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PLANO DE AULA 
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 
INSTITUIÇÃO: FACULDADE ANHANGUERA DE BAURU 
CURSO: ENFERMAGEM NOTURNO 
DISCIPLINA: DIDÁTICA APLICADA Á ENFERMAGEM 
DOCENTE: PATRÍCIA RIBEIRO MATTAR DAMIANCE 
TEMA: TRAUMATISMO CRÂNIOENCEFÁLICO EM VÍTIMAS DE ACIDENTES 
DE TRÂNSITO 
ALUNOS: 
CARGA HORÁRIA: 70h 
ATIVIDADES DE AULA: 30h 
ATIVIDADES DE PRÉ E PÓS AULA: 10h 
AULA PRÁTICA: 30h 
SÉRIE- TURMA: 2º SEMESTRE 
 
2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA: O objetivo dessa disciplina é desenvolver 
no acadêmico competências gerais ou de fundamentos da área, de 
acordo com as unidades de ensino e conteúdos estudados, com foco nas 
habilidades necessárias para a atuação profissional e noções básicas de 
primeiros socorros para uma assistência de enfermagem com qualidade. 
Além disso, com a realização de atividades, debates e trabalhos para 
entrega e ambientes virtuais, o acadêmico é inserido no contexto das 
ferramentas tecnológicas e de autonomia na aprendizagem. 
3. OBJETIVOS DA AULA: Orientar os alunos sobre o que é um TCE 
(Traumatismo Cranioencefálico), como ele ocorre, quais os tipos de TCE, 
sinais e sintomas, níveis de gravidade, tratamento, além de capacitar os 
alunos a prestar os primeiros socorros de forma adequada para melhores 
resultados na assistência prestada. 
 
 
4. CONTEÚDO 
• O QUE SÃO ACIDENTES DE TRÂNSITO (5h) 
• O QUE É TRAUMATISMO CRÂNIOENCEFÁLICO? (5h) 
• SINAIS E SINTOMAS (5h) 
• COMO PROCEDER EM UM ACIDENTE DE TCE? (10h) 
• CLASSIFICAÇÃO (5h) 
• NÍVEIS DE GRAVIDADE (5h) 
• TRATAMENTO (5h) 
• ATIVIDADES DE PRÉ E PÓS AULA: 10h 
• AULA PRÁTICA: 20h 
• AVALIAÇÕES 
 
 
3.1 O QUE SÃO ACIDENTES DE TRÂNSITO? 
Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil ocupa a quinta posição 
em um ranking de mortes causadas por acidentes de trânsito — são cerca de 45 
mil vítimas fatais por ano. Em 2015, foram 652.349 indenizações pagas para 
acidentados, incluindo casos de invalidez permanente e gastos com despesas 
médicas. 
Esses dados indicam que a violência no trânsito em nosso país ainda é 
muito grande e a consciência na direção ainda precisa evoluir bastante. 
É bem verdade que, hoje em dia, há muito mais carros nas principais ruas 
e avenidas das principais cidades do país. Como consequência dessa frota, os 
números de acidentes de trânsito crescem gradativamente nas capitais e demais 
municípios. 
De acordo com os últimos levantamentos feitos sobre o número de 
acidentes no Brasil constatou – se que o Brasil é o 4º país do mundo com maior 
número de mortes no trânsito, ficando atrás somente da China, Índia e Nigéria. 
Tendo em vista que o conceito de acidente de viação é aquele usado para 
definir fatos e alegações que acontecem em público envolvendo diversos tipos 
de veículos, pode-se compreender que qualquer ocorrência que cause danos ao 
automóvel, bem como os condutores e passageiros, está inserida nesse 
contexto. 
Segundo (ADAM, Ricardo 2015), a imprudência dos motoristas é, 
atualmente, uma das principais causas de acidentes no país. Dirigir em alta 
velocidade, o desrespeito a sinalização e a má educação de alguns condutores 
provocam graves consequências não só para quem dirige, mas principalmente 
para os pedestres. 
Não se pode deixar de lado o fato de que o alcoolismo tem grande culpa 
nesse cenário. Casos recorrentes de imprudência no trânsito estão relacionados 
ao consumo exagerado de bebidas destiladas. 
Infelizmente é comum perceber que, aos finais de semana, o índice de 
acidentes tende a ser maior. Isso se deve ao fato de muitas pessoas saírem de 
bares ou outros locais de entretenimento com alto teor de álcool no sangue. 
Inconscientes dos seus próprios atos, os motoristas bêbados têm em 
mãos uma arma, o automóvel. O veículo mal conduzido pode matar inocentes e 
famílias inteiras. 
3.2 O QUE É TRAUMATISMO CRÂNIOENCEFÁLICO (TCE)? 
O trauma cranioencefálico (TCE) é causado por uma agressão ou por uma 
aceleração ou desaceleração de alta intensidade do cérebro dentro do crânio. 
Esse processo causa comprometimento estrutural e funcional do couro 
cabeludo, crânio, meninges, encéfalo ou de seus vasos. O TCE é um trauma que 
não apresenta origem degenerativa ou congênita, e pode causar diminuição ou 
alteração de consciência, resultando em alterações que afetam diretamente o 
funcionamento físico, cognitivo (memória, aprendizado e atenção), 
comportamental ou emocional. 
O TCE pode ser provocado por acidente de trânsito (60 a 70%), quedas 
(20%) e outras causas mais raras como agressões e projétil de arma de fogo. 
 
3.3 SINAIS E SINTOMAS 
Os sintomas podem ser imediatos ou tardios e incluem confusão mental, 
visão turva e dificuldade de concentração. Os bebês ficam irritados e choram 
persistentemente. 
As pessoas podem ter: Dor de cabeça: persistente. 
• Na cognição: amnésia, confusão mental, dificuldade de concentração, 
dificuldade em pensar e compreender, incapacidade de reconhecer coisas 
comuns ou perda de memória recente. 
• No corpo: desmaio, distúrbio do equilíbrio ou tontura. 
• No aparelho gastrointestinal: náusea ou vômito. 
• Também é comum: momento temporário de lucidez, sangramento ou visão 
embaçada. 
• coma; 
• perda da visão; 
• convulsões; 
• epilepsia; 
• deficiência mental; 
• alterações de comportamento; 
• perda da capacidade de locomoção e/ou 
• perda do movimento de algum membro. 
 
 
3.4 COMO PROCEDER EM UM ACIDENTE DE TCE? 
Os primeiros socorros em casos de traumatismo craniano são 
importantíssimos, quanto antes for feito o atendimento médico, maiores são as 
chances de não acarretar em nada mais grave. Uma lesão na cabeça pode não 
causar mal nenhum, mas também pode deixar sérias sequelas ou até mesmo 
levar a morte. 
 
 Por possuir diversas artérias e veias, e o crânio ser rígido e o cérebro 
macio, uma lesão, pode gerar um hematoma que comprimiria o cérebro dentro 
da caixa craniana causando lesões neurológicas. 
Os primeiros socorros em casos de traumatismo craniano são: 
• Primeiramente pedir socorro imediato; 
• Tentar acalmar a vítima; 
• Avalie as funções vitais; 
• Não dê nada para vítima beber; 
• Aplique compressas geladas na região atingida; 
• Não mover a pessoa (ela pode ter sofrido algum tipo de lesão no 
pescoço); faça o possível para preservar a coluna cervical. A 
vítima poderá ter TRM; 
• Na ocorrência de convulsões, tomar os devidos cuidados, estando 
atento à duração da crise; 
• As primeiras 12 horas são imperativas; 
• Favorecer a ventilação. O TCE pode causar hipóxia no SNC; 
• Hemorragias externas: contenção adequada; 
• Providenciar o transporte da vítima o mais rapidamente possível. 
A maioria dos traumatismos cranianos tem poucas consequências, mas 
em crianças com a formação do crânio em andamento podem ser mais sérias, 
prejudicando o desenvolvimento do cérebro. Os traumatismos mais graves são 
causados em acidente de trânsito e os mais leves em acidentes domiciliares. 
Com um atendimento rápido e de forma correta, as chances de socorro são muito 
maiores. 
Importante investigar: o estado de consciência, reação pupilar à luz, 
movimentos dos olhos, reflexos oculares, respostas motoras, e padrões 
respiratórios 
 
3.5 CLASSIFICAÇÃO 
O TCE pode ser classificado em: 
1. FECHADO– quando não há exposição de estruturas do crânio. Ocorre em 
acidentes automobilísticos, quedas e agressões. 
2. ABERTO OU PENETRANTE – quando há exposição de estruturas do crânio. 
Ocorre em ferimentos por arma de fogo e lesões por instrumentos perfurantes. 
 
3.6 NÍVEIS DE GRAVIDADE 
A gravidade do TCE pode ser avaliada levando-se em consideração o 
nível de consciência do
paciente segundo a escala de coma de Glasgow (ECG). 
Esta escala é aplicada pelos médicos e avalia três parâmetros que são: 1) 
abertura ocular; 2) melhor resposta verbal e 3) melhor reposta motora. A 
pontuação vai de 3 a 15. Quanto menor o valor obtido, pior será o trauma. 
• TCE LEVE – ECG-14 ou 15 pontos com história de perda de consciência e ou 
alteração da memória ou atenção maior que 5 minutos. Em crianças menores de 
2 anos perda de consciência menor que 1 minuto. 
• TCE MODERADO – ECG- 9 – 13 pontos ou perda de consciência maior ou igual 
a 5 minutos e ou déficit neurológico focal. 
• TCE GRAVE – ECG menor que 8 pontos. Traumatismo craniano grave, em 
que existem hemorragias internas, fraturas ou lesões cerebrais graves, pode ser 
necessário utilizar cirurgia e, por isso, o internamento pode ser prolongado por 
vários dias. 
 
3.7 TRATAMENTO 
O tratamento do TCE inicia na cena do trauma, que exige nesse momento 
organização e conduta de qualidade. É importante que ocorra transporte correto 
da vítima e uma admissão adequada no hospital. Esses passos contribuirão para 
realizar um diagnóstico correto, estabelecer um prognóstico e uma conduta 
terapêutica eficaz e de qualidade. Inicialmente o tratamento será clínico e/ou 
cirúrgico, em seguida, após o quadro clínico do paciente se estabilizar, 
começarão as terapias para reabilitação. Pacientes com TCE são 
acompanhados por uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, 
fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais e 
fonoaudiólogos. A abordagem do tratamento deve ser global, tendo como 
objetivo alcançar o maior grau de funcionalidade, proporcionando a esses 
indivíduos maior nível de independência e qualidade de vida. 
 
5. PROCEDIMENTOS DE AULA OU MÉTODOS DE ENSINO 
Discussão circular, dramatização, slides explicando o tema abordado (aula 
expositiva), formação de grupos para debates e discussões e para atividades 
pós aula. 
 
6. RECURSOS NECESSÁRIOS E MATERIAIS E HUMANOS 
Jornais, revistas, papelão, livros, tapume, maca, quadro, giz, cartazes, 
retroprojetor, boneco, laboratório, computadores, materiais para intubação, 
aspirador, etc... 
 
7. AVALIAÇÃO 
É efetuada através de avaliações parciais e oficiais. As avaliações parciais 
são o resultado do rendimento acadêmico por meio de uma nota expressa em 
valor numérico, de acordo com as regras de avaliação da instituição de ensino, 
obtida através de um conjunto de atividades estabelecidas pelo professor 
(participação em sala de aula, pré e pós aula, trabalhos para entrega). As 
avaliações oficiais são o resultado do rendimento acadêmico também expresso 
em valor numérico, obtidos através de avaliações bimestrais, dos conteúdos 
abordados em sala de aula, com data e valor previamente estabelecidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
1. Carvalho LFA, Affonseca CA, Guerra SD, Ferreira AR, Goulart EMA. 
Traumatismo cranioencefálico grave em crianças e adolescentes. Rev 
Bras Ter Intensiva 2007; 19 (1). Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0103-
507x2007000100013&script=sci_arttext>. Acesso em: 15 de julho. 2018. 
 
2. Figueiredo JC, Caetano LL, Filho RMMM, Morais SG. Traumatismo 
Cranioencefálico: Aspectos Clínicos e Abordagem Fisioterapêutica. 
Disponível em: 
<http://www.pergamum.univale.br/pergamum/tcc/Traumatismocranioenc
efalicoaspectosclinicoseabordagemfisioterapeutica.pdf>. Acesso em: 12 
de julho de 2018. 
 
3. 6. Oliveira-Abreu M, Almeida ML. Manuseio da ventilação mecânica no 
trauma cranioencefálico: hiperventilação e pressão positiva expiratória 
final. Rev Bras Ter Intensiva 2009; 21 (1). Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
507X2009000100011>. Acesso em: 13 de julho de 2018. 
 
4. Rodobens 2017. Disponível em: https://blog.rodobens.com.br/acidentes-
de-transito. Acesso: 16 de julho de 2018 
 
 
 
 
 
 
	3.5 CLASSIFICAÇÃO
	3.6 NÍVEIS DE GRAVIDADE

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