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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE Escola de Química e Alimentos Curso de Engenharia Bioquímica Disciplina: Bioquímica I Aula 04: Carboidratos Profa. Dra. Susan Hartwig Duarte Rio Grande, 2018 Definição: poli-hidroxialdeídos ou poli-hidroxicetonas, ou substâncias que geram esses compostos quando hidrolisadas Três classes principais de carboidratos Carboidratos monossacarídeos dissacarídeos polissacarídeos Esqueletos dos monossacarídeos Monossacarídeos Carboidratos demais ligados, cada um, a um grupo hidroxila cadeias de carbono não ramificadas (ligações simples) um átomo de carbono ligado duplamente a um átomo de oxigênio grupo carbonil/carbonila Monossacarídeos Carboidratos em qualquer outra posição (cetona) monossacarídeo é uma CETOSE extremidade da cadeia (aldeído) monossacarídeo é uma ALDOSE grupo carbonil/carbonila Monossacarídeos Carboidratos Hexoses mais comuns na natureza Tetroses (4C) Pentoses (5C) Hexoses (6C) Heptoses (7C) aldotetroses e cetotetroses aldopentoses e cetopentoses... Aldoses e Cetoses Monossacarídeos Carboidratos Fórmula química = (C6H12O6) Estruturas diferentes ≠ CENTROS QUIRAIS origina estereoisômeros D-Glicose D-Manose D-Galactose D-Frutose Os monossacarídeos contêm um ou mais átomos de CARBONO ASSIMÉTRICOS (QUIRAIS) Monossacarídeos Carboidratos formas isoméricas opticamente ativas dois isômeros ópticos diferentes, ou enantiômeros (imagens especulares ) Gliceraldeído 1 centro quiral Monossacarídeos Carboidratos D-aldolases D-cetoses Configuração desse carbono de referência L-gliceraldeído isômeros L D-gliceraldeído isômeros D *mais distante do carbono do carbonil (definição de configurações D e L) Ciclização de monossacarídeos Carboidratos Menos de 1% dos monossacarídeos são acíclicos (cadeias abertas) Encontrados predominantemente na forma de anel (cíclica) quando em solução Por que? Estabilidade termodinâmica Menor risco de oxidação do grupo carbonil Existe um equilíbrio dinâmico entre as duas formas Ciclização de monossacarídeos Carboidratos Lembrando que... Carboidratos Ciclização de monossacarídeos Grupo carbonil forma ligação covalente com o oxigênio do grupo hidroxila (OH) presente na mesma cadeia formando derivados hemiacetais (aldeído) ou hemicetais (cetona) C1 para uma aldose C2 para uma cetose D-Frutose α -D-Frutofuranose α -D-Frutopiranose Cetoses Hidroxila em C5 (ou C6) reage com o grupo da cetona em C2 Carboidratos Formas piranosídicas e furanosídicas Carboidratos A ciclização cria um carbono anomérico (anteriormente fazia parte da carbonila) gerando as configurações α e β dos açúcares Ciclização de monossacarídeos D-glicose Carbono anomérico Carbono anomérico α - D - glicose β - D - glicose -D-Glicopiranose -D-Glicopiranose Pirano -D-Frutofuranose -D-Frutofuranose Furano Carboidratos Formas piranosídicas e furanosídicas D-glicose D-frutose Fórmulas de projeção de Fischer Carboidratos Ciclização de monossacarídeos Projeções estruturais Fórmulas em perspectiva de Haworth Ligações horizontais se projetam para fora do plano Mais indicado para estruturas cíclicas Ligações verticais se projetam para trás do plano Projeta-se para a frente do plano O grupo ¬CH2OH terminal projeta-se para cima no enantiômero D- e para baixo no enantiômero L- Projeção de Fisher (linear) Perspectiva de Haworth (cíclica) Desenhar anel de seis membros (5 C e um oxigênio, na direita superior), numere os átomos no sentido horário começando com o C anomérico, e coloque os OH: projeção de Fisher Grupo hidroxila à direita perspectiva de Haworth apontando para baixo Grupo hidroxila à esquerda apontando para cima A hidroxila no carbono anomérico segue as designações α ou β D-hexose Regras ciclização Carboidratos Projeção de Fisher (linear) Perspectiva de Haworth (cíclica) Desenhar anel de seis membros (5 C e um oxigênio, na direita superior), numere os átomos no sentido horário começando com o C anomérico, e coloque os OH: projeção de Fisher perspectiva de Haworth D-hexose Regras ciclização Carboidratos Desenhe as fórmulas em perspectiva de Haworth para D-manose e D-galactose Conversão de projeções de Fisher a fórmulas em perspectiva de Haworth Exemplo: Carboidratos Desenhando fórmulas em perspectiva de Haworth para isômeros de açúcar Desenhe a fórmula em perspectiva de Haworth para β-L-galactose Carboidratos Exemplo: Açúcares Redutores Carboidratos Monossacarídeos como agentes redutores Se o grupo hidroxila ligado ao Carbono anômero de um glicídeo na forma cíclica NÃO estiver ligado a qualquer outro composto por uma ligação glicosídica, o anel poderá ser aberto Carboidratos Monossacarídeos como agentes redutores Os monossacarídeos podem ser oxidados por agentes oxidantes como o íon cúprico oxida a glicose e certos outros açúcares a uma complexa mistura de ácidos carboxílicos Carboidratos Monossacarídeos como agentes redutores Cu2+ Cu1+ A oxidação de um açúcar pelo íon cúprico (define um açúcar redutor) ocorre apenas com a forma linear, a qual existe em equilíbrio com a(s) forma(s) cíclica(s) Carboidratos Monossacarídeos como agentes redutores Cu2+ Cu1+ A glicose e outros açúcares capazes de reduzir o íon cúprico (atuam como agente redutor) são chamados de AÇÚCARES REDUTORES O carbono do carbonil é oxidado a um grupo carboxil Ácido glicônico Carboidratos Monossacarídeos como agentes redutores Cetoses também são oxidadas mas precisam ser isomerizadas antes à aldoses Somente o estado do oxigênio no grupo aldeído determina se o açúcar é redutor ou não redutor Ciclização de monossacarídeos Carboidratos Lembrando que... Carboidratos DISSACARÍDEO Quando um grupo hidroxila (OH) de uma molécula de açúcar reage com o carbono anomérico de outro é formada uma LIGAÇÃO GLICOSÍDICA Unindo monossacarídeos Quando as duas moléculas reagentes forem monossacarídeos, o acetal ou cetal formado será um dissacarídeo Número dos carbonos que estabelecem a conexão Carboidratos Denominação das ligações glicosídicas Posição do grupo hidroxila no carbono anômero do açúcar envolvido na ligação Grupo hidroxila do C anômero configuração alfa, a α ou β Quando o C anomérico está envolvido em uma ligação glicosídica, a fácil interconversão entre as formas lineares e cíclicas é impedida Logo, sem a possibilidade de forma linear, a ligação glicosídica gera um açúcar não redutor Em dissacarídeos ou polissacarídeos, a extremidade de uma cadeia com um carbono anomérico livre (não envolvido em ligação glicosídica) é chamada de extremidade redutora Carboidratos Denominação das ligações glicosídicas Dissacarídeos LACTOSE: formada por ligação glicosídica entre o C1 de uma D-galactose e o C4 da D-glicose Carboidratos Denominação das ligações glicosídicas ligação glicosídica β14 extremidade anômera resíduo da glicose não esta envolvida na ligação glicosídica Gal(β14)Glc Dissacarídeos disponível para oxidação Lactose açúcar redutor conserva um carbono anomérico livre (o C1 do resíduo de glicose à direita) Maltose açúcar redutor Carboidratos Denominação das ligações glicosídicasMALTOSE: formada por ligação glicosídica entre o C1 de uma D-glicose e o C4 de outra D-glicose Dissacarídeos ligação glicosídica α14 Carboidratos Denominação das ligações glicosídicas estabilidade frente à oxidação (adequada para o armazenamento e o transporte de energia em plantas) SACAROSE: formada por ligação glicosídica entre o C1 de uma D-glicose e o C2 de uma D-frutose Dissacarídeos Sacarose açúcar não redutor ligação glicosídica α12β Carboidratos Denominação das ligações glicosídicas TREALOSE: formada por ligação glicosídica entre o C1 de uma D-glicose e o C1 de outra D-glicose Dissacarídeos Trealose açúcar não redutor ligação glicosídica α11α
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