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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE FLORIANO - FAESF 
 DISCIPLINA: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
 
 
 
 
TEMA:HERMENEUTICA - ATRIBUTOS DE VALIDEZ DO 
DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 PROFESSOR: ADISON ALMEIDA DO NASCIMENTO 
 
 
1. CONCEITOS 
 
 Vigência: significa que a norma, por atender a determinados 
requisitos técnico-formais de elaboração e positividade, acha-se 
posta à executoriedade. 
 
 Eficácia : Devemos designar o resultado social positivo 
alcançado pelas normas jurídicas .Lei eficaz é aquela que provoca 
as consequências sociais almejadas por seu autor ao elaborá-la. 
 
 Efetividade: fenômeno social de obediência às normas 
jurídicas. A noção de efetividade compreende, ainda, a aplicação 
das normas pelos órgãos encarregados da administração da 
justiça: tribunais e administradores. 
 
• Classificação das leis em desuso 
 
 Anacrônicas : leis velhas que não representam mas a vontade 
social. 
 
 Artificiais : são as leis que não retratam a realidade onde vigem. 
 
 
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 Leis injustas – são aquelas que ordenam os fatos com medidas 
desiguais, negando ao homem o seu correspondente quinhão. 
 
 Leis defectivas - são aquelas que não apresentam os dados 
necessários à sua plena execução. 
 
• OBS: A perda da efetividade não teria a força de apagar a vigência da 
lei – Art. 2 da LINDB 
 
 Paulo Nader pensa o contrário e afirma que somente as leis de ordem 
pública não poderiam ser aplicado o desuso. 
 
• As questões de ordem pública, que refletem a supremacia do interesse 
público sobre o interesse particular, são imperativos que devem ser 
reconhecidos de ofício pelo julgador para que se tenha a correta 
prestação jurisdicional por parte do Estado-juiz. 
 
•Estamos diante de normas cogentes, isto é, normas que não toleram 
renúncia. 
 
 
 
 
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 Ex: Art. 1º do CDC; 
 
o A função social (interesse público) dos contratos, inserido-se no 
conteúdo dos pactos, atenua valor do “pacta sunt servanda”. 
 
o São, portanto, indisponíveis e inafastáveis, pois resguardam 
valores básicos e fundamentais da ordem jurídica do Estado Social, 
daí a impossibilidade de o consumidor delas abrir mão (STJ, Resp 
586.316, Rel. Min. Herman Benjamim, 2ª T., DJ 19/03/09). 
 
 OBS: Não confundir desuso com caducidade: Esta ocorre pela 
superveniência de uma situação, cuja ocorrência torna a norma 
inválida sem que ela precise ser revogada (por norma revogadora 
implícita ou manifesta). 
 
 Essa (caducidade) situação pode se referir ao tempo: uma norma fixa 
o prazo terminal de sua vigência; quando este é completado, ela deixa de 
valer. Pode referir-se a condição de fato: uma norma é editada para fazer 
frente à calamidade que, deixando de existir, torna inválida a norma. 
 
 
 
 
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 Em ambas as hipóteses, a superveniência da situação terminal 
é prevista pela própria norma. 
 
 Desuso não tem a ver diretamente com a superveniência de nova 
situação, mas com o comportamento dos destinatários da norma. 
 
 A norma caduca porque as condições de aplicação por ela previstas 
não mais existem. Ela entra em desuso porque os destinatários não a 
cumprem, pois, diante da nova situação, não se sentem mais obrigados. 
 
Legitimidade: Um dos pilares da democracia reside no pleno 
equilíbrio entre os três poderes, e toda vez que um deles 
açambarcar a competência de outro já não se poderá falar em 
Estado democrático. 
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 2. ATRIBUTOS DE URGÊNCIA 
 
 Fumus boni iuris: identifica a circunstância em que há fumaça ou 
aparência do bom direito e é correlata à expressão cognição 
sumária, não exauriente, incompleta ou superficial. 
 
•Quem decide com base em fumus não tem conhecimento pleno e total 
dos fatos e, portanto, ainda não tem certeza quanto a qual seja o direito 
aplicável. 
 
 Periculum in mora: identifica circunstância em que, se não for 
concedida a medida pleiteada, posteriormente não mais adiantará a 
sua concessão. 
 
• Não se admite que o receio esteja fundado em temor, ou fato subjetivo, ou 
dúvida pessoal, decorrente de uma valoração subjetiva da parte. 
 
 
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Verossimilhança: em linguagem corrente, ao atributo daquilo que 
parece intuitivamente verdadeiro, isto é, o que é atribuído a 
uma realidade portadora de uma aparência ou de 
uma probabilidade de verdade. 
 
•Embora haja um certo consenso de que a prova inequívoca da 
verossimilhança do direito seja mais do que o fumus boni juris, em 
ambas a decisão estará fundada na probabilidade de existência do 
direito invocado. 
 
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