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Profa. Dra. Kaliane Rocha • 1890 – W. D. Miller publicou Microorganisms of the Human Health Estudos prévios que visavam estabelecer a relação entre microorganismos da cavidade bucal, cárie, doença periodontal e infecção pulpar. • 1899 – G. V. Black publicou relatos clínicos e epidemiológicos sobre a cárie como doença infecciosa. • 1924 – Clarke nomeou o Streotococcus mutans como microorganismos específico da cárie dental. • 1960 – Paul Keys descreveu a cárie como doença infecciosa multifatorial, dependente do hospedeiro, da dieta e da microbiota Classificação dos microorganismos Classificação dos microorganismos (JORGE, 2012) Classificação dos microorganismos •BACTÉRIAS •ARQUEIAS • FUNGOS •PROTOZOÁRIOS •ALGAS •PRÍONS (TORTORA, 2016) Classificação dos microorganismos •BACTÉRIAS • Unicelulares, procarióticas • Parede celular • Reprodução por fissão binária (TORTORA, 2016) Classificação dos microorganismos •ARQUEIAS • Unicelulares, procarióticas • Parede celular sem peptideoglicanos quando presente • Encontradas em ambientes extremos: metanogênicas, halófilas, termófilas • Não são conhecidas arqueias que causem doença em humanos (TORTORA, 2016) Classificação dos microorganismos • FUNGOS • Eucariotos, uni ou multicelulares • Não realizam fotossíntese • Fungos verdadeiros – parede celular composta por quitina • Unicelulares – leveduras • Reprodução sexuada ou assexuada (TORTORA, 2016) Classificação dos microorganismos •PROTOZOÁRIOS • Unicelulares eucarióticos • Pseudópodos, flagelos ou cílios • Variedade de formas • Entidades de vida livre ou parasitas • Euglena – fotossíntese • Reprodução sexuada ou assexuada (TORTORA, 2016) Classificação dos microorganismos •ALGAS • Eucariotos • Fotossíntese • Ampla variedade de formas • Reprodução sexuada e assexuada • Parede celular de muitas algas composta por celulose (TORTORA, 2016) Classificação dos microorganismos •VÍRUS • Acelulares, muito pequenos • Núcleo formado por RNA ou DNA • Núcleo circundado por uma camada proteica, envolta muitas vezes por membrana lipídica – envelope • Só se reproduzem usando o maquinário celular de outro organismo (TORTORA, 2016) Classificação dos microorganismos •PRÍONS • Agentes proteicos infecciosos com capacidade de propagação em hospedeiro susceptível, sem auxilio de ácidos nucleicos • Encefalites humanas e de animais (JORGE, 2012) Bactérias • Aspectos morfológicos (JORGE, 2012) • Citologia bacteriana (JORGE, 2012; TORTORA, 2016) Formado por uma única molécula circular contínua PAREDE CELULAR Estrutura rígida (não presente apenas nos micoplasmas) Formada basicamente por peptideoglicanos Principal função: Prevenir a ruptura da célula bacteriana quando a pressão da água dentro da célula é maior que fora LPS LPS – LIPOPOLISSACARÍDEOS DA MEMBRANA EXTERNA BACTERIANA LPS – LIPOPOLISSACARÍDEOS DA MEMBRANA EXTERNA BACTERIANA Quando as bactérias gram negativas morrem liberam o lipídio A que funciona como ENDOTOXINA - febre, dilatação dos vasos sanguíneos, choque e formação de coágulos sanguíneos Cerne polissacarídeo fornece papel apenas estrutural Polissacarídeo O funciona como antígeno, sendo útil para diferenciar espécies bacterianas Membrana citoplasmática • Estrutura molecular semelhante à membrana das células eucarióticas • Espessura aproximada 10 nm • Proteínas representam 70% do peso seco da parede celular FUNÇÕES 1. Transporte ativo de moléculas para dentro da célula; 2. Permeabilidade seletiva e transporte de solutos; 3. Sede de enzimas da fosforilação oxidativa em espécies aeróbicas; 4. Sede de percussores da parede celular, de enzimas e moléculas transportadoras que atuam na síntese de DNA e dos lipídeos da membrana; 5. Secreções de enzimas e toxinas; 6. Localização de receptores e outras proteínas do sistema quimiotático; Citoplasma • Delimitado pela membrana citoplasmática; • Constituição: 1. Grupos de ribossomos 2. Inclusões citoplasmáticas (reservas de substâncias) 3. Mesossomos (similar a mitocôndrias – ligam-se ao cromossomo bacteriano) 4. Cromossomo bacteriano (filamentos de DNA não limitado por membrana Glicocálice • Camada viscosa que envolve a parede celular em algumas bactérias • Natureza química variável – polipeptídeos; polissacarídeos • Quando organizado e firmemente aderido – cápsula Cápsula 1. Especificidade imunológica 2. Fator de virulência 3. Barreira osmótica Fímbrias ou Pili • Fímbrias (do latim, pelos) • Pili (do latim, franjas) • Dois tipos principais: Sexuais ou pili F – conjugação bacteriana; funcionam como receptores para vírus bacteriófagos Fímbrias comuns – aderência. Patogenicidade de alguns gram-negativos dependem da presença de fímbrias Flagelos • Responsável pela mobilidade bacteriana • Longos filamentos delgados e ondulados • Constituídos por proteína contrátil fibrosa - flagelina Monotríqueas Anfitríqueas Lofotríqueas Peritríqueas Esporos • Células de repouso altamente resistentes; • Processo se inicia em presença de condições nutricionais desfavoráveis Fungos • Forma antiga de vida – 400 milhões de anos • Crescem em ambientes diversos • A maioria das espécies cresce por extensão contínua e ramificações de estruturas filiformes denominadas hifas Diferem das plantas por: 1. Não possuírem clorofila; 2. Não apresentam plastos; 3. Não formam tecidos verdadeiros; 4. Não apresentam celulose em sua parede celular; 5. Armazenam glicogênio como substância de reserva em vez de amido Diferem das bactérias: 1. Processo de reprodução diversificado; 2. Característica de crescimento em brotamento e hifas 3. Maior tamanho de células 4. Atividades metabólicas menos diversificadas 5. Composição e ultra estrutura da parede celular 6. Dimorfismo 7. Agentes quimioterápicos a que são sensíveis • Morfologias: uni ou multicelulares LEVEDURAS Fungos unicelulares microscópicos, em forma de blastóporos que, eventualmente podem ser patogênicos • Morfologias: uni ou multicelulares BOLORES Fungos filamentosos, multicelulares, constituídos de células microscópicas cilíndricas ligadas nas extremidades formando um filamento - hifa • Morfologia: uni ou multicelulares COGUMELOS Organismos macroscópicos não patogênicos CITOLOGIA • Células assemelham-se às de plantas superiores e de animais em sua complexidade; • Eucarióticas, com vários cromossomos; • PAREDE CELULAR – de 2 até 8 camadas de material fibrilar; protege a célula fúngica de choques osmóticos; • LOMASSOMO – agregados de membrana citoplasmática localizados entre a parede celular e a membrana (secreção, formação da parede e síntese de glicogênio); • NÚCLEO – Forma irregular e tamanho reduzido; • CAPA NUCLEAR – Intenso aglomerado de ribossomos revestidos por um duplo sistema de membrana que envolve parcialmente o núcleo CITOLOGIA • CORPÚSCULO DE WORONIN e DOLIPORO - estruturas presentes no citoplasma que impedem a perda de constituintes citoplasmáticos através do poro do septo quando a hifa é rompida; • CÁPSULA – presente em algumas leveduras. Protege contra a fagocitose; • ORGANELAS - como de células eucarióticas (mitocôndrias, complexo de Golgi, retículos, etc.) Vírus • Agentes infecciosos muito pequenos (20 a 300 nm); • A maioria contém apenas um tipo de ácido nucleico (DNA ou RNA) como genoma; • Parasitas intracelulares obrigatórios; • Utilizam os sistemas enzimáticos celulares para síntese de seus elementos estruturais. DIFEREM DOS DEMAIS SERES VIVOS POR: • Não apresentam estrutura celular como unidade básica;• Não apresentam os dois tipos de ácidos nucléicos (DNA e RNA); • Constituintes orgânicos básicos ácidos nucléicos e proteínas; • Podem conter uma ou mais enzimas (conteúdo enzimático não suficiente para produzir outro vírus); • Inertes em ambiente extra celular; • Replicam-se somente no interior de células vivas PRINCIPAIS TIPOS MORFOLÓGICOS: • SIMETRIA CÚBICA – icosaédricos – 20 faces triangulares constituídas por proteínas PRINCIPAIS TIPOS MORFOLÓGICOS: • SIMETRIA HELICOIDAL – tubular – subunidades proteicas estão ligadas de forma periódica ao ácido nucleico viral, girando a formar uma hélice. PRINCIPAIS TIPOS MORFOLÓGICOS: • COMPLEXOS – Pleomórficos – possuem envelope não rígido, apresentando estrutura mais complicada. • CAPSÍDEO – envoltório proteico, que reveste o genoma de ácido nucleico, formado por aglomerados de polipeptídios chamados de capsômeros. É responsável pela especificidade antigênica. Determina o tipo de hospedeiro e é responsável pelo tipo da infecção nos vírus que não possuem envelope ENVOLTÓRIO, ENVELOPE ou INVÓLUCRO • Estrutura derivada de membranas celulares, com estrutura similar a elas, camada lipídica dupla, apresentando proteínas imersas nessas camadas; • Pode apresentar espículas em sua superfície formada por glicoproteínas; • Representa a barreira mais externa do vírus e contribui para a resistência aos agentes físicos e químicos; • Determina o tipo de hospedeiro do vírus MULTIPLICAÇÃO VIRAL – CICLO LÍTICO Adsorção Penetração Biossíntese Maturação Liberação MULTIPLICAÇÃO VIRAL – CICLO LISOGÊNICO CONSEQUENCIAS DA LISOGÊNIA: 1. As células lisogênicas são imunes à reinfecção pelo mesmo fago; 2. Conversão fágica – a célula hospedeira pode exibir novas propriedades: Corynebacterium diphtheriae toxina só produzida quando a bactéria carreia um fago temperado CONSEQUENCIAS DA LISOGÊNIA: 3. Transdução especializada – um fago lisogênico empacota o DNA bacteriano junto ao seu próprio DNA no mesmo capsídeo MULTIPLICAÇÃO DE VÍRUS ANIMAIS (DNA):