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Controle da Expressão Gênica Prof. Sergio Crovella crovelser@gmail.com Por que é importante controlar a expressão dos genes??? Alguns produtos gênicos só são necessários em algumas condições ambientais. Gastos desnecessários de energia. Evolução de mecanismos regulatórios ‐ Síntese de produtos gênicos apenas quando são necessários (melhor utilização da energia do organismo). Organismos procariontes Oportunistas nutricionais – obter nutrientes no ambiente Obtenção X Produção Alto gasto energético Enzimas necessárias para produção somente quando não houver nutriente disponível no ambiente. As bactérias podem obter energia de diferentes tipos de açúcares (glicose, lactose, galactose, xilose). É necessário um conjunto de enzimas para processar cada um desses açúcares. Se a célula produzisse simultaneamente todas as enzimas, ela gastaria muito mais energia do que obteria pela degradação dessas fontes de carbono. A célula criou mecanismos para “desligar” a transcrição de todos os genes codificantes de enzimas que não são necessárias em determinado momento, e “ligar” os genes codificantes das enzimas que são. A regulação da síntese de um transcrito gênico e seu produto protéico CONTROLE DA EXPRESSÃO GÊNICA Controle da expressão em procariontes pode ocorrer em vários níveis: • Transcrição • Processamento do mRNA • Tradução • Pós‐tradução Procariontes Regulação ‐ Transcrição gênica RNA polimerase Impedida ou reduzida Induzida Expressão Gênica Mecanismos de controle: 1) positivo 2) negativo Genes reguladores 1) Positivo: o produto do gene regulador (proteína ativadora) se liga ao DNA facilitando a transcrição. 2) Negativo: o produto do gene regulador (proteína repressora) se liga ao DNA inibindo a transcrição. Como isso acontece??? O que possibilita as proteínas reguladoras (repressoras ou ativadoras) poder ou não ligar‐se ao seu sítio alvo no DNA é a presença ou ausência de moléculas efetoras. Ligam‐se às proteínas reguladoras e causam mudanças na estrutura destas, resultando em alterações em sua atividade. Alterando a sua capacidade de se ligar aos sítios alvos no DNA. São geralmente pequenas moléculas tais como aminoácidos, açúcares e metabólitos similares. Sistema lac François Jacob e Jacques Monod (1961) – Regulação do metabolismo da lactose. Óperon lac • Permease (Y): transportar a lactose para a célula. • β- galactosidase (Z): quebra da molécula de lactose em glicose e galactose. • Transacetilase (A): função desconhecida. Gene regulador (i) Operador Promotor Genes estruturais Óperon Modelo Óperon lac lacZ lacY lacA Operons Induzíveis – Normalmente estão desligados e precisam ser ativados para serem expressos. Operons Repressíveis– Normalmente estão ligados e precisam ser desativados para não serem expressos. Repressível Positivo Induzível Negativo Induzível Positivo Controle Negativo • Proteína repressora ligada ao sítio Operador (O); • Impedimento físico da ligação da RNA polimerase com o sítio Promotor (P); • Transcrição das enzimas necessárias para degradação da lactose não ocorre. Na ausência da lactose: Na presença da lactose: • O efetor alolactose (derivado da lactose) se liga a proteína repressora, alterando sua conformação e conseqüentemente liberando o sítio Operador (O); • O sítio Promotor (P) deixa de ser bloqueado pela proteína repressora; • Ocorre a transcrição das enzimas necessárias para a degradação da lactose. Algumas moléculas dos produtos gênicos lacZ, lacY e lacA são sintetizadas mesmo no estado não induzido, fornecendo um baixo nível de atividade enzimática. Essa atividade é essencial para a indução do óperon lac, já que o efetor do óperon, a alolactose, é derivada da lactose numa reação catalisada pela β- galactosidase. Um mesmo óperon pode ser regulado positivamente por uma proteína e negativamente por outra ??? Sim!!! Controle Positivo A célula capta mais energia com a degradação da glicose do que de outros açúcares, sendo assim é mais eficiente degradar glicose que lactose. Foram desenvolvidos mecanismos de controle que impedem que a célula produza as enzimas para degradação da lactose quando a glicose está presente. Mesmo que a lactose também esteja. Repressão catabólica (proteína ativadora) CAP (proteína ativadora do catabolismo) CAP sozinha não consegue se ligar ao sítio CAP do óperon lac. CAP + efetor cAMP é capaz de se ligar ao sítio CAP do DNA, interagir fisicamente com a RNA polimerase, aumentando a afinidade da enzima com o promotor lac. Como a presença da glicose influencia nesse mecanismo??? Glicose cAMP Glicose cAMP cAMP (monofosfato cíclico de adenosina) A glicose impede a atividade da adenilciclase, enzima que catalisa a formação de cAMP a partir de ATP. Resumindo o óperon lac... Glicose cAMP CAP‐cAMP RNA polimerase Metabolismo da lactose Glicose cAMP CAP‐cAMP RNA polimerase Metabolismo da lactose Somente se a lactose estiver presente! Libera a proteína repressora RNA polimerase Uma mesma proteína pode atuar como repressor e ativador no controle da expressão de um óperon??? Modelo Óperon ara araB araA araDC O I Genes estruturaisGene controlador Operador Região iniciadora • Operador • Promotor • Os genes estruturais (araB, araA e araD) codificam as enzimas metabólicas que degradam o açúcar arabinose. • O gene controlador (araC) codifica uma proteína que se comporta como ativadora e como repressora. • O sistema CAP‐cAMP também regula a expressão do óperon ara. Na presença da arabinose: • A proteína do gene araC reconhece a arabinose e forma o complexo AraC‐ arabinose. • Tanto CAP‐cAMP quanto o complexo AraC‐arabinose se ligam a região operadora de araI. • A ligação da RNA polimerase ao promotor é facilitada e ocorre a transcrição das enzimas necessárias para a degradação da arabinose. Na ausência da arabinose: • A proteína AraC adota uma conformação diferente. • Liga‐se tanto a região operadora do araI quanto ao araO , formando uma alça. • Essa alça impede a transcrição das enzimas necessárias para a degradação da arabinose. Dessa forma, a proteína AraC apresenta duas conformações, uma que atua como um ativador e outra como repressor dos genes responsáveis pelas enzimas que atuam na degradação da arabinose. Eucariotos • Ativadores • Histonas • Metilação • Promotores e acentuadores • Splicing • Estabilidade do mRNA • Silenciamento do mRNA (miRNA, siRNA) • Alterações na proteína. Expressão gênica Expressão gênica 4 5 EXPRESSÃO GÊNICA O termo expressão gênica referese ao processo em que a informação codificada por um determinado gene é decodificada em uma proteína. Teoricamente, a regulação em qualquer uma das etapas desse processo pode levar a uma expressão gênica diferencial. Expressão gênica Expressão gênica 4 6 Objetivos da regulação da expressão gênica em bactérias e em organismos multicelulares • Nas bactérias o controle da expressão gênica serve principalmente para permitir que as células se ajustem às mudanças nutricionais no ambiente, de forma que o seu crescimento e divisão sejam otimizados. • Em organismos multicelulares a expressão gênica controlada regula um programa genético fundamental para o desenvolvimento embrionário e a diferenciação. Expressão gênica Expressão gênica 4 7 As Três RNAPolimerases das Células Eucarióticas • RNApolimerase I transcreve os genes para rRNA. • RNApolimerase II transcreve todos os genesque codificam proteínas, mais alguns genes que codificam pequenos RNAs (p.ex., aqueles presentes nos “spliceosomes”). • RNApolimerase III – transcreve os genes de tRNAs, rRNA 5S e genes para pequenos RNAs estruturais. Expressão gênica Expressão gênica 4 8 Fatores Gerais de Transcrição Os fatores gerais de transcrição são responsáveis pelo posicionamento correto da RNApolimerase no promotor, ajudam na separação das fitas de DNA para permitir o início da transcrição, e liberam a RNA polimerase do promotor quando a transcrição se inicia. Expressão gênica PONTOS DE CONTROLE DA EXPRESSÃO GÊNICA 1. Regulação a nível transcricional 2. Controle do processamento do RNAm pela determinação de quais éxons presentes no precursor do RNAm são retidos no RNAm final funcional. 3. Controle da estabilidade da taxa de degradação do RNAm final. 4. Controle do processamento de Tradução do RNAm em proteína. As formas de regular a expressão Gênica Expressão gênica NUCLEO Cromatina DNA Transcrição Processamento CAP Cauda mRNA EXON INTRON RNA CITOPLASMA CÉLULA mRNA Tradução Degradação do mRNA Polipeptídeo Proteína Ativa Proteína Degradada Expressão gênica DNA RNA TRANSCRITO RNA FUNCIONAL RNA PRÉ TRADUCIONAL TRADUÇÃO PROTEÍNA PROTEÍNA ATIVA PROTEÍNA INATIVA NUCLEO CITOPLASMA Empacotamento, Metilação, Rearranjos, Amplificação, Heterocromatina, InativaçãoX, Organização do DNA Promotores, Acentuadores, Fatores de Transcrição, Proteínas Ligantes e Repressores Cauda PoliA, Splicing, Adição do CAP Degradação, Entrega, Impedir ligação com Ribossomo, RNAi Ligação Ribossomal, Regulação do produto final Clivagem, Fosforilação, Dobramento, Modificação dos Radicais Inibição e Degradação Expressão gênica MEIOS DE REGULAÇÃO Regulação ao nível transcripcional Expressão gênica 5 4 5’ 3’ UTRUTR ORF ESTRUTURA DO GENE EUCARIOTO GENE HUMANO TIPICO Expressão gênica Expressão gênica Expressão gênica FATORES DE TRANSCRIÇÃO Domínios funcionais: . Domínio de ligação ao DNA . Domínio de transativação Características: Os fatores de transcrição podem conter domínio de ligação DNA diferentes, mas se ligar ao mesmo domínio de transativação em diferentes tecidos, ou podem ter domínio de ligação ao DNA diferente e domínio de transativação diferente em diferentes tecidos. Expressão gênica 1. ELEMENTOS DE AÇÃO CIS DO PROMOTOR 2. FATORES DE TRANSCRIÇÃO DE AÇÃO TRANS CONTROLE A NÍVEL TRANSCRICIONAL Elementos CIS Expressão gênica ELEMENTOS DE AÇÃO CIS São sequências de ação cis que existem como sequências de pares de bases que podem ser adjascentes, dentro de um gene, ou podem estar a milhares de distantes de pares de bases de um gene. São elas: 1. O Elemento cerne do promotor 2. Os elementos proximais do promotor 3. Os elementos promotores distais: Expressão gênica 1. O Elemento cerne do promotor: situado a 5’ do gene e compreende o sítio onde o complexo contendo a RNA polimerase II é montado no DNA. Compreende dois sítios: O elemento inr (iniciador) e o elemento TATA. 6 0 Expressão gênica 2. Os elementos proximais do promotor: atuam como sítios de ligação para proteínas. Se situam de 50 a algumas centenas de pares de bases antecedentes ao ponto de início do gene. As seqüências são: CAAT ou GC, elementos RE (elementos de resposta). Expressão gênica 3. Os elementos promotores distais: são seqüências de ação cis que ocorrem a milhares de pares de bases de distância do ponto de inicial da transcrição. Estes sítios são chamados: enhances ou silenciadores. 6 2 Expressão gênica ACENTUADOR ACENTUADOR 5’ 3’ RE OCT GC CAAT TATA Inr 1000 + 1000120 90 75 30 0 Elementos promotores proximais Cerne do promotor Localização das sequências de Ação Cis em Um Gene Humano Típico Expressão gênica Sequência de Ação Cis Fatores de Transcrição Elemento Cerne do Promotor Inr TATA RNA polimerase II TBP Elementos Proximais do Promotor CAAT CTF GC Sp1 Octâmero OTF Elementos de Resposta (RE) GRE Receptor de Glicocorticóides TER AP1 CRE CREB Elementos distais do Promotor Acentuadores Ativadores Silenciadores Repressores Fatores TRANS Expressão gênica FATORES DE TRANSCRIÇÃO DE AÇÃO TRANS São proteínas que se ligam aos elementos de ação cis no DNA e interagem com outros fatores de transcrição. Classificação 1. Fatores gerais da transcrição (GTFs): conjunto de 30 ou mais proteínas que se ligam no cerne do promotor e recrutam a RNA polimerase II para formar o complexo de préiniciação. 2. Fatores comuns de transcrição: são proteínas que se ligam a fatores comuns de ação cis proximais a muitos promotores, tais como as seqüências CAAT e GC. Expressão gênica FATORES DE TRANSCRIÇÃO DE AÇÃO TRANS 3. Os fatores de trancrição indutíveis: São proteínas que nem sempre são ativas em uma célula. Elas respondem a estímulos externos que as ativam e potenciam sua ligação as sequências RE. Ex. 4. Proteínas ativadoras: São fatores de transcrição que se ligam a acentuadores e aumentam o início da transcrição de um gene. 5. As proteínas repressoras: São fatores de transcrição que se ligam a silenciadores e inibem o início da transcrição de um gene. Expressão gênica Mecanismo Molecular 6 8 Expressão gênica Expressão gênica 6 9 Formação do Complexo de Iniciação da Transcrição • TFIID ligase a região TATA, possibilitando a ligação de TFIIB. • Isso é seguido pela ligação de TFIIF e RNApolimerase II. • TFIIE, TFIIH e TFIIJ então se juntam ao complexo. • TFIIH usa ATP para fosforilar a RNA polimerase II, mudando a sua conformação de forma que a RNA polimerase é liberada do complexo e é capaz de iniciar a transcrição. Expressão gênica Etapas na formação do complexo de iniciação da transcrição em eucariotos Expressão gênica Expressão gênica 7 1 Estrutura tridimensional da Proteína que se liga a TATA (TATABinding Protein TBP) Expressão gênica Expressão gênica 7 2 Complexo TBPDNA Expressão gênica Expressão gênica 7 3 Complexo TBP-TFIIA- DNA Expressão gênica Expressão gênica 7 4 Complexo TBP-TFIIA-TFIIB- DNA Expressão gênica INICIO DA TRANSCRIÇÃO PELA RNA POLIMERASE II FORMAÇÃO DO COMPLEXO BASAL DA TRANSCRIÇÃO TF IID DNATBP 6 0 15 0 25 0 11 0 GC In r TAT A TFIID-TBP DNA TFIIA + TFIIB + TFIIF / RNA polII + TFIIE + TFII H Seqüência de Ligação Expressão gênica RNA Pol II INICIO DA TRANSCRIÇÃO PELA RNA POLIMERASE II LIGAÇAO DOS FATORES DE TRANSCRIÇAO AO COMPLEXO TF IID DNA TBP TFII B TFII A TFII F TFII E TFII H GC In r TAT A Expressão gênica ATIVAÇÃO DO COMPLEXO BASAL DA TRANSCRIÇÃO TF IID 15 0 25 0 TBP 6 0 11 0 ACT DNA GC In r TAT A ACENTUADOR SP 1 Expressão gênica GLICOCORTICÓIDES G RECEPTOR DE GLICOCORTICOIDES G HORMONIO SEXUAL RIBOSSOMOS PROTEÍNA TRANSCRIÇÃO INDUZIDA POR HORMÔNIOS ESTERÓIDES RNAm BTF HRE + G RECEPTOR DE ANDRÓGENOS Expressão gênica LCR 5’ ζ Ψζ Ψ α Ψ α α1 α2 θ1 Grupamento da alfa globina y y LCR 5’ βЄ δβ1ΨAG Grupamento da beta globina Grupamento dos genes da alfa globina e da beta globina sob o controle de uma região controladora de Locus (LCR) Controle Póstranscricional Expressão gênica SPLICING DO PRÉ- RNAm MECANISMO DE AÇÃO DOS SPLICIOSSOMOS Expressãogênica Controle pós transcricional A presença de mais de um promotor dentro de um gene pode resultar em quantidades diferentes do mesmo produto gênico sendo produzidas em tecidos diferentes. Expressão gênica 5’ 3’ 5’ AAAA 3’ AAAA 3’ 5’ GENE DA ALFA AMILASESitio de inicio da transcrição na glândula salivar Sítio de início da transcrição no fígado Recomposição na glândula salivar Recomposição no fígado Éxons Íntrons Expressão gênica 5’ 3’ AAAAn 5’ 3’ AAAA 5’ 3’ Éxon s Íntron Gene da Cadeia Pesada Mu de Imunoglobulina Recomposição e poliadenilação produzem uma cadeia pesada Mu ligada a membrana Recomposição e poliadenilação produzem uma cadeia pesada Mu secretada 2 1 Expressão gênica 1 2 4 2 3 5a 4 5a 1 2 3 4 AAAA 1 2 3 5a 5b AAAA Seleção de Éxons Durante a Recomposição: O Gene de Calcitonina 5’ 3’ Tireóide Neurônios Recomposição e poliadenilação de RNAm Proteína Precursora Produto Final Calcitonina CGRP ÉXONS ÍNTRONS 1 2 Expressão gênica 1- Controle Transcrição Proteínas Ativadoras/ Repressoras e Fatores de Transcrição RNA polimerase II Expressão gênica 1- Controle na Transcrição Expressão gênica 1- Controle na Transcrição Remodelação da cromatina Expressão gênica 1- Controle na Transcrição Conjuntos de Reguladores podem ser tecido-específicos: Expressão gênica 2- Controle Pós- transcrição RNA primário → RNAm – Preparação para a tradução; – Exportação para o citoplasma; – Persistência do RNAm » Ex.: citocinas – Splicing alternativo » Ex.: MASPs Expressão gênica 2- Controle Pós- transcrição Splicing Alternativo Genoma do HTLV1 Expressão gênica 2- Controle Pós- transcrição Remoção de RNAm Expressão gênica 3- Controle na Tradução O exemplo da ferritina/transferrina: Expressão gênica miRNA Introdução rRNA miRNA miRNA Interrupç ão O que é um microRNA (miRNA)? • Classe de pequenos RNAs reguladores, “escondidos” no genoma (regiões intergênica e intrônica ou “DNA lixo”) • Estes miRNA de 22 nucleotídeos foram descobertos em estudos de regulação do desenvolvimento de C. elegans (lin‐4 e let‐7) • Alguns com expressão constitutiva, e outros com controle de expressão temporal‐ e tecido‐específica Definições • Os miRNAs têm aproximadamente 20 a 22 nucleotídeos, e constituem uma classe de reguladores gênicos que foram identificados em plantas e animais. • Eles regulam seu alvo de dois modos que dependem do grau de complementaridade entre o miRNA e o alvo RNAi Mecanismos sem clivagem complementaridade perfeita ou quase perfeita a seqüências codificadores de mRNA complementariedade imperfeita em regiões 3’ não traduzidas (UTRs) do RNAmalvo RNAi • As cópias de mRNA são clivadas através de ribonucleases no complexo RISC (RNA Induced‐ Silencing Complex), o que resulta na degradação do mRNA. • O mecanismo de silenciamento genético mediado por miRNA foi encontrado em plantas, e também foi demonstrado em mamíferos. • Estão envolvidos no sistema de defesa da célula. • Degradam RNA, especialmente aqueles que estão em fita dupla Mecanismos Sem Clivagem • Complementariedade imperfeita em regiões 3’ não traduzidas (UTRs) do RNAm‐alvo • Inibem a expressão do gene de maneira pós‐ transcricional, aparentemente ao nível da tradução, por um complexo RISC que é semelhante, ou possivelmente idêntico ao usado na via de RNAi. • Resultados recentes indicam que os miRNAs que têm complementaridade parcial com os alvos também podem induzir degradação do mRNA, mas não foi identificado se esta inibição precede a desestabilização dos genes‐alvo. miRNA • Os miRNAs parecem ser transcritos através da RNA polimerase II, e são inicialmente RNA grandes chamados de pri‐miRNAs. • Os pri‐miRNAs são processados no núcleo pela enzima RNase III (Drosha) e outras proteínas (Pasha) em pré‐ miRNAs, com aproximadamente 70 nucleotídeos que dobram em estruturas com loops imperfeitos. • O pre‐miRNA é exportado ao citoplasma e sofre um processamento adicional, no qual uma dupla fita de RNA com 22 nucleotídeos chamada miRNA duplex é cortada do pre‐mi RNA hairpin por outra RNAse III (Dicer). O miRNA duplex é incorporado ao complexo RISC. A fita miRNA madura é mantida no complexo miRISC e regula negativamente os seus genes‐alvo. Caracterização biológica de miRNAs • miRNA são altamente conservados em grupos filogenéticos afastados (insetos, peixe e humano) miRNA • Estima‐se a existência de pelo menos 300 miRNAs (e podem ser mais de 1000) no genoma humano, o que significa entre 1% e 4% dos genes expressos, portanto, o miRNA é uma das maiores classes de reguladores gênicos. • A maior parte do miRNA humano está localizado em introns • O miRNA restante fica situado longe de outros transcritos no genoma, entre os exons de genes não codificante ou entre as áreas 3’UTRs, ou estão agrupados em outros genes miRNA, incluindo um agrupamento no cromossomo 19 onde estão localizados 54 miRNAs. miRNA • Estudos apontam que um único complexo RISC pode se ligar à mais de 200 genes‐alvo, e estes alvos podem ter funções diversas, tais como fatores de transcrição, receptores e transportadores • Os miRNAs controlam a expressão de cerca de um terço do mRNA humano, e a deleção ou alteração na expressão pode contribuir para diversas doenças, incluindo o câncer. • Um estudo recente apontou que 50% dos miRNA estão localizadas em áreas do genoma, conhecidas como regiões frágeis (fragile sites). Estas regiões são locais preferenciais para trocas de cromátide, translocações, deleções, amplificações e integração plasmídeos e vírus associados ao câncer, tais como o HPV. miRNA e Câncer • Variações germinativas na expressão ou seqüências do miRNA podem predispor ao câncer ao afetar a expressão de genes supressores de tumor ou oncogenes. • Correlação de expressão com um tipo particular de tumor • Ativação de oncogenes • Silenciamento de supressores tumorais
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