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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS – 2570 TURMA: 01 RELATÓRIO N 1 Título da aula prática: DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE DO SOLO Acadêmico(a): Arthur Archer RA: 115707 Ryan Tanoshi RA: 115671 Maringá, 15 de setembro de 2021. 2 1. OBJETIVO(S) Nesse experimento tem-se como objetivo a determinação do teor de umidade de um determinado solo, através de três métodos conhecidos na área de mecânica dos solos, sendo eles o método de estuda, fogareiro e speedy. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A preparação das amostras de solo para ensaios de caracterização consiste primeiramente em secar, destorroar, quartear, pesar e peneirar a amostra para então obter-se uma quantidade homogênea para representar o solo a ser analisado. Esse tipo de ensaio segue os documentos normativos da ABNT NBR-6457. Já o ensaio de compactação de solos é um método de estabilização que se dá ao aplicar energia a amostra, aumentando seu peso especifico, resistência a cisalhamento e diminuição do índice de vazios, permeabilidade e compressibilidade. A partir desse ensaio é possível relacionar teor de umidade e o peso especifico de uma amostra. Por fim, o ensaio de determinação do teor de umidade permite nos entender mais sobre a plasticidade das argilas, o efeito da saturação na resistência ao cisalhamento, a contração ao efetuar secagem e a facilidade de compactação. Basicamente, o teor de umidade é uma relação em percentagem, entre o peso da água presente em uma amostra e o peso das partículas solidas do mesmo. O teor de umidade, representado por “W” é dado pela equação: 𝑊 = ( 𝑀𝑤 𝑀𝑠 ) 𝑥100; (1) Mw = M1 – M2 (2) Onde Mw é a massa da água; Ms = M2 – M3 (3) Onde é a massa de solo seco; Também foi utiliza função linear utilizada para calibração do ensaio de Speedy é: y = 0,0936x + 0,0234; (4) 3 Figura 2.1: Calibração do Speedy. Ajustando essa reta, isolando o “x” que é o teor de umidade do ensaio; obtemos a função: 𝑥 = 𝑦 0,0936 + 0,25; (5) 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Material O solo utilizado tem sua amostra de tipo deformada, extraido em Iguatemi – PR a uma profundidade de 5 metros, sendo embalada para transporte e passando por um procedimento de secagem em ar ambiente. 3.2 Equipamentos utilizados Durante a aula pratica foram utilizados os seguintes equipamentos para a realização do ensaio: Almofariz; mão de gral recoberta de borracha; Repartidor de amostras; Balanças que permitam pesar nominalmente 1,5kg, 10kg, 20kg, com resoluções de 0,1, 1g e 5g, respectivamente, com sensibilidades compativeis; Peneiras de 76,2mm, 19,1 mm, 4,8mm, 2,0mm, 0,42mm (ABNT NBR NM ISO 3310-1); Bandejas metálicas; 4 Equipamentos para método 1: estufa; dessecador; balança; cápsulas; amostra Equipamentos para método 2: maleta (kit) para transporte; aparelho “Speedy”; ampolas de carbureto de cálcio; esferas de aço; suporte para balança; balança; Equipamentos para método 3: cápsulas; tela de amianto; fogareiro; placa de vidro; amostras; balança; 3.3 Métodos de ensaio Para os ensaios de caracterização iremos primeiramente secar a amostra até próximo da umidade higroscópica, homogeneizar a amostra e reduzir a quantidade de material até se obter uma amostra representativa, para então levar para análise granulométrica, massa especifica dos grãos, LL e LP (Limites de Atterberg. Caso o procedimento seja sem secagem prévia a amostra deve vir embalada, de modo a evitar perde de umidade e não haverá analise granulométrica. Iremos então passar o material para destorroamento no almofariz. Para os ensaios de compactação devemos preparar as amostras com secagem prévia até umidade higroscópica, até a umidade correspondente a 5% abaixo da ótima presumível e a ultima 3% acima da ótima presumível. Já para a determinação do teor de umidade de solos, iremos seguir a ABNT NBR 6457 de 2016 e a DNER – ME52-94. O primeiro método seria o método da estufa, onde iremos tomar uma quantidade de material de acordo com a norma e destorroá-lo, coloca-lo no estado fofo em capsulas metálicas e pesar todo o conjunto tampado, para então remover a tampa e colocar a capsula em estufa com temperatura entre 105 e 110 graus celsius de 16 a 24 horas, para depois dessecar e atingir temperatura ambiente no dessecador, pesando novamente tampado (o procedimento deverá ser realizado 3 vezes). O segundo método seria o tipo “Speedy”, onde iremos tomar uma quantidade de acordo com a norma da DNER, pesá-la e colocar no aparelho “Speedy” junto a duas esferas de aço. Iremos então colocar a ampola de carbureto de cálcio na câmara também, fechar o aparelho e agita-lo até quebrar a ampola, para então ocorrer a mistura carboneto-amostra afim de obter pressão constante no manômetro. Para finalizar, iremos anotar a pressão manométrica e entrar na tabela de calibração do aparelho para obter valor do teor de umidade do solo. O terceiro e ultimo método é o Método do fogareiro, no qual a amostra de solo é seca em uma frigideira levada ao fogo, sendo secada no fogareiro após pesagem (cápsula + solo úmido). Também é utilizada uma placa de vidro para verificação do ponto de secagem. 4. RESULTADOS Para os cálculos pelos métodos de estufa e fogareiro denominou-se as massas das seguintes formas: M1 = massa do solo úmido + massa da cápsula (g) M2 = massa do solo seco + massa da cápsula (g) M3 = massa da cápsula (g) Com esses dados utlizou-se a formula (2) para encontrar Mw (massa de água) e em seguida a fórmula (3) para determinar Ms (massa de solo). Por fim, com Ms e Mw calculados, tem-se o teor de umidade pela fórmula (1). 5 E S T U F A CÁPSULA N° 2 5 12 MASSA DA CÁPSULA (g) 27,92 g 26,40 g 23,47 g MASSA DO SOLO ÚMIDO + CÁPSULA (g) 110,88 g 117,60 g 121,66 g MASSA DO SOLO SECO + CÁPSULA (g) 101,14 g 107,03 g 110,16 g MASSA DE ÁGUA (g) 9,74 g 10,57 g 11,50 g MASSA DE SÓLIDOS (g) 73,22 g 80,63 g 86,69 g TEOR DE UMIDADE (%) 13,30 % 13,11 % 13,27 % TEOR DE UMIDADE MÉDIO (%) 13,23 % F O G A R E IR O CÁPSULA N° 1 3 16 MASSA DA CÁPSULA (g) 28,32 g 30,02 g 29,57 g MASSA DO SOLO ÚMIDO + CÁPSULA (g) 172,35 g 180,03 g 176,25 g MASSA DO SOLO SECO + CÁPSULA (g) 155,04 g 162,36 g 158,88 g MASSA DE ÁGUA (g) 17,31 g 17,67 g 17,37 g MASSA DE SÓLIDOS (g) 126,72 g 132,34 g 129,31 g TEOR DE UMIDADE (%) 13,66 % 13,35 % 13,43 % TEOR DE UMIDADE MÉDIO (%) 13,48 % Figura 4.1: Resultados pelos métodos Estuda e Fogareiro. Já para o método de Speedy, com os dados das amostras 1, 2 e 3, para obter o teor de umidade utilizou-se a fórmula (5), de acordo com a calibração para massa de 10g. S P E E D Y APARELHO SPEEDY N0. 36149 AMOSTRA N° 1 2 3 MASSA DE SOLO ÚMIDO (g) 10,00 g 10,00 g 10,00 g LEITURA NO MANÔMETRO (kgf/cm2) 1,25 kgf/cm² 1,25 kgf/cm² 1,25 kgf/cm² TEOR DE UMIDADE (%) 13,10 % 13,10 % 13,10 % TEOR DE UMIDADE MÉDIO (%) 13,10 % Figura 4.2: Resultados pelo método “Speedy”. 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Com base nos resultados obtidos através dos calculos realizados, pode-se observar que a umidade do solo em análise se encontra próximo dos 13% de acordo com todos os métodos utilizados. Para verificar o erro aceitável, utiliza-se a margem de 5% para mais e para menos, tendo assim as seguintes margens: - Estufa: 12,57% < w < 13,89% -Fogareiro: 12,81% < w < 12,15% -Speedy: 12,45% < w < 13,76% Se comparado as médias de todos métodos, pode-se observar que o Fogareiro tem um resultado mais distante dos outros dois, isso se dá pois esse método tem um resultado muito rápido e não tão preciso, ele é usado apenaspara um estudo rápido do material quando não se tem muito tempo para esperar resultados. Considera-se o método speedy e estufa os mais precisos, porém o método de speedy pode apresentar erros devido ao manômetro que se descalibra ao longo do tempo, para correção deve- se calibrar o manômetro de acordo com a massa utilizada no experimento em questão. Devido a esse possível erro, denomina-se o método da estufa o mais confiável, porém, deve-se ter muito cuidado em seus processos, como por exemplo o tempo que o material fica na estufa, pois alguns solos necessitam de mais de 24 horas e temperaturas menores que 105 ºC, como por exemplo solos orgânicos, turfosos ou que contém gipsita. Além disso, deve-se tomar cuidado ao colocar a cápsula no dessecador, ele deve ser muito bem fechado para que durante o processo de resfriamento não absorva a umidade do ar. Contudo, o método da estuda se apresenta o mais confiável entre os três métodos. Com isso, conclui-se que o solo em análise possui um teor de umidade de 13,23%, assumindo-se um erro de 5%. 7 REFERÊNCIAS DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS E RODAGEM: DNER- ME 52-94, informação e documentação: citações em documentos. 1994 DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE: ENSAIOS GEOTÉCNICOS; SUPORTE SOLOS, Disponível em https://www.suportesolos.com.br/blog/determinacao-do-teor-de- umidade-ensaios-geotecnicos/65/ (acesso em 15/09/2021). PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS DE SOLO PARA ENSAIOS GEOTÉCNICO: SUPORTE SOLOS, Disponível em https://www.suportesolos.com.br/blog/preparacao-de-amostras-de-solo- para-ensaios-de-caracterizacao-ensaios-geotecnicos/64/ (acesso em 15/09/2021). ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: citações em documentos. Rio de Janeiro. 2018. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7182: informação e documentação: citações em documentos. Rio de Janeiro. 2016. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6457: informação e documentação: citações em documentos. Rio de Janeiro. 2016. https://www.suportesolos.com.br/blog/determinacao-do-teor-de-umidade-ensaios-geotecnicos/65/ https://www.suportesolos.com.br/blog/determinacao-do-teor-de-umidade-ensaios-geotecnicos/65/ https://www.suportesolos.com.br/blog/preparacao-de-amostras-de-solo-para-ensaios-de-caracterizacao-ensaios-geotecnicos/64/ https://www.suportesolos.com.br/blog/preparacao-de-amostras-de-solo-para-ensaios-de-caracterizacao-ensaios-geotecnicos/64/
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