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*PODERES ADMINISTRATIVOS 1. CONCEITO: - Conjunto de medidas, meios ou instrumentos dos quais se valem os sujeitos da Administração Pública como necessários ao desempenho de suas próprias atividades administrativas. - São Poderes Instrumentais utilizados como meios para satisfação do interesse público, enquanto dever da administração, sem os quais a mesma não atuaria, eles são inerentes à Administração Pública, nascem com ela (Poder-Dever). São Poderes Jurídicos, criados pelo Direito. 2. PODER VINCULADO: competência vinculada� expedir atos vinculados - Hely Lopes: Poder que a ordem jurídica confere à Administração para expedir ato sua competência, cujos elementos e requisitos já vêm previamente estabelecidos por Lei. Confere à Administração uma com para expedir Atos Vinculados ou Regrados, no âmbito dos quais a Administração não nenhuma liberdade administrativa, devendo expedi-los sem ponderações. - Obs.: Alguns autores (Maria Sylvia) negam a autonomia desse Poder, sob o argumento d que ele só impõe sujeições e limitações à Administração, que não terá liberdade na prática do ato. 3. PODER DISCRICIONÁRIO: - A Ordem jurídica confere à Administração Pública, na expedição de determinados atos, a possibilidade de se valer do juízo de conveniência e oportunidade na escolha do Objeto e na avaliação dos Motivos praticado. - Concede à Administração certo espaço, c possibilidade de ponderações e escolhas na prática do ato. Pode deliberar a respeito do Motivo e do Objeto do ato, quando a Lei deixar alguns dos elementos para prática de um ato www.cers.com.br CARREIRAS JUR PODERES ADMINISTRATIVOS* Conjunto de medidas, meios ou instrumentos ais se valem os sujeitos da Pública como necessários ao desempenho de suas próprias atividades ados como ação do interesse público, dever da administração, sem os atuaria, eles são inerentes ública, nascem com ela Dever). São Poderes Jurídicos, criados competência expedir atos vinculados. a ordem jurídica expedir atos de sua competência, cujos elementos e requisitos já vêm previamente estabelecidos por Lei. uma competência expedir Atos Vinculados ou Regrados, no não goza de , devendo Alguns autores (Maria Sylvia) negam a autonomia desse Poder, sob o argumento de õe sujeições e limitações à , que não terá liberdade na A Ordem jurídica confere à Administração , na expedição de determinados atos, a possibilidade de se valer do juízo de eniência e oportunidade na escolha do Motivos do ato certo espaço, com possibilidade de ponderações e escolhas na prática do ato. Pode deliberar a respeito do o a Lei deixar prática de um ato para que a Administração livre, com possibilidade de tomada de uma decisão. Competência Sempre decorrente de lei, ato vinculado. Finalidade Sempre vinculada. Forma Qu será vinculada. Motivo e Objeto Elementos deixados à discricionariedade administrativa. - Entretanto, a Administração dentre os vários motivos e objet possíveis, o mais benéfico. Nunca escolher qualquer liberdade relativa, condicionada. - Obs.: O Judiciário pode fazer o controle de mérito, não de forma ampla, mas dentro do contexto dos princ 4. PODER HIERÁRQUICO - Confere à Administração uma capacidade para ordenar, coordenar, c delegar (quando conveniente) e avocar suas funções. Este Poder estabelece a relação Hierárquica entre órgãos do mesmo âmbito e escalão da Administração e competências. � Capacidade de Ordenar funções administrativas, escalonando-as entre os órgãos e agentes públicos, estabelecendo uma rel subordinação entre eles. emanadas pelos órgãos e agentes superiores devem ser cumpridas fielmente pelos seus inferiores, salvo se manifestamente ilegais (quebra do dever de obediência disciplinar, punida pela de seu poder disciplinar). � Capacidade de Coordenar harmonização das funções, internamente, quando a cargo do mesmo órgão administrativo. � Capacidade de Controlar próprio desempenho dos agentes público, IRAS JURÍDICAS (PCJ) 2014 Direito Administrativo Matheus Carvalho 1 Administração atue de forma mais possibilidade de tomada de mais de Sempre decorrente de lei, ato vinculado. Sempre vinculada. Quando prescrita em Lei, será vinculada. Elementos deixados à discricionariedade administrativa. Administração deve adotar, dentre os vários motivos e objetos possíveis, o mais benéfico. Nunca poderá ualquer objeto ou motivo. É uma liberdade relativa, condicionada. udiciário pode fazer o controle , não de forma ampla, mas dentro do contexto dos princípios constitucionais. PODER HIERÁRQUICO Administração uma capacidade , coordenar, controlar, corrigir, conveniente) e avocar suas funções. Este Poder estabelece a relação Hierárquica entre órgãos do mesmo âmbito e Administração e a divisão de Capacidade de Ordenar: organizar as ões administrativas, distribuindo-as e as entre os órgãos e agentes públicos, estabelecendo uma relação de subordinação entre eles. As ordens emanadas pelos órgãos e agentes superiores devem ser cumpridas fielmente pelos seus se manifestamente ilegais (quebra do dever de obediência � infração unida pela Administração através de seu poder disciplinar). Capacidade de Coordenar: coordenação, harmonização das funções, internamente, a cargo do mesmo órgão Capacidade de Controlar: controlar o próprio desempenho dos agentes público, fazendo também com que sejam observadas as Leis e Instruções necessárias ao cumprimento das funções. � Capacidade para Corrigir (AUTOTUTELA Invalidar atos ilegais e revogar atos que não sejam mais convenientes e oportunos ao interesse público. � Capacidade para Delegar Atividade ou Função Administrativa (art.12, Lei do Processo Administrativo Disciplinar, 9.784/99): Poderá haver quando conveniente e não houver impedimento legal (delegar competência para julgamento de recurso administrativo; para edição de atos normativos; ou quando o ato deva ser praticado com competência mesmo entre órgãos de igual ou inferior escalão, mesmo que o órgão ou o agente delegado não sejam subordinados ao órgão ou agente delegante. A delegação é regra, sendo sua proibição uma excepcionalidade. Obs.�O responsável pelo ato será o agente que recebeu a delegação (delegado). � Capacidade para Avocar (art.15, Lei 9.784/99): É o chamamento da competência pela autoridade que não era, originariamente, competente para prática ato, tirando a competência da autoridade que assim o era É excepcional, só será possível permitida por Lei. A autoridade avocante deverá ser superior à autoridade avocada. Deve ser justificada e Temporária Hierárquico está presente somente em âmbito interno (poder de organização interna). Entre os órgãos da Administração direta e dentro dos próprios órgãos da Administração Indireta. Não há poder hierárquico de órgão da Administração D sobre órgão da Administração I tampouco de uma entidade da Administração Indireta sobre outra entidade da Administração indireta, já que não há P Hierárquico no âmbito externo. OBS controle de subordinação o que ocorre da Administração Direta sobre a Indireta. É um controle finalístico (incide sobre os fins e objetivos, nunca sobre os meios) para foi criada a entidade da Administração indireta: Tutela Administrativa. No âmbito da União: supervisão Ministerial (as www.cers.com.br CARREIRAS JUR com que sejam observadas as Leis e Instruções necessárias ao Corrigir (AUTOTUTELA): evogar atos que não sejam mais convenientes e oportunos ao Delegar Atividade ou(art.12, Lei do Disciplinar, lei quando for mpedimento legal julgamento de edição de atos quando o ato deva ser exclusiva), mesmo entre órgãos de igual ou inferior escalão, mesmo que o órgão ou o agente elegado não sejam subordinados ao órgão ou agente delegante. A delegação é regra, sendo sua proibição uma excepcionalidade. O responsável pelo ato será o agente que recebeu a delegação (delegado). (art.15, Lei amamento da competência ade que não era, originariamente, , tirando a assim o era. , só será possível quando permitida por Lei. A autoridade avocante toridade avocada. Temporária. O Poder está presente somente em âmbito interno (poder de organização interna). Entre os órgãos da Administração direta e dentro dos próprios órgãos da ão há poder Administração Direta Administração Indireta, Administração ndireta sobre outra entidade da não há Poder OBS�Não é bordinação o que ocorre da Direta sobre a Indireta. É um (incide sobre os fins e para o qual Administração . No âmbito ervisão Ministerial (as entidades da Administração vinculam a um ministério). 11. PODER NORMATIVO (Gênero) para todos os órgãos da Administração Pública. ���� Poder Regulamentar: exclusivamente Executivo para a Lei (regulamento de execução regular matéria não reservada à Lei (regulamento autônomo internamente, em caráter geral e abstrato, as atividades cometidas ao Executivo ( administrativo 12. PODER DE POLÍCIA - Conceito Amplo atividade desempenhada pelo Estado e dirigida a se restringir as liberdades individuais. Alcança os Poderes Executivo e Legislativo. Mesmo uma Lei que venha a restringir uma liberdade seria decorrente do Poder de Polícia. - Conceito Estrito toda atividade administrativa exercida pelas entidades, órgãos e agentes da Administração P condicionar o exercício das liberdades individuais e o uso, gozo e disposiçã propriedade, visando adequá conformá-los aos interesses públicos e bem-estar geral da coletividade. É um Poder de Polícia Administrativo. - É poder jurídico, mera atividade administrativa (Ex. poluente). � Objeto do P. de Polícia ou atividade exercida pelo particular, serão limitados pelo Administração que, entretanto, não poderá abolir os direitos do administrados, apenas limita que não ponham a coletividade em risco. � Motivo: Razão de fato ou de direito que ensejam a atuação do Estado. IRAS JURÍDICAS (PCJ) 2014 Direito Administrativo Matheus Carvalho 2 Administração indireta se vinculam a um ministério). ODER NORMATIVO (Gênero)���� Vale para todos os órgãos da Administração Poder Regulamentar: Se atribui exclusivamente às chefias do para executarem fielmente regulamento de execução), regular matéria não reservada à Lei regulamento autônomo) ou disciplinar internamente, em caráter geral e as atividades cometidas ao Executivo (regulamento administrativo). PODER DE POLÍCIA Amplo: toda e qualquer atividade desempenhada pelo Estado e dirigida a se restringir as liberdades individuais. Alcança os Poderes Executivo e Legislativo. Mesmo uma Lei que venha a restringir uma liberdade seria decorrente do o Estrito: O Poder de Polícia é toda atividade administrativa exercida pelas entidades, órgãos e agentes da Administração Pública para limitar e condicionar o exercício das liberdades individuais e o uso, gozo e disposição da propriedade, visando adequá-los e los aos interesses públicos e estar geral da coletividade. É um Poder de Polícia Administrativo. É poder jurídico, mera atividade Ex. interdição de fábrica Objeto do P. de Polícia: Um bem, direito e exercida pelo particular, serão limitados pelo Poder de polícia da dministração que, entretanto, não poderá abolir os direitos do administrados, apenas limita-los de modo que não ponham a coletividade em risco. Razão de fato ou de direito que nsejam a atuação do Estado. � Manifestação: É uma atividade administrativa manifestada através de atos com destinatários indeterminados, gerais ou abstratos, individuais ou concretos; de prevenção ou fiscalização. � Via de regra, o P. de Polícia é discricionário. No entanto, a Administração não pode ficar inerte, tem que exercê-lo, tem o dever de responder, decidir a respeito dos pedidos do administrado, se se mantiver inerte, essa inércia poderá ser apreciada pelo Judiciário. Exceções: As licenças são atos vinculados quando o particular cumpre todos os requisitos. � Atributos do P.de Polícia: � É imperativo, coercitivo, impõe restrições mesmo sem a vontade do particular. � Auto-Executável, atributo sem o qual o Poder de Polícia ficaria esvaziado; Exigível. � Presunção juris tantum de Legitimidade (não pode haver abusos no P Polícia). � Delegação: O Poder de Polícia pressupõe prerrogativas a particulares. Portanto, se um particular detivesse o Poder haveria um desrespeito ao Princ Igualdade. Daí porque, a doutrina entende que esse Poder é indelegável aos particulares. Exceção: Capitães de navios e aeronaves; entidades da Administração indireta; agências reguladoras; concessionários, permissionários, delegatários, também o possuem, mas de forma mais restrita. Obs. Apenas aos atos e atividades materiais que precedem (colocação de fotossensores) e que sucedem (a efetiva demolição de uma casa) o Poder de Polícia podem ser delegados. � Sanções: Devem vim expressamente em Lei. As sançõ prevêem o resultado útil do P Polícia. Ex. Interdições, apreensões, demolições, multas. www.cers.com.br CARREIRAS JUR É uma atividade administrativa manifestada através de destinatários indeterminados, gerais ou abstratos, individuais ou concretos; de prevenção ou fiscalização. Via de regra, o P. de Polícia é . No entanto, a dministração não pode ficar inerte, tem lo, tem o dever de responder, decidir a respeito dos pedidos do mantiver inerte, essa inércia poderá ser apreciada pelo Exceções: As licenças são o particular É imperativo, coercitivo, impõe restrições mesmo sem a vontade do particular. Executável, atributo sem o qual o Poder de Polícia ficaria esvaziado; Exigível. de Legitimidade (não pode haver abusos no Poder de de Polícia pressupõe prerrogativas a particulares. Portanto, se oder de Polícia haveria um desrespeito ao Princípio da aí porque, a doutrina entende que esse Poder é indelegável aos : Capitães de navios e Administração indireta; agências reguladoras; ermissionários, o possuem, mas de Apenas quanto os atos e atividades materiais que precedem (colocação de fotossensores) e que sucedem (a efetiva demolição de uma de Polícia podem ser previstas As sanções prevêem o resultado útil do Poder de Polícia. Ex. Interdições, apreensões, � Setores do Poder Ambiental, Polícia Edilícia (SUCOM), INMETRO. IRAS JURÍDICAS (PCJ) 2014 Direito Administrativo Matheus Carvalho 3 oder de Polícia: Ex. Polícia Ambiental, Polícia Edilícia (SUCOM),
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