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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE TRANSPORTES RELATÓRIO DE PRÁTICAS Fortaleza – CE 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 3 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4 3. MATERIAIS UTILIZADOS 8 4. MÉTODOS UTILIZADOS 10 5. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 13 6. CONCLUSÃO 14 7. BIBLIOGRAFIA 15 INTRODUÇÃO O ensaio para a determinação de amostras é baseado na DNER – ME 041/94 que estabelece métodos para preparação de tais, foi a primeira prática realizada na disciplina e ocorreu no dia 20 do mês de março, serviu como base para os demais experimentos. A segunda prática realizada foi a de determinação da umidade dos grãos, a umidade é a relação entre o peso da água e o peso do material sólido, dependendo dos tipos de solos a umidade pode assumir valores variados. O relatório em questão visa abordar os três métodos que são utilizados para obtenção da umidade do solo, sendo eles: o método do speedy, o da frigideira e por fim o método da estufa, o método expedito do álcool não foi realizado devido os perigos que tal poderia apresentar aos envolvidos. Os experimentos foram baseados na DNER 052/94 para o método do speedy, na DNER 213/94 para o método da estufa e na NBR 16097 para o método da frigideira e a prática ocorreu no dia 27 do mês de março. Por fim o ensaio número três foi sobre a determinação da densidade real dos grãos e foi baseado na DNER – ME 093/94, a prática ocorreu no dia 03 do mês de abril. A Densidade Real de solos é a relação entre o peso específico das partículas sólidas, e o peso específico de igual volume de água pura a 4° C. Também é chamada de densidade relativa das partículas que constitui o solo. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Preparação de Amostras: Para a prática de preparação de amostras foi utilizada a DNER – ME 041/94 como já mencionado, no item 4 da DNER ela estabelece resumidamente os seguintes procedimentos para a preparação das amostras: A amostra de solo como recebida e identificada do campo deverá ser seca ao ar ou pelo uso de aparelho secador, de modo que a temperatura de amostra não exceda 60ºC, a menos que experiência prévia tenha mostrado que uma maior temperatura não mudará as características do solo. Em seguida, desagregam-se completamente os torrões no almofariz com a mão de gral coberta de borracha ou por intermédio de um dispositivo mecânico, evitando reduzir o tamanho natural das partículas individuais do solo. Reduz-se todo o material preparado com o auxílio do repartidor de amostras ou pelo quarteamento, até se obter uma amostra representativa para os ensaios desejados. Determinação da Umidade dos Grãos: Para o ensaio de determinação da umidade do solo três métodos foram utilizados e estão explicitados logo abaixo: Método do Speedy (DNER 052/94): O peso da amostra é estimado de acordo com a umidade que a amostra admite possuir e é tabelado por norma (Tabela – Peso amostra em função da umidade admitida). O ensaio deve seguir as seguintes etapas: Prepara-se a amostra e coloca-se na câmera do aparelho; Introduz-se duas esferas de aço juntamente com a ampola de carbureto de cálcio cuidadosamente para que elas deslizem pela parede da câmera sem quebrar; Fecha-se o aparelho e o agite repetidamente para quebrar as ampolas; Lê-se a pressão manométrica após está se apresentar constante, indicando que todo a água reagiu com o carbureto. Método da estufa (DNER 213/94): Após ser coletada uma amostra representativa do material do qual se deseja determinar a umidade atendendo os requisitos da DNER – ME 041/94 deverão ser seguidos os seguintes procedimentos: Deve-se pesar o recipiente, limpo e seco, com a respectiva tampa, anotando-se o valor obtido como a massa ou tara do recipiente; Colocar dentro do recipiente a amostra úmida, fechando-o com a tampa, imediatamente. Pesar o conjunto, anotando-se o valor obtido como a massa bruta úmida; Remover a tampa e colocar o conjunto na estufa elétrica à temperatura constante de 110ºC ± 5ºC, mantendo-o na estufa até que a sua massa se torne constante, que é a seguir pesada e anotada como a massa bruta seca; ao retirar o conjunto da estufa, deve-se logo tampá-lo e deixá-lo resfriar a temperatura ambiente antes da pesagem. A umidade será determinada da seguinte maneira: Método da Frigideira (NBR 16097): Para o método da frigideira deverão ser seguidas as instruções contidas na NBR 16097 que estão prescritas logo a seguir: Deve-se determinar a tara T do conjunto frigideira mais espátula ou colher; Separar cerca de 200 g de amostra úmida e colocar na frigideira, determinando a massa bruta úmida. Para solos contendo mais 20% de material retido na peneira com abertura de malha de 4,75 mm, utilizar uma quantidade mínima de 300 g de amostra. Para solos contendo mais 20% de material retido na peneira com abertura de malha de 19 mm, utilizar uma quantidade mínima de 500 g de amostra; Aquecer a amostra em fogo baixo, revolvendo continuamente com a espátula ou colher para; Determinar a massa do conjunto (solo seco mais frigideira), reaquecer por alguns minutos e pesar novamente, repetir o processo até que a massa permaneça constante. Determinação da densidade real dos grãos (DNER – ME 093/94): A amostra é obtida conforme a DNER – ME 041/94, em seguida são realizados os seguintes procedimentos: Pesa-se o picnômetro vazio, seco e limpo (P1); Coloca-se a amostra no picnômetro e pesa-se (P2); Coloca-se, a seguir, água destilada no picnômetro até cobrir, com excesso, a amostra Aquece-se o picnômetro, deixando ferver pelo menos 15 minutos, para expulsar todo ar existente entre as partículas do solo, agitando-o para evitar superaquecimento; Deixa-se o picnômetro esfriar ao ambiente; Enche-se completamente o picnômetro com água destilada, coloca-se em um banho de água à temperatura ambiente, durante 15 minutos, coloca-se a rolha perfurada de modo que aflore à sua parte superior e anota-se a temperatura do banho (t); retira-se do banho e enxuga-o com um pano limpo e seco; Pesa-se o picnômetro e conteúdo (P3); Retira-se, a seguir, todo o material de dentro do picnômetro; lava-se e enche-o completamente com água destilada; coloca-o no banho de água à temperatura ambiente, durante 15 minutos, coloca-se a rolha perfurada, de modo que a água aflore à sua parte superior e anota-se a temperatura do banho (t); retira-se o picnômetro do banho, enxuga-o com um pano limpo e seco e pesa-o a seguir (P4) A densidade real dos grãos será obtida de acordo com a expressão abaixo: O resultado final deverá ser expresso em número adimensional e com aproximação de centésimos e de acordo com a norma o ensaio não será considerado quando obtido pela média de duas determinações, no mínimo, e quando não diferirem do 0,009 O valor da densidade deverá ser referido à água á uma temperatura de 20° C, e deverá ser calculado da seguinte forma: O fator de correção k pode ser encontrado na tabela de razão entre a densidade relativa de água à temperatura (t) e a densidade relativa da água a 20° C, na prática realizada á temperatura (t) foi de 29°C e se encontra logo abaixo: MATERIAIS UTILIZADOS Materiais Utilizados (Prática 01): Repartidor de amostra; Balança de precisão; Almofariz Materiais Utilizados (Prática 02): 3 Cápsulas para o armazenamento das amostras; Estufa; Aparelho Umidímetro tipo Speedy; Ampola de carbureto de cálcio; 2 esferas de aço; Frigideira; Balança de precisão; Fogão. Figura 01 - Materiais utilizados na prática Fonte: Autoral Materiais Utilizados (Prática 03): 03 Picnômetros; Balança de precisão; Fogão; Água destilada; Peneira de 2 mm Termômetro graduado Funil Capsula de porcelana MÉTODOS UTILIZADOS Método de preparação de amostras: Para a prática de preparação de amostras seguiu-se os procedimentos que a norma estabelece, ou seja, utilizou-se uma amostra colhida em campo de solo, devidamente identificada, ela foi seca ao ar, de modo que a temperatura de amostra não excedeu 60ºC. Em seguida, desagregou-se completamenteos torrões com o auxílio do almofariz e com a mão de gral, tendo cuidado para não reduzir o tamanho natural das partículas individuais do solo. Por fim todo o material preparado foi repartido com o auxílio do repartidor de amostras e também foi dividido pelo método do quarteamento, assim obtemos uma amostra representativa para os ensaios desejados. Método de determinação de umidades: Método do Speedy Para determinar a umidade do solo por meio do método do speedy foi colocado uma amostra representativa do solo no equipamento do tipo speedy, em seguida colocou-se duas esferas de aço e uma ampola de carbureto de cálcio, agitou-se repetidamente o instrumento até que as esferas quebrassem a ampola. Ao haver o rompimento da ampola o carbureto de cálcio é liberado e logo entra em reação com o solo tirando toda umidade do mesmo, por fim foi feita a leitura do aparelho que nos retornou uma umidade de 6,6%. Método da Frigideira O método da frigideira é o menos preciso de todos os métodos, só é recomendado para situações nas quais não é possível realizar nenhum dos demais, ele consiste basicamente em separar uma amostra de solo úmida que na prática em questão teve um peso de 77,02, em seguida o material é aquecido até mudar de coloração, foi visivelmente fácil perceber quando o solo já estava seco, em seguida retirou-se a frigideira do fogão e pesamos o solo seco que teve um peso de 71,49, foram feitos os cálculos que a norma descreve e assim a umidade foi determinada. Figura 02 – Coloração do material ao ser utilizado o método da frigideira Fonte: Autoral Método da Estufa O método da estufa é o mais preciso de todos os demais. Utilizamos três cápsulas que foram elas a cápsula 02, 28 e 65 para armazenar o material, em cada uma delas anotou-se o peso de material úmido e o peso da cápsula, em seguida as três foram para a estufa com uma temperatura variando de 105 °C a 110° C. As amostras ficaram na estufa por no mínimo 12 horas ou até que o peso do material seco permanecesse constante. Por fim realizou-se os devidos cálculos para determinar a umidade. Método de determinação da densidade real dos grãos Pesou-se os três picnômetro vazios, secos e limpos e anotou o peso (P1), em seguida colocamos a amostra no picnômetro e pesamos (P2), esse peso é referente a amostra de solo mais o P1 (peso do picnômetro), após feito isso colocou-se água destilada no picnômetro até cobrir, com excesso, a amostra. Aquecemos o picnômetro, deixando ferver pelo menos 15 minutos, para expulsar todo ar existente entre as partículas do solo, após essa etapa deveríamos esperar os picnômetros esfriarem a temperatura ambiente, no entanto, devido o tempo apenas lavou-se os picnômetros em água corrente e secou com um pano as vidrarias. Encheu-se novamente o picnômetro com água destilada, os colocamos em um banho de água à temperatura ambiente, durante 15 minutos, em seguida colocou-se a rolha perfurada de modo a aflorar à sua parte superior e anotou-se a temperatura do banho, que no caso foi de 29° C, retiramos as vidrarias do banho e enxugamos com um pano limpo e seco. Pesa-se o picnômetro e conteúdo (P3). Retiramos em seguida todo o material de dentro do picnômetro; lavamos e o enchemos completamente com água destilada; deveria ser colocado no banho de água à temperatura ambiente, durante 15 minutos, porém apenas colocamos a rolha perfurada, de modo que a água aflorasse à sua parte superior, enxuga-se com um pano limpo e seco e pesa-o a seguir (P4) Figura 03 – Verificação da temperatura Fonte: Autoral APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Método do Speedy Para o método do speedy obteve-se a umidade abaixo: UMIDADE 6,60% Método da Frigideira Para o método da frigideira obteve-se a umidade abaixo: PESO ÚMIDO (PBH) PESO SECO (PBS) UMIDADE 77,02 71,49 7,74% Método da Estufa Para o método da estufa foram obtidas as seguintes umidades: CÁPSULAS 02 28 65 PBH 52,14 48,8 48,17 PBS 49,35 46,26 45,38 PESO DA CÁPSULA 12,66 9,51 12,48 UMIDADE (%) 7,60 7,52% 7,78% Média das umidades (Amostras 02 e 28) 7,56% Comparando os resultados Método da Estufa Método da Frigideira Método do speedy 7,56 7,74 6,60 Em relação ao método da estufa o método da frigideira variou em 0,18% e o método do speedy variou em 0,96% o que não era esperado já que o método do speedy é o segundo método mais preciso, o primeiro é método da estufa. Método de determinação da densidade real dos grãos: Picnômetro Peso do Picnômetro (P1) Peso do Picnômetro + solo (P2) Picnômetro + água destilada (P3) Picnômetro + água (P4) Densidade Relativa dos Grãos (Dt) Densidade Real dos Grãos ( D20 = K20 x Dt) P05 31,99 42,28 89,76 83,36 2,6452 2,6392 P19 33,50 43,49 89,79 83,63 2,6084 2,6024 P21 30,73 40,70 88,26 82,04 2,6587 2,6526 Diferença entre P21 e P05 2,6526 – 2,6392 = 0,0134 A densidade real dos grãos variou em mais de 0,009 isso se deve ao fato de que não esperamos a amostrar resfriar completamente em temperatura ambiente, apenas lavamos as vidrarias em água corrente. CONCLUSÃO Por meio do ensaio de preparação de amostras foi possível perceber a importância de se ter uma amostra representativa do solo analisado para que não se tire conclusões erradas acerca dos solos estudados, já que o ensaio de preparação de amostras serve como base para outros experimentos, foi possível concluir também a importância de se identificar bem os solos extraídos em campo. No ensaio de determinação da umidade, as umidades determinadas pelo método da estufa e da frigideira foram bem próximas, já o método do speedy variou muito em relação ao da estufa (método mais preciso), o que não era esperado já que tal é o segundo método mais preciso, provavelmente esse erro pode ter sido decorrente de algum problema no equipamento ou erro de leitura. O experimento de densidade real dos grãos apresentou uma variação maior que a permitida pela DNER que é de 0,009, de acordo com a norma o ensaio deveria ser repetido, no entanto já era esperado que esse erro fosse maior que o da tolerância já que algumas etapas do ensaio não seguiram os procedimentos estabelecidos por norma. BIBLIOGRAFIA DNER – 041/94 https://docente.ifrn.edu.br/johngurgel/disciplinas/2.2051.1v-mecanica-dos-solos-1/preparacao-de-amostras-de-solos-para-ensaios-de-caracterizacao NBR 16097 https://www.passeidireto.com/arquivo/16624475/relatorio-01---teor-de-umidade-e-apresentacao-de-materiais DNER - 093/94 http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-manuais/normas/meetodo-de-ensaio-me/dner-me093-94.pdf DNER – 05/94 http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-manuais/normas/meetodo-de-ensaio-me/dner-me052-94.pdf DNER 213/94 http://www.ippuc.org.br/cd_caderno_de_encargos/volume%2003_PDF/DNER-ME%20213-94.pdf
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