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Tópicos em Direito 1
Sumário
03
TÓPICO 4 – Direito Tributário .........................................................................................07
1 Sistema Constitucional Tributário Brasileiro .................................................................07
1.1 Competência Tributária Cumulativa ............................................................................08
1.2 Competência tributária: Classificação das Competências e Características .....................08
1.2.1 Classificação ..................................................................................................08
1.2.2 Características ................................................................................................09
2 Lei Complementar Tributária .....................................................................................10
2.1 Lei Complementar e Constituição Federal: Criação de Tributos, Aumento e Minoração 
de Alíquotas, Regime Jurídico ..........................................................................................11
3 Conceito de Tributo .................................................................................................12
3.1 Art. 3º do CTN ........................................................................................................12
3.2 Os Tributos de Competência da União Federal ............................................................15
3.2.1 Impostos: .......................................................................................................15
3.2.2 Empréstimo Compulsório: Art. 148, I e II ...........................................................15
3.2.3 Taxas: competência comum: Art. 145, II.............................................................15
3.2.4 Contribuição de Melhoria: Art. 145, III ..............................................................15
3.2.5 Contribuições Sociais: Art. 149 .........................................................................15
3.2.6 Contribuições Interventivas e Corporativas .........................................................17
3.3 Estados-Membros e Distrito Federal ............................................................................19
3.3.1 Impostos ........................................................................................................19
3.3.2 Taxas: competência comum: Art. 145, II.............................................................19
3.3.3 Contribuições Sociais dos servidores estaduais para o custeio de 
previdência própria: art. 149, § 1º .............................................................................19
3.3.4 Contribuição de melhoria: art. 145, III...............................................................19
3.4 Municípios ..............................................................................................................19
3.4.1 Impostos ........................................................................................................19
3.4.2 Taxas: competência comum. Art. 145, II .............................................................19
3.4.3 Contribuição de melhoria: Art. 145, III ..............................................................19
3.4.4 Contribuição social de seus servidores para o custeio de previdência própria de seus 
servidores: art. 149, § 1º ..........................................................................................20
04 Laureate- International Universities
3.4.5 Contribuição de Iluminação Pública: art. 149-A ..................................................20
3.4.6 A Lista de Tributos no Brasil ..............................................................................20
4 Natureza Jurídica dos Tributos ...................................................................................23
4.1 Art. 4º do CTN: hipótese de incidência e base de cálculo .............................................23
4.2 Irrelevância: denominação e destino: Inc. I e II do art. 4º do CTN. ................................24
5 Classificação das Espécies Tributárias ........................................................................24
5.1 Imposto: Art. 145, I da CF de 1988 ...........................................................................24
5.2 Classificação dos Impostos:.......................................................................................25
5.3 Imposto de competência residual: Art. 154, I, da CF de 1988 .......................................25
5.4 Imposto extraordinário de guerra: Art. 154, II, da Cf de 1988, c.c. o Art. 76 do CTN ......25
5.5 Classificação dos Impostos segundo CTN: ..................................................................25
6 Taxas ......................................................................................................................26
6.1 Taxas em razão da prestação de serviço efetiva ou potencial de serviços públicos 
prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição .........................................................26
6.2 Taxas em razão do exercício regular do poder de polícia ..............................................27
6.3 Diferenças entre Taxa e Preço Público .........................................................................27
7 Contribuições de Melhoria e Empréstimos Compulsórios: Art. 145, III, da CF de 1988, 
c.c. os Arts. 81 e 82 do CTN ...........................................................................................28
8 Empréstimo Compulsório: art. 148, I e II, da CF de 1988 ............................................29
9 Espécies Tributárias: Contribuições do Art. 149 da CF .................................................30
9.1 Contribuições Especiais: Art. 149, da CF de 1988 .......................................................30
9.2 Contribuições Sociais: Art. 149, 1ª parte da CF. ..........................................................31
9.2.1 Contribuições Sociais Gerais ............................................................................31
9.2.2 Contribuições Sociais de Seguridade Social: Art. 195 da CF. ................................32
9.3 Contribuição e Intervenção no Domínio Econômico – CIDE .........................................33
9.4 Contribuição no interesse de categorias profissionais ou econômicas – CICP ..................34
9.5 Contribuição de iluminação pública: Art. 149-A, da CF de 1988 ..................................35
10 Princípios Constitucionais Tributários ..........................................................................35
10.1 Princípio da legalidade: conceito. Art. 150, I, da CF de 1988. ....................................35
10.1.1 Estrita Legalidade Tributária: Previsão do Art. 97 do CTN ...................................36
10.2 Princípio da igualdade tributária: Art. 150, II, da CF de 1988 .....................................38
10.2.1 Princípio da capacidade contributiva: Art. 145, §1º da CF .................................38
10.2.2 Princípio da Progressividade Fiscal e Extrafiscal .................................................39
05
10.2.3 Princípio da seletividade fiscal: Art. 153, § 3º, I e Art. 155, § 2º, III da CF ..........40
10.3 Princípio da irretroatividade tributária: Art. 150, III, “a”, da CF de 1988 ......................40
10.4 Princípio constitucional da anterioridade tributária: Art. 150, III, b, e c, 
combinada com o §1º do Art. 150 e §6º, do Art. 195. ......................................................41
10.5 Princípio Constitucional do Não-Confisco: art. 150, IV, da CF .....................................43
10.6 Princípio Constitucional da Limitação ao Tráfego: Art. 150, V, da CF de 1988 ..............44
10.7 Princípio Constitucional da Uniformidade Tributária: Art. 151, I, da CF de 1988 ...........45
10.8 Princípio Constitucional do Art. 151, II, daCF de 1988 ..............................................45
10.9 Princípio Constitucional do Art. 151, III, da CF de 1988 .............................................45
10.10 Princípio Constitucional do Art. 152, da CF de 1988 ...............................................45
10.11 Princípio Constitucional do § 5º do Art. 150, da CF de 1988 ....................................46
10.12 Princípio Constitucional do § 6º do Art. 150, da CF de 1988 ....................................46
10.13 Princípio do §7º do Art. 150, da CF de 1988 ..........................................................46
11 Imunidades Tributárias .............................................................................................46
11.1 Classificação das Imunidades ..................................................................................47
11.2 Diferenças entre Imunidade e Isenção .......................................................................48
11.3 A Imunidade e as Espécies Tributárias ......................................................................48
11.4 Imunidade recíproca: Art. 150, Inciso VI, Alínea “a”, da CF de 1988 ...........................48
11.5 Imunidades dos templos de qualquer culto: Art. 150, VI, b, da CF de 1988 ..................51
11.6 Imunidade do Art. 150, VI, Alínea “c”, da CF de 1988 ...............................................52
11.7 Imunidades dos livros, jornais, periódicos e do papel destinado à sua impressão: 
Art. 150, Inciso VI, Alínea “d”, da CF de 1988 ..................................................................54
11.8 Imunidade Musical: Art. 150, Inciso VI, Alínea “e”, da CF de 1988 .............................55
11.9 Imunidade do inciso III, do §3º, do Art. 153..............................................................55
11.10 Imunidade do inciso II, do §4º, do Art. 153 ............................................................55
11.11 Imunidade do Art. 155, §2º, Inciso X, Alíneas “a”, “b”, “c’ e “d” ...............................56
11.12 Imunidade do inciso I, do §2º, do Art. 156 .............................................................56
Tópico 4 
07
1 Sistema Constitucional Tributário 
Brasileiro
O sistema constitucional tributário brasileiro estabelecido pela Constituição Federal de 1988, 
entre os Arts. 145 a 162, significa o conjunto de normas jurídicas que delimita a competência 
tributária dos entes federativos, enquanto aptidão legislativa para a criação e cobrança dos 
tributos, bem como define os princípios constitucionais tributários, as imunidades tributárias e a 
repartição de receitas tributárias.
Nesse sentido, a CF de 1988, em matéria tributária, assim está composta:
• Título VI – DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO – CAPÍTULO I – DO SISTEMA TRIBUTÁRIO 
NACIONAL 
• SEÇÃO I – DOS PRINCÍPIOS GERAIS: Arts. 145 a 149-A
• SEÇÃO II – DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR: Arts. 150 a 152
• SEÇÃO III - DOS IMPOSTOS DA UNIÃO: Arts. 153 a 154
• SEÇÃO IV – DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL: Art. 155
• SEÇÃO V – DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS: Art. 156
• SEÇÃO VI – DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS: Arts. 157 a 162 
A CF de 1988 não cria tributos. É o ente político (União, Estados-membros, Distrito Federal e 
Municípios) que tem o poder de exercer a competência tributária ao editar as leis criadoras dos 
tributos. A exceção a essa regra diz respeito à possibilidade da Lei Complementar criar 
empréstimos compulsórios (Art. 148, da CF); o imposto de competência residual (Art. 154, 
I), além das outras contribuições sociais (§ 4º, do Art. 195) e, por último, o imposto sobre 
grandes fortunas (Art. 153, VIII).
Com efeito, integram o sistema constitucional tributário brasileiro a Lei Complementar Tributária, 
consoante os Arts. 146 e 146-A, e as Leis Ordinárias instituidoras dos tributos pelos entes fede-
rativos, enquanto normas infraconstitucionais.
O Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/1966) é a norma infraconstitucional com status de 
Lei Complementar na atual CF de 1988 (Art. 146, III), em razão de veicular normas jurídicas para 
dirimir conflitos de competência entre os entes federativos, a regulação das limitações constitu-
cionais ao poder de tributar e as normas gerais em direito tributário.
Existe uma nítida diferença entre os conceitos de Competência Tributária e Capacidade Tributária 
Ativa.
Direito Tributário
08 Laureate- International Universities
Tópicos em Direito 1
A Capacidade Tributária Ativa (também conhecida por Parafiscalidade) é nomenclatura corrente 
utilizada na doutrina para identificar o órgão público (pessoa jurídica de direito público in-
terno), que realiza a cobrança ou a fiscalização dos tributos, é entidade diversa do sujeito 
ativo determinado pela Constituição e pela Lei (União, Estados-membros, Distrito Federal 
e Municípios), que exerce a competência legislativa para a criação dos tributos.
A referida circunstância significa a transferência da capacidade tributária ativa, pelo qual o ente 
federativo (União, Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios), por meio de lei ordinária, 
atribui à terceira pessoa (pessoa jurídica de direito público interno) a função de arrecadação e 
fiscalização dos tributos, com a perspectiva da disponibilidade do produto arrecadado. 
Essas pessoas só poderão sê-las as Pessoas Jurídicas de Direito Público (Ex: Autarquias/Fun-
dações Públicas – Administração Pública Indireta) ou entidades jurídicas de direito privado 
perseguidoras de finalidade públicas (Ex: Contribuição no Interesse de Categorias Profissionais: 
art. 149, da CF, na cobrança pelos órgãos de classe das profissões regulamentadas em Lei da 
respectiva contribuição no interesse de categorias profissionais (OAB, CREA, CRM); o art. 240 da 
CF - SESI, SENAI, SESC, SENAC). Outro exemplo de transferência da capacidade tributária ativa 
é a Contribuição do INCRA (art. 240 da CF, c. c. a Lei nº 2.613/1955).
Atenção para o instituto do Cometimento, previsto no §3º do art. 7º do CTN. Significa a 
modalidade de transferência de capacidade tributária ativa do encargo ou função de 
arrecadar tributo atribuída à pessoa jurídica de direito privado. Como exemplo, teríamos 
as retenções de impostos pela fonte pagadora, como no caso do IR retido pelo empregador do 
salário do trabalhador, ou mesmo da extinta CPMF, que era arrecadada pelos bancos em caráter 
de retenção e descontada do contribuinte diretamente em sua conta-corrente.
1.1 Competência Tributária Cumulativa
Descriminação das competências dos entes políticos, prevista no Art. 147, da CF de 1988, que 
significa a competência da União federal, para em Territórios Federais efetuar a cobrança de 
impostos estaduais e, se não dividido o Território em Municípios, os impostos municipais. Ao Dis-
trito Federal, além dos impostos estaduais, previsto no Art. 155, cabem os impostos municipais.
1.2 Competência tributária: Classificação 
das Competências e Características
1.2.1 Classificação
Na Competência Privativa: os Impostos dos entes federativos. O Empréstimo Compulsório e as 
Contribuições Especiais do Art. 149 da CF, na competência privativa da União; As Contribuições 
Sociais do Sistema Previdenciário dos Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios; A COSIP 
dos Municípios e Distrito Federal.
Na Competência Comum dos entes federativos: as Taxas e a Contribuição de Melhoria.
A Competência Residual: No Art. 154, I e § 4 do art. 195, ambos da CF de 1988, que significa a 
competência para instituição de impostos e contribuição sociais novos, de competência exclusiva 
da União Federal.
A Competência Extraordinária: prevista no Art. 154, II, para a instituição do imposto extraordi-
nário de guerra externa e sua iminência, pela União federal.
09
1.2.2 Características
• Privativa: Significa a capacidade legislativa plena dos entes federativos para a criaçãodos tributos e de sua cobrança. Impossibilidade de usurpação de competências tributárias 
pelos entes federativos. A CF de 1988 proíbe a interferência legislativa dos entes federativas 
no exercício da competência tributária uns dos outros.
OBS (1): Tratados Internacionais celebrados pela União. Possibilidade. Manifestação do Esta-
do-Nação. Convivência pacífica das normas do Tratado ou Convenção, em matéria tributária, 
com as de normas jurídicas internas. Prevalência do Tratado com a adoção do Princípio da es-
pecialidade. Art. 98 do CTN.
Esse artigo apresenta os tratados e convenções internacionais, como atos normativos primários, 
desde que ratificados por Decreto Legislativo. Tratado e Convenção Internacional no qual o Es-
tado Brasileiro deve ser signatário, que reformam ou modificam a legislação tributária interna, 
somente produz efeitos jurídicos, com força de lei ordinária, por meio de Decreto Legislativo. A 
Emenda constitucional 45/2004 provocou alteração na CF no que tange ao artigo 5º, Inciso 
XXVIII, §3º, passando este a regular a eficácia do processo legislativo dessas normas jurídicas 
internacionais, desde que sejam ratificados por meio de Decreto Legislativo, vigorando então 
com força de Lei Ordinária.
ATENÇÃO: Decreto Legislativo. A sua função é introduzir no ordenamento jurídico brasileiro os 
convênios e tratados internacionais e no âmbito tributário interno é ratificar os convênios entre 
os entes políticos (Estados, Municípios). Caráter de Lei Ordinária. Ato Normativo Primário. Art. 
62 da CF.
OBS (2): Isenções Heterônomas. Proibição constitucional. Art. 151, III da CF (Art. 151. É ve-
dado à União: III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal 
ou dos Municípios). Exceção: art. 156, § 3º, ou seja, por meio de Lei Complementar é possível 
excluir a competência dos Municípios serviços que sejam destinados para o exterior.
OBS (3): A previsão do supersimples estabelecido no parágrafo único do Art. 146, Alínea “d”, 
e seu parágrafo único, da CF, pelo qual a lei complementar prevê regime jurídico único de 
arrecadação dos impostos da União, dos Estados-membros, Distrito Federal e Municípios devi-
dos pelas microempresas e empresas de pequeno porte, bem como tratamento diferenciado de 
microempresas e de pequeno porte, para o ICMS e Contribuições.
• Indelegável: impossibilidade de transferência do poder de legislar dos entes federativos 
em matéria tributária, inclusive para delegar essas funções ao poder executivo.
• Incaducável: o poder de legislar dos entes federativos sobre a competência tributária 
atribuída pela Constituição Federal não se perde pelo transcurso do tempo.
• Irrenunciável: o poder de legislar dos entes federativos em razão da competência 
tributária atribuída pela CF de 88 não pode ser renunciada, como se fosse um bem 
jurídico livremente disponível.
• Inalterável: a competência tributária é matéria reservada da Constituição, só podendo ser 
alterada por meio de Emenda à Constituição. Ou seja, todos os termos e limites jurídicos 
determinados na Carta Magna ao exercício da competência tributária não poderão ser 
alterados por normas infraconstitucionais.
• Facultatividade: os entes federativos não são obrigados a legislar sobre a matéria tributária 
atribuída pela competência designada na Constituição de 88. Ou seja, nenhum Estado-
membro ou Município está obrigado ao exercício da criação e cobrança dos tributos. 
Como exemplo disso, temos até hoje a previsão do imposto sobre grandes fortunas na 
10 Laureate- International Universities
Tópicos em Direito 1
Carta Magna, mas a União não exerceu a sua competência para criá-lo. Caso idêntico 
é a previsão da competência tributária aos Estados e Municípios para criarem o sistema 
próprio de arrecadação do tributo necessário ao custeio de previdência dos respectivos 
funcionários públicos, que na grande maioria não foram ainda instituídos.
OBS (1): O art. 11 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2001), que dispõe ser requi-
sito essencial da responsabilidade na gestão fiscal dos entes políticos na efetiva arrecadação 
de todos os tributos, não altera a característica de facultatividade do exercício da competência 
tributária, eis que trata-se de imputação jurídica ao ente que deixar de exercer a plena cobrança 
de tributos, que recebe por competência da CF de 88.
OBS (2): Bitributação é a pretensão de mais de um ente político para tributar duas vezes o 
mesmo fato imponível (comportamento do ser humano). Essa possibilidade se verifica com a 
criação do Imposto Extraordinário de Guerra pela União poder se valer da hipótese de incidência 
dos impostos de competência dos outros entes políticos. Outra possibilidade é a incidência de 
imposto federal de importação concomitantemente com os Estados-membros e Distrito Federal 
tributarem o ICMS nas importações de mercadorias e serviços.
OBS (3): Bis in Idem significa a mesma pessoa política tributar mais de uma vez o mesmo 
fato imponível. Temos, como exemplo, o acréscimo patrimonial que serve de hipótese de inci-
dência ao imposto de renda como também da contribuição social sobre o lucro líquido. Outro 
exemplo, o imposto federal de importações e o imposto sobre produtos industrializados devido 
na importação de produtos, como também a incidência de PIS/COFINS incidentes sobre o fatu-
ramento.
2 Lei Complementar Tributária
Cabe à lei complementar as seguintes funções no sistema constitucional tributário brasileiro: 
dirimir conflitos de competência; regular limitações constitucionais ao poder de tributar e estabe-
lecer normas gerais em matéria tributária (art. 146 e Art. 146-A, da CF de 1988).
Como função de dirimir conflitos de competência, a Lei Complementar é um instrumento norma-
tivo infraconstitucional de delimitação e interpretação da competência tributária.
A Lei Complementar, enquanto norma que limita o poder de tributar, significa a função de es-
clarecer e evidenciar o conteúdo constitucional de normas não autoaplicáveis em matéria de 
princípios constitucionais tributários e imunidades tributárias.
Em caráter de normas gerais em direito tributário, a Lei Complementar tem por função estabe-
lecer a especificação dos elementos que compõem a norma tributária, em relação: a) definição 
de tributos e de suas espécies, bem como em relação aos impostos discriminados nesta Cons-
tituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; b) obrigação, lan-
çamento, crédito, prescrição e decadência tributários; c) adequado tratamento tributário ao ato 
cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas; d) definição de tratamento diferenciado e 
favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes espe-
ciais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no 
art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239; d) também poderá instituir 
um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios.
11
Por último, conforme o Art. 146-A, da CF de 1988, a Lei Complementar poderá estabelecer 
critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem 
prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo.
O CTN é Lei Complementar de nítida função de norma geral em direito tributário, além de outras 
leis complementares específicas de determinados impostos, tais como o ICMS (LC nº 87/1996) 
e ISS (LC nº 116/2003).
No caso de inexistência de Lei Complementar, na função de editar normas gerais em matéria de 
direito tributário, não inibe a competência legislativa plena dos Estados-Membros, Distrito Fede-
ral e Municípios, de editarem suas leis ordinárias específicas para a criação e cobrança de seus 
tributos, na conformidade do §3º,do Art. 24, da CF de 1988.
Nesse contexto, com a edição da Lei Complementar, enquanto norma geral, os Estados-Mem-
bros, Distrito Federal e Municípios poderão exercer a sua competência suplementar, para editar 
as suas leis ordinárias específicas sobre tributos, respeitado o grau de hierarquia ao conteúdo 
previsto no texto da lei complementar, na esteira do §2º, do Art. 24, da CF de 1988.
2.1 Lei Complementar e Constituição 
Federal: Criação de Tributos, Aumento e 
Minoração de Alíquotas, Regime Jurídico
• Criação de Tributos:
Imposto sobre Grandes Fortunas (Art. 153, VII)
Empréstimos Compulsórios (Art. 148)
Impostos Residuais (Art. 154, I)
Contribuições Sociais Residuais (Art. 195, §4º)
• ISS (Lei Complementar nº 116/2003): fixa campo de incidência do ISS, a fixação de 
alíquotas máximas e mínimas e as isenções heterônomas nas exportações dos 
serviços: (Art. 156, III) (Art. 156, §3º, I) (Art. 156, §3º, II)
• ICMS (Lei Complementar nº 87/1996): impõe vários campos delimitados pela Constituição 
para regular o seu regime jurídico: (Art. 155, §2º, XII, “a” a “i” da CF)
• ITCMD: critérios de competência para a sua instituição nos casos que especifica (Art. 155, 
§1º, III)
• Contribuições Sociais: (Art. 195, §11º)
OBS (1): Medidas Provisórias, que versem sobre tributos, não poderão tratar de matéria subme-
tida à Lei Complementar: Art. 62, §1º, III, da CF.
12 Laureate- International Universities
Tópicos em Direito 1
3 Conceito de Tributo
3.1 Art. 3º do CTN
O tributo como objeto da relação jurídica tributária. A importância desse estudo convém pela 
perspectiva do intérprete em não confundir o dever de recolher dinheiro aos cofres públicos 
submetidos à legislação tributária, com outros comportamentos idênticos, mas que estão disci-
plinados por outros ramos do direito. Por exemplo, o dever de recolher o valor relativo ao seguro 
obrigatório dos veículos automotores, que muitos cidadãos confundem como sendo um dever 
imposto pela legislação tributária, eis que cobrado conjuntamente com o IPVA, mas que com 
tributo não se confunde.
O tributo como objeto da relação jurídica tributária revela o comportamento humano que é vol-
tado ao recolhimento de dinheiro aos cofres públicos.
Tributo é uma prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela possa se exprimir, 
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade adminis-
trativa plenamente vinculada.
A Prestação Pecuniária Compulsória, como relação obrigacional de fazer algo do contribuinte 
(devedor) - pagamento em dinheiro - em relação ao Fisco (credor). Irrelevância da autonomia da 
vontade. Princípio Constitucional da Legalidade Tributária: art. 150, I da CF de 1988, o dever de 
pagar o tributo decorre de uma exigência da lei.
O tributo deve ser pago em dinheiro. O direito tributário brasileiro desconhece o pagamento 
do tributo in natura, ou seja, pagamento de tributo por meio da entrega de mercadorias ou pro-
dutos, como também o pagamento do tributo in labore (pagamento de tributos pelo trabalho do 
contribuinte à entidade tributante).
OBS (1): A dação em pagamento de tributos, por meio de bem imóvel: Inc. XI, do art. 156 do 
CTN, conforme a Lei Complementar nº 104/2001. Caso de Extinção do Crédito Tributário. 
Exemplos: Decreto do Município de São Paulo nº 42.095 de 12.06.02, que regulamenta a Lei nº 
13.259 de 28.12.01, pelo qual o devedor de tributos municipais, cujos créditos estejam inscritos 
na dívida ativa, poderão quitá-los com o oferecimento de bens imóveis em dação de pagamento 
de tributos.
OBS (2): A penhora de bens na Execução Fiscal. Não se trata de pagamento do tributo e sim de 
procedimento processual estabelecido pela lei, como meio de garantir a execução fiscal, com o 
objetivo de expropriar bens do devedor tributário, visando ao pagamento em dinheiro do tributo.
OBS (3): O tributo pode ser pago por meio de cheque, desde que devidamente compensado e 
pago pelo sacado, conforme o Art. 162, Inc. I, §2º.
O tributo não decorre de sanção por ato ilícito, ou seja, não decorre de qualquer punição 
advinda pelo direito pelo cometimento de um ato ilícito, daí a conclusão lógica da afirmação de 
que o tributo não decorre de multa.
O tributo decorre da previsão em lei de um fato da realidade, que se e quando acontecido, faz 
nascer a obrigação de um sujeito de direito de pagá-lo.
O Princípio jurídico do non olet (o dinheiro não tem cheiro). Nomenclatura surgida em Roma, 
quando determinado Imperador instituiu um imposto pelo uso da latrina (banheiros públicos). 
Questionado pelo seu filho sobre a origem de um tributo proveniente de local tão sujo, o Impe-
13
rador determinou que seu filho buscasse uma parte do dinheiro recolhido e o mandou cheirar 
afirmando: “Está vendo meu filho, non olet (não cheira)”.
Conteúdo jurídico consagrado no STF no HC nº 77.530/RS, com a seguinte ementa: Sonegação 
fiscal de lucro advindo de atividade criminosa: non olet. Drogas: tráfico de drogas, envolvendo 
sociedades comerciais organizadas, com lucros vultosos subtraídos à contabilização regular das 
empresas e subtraídos à declaração de rendimentos: caracterização, em tese, de crime de so-
negação fiscal, a acarretar a competência da Justiça Federal e atrair, pela conexão, o tráfico de 
entorpecentes: irrelevância da origem ilícita, mesmo quando criminal, da renda subtraída 
à tributação. A exoneração tributária dos resultados econômicos de fato criminoso - antes 
de ser corolário do princípio da moralidade - constitui violação do princípio de isonomia 
fiscal, de manifesta inspiração ética.
Nesse sentido, pouco importa a origem ilícita da conduta do contribuinte. Uma vez realizada 
pelo sujeito passivo a hipótese de incidência do tributo estabelecida na Lei (a previsão hipotética 
da conduta tributável do contribuinte), este deverá cumprir com o pagamento do tributo, inde-
pendentemente se sua conduta foi ilícita.
Atenção para as indenizações civis de caráter patrimonial e moral, que não sofrem incidência de 
imposto sobre a renda, eis que se tratam de sanção civil por cometimento de atos ilícitos civis.
CUIDADO: Indenização p/ Lucros Cessantes, relativas ao pagamento de quantias pagas perio-
dicamente, que tem por finalidade substituir os rendimentos que a vítima deixou de perceber em 
razão de invalidez ou morte: art. 39 do RIR – IN nº 15/2001, art. 5º, XXIV. INCIDÊNCIA DE IR.
As indenizações por Acidente de Trabalho não sofrem, de idêntico modo, incidência de imposto 
sobre a renda, por se tratarem de sanção oriunda da legislação do direito do trabalho.
A indenização por Despedida (Multa FGTS) e Aviso Prévio relativo à Legislação Trabalhista não 
sofrem incidência de imposto sobre a renda, pelo mesmo critério.
Plano de Demissão Voluntária - PDV: Súmula 215 do STJ: A indenização recebida pela ade-
são a programa de incentivo à demissão voluntária não está sujeita à incidência de im-
posto sobre a renda.
A Licença Prêmio (Após 05 (cinco) anos de efetivo exercício, o servidor terá direito à concessão 
de 03 (três) meses de licença prêmio por assiduidade, com direito à remuneração do cargo efe-
tivo): Súmula 136 do STJ: O pagamento de licença-prêmio não gozada por necessidade de 
serviço não está sujeito ao imposto de renda.
Férias não Gozadas e Pagas (10 dias p/ necessidade de serviço: art. 143 da CLT): Súmula 125 
do STJ: O pagamento de férias não gozadas por necessidade do serviço não está sujeito 
à incidência do Imposto de Renda, como também a parcela de férias não gozadas, ainda que 
sem previsão por necessidade de serviço. Embargos de Divergência em RESP nº 515.148 (STJ).
As férias proporcionais; 1/3 de férias e as férias e licenças prêmios convertidas em pe-
cúnia por força de extinção do contrato do trabalho: não incidência de imposto sobre a 
renda. Embargos de Divergência em RESP nº 515.148 (STJ).
CUIDADO: HoraExtra; adicional de 1/3 sobre férias; adicional noturno; 13º salário; gratificação 
de produtividade e/ou participação nos lucros. INCIDÊNCIA DE IR.
O Adicional de insalubridade aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de traba-
lho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixa-
dos em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. 
(Art. 189 da CLT). Verba Salarial. INCIDÊNCIA DE IR.
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O Adicional de Periculosidade, ou seja, as atividades ou operações nas quais a natureza ou os 
seus métodos de trabalho configure um contato permanente com substâncias inflamáveis ou ex-
plosivos, em condição de risco acentuado. Exemplo: frentista de posto de combustível, operador 
em distribuidora de gás etc. Verba Salarial. INCIDÊNCIA DE IR.
O tributo deve ser instituído por meio de lei. Consagração do princípio constitucional da le-
galidade tributária contido na CF de 1988: Art. 150, I. A lei tributária é a norma geral e abstrata 
que vale para todos os cidadãos, que inova no ordenamento jurídico e é aprovada mediante 
processo legislativo específico previsto na Constituição de 1988.
Aparente Exceção ao Princípio da Legalidade: impostos que podem ser alterados por meio de 
ato do poder executivo (Decretos Regulamentadores), nos limites e condições previstas em lei 
(Art. 153, §1º.): II, IE, IPI, IOF. ICMS Combustível (art. 155, §4º., IV, “c”. CIDE Combustível (Art. 
177, §4º., I, “b”, todos da CF).
As Medidas Provisórias, previstas no Art. 62 da CF de 1988, podem majorar e criar unicamente 
os impostos previstos no texto constitucional, desde que só produzam efeitos no exercício fi-
nanceiro seguinte se houverem sido convertidas em lei até o último dia daquele exercício 
financeiro em que foram editadas.
A exigência acima não será obedecida, por exceção prevista no §2º, do Art. 62, da CF de 1988, 
ou seja, medidas provisórias terão eficácia de imediato, no dia seguinte, quando se tratar de 
criação ou majoração do imposto de importação e exportação; imposto sobre produtos indus-
trializados; imposto sobre operações financeiras e o imposto extraordinário de guerra.
As medidas provisórias não poderão disciplinar matérias reservadas e de competência da Lei 
Complementar sobre
• Imposto Residual: Art. 154, I, da CF;
• Empréstimo Compulsório: Art. 148, da CF;
• Imposto sobre Grandes Fortunas: 153, VII, da CF;
• Contribuição Social Previdenciária Nova: 195, §6º, da CF;
• Normas Gerais em Direito Tributário: Art. 146 da CF;
• ICMS: Art. 155, §2º, XII e alíneas da CF;
• ITCMD: Art. 155, §1º, III, da CF;
• ISS: Art. 156, III e §3º da CF;
• Contribuição Social: Art. 195, §11º (remissão e anistia)
O tributo deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada, ou 
seja, com a previsão em lei do tributo, a cobrança do crédito tributário é obrigatória pelo ente 
público e será feito pelas modalidades de lançamento tributário existentes: de ofício; por decla-
ração ou lançamento por homologação.
15
3.2 Os Tributos de Competência 
da União Federal
3.2.1 Impostos:
• Imposto de importação: Art.153, I
• Imposto de exportação: Art.153, II
• Imposto de renda: Art.153, III
• Imposto de produtos industrializados: Art. 153, IV
• IPI incidente na importação de produtos industrializados: Art. 153, IV, c.c. o Art. 46 do CTN
• Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguros, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários: Art. 153, V
• Imposto sobre a propriedade territorial rural: Art. 153, VI
• Imposto sobre grandes fortunas: Art. 153, VII
• Imposto de competência residual: imposto novo: Art. 154, I
• Imposto Extraordinário de Guerra: Art. 154, II
OBS (1): O Governo brasileiro declarou guerra ao Eixo, em 31/08/1942, após o afundamento 
de seis barcos da marinha mercante em águas territoriais brasileiras. Para fazer frente às des-
pesas de guerra, o Governo Federal editou o Decreto-lei nº 4.789, de 05 de outubro de 1942, 
autorizando a emissão de Obrigações de Guerra. Os contribuintes do Imposto sobre a Renda 
a partir de janeiro de 1943 estariam submetidos ao recolhimento de uma importância igual ao 
imposto que estivessem sujeitos, no último exercício, para a subscrição compulsória de obriga-
ções de guerra.
3.2.2 Empréstimo Compulsório: Art. 148, I e II
3.2.3 Taxas: competência comum: Art. 145, II
3.2.4 Contribuição de Melhoria: Art. 145, III
3.2.5 Contribuições Sociais: Art. 149
3.1.5.1. Contribuições Sociais Gerais
Salário-Educação: art. 212, §5º
Contribuições para o Programa de Integração Social (PIS), criado pela Lei Complementar n.° 7, 
de 07/09/1970 e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP), 
criado pela Lei Complementar n.° 8, de 03/12/1970, destinados a financiar o programa do 
seguro-desemprego e o abono de que trata o § 3° do artigo 239 da CF, previstas no caput do 
artigo 239 da Constituição Federal.
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Classificam-se, ainda, como contribuições sociais gerais aquelas aludidas no artigo 240 da 
Constituição Federal, que estabelece ressalvas à cobrança, a par do disposto no artigo 195 da 
CF, das então existentes contribuições compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários, 
destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao 
sistema sindical. São as chamadas contribuições destinadas a entidades privadas (Sistema “S”). 
Trata-se de tributo exigido de pessoas privadas (empregadores) relativamente a fatos distintos 
de atividade estatal, destinados a entidades privadas (SENAI, SESI, SESC, SENAC, SESCOOP, 
SENAR, SENAT etc.)
OBS (1): Não é considerado tributo pela Jurisprudência do STF e STJ: o FGTS: art. 7º, III da 
CF: RE 138.284-8/CE / RE 148.754-2/RJ.
CUIDADO: O Adicional do FGTS (Perdas Inflacionárias): Lei Complementar nº 110: MC da 
ADI nº 2.556-2/DF-2002: É considerada tributo, na modalidade de contribuição social ge-
ral, visando incrementar as receitas ao FGTS em face da complementação da atualização 
monetária a que tinham direito os trabalhadores, por conta dos expurgos inflacionários 
das contas vinculadas do Fundo, referente aos planos econômicos Collor, Bresser e Verão.
3.1.5.2. Contribuições Sociais de Seguridade Social: Art. 195 da CF.
• Devidas pelo empregador: Art. 195, I:
 » Pró-labore, Autônomos, Administradores e Avulsos, Art. 195, I, a
 » Folha de Salários, Art. 195, I, a
 » PIS na importação de mercadorias e produtos: Art. 195, IV
 » COFINS: Art. 195, I, b
 » COFINS na importação de mercadorias e produtos: Art. 195, IV
 » CSLL – Contribuição sobre o Lucro: Art. 195, I, c
 » SAT: Art. 7º, Inciso XXVIII, Art. 201, I c.c. o §10º do Art. 201, todos da CF de 1988.
Estabelece ainda o §8° do artigo 195 da Constituição Federal a contribuição social para a se-
guridade social, chamada de Contribuição ao Funrural, devida pelo produtor, parceiro, meeiro 
ou arrendatário rural, bem como o pescador artesanal e respectivos cônjuges, que exerçam suas 
atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, cobrada mediante a 
aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da respectiva produção.
• Devidas pelo empregado: Art. 195, II. Descontada diretamente em folha, conforme o 
salário e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre 
aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata 
o art. 201.
• Receitas oriundas de Concursos e Prognósticos: Art. 195, III.
3.1.5.3. Contribuições Sociais Novas (Sem Previsão na Carta Magna de 
1988): §4º, do Art. 195 da CF de 1988.
17
3.2.6 Contribuições Interventivas e Corporativas
3.1.6.1. Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico– CIDE: Art. 
149
Como uma das primeiras modalidades de CIDE, tivemos a Contribuição ao IAA – Instituto do 
Açúcar e do Álcool, regulada pelos Decretos-leis 308/1967, 1.712/1979 e 1.952/1982, que 
estabeleceram a obrigação de seu recolhimento pelos produtores de açúcar e de álcool, para 
custeio da intervenção da União na economia canavieira nacional. O Supremo Tribunal Federal, 
pondo fim a controvérsias, decidiu, em julgamento Plenário, que tal contribuição era compatível 
com a CF de 1988 (RE 214.206-9-AL, relator o Ministro Nélson Jobim, j. em 15-10-1997). A 
extinção do IAA em 1990 fez sucumbir a cobrança do tributo.
Tivemos também a Contribuição ao IBC – Instituto Brasileiro do Café, disciplinada pelo Decreto-
-lei n.° 2.295, de 21-11-1986, destinada ao financiamento, modernização, incentivo à produti-
vidade da cafeicultura, da indústria do café e da exportação, bem como ao desenvolvimento de 
pesquisas, dos meios e vias de transporte, dos portos, da defesa do preço e do mercado, interno e 
externo, bem como, ainda, das condições de vida do trabalhador rural, também catalogada, sob a 
égide da Constituição anterior, como contribuição de intervenção no domínio econômico, não foi 
recepcionada pela Constituição Federal de 1988, conforme decidiu o Pleno do Supremo Tribunal 
Federal no julgamento do RE 198.554-2-SP, Relator o Ministro Carlos Velloso, j. em 19/09/1997, 
em face de delegação para fixação do montante do tributo ao Presidente do Instituto.
O Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante, que tem como normas básicas 
que estabelecem regras a respeito os Decretos-leis 2.404, de 23-12-87, e 2.414, de 12-02-88 e 
a Lei 10.206, de 23-03-2001. Referida exação teve reconhecida a sua natureza de contribuição 
interventiva pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento Plenário do RE 177.137-2-RS, relator 
o Ministro Carlos Velloso, j. de 25/05/1995.
Adicional de Tarifa Portuária - ATP. Lei 7.700, de 1988, art. 1º, § 1º. Natureza jurídica do 
ATP: contribuição de intervenção no domínio econômico, segundo o entendimento da maioria, 
a partir dos votos dos Ministros Ilmar Galvão e Nelson Jobim. Voto do Relator, vencido no fun-
damento: natureza jurídica do ATP: taxa (...). (RE 209.365, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento 
em 4-3-99, DJ de 7-12-00).
A denominada Contribuição ao Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações 
– FUST, que tem por finalidade proporcionar recursos destinados a cobrir parcela do custo de 
cumprimento das obrigações de universalização de serviços de telecomunicações que não possa 
ser recuperada com a exploração eficiente do serviço, criada pela Lei n.° 9.998, de 17/08/2000, 
da qual são contribuintes todas as prestadoras de serviços de telecomunicações, sob regime 
público ou privado.
Engrossa, ainda, o rol de contribuições da espécie, a Contribuição ao Fundo para o Desenvol-
vimento Tecnológico das Telecomunicações – FUNTTEL, com o objetivo de estimular o processo 
de inovação tecnológica, incentivar a capacitação de recursos humanos, fomentar a geração 
de empregos e promover o acesso de pequenas e médias empresas a recursos de capital, de 
modo a ampliar a competitividade da indústria brasileira de telecomunicações, criada pela Lei 
n.° 10.952, de 28-11-2000, cobrada sobre a receita bruta das prestadoras de serviços de tele-
comunicações, nos regimes públicos e privados.
Na mesma linha, temos ainda a Contribuição para Financiamento ao Programa de Estímulo 
à Interação Universidade/Empresa para Apoio à Inovação, criada pela Lei n.° 10.168, de 
29-12-2000, destinada a estimular o desenvolvimento tecnológico brasileiro, mediante progra-
mas de pesquisa científica e tecnológica cooperativa entre universidades, centros de pesquisa e 
o setor produtivo e cobrada das pessoas jurídicas detentoras de licença de uso ou adquirente de 
conhecimentos tecnológicos, bem como das signatárias de contratos que impliquem transferên-
cia de tecnologia, firmados com residentes ou domiciliados no Exterior, relativos à exploração 
18 Laureate- International Universities
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de patentes ou de uso de marcas e os de fornecimento de tecnologia e prestação de assistência 
técnica, incidindo sobre os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos a 
residentes ou domiciliados no Exterior a título de remuneração decorrente das mencionadas 
obrigações.
Mais recentemente, a Lei n° 10.336, de 19/12/2001, com lastro nas disposições da Emenda 
Constitucional 33/2001, instituiu a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico inci-
dente sobre a Importação e a Comercialização de Petróleo e seus Derivados, Gás Natural e 
seus Derivados, e Álcool Etílico Combustível – CIDE, cobrada do produtor, do formulador, do 
importador, pessoa física ou jurídica, dos combustíveis mencionados. Referida contribuição tem 
a finalidade declarada de pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, 
de gás natural e seus derivados e de derivados de petróleo, de financiamento de projetos am-
bientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás, bem como de programas de infra-
-estrutura de transportes.
Existe, ainda, a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica 
– CONDECINE, instituída pela Medida Provisória 2.228-1, de 06/09/2000 e Lei 10.454, de 
13/05/2002, que tem como fato gerador a veiculação, a produção, o licenciamento e a dis-
tribuição de obras cinematográficas e videofonográficas, com fins comerciais, devida pelo de-
tentor dos direitos de exploração comercial da obra ou de seus direitos de licenciamento no 
país, destinada ao custeio da atividade interventiva de incentivo à indústria cinematográfica e 
videofonográfica.
Merece destaque a obrigação criada pela Lei 9.991, de 24/07/2000, alterada pela Lei 10.438, 
de 26/04/2002, que tem como sujeitos passivos as empresas concessionárias e permissionárias 
de serviços públicos de distribuição de energia elétrica, as concessionárias de geração e as em-
presas autorizadas à produção independente de energia elétrica e as concessionárias de serviços 
públicos de transmissão de energia elétrica, que ficam obrigadas a aplicar anualmente deter-
minadas percentagens de sua receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento do 
setor elétrico e programas de eficiência energética no uso final. Trata-se de contribuição 
de intervenção no domínio econômico, determinando-se a prática de comportamento compul-
sório, embasada nos artigos 170, VII e 218 da CF/88.
Contribuição ao Sebrae-CIDE. “SEBRAE: Contribuição de intervenção no domínio econômico. 
Lei 8.029, de 12/4/1990, art. 8º, § 3º. Lei 8.154, de 28/12/1990. Lei 10.668, de 14/5/2003. 
CF, art. 146, III; art. 149; art. 154, I; art. 195, § 4º. As contribuições do art. 149, CF — contri-
buições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias profissionais 
ou econômicas — posto estarem sujeitas à lei complementar do art. 146, III, CF, isso não quer 
dizer que deverão ser instituídas por lei complementar. [...] A contribuição não é imposto. Por 
isso, não se exige que a lei complementar defina a sua hipótese de incidência, a base imponível 
e contribuintes: CF, art. 146, III, a [...] A contribuição do SEBRAE — Lei 8.029/90, art. 8º, § 3º, 
redação das Leis 8.154/90 e 10.668/2003 — é contribuição de intervenção no domínio eco-
nômico, não obstante a lei a ela se referir como adicional às alíquotas das contribuições sociais 
gerais relativas às entidades de que trata o art. 1º do DL 2.318/86, SESI, SENAI, SESC, SENAC. 
Não se inclui, portanto, a contribuição do SEBRAE, no rol do art. 240, CF Constitucionalidade 
da contribuição do SEBRAE.” (RE 396.266, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 26/11/03, 
DJ de 27/2/04).
Temos o posicionamento do STJ no Recurso Especial nº 770.451/SC e 894.345/SP em que de-
finiu o regime jurídico da Contribuição ao INCRA, instituída pelaLei nº 2.613/55, como sendo 
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico
19
3.1.6.2. Contribuição no Interesse de Categorias Profissionais – CICP: art. 
149
• Contribuições que os advogados pagam à Ordem dos Advogados do Brasil, as 
contribuições que os médicos pagam ao Conselho Regional de Medicina, as contribuições 
que os contabilistas pagam ao Conselho Regional de Contabilidade, além de outras com 
iguais características.
• Contribuição Sindical e Patronal: art. 149 c.c. o art. 578 da CLT.
CUIDADO: Contribuição Confederativa: art. 8º da CF: não possui natureza de tributo.
3.3 Estados-Membros e Distrito Federal
3.3.1 Impostos
• ITCMD: Art. 155, I
• ICMS: Art. 155, II
• ICMS na importação de mercadorias
• IPVA: Art. 155, III
3.3.2 Taxas: competência comum: Art. 145, II
3.3.3 Contribuições Sociais dos servidores estaduais para o custeio de 
previdência própria: art. 149, § 1º
3.3.4 Contribuição de melhoria: art. 145, III
3.4 Municípios
3.4.1 Impostos
• IPTU: Art. 156, I
• ITBI: Art. 156, II
• ISS: Art. 156, III
3.4.2 Taxas: competência comum. Art. 145, II
3.4.3 Contribuição de melhoria: Art. 145, III
20 Laureate- International Universities
Tópicos em Direito 1
3.4.4 Contribuição social de seus servidores para o custeio de previdência 
própria de seus servidores: art. 149, § 1º
3.4.5 Contribuição de Iluminação Pública: art. 149-A
3.4.6 A Lista de Tributos no Brasil
Confira a lista de tributos (impostos, contribuições, taxas, 
contribuições de melhoria) existentes no Brasil: 
1. Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM - Lei 10.893/2004 
2. Contribuição à Direção de Portos e Costas (DPC) - Lei 5.461/1968 
3. Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT - 
Lei 10.168/2000 
4. Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), também 
chamado “Salário Educação” 
5. Contribuição ao Funrural 
6. Contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) - Lei 
2.613/1955 
7. Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho (SAT) 
8. Contribuição ao Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena Empresa (Sebrae) - Lei 8.029/1990 
9. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Comercial (SENAC) - Lei 8.621/1946 
10. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes (SENAT) - Lei 8.706/1993 
11. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI) - Lei 4.048/1942 
12. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural (SENAR) - Lei 8.315/1991 
13. Contribuição ao Serviço Social da Indústria (SESI) - Lei 9.403/1946 
14. Contribuição ao Serviço Social do Comércio (SESC) - Lei 9.853/1946 
15. Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo (SESCOOP) - art. 9, I, da MP 1.715-
2/1998 
16. Contribuição ao Serviço Social dos Transportes (SEST) - Lei 8.706/1993 
17. Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico - CIDE Combustíveis - Lei 10.336/2001 
18. Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE Remessas Exterior - Lei 
10.168/2000 
19. Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - Emenda Constitucional 
39/2002 
21
20. Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional – 
CONDECINE - art. 32 da Medida Provisória 2228-1/2001 e Lei 10.454/2002 
21. Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) - Lei 9.311/1996 (Extinção 
2008) 
22. Contribuição Sindical Laboral (não se confunde com a Contribuição Confederativa Laboral, 
vide comentários sobre a Contribuição Sindical Patronal) 
23. Contribuição Sindical Patronal (não se confunde com a Contribuição Confederativa 
Patronal, já que a Contribuição Sindical Patronal é obrigatória, pelo artigo 578 da 
CLT, e a Confederativa foi instituída pelo art. 8º, inciso IV, da Constituição Federal e é 
obrigatória em função da assembleia do Sindicato que a instituir para seus associados, 
independentemente da contribuição prevista na CLT) 
24. Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas Inflacionárias do FGTS - Lei 
Complementar 110/2001 
25. Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) 
26. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) 
27. Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, CREA, CRECI, CORE 
etc.) 
28. Contribuições de Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de esgoto etc. 
29. Fundo Aeroviário (FAER) - Decreto Lei 1.305/1974 
30. Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL) - Lei 5.070/1966 com novas 
disposições da Lei 9.472/1997 
31. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) 
32. Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) - art. 6 da Lei 
9998/2000 
33. Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização 
(Fundaf) - art. 6 do Decreto-lei 1.437/1975 e art. 10 da IN SRF 180/2002. 
34. Imposto s/Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) 
35. Imposto sobre a Exportação (IE) 
36. Imposto sobre a Importação (II) 
37. Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) 
38. Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) 
39. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) 
40. Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR - pessoa física e jurídica) 
22 Laureate- International Universities
Tópicos em Direito 1
41. Imposto sobre Operações de Crédito (IOF) 
42. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) 
43. Imposto sobre Transmissão Bens Intervivos (ITBI) 
44. Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) 
45. INSS Autônomos e Empresários 
46. INSS Empregados 
47. INSS Patronal 
48. IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) 
49. Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor 
Público (PASEP) 
50. Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro 
51. Taxa de Avaliação in loco das Instituições de Educação e Cursos de Graduação - Lei 
10.870/2004 
52. Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de produtos animais e vegetais ou de 
consumo nas atividades agropecuárias - Decreto Lei 1.899/1981 
53. Taxa de Coleta de Lixo 
54. Taxa de Combate a Incêndios 
55. Taxa de Conservação e Limpeza Pública 
56. Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA - Lei 10.165/2000 
57. Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos - Lei 10.357/2001, art. 16 
58. Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais) 
59. Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - Lei 7.940/1989 
60. Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária Lei 9.782/1999, art. 23 
61. Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro - TFPC - Lei 
10.834/2003 
62. Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar - TAFIC - art. 12 da MP 
233/2004 
63. Taxa de Licenciamento Anual de Veículo 
23
64. Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal 
65. Taxa de Pesquisa Mineral DNPM - Portaria Ministerial 503/1999 
66. Taxa de Serviços Administrativos - TSA - Zona Franca de Manaus - Lei 9960/2000 
67. Taxa de Serviços Metrológicos - art. 11 da Lei 9933/1999 
68. Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP) 
69. Taxa de Outorga e Fiscalização - Energia Elétrica - art. 11, inciso I, e artigos 12 e 13, da 
Lei 9.427/1996 
70. Taxa de Outorga - Rádios Comunitárias - art. 24 da Lei nº 9.612/98 e nos art. 7 e 42 do 
Decreto 2.615/1998 
71. Taxa de Outorga - Serviços de Transportes Terrestres e Aquaviários - art. 77, incisos II e III, 
a art. 97, IV, da Lei 10.233/2001 
72. Taxas de Saúde Suplementar - ANS - Lei 9.961/2000, art. 18 
73. Taxa de Utilização do MERCANTE - Decreto 5.324/2004 
74. Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais) 
75. TaxaProcessual Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE - Lei 9.718/1998
4 Natureza Jurídica dos Tributos
4.1 Art. 4º do CTN: hipótese de 
incidência e base de cálculo
A natureza jurídica dos tributos contida no Art. 4º do CTN permite o reconhecimento das espé-
cies tributárias existentes na CF de 1988, por meio do binômio hipótese de incidência e base de 
cálculo, enquanto elementos da norma jurídica tributária.
A hipótese de incidência tributária significa o comportamento hipotético do contribuinte descrito 
na lei tributária e sua base de cálculo corresponde à dimensão econômica desse comportamento 
hipotético, que aplicada alíquota determina o montante do tributo a pagar.
O fato gerador (também chamado pela doutrina como fato imponível), indicado no Art. 4º do 
CTN representa o fenômeno da realidade, que será tomado como relevante pela lei tributária, 
que se e quando acontecido, faz nascer o dever de cumprimento da lei tributária.
24 Laureate- International Universities
Tópicos em Direito 1
4.2 Irrelevância: denominação e 
destino: Inc. I e II do art. 4º do CTN.
São critérios irrelevantes para se determinar a espécie tributária, que o sujeito passivo submete-se 
ao pagamento, à denominação (nome), que a legislação tributária atribua ao tributo, bem como 
o destino que é dado ao montante do tributo arrecadado.
OBS (1): O STF (RE nº 138.284) deixa evidente a orientação jurisprudencial para a com-
preensão da natureza jurídica das Contribuições previstas no art. 149 da Constituição 
de 1988. Conforme o Acórdão, as Contribuições previstas no art. 149 são tributos, cuja 
espécie é definida pela destinação dos recursos de sua arrecadação. Portanto, deve o 
intérprete do CTN analisar com restrições o inciso II, do art. 4º do CTN, no tocante às con-
tribuições do art. 149.
5 Classificação das Espécies Tributárias
5.1 Imposto: Art. 145, I da CF de 1988
Trata-se de tributo cuja obrigação ao contribuinte independe de uma contraprestação estatal; 
por isso, o imposto faz parte da categoria de tributos não-vinculados. Sua natureza jurídica será 
revelada por um fato-signo de riqueza, ou seja, nenhum tipo de imposto pode levar em conside-
ração algum dado da realidade que não revele a riqueza do contribuinte.
Os impostos não admitem vinculação de receita a órgão, fundo ou despesa: Art. 167, IV, de CF 
de 1988, exceto: (1) a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os 
artigos 158 e 159; (2) a destinação de recursos para ações e serviços públicos de saúde; (3) para 
manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tribu-
tária, como determinado, respectivamente, pelos artigos 198, §2º, 212 e 37, XXI; (4) e a presta-
ção de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, §8º.
Também, por exceção à previsão da proibição de vinculação de receita dos impostos, temos o se-
guinte: (5) É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular o programa de apoio à inclusão 
e promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, parágrafo único 
do Art. 204; (6) É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomen-
to à cultura até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento 
de programas e projetos culturais, §6º, do Art. 216; (7) O IPI compõe o Fundo de Combate e 
Erradicação da Pobreza, correspondente a um adicional de cinco pontos percentuais na sua alí-
quota, incidente sobre produtos supérfluos e aplicável até a extinção do Fundo e (8) O Imposto 
sobre Grandes Fortunas integralmente será destinado ao Fundo de Combate e Erradicação da 
Pobreza, ambos conforme o Art. 80, do ADCT, da CF de 1988.
25
5.2 Classificação dos Impostos:
a) Pessoais: são aqueles cuja H. I. revela uma das condições pessoais no tocante a sua riqueza 
do contribuinte. Levam em conta as qualidades individuais do contribuinte que denotam a 
capacidade contributiva para a dosagem do aspecto quantitativo do tributo. Exemplo: IR; 
b) Reais: são aqueles que não levam em consideração as condições pessoais do contribuinte, 
mas, sim, sinais de riqueza de características objetivas como, por exemplo, a propriedade 
de bens imóveis; 
c) Diretos: são tributos incidentes na cadeia econômica e que são suportados pelo contribuinte 
sujeito passivo sem repasse no preço dos produtos ou mercadorias; 
d) Indiretos: são aqueles que não suportados pelo contribuinte sujeito passivo, do ponto 
de vista econômico, eis que ocorre o repasse do tributo no preço das mercadorias ou 
produtos ao consumidor final.
5.3 Imposto de competência residual: 
Art. 154, I, da CF de 1988
É o imposto novo sem previsão constitucional de competência Privativa da União, instituído por 
meio de Lei Complementar e de caráter não-cumulativo 
5.4 Imposto extraordinário de guerra: Art. 
154, II, da Cf de 1988, c.c. o Art. 76 do CTN
É o imposto de competência privativa da União, criado exclusivamente no caso da iminência 
ou no caso de guerra externa, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais 
serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação, no prazo de cinco anos, 
contados da celebração da paz.
É imposto instituído por meio de Lei Ordinária e de caráter vinculado para atender as despesas 
de Guerra e de eficácia imediata, ou seja, não há necessidade de obediência ao princípio da 
anterioridade, não precisando aguardar o exercício financeiro seguinte, nem tampouco respei-
tando o prazo de noventa dias.
5.5 Classificação dos Impostos segundo CTN:
• Impostos que gravam o comércio exterior: II e IE.
• Impostos sobre o Patrimônio e a Renda: IRPF; IRPJ; ITR; IGF; IPVA e IPTU.
• Impostos sobre a transmissão, circulação e produção: IPI; ITCMD; ICMS; ITBI e ISS.
• Impostos Extraordinários.
• Imposto de Competência Residual.
26 Laureate- International Universities
Tópicos em Direito 1
6 Taxas
Previsto no Art. 145, II da CF, de 1988, c.c. o Arts. 77, 78, 79 e 80 do CTN.
6.1 Taxas em razão da prestação de 
serviço efetiva ou potencial de serviços 
públicos prestados ao contribuinte 
ou postos à sua disposição
Tributo vinculado a uma contraprestação estatal. A hipótese de incidência das taxas revela um 
comportamento do ente público (ação estatal) no sentido de prestar serviço público ou efetivo 
poder de polícia.
Tributo de competência comum, tanto a União Federal, como estados-Membros, Distrito Federal 
e municípios podem criá-los. Contudo, deve ser mantida a coerência com a competência para 
prestar o serviço ou fiscalizar. Proibição de Municípios instituir taxas de fiscalização sobre as 
importações de mercadorias, por exemplo, que é atividade estatal própria da União Federal.
O conceito de serviços públicos é determinado pelo conteúdo da lei, ou seja, assim designado 
na lei como de caráter público.
O serviço público que será remunerado por taxa é o de utilização compulsória, efetivo ou 
potencial, como, por exemplo, o serviço de coleta de lixo e o serviço de coleta de esgoto, em 
face do respeito às normas de saúde pública. O critério de potenciadalidade significa a mera 
disponibilidade do serviço público em prol do usuário.
Submetida ao mesmo regime de cobrança de taxas é a prestação de serviços públicos de utiliza-
ção relativamente facultativa, onde o cidadão não está obrigado a utilizar tais serviços, mas, 
ao precisar exercer algum direito, vai necessitar se valer do serviço público, tais como o serviço 
público de emissão de passaporte, o serviço público judicial (taxa judiciária). 
OBS (1): SERVIÇOS PÚBLICOS DE UTILIZAÇÃO FACULTATIVA. NÃO INCIDÊNCIA DE TAXAS.
Serviços públicos específicos e divisíveis. Serviços públicos específicos são aqueles prestados 
pelo ente estatal em caráter de exclusividade, fruto de sua atuação em sociedade visando 
ao bem-estar coletivo.Serviço público que permita identificar o sujeito passivo ou o usuário.
Serviços públicos divisíveis são aqueles prestados em caráter individualizado e usufruído se-
paradamente em unidades autônomas pelos contribuintes. 
Serviços públicos de caráter universal, prestados indistintamente a todos os cidadãos, sem possi-
bilidade de mensuração individual, ou que possa ser usufruído separadamente em unidades au-
tônomas. Exemplos: serviços de iluminação pública (Súmula 670 do STF); serviços de segurança 
pública; limpeza e conservação de logradouros; asfaltamento de ruas.
A base de cálculo das taxas, conforme o § 2º, do Art. 145, da CF de 1988, bem como o Pará-
grafo Único do art. 77 do CTN, será o custo na prestação dos serviços.
OBS (1): A cobrança da Taxa do Lixo é considerada constitucional, conforme entendimento 
do STF. Súmula Vinculante 19 (STF).
27
OBS (2): Súmula Vinculante 29: É constitucional a adoção, no cálculo do valor da taxa, de 
um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja 
identidade entre uma e outra. Exemplos da Jurisprudência: a) Taxa de Coleta de Lixo tomando 
por base de cálculo o tamanho dos imóveis (metragem); e b) a base de cálculo das Taxas relati-
vas às Custas Processuais e Emolumentos Judiciais concernentes aos serviços notariais e registrais 
de baixa e registro, tendo como parâmetro o valor atribuído ao valor da causa ou condenação. 
Limite: Súmula 667 do STF: viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição à taxa judici-
ária calculada sem limite sobre o valor da causa.
6.2 Taxas em razão do exercício 
regular do poder de polícia
Trata-se de tributo vinculado a uma prestação estatal, relativa a prestação de efetivo poder de 
polícia, de competência comum aos entes federativos.
O poder de polícia como hipótese de incidência das taxas vem disciplinado no Art. 78 do CTN, 
que significa qualquer disciplina ou limitações de direitos individuais veiculadas por Lei, permi-
tindo ao Poder Público a cobrança do tributo. É o que acontece com as limitações urbanísticas 
do direito de construir, com Taxa de Alvará (Funcionamento). Outro exemplo é a Taxa de 
Fiscalização e Anúncio. A Taxa de Fiscalização de Títulos Valores Mobiliários, instituída pela 
Lei nº 7.940/1989. A Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (Lei nº 10.165/2000).
Não se pode cobrar taxa pelo exercício do poder de polícia potencial, ou seja, a fiscalização, o 
controle ou a disciplina de atividades privadas, ainda, em implementação ou por simples amos-
tragem. A Súmula 157 do STJ: é ilegítima a cobrança de taxa, pelo Município, na renovação 
de licença para localização de estabelecimento comercial ou industrial. Trata-se de exigência 
de efetivo poder de polícia de caráter cíclico, ou seja, deve existir a ação fiscalizadora concreta 
como exigência da taxa renovável.
A Base de cálculo das taxas em razão da efetiva prestação do poder de polícia é o custo na 
prestação desse poder de polícia.
6.3 Diferenças entre Taxa e Preço Público
O conceito jurídico de preço público vincula-se à remuneração pela prestação de serviço público 
de caráter facultativo ou prestação de serviço público prestado em regime de concessão. Nesse 
sentido, o preço público não é espécie tributária, constituindo-se em instituto de direito 
administrativo regido por esse regime jurídico. A jurisprudência confirma esse entendimento 
por meio da edição da Súmula do STF 545.
O preço público decorre de uma atividade exercida pelo Estado como se fosse um particular, 
sem estar investido de sua soberania.
A taxa decorre de prestação de serviço público e poder de polícia que não pode ser transferido 
ao particular. O preço público decorre de remuneração por atividade que pode ser transferida 
ao particular.
A taxa advém de obrigação prevista em lei. O preço público decorre de acordo de vontades.
A taxa visa cobrir o custo pela prestação do serviço ou do poder de polícia realizado. A cobrança 
de preço público visa ao lucro.
28 Laureate- International Universities
Tópicos em Direito 1
OBS (1): PEDÁGIO. Modalidade de remuneração pela prestação de serviços de conservação de 
rodovias. Se o pedágio é cobrado pelo Poder Público e este é que diretamente presta o 
serviço de conservação das rodovias, estamos diante uma taxa. Posição da Jurisprudência 
definida nesse caso pelo STF no RE nº 181.475-RS. Contudo, se o pedágio é cobrado sob o re-
gime de concessão de serviço público, ou seja, se o particular prestar o serviço de conservação 
da rodovia, por meio de concessão do serviço público, estará se remunerando por meio de preço 
público, em razão do princípio inafastável de direito administrativo que trata o equilíbrio eco-
nômico-financeiro do contrato de concessão de serviços públicos, que não se coaduna com 
o regime jurídico de direito tributário previsto na CF de 1988, como, por exemplo, o respeito ao 
princípio da anterioridade tributária para o aumento de tributos.
As tarifas são modalidades de preço público cobrado pelas concessionárias prestadoras de ser-
viços públicos, tais como de fornecimento de energia elétrica particular; fornecimento de água; 
prestação de serviços de telefonia fixa e móvel.
7 Contribuições de Melhoria e 
Empréstimos Compulsórios: Art. 145, III, 
da CF de 1988, c.c. os Arts. 81 e 82 do CTN
A contribuição de melhoria é tributo que tem por hipótese de incidência um elo intermediário, 
que liga o obrigado ao Estado por conta de uma atuação indireta do poder público.
A obra pública é a atuação indireta do poder público, não sendo considerada como tal a reforma 
ou manutenção de uma obra pública existente.
É um tributo vinculado indiretamente a uma atuação estatal. Eis que a hipótese de incidência do 
tributo é a valorização do imóvel beneficiado por obra pública, enquanto atuação indireta do 
poder público, caracterizando-se, então, como uma diferença com a espécie taxas.
A base de cálculo das taxas é a valorização do imóvel sofrida pela realização da obra pública, 
cujo limite individual não poderá exceder a 3% do maior valor fiscal do imóvel, que corresponde 
ao valor venal do imóvel aferido para fins de cobrança do IPTU, do ITBI ou do ITR, conforme o 
art. 12 do Decreto-lei nº 195/1967.
A contribuição de melhoria tem como limite geral a impossibilidade de arrecadação do tributo 
maior que o custo total da obra. A cobrança do tributo somente ocorrerá após o término da obra 
e será, somente, efetuada uma única vez por obra executada.
A Definição da área abrangida pela obra pública; definição do fator de absorção da valorização 
imobiliária e do processo administrativo de impugnação devem ser definidos por meio de lei.
29
8 Empréstimo Compulsório: art. 148, I e 
II, da CF de 1988
A competência para a instituição do empréstimo compulsório é exclusiva da União e é instituído 
por meio de lei complementar.
Requisitos essenciais para a sua instituição: a) calamidade pública; b) guerra externa ou sua 
iminência; e c) investimento público de caráter urgente e relevante.
As calamidades públicas são eventos naturais (tempestades, desmoronamentos, incêndios) ou 
sociais tão significativos que exigem despesas não previstas pela União.
A guerra externa ou sua iminência se caracteriza pela participação do Brasil em beligerância 
militar externa (jamais interna), que acarrete despesas públicas extraordinárias não previstas pela 
União.
O investimento público de caráter urgente e relevante é aquele previsto nos termos do art. 12, 
§ 4º, da lei nº 4.320/1964, tais como obras, construções de estradas, prédios públicos, açudes, 
melhorias etc., que não tenham previsão orçamentária da União para serem feitos e de realiza-
ção imprescindível ao desenvolvimento nacional, beneficiando toda a população brasileira.
Não recepção pela Constituição de 88 do inciso III, do art. 15 do CTN, com a finalidade de atri-
buir funçãoextrafiscal ao empréstimo compulsório. Portanto, não se admite pela Carta Magna de 
88 que o empréstimo compulsório possa assumir a feição de conjuntura que exija absorção tem-
porária de poder aquisitivo. Ex.: Plano Collor de 1990. Inconstitucionalidade decretada pelo STF.
A hipótese de incidência do empréstimo compulsório é híbrida. A Lei Complementar irá assumir a 
feição de imposto, taxa, contribuição de melhoria ou contribuições do art. 149 da CF, de 1988.
O referido tributo consigna uma norma jurídica tributária e administrativa. Imprescindível a de-
volução do tributo e em dinheiro pela União Federal, consoante o parágrafo único do art. 15 
do CTN.
Existe a vinculação constitucional da receita obtida pelo empréstimo compulsório aos requisitos 
essenciais para a sua criação.
Empréstimo compulsório e imposto extraordinário de guerra: correlação e bis in idem constitucio-
nalmente permitido, em face da possibilidade de instituição de dois tributos para fazer ao custo 
da guerra externa ou sua iminência.
O empréstimo compulsório decorrente de guerra externa ou sua iminência ou para cobrir des-
pesas decorrentes de calamidade pública não obedece ao princípio da anterioridade tributá-
ria, ou seja, a lei complementar terá vigência e eficácia imediata. Contudo, com relação ao 
empréstimo compulsório decorrente de investimento público de caráter urgente e de relevante 
interesse nacional, deverão ser obedecidos os dois critérios da anterioridade tributária: o anual 
e o nonagesimal.
30 Laureate- International Universities
Tópicos em Direito 1
9 Espécies Tributárias: Contribuições do 
Art. 149 da CF
9.1 Contribuições Especiais: 
Art. 149, da CF de 1988
Critério Finalístico contido na Constituição e na Lei Tributária. As contribuições especiais são 
tributos e são compostas pelas exações cuja tônica não está nem no objetivo de custear as fun-
ções gerais e indivisíveis do Estado (como ocorre com os impostos) nem numa utilidade divisível 
produzida pelo Estado e fruível pelo indivíduo (como ocorre com os tributos conhecidos como 
taxa, pedágio e contribuição de melhoria, que reunimos no segundo grupo). 
A característica peculiar do regime jurídico desse terceiro grupo de exações está na destinação 
a determinada atividade, exercitável por entidade estatal ou paraestatal, ou por entidade 
não estatal reconhecida pelo Estado como necessária ou útil à realização de uma função 
de interesse público.
Nesse grupo, se incluem as exações previstas no art. 149 da Constituição, ou seja:
a) Contribuições sociais;
b) Contribuições de intervenção no domínio econômico;
c) Contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas;
d) Contribuição referida no art. 149-A da Constituição (acrescida pela EC n. 39/2002), 
destinada ao custeio do serviço de iluminação pública (COSIP).
No tocante à espécie tributária, as contribuições especiais são tributos vinculados a uma ativida-
de estatal, situadas, porém, em posição intermediária entre impostos e taxas.
Essa espécie tributária está mais próxima dos impostos; eis que a hipótese de incidência e base 
de cálculo revelam um fato signo de riqueza do contribuinte (completa desvinculação), do que 
das taxas (total vinculação); eis que não pressupõe uma atuação estatal específica e divisível 
relativa ao contribuinte. 
Existiria, assim, uma referibilidade indireta de uma atuação estatal relacionada a um grupo de-
terminado de contribuintes; a hipótese de incidência do tributo pode até se assemelhar bastante 
ao dos impostos, mas só estará completo o regime jurídico constitucional das contribuições 
diante de uma atuação estatal indireta relativa ao grupo no qual se situa o contribuinte, traço 
diferenciador das contribuições em face do destino dado ao montante do tributo arrecadado. 
As contribuições do Art. 149, da CF de 1988 obedecem ao princípio da legalidade, deven-
do ser instituídas por meio de lei ordinária.
OBS (1): Nova Contribuição Social (Art. 195, §4º, da CF de 1988), necessidade de Lei Com-
plementar.
OBS (2): CIDE-COMBUSTÍVEIS. Redução e restabelecimento de alíquotas, por meio de Decreto, 
conforme autorização constitucional no Art. 177, §4º, I, “b”, da CF.
31
As Contribuições do Art. 149 da CF de 1988 devem obediência ao regime jurídico geral da 
anterioridade, ou seja, criação e majoração das contribuições deve ser obedecida regra da an-
terioridade anual e da anterioridade nonagesimal.
OBS (3): CIDE-COMBUSTÍVEIS. Aplica-se unicamente a regra da anterioridade nonagesimal, 
para redução e estabelecimento de alíquotas.
OBS (4): Em relação às contribuições sociais, deve ser obedecida unicamente a regra da ante-
rioridade nonagesimal, conforme o §6º, do Art. 195, da CF.
O princípio da capacidade contributiva se aplica às contribuições, na conformidade do Art. 195, 
§9º, da CF de 1988, e poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da ati-
vidade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição 
estrutural do mercado de trabalho. 
O regime jurídico constitucional das contribuições obedece, também, ao princípio da vedação 
ao confisco, com a proibição de desproporção entre a cobrança da contribuição e a atuação do 
Estado, ou quando inexistir a atuação do Estado nas finalidades, que se propõe na Constituição 
e na Lei.
As entidades beneficentes de assistência social sem fins lucrativos não serão atingidas pelas 
Contribuições Sociais, na previsão no Art. 195, §7º, da CF, bem como, as contribuições sociais e 
CIDE não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação, conforme o Art. 149, §2º, Inciso 
I, da CF de 1988, caracterizando-se como imunidades tributárias.
9.2 Contribuições Sociais: Art. 
149, 1ª parte da CF.
A competência é exclusiva da União para a sua instituição.
OBS (1): Existe a possibilidade de instituição de uma Contribuição para os Estados-mem-
bros, Distrito Federal e Municípios, para o custeio do sistema de previdência de seus ser-
vidores públicos, conforme o §1º, do Art. 149, da CF.
9.2.1 Contribuições Sociais Gerais
As contribuições sociais gerais são tributos que se destinam a outras atividades do Estado, fora 
do campo de atuação da Seguridade Social (saúde, previdência e assistência social) e incidem 
sobre uma única base econômica do contribuinte.
• Salário-Educação: art. 212, §5º. Custeia o ensino fundamental público e pago por todas 
as empresas privadas.
OBS (2): Súmula 732 do STF: é constitucional a cobrança da contribuição do salário-educação, 
seja sob a Carta de 1969, seja sob a Constituição Federal de 1988 e no regime da Lei 9.424/96.
Classificam-se, ainda, como contribuições da espécie aquelas aludidas no artigo 240 da Consti-
tuição Federal, que estabelece a cobrança dos empregadores, destinadas às entidades privadas 
de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical. 
São as chamadas contribuições destinadas a entidades privadas (Sistema “S”). Trata-se de tributo 
exigido de pessoas privadas (empregadores) relativamente a fatos distintos de atividade estatal, 
destinados a entidades privadas (SENAI, SESI, SESC, SENAC, SENAR, SEST, SENAT etc).
32 Laureate- International Universities
Tópicos em Direito 1
Empresas prestadoras de serviços e de consultoria, como, por exemplo, as Bancas Jurídicas, es-
tão vinculadas ao SESC e SENAC, desde que comprovem não estarem vinculadas a outro serviço 
social prestado aos trabalhadores do segmento econômico, conforme a Súmula 499 do STJ: “As 
empresas prestadoras de serviços estão sujeitas às contribuições ao Sesc e Senac, salvo 
se integradas noutro serviço social”.
Como modalidade de contribuições sociais gerais, temos a previsão da Lei Complementar nº 
110/2001. São contribuições destinadas a complementar a atualização monetária a que tinham 
os trabalhadores em razão dos expurgos inflacionários das

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