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Resumo Direito Tributário

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Direito Tributário - Aulas Katia 
Tainah Barros ♥♥♥ - 9º Semestre A 
Definição: 
Direito tributário é um ramo do Direito Público dotado de autonomia que compreende toda a 
legislação que trate direta ou indiretamente do tributo e de suas relações com o contribuinte. 
É ramo do direito público pois de um lado está a sociedade e do outro o Estado. O Direito Tributário 
envolve sempre a pessoa de direito público. 
É dotado de autonomia pois pode ser estudada separadamente, havendo o CTN (Art. 96), um capítulo 
inteiro na CF, princípios próprios, legislação infraconstitucionais que tratam especificamente dos 
tributos. 
Contribuinte em regra é a sociedade, podendo ser tanto pessoa física como pessoa jurídica (empresas) 
Fisco é sinônimo de Estado-arrecadador. Na Roma antiga o coletor de impostos carregava um balaio 
chamado "Fiscus", onde os contribuintes deixavam suas contribuições. 
Legislações pertinentes 
Temos a CF/88 estabelecendo a estrutura do sistema constitucional tributário, que está previsto Art. 
145 e seguintes da CF. Foi a primeira que estruturou, sistematizou o chamado direito tributário. A CF 
ainda tem uma lei complementar de tributação, qual seja, o CTN (Código Tributário Nacional) - Lei nº 
5.172 de 25 de outubro de 1966. O CTN é lei complementar a Constituição Federal, e assim sendo, ela 
é prevalente as demais leis ordinárias, como por exemplo, o Código Civil e o Código Penal, somente 
podendo ser alterado por outra lei complementar. 
Ex: no CC fala que quando uma coisa é paga em x parcelas, o pagamento da ultima parcela comprova 
o pagamento total. O Tributário vem e fala que quando um tributo é pago em parcela, o pagamento 
da ultima não traz presunção do pagamento total das anteriores, tem que provar um por um, mostrar 
todos. 
Tributo 
Tributo é uma palavra genérica, que se refere a todas as espécies de tributos existentes, quais sejam, 
os impostos, as taxas, as contribuições de melhoria, as contribuições especiais e o empréstimo 
compulsório. Todos são tributos, porém cada um tem a sua especificidade. 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada. 
►Prestação pecuniária: Todo tributo é pago em dinheiro. Historicamente havia os tributos em 
dinheiro, o "in natura" (entrega da produção) e os pro labore (pagava trabalhando). A prestação 
pecuniária é compulsória, pois não há tributo facultativo, ou seja, paga se quiser, e sim obrigatório, 
sob pena de sanção (multas). 
►Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: Essa expressão cujo valor se possa exprimir perdeu 
eficácia sociológica, pois quando o CTN surgiu os tributos podiam ser pagos em dinheiro ou com papéis 
que o Governo emitia que podiam ser utilizados para tal fim, qual seja, o papel selado/estampilha. O 
contribuinte comprava esse papel selado, guardavam e colocavam esses selos aos documentos, o que 
não é mais utilizado. O cheque não se enquadra nessa definição. 
►Sanção por ato ilícito: É sinônimo de multa, e multa NÃO é tributo, e sim sanção por 
descumprimento de lei. 
►Instituído em lei: No Direito Tributário não existe ato discricionário como no Direito Administrativo, 
ou seja, tudo deve ser estar descrito em lei, e razão do princípio da reserva legal e da legalidade estrita. 
Somente pode ser instituído e cobrado através de lei. 
Classificação dos tributos 
Real: É o que incide sobre a res, sobre uma coisa. 
Ex: IPTU, IPVA. 
Pessoal: É o que incide sobre a pessoa. 
Ex: IR. 
Tributos em espécie 
Imposto: Tudo que começa com "I", podendo ter imposto federal, estadual e municipal. A sua 
definição está no Art. 16 do CTN. Os impostos são de competência comum. 
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de 
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
Fato gerador: Algo que tem que acontecer para desencadear uma situação. Fato gerador dos impostos 
de uma maneira geral → Situação descrita em lei que dependerá do imposto. Chama-se subsunção do 
fato à norma, ou seja, o fato se amoldou a norma descrita em lei. O Fisco não tem nenhuma obrigação 
de contraprestação em razão da arrecadação do tributo, ou seja, ele não tem que "dar nada em troca". 
Os impostos são para arrecadação de receita pública não vinculada, ou seja, sem contraprestação. 
- É o único tributo de receita NÃO vinculada (desvinculada), sendo que todos os outros são 
vinculados. 
Ex: IPTU tem por fato gerador a posse ou propriedade de imóvel. 
Ex: IPVA tem por fato gerador a propriedade de veículo automotor. 
Todos os impostos, em regra, são ordinários, ou seja, ele existe e sempre será devido enquanto a lei 
existir. Há somente um imposto extraordinário, o imposto extraordinário de guerra (Art. 154, II), que 
seria o único imposto de receita vinculada, que surge por um motivo específico. 
Impostos Federais: Art. 153 CF – II / IE / IPI / IOF / IR / IEG / ITR / IGF 
Impostos Estaduais: Art. 154 – IPVA / ICMS / ITCMD 
Impostos Municipais: Art. 156 – IPTU / ISS / ITBI 
Obs: O recolhimento de ITCMD deve ser feito na localidade do bem que está sendo inventariado. Se 
tiver bens no Estado de SP o ITCMD vai para o Estado de SP, se tiver bens no Estado de MG o ITCMD 
vai para o Estado de MG. 
Taxa: Também são de competência comum. É recolhida para custar a fiscalização e todo os gastos. 
Ex: Dependendo da indústria ou atividade econômica que cause impacto ambiental há a necessidade 
de licenciamento ambiental, federal, estadual e municipal, cada um dado por um ente tributante. 
A taxa é tributo, não se paga ao particular, somente ao Governo. 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços 
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; 
Há 2 tipos de taxas: 
1) Taxa de exercício regular de polícia: É uma taxa de fiscalização, pois o Estado tem poder 
ordenatório, desde que o seu exercício seja feito com regularidade, ou seja, de forma legal, não 
abusivo, feito por autoridade competente. Não sendo regular cabe mandado de segurança. 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou 
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão 
de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da 
produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou 
autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos 
individuais ou coletivos. CTN 
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo 
órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de 
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. 
Atenção: Taxa é diferente ‡ de tarifa, pois tarifa não é tributo. Tarifa é a paga ao concessionário ou 
permissionário do serviço público, que é sinônimo de preço público, pago a um particular, uma 
empresa privada que presta um serviço público, e não para a empresa pública direta ou indireta. 
Ex de tarifa: Sabesp, Tarifa de banco, de cheque especial, CPFL. 
2) Taxa de serviço: É a taxa paga para receber um serviço público. Nem todos os serviços públicos 
serão divisíveis (específicos sim). Se não for divisível a taxa é inconstitucional, pois o fato gerador está 
na CF. O serviço divisívelé aquele prestado de forma individualizada para cada um dos contribuintes. 
Ex: A taxa judiciária é de serviço público, sendo este serviço específico e divisível. Energia elétrica 
residencial é serviço público, específico e divisível, assim como a coleta de esgoto, que é diferente da 
energia elétrica pública (iluminação pública), que é indivisível, pois é prestado para toda a 
coletividade, assim como a segurança pública, e limpeza pública. 
Obs: Todos os serviços públicos dado a concessionárias é divisível. 
Contribuição de melhoria: Também é um tributo de competência comum, podendo ser criada por 
todos os entes tributários/federativos. Deve haver uma melhoria que valoriza um imóvel (fato 
gerador). Sempre que for realizado uma obra pública que tenha trazido valorização imobiliária. Essa 
contribuição pode ser lançada a toda uma zona ou perímetro beneficiado pela obra, pelo reflexo da 
beneficiação indireta, devendo a lei discriminar isso. 
- A contribuição de melhoria tem um limite total de arrecadação, com um parâmetro individual de 
rateio, ou seja, os contribuintes não vão pagar de forma igualitária, sendo determinado o valor em 
função de fatores individuais de valorização. 
- É cobrado somente uma vez. As obras de conservação, recapeamento, reparação não dão 
legitimidade para o Poder Público cobrar nova contribuição de melhoria. 
Obras possíveis (rol exemplificativo) Decreto 195, Art. 2º. 
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos 
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras 
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como 
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado 
E em caso de desvalorização imobiliária? É necessário entrar com recurso administrativo de 
indenização por responsabilidade civil do Estado por ato lícito. 
Qualquer obra pública pode gera a contribuição de melhoria? Sim. 
Contribuições especiais: São tributos de competência exclusiva da união (em regra). É tributo de 
receita vinculada. 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua 
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do 
previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo 
de energia elétrica. (não há relação com a conta de energia gasta em casa, e sim o custeio de 
iluminação pública) 
Elas se subdividem: 
CIDE: contribuição de intervenção do domínio econômico. É de competência da União, intervindo na 
economia. A única CIDE que existe hoje é a dos combustíveis, criada graças ao artigo 177, §4º, da CF. 
o governo pode criar um monte de CIDE se quiser, por lei ordinária quando precisar intervir no 
desenvolvimento econômico. 
Cria a CIDE tira dinheiro do próprio setor que quer intervir. O governo tem 2 maneiras de controlar a 
economia – ou faz tabelamento de preços (não pode vender a mais que aquilo) ou entra comprando 
e vendendo aquele produto (para controle do preço). 
Quando combustível sobe, sobe tudo. Soja quando sobe, sobe pão, trigo, etc. 
Alguns produtos são regidos pela lei da oferta, muitos tão sujeitos ao comercio internacional fixo com 
esse preço. Alguns casos o governo não pode deixar livre, senão fica o mercado muito vulnerável. 
Alguns setores essenciais o governo vai e intervém nos mercados. Não é obrigado, pode criar através 
de recursos orçamentários, do Banco central, desenvolver através das suas empresas estatais através 
dos seus próprios recursos. 
E pode se quiser, criar CIDE pra conseguir dinheiro especificamente pra fazer essa intervenção. 
Importante tributo pra regulação de mercado, pro governo ter recurso especifico pra intervir no 
mercado que quer controlar de alguma maneira. 
Quando a CF tratou do petróleo, citou e autorizou o governo a instituir a CIDE dos combustíveis, pra 
controlar o setor de combustível. 
A partir daí criou uma lei dos combustíveis, e pagamos todos os dias quando abastecemos, quando 
compra botijão de gás. 
Fato gerador: é a importação e comercialização de petróleo e derivados – querosene, álcool, todo tipo 
de combustível, de avião, navio. Paga CIDE na importação e na comercialização, não é bitributação, é 
cumulação. É característica de todas as contribuições. 
Ex: paga na importação e na hora que abastece paga de novo. 
- Cumulatividade: mesma espécie, podendo ser montada uma em cima da outra. A regra é que todas 
serão, a lei dirá quando não serão. 
Art.177, §4º, da CF. permite que a alíquota da CIDE seja diferenciada por produto ou uso, reduzida ou 
restabelecida por ato do Poder Executivo. 
Ex: do botijão de gás é uma, da gasolina é outra, do álcool é outra. Quando a gasolina subiu de uma 
vez, a Dilma restabeleceu a alíquota, com um decreto jogou lá em cima. 
Ato do Poder Executivo é decreto – exceção violentíssima quando falamos de tributos do Brasil. Crise 
na PETROBRAS, onde Brasil é principal acionista, teve que aumentar pra investir milhões e mostrar 
pro mercado mundial que temos uma empresa forte – pra salvar a Petrobras. Ai as ações começaram 
a bombar e não se falou mais em quebra da Petrobras. 
*Os tributos que mais pesam na nossa carga tributária são as contribuições. 
- CONTRIBUIÇÕES COORPORATIVAS e CONTRIBUIÇÕES PARAFISCAIS: explica junto, mas alguns dizem 
que é separado. Toda contribuição coorporativa é para fiscal. Mas nem toda contribuição para fiscal 
é coorporativa. 
Contribuição coorporativa é um tributo instituído em lei ordinária, de competência da União, pago 
por integrantes de determinada corporação, para que possa regular essa atividade coorporativa. Ex: 
anuidade da OAB, CRMV CRM, CRNO. Tributos de natureza para fiscal, vai pra custear o órgão que 
regula aquela profissão. Existem esses órgãos reguladores e fiscalizadores, porque senão não 
consegue fiscalizar a regularidade da prestação de serviço. Ex: qualquer um poderia falar que é médico 
advogado. Ai tem esses órgãos que pune e faz defesa. 
Tem contribuições para fiscais que não são corporativas, como exemplo a contribuição sindical – vai 
para manter os sindicatos, sistema sindical. É tributo. Nova lei trabalhista verificar. 
-obs: diferente de confederativa, art. 8, CF. que surge do dissídio coletivo. Não é tributo. 
Para fiscal é de regra entidade privada que exerce função tipicamente publica, parceira. 
- CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS: são tributos muitíssimos importantes, e teremos um monte que se 
subdividem. Estão no art. 195, da CF. O rol é exemplificativo, onde o governo pode criar outras 
contribuições sociais não previstas em texto da CF se quiser. Se for criar outras não previstas, tem que 
criar por lei complementar. Não pode ser por lei ordinária. Só pode criar na competência residual. 
Esses tributos custeiam a seguridade social. Muito dinheiro envolvido. A seguridade social abrange 
SAÚDE, PREVIDÊNCIA, ASSISTENCIA SOCIAL. ART. 194, CF. (inclui SUS, INSS). 
Ex: SUS é pela União, que manda o dinheiro pra prefeitura gastar com isso, se a prefeitura quiser dar 
mais o problema é dela. O sistema inteiro é mantido com recurso da União, em todos seus aspectos. 
Manda o dinheiro pra prefeitura, mas pra isso. 
Ex: INSS, não é imposto. A previdência se mantém com isso. 
Ex: SUAS, todos programas assistenciais. Custeados também com recursos federais, aplicado de forma 
descentralizada. 
Orçamento da união é dividido em 3 partes: fiscal(todos investimentos de obras, despesas de 
manutenção), de investimento (empresas estatais, subsidiárias, BB, Caixa, Petrobras) e da seguridade 
social (educação) – lei de responsabilidade fiscal. 
*Cada arrecadação vai pra seu setor. Ex: INSS não pode destinar pro SUS. 
Muita coisa incide sobre o COFINS. Ver o artigo completo. 
Talvez a solução para melhorar os tributos seria distribuir melhor da carga tributária que existe. Pra 
quem ganha mais, pagar mais. 
Contribuições sociais não estão sujeitas ao princípio da alteridade – "vacatio legis" maior-, se quiser 
subir precisa de lei ordinária. Mas a "vacatio legis" é só de 90 dias. Porque esses tributos são muito 
importantes. 
Todas contribuições sociais são de competência da União, o Estado e Município pode instituir 
contribuição social, só tem uma contribuição social que os Estados e municípios podem criar, que é a 
contribuição social previdenciária que é paga pelos seus servidores públicos para o custeio dos 
regimes de previdência próprios desses órgãos. Só servidor público que vai pagar. 
Quando fala dos tributos temos reais e pessoais. E de funções temos: 
Fiscais: só tem uma finalidade, que é arrecadar dinheiro. 
Para fiscais: vai além da arrecadação. Metade do dinheiro destinado a órgãos para fiscais. 
Extra fiscais: além de arrecadar tem outra função. Se prestam a controlar economia, intervenção do 
domínio econômico. 
Ex: IOF é tributo extrafiscal; IPI é tributo extrafiscal; Imposto de exportação é tributo extra fiscal. 
Empréstimo Compulsório: está no art. 148, da CF. é tributo às avessas, empréstimo obrigatório. Gera 
uma dívida pública, porque o governo tem que devolver dinheiro depois. Tributo extraordinário, 
criado em situações excepcionalíssimas, criado por lei complementar. Desde 88, não tivemos criação 
de nenhum empréstimo compulsório, antigamente era mais fácil. 
Fato gerador do empréstimo compulsório: calamidade pública – nacional-, guerra externa ou perigo 
de guerra. Não precisa de "vacatio legis", situação é urgente e com periculosidade. 
Segundo fato gerador: Pode ser criado em caso de investimento público de caráter urgente de 
relevante interesse nacional. Ex: apagão de energia. Precisa respeitar o princípio da alteridade. Tem 
"vacatio legis". 
A lei que cria o compulsório estabelece as formas de devolução, a partir de quanto tempo e como 
devolve esse dinheiro. Dívida consolidada – a longo prazo. 
Quando falamos de dívida pública, tem dois tipos: 
Dívida pública flutuante: é a curto prazo, o empréstimo é tomado e ele é pago dentro do mesmo ano 
– mesmo exercício financeiro. 
Dívida pública consolidada: é aquele empréstimo que toma e paga no prazo superior a 1 ano – divida 
a longo prazo. 
- CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DA ILUMINAÇÃO PUBLICA – única de competência dos municípios 
e do DF. Art. 149-A, da CF. Emenda que fizeram, para tentar criar taxa de iluminação pública, declarado 
inconstitucional. Ai com a emenda hoje podem criar tributo que não é taxa, é essa contribuição. Por 
lei municipal. Tem receita vinculada – arrecada pra pagar conta de energia elétrica pública. Tem 
alíquota ad valore 
Atenção: Todo tributo tem uma alíquota. Ela pode ser de 2 tipos: 
A) Alíquota específicas: É a alíquota que vem expressa em unidade de medida, ou seja, em 
porcentagem (1%, 2%, 3%) 
B) Alíquota "ad valore": É a alíquota que vem em valor e não em porcentagem. (vaquinha). 
Sistema constitucional tributário - Competência tributária - Princípios constitucionais tributários. 
Competência Tributária 
Características da competência tributária: Ela é originária, taxativa, facultativa, indelegável, 
imprescritível e irrenunciável. 
A CF/88 definiu qual as competências da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, fazendo a divisão 
de poder de tributar. Para que não houvesse conflito de competência há uma taxatividade. Não é a 
CF que cria os tributos e sim diz quais os tributos (taxatividade) que podem ser instituídos pelos entes 
federativos (competência legislativa plena). Em 1988 a CF já outorgou as competências, de forma 
originária, e não por emenda constitucional. Para criar algum tributo que não esteja na CF é necessário 
emenda constitucional, ou então os tributos residuais (exceção à taxatividade), por meio de lei 
complementar. 
A competência também é facultativa, ou seja, o ente político não é obrigado a instituir o tributo 
descrito na CF, fazendo-o se quiser, como por exemplo, o IGF que ainda não foi criado pela União. 
A competência é indelegável, salvo as atribuições de arrecadar, fiscalizar e cobrar o tributo 
(capacidade tributária ativa). Quem é competente deter o amplo poder de legislar sobre aquele 
tributo (criar, majorar, etc), e pode ainda, delegar a fiscalização, a arrecadação e a cobrança deste 
tributo. O que é indelegável é a competência, e não a capacidade de tais atribuições. 
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar 
tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, 
conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da 
Constituição. 
Ex: Contribuições parafiscais e corporativas. 
A competência é imprescritível, pois não há um prazo pré estabelecido na CF para que o tributo seja 
criado, desde que esteja na CF. 
A competência ainda é irrenunciável, ou seja, o ente federativo não pode abrir mão do tributo 
autorizado pela CF. 
Competência 
Competência comum/concorrente: É espécie de tributo que pode ser criado pela União, pelo DF, 
pelas Estados e pelo Município. 
Ex: Imposto, taxa e contribuição de melhoria. 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
I - impostos; 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços 
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
Competência exclusiva: São aqueles de competência exclusiva da União. 
Competência residual: É uma exceção a taxatividade. Foi outorgado pela CF à União, que o fará 
mediante lei complementar. 
Ex: A União quer instituir de novo a CPMF (Contribuição provisória sobre movimentação financeira), 
que tem como característica a cumulatividade. O Governo quer fazer ressurgir como se fosse a CPMF 
mas com o nome de imposto, e de forma não cumulativa, aprovada por meio de lei complementar. 
Regra matriz de incidência: o que tem que acontecer para gerar o tributo (fato gerador). 
Aspectos econômicos do fato gerador: relacionado a alíquota e base de cálculo 
Aspectos espaciais do fato gerador: jurisdição que o tributo é cobrado. 
Aspectos temporais do fato gerador: monofásico quando é cobrado uma vez ao ano (data de 
aniversário do fato gerador é 01/01), e plurifásico quando é? 
Para ver uma bitributação todos esses aspectos devem ser iguais. 
Ex: IPTU e ITR, impostos que tem como fato gerador econômico a propriedade ou posse de bem 
imóvel, com a aspecto temporal monofásico, ou seja, cobrado uma vez ao ano iguais, porém o aspecto 
espacial é diferente, pois um incide na zona urbana e o outro na zona rural. Não se trata de 
bitributação. 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta 
Constituição; bitributação. 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em 
sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadasas causas de sua 
criação. 
Princípios constitucionais tributários 
Os princípios são mandamentos, regras de estrutura, colocados na CF que visam estabelecer uma 
proteção para a sociedade contra a voracidade da tributação dos entes que tem o poder de tributar. 
A CF outorgou o poder, estabelecendo a competência e depois delimitou esse poder. Os princípios são 
conhecidos como limitações ao poder de tributar. Todos eles estão no Art. 50 e seguintes da CF. Os 
princípios específicos do Direito Tributário não afastam a aplicação dos princípios constitucionais 
gerais, que estão no Art. 5, como por exemplo, ampla defesa, contraditório, direito de petição, etc. 
São considerados ainda, cláusula pétrea, por serem uma extensão do Art.5 - posição do STF, o que não 
permite a modificação por emenda constitucional. 
1) Princípio da estrita legalidade / reserva legal: Art. 150, I, "a" c/c Art. 97 CTN: Esse princípio trata 
de uma legalidade mais rigorosa da estabelecida no Art.5 "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de 
fazer senão em virtude de lei", onde a sociedade pode fazer o que é legal (descrito na lei) e lícito (o 
que não está proibido em lei). No DT reporta em legalidade mais exigente, ou seja, o Fisco só pode 
praticar atos dentro da mais absoluta reserva legal, devendo haver prescrição legal. 
Quando o Fisco vai criar e majorar um tributo há necessidade de ser feito mediante lei ordinária, pois 
está tem que passar por um processo de apreciação, votação, emenda, vetos, etc. Existe tributos que 
podem ser tratados por medida provisório, porém trata-se de exceção, a regra é que seja feito por lei 
ordinária. → tipo tributário (Art. 97 CTN). 
Atenção: O princípio da tipicidade tributária diz que toda lei que cria ou majora tributo deve definir 
{fato gerador ou hipótese de incidência, sujeitos ativo e passivo, base de cálculo, alíquota e 
penalidades} ← só podem ser tratados por lei ordinária. (para o "bem" ou para o "mal"). ♣ 
Hipótese de incidência é uma situação descrita na lei. 
Fato gerador é a materialização da hipótese de incidência na vida das pessoas. 
Questão: O prefeito de Franca decidiu abaixar/reduzir a multa moratória do IPTU de 10 para 2%, 
editando um decreto para anunciar a redução. 
R: não pode, deve fazer por meio de lei. 
- A União instituiu um tributo e definiu como contribuinte o operador portuário. Passado algum tempo 
a União editou decreto estabelecendo quem era operador portuário. Está errado, pois o decreto não 
pode definir quem é o contribuinte, somente a lei ordinária (sujeito passivo) 
Para regulamentar essa lei (não é criar novas obrigações, apenas estabelecer os parâmetros das 
normas já criadas) faz por decreto ou normas complementares das leis (não é lei complementar). 
Ex: instrução normativa da Receita Federal é norma complementar da lei. 
Regulamento do ICMS é norma complementar da lei. 
Questão: O Governo do Estado de SP, por meio de Decreto, atualizou a tabela FIPE, que é a base de 
cálculo do IPVA, para lançamento do IPVA de 2018. 
R: A base de cálculo continua sendo a tabela FIPE, não havendo nenhuma alteração, ou seja, não foi 
modificada a BC. Houve somente a atualização da BC, o que não importa em majoração ou redução, 
e sim em atualização de valor monetário, o que pode ser feito mediante Decreto. 
↑ Art. 97, §2 do CTN: Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste 
artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. 
Tributos que são exceção ao princípio da legalidade (extra fiscalidade): IPI, IEG, IE, IOF, II CIDE por 
ato do Poder Executivo. 
2) Princípio da isonomia 
O princípio da isonomia geral nos reporta a uma igualdade de pessoas, de gênero, de sexo, de escolha, 
etc. No Direito Tributário o princípio da isonomia, por se tratar de uma questão econômica, trata da 
capacidade contributiva, ou seja, não querem saber se o sujeito é homem, mulher, católico ou 
evangélico, branco ou preto, heterossexual ou homossexual, e sim se estão sujeitos a mesma 
tributação. A CF determina que é preciso que haja uma distribuição justa da carga tributária, 
especificando as diferentes capacidades contributivas para que a tributação seja justa dentro da 
sociedade, tratando igual os iguais e de forma desigual ou desiguais na medida de suas desigualdades. 
Os tributos pessoais, sobre a renda são muito justos, pois diferencia em razão do faturamento, com 
alíquotas progressivas diferentes. 
Ex: Diversos regimes de tributação, para grande empresa, para microempresa até faturamento X, de 
cooperativas, de microempreendedores individuais, etc. 
Princípio da isonomia na Constituição ↓ Não se pode tributar em função da ocupação profissional ou 
tipo de renda, pois dinheiro é dinheiro na mão de qualquer um. 
Ex: O Fisco não pode estabelecer assim, os honorários médicos estão sujeitos a uma tabela de IR no 
valor X, e os honorários dos advogados estão sujeitos a tabela no valor Y. 
Art. 150, II CF: É vedado instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em 
situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por 
eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 
► Princípio da capacidade contributiva ou da pessoalidade da tributação: O objetivo do §1 é 
implementar o princípio da isonomia na tributação real, ou seja, aquele que incide sob uma coisa. O 
que está no Art. 150 é bem implementado na tributação pessoal, já nos tributos reais utiliza-se o §1 
do Art. 145 o que há dificuldade por incidirem sobre coisa, desconsiderando a diferença que existe 
sobre as pessoas. 
Ex: "A" recebe uma casa de herança, uma mansão, ou ainda uma Mercedes. Quando é estabelecido a 
isonomia e diz que sempre que possível confira uma certa pessoalidade aos tributos reais para torna-
los mais pessoais, e considere a subjetividade para tributar de uma maneira mais justa. 
Quando nos deparamos com o IPI sendo tributado de uma maneira diferente para os portadores de 
deficiência física, acometidas com doenças graves isso é pessoalidade da tributação real, ou o IPVA 
com alíquota X para carros utilitários, alíquota Y para carros de luxos e alíquota Z para carro popular 
estão tentando implementar uma isonomia para um tributo real, ou ainda o IPTU que pode ter 
alíquota progressiva no tempo para imóveis não edificados (terrenos) e progressivas em razão do valor 
venal do imóvel ou ainda poderá ter alíquota diferentes em razão da localização e uso do imóvel, 
sendo que a BC continuará sendo a mesma, ou seja, o valor venal. 
Impostos como o IPI, ICMD terão alíquota seletivas pois os produtos comprados pela parte rica não 
são os mesmos comprados pela parte pobre. 
► Princípio da não cumulatividade/seletividade da alíquota: A CF diz que o IPI e o ICMS possuem 
alíquota seletivas, que se determinarão pela essencialidade do produto ou do serviço, ou seja, quando 
o Poder Público vai estabelecer a alíquota ele deve ter como critério a essencialidade do produto ou 
serviço, os produtos mais essenciais terão uma alíquota menor, enquanto os menos essenciais terão 
alíquota maior. 
Ex: IPI para combustível no Estado de SP é 12%, para sapatos é 16%, para arroz 7% (não é a mesma 
alíquota para tudo). 
A não cumulatividade também se aplica ao IPI e ao ICMS, descontando-se da operação futura o que 
já se cobrou na anterior. Então, as contribuições são cumulativas, mas os impostos, em regra, são não-
cumulativo. Mas o IPI e o ICMS são essencialmente cumulativos. 
Ex: Látex, que é a matéria prima circulando para a sua industrialização e a sua industrialização pela 
primeira vez paga-se o IPI e o ICMS, quando a borracha está pronta e circula de novo para virar outro 
produtopaga-se o IPI e o ICMS, aí o pneu vai para o carro e paga-se o IPI e o ICMS sobre o carro. IPI 
sobre IPI sobre IPI se não houvesse a não cumulatividade tais produtos seriam inviáveis de 
comercialização no final das contas. 
Ex: Franca tem norte, sul, leste, oeste, no norte a tributação dos imóveis é de 2%, e no norte é de 4%, 
e ainda, dentro da região norte os imóveis de valor X é tanto, e os de valor Y é tanto. 
↑ Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
I - propriedade predial e territorial urbana; 
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto 
previsto no inciso I poderá: 
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e 
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
§1º: Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade 
econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir 
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o 
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
3) Princípio da anterioridade 
Nenhuma lei entra em vigor antes da virada do exercício financeiro, contando de sua publicação.É a 
vacatio legis obrigatória na legislação tributária, para proteger a sociedade de surpresas na tributação, 
antevendo as cargas tributárias. Hoje há 2 anterioridades: a anterioridade da virada do exercício 
financeiro e a anterioridade nonagesimal. A anterioridade nonagesimal surgiu porque o Fisco 
espertamente fazia manobra subindo os tributos em dezembro para subir em janeiro. 
Anterioridade nonagesimal: Determina que nenhum tributo criado ou majorado entre em vigor no 
mesmo exercício financeiro. Tem que virar o ano, e além disso tem que tem no mínimo 90 dias de 
vacatio legis entre a publicação e a entrada em vigor. 
Ex: Publicada hoje lei, que entrará e vigor em janeiro de 2019 (virada do exercício financeiro). 
Publicada lei em 20/12/2018 entrará em vigor em 20/03/2019. 
Exceções ao princípio da anterioridade (tributos que podem ser tratados por medida provisória 
"meteu a caneta entrou em vigor"): CIDE, IOF, IPI, II e IE. 
Atenção: Empréstimo compulsório é exceção ao princípio da anterioridade, apenas em caso de guerra, 
perigo de guerra e calamidade pública. O empréstimo não é exceção a legalidade, pois necessita de 
lei complementar para ser instituído. 
As contribuições sociais não precisam de virada do exercício financeiro, mas precisa da nonagesimal. 
Devem aguardam a nonagesimal, mas não a virada do exercício financeiro: CIDE, IOF, IPI, II, IE, 
Contribuições sociais, empréstimos compulsórios (guerra, sua iminência e calamidade pública). 
Devem aguardam a virada do exercício financeiro, mas não a nonagesimal: IR, base de cálculo do IPTU 
e IPVA. 
Questão: O Governo do Estado de SP resolveu majorar a alíquota do IPVA de 3 para 4% mediante lei 
publicada no dia 20/11 entrando em vigor dia 01/01. Não pode, pois tem que respeitar a virada e a 
nonagesimal, pois a exceção é baseada na base de cálculo, e não da alíquota. 
4) Princípio da proibição do tributo com efeito de confisco 
A CF menciona: é proibido utilizar tributo com efeito de confisco. O confisco é uma expropriação de 
forma unilateral, em regra feita pelo Estado por algum motivo. Nem sempre ele será ilícito, ilegal. O 
tributo não pode se prestar a essa finalidade. 
Obs: Penhora não tem nada a ver com confisco. Alíquota alta também não tem natureza confiscatória, 
pois alguns tributos possuem natureza extrafiscal. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; 
5) Princípio da liberdade de trafego 
Esse tributo que feriria o princípio é aquele que teria como fato gerador a entrada do produto em um 
território (para passar pra lá paga ou não passa). O pedágio não é tributo. Não pode ter finalidade 
alfandegários, pois existem o II e o IE. 
Ex: Se o Governador do Estado de SP estabelecer que, o queijo produzido no Estado para ser vendido 
em Minas haverá tributação de 50% para sair do território → fere a liberdade em razão da 
procedência. 
Já foi pacificado no STF que o ICMS não fere este princípio, pois é tributo que tem por fato gerador a 
circulação. Ocorre que a legislação obriga o pagamento antes de circular, apara evitar a sonegação e 
assegurar a segurança e circulação. 
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder 
Público; 
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária 
entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. 
APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA LEI TRIBUTÁRIA (Art.100 e seguintes do CTN). 
6) Princípio da irretroatividade da lei tributária 150 CF 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou 
aumentado; 
Significa que a lei nova começa a surtir efeitos depois de entrada em vigor. No Direito Tributário, em 
algumas situações específicas, é possível a retroatividade benéfica da lei nova (que foi modificada ou 
instituída). Esse princípio diz respeito a aplicação da lei tributária e a possibilidade de sua invocação 
benéfica, o que não é reconhecido de ofício, devendo ser requerido, invocado. 
►Situações que se pode invocar a retroação benéfica da lei nova → APENAS quando a lei nova reduzir 
uma penalidade (multa), deixar de considerar uma penalidade dependendo da conduta e extinguir ou 
exonerar o contribuinte de determinadas obrigações administrativas (obrigações acessórias). 
- Também retroage as normas meramente interpretativas, em qualquer caso, mas excluem-se a 
aplicação de penalidade em face de dispositivos interpretados. Norma meramente interpretativa é a 
norma que vem para explicar outra, é a norma regulamentadora, como por exemplo, as normas 
complementares das leis (decreto, instrução normativa da Receita Federal), que visam complementar, 
explicar, interpretar as leis. 
Ex: Em um ano, em 15/04 a Receita Federal editou nova instrução normativa para dar uma nova 
orientação sobre a declaração de imposto de renda para aquele ano. Milhares de brasileiros já haviam 
enviado o IR. O povo teve de refazer a declaração, pois essa instrução normativa obriga, sob pena de 
penalidade. 
 Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos 
pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos 
termos do artigo 116. 
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade 
à infração dos dispositivos interpretados; 
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
a) quando deixe de defini-lo como infração; 
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não 
tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tribut 
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua 
prática. 
Atenção: Para invocar a retroação benéfica é necessário que o crédito tributárioesteja "vivo", ou seja, 
que esteja em discussão administrativa, discussão judicial, está em mora e ainda não pagou. Se já tiver 
sido discutido judicial, havendo o transito em julgado não há de se falar em retroação benéfica, assim 
como se o contribuinte já tiver pago o crédito tributário. 
Ex: Determinado contribuinte entrou em contato com uma determinada importadora de veículos, 
assinou o contrato, solicitando que ele importasse um Porsche, que estava com II de 2%. Quando o 
carro chegou no Brasil, atracando no Porto, entra em vigor uma lei que altera o II de 2 para 200%. 
- A lei nova que estabeleceu uma nova alíquota para II de veículo entrou em vigor no dia em que 
chegou o carro. O fato gerador do II é a importação. A alíquota e a BC se determinam na data do fato 
gerador, e não no dia em que se paga, ou que se faz a NF, pagando então os 200%. 
Ex: "A" sofreu uma execução fiscal, cobrando um IPTU com multa moratória de 20% mais atualizações 
monetárias. Vem a Prefeitura e modifica, dizendo que a multa moratória agora é de 10%. Nesse caso 
pode invocar a retroação benéfica. 
Ex²: A foi multado por sonegação de ICMS em 100%, com total de 15 mil de multa para pagar, mais 10 
do que foi sonegado. A entra com recurso administrativo, e perde. Depois, Governo do Estado diz que 
para aquela conduta a multa não é mais de 100% e sim de 20 reais. Pode invocar a retroação benéfica. 
Ex³: Multa por falha de escrituração, era pra escriturar obrigatoriamente por balanço e ele escriturou 
por livro caixa. Passado um tempo, vem uma lei e diz que para aquela conduta não precisa mais fazer 
balanço, bastando o livro caixa. 
Fato gerador pendente: O contrato ↑. Se o negócio ainda não se consumou e se consumar na lei nova 
é ela que será aplicada. 
Não existe retroação benéfica encima de alíquota e BC. 
Interpretação 
A interpretação da lei tributária é sempre gramatical, sou seja, literal da lei não existindo interpretação 
benéfica ao contribuinte ou ao Fisco. Não existe in dubio pro Fisco e tampouco pro contribuinte. A 
interpretação benéfica existe somente no Direito Penal Tributário, in dubio pro contribuinte, que está 
previsto no Art. 112 do CTN, não podendo ser trazida para os outros ramos do Direito Tributário. 
 Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira 
mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto: 
I - à capitulação legal do fato 
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos; 
III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade; 
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação. 
Ex: A, contribuinte foi acusado de sonegação fiscal dolosa, de 150% sob o tributo sonegado (culposa 
70%). Para abaixar a multa, sem que haja qualquer retroação benéfica, é possível tentar 
descaracterizar o dolo para cair na culpa para reduzir drasticamente a multa. 
No Direito Tributário tudo deve estar regulamentado, por isso a existência de tantas normas 
complementares das leis, que obrigam o contribuinte. 
O que se pode entender como normas complementares das leis? ↓ 
 Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos 
decretos (decreto?) 
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; 
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua 
eficácia normativa; 
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; 
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, 
a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo. 
Todos os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas, como os decretos, 
regimentos, regulamentos, instrução normativas. 
No DT administrativamente é como se existisse súmula vinculante. Muitas vezes, quando sobe um 
monte de recursos, discutindo a mesma coisa no Conselho de Contribuintes, que é o órgão de 2º grau 
no âmbito federal, o Conselho reúne todos os processos, julga, e declara que aquele acordo tem 
eficácia normativa para aquele assunto, passando a ser norma complementar do Direito Tributário. A 
jurisprudência administrativa no DT é diferente, pois pode ser considerada norma complementar, 
desde que seja confiado eficácia normativa. 
As portarias e os regulamentos se enquadram no inciso III. 
Quando entram em vigor? 
 Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor: 
I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100, na data da sua publicação; 
II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto a seus efeitos normativos, 30 (trinta) 
dias após a data da sua publicação (decisões colegiadas, acórdãos) 
III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, na data neles prevista. 
Todas as normas complementares das leis entram em vigor na publicação, apenas os acórdãos são 30 
dias após a publicação. 
Vamos supor que haja uma lei que não foi regulamentada, e que o tributo entrou em vigor hoje. 
Cumpre ou não cumpre a lei? 
R: Cumpre, não devendo haver regulamentação para tanto, pois a lei já está vigorando, sendo 
necessário entrar com processo administrativo de consulta. Mas independente desse processo, o 
Fisco, quando não tem regulamentação, aplica o Art. 108 do CTN. ↓ 
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação 
tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada: 
I - a analogia; resolver o problema usando uma lei que existe e que serve por ser muito parecida. 
II - os princípios gerais de direito tributário; 
III - os princípios gerais de direito público; 
IV - a equidade. Não é dispensa de tributo devido. 
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. 
§ 2º O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. 
Ex: Analogia → IPTU em Franca sem regulamentação. O ITR é muito parecido, então a autoridade 
administrativa, de forma fundamentada, aplica analogicamente o ITR ao IPTU. 
7) Princípio da uniformidade geográfica 151 CF 
Art. 151. É vedado à União 
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou 
preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida 
a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento 
socioeconômico entre as diferentes regiões do País; 
Esse tributo se aplica especificamente à União, pois esta detém a tributação federal, também 
chamado de princípio da isonomia entre tributantes. Ele proíbe que a União estabeleça tratamento 
desigual entre os entes federativos, determinando que a tributação seja uniforme em todo o território 
nacional, vedada qualquer preferência entre os Estados, admitindo-se, entretanto, incentivo fiscais 
para regiões menos desenvolvidas. 
Ex: Zona Franca de Manaus é praticamente isenta de IPI, que é um incentivo fiscal que visa levar 
desenvolvimento econômico. 
Ex²: União estabelece que o II para veículos exportados pelo Porto de Santos é de 2% e para veículos 
exportados pelo Porto do RJ é de 4%. Isso fere o princípio da isonomia. 
8) Princípio da imunidade 
Imunidade é a regra de competência negativa, ou seja, a CF dá o poder a União, mas veda esse poder 
(dá e tira). A imunidade estabelece uma não tributação em cima de determinadas coisas que ela proíbe 
que sejam tributadas. É, ainda, uma norma que determina a não incidência da lei, ou seja, a lei existe,mas em relação a determinadas atividades/pessoas ela não incidirá. 
Sempre que a CF tratar de imunidade, principalmente a imunidade específica, estará no texto da lei, 
"O ICMS não incidirá", "O ISS não incidirá", etc. 
Imunidade ‡ Isenção 
IMUNIDADE ISENÇÃO 
É tratada somente pela Constituição Federal É tratado por lei ordinária 
Não chega a ser contribuinte. É contribuinte, cometeu o fato gerador, mas 
por questões de políticas tributárias há uma 
dispensa de pagamento. 
Não tem prazo determinado, apenas a 
suspensão quando não cumprido os requisitos 
É por tempo certo e determinado 
 
São institutos diferentes. A isenção é tratada por lei ordinária, enquanto a imunidade é assunto 
tratado pela Constituição Federal, sendo que quando a pessoa/atividade é imune ela não está sujeita 
a certo tributo, enquanto a pessoa/atividade que é isenta ela está sujeito a certo tributo mas é 
dispensada de sua obrigação, ou seja, o contribuinte cometeu o fato gerador, mas a lei, por questões 
de política tributária dispensa do pagamento de um tributo devido (o credor dono daquele tributo é 
quem dispensa), estando sujeitos a certas condições e requisitos, podendo ser revogada, sempre 
observado o princípio da anterioridade, e estipulada por tempo certo e determinado. 
A isenção exclui o crédito tributário, ou seja, o afastamento do crédito, como por exemplo, dizer que 
a Katia excluiu a obrigação de "A" de fazer a sua avaliação, sendo que "A" não deixou de ser sua aluna, 
apenas ficou excluída de uma obrigação, mas permanece com as outras. 
Já a imunidade determina uma não incidência, sendo uma regra de competência negativa, ou seja, a 
CF outorga poder de tributar aos entes federativos e depois retira a competência em relação aos 
sujeitos/atividades/coisas imunes, sendo que estes nem chegam a virar contribuintes, pois nem 
cometeram o fato gerador. 
- Há dois artigos na CF que diz: são isentas de pagamentos de contribuições sociais, foi erro de 
terminologia, pois quer dizer imunes. 
Existem dois tipos de imunidade, a imunidade genérica se refere apenas a impostos, descrita no Art. 
150, VI "a" a "e" da CF, e a imunidade específica, que especifica em situações pontuais, espalhadas na 
CF. 
São classificadas em: 
Objetiva: Recai sob um objeto. 
Subjetiva: Recai sob pessoas ou atividades. 
Imunidade genérica: Diz respeito apenas aos impostos, tudo que começa com "I". 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
b) templos de qualquer culto; 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades 
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, 
atendidos os requisitos da lei; 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. 
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou 
literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem 
como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação 
industrial de mídias ópticas de leitura a laser. 
§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades 
essenciais ou às delas decorrentes. 
§ 3º As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e 
aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis 
a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas 
pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao 
bem imóvel. 
§ 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda 
e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. 
A) Art. 150, VI, alínea "a" - Imunidade recíproca dos entes tributantes: Abrange autarquias e 
fundações (administração direta e indireta) mas não abrange sociedade de economia mista e nem 
empresa pública, porque o regime jurídico que as rege é o direito privado. Os entes tributantes não 
vão pagar impostos uns aos outros. 
Ex: Parque Fernando Costa é Estadual, assim como o Poli Esportivo, o governo do Estado não paga 
IPTU ao município de Franca. 
B) Art. 150, VI alínea "b" - Imunidade de templos: O objetivo é garantir e exonerar de qualquer 
tributação a atividade religiosa. A CF, no Art. 20 garante a liberdade religiosa e para isso é necessário 
incentivar. Nenhuma religião, oficialmente instituída irá pagar impostos ao Governo. Abrange a 
atividade religiosa e o templo, os seus anexos. 
- Dízimo é qualquer doação à atividade religiosa, não sendo apenas o dinheiro em si, mas podendo 
englobar terrenos, carros, etc. Tudo isso foge da tributação - Não há valor máximo pré-estabelecido. 
C) Art. 150, VI, alínea "c" - Imunidade dos partidos políticos e suas fundações: Um dos fundamentos 
da República Federativa do Brasil, do Estado Democrático de Direito é o pluripartidarismo político. É 
o partido político, todo o seu patrimônio e também as doações com finalidade partidária. 
- Ocorre imunidade também aos sindicatos dos trabalhadores, e não do sindicato patronal. O objetivo 
é igualar forças, pois o sindicato dos trabalhadores é hipossuficiente se comparado ao sindicato 
patronal. 
- Da mesma forma as escolas particulares e entidades de assistência social. Essa entidade de 
assistência social não se trata de qualquer ONG e sim aquela que trabalha na promoção do ser 
humano, não englobando ONG de meio ambiente, proteção dos animais, associação do palmeiras, 
etc. As escolas particulares gozam de imunidade, desde que não tenham finalidade de lucro, como 
por exemplo, o Pestalozzi, Escola Adventista, etc. Não ter finalidade de lucro não quer dizer que ela 
não auferiu lucro, mas que esse lucro foi revertido na finalidade educacional. 
► As entidades de assistência social devem obedecer aos requisitos previstos no Art. 14 do CTN para 
gozar de imunidade, sob pena de suspensão: 
• Toda a atividade deve ser escriturada; 
• Não distribuir qualquer parcela de sua renda ou patrimônio a quem quer que seja ou a 
qualquer título; 
• Desenvolver todos os seus trabalhos em território nacional de acordo com suas atividades 
institucionais. 
Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes 
requisitos pelas entidades nele referidas: 
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; 
II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; 
III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes 
de assegurar sua exatidão. 
§ 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a autoridade 
competente pode suspender a aplicação do benefício. (pode ser novamente requerida). 
d) Art. 150, VI, alínea "d" - Imunidade papel e destinados à sua impressão: Os livros digitais e os 
periódicos digitais também gozam de imunidade. O objetivo é baratear o libro, para que ele chegue 
mais acessível ao consumidor final. 
Regras gerais: 
1) Na dúvida a interpretação das imunidades é restritiva. A imunidade só diz respeito ao próprio 
templo, ao próprio partido e suas fundações, a suas respectivas rendas, ao próprio patrimônio, não se 
estendendo aoscontratos que esse imune celebra com terceiros, quartos e quintos, assim como 
relações jurídicas estabelecidas. 
Ex: Se a Igreja "A" aluga um prédio para montar um templo e no contrato o locador coloca cláusula 
que compete ao Igreja pagar o IPTU ela deverá pagar. 
2) Toda regra de imunidade está restrita apenas às atividades essenciais do imune, ou seja, se houver 
desvirtuamento, em relação a ele será cobrado imposto. 
Ex: A igreja "A" compra uma rádio, ou um canal de televisão, não é da essência da atividade religiosa, 
pois não há essa necessidade. Então em relação a esse canal de televisão ou de rádio, não há qualquer 
imunidade. 
Atenção: A imunidade genérica não é automática, ou seja, não é porque constituiu uma Igreja que 
haverá imunidade automaticamente, devendo esta ser requerida ao órgão competente, que emitirá 
uma decisão concedendo ou não a imunidade. Caso o órgão denegue a imunidade cabe recurso a 
segunda instância administrativa (recurso ordinário na órbita administrativa), mandado de segurança 
ou ação declaratória com pedido de liminar para ter reconhecido pelo Judiciário a imunidade. 
Ex: A Igreja "A" locou seus imóveis para manter a sua atividade. Caso o Fisco queira tributar em cima 
desse imóvel pode-se entrar com recurso ordinário administrativo. 
Obrigação principal e obrigação acessória. 
Obrigação principal: é aquela que envolve sempre o pagamento, seja de um tributo ou uma 
penalidade pecuniária. 
Obrigação acessória: é aquela que a legislação estabelece um interesse da arrecadação. A obrigação 
acessória tem que ser cumprida independente de ter que cumprir a principal ou não, pois são coisas 
separadas, onde o acessório não acompanha o principal como é no Direito Civil. 
- O descumprimento da obrigação acessória converte-a em obrigação principal (mula), sem que a 
acessória deixe de ser necessária. 
Ex: deveres de escrituração, preenchimento de documentos e declarações. 
Atenção: Quem é imune tem que cumprir com as obrigações acessórias da mesma forma, assim como 
quem é isento. 
Imunidade específica 
Sempre estará na CF a expressão "não incidirá". É específica pois imuniza um tributo em uma situação 
pontual. 
IPI: Não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior. Para baratear a exportação, 
para que o produto seja competitivo no exterior. Acontece também com o ICMS e CIDE e 
Contribuições sociais, em caso de exportação. 
Imunidade de imóveis que estão sendo desapropriados para efeitos de reforma agrária. 184, §5 
As entidades de assistência social gozam de imunidade genérica e específica 195, §7, pois são imunes 
do recolhimento da contribuição social patronal que incide sobra a folha- IMSS cota patronal. 
ITBI goza de imunidade na realização de capital (realiza capital é colocar capital para a empresa surgir 
– somente em um momento), fusão, incorporação e cisão de empresas. ↓ 
↑Art. 37. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha como 
atividade preponderante a venda ou locação de propriedade imobiliária ou a cessão de direitos 
relativos à sua aquisição. 
ICMS* não incide sobre exportação; não incide sobre transmissão de sinal de tv e rádio canal livre 
(globo, rádio hertz); não incide sobre o ouro enquanto ativo financeiro e instrumento cambial, ou seja, 
o ouro papel e não o ouro mercadoria (ex: investimento em ouro, em ações); não incide sobre 
transporte interestadual de combustíveis (petróleo) e energia elétrica. 
O ICMS tem duas alíquotas: uma interna e uma interestadual. A alíquota interna é tributa quando da 
circulação de mercadoria dentro do próprio território tributante, sendo fixada pelo governo estadual, 
sendo facultado ao Senado, por resolução, estabelecer as alíquotas internas mínimas. A alíquota 
interestadual é fixada por resolução do Senado Federal, para não dar "briga", pois a representação é 
igualitária, 3 representantes para cada estado. 
Atenção: Não é o produto que não paga ICMS e sim o seu transporte interestadual. 
Ex: Venda de mocassin de Franca para Campinas recolhe alíquota interna. Venda de mocassin de 
Franca para Bahia recolhe alíquota interestadual 
O combustível e a energia elétrica, necessariamente atravessam o Brasil, por sua própria natureza, o 
que encareceria em demasia o produto caso tivesse que pagar o ICMS interestadual. 
TRIBUTOS EM ESPÉCIE 
1) Tributos municipais 
Os municípios podem instituir taxas, impostos e contribuições de melhoria. 
Impostos municipais: IPTU – ITBI – ISSQN - ITBI 
IPTU: Essencialmente é um tributo real, pois incide sobre uma coisa (propriedade imóvel). Quando 
falamos em regra matriz de incidência do IPTU temos a posse a propriedade ou o domínio útil, ou seja, 
a pessoa não precisa necessariamente ser proprietária, bastando também que tenha a posse ou o 
domínio útil do bem imóvel, ou seja, o contribuinte não é apenas o proprietário do bem imóvel. 
Por acessão física significa a casa, o prédio, a construção, enquanto por natureza é o terreno sem 
qualquer edificação. 
Devem estar localizados na zona urbana do município, que está definida no plano diretor (lei) do 
município, que especifica o perímetro urbano da cidade, ou ainda, nas zonas urbanizadas, que são 
aquelas localizadas em áreas de expansão urbanas, constando os requisitos do §1º, quais seja, 
destinação à habitação, à indústria ou ao comércio e no mínimo 2 requisitos inerentes ao IPTU, coo 
por exemplo, sistema de esgoto e posto de saúde a 3 km do imóvel. 
Ex: Uma das provas para a usucapião é o comprovante de pagamento de IPTU. 
Ex área urbanizada: Imóvel fora do perímetro urbano, mas com rede de iluminação pública e escola 
primária a 2 km do imóvel. 
Atenção: Não há como o contribuinte pagar o IPTU e o ITR sobre o mesmo bem imóvel, ou é um ou é 
outro. 
Para dar registro de imóvel rural o bem imóvel tem que se enquadram em alguns requisitos pré 
estabelecidos em lei. 
Contribuinte: O proprietário, possuidor ou quem tenha o domínio útil do imóvel. 
Base de cálculo: Valor venal do imóvel (valor de mercado). Todos os aspectos quantitativos devem 
estar em lei, então, se o valor venal é o valor de mercado isto deve estar descrito na lei, que constaram 
em anexo, com todos os valores de todos os imóveis do município. A atualização monetária desses 
índices deve ser feita um a um, o que torna a atualização inviável. 
Progressividade da alíquota: A alíquota do IPTU pode ser progressiva em função da localização do 
imóvel, do valor do imóvel, ou ainda em razão do imóvel ser não edificado (questão social de 
especulação imobiliária) - (Art. 156, §1º, I CF) 
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana 
tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por 
acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. 
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; 
observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos 
incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público: 
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; 
 II - abastecimento de água; 
III - sistema de esgotos sanitários; 
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; 
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel 
considerado. 
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes 
de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao 
comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos doparágrafo anterior. 
ISSQN (Imposto sobre serviço de qualquer natureza): Lei complementar nº 116 
É o típico imposto que é pago pelos prestadores de serviços em geral, como por exemplo, advogados, 
cabelereiros, dentistas, marceneiros, etc. É um tributo importante aos municípios, pois muitas das 
vezes é arrecadador de mais receita que o IPTU. 
O ISS também tem o fato gerador do aspecto territorial, sendo que os contribuintes do ISS serão 
aqueles que prestam serviço dentro do município. 
Ex: escritório de advocacia em Franca é contribuinte de ISS no município de Franca. 
Há então, uma pessoa que presta o serviço e uma outra que toma este serviço (tomador), que o 
recebe. Em regra, o serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento do 
prestador, ou ainda, em sua falta, no local do domicílio do prestador, havendo algumas exceções, 
onde será devido no domicílio do tomador. Quais sejam: 
I – do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de estabelecimento, onde 
ele estiver domiciliado, na hipótese do § 1o do art. 1o desta Lei Complementar; 
- § 1o No caso dos serviços a que se refere o subitem 3.04 da lista anexa, considera-se ocorrido o fato 
gerador e devido o imposto em cada Município em cujo território haja extensão de ferrovia, rodovia, 
postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza, objetos de locação, sublocação, arrendamento, 
direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não. 
 
XXII – do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário, no caso dos 
serviços descritos pelo item 20 da lista anexa. 
- Item 20: Serviços portuários, aeroportuários, ferroportuários, de terminais rodoviários, ferroviários e 
metroviários. - Construção civil 
Ex: Engenheiro que tem seu estabelecimento em Franca e é contratado para realizar um serviço em 
Santos. Neste caso quem ficará com a receita do ISS é o município de Santos. 
Ex²: Prestação de serviço em rodovia, ou ferrovia, que atravesse município, onde o ISS será devido no 
estabelecimento do tomador, ou seja, o trecho está dentro de uma cidade específica, então o tributo 
será devido a ela. 
O rol de serviços do anexo da lei complementar não é taxativo, ou seja, se há a prestação de serviço 
congênere a qualquer um descrito na lista em anexo, o imposto é devido. 
Contribuinte: É o prestador de serviço. 
Base de cálculo: Valor do serviço prestado, da nota que foi tirada. 
Atenção: Para saber quais os tributos devidos de ISS temos de saber bem quais os serviços tributados 
do ICMS, pois estes serão os únicos que não terão incidência de ISSQN. (exclusão). Não dá para pagar 
os dois juntos (ICMS + ISSQN). 
Atenção²: ICMS é um imposto estadual, imposto de circulação de mercadorias e serviços. Esse serviço 
é o serviço de transporte de passageiros interestadual e intermunicipal (entre estados e entre 
municípios). 
Ex: ↑ Passagem de ônibus (Ex: Empresa São Bento), avião, van, desde que haja o transporte de 
passageiros entre municípios ou entre estados. Se for transporte de passageiros dentro do próprio 
município o tributo é o ISSQN (EX: Empresa São José) 
Art. 1o O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito 
Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não 
se constituam como atividade preponderante do prestador. 
§ 1o O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se 
tenha iniciado no exterior do País. 
§ 2o Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela mencionados não ficam sujeitos 
ao Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de 
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, ainda que sua prestação envolva 
fornecimento de mercadorias. 
§ 3o O imposto de que trata esta Lei Complementar incide ainda sobre os serviços prestados mediante 
a utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente mediante autorização, permissão 
ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço. 
Art. 4o Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de 
prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou 
profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto de 
atendimento, sucursal, escritório de representação ou contato ou quaisquer outras que venham a ser 
utilizadas. 
Art. 3o O serviço considera-se prestado, e o imposto, devido, no local do estabelecimento prestador 
ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos 
incisos I a XXV, quando o imposto será devido no local: 
Art. 7o A base de cálculo do imposto é o preço do serviço. 
ITBI - imposto de transmissão de bens IMÓVEIS: É o tributo pago quando da compra e venda de bem 
imóvel, sendo devido aos municípios. Também existe uma tabela de valor venal para efeitos de ITBI, 
o que pode gerar confusão, pois para lançamento do IPTU pode ser um valor X e para lançamento do 
ITBI pode ser Y, o que dependerá da atualização da tabela desse valor venal. 
Quando ocorre a transferência do imóvel? Quando passa e registra a escritura. 
Mas e os contratos de gaveta, instrumentos particulares onde há a compra do bem, o registro, mas 
não faz a escritura neste mesmo momento? Nestas situações também ocorre a transferência. 
Financiamento minha casa minha vida também paga ITBI. 
Quando se faz um contrato de compra e venda de bem imóvel, mesmo que por instrumento particular, 
e este for levado a registro no Tabelionato, o tabelião irá calcular o ITBI no valor do contrato. 
 Art. 35. O imposto, de competência dos Estados (está errado, hoje é dos municípios), sobre a 
transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador: 
I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por natureza 
ou por acessão física, como definidos na lei civil; 
II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia; 
III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II. 
Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. 
Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei. 
Contribuinte: O adquirente do bem imóvel, ou seja, quem está comprando. Isso pode ser alterado na 
escritura. Mas perante a lei é o adquirente. 
Base de cálculo: Valor venal dos bens imóveis ou direitos que estão sendo transmitidos. 
Tributo federal 
IR – Imposto sobre a renda e proveitos de qualquer natureza: É um tributo federal que tem como 
fato gerador a aquisição de renda e proveitos de qualquer natureza. Possui uma forte função fiscal, 
pois é um grande arrecadador, essencialmente arrecadatório. 
- A sua arrecadação total é de competência da União, porém a CF determina uma repartição do total 
da renda arrecadada, determinando de 25% do total da arrecadação seja devolvido ao município onde 
reside o contribuinte. 
Ex: Contribuinte de Franca pagou 5 mil de IR. 25% dos 5 mil, ou seja, 1250 retornará ao município de 
Franca, via transferência corrente tributária obrigatória. 
Repartição de receita: É a obrigação que a União tem de repassar parte da receita arrecadada para o 
município onde o contribuinte reside. 
Atenção: No ITR também há repartição de receita, sendo que, quando o município cuida da sua 
arrecadação e fiscalização fica com 100% da arrecadação (quando não arrecada e fiscaliza fica com 
apenas 50%).Contribuinte: Pessoa física (IRPF) e pessoa jurídica (IRPJ). Art. 45, o contribuinte do IR é o que 
efetivamente é possuidor daquela renda. 
Ex: "A" tem uma conta corrente de que é o titular. Quem declara o IR é o primeiro titular da conta. 
A CF diz que o imposto de renda será orientado pelos critérios que chamamos de princípios específicos 
do IR. ↓ 
A) Generalidade: Significa que todas as rendas e todos os proventos de qualquer natureza, 
independente da forma de sua aquisição, estão passiveis da tributação do IR. 
Atenção: Existe alguns rendimentos isentos ou não tributáveis, como por exemplo, os rendimentos 
da caderneta de poupança, indenizações decorrentes de ações trabalhista, etc. São isentos por lei 
especial e em caso de revogação perde-se essa isenção, voltando a pagar tributo sobre tudo. 
b) Progressividade: Progressividade de alíquota, ou seja, a alíquota vai subindo de acordo com a 
aquisição de renda, sendo que hoje a alíquota máxima hoje é de 27,5%. 
C) Universalidade: A obrigação de tributação de IR seguirá o contribuidor aonde ele estiver. Isso 
ocorre porque o IR é um tributo pessoal, que incide sobre a renda da pessoa, e ela sendo brasileira ela 
terá de pagar tal tributo. 
Ex: "A" foi trabalhar no exterior, mas mesmo assim ainda deve pagar IR para o Brasil, sob seus 
rendimentos e proventos. 
Fato gerador do IR (Art. 43 do CTN): O FG é plurifásico, ou seja, acontece várias vezes por ano, sempre 
que é auferida renda, que pode ser declarada todo no ajuste anual (até 30 de abril do ano seguinte ao 
ano base) ou por meio do carnê leão. 
Renda: É tudo que é periódico para o contribuinte, como por exemplo, salários, os alugueis que se 
recebe todos os meses, os juros da caderneta de poupança, pensão alimentícia, aposentadoria, etc. 
Proventos: Proventos são os acréscimos patrimoniais não compreendidos na definição de renda, ou 
seja, o que é extraordinário, como por exemplo, ganhar na loteria, no BBB, ou sua casa vale 200 mil e 
é vendida por 230, sendo neste caso 30 de acréscimo. 
Momento de consumação do FG: O Art. 43 diz que o fato gerador se consumará quando da sua 
disponibilidade econômica, como por exemplo, quando é depositado em sua conta e está a sua 
disposição, mesmo que o contribuinte não o movimente, ou ainda, a disponibilidade jurídica, que é 
quando o processo transita em julgado e o juiz já determinou a expedição da guia de levantamento e 
esta não ficou pronta, tendo a disponibilidade jurídica mas não a econômica. Quando se tem a 
disponibilidade jurídica já tem que pagar o IR sobre ela (deve ser uma coisa certa e não uma 
suposição). 
Ex: Divórcio, homologando acordo em 15 de dezembro 2017, sendo que o recesso forense começou 
dia 20 de dezembro, sem a expedição da guia de levantamento. Na homologação ficou composto uma 
indenização do marido para a mulher. O IR é pago no ano seguinte ao que foi auferida a renda (ano 
base), até o dia 30/04. A mulher já tinha que declarar o IR no ano seguinte, ou seja, em 2018, pois 
mesmo que ela ainda não estivesse com o dinheiro era uma coisa certa, havendo a disponibilidade 
jurídica decorrente do acordo. 
Obs: Pode ter disponibilidade jurídica e não ter disponibilidade econômica. 
Obs: meação não é acréscimo patrimonial, então não tem incidência do IR. 
Base de cálculo: Art.44 CTN 
O lançamento do imposto de renda é feito por declaração. 
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem 
como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: 
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; 
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não 
compreendidos no inciso anterior. 
§ 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, 
condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. ↓ 
↑ Trata-se do princípio da generalidade. 
§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o 
momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. 
Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos 
proventos tributáveis. 
↑ Real ou presumido porque as pessoas jurídicas também pagam o IR, e dependendo do regime de 
tributação as vezes é aplicado o lucro real e consequentemente a base de cálculo será a do lucro real. 
Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo 
de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos 
proventos tributáveis. 
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição 
de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam. → É o patrão que retém a fonte, 
pois é o responsável tributário por essa retenção, assim como em algumas aplicações bancárias sobre 
o rendimento que incide o IR sendo que o próprio banco retém quando você vai sacar. 
Tributos Estaduais 
ICMS IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIA E SERVIÇOS: É um tributo estadual, que possui 
uma forte função fiscal, sendo grande arrecadador, possuindo também receita repartida. 
25% de toda a arrecadação do Poder do Estado volta aos Municípios. 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - operações relativas à 
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual (também em 
viagens aéreas) e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem 
no exterior; 
Atenção: Nem tudo que circula é mercadoria. Tem que ver qual a finalidade do transporte, ou seja, se 
for apenas transportando uma mercadoria de um lugar para o outro não há a incidência do ICMS, mas 
deve ter a NF ou GTA. Já se for transporte para vender em outro estado, por exemplo, há a incidência 
do ICMS. 
Serviços tributados pelo ICMS: Transporte intermunicipal ou interestadual de passageiros e serviços 
de telecomunicação. Todos os outros serviços estão sujeitos à tributação do ISSQN. 
Ex: "A" tem uma fazenda no Estado de SP com várias cabeças de gado. "A" resolve levar esses gados 
para Goiânia, circulando com ele, mas neste caso não pagasse ICMS e sim o GTA (Guia de Transporte 
Animal), porque "A" não está vendendo esses gados. 
Ex²: Compra de calcário para jogar na fazenda em Minas. Não tem ICMS pois é somente o transporte, 
sendo que não está vendendo esse calcário. 
Atenção: Também há a tributação acerca da importação. 
Ex: "A" fez um pedido de importação, no momento em que a mercadoria entrar tem que pagar ICMS. 
► Hipóteses de imunidade (específica) do ICMS: Não incide sobre a exportação; outro enquanto ativo 
financeiro e instrumento cambial; transporte interestadual de petróleo e derivados (combustível); 
transição interestadual de energia elétrica; e sobre rádio, TV, transporte de comunicação de sinal livre. 
Alíquota: Possui característica de não cumulatividade (desconta-se da operação futura o que já se 
tributou na anterior) e seletividade (quando mais essencial o produto menos ele deve ser tributado 
em alíquota de ICMS). 
De regra são alíquota específicas, que vem em percentuais. Temos ainda a alíquota interestadual e a 
alíquota interna. A interestadual é aquela que será devida nas operações interestaduais (devida no 
Estado de origem), que são definidas pelo Senado Federal, via resolução (evitar guerra fiscal). Já a 
alíquota interna é aquela devida nas operações internas, dentro do Estado tributante, que é definida 
pelo ente tributante de cada Estado, sendo facultado

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