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A INSCRIÇÃO – Art. 968 CC/02
Para fazer a inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis, realizado pela Junta Comercial, o empresário individual terá de fazer por meio de requerimento e que obedeça as formalidades legais do art. 968 CC/02: *o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens, a firma, com a respectiva assinatura autógrafa, o capital, o objeto e a sede da empresa.
A inscrição será tomada por termo no livro próprio do Registro Público de Empresas Mercantis, e obedecerá o número de ordem contínuo para todos os empresários.
À margem dessa inscrição, e com as mesmas formalidades, serão averbadas quaisquer modificações. A averbação é uma espécie de arquivamento.
O CC/02 ainda determina, em seu art. 969, que “o empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária”. E complementa, no parágrafo único do referido artigo que “em qualquer caso, a constituição do estabelecimento secundário deverá ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede”.
Relacionado ao tema do estabelecimento e de suas filiais, sucursais ou agências, está a questão de saber qual é o domicílio do empresário individual e da sociedade empresária: trata-se do local indicado em seus atos constitutivos, quando do registro na Junta Comercial. Entretanto, para a atual Lei de Falências e Recuperação de empresas (Lei nº 11.101/05) o domicílio será o do principal estabelecimento.
AGÊNCIA> é o representante de uma empresa, a qual agencia os interesses de outra, ou seja, que desempenha, em geral, uma função intermediária.
SUCURSAL > é o estabelecimento que depende de uma matriz, é acessório distinto de outro que é o principal, de cujos negócios trata e a administração se liga, sem, no entanto, constituir filial ou agência desse outro.
FILIAL > é o estabelecimento empresarial que, embora sob a administração e direção capitalística de outra, mantém sua personalidade jurídica e seu patrimônio, preservando sua autonomia perante a lei e o público, razão pela qual não se confunde com a sucursal ou agência.
 3. DO REGISTRO – Art. 1150 a 1154 do CC/02
O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais
As sociedades simples (que não são empresárias) vinculam-se ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, com exceção da sociedade cooperativa que deve ser na Junta Comercial.
O registro dos atos sujeitos à formalidade exigida será requerido pela pessoa obrigada em lei, e, no caso de omissão ou demora, pelo sócio ou qualquer interessado.
Assim, a inscrição do empresário será requerida pelo próprio empresário. A inscrição (registro) da sociedade empresária, por meio do contrato social, ou ata de assembleia de constituição, será requerida pelo administrador, a quem se atribui poderes de representação da sociedade;
A averbação de ato de nomeação em separado de administrador, deve ser requerida pelo próprio administrador em até 10 dias.
A averbação do documento que considerar encerrada a liquidação será requerida pelo liquidante.
A inscrição (registro) de sociedade estrangeira, autorizada a funcionar no país, será requerida pelo seu representante permanente no Brasil.
Os documentos necessários ao registro da empresa deverão ser apresentados no prazo de 30 dias (regra geral), contado da lavratura dos atos respectivos. Se requerido além do prazo previsto na lei, o registro somente produzirá efeito a partir da data de concessão.
As pessoas obrigadas a requerer o registro responderão por perdas e danos, em caso de omissão ou demora.
Outros prazos previstos no Código:
10 dias para o administrador, nomeado em ato separado, requerer a averbação de sua nomeação;
10 dias para a averbação da cassação do exercício do cargo de administrador;
20 dias para a apresentação de cópia autenticada da ata de assembleia dos sócios, para arquivamento e averbação.
EXEMPLOS DE DOCUMENTO DE CONSTITUIÇÃO E LOCAL DE REGISTRO
	TIPO EMPRESA/ENTIDADE
	DOCUMENTO CONSTITUIÇÃO
	ÓRGÃO DE REGISTRO
	Associação 
	Estatuto Social
	Cartório de Registro Civil das P. Jurídicas
	Caixa de Assistência
	Estatuto Social
	Conselho Seccional de Advogados ligadas da OAB às seccionais da OAB
	Clube/Fundo de Investimento
	Estatuto Social/Regulamento
	Comissão de valores Mobiliários – CVM
	Condomínio Ed. Comercial/Residencial
	Convenção de Condomínio
	Cartório de Registro de Imóveis
	Consórcio de empresas
	Contrato de Consórcio
	Junta Comercial
	Soc. Economia Mista (S.A.)
	Estatuto Social
	Junta Comercial
	Empresa Pública que explore atividade econômica e que tenha adotado forma de sociedade empresária (criada por lei)
	Contrato/Estatuto social
	Junta Comercial
	Empresa Pública prestadora de serviço público, não constituída na forma de sociedade empresária
	Contrato/Estatuto
	Diário Oficial
	Empresário individual
	Requerimento de Empresário
	Junta Comercial
	Filial de empresa estrangeira
	Contrato/Estatuto Social
	Junta Comercial ou Cartório de Registro Civil de PJ, conforme o caso
	
	
	
	Fundação
	Estatuto Social
	Cartório de Registro Civil de P. Jurídica
	Partido Político – Diretório Nacional
	Documento que prova a constituição definitiva do órgão de direção nacional, regional ou municipal com a designação dos dirigentes, acompanhado de cópia do estatuto social do partido
	Tribunal Superior Eleitoral
	Partido Político – Diretório Regional ou Municipal
	
	Tribunal Regional Eleitoral
	Serviço Social Autônomo (SESI, SENAI, SESC, SENAC, etc.)
	Estatuto Social 
	Cartório de Registro Civil de P. Jurídica
	Sociedade Anônima
	Estatuto Social
	Junta Comercial
	Sociedade Simples com fins lucrativos
	Contrato Social ou Estatuto Social
	Cartório de Registro Civil de P. Jurídica
	Sociedade Simples sem fins lucrativos
	Estatuto Social
	Cartório de Registro Civil de P. Jurídica
	Sociedade de Advogados
	Contrato Social 
	OAB
	Sociedade de responsabilidade limitada e demais sociedades empresárias
	Contrato Social
	Junta Comercial
	Sociedade Simples, ainda que adote um dos tipos de sociedade empresária
	Contrato Social
	Cartório de Registro Civil de Pessoa Jurídica
	Sociedade cooperativa*
CONFORME DETERMINAÇÃO DO antigo DNRC (atual DREI) O REGISTRO DA COOPERATIVA DEVE OCORRER NA JUNTA COMERCIAL
	Contrato Social
	Junta Comercial
4. ATOS DO REGISTRO DE EMPRESA
Repetindo: as Juntas Comerciais exercem função executiva no âmbito do SINREM, ou seja, são elas que executam os atos de registro dos empresários individuais, das Eirelis e das sociedades empresárias e dos seus auxiliares, inclusive, das sociedades cooperativas (por determinaçãodo antigo DNRC, hoje DREI).
Os atos de registro praticado pelas Juntas Comerciais são os seguintes: matrícula, arquivamento e autenticação (art. 32 da Lei 8.934/94).
Matrícula 
É o ato de inscrição/registro dos chamados auxiliares do comércio: dos tradutores públicos, intérpretes, leiloeiros, trapicheiros e administradores de armazéns-gerais. Nesse caso, a Junta Comercial funciona como órgão da profissão.
b) Arquivamento 
 É o ato pertinente à inscrição do empresário (pessoa física), bem como o registro para a regularização (contrato social e/ou estatuto social), dissolução e alteração contratual das sociedades empresárias 
Deve também ter seus atos arquivados: 
Cooperativas – além de determinação do antigo DNRC (DREI) para o registro das sociedades cooperativas, também há o Enunciado 69 do CJF, o qual diz que “as sociedades cooperativas são sociedades simples sujeitas à inscrição nas Juntas Comerciais”.
consórcios de empresas
grupos de sociedades
empresas mercantis estrangeiras
declarações de microempresa
empresa de pequeno porte
demais atos ou documentos que possam interessar ao empresário e às empresas mercantis.
	
c) Autenticação 
É o ato de registro que se refere aos instrumentos de escrituração contábil do empresário (os livros empresariais) e dos agentes auxiliares do comércio. É condição de regularidade do documento. Somente poderá autenticar a documentação da empresa quem estiver regularizado na Junta Comercial.
Por força da Lei Complementar nº 147/14, art. 8º, foram incluídos os arts. 39-A e 39-B à Lei nº 8.934/94 para dispor que, a autenticação dos documentos de empresas, de qualquer porte, realizada por meio de sistemas públicos eletrônicos dispensa qualquer outro método autenticatório. Para tanto, a comprovação da autenticação de documentos e da autoria poderá ser realizada por meio eletrônico.
No art. 178 da Lei nº 11.101/05 (Falências) diz que é crime “Deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar o plano de recuperação extrajudicial, os documentos de escrituração contábil obrigatórios”.
5. PROCESSO DECISÓRIO DO REGISTRO DE EMPRESA
				 Decisão colegiada – prazo 5 dias.
- Atos relacionados com a S.A. (sociedade anônima), estatutos, atas das assembleias gerais, do conselho de administração;
Regimes de execução		 - Transformação, incorporação, fusão e cisão;
					- Consórcios de empresas
					- Grupo de sociedade
				 Singular - prazo é de 2 dias
- matrícula, 
- autenticação
- e todos os demais arquivamentos
- o contrato social de uma sociedade limitada, sua alteração contratual e a inscrição do empresário;
Cabe ao órgão incumbido do registro (Registro Público de Empresas Mercantis ou o Registro Civil das Pessoas Jurídicas) verificar a regularidade das publicações determinadas em lei.
As publicações serão feitas: no Diário Oficial da União ou Estado, conforme o local da sede do empresário ou da sociedade, e em jornal de grande circulação.
As publicações relativas às sociedades estrangeiras serão feitas nos órgãos oficiais da União e do Estado em que tiverem sucursais, filiais ou agências e em jornal de grande circulação;
As sociedades anônimas e limitadas deverão publicar o anúncio de convocação de assembleia dos sócios, no mínimo, por três vezes, no DOU e DOE e em jornal de grande circulação, com antecedência mínima a primeira inserção de oito dias da data de realização da assembleia;
Caso não seja possível realizar a assembleia por falta de quorum, deve ser novamente convocada, agora com antecedência mínima de 5 dias da data de realização da assembleia.
Cumpre à autoridade competente (Junta Comercial), antes de efetivar o registro, verificar a autenticidade e a legitimidade do signatário do requerimento, bem como fiscalizar a observância das prescrições legais concernentes ao ato ou aos documentos apresentados;
As irregularidades que a Junta Comercial encontrar no ato ou no documento devem ser notificados ao requerente, as quais, se sanáveis, deve providenciar no conserto. Se insanáveis, deve o Registro indeferir o requerimento.
6. INATIVIDADE DA EMPRESA
Tanto o empresário quanto a sociedade empresária que não procederem a qualquer arquivamento no período de 10 anos deverão comunicar à Junta Comercial que ainda se encontram em atividade. Se não o fizerem, serão considerados inativos.
O Dec. nº 1800/96 (que regulamenta a Lei nº 8.934/94), em seu art. 48, caput, diz que “a empresa mercantil que não proceder a qualquer arquivamento no período de 10 anos, contados da data do último arquivamento, deverá comunicar à Junta Comercial que deseja manter-se em funcionamento, sob pena de ser considerada inativa, ter seu registro cancelado e perder, automaticamente, a proteção de seu nome empresarial”.
A inatividade da empresa autoriza a Junta Comercial a proceder ao cancelamento do registro, com a consequente perda da proteção do nome empresarial pelo titular inativo.
A Junta Comercial deve comunicar previamente o empresário acerca da possibilidade do cancelamento, podendo fazê-lo por edital.
No futuro, para reativar o registro, o empresário ou sociedade empresária, deverá obedecer aos procedimentos relacionados com a constituição de uma nova empresa. Não terá o direito de reivindicar o mesmo nome empresarial.
Do cancelamento não decorre a dissolução, mas apenas a sua irregularidade se continuar funcionando.
7. EMPRESÁRIO IRREGULAR
Será empresário o exercente profissional de atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços, esteja ou não inscrito na Junta Comercial.
O empresário não registrado não pode usufruir dos benefícios que o Direito Empresarial libera em seu favor, porém, estão impossibilitados de exercerem alguns atos.
Exemplos:
não tem legitimidade ativa para o pedido de falência de seu devedor;
pode ter a sua própria falência requerida e decretada, mas não pode requerer a própria falência e nem a sua recuperação judicial ou extrajudicial;
não pode ter seus livros autenticados;
não terá acesso a empréstimos subsidiados;
não poderá participar de certames licitatórios com o Poder Público.
8. NOME EMPRESARIAL – Art. 1155 a 1168 do CC/02
O empresário, seja pessoa física ou jurídica, tem um nome empresarial, que é aquele com que se apresenta nas relações de atividade econômica e deve decorrer dos princípios da veracidade e novidade, o qual deve identificar o tipo de sociedade ou se empresário individual.
A Instrução Normativa nº 15, de 05.12.2013 (DREI), dispõe sobre a formação e proteção do nome empresarial. Além disso, a Lei nº 8.934/94 em seus arts. 33 e 34 também dispôs sobre a proteção do nome empresarial.
No Enunciado nº 7 da I Jornada d
e Direito Comercial, dispõe que “o nome de domínio integra o estabelecimento empresarial como bem incorpóreo para todos os fins de direito”.
Quando se trata de empresário individual, o nome empresarial não pode coincidir com o civil: quando coincidentes, têm naturezas diversas.
O nome civil está ligado à personalidade de seu titular;
Em relação ao nome empresarial, a sua natureza de elemento integrativo afasta quaisquer dúvidas quanto à sua natureza empresarial.
A pessoa jurídica empresária não tem outro nome além do empresarial.
Não se confunde com outros elementos identificadores de empresa;
O nome empresarial identifica o sujeito que exerce a empresa.
9. ESPÉCIES DE NOME EMPRESARIAL
Firma – é o nome empresarial utilizado pelo empresário individual (sempre formado por um nome civil, do próprio empresário), que será sempre o titular. Ou social no caso de um ou mais sócios. Deve conter o nome civil do empresário ou dos sócios da sociedade empresária e pode conter o ramo de atividade. Serve de assinatura do empresário. Contrata assinando o nome empresarial. Pode ser firma individual ou firma social.
Denominação– o que a caracteriza é a figuração do objeto social (ramo de atividade), mais a expressão diferenciadora. Somente pode ser social. Deve designar o objeto da empresa e pode adotar nome civil ou outra expressão. Não serve de assinatura do empresário. Contrata assinando com o nome civil do representante da empresa.
Todavia, a denominação não pode ser confundida com nome fantasia, pois este é o título do estabelecimento, nome de domínio ou os sinais de propaganda que, por mera questão mercadológica, ostenta um nome. 
Por exemplo: Café Brasil, Relojoaria Brilhante, o qual serve de referência à clientela. 
Ambas espécies se distinguem em 2 planos:
Quanto à estrutura:
 A firma só pode ter por base o nome civil do empresário individual ou dos sócios da sociedade empresarial;
O núcleo do nome empresarial será sempre um ou mais nomes civis, até o máximo de três;
A denominação deve designar o objeto da empresa e pode adotar por base o nome civil ou qualquer outra expressão linguística (elemento fantasia);
Exemplos:
“A. Silva & Pereira Cosméticos Ltda” > é exemplo de nome empresarial de uma sociedade limitada baseado em nomes civis;
“Alvorada Cosméticos Ltda” > é nome empresarial de uma sociedade limitada baseado em elemento fantasia.
Levando-se em conta somente a estrutura, nem sempre é possível discernir se um determinado nome empresarial é firma ou denominação, muitas vezes, é necessário consultar o contrato social dessa sociedade.
Quanto à função:
Os nomes empresariais se diferenciam na medida em que a firma, além de identidade do empresário, é também a sua assinatura, ao passo que a denominação é exclusivamente elemento de identificação do exercente da atividade empresarial.
O empresário individual, ao se obrigar juridicamente, e o representante legal da sociedade empresária que adota firma, ao obrigá-lo juridicamente, devem ambos assinar o respectivo instrumento não com seu nome civil, mas com o empresarial.
Exemplos:
Se Antônio Silva Pereira é empresário individual inscrito sob a firma “Silva Pereira, Livros Técnicos”, a assinatura apropriada para os instrumentos obrigacionais relacionados com o seu giro econômico deverá reproduzir essas expressões, inclusive “livros técnicos”.
Se ele é administrador de sociedade que comercie sob a firma “Silva Pereira e Cia. Ltda.”, não deverá assinar a sua assinatura civil, mesmo que sobre o nome empresarial da sociedade, escrito, impresso ou carimbado. Deverá assinar o nome empresarial da sociedade, na forma com que assinou, no campo próprio, o contrato social. Isto é, reproduzindo com seu estilo individual as expressões constituintes da firma, inclusive “e Cia. Ltda.”
Já o representante legal de sociedade empresária que gire sob a denominação “Alvorada Cosméticos Ltda.”, para obrigar a sociedade, deve lançar a sua assinatura civil sobre o nome empresarial dela, escrito, impresso ou carimbado. Não poderá, neste caso, assinar a denominação.
Por estas diferenças funcionais entre a firma e denominação, é que os contratos sociais de sociedades empresárias que adotam firma devem ter campo próprio para que o representante ou representantes assinem o nome empresarial.
Entretanto, geralmente, fazem uso da mesma assinatura que têm para os atos da vida civil.
 	Operará sob firma: o Empresário individual, a sociedade em nome coletivo e a sociedade em comandita simples.
	Operará sob denominação: Sociedade anônima.
	Operará sob firma ou denominação: Sociedade limitada, a Eireli e a sociedade em comandita por ações.
	Vejamos alguns exemplos de firma e denominação:
Assim, o empresário opera sob firma, a qual é constituída por seu nome, completo ou abreviado.
 Exemplo: José da Silva Matos Paranhos; ou
		J. S. M. Paranhos; ou
		José Paranhos; ou
		J. Matos Paranhos.		
- Também poderá aditar ao nome, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero da atividade.
Exemplo:	João Pedro de Azambuja – O Buja;
		Roberto Peixoto Arantes – Armazém.
Se for microempresa ou empresa de pequeno porte, deverá acrescer à firma: ME ou EPP, respectivamente.
João Pedro de Azambuja – O Buja - ME
		Roberto Peixoto Arantes – Armazém - EPP.
Além disso, é permitido desde janeiro de 2012 (decorrente da Lei nº 12.441, de 11-7-2011, art. 980-A) que uma única pessoa constitua uma Empresa Individual de Sociedade Limitada, sendo que deve ser acrescido ao nome empresarial a sigla EIRELI. Essa sigla deverá estar logo após a firma ou denominação social (art. 980-A, § 1º, CC/02).
Exemplo: José Matos Paranhos – EIRELI.
	 Comercial de Alimentos Paranhos – EIRELI
	Caso seja uma ME ou EPP, deverá acrescentar logo após a EIRELI, ou seja:
 	José Matos Paranhos – EIRELI - ME
	 	Comercial de Alimentos Paranhos – EIRELI - EPP
	 
Já, por sua vez, a sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão “e companhia” ou sua abreviatura.
Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações contraídas sob a firma social aqueles que seus nomes figurarem na firma da sociedade.
Exemplo:
- A sociedade em nome coletivo e a sociedade em comandita simples, que são as sociedades que possuem sócios com responsabilidade ilimitada, terão uma firma como nome empresarial.
- A firma da sociedade em nome coletivo pode conter o nome, completo ou abreviado, de um, ou de todos os sócios. No caso de apenas um dos sócios figurar na firma, a existência dos demais será referida pelo aditamento, ao nome escolhido, da expressão “e Companhia”, ou abreviadamente “e Cia.”
Somente podem fazer parte dessa sociedade as pessoas naturais (físicas).
Carlos dos Santos & Maria dos Santos;
R. Alvarez & R. Alvarez;
Pedro Antunes Sobrinho & Cia.
Motta & Cia.
- Na sociedade em comandita simples, os sócios comanditários não podem ter seus nomes na firma, razão pela qual nela constarão somente os nomes dos sócios comanditados.
- Para que os sócios comanditários sejam representados no nome empresarial será obrigatório o uso da expressão “e Cia.”, aditado ao nome, completo ou abreviado de um ou mais sócios comanditados.
- Por si só a firma da sociedade em comandita simples não se diferencia da sociedade em nome coletivo, quando está composta com a expressão “e Cia.”, é necessário verificar o contrato social. Vejamos os exemplos:
Estrella, Martins & Cia.
José F. Mello & Cia.
Antonio Cortez & Cia.
- A sociedade limitada pode adotar firma ou denominação integradas pela palavra final “limitada” ou sua abreviatura;
- A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas;
		- Ramirez, Alfonsin & Peixoto Ltda.
		- Magalhães e Cia. Ltda.
		- Costa & Silva Ltda.
- Quando for denominação esta deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios:
Comércio de Plásticos Silva Ltda.;
Mendes & P. Cardoso – Indústria de Embalagens Ltda.;
Irmãos Petry – Salsicharia Ltda.
- A omissão da palavra “limitada” determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade.
- É necessário que cada denominação contenha o que se pode chamar de expressão diferenciadora para não confundir, por exemplo, uma padaria com a outra: Padaria Três Estrelas Ltda. com a Padaria Novos Padeiros Ltda. 
- O legislador permitiu que essa função, na denominação, seja desempenhada pelo nome de um ou mais sócios.
- Poderão servir de expressão diferenciadora quaisquer palavras de uso comum ou vulgar, nacional ou estrangeira, siglas ou outras;
Distração Cinemas Ltda.;
Buono Bar Beach Restaurante Ltda.;
EBEAL – Empresa Brasileira de Engenharia e Arquitetura Ltda.;
Céu Azul – Linhas Aéreas Ltda.
- A sociedade cooperativa funciona sob denominação integrada pela expressão“cooperativa”. Não é empresária, mas sociedade simples. Apesar disso, deve ser registrada na Junta Comercial, conforme orientação do antigo DNRC (DREI).
- A Lei especial que rege as sociedades cooperativas é a Lei n. 5.764/71.
- Por se tratar de denominação, deverá conter o objeto da sociedade.
Exemplo: Cooperativa Tritícola Regional de Santo Ângelo (Cotrisa).
- A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada pelas expressões “sociedade anônima” (S.A. ou S/A.) ou “companhia” (Cia./Companhia), por extenso ou abreviadamente.
- A expressão “sociedade anônima” pode ser utilizada em qualquer ponto da denominação, isto é, no início, entre as demais palavras que compõem o nome, ou ao seu final.
S.A. Comercial Planalto de Parafusos
Nordeste S.A. – Indústria de Artefatos Plásticos
Abastecedora de Combustíveis Eulália Sociedade Anônima
- No tocante a expressão “companhia” existe uma proibição contida na legislação existente (Lei n. 6.404/76, art. 3º, caput) na qual é vedada a utilização da expressão no final. 
Companhia Atlântica de Refrigerantes;
Servindus – Cia. de Serviços Para Indústria;
Companhia de Farmácia Unidas 
- Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista, ou pessoa que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa.
Magazine Ruy Barbosa S/A.
Olaria Santo Antônio S/A.
Construtora Cândida S.A.
Rizzo-Schütz S.A. – Indústria de Couros;
Irmãos Rozado – Companhia Metalúrgica.
- A sociedade em comandita por ações pode adotar firma, aditada da expressão “comandita por ações”. 
- Quando adotar uma firma, somente podem fazer parte os nomes dos diretores (Lei 6.404/76, art. 281), os quais necessariamente devem ser acionistas. Não é obrigatório que o nome de todos eles integrem a firma.
José Carvalho & Cia. – Sociedade em Comandita por Ações.
Camargo & Camargo – Sociedade em Comandita por Ações;
Alvarez, De Laurentis & Jacobus - Sociedade em Comandita por Ações.
- Quando a Sociedade em comandita por ações adotar denominação (no lugar de firma) designativa do objeto social, deverá ser aditada da expressão “comandita por ações”.
Empresa de Engenharia Raphael Aurélio – Sociedade em Comandita por Ações;
Armarinhos Brasília - Sociedade em Comandita por Ações
MNO Hotéis – Sociedade em Comandita por Ações
- A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação, pois o Código Civil/02 proíbe a mesma de ter um nome empresarial, visto que não é possível a sua inscrição na Junta Comercial.
- O legislador não deu a essa sociedade uma personalidade jurídica. Também não atribuiu a ela qualquer tipo de registro.
10. DISTINÇÃO DO NOME EMPRESARIAL
- O nome do empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo registro.
- Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá acrescentar designação que o distinga.
- Não pode haver colidência de nomes de empresários inscritos em um mesmo Registro Público de Empresas Mercantis.
Exemplo: 
- Abreviando seu nome: Paulo Antonio Paranhos para: P. A. Paranhos;
- Acrescentando designação mais precisa de sua pessoa: Camila Menezes – a Dida.
- Acrescentando designação de seu gênero de atividade: Isidoro Fortes – Representações Comerciais.
11. ALIENAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL
- O nome empresarial não pode ser objeto de alienação, sendo nulo o negócio jurídico que tenha este objeto, mas o adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato permitir, usar o nome do alienante precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor. 
Exemplo: sendo J. Alves & Cia. o alienante do estabelecimento, e Pedro Peixoto o adquirente, este poderá apresentar-se como: Pedro Peixoto – Sucessor de J. Alves.
No entanto, é possível certas operações:
- Mudança de nome: mudar o nome para outro, do empresário ou da sociedade;
- Cancelamento: cancelar a inscrição, deixando disponível para nova inscrição;
- Cisão: ingressar novos sócios, e provocar a cisão parcial da sociedade, de maneira que somente os ingressantes restem como sócios da cindida;
- Transformação: quando trocar o tipo de atividade que exerce ou o objeto social.
- Em caso de sucessão, por alienação do estabelecimento, o sucessor poderá referir essa qualificação, se for autorizado no contrato. 
- O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não pode ser conservado na firma social.
- Quando for denominação, os nomes de sócios que nela figuram podem permanecer, na medida em que, ao contrário da firma social, a inserção de nomes não tem a função de individualizar os sócios, e sim a de se estabelecer a expressão diferenciadora.
- É salutar que o contrato social estabeleça a respeito destes casos.
12. PROTEÇÃO AO NOME EMPRESARIAL
- A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado.
- Se registrado na forma da lei especial (Decreto n. 1800/96, art. 61 e 62), estender-se-á a todo território nacional.
- Em relação ao nome empresarial, a sua proteção é exercida pelo Registro Público de Empresas Mercantis, que está afeto às Juntas Comerciais, estas com sede na capital do respectivo Estado e com jurisdição em todo o seu território.
- Já quanto a denominação das sociedades simples, da associação e da fundação, no âmbito estadual terá sua proteção deficiente, porque essas entidades têm como registro próprio o Registro Civil das Pessoas Jurídicas, tendo cada um deles jurisdição na Comarca de sua sede.
- Cabe ao prejudicado impetrar a ação para anular a inscrição do nome empresarial feita com a violação da lei ou do contrato.
- A ação deve ser movida contra o Órgão que efetuou a inscrição e não contra o indevidamente inscrito.
- As sociedades simples (que não são empresárias) merecem o mesmo tratamento revisional que o aplicado ao empresário e à sociedade empresária.
13. CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO DO NOME EMPRESARIAL
- Será cancelado a requerimento de qualquer interessado, quando cessar o exercício da atividade para que foi adotado, ou quando ultimar-se a liquidação da sociedade que o inscreveu.
O interessado é aquele que tem poderes para tal.
OS LIVROS EMPRESARIAIS - art. 1179 CC/02
	Outra obrigação legal imposta a todo empresário, seja empresário individual ou sociedade empresária, é a necessidade de “seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico” (art. 1179 CC/02).
	A obrigação é tão importante que a legislação falimentar considera crime a escrituração irregular, caso a falência do empresário seja decretada (arts. 178 e 180 da Lei 11.101/05, pela importância que ostentam, os livros empresariais são equiparados a documento público para fins penais, sendo tipificada como crime a falsificação, no todo ou em parte, da escrituração empresarial (art. 297, § 2º, Código Penal).
	A escrituração do empresário é tarefa que a lei incumbe a profissional específico: o contabilista, o qual deve ser legalmente habilitado, ou seja, estar devidamente inscrito no seu órgão regulamentador da profissão (art. 1182 CC/02). O referido dispositivo legal, todavia, ressalva os casos em que não exista contabilista habilitado na localidade, quando a tarefa de escrituração do empresário poderá ser exercida por outro profissional ou mesmo pelo próprio empresário (não é a melhor solução).
OBRIGAÇÕES DOS EMPRESÁRIOS
Registrar-se na Junta Comercial antes de iniciar suas atividades (art. 967);
Escriturar regularmente os livros obrigatórios;
Levantar balanço patrimonial e de resultado econômico a cada ano.
- A não observância não exclui o empresário do regime jurídico-comercial, mas importa outras consequências.- Em algumas situações configura até prática de crime.
IRREGULAR:
ilegitimidade ativa para o pedido de falência;
ilegitimidade para o pedido de recuperação judicial e/ou extrajudicial;
ineficácia probatória dos livros;
responsabilidade ilimitada dos sócios pelas obrigações da sociedade.
O CC/02, arts. 970 e 1.179, § 2º, dispensa a pequena empresa do dever geral de escrituração, no entanto, a Microempresa e o Empresário de Pequeno Porte não estão dispensados de manter a escrituração. 	
2. ESPÉCIES DE LIVROS
- livros empresariais – aqueles cuja escrituração é obrigatória ou facultativa ao empresário, em virtude da legislação comercial. Além destes, também se encontra o empresário obrigado a escriturar outros livros, não mais por força do Direito Empresarial, mas, sim, por força da legislação de natureza tributária, trabalhista ou previdenciária. Os livros empresariais são uma parte dos livros do empresário.
Duas espécies: obrigatórios e os facultativos.
a. OBRIGATÓRIOS > aqueles que a escrituração é imposta ao empresário;
		 > a sua ausência traz consequências sancionadoras.
>>>os obrigatórios se dividem em: comuns e especiais.
Os COMUNS: são os livros obrigatórios cuja escrituração é imposta a todos os empresários
No Brasil > CC/02, art 1.180, é obrigatório comum> o “DIÁRIO”;
Independentemente da natureza da atividade econômica que exploram e do tipo de sociedade adotado, etc;
Qualquer empresário, sejam pessoas física ou jurídica.
Os ESPECIAIS > aqueles cuja escrituração é imposta apenas a determinada categoria de exercentes de atividade empresarial.
São obrigatórios especiais:
Registro de Duplicatas – Lei 5.474/68
Entrada e Saída de Mercadorias – Decreto 1.102/1903
Pela Lei 6.404/76 é imposta a todas as sociedades por ações:
Registro de Ações Nominativas
Transferência de Ações Nominativas
Atas de Assembleias Geral/Extraordinária
Presença dos Acionistas 
Também outros livros obrigatórios especiais: de banco, de leiloeiros, corretores.
b. FACULTATIVOS > são os livros que o empresário escritura com vistas a um melhor controle sobre os seus negócios;
a sua ausência não acarreta nenhuma sanção.
Entre os facultativos – (não são muito usados): Caixa e Conta Corrente
3. ESCRITURAÇÃO REGULAR
Para produzir os efeitos jurídicos que a lei atribui, deve atender a dois requisitos:
intrínsecos
extrínsecos
Os INTRÍNSECOS – são os pertinentes à técnica contábil (art. 1.183 CC)
em idioma e moeda corrente nacionais
forma mercantil
ordem cronológica de dia, mês e ano
sem intervalos em branco
sem entrelinhas, borrões ou emendas
sem transportes para as margens
Quando ocorrerem erros > somente por ESTORNO pode ser corrigido.
EXTRÍNSECOS – relacionados com a segurança dos livros empresariais.
Termos de Abertura e Encerramento
Autenticação pela Junta Comercial
Devido a tecnologia: Se fizer a escrituração em fichas soltas, deverão estas ser encadernadas, com termo de abertura e encerramento.
Também, pode substituir o livro “Diário” por outros dois instrumentos contábeis: as fichas e o livro: “Balancetes Diários e Balanços”.
Microfilmagem – Lei n. 5.433/68
Processo informatizado – mesmo procedimento.
PARA FINS PENAIS os livros mercantis se equiparam ao documento público.
4. CONSEQUÊNCIAS DA IRREGULARIDADE NA ESCRITURAÇÃO
- Se faltar um dos requisitos legais ou não possuir livro obrigatório, poderão ocorrer consequências na órbita civil e penal.
No plano civil
1) não poderá promover a ação de verificação de contas para fins de pedido de falência com base na impontualidade do devedor;
2) não poderá valer-se da eficácia probatória que o CPC concede aos livros empresariais;
3) se requerida a apresentação de livro obrigatório contra o empresário, não o possuindo, ou possuindo irregular, presumir-se-ão como verdadeiros os fatos relatados pelo requerente.
No campo penal:
A Lei de Falências reputa crime falimentar a inexistência dos livros obrigatórios ou sua escrituração atrasada, lacunosa, defeituosa ou confusa;
Falindo o empresário ou sociedade empresária que não cumpre a obrigação de manter a escrituração regular de seu negocio, a falência será necessariamente fraudulenta.
CONSERVAÇÃO DOS LIVROS
Devem ser conservados até a prescrição das obrigações neles contidas;
Após o decurso do prazo, a sua inexistência ou mesmo irregularidade, nada acarretará.
EXIBIÇÃO JUDICIAL E EFICÁCIA PROBATÓRIA DOS LIVROS
- Em tese, os livros gozam da proteção do princípio do sigilo (art. 1190 CC);
Não pode ser feita por simples vontade das partes ou por decisão do juiz, senão em determinadas hipóteses de lei;
A exibição poderá ser parcial ou total;
Na parcial 
Se faz por extração da parte que interessa ao juízo e restituição imediata do livro ao empresário;
Nesta, a exibição pode ser decretada de ofício pelo juiz ou a requerimento da parte, em qualquer ação judicial.
Na total
a. 	pode importar sua retenção em cartório durante todo o andamento da ação;
não garantirá sigilo;
dificultará a escrituração pelo empresário.
Por isso, só pode ser determinada pelo juiz, a requerimento da parte, em apenas algumas ações:
questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade
administração ou gestão à conta de outrem ou falência
Na falência o juiz pode determinar de ofício a exibição total dos livros.
Para as autoridades administrativas fazendárias ou da seguridade social (art.1.193 CC) o empresário deve exibir os livros empresariais o acesso à escrituração é irrestrito (art. 195 do CTN e lei n. 8.212/91)
Na hipótese de falência, os credores do falido (LF, art. 30, III) têm assegurado livre acesso aos livros e documentos do devedor, independentemente de autorização judicial. 
BALANÇOS ANUAIS
O empresário e a sociedade empresária, ANUALMENTE, devem levantar dois balanços:
Balanço Patrimonial – ativo e passivo (bens, débitos e créditos)
Balanço de Resultado Econômico – lucros e perdas
O descumprimento de levantamento do balanço anual não traz ao empresário que a descumpre qualquer sanção penal.
Não está relacionada à repressão penal, mas a outros fatores:
As S.A. estão sujeitas a regime próprio de demonstração financeira
Legislação tributária
Acesso a crédito bancário
Participação em licitações públicas
Bibliografia conforme a informada no Plano de ensino.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO: 
1. A inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis para o exercício regular de sua atividade de empresa, é facultativo ou obrigatório?
2. Como denomina-se o registro a que o empresário está sujeito?
3. Quais são os requisitos necessários para a inscrição do empresário?
4. As sociedades simples estão obrigadas a serem registradas em que local?
5. Por quem será requerida a inscrição do empresário?
6. Por quem será requerida a inscrição da sociedade empresária e de que forma?
7. Qual o prazo que, como regra geral, deve ser observado para que os documentos sejam apresentados para a respectiva inscrição?
8. O que ocorrerá se o registro (inscrição) da sociedade empresária for requerido além do prazo legal?
9. Quantos dias o administrador, que não foi nomeado no próprio ato de constituição da empresa, tem para requerer a averbação de sua nomeação?
10. Quantos dias o novo administrador tem para providenciar na averbação da cassação do exercício do cargo do administrador anterior?
11. Após a realização de uma assembleia de sócios, em até quantos dias deve ser apresentada a cópia da ata, devidamente autenticada, para o arquivamento e averbação?
12. Quais são os atos do registro (inscrição) de uma empresa?
13. O que significa matrícula?
14. O significa arquivamento?
15. Além do empresário e da sociedade empresária, quem deve também ter seus atos arquivados?
16. O que significa autenticação?
17. Por ocasião do processodecisório do registro de empresa, quando se tratar de uma decisão colegiada, qual o prazo que a Junta Comercial tem para deliberar sobre o assunto?
18. Cite três exemplos em que ocorrerão as decisões colegiadas?
19. No tocante a decisão singular na Junta Comercial, qual o prazo para que a mesma delibere sobre o assunto?
20. Cite três exemplos em que ocorrerão as decisões singulares?
21. A quem cabe verificar a regularidade das publicações determinadas em lei?
22. Em que local serão publicadas as deliberações dos referidos órgãos?
23. Quanto às sociedades estrangeiras, onde deve ser realizada as publicações relativas às mesmas?
24. Quando uma sociedade limitada convoca uma assembleia dos sócios, quantas vezes, no mínimo, deve publicar a convocação, sendo que a primeira deve ocorrer com antecedência mínima de oito dias da realização da assembléia?
25. E, quando ocorrer a falta de quorum e não for possível realizar a assembleia dos sócios, qual o procedimento a ser adotado no tocante a publicação de sua convocação?
26. Quando o órgão encarregado do Registro constatar irregularidade em algum ato ou documento, qual o procedimento do mesmo?
27. Qual é o prazo para que o empresário e/ou a sociedade empresária perca seus direitos, caso não realize algum arquivamento?
28. Por qual motivo o empresário e/ou a sociedade empresária deve comunicar à Junta Comercial que ainda se encontram em atividade?
29. Quando o empresário será considerado irregular?
30. O que significa nome empresarial?
31. Quais são as espécies de nome empresarial?
32. Como se dividem essas espécies?
33. Dê um exemplo do nome empresarial de um empresário (pode ser com seu nome)? Escreva de várias maneiras:
34. Dê um exemplo de nome empresarial de uma sociedade em nome coletivo (seu próprio nome e o de dois colegas):
35. Dê um exemplo de uma sociedade em comandita simples (seu nome, o de um colega, e outros):
36. Numa sociedade limitada que adotar firma, como será a composição do nome empresarial? (seu nome e o de vários colegas).
37. Numa sociedade limitada que adotar denominação, como será o nome empresarial? Dê um exemplo:
38. O que ocorrerá se a palavra “limitada” for omitida quando da composição do nome empresarial de uma sociedade limitada?
39. Como funciona o nome empresarial de uma sociedade cooperativa? Dê um exemplo?
40. A sociedade anônima (S/A) opera sob firma ou denominação? 
41. Dê três exemplos de como poderá ser composto o nome empresarial da S/A, utilizando as palavras S/A ou sociedade anônima:
42. Na sociedade anônima, quando da elaboração do nome empresarial, como poderá ser utilizada a palavra “companhia”? Dê dois exemplos da utilização da referida palavra:
43. Utilizando o seu próprio nome, como será composto o nome empresarial de uma sociedade em comandita por ações que adotar firma?
44. Como será o nome empresarial de uma sociedade em comandita por ações que adotar denominação?
45. Poderá a sociedade em conta de participação adotar firma ou denominação?
46. O nome empresarial poderá ser objeto de alienação (venda)?
47. Quando será possível realizar certas operações para a mudança do nome empresarial?
48. A quem cabe impetrar (ingressar) com a ação para anular a inscrição do nome empresarial feita com violação da lei ou do contrato?
49. Contra quem deve ser movida a referida ação judicial?
50. Quando será cancelada a inscrição do nome empresarial?
51. Quais as obrigações do empresário?
52. Quais os livros que os microempresários ou empresários de pequeno porte, pessoas físicas ou jurídicas, sejam ou não optantes do SIMPLES devem possuir?
53. Quais as espécies de livros empresariais? 
54. Como se dividem os livros obrigatórios comuns?
55. Quando será necessário o livro obrigatório especial em uma empresa?
56. O que são livros facultativos?
57. Observância a quais os requisitos que a escrituração regular necessita para poder produzir efeitos jurídicos?
58. O que é uma escrituração intrínseca e uma escrituração extrínseca? 
59. Dê exemplos de escrituração intrínseca e de escrituração extrínseca:
60. Quais as consequências da irregularidade na escrituração contábil?
61. Comente a respeito da exibição judicial e a eficácia probatória dos livros empresariais?

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