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trabalho sociologia jurídica

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Acadêmico: Luís Felipe Nunes
Docente: João Ignacio Pires Lucas
Disciplina: Sociologia Jurídica
Segundo Trabalho do Semestre
O QUE É O DIREITO? 
O Direito é a manifestação no campo no campo do direito no positivismo jurídico, ou seja, na doutrina de Comte, na forma apresentada no seu Cours de Philosophie Positive (1852-1854). Dando grande importância à ciência no progresso do saber, restringindo o objeto da ciência e da filosofia aos fatos e à descoberta de leis que regem, o positivismo pretendia ser a filosofia da ciência, ou seja, o coroamento do saber cientifico. Excluindo de seu domínio a metafísica, acabou sendo o saber fundado nos fatos tout court. No domínio jurídico, pondo de lado a metafisica, definindo o direito positivo como fato, passível de estudo cientifico, fundado em dados reais, o positivismo jurídico tornou-se a doutrina do direito positivo. Nesse sentido tem razão Bobbio quando diz ser o positivismo jurídico a corrente do pensamento jurídico para a qual “não existe outro direito senão aquele positivo”. Consequentemente, opõe-se à Teoria do Direito Natural, bem como todas as formas metafísicas jurídica. Por isso a identificação até o século XIX, da Filosofia do Direito com a Filosofia do Direito Natural, obrigou os positivistas a substituírem-na pela Teoria Geral do Direito, idealizada pelos alemães ou pela Analytical Jurisprudence, do inglês Austin, formuladas com base no direito positivo. Fora da experiência do fato ou do direito positivo, direito algum existiria para o Positivismo Jurídico, que se destaca por identificar o direito positivo com o direito estatal, considerando a experiência jurídica a única fonte do conhecimento jurídico; por ser anti jus naturalista, negando natureza jurídica ao direito natural, por ser anti jus racionalista, negando o poder legislativo da razão, encontrando somente na vontade do legislador ou do juiz, manifestada na sentença, a fonte imediata do direito, e por afastar os valores e o direito natural da ciência jurídica e da filosofia do direito, reduzida a síntese dos resultados da ciência do direito. Identificando o direito com a lei ou com o código, com os precedentes judiciais, ou ainda com o direito estatal, escrito ou não escrito, ou simplesmente com o direito positivo. De outra forma o estudo das diferenças e correlações entre Moral e Direito já nos permite dar uma noção do Direito, sem que nos mova a preocupação de definir, resumindo o já exposto, podemos dizer que o Direito é a ordenação bilateral atributiva das relações sociais, na medida do bem comum.
Todas as regras sociais ordenam a conduta, tanto as morais como as jurídicas e as convencionais ou de trato social. A maneira, porém, dessa ordenação difere de uma para outra. É próprio do Direito ordenar a conduta de maneira bilateral e atributiva, ou seja, estabelecendo relações de exigibilidade segundo uma proporção objetiva. O Direito, porém, não visa a ordenar relações dos indivíduos entre si para uma satisfação apenas dos indivíduos, mas ao contrário, para realizar uma convivência ordenada, o que se traduz na expressão “bem comum”. O bem comum não é a soma dos bens individuais, nem a média do bem de todos, o bem comum, a rigor, é a ordenação daquilo que cada homem pode realizar sem prejuízo do bem alheio, uma composição harmônica do bem comum tem sido visto, e este é, no fundo o ensinamento do jus filósofo italiano Luigi Bagolini, como uma estrutura social na qual sejam possíveis formas de participação e de comunicação de todos os indivíduos e grupos.
 Existem quatro sínteses que traduzem o que é e o que são os condicionamentos dos operadores do direito (ex ante), ou seja, antes deles operaram suas decisões, práticas e ações.
1 – Condicionamentos sociais, o perfil social dos operadores traz algumas informações de como eles decidem. Os dados sobre os magistrados, produzidos em pesquisas patrocinadas pela Associação Nacional dos Magistrados Brasileiros e pelo Conselho Nacional de Justiça revelam um perfil bastante homogêneo dos magistrados brasileiros. O tipo médio do magistrado no Brasil é: homem, branco e liberal. A interrogação científica é quantas decisões técnicas são oriundas dessas características, ou independentes delas. 
2 – Condicionamentos processuais e técnicos. Para os estudos do realismo jurídico, muito da operação do direito ser rotinizada faz com que ela produza condicionamentos lógicos e técnicos, muitos dos quais os operadores não conseguem se livrar ou superar. O volume de processos (para os magistrados), as proteções das carreiras (para os magistrados, promotores, procuradores), ou as desproteções (para os policiais, advogados), fazem com que os operadores tenham que agir conforme uma visão pragmática. Um policial que mora no mesmo bairro dos traficantes não pode ter uma conduta que menospreze isso.
 3 – Condicionamentos teóricos. Hoje em dia é muito mais plural a interpretação do direito, são várias correntes de pensamento jurídico, desde as perspectivas mais dogmáticas e positivistas, até as mais flexíveis e alternativas. Isso tem gerados intensos debates sobre a insegurança jurídica, pois não se tem mais certeza das decisões dos operadores. 
4 – Condicionamentos ideológicos. As visões de mundo em extremo choque no Brasil (e mundo) têm feito com que todas as ideologias venham a baila, ainda que o contexto seja diferente.
Como efeitos das práticas jurídicas, também podemos relacionar um conjunto de resultados sociais extrajudiciais que nem sempre estão nos desejos dos operadores:
1 – Incerteza jurídica;
2 – Favorecimento aos mais poderosos na luta de classe;
3 – Empoderamento social das minorias.
Cada vez mais tenta-se criar mecanismos, nos quais se enseja mecanismos de controle e aplicação dos direitos humanos. Não se discute em relação a quem tem o dever de fazer valer os direitos do homem. Não se discute se o Estado tem o papel de criar, aprimorar, defender e fazer aplicar tais direitos. No entanto a cada dia vemos a participação de outros órgão e entidades civis entrando nessa articulação, são ONG’s, associações, até mesmo pessoas naturais que em função de alguma notoriedade tem buscado a difusão e o respeito aos direitos humanos.
Exatamente neste contexto que aparece com extrema relevância o operador do direito, seja ele um magistrado, um membro do ministério público, um advogado ou qualquer outro dentro deste ramo de atuação, visto que atua diretamente, entre outras funções, em defesa destes direitos.  Assim podemos perceber a importância do acadêmico de direito em relação ao assunto versado neste trabalho. Qualquer dos profissionais do direito, necessariamente passará pela academia, onde os preceitos e fundamentos que dão base a uma vida digna a qualquer ser humano deverão primeiramente ser inseridos na vida do estudante e em seguida o mesmo deve entender que nenhuma causa, nenhuma estratégia ou paradigma deve desprezar os direitos humanos, pois são estes que farão com que ele próprio seja respeitado como ser humano, antes mesmo obter qualquer respeito como profissional, catedrático, doutrinário ou outro qualquer.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
http://justificando.cartacapital.com.br/2015/02/24/o-operador-de-direito-e-sua-importancia-frente-aos-direitos-humanos/. Pesquisado em 08/06/2018 ás 12h10min.
GUSMÃO, Paulo Dourado, Introdução ao Estudo do Direito. 38.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1997.p. 398.

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