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Existencialismo: A Liberdade Humana

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Filosofia Contemporânea 
 
Professora Diana Chao Decock
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O EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO
Texto de 1945, de Jean Paul Sartre: filósofo, romancista, dramaturgo, crítico literário (em 1964 conquista e recusa o prêmio nobel)
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Problemáticas do período 
Ateísmo
Niilismo (NIETZSCHE)
Abandono, desamparo, desespero
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Existencialismo
Doutrina que torna a vida humana possível e que toda verdade e ação implicam um meio e uma subjetividade humana
Tese principal:
A existência precede a essência 
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“O que significa aqui, dizer que a existência precede a essência? Significa que, em primeira instância, o homem existe, encontra a si mesmo, surge no mundo e só posteriormente se define”
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SUBJETIVIDADE:
O homem se faz a si mesmo
O homem não pode ser definido com antecedência porque ele é aquilo que ele faz de si mesmo: esse é o primeiro princípio do existencialismo
Isso é subjetividade para o existencialismo: o homem se projeta no futuro e tem consciência disso (é um projeto que se vive a si mesmo subjetivamente)
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RESPONSABILIDADE:
Escolher é dar valor
Escolher isto ou aquilo é dizer quanto isso vale – não escolhemos nunca o mal e o bom é para nós e para todos
Nossas escolhas são para nós e para todos homens: elas engajam a humanidade inteira
Ao escolher a mim, escolho toda a humanidade - RESPONSABILIDADE
Ex: Se escolho o casamento, minha escolha engaja toda a humanidade
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O homem é ANGÚSTIA
“O homem que se engaja e que se dá conta de que ele não é apenas aquele que escolheu ser, mas também um legislador que escolhe simultaneamente a si mesmo e a humanidade inteira, não consegue escapar ao sentimento de sua total e profunda responsabilidade” (p. 7)
O que aconteceria se todos fizessem como eu?
“Tudo se passa como se a humanidade inteira estivesse de olhos fixos em cada homem e se regrasse por suas ações”
A angústia daqueles que são responsáveis
“A angústia é a ausência total de justificativas e, simultaneamente, a responsabilidade perante todos” (p. 22)
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A angústia não impede de agir
A angústia é a condição da ação responsável – pressupõe a pluralidade dos caminhos e a escolha de um deles 
O valor do caminho escolhido é meramente o de ter sido escolhido
E nisso estamos desamparados: Deus não existe (não o radicalismo que tira Deus mas deixa a norma) e isso é incômodo pois não existe possibilidade encontrar valores a priori – só existem homens e eles devem escolher-se (!)
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Ateísmo 	
O existencialismo não se empenha em demonstrar que Deus não existe
Mesmo que Deus existisse isso não mudaria nada: nada pode salvar o homem dele próprio. Essa é a busca do existencialismo.
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O homem é LIBERDADE
Se Deus não existe, não há normas ou valores prontos – o homem deve escolhê-los
“Não teremos nem atrás de nós, nem na nossa frente, no reino luminoso dos valores, nenhuma justificativa e nenhuma desculpa. Estamos sós, sem desculpas”.
É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre (condenado porque não se criou a si mesmo, livre porque, lançado no mundo, é responsável por tudo o que faz)
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O DESESPERO (desesperança)
A minha esperança está limitada ao raio da minha ação e escolha
Como os homens são absolutamente livres, não posso prever as suas escolhas
As coisas serão como os homens de cada momento decidirem que elas sejam
Devo calar-me? Não! Devo me engajar; não é preciso ter esperança para empreender
É preciso fazer o melhor que puder, sem ilusão
Um dia as coisas serão como deviam ser? Não sei... Sei apenas que eu faço o que posso para que tal se cumpra
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O futuro é virgem
As paixões não servem de desculpas para os atos
Os sinais não passam de interpretação dos homens
O homem está condenado a inventar o homem – o futuro está virgem à espera do homem – o futuro será construído por ele mesmo e nisso está desamparado
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O homem é o rosto que ele desenha para si mesmo
Alguns dizem: não consegui fazer o que eu queria porque não tive chance – “permaneceram em mim, inutilizadas e inteiramente viáveis, uma porção de disposições, de inclinações, de possibilidades que me conferem um valor que o simples conjunto de meus atos não permite inferir” (eu posso mais do que faço)
Mas não há ação a não ser a que se faz; não há amor a não ser o que se ama; não há um gênio a não ser aquele que se expressa como tal
O homem é o rosto que ele desenha para si mesmo: isso pode ser difícil de aceitar para os fracassados – mas só a realidade conta: não os sonhos, as precisões, as esperanças...
O homem são os seus empreendimentos
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Os existencialistas são otimistas
“O existencialismo quando descreve um covarde, afirma que esse covarde é responsável por sua covardia” – isso incomoda
Ele não é assim por hereditariedade, por sua natureza ou constituição física – escolheu ser assim
As pessoas querem que nasçamos covardes ou heróis – não querem se responsabilizar
“O que importa não é o que fizeram de você, mas o que você vai fazer com o que fizeram de você”
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O existencialismo é humanismo
QUE HUMANISMO?
O humanismo existencialista: “O homem está constantemente fora de si mesmo; é projetando-se e perdendo-se fora de si que ele faz com que o homem exista” 
Humanista: não há outro legislador a não ser o próprio homem que em seu desamparo se escolhe a si mesmo
Buscando uma meta fora de si – determinada libertação, realização particular – que o homem se realizará precisamente como ser humano

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