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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UnB FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA - FAV USO DO REGULADOR DE CRESCIMENTO ÁCIDO INDOLBUTÍRICO NA PROPAGAÇÃO POR ESTAQUIA DE MARACUJÁ-AZEDO. Carolinny Barbosa Franco Elias Cardoso Munique Caixeta Côrtes MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA Brasília-DF Dezembro/2015 1 Universidade de Brasília - UnB Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária - FAV Uso do regulador de crescimento Ácido Indolbutírico na propagação por estaquia de maracujá-azedo. Carolinny Barbosa Franco Elias Cardoso Matrícula: 11/0026667 Munique Caixeta Côrtes Matrícula: 11/0064496 Orientador: Prof. Dr. Márcio de Carvalho Pires Projeto final de Estágio Supervisionado, submetido à Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília, como requisito parcial para a obtenção do grau de Engenheiras Agrônomas. APROVADO PELA BANCA EXAMINADORA: Eng. Agrônomo Márcio de Carvalho Pires, Dr. (Universidade de Brasília – FAV) (Orientador) CPF: 844256601-53. E-mail: mcpires@unb.br Eng. Agrônoma Michelle Souza Vilela, Dr. (Universidade de Brasília – FAV) (Examinadora Interna) CPF: 919623401-63. E-mail: michellevilelaunb@gmail.com Eng. Agrônoma Ingrid Gonçalves Vasconcelos, Esp. (Universidade Federal de Viçosa - UFV) (Examinadora Externa) CPF: 033829781-21. E-mail:ingridgvasconcelos@gmail.com 2 FICHA CATALOGRÁFICA RODRIGUES, B.B.; MATOS, C.M. Efeitos do tratamento de uniconazole nas mudas de mamão (Carica papaya L.) nos genótipos Tainung e Sekati/ Bruna Braz Rodrigues e Catherine Mendes de Matos; orientação de Marcio Carvalho - Brasília, 2014. Monografia - Universidade de Brasília/Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, 2013. 1. Mamão - Uniconazole 2. Mamão – Efeitos nas plantas 3. Tratamento com hormônio. I. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CARDOSO, C.B.F.E., CÔRTES, M.C. Uso do regulador de crescimento Ácido Indolbutírico na propagação por estaquia de maracujá-azedo. 2015. 36. Monografia (Graduação em Agronomia) - Universidade de Brasília - UnB, Brasília, 2015. CESSÃO DE DIREITOS Nome das Autoras: Carolinny Barbosa Franco Elias Cardoso e Munique Caixeta Côrtes. Título da Monografia de Conclusão de Curso: Uso do regulador de crescimento Ácido Indolbutírico na propagação por estaquia de maracujá-azedo. Grau: Graduação Ano: 2015 É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta monografia e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e científicos. O autor reserva-se a outros direitos de publicação e nenhuma parte desta monografia pode ser reproduzida sem a autorização por escrito do autor. Carolinny Barbosa Franco Elias Cardoso - CPF: 011421671-19. E-mail: guttemberg.c@gmail.com Munique Caixeta Côrtes CPF: 031133541-10. E-mail: muniquecaixetac@gmail.com CARDOSO, C.B.F.E., CÔRTES, M.C. Uso do regulador de crescimento Ácido Indolbutírico na propagação por estaquia de maracujá-azedo. Carolinny Barbosa Franco Elias Cardoso e Munique Caixeta Côrtes; orientação de Marcio Carvalho - Brasília, 2015. Monografia - Universidade de Brasília/Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, 2015. 1. Maracujá – Ácido Indolbutírico 2. Maracujá – Efeito nas plantas 3. Tratamento com hormônio. I. 3 DEDICATÓRIA Carolinny Barbosa Franco Elias Cardoso Aos meus pais, pelos sacrifícios e renúncias em favor de me oferecerem o melhor de suas possibilidades. Ao meu irmão pelo incentivo, paciência e ajuda em muitos momentos dessa trajetória. Munique Caixeta Côrtes Dedico este trabalho: A Deus, meu Senhor que me guia no caminho do bem. À minha querida Mãe, Rejane, que possibilitou esse sonho com muito amor e dedicação, me dando exemplo de bondade, honestidade, caráter e principalmente de força para vencer todos os obstáculos que surgiram em nossas vidas. 4 AGRADECIMENTOS Carolinny Barbosa Franco Elias Cardoso A Deus, pela dádiva de vida, conhecimento e paciência para cumprir esta longa caminhada. Ao meu pai Octávio Elias Cardoso da Silva e minha mãe Lúcia Barbosa Franco Guttemberg, pelos exemplos de força e coragem que fizeram com que eu nunca desistisse dos meus sonhos, pela certeza de que, em vocês, encontraria o conforto para as decepções e fracassos. Ao meu irmão e melhor amigo Geraldo Guttemberg Soares Neto, por todo carinho, conselho e por ter dedicado o seu tempo para me ajudar. Ao meu amigo e orientador Professor Dr. Marcio de Carvalho Pires, por todo o ensinamento e conselhos que compartilhou nesse tempo de trabalho, demonstrando paciência e compreensão. À minha parceira e grande amiga Munique Caixeta com quem dividi alegrias e tristezas durante esses cincos anos, pelo companheirismo, esforço e dedicação que tivemos para a conclusão desse trabalho. À Universidade de Brasília, por ser um lugar único, onde amadureci e fiz grandes amigos que levarei para a vida toda. 5 Munique Caixeta Côrtes Primeiramente a Deus, por me fazer sentir sua presença em tudo na minha vida. Especialmente à minha mãe, Rejane do Carmo Caixeta, pelo seu imenso carinho, compreensão, ensinamentos, exemplo de força e coragem que me inspiram. Ao meu pai pela inspiração da profissão que escolhi, pelo amor, orgulho e torcida transmitidos. Aos meus avós, Vina e Zé, pelos cuidados e orações que puderam fazer em vida e hoje do céu continuam enviando bênçãos. Ao meu noivo, Leandro Tavares, por estar ao meu lado tanto nos momentos de tensão quanto nos momentos de diversão, me dando seu amor, sua companhia e sua firmeza para olhar o futuro. Ao meu orientador, amigo, mestre e exemplo, Dr. Márcio de Carvalho Pires, pelos conselhos valiosos, pela compreensão, caminhos oferecidos e principalmente pela enorme contribuição neste trabalho. Aos meus grandes amigos antigos e aos novos que fiz na Universidade, que tanto compartilharam e ajudaram nesse processo de formação acadêmica e humana. À minha parceira e amiga Carolinny Barbosa pelas angustias divididas, pela amizade e esforço que juntas tivemos para a conclusão desse trabalho. À Universidade de Brasília, por ser esse universo de diferenças, onde tive a honra de conviver e conhecer muitas pessoas e pude ter um olhar novo para o mundo de grande amadurecimento e humanidade. 6 RESUMO No Brasil, o maracujazeiro é propagado usualmente via semente, sendo esse um problema para a passicultura, pois acarreta uma alta variabilidade em pomares. Em decorrência deste fato, a cultura enfrenta uma alta pressão fitossanitária que acaba gerando uma queda na produtividade e qualidade de frutos. Dentre várias técnicas, o uso de cultivares resistentes é uma medida muito eficaz no controle de doenças. Neste sentido a propagação por estaquia torna-se uma técnica bastante promissora, pois permite a obtenção e multiplicação de clones de progênies elite e ou de cultivares geneticamente melhoradas. Neste sentido foi utilizadoo fitormônio ácido indolbutírico AIB visando otimizar o processo de enraizamento de estacas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a aplicação de diferentes doses de hormônio AIB no enrizamento de estacas (4 progênies) de maracujá-azedo, oriundas de um programa de melhoramento desenvolvido pela Universidade de Brasília – UnB, Embrapa Cerrados – CPAC e Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, visando a obtenção de progênies resistentes e ou tolerantes a doenças e pragas. Foi realizado na Estação Experimental de Biologia, no setor de fruticultura na Universidade de Brasília, no período de junho a setembro de 2015. O delineamento experimental adotado foi de blocos (dose e progênie) inteiramente ao acaso, sendo uma bandeja para cada progênie com três repetições para cada concentração do hormônio AIB. Totalizando 16 tratamentos diferentes entre doses e progênies. Cada parcela com 18 (6x3) estacas, sendo (12x24) 288 estacas úteis. As progênies utilizadas foram MAR 20#39 R1, EC-RAM, MAR 20#34 F2R1 e ROSA CLARO PL1R2. Avaliou-se número de folhas, formação de calo, potencial de enraizamento, número de estacas enraizadas, número de brotações e porcentagem de enraizamento das estacas de acordo com os níveis de doses para cada uma das quatro progênies. O uso de 2000mg/L de AIB, foi mais eficiente no enraizamento de estacas nas progênies ROSA CLARO PL1R2 e MAR 20#39 R1. Palavras-chave: Passiflora edulis Sims, ácido indolbutírico, estaquia. 7 ABSTRACT In Brazil, the passion fruit is usually propagated by seed, causing a problem for passicultura because it carries a high variability in orchards. Due to this fact, culture faces a high disease pressure that ends up generating a drop in productivity and fruit quality. Among various techniques, the use of resistant cultivars is a very effective measure in controlling diseases. Therefore, propagation by cuttings become a very promising technique since it allows obtaining and multiplying progeny clones from genetically improved cultivars. Thereby, we used the indolebutyric acid IBA plant hormone in order to optimize the cuttings rooting process. This study aimed to evaluate the application of different hormone doses of IBA in stakes reefing (4 progenies) of passion fruit tart, coming from a breeding program developed by the University of Brasilia - UNB and Embrapa Cerrado - CPAC and Embrapa Genetic Resources and Biotechnology, in order to produce progenies resistant or tolerant to diseases and pests. The seach was conducted at the Experimental Biology Station in the horticulture sector at the University of Brasilia, from June to September 2015. The experimental design was by blocks (dose and progeny) completely randomized, and a tray for each offspring with three repetitions for each concentration of IBA hormone. It totalized 16 different treatments between doses and progenies. Each portion with 18 (6x3) stakes, and (18x16) 288 useful stakes. The progenies were used MAR 20#39 R1, EC-RAM, MAR 20#34 F2R1 e ROSA CLARO PL1R2. We evaluated the number of leaves, callus formation, rooting potential, number of rooted cuttings, number of shoots and rooting of cuttings according to the dose levels for each of the four progenies. The use of 2000 mg/L IBA was more efficient at rooting cuttings in ROSA CLARO PL1R2 and MAR 20 # 39 R1 progenies. Keywords: Passiflora edulis Sims, indolebutyric acid, cuttings. 8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 9 2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 11 2.1 Origem ............................................................................................................................... 11 2.2 Taxonomia e Morfologia Maracujá-Azedo .................................................................... 11 2.3 Aspectos Econômicos ........................................................................................................ 12 2.4 Melhoramento Genético ................................................................................................... 13 2.5 Reprodução em Maracujazeiro ....................................................................................... 14 2.6 Propagação em Maracujá-Azedo….......……………………………………...14 2.7 Propagação por Estaquia……………………...………….…………………...14 2.8 Hormônio e Regulador de Crescimento Vegetal.............................................15 3. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................ 17 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................................... 23 5. CONCLUSÕES .................................................................................................................... 31 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 32 9 1. INTRODUÇÃO Maracujá é uma denominação indígena, de origem tupi, que significa “alimento em forma de cuia”. Os maracujás pertencem à família Passifloraceae. Passiflora é palavra latina composta de passio = paixão e de flos = flor (Flor da Paixão em português). Os colonos portugueses acreditavam ver nos segmentos das flores do maracujá os diversos objetos que serviram ao martírio de Jesus Cristo, daí o nome: Flor da Paixão, nome popular pouco usual no Brasil. O maracujazeiro é originário da América Tropical, com mais de 150 espécies de Passifloraceaes utilizadas para consumo humano. As espécies mais cultivadas no Brasil e no mundo são o maracujá-amarelo, também conhecido como maracujá azedo (Passiflora edulis Sims), maracujá-roxo (Passiflora edulis) e o maracujá-doce (Passiflora alata). O maracujá-amarelo é o mais cultivado no mundo, responsável por mais de 95% da produção do Brasil e utilizado principalmente no preparo de sucos. O Brasil é o maior produtor mundial de maracujá – azedo. Os principais estados produtores são Pará, Bahia, São Paulo, Minas Gerais e Sergipe. Na cultura do maracujazeiro temos carência de materiais genéticos com alta produtividade, qualidade de frutas e resistência a fitopatógenos, em razão, principalmente, da falta de trabalhos de pesquisa nas diversas áreas do conhecimento e especialmente com melhoramento genético dessa espécie. Em campo aberto, o desempenho agronômico e a resistência a doenças necessitam de um trabalho contínuo de melhoramento genético, uma vez que, existem poucas cultivares de maracujazeiro disponíveis aos produtores brasileiros e a produtividade das mesmas é considerada de regular a baixa. Além disso, a maioria desses materiais apresenta alta suscetibilidade aos fitopatógenos de maior importância econômica. O maracujazeiro-azedo é atacado por várias doenças causadas por fungos, bactérias e por vírus e similares, afetando o sistema radicular e a parte aérea (Santos Filho e Junqueira, 2003). Por esse motivo é necessário o investimento em tecnologia de propagação vegetativa que consiste em multiplicar assexuadamente partes de plantas (células, tecidos, órgãos ou propágulos), originando indivíduos geralmente idênticos à planta-mãe que deve conter resistência a essas doença, aumentando a vida útil nos pomares e um padrão de frutos homogêneos para o consumidor final. É uma técnica que está sendo cada vez mais adotada em nível mundial, principalmente por sua maior 10 efetividade em capturaros ganhos genéticos obtidos dos programas de melhoramento. A seleção de plantas matrizes com características altamente desejáveis, somada à multiplicação por enraizamento de estacas, poderá contribuir para a obtenção de lavouras muito superiores às atuais. A capacidade de uma estaca emitir raízes é função de fatores endógenos e das condições ambientais proporcionadas ao enraizamento (Fachinello et al., 2005). Entre tais fatores, o uso de reguladores vegetais contribui para o enraizamento e formação de raízes de qualidade, destacando-se o grupo das auxinas, que inclui o ácido indolbutírico (Coutinho et al., 2007; Betanin; Nienow, 2010). Com base no descrito acima, o objetivo do presente trabalho foi de obter clones de progênies promissoras oriundas do programa de melhoramento desenvolvido pela Universidade de Brasília – UnB e Embrapa Cerrados – CPAC e Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, através da estaquia e da aplicação de diferentes concentrações de AIB. 11 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1- Origem Maracujá é uma denominação indígena, de origem tupi, que significa “alimento em forma de cuia”. Os primeiros descobridores conheceram nas Américas e sua primeira descrição foi feita em 1569, como o nome de granadilla, a partir de uma planta enviada ao papa Paulo V. Ele mandou cultivá-la em Roma, por considerá-la uma revelação divina. Os maracujás pertencem à família Passifloraceae. Passiflora é palavra latina composta de passio = paixão e de flos = flor (Flor da Paixão em português). A grande maioria das espécies do gênero é brasileira, conhecidas pelo elegante e eufônico nome indígena Maracujá. Os colonos portugueses acreditavam ver nos segmentos das flores do maracujá os diversos objetos que serviram ao martírio de Jesus Cristo, daí o nome: Flor da Paixão, nome popular pouco usual no Brasil. Tal correlação é explicada por Frei Vicente (Hoehne, 1937) referindo-se, inicialmente, aos três estiletes/estigmas que representam a Santíssima Trindade ou os três cravos utilizados na crucificação de Jesus Cristo; os cinco filetes/estames representam as cinco chagas e a corona/verticilos, a coroa de espinhos de Jesus Cristo. As folhas, em forma de lança, também, segundo Frei Vicente, estão relacionadas à Paixão de Cristo. 2.2- Taxonomia e Morfologia Maracujá-Azedo O maracujá é originário da América do Sul, sendo que algumas plantas são encontradas na Ásia, Austrália e América do Norte. A família Passifloracea possui 630 espécies e 18 gêneros, sendo os gêneros Dilkea e Passiflorae os únicos existentes no Brasil (Lopes, 1994), sendo que o segundo é composto de 24 subgêneros e 465 espécies. São encontradas no estado silvestre (Junqueira et al., 2005). É uma planta trepadeira, semilenhosa, de crescimento e frutificação precoce, com os seus ramos podendo atingir um comprimento de 10 e 15 metros. Desenvolve-se em diferentes tipos de solos, contando que sejam relativamente profundos, férteis e de boa drenagem (Junqueira et al., 1999). Os frutos do maracujazeiro azedo são uma baga globosa, com 5 a 7,5 cm de seu maior diâmetro, apresentam peso entre 70 e 130 g, amarelo quando maduro com pericarpo pouco espesso. As sementes são de coloração parda escura e são revestidas pelos arilos, de onde é extraído o suco (Manica, 1997; Pinto, 2002). 12 O caule na base é lenhoso e menos lenhoso em direção ao ápice da planta. São cilíndricos ou 3-5 angulado, raro quadrangular, em geral estriado longitudinal. São vigorosos, semi-flexiveis e trepadores, sendo cilíndricos em Passiflora e fortemente sulcados em Decaloba (Vanderplank, 1996). As folhas têm disposição alternada, geralmente simples, inteiras ou lobadas e forma muito variável, raramente composto e margem inteira ou serrilhada, ás vezes glandular-serrilhadas, normalmente com três nervuras, ou cinco nervadas, e raramente peninervadas. Em condições ideais, as folhas do maracujazeiro são permanentes, porém, sob estresse hídrico, pragas ou doenças, ventos fortes e geadas, tendem a cair e voltam a brotar no início do ciclo seguinte da cultura (Manica, 1997; Cunha, 2002). 2.3- Aspectos Econômicos As espécies mais cultivadas no Brasil e no mundo são de maracujá-azedo (Passiflora edulis Sims), maracujá-roxo (Passiflora edulis) e maracujá-doce (Passiflora alata). Apesar da grande variedade de espécies atribuída à família Pacifloracea, a espécie de maracujá-azedo representa a quase totalidade do volume comercializado mundialmente. O valor econômico está intrinsecamente associado à produtividade, rendimento de suco e teor de acidez. O fruto pode ser consumido in natura ou processado sob a forma de suco concentrado, polpa, geleia e néctar. O Brasil é o maior produtor mundial de maracujá, com produção de 923 mil toneladas em área aproximada de 62.000 ha. A espécie mais representativa é Passiflora edulis Sims, maracujazeiro azedo, com aproximadamente 95% da área plantada (IBGE, 2012). Nos países sul-americanos, predomina a produção de maracujá azedo, e na África, o maracujá roxo. Em nível mundial, o Equador é, atualmente, o maior exportador, tendo como mercado-destino mais relevante os Estados Unidos (The Ecuadorian Passion Fruit Processor’s Association, 2006). No Brasil, a exploração econômica da cultura do maracujá ocorre mais fortemente a partir da década de 1970, com a comercialização do fruto. Na década seguinte, percebe-se uma nova dinâmica no mercado, especialmente com a industrialização da fruta, principalmente sob a forma de polpa e sucos prontos, o que propiciou a expansão da cultura via incorporação de novas áreas produtoras (Pires et al., 1993). Todo esse esforço levou o país a tornar-se o maior produtor dessa fruta. No Brasil, a produção de maracujá é disseminada em praticamente todo o país, muito embora a colheita seja realizada em épocas distintas do ano, dependendo da 13 região produtora. No Centro-Oeste, Sul e Sudeste, a safra ocorre normalmente entre os meses de novembro e agosto. No Norte e Nordeste, é possível obter preços mais compensadores. Em função dessas características, a comercialização do fruto acontece, praticamente, ao longo de todo ano. Quase todos os Estados brasileiros cultivam maracujá, no entanto, ao longo do tempo, a produção sem sendo reduzida consideravelmente. Nos últimos anos, mais de 70% da produção concentrou-se nos estados da Bahia, Ceará, Sergipe, Espírito Santo e Minas Gerais, que contribuíram, no ano de 2009, com aproximadamente 371.000 T (45%). 129.000 T (18%), 44.000 T (6%), 42.000 T (6%) e 35.000 T (5%), respectivamente. Por outro lado, novos estados vêm se inserindo nesse cultivo de forma crescente, como Espírito Santo, Goiás e Paraná. Essa organização espacial da produção é resultado dos movimentos de preços pagos ao produtor e da necessidade de minimização dos custos de produção, dada a exigência cada vez maior de tratos culturais, decorrentes de problemas fitossanitários, o que aumenta esses custos e, muitas vezes, reduz a lucratividade e a competitividade do negócio. Nessa nova dinâmica, a Bahia vem ampliando sua participação na produção nacional, pois se em 1990 estava em trono de 18%, em 2009 atinge o percentual de 45%. 2.4- Melhoramento Genético A cultura do maracujazeiro vem se expandindo no Brasil, entretanto, devido às doenças, a cultura tem características de nomadismo, fixando-se numa região, mas não nas propriedades potencialmente produtoras. A vida útil do maracujazeiro vem-se reduzindo em decorrência de problemas fitossanitários. A propagação assexualtorna-se assim uma ferramenta útil para a multiplicação de plantas mais tolerantes. Justifica-se, também, pela existência de plantas altamente produtivas, em meio a outras de baixa produtividade, num mesmo pomar. Assim, plantas selecionadas, com alta produção, elevados teores de suco e de sólidos solúveis totais, poderiam ser reproduzidas através de estacas enraizadas e enxertia, possibilitando a obtenção de plantas-filhas geneticamente iguais às boas matrizes que lhe deram origem. 14 2.5- Reprodução em Maracujazeiro: O maracujazeiro azedo é uma planta alógama devido, principalmente, à morfologia floral, uma vez que as anteras (parte reprodutiva masculina) se posicionam abaixo dos estigmas (parte reprodutiva feminina), e possui grãos de pólen pesados e pegajosos, o que dificulta a polinização anemófila (Nishida, 1958; Akamine; Girolami, 1959). Essa alogamia é reforçada pela autoincompatibilidade, embora seja possível encontrar plantas autocompatíveis (Menzel et al., 1989). Pelo fenômeno da autoincompatibilidade, o pólen de uma planta é incapaz de fertilizar as flores dela mesma e diferentes plantas podem ou não ser compatíveis entre si. Desconhecendo esta particularidade, muitos produtores têm plantas improdutivas do pomar, ou ficam esperando que uma única planta produza frutos. 2.6- Propagação em Maracujá-Azedo A propagação no maracujazeiro pode ser realizada sexuada, por meio de sementes, ou assexuada, vegetativamente. As plantas de maracujá reproduzidas por sementes possuem uma elevada variabilidade e baixa uniformidade dos pomares. A propagação vegetativa, que pode ser por estaquia ou enxertia, proporciona a manutenção das características genéticas melhoradas de plantas com boas qualidades agronômicas como a resistência e ou tolerância a doenças e pragas, que hoje é o maior diferencial na produção do maracujazeiro, gerando plantas-filhas idênticas. 2.7- Propagação por Estaquia: A propagação por estaquia tem como vantagem permitir a clonagem de plantas superiores em produtividade, uniformidade, qualidade de frutos e plantas mais resistentes a doenças, ou seja, as mudas produzidas têm o mesmo potencial genético da planta mãe do qual foram retiradas. A estaquia é o processo de multiplicação de plantas vegetativamente o qual se utilizam segmentos de caules, raízes, brotos apicais e folhas que submetidos às condições favoráveis, desenvolvem enraizamento originando novas plantas (Lorenzi et al., 2006). Diversos fatores podem afetar a capacidade de enraizamento de estacas, dos quais podem ser citadas a condição fisiológica e a idade da planta-mãe, a época do ano que se coleta as estacas, o tipo de estaca, além de condições ambientais favoráveis de temperatura, umidade, luminosidade e substrato (Paiva e Gomes, 2005). Uma das maneiras de auxiliar no sucesso dessa técnica de propagação vegetativa é adoção da 15 utilização de reguladores vegetais, para provocar e acelerar o enraizamento de estacas, como o AIB, auxina mais comumente utilizada na indução do enraizamento adventício, por se tratar de uma substância fotoestável, de ação localizada e menos sensível à degradação biológica, em comparação ás demais auxinas sintéticas (Smarci, 2008). Segundo Fachinello et al. (2005), o corte em bisel propicia a formação de um tecido cicatricial a partir da desdiferenciação celular de celular parenquimáticas, o qual evolui para calos com diferentes etapas de lignificação de suas células, diminuindo a desidratação na área injuriada. Para aumentar a umidade relativa do ar é importante o emprego da nebulização, aumentando a porcentagem de enraizamento e a diminuição do tempo de início e desenvolvimento do sistema (Lima e Cunha, 2004). A clonagem é um sistema importante de propagação, principalmente, quando se encontram indivíduos superiores para as características que determinado programa de melhoramento deseja. Como são indivíduos de alta heterose, a clonagem manterá suas características nas descendências geradas, o que é importante na manutenção de matrizes, coleções de trabalhos e bancos de germoplamas, com grande potencial para a utilização na propagação comercial de cultivares (Braga et al., 2005). 2.8- Hormônio e Regulador de Crescimento Vegetal: Os hormônios vegetais são compostos orgânicos não nutrientes produzidos por plantas, geralmente em um local diferente daquele onde são usados. Tais hormônios, em baixas concentrações, regulam o crescimento e as reações fisiológicas das plantas. Recentemente, uma grande quantidade de hormônios vegetais foi sintetizada e alguns são usados comercialmente para matar ervas daninhas ou cultivar frutas. As plantas são altamente organizadas tanto em termos de forma, quanto de função. São os hormônios vegetais que coordenam e integram os processos de crescimento das plantas e que provocam esse nível de organização. O aspecto do controle do crescimento das plantas fica particularmente evidente no estudo de tecidos vegetais. Os hormônios vegetais podem ser agrupados em diversas classes principais. Essas classes são determinadas pelas características químicas dos hormônios ou pelos efeitos que exercem sobre as plantas. São auxinas, giberelinas, citocininas, etileno, e o ácido abscísico, os principais grupos (Taiz e Zeiger, 2004). Sobre as auxinas, são os compostos que provocam o alongamento nas células dos brotos de plantas. As auxinas são sintetizadas e apresentam as concentrações mais 16 altas nas áreas meristemáticas do broto e da raiz, áreas nas quais as células se dividem rapidamente para renovar o seu crescimento. As auxinas são deslocadas por toda a planta a partir dessas áreas. Embora a auxina natural mais amplamente encontrada nas plantas seja o ácido indolil-3 acético, ou AIA, este é muito menos usado na agricultura que as auxinas sintéticas, tais como o ácido indolbutírico AIB, o ácido naftalenacético ANA e o ácido 2,4-diclorofenoxiacético 2,4-D. O motivo é que o AIA é continuamente quebrado por sistemas de enzimas na planta, ao passo que os compostos sintéticos não são sujeitos a tal degradação. Consequentemente, pequenas doses de auxinas sintéticas podem resultar em efeitos amplos e duradouros. A influência que a auxina exerce sobre as funções fisiológicas da planta depende de diversos fatores, entre eles concentração e fatores locais. Todavia a função fisiológica sob a qual todos os outros efeitos da auxina se desenvolve está em multiplicação e alongamento celular. Cada tecido vegetal apresenta uma resposta característica quando submetido a ação das auxinas. Em galhos, a auxina produz alongamento axial. Já em raízes ela influencia na formação de raízes laterais. Nos frutos ela proporciona expansão isodiamétrica, ou seja, crescimento. A interferência das auxinas no ciclo de vida das plantas se manifesta de formas específicas em cada tecido. Em diversos sistemas de propagação assexuada e micro propagação, faz-se necessária a indução da formação de calos ou de raízes adventícias. As auxinas, tanto endógenas quanto sintéticas, são importantes reguladores do crescimento e do comportamento dos vegetais, desde os níveis celulares até os níveis sistêmicos. Existem diversas aplicações práticas para o uso de auxinas como reguladores. A promoção de raízes é influenciada pelas auxinas, mas um fato interessante é que nem todas as espécies respondem da mesma forma as mesmas auxinas sob as mesmas concentrações, desta forma, surge um campo de estudo em que para cada espécie vegetal, e eventualmente suas cultivares, há necessidade de estudos que avaliem suas respostas as auxinas. As interações entreo vegetal e as auxinas acontecem em um meio turbulento que envolve o ambiente em que o vegetal está inserido, sua carga genética, os nutrientes aos quais este vegetal está exposto, as auxinas e muitos outros hormônios vegetais. 17 3. MATERIAL E MÉTODOS Para o presente estudo foi conduzido um experimento objetivando avaliar a propagação assexuada na cultura do maracujazeiro, a saber: Experimento: referente ao enraizamento de diferentes progênies dentro da espécie Passiflora edulis Sims provenientes de um pomar cultivado na Fazenda Água Limpa FAL/UnB, sendo assim, todo o material utilizado no estudo cultivado em regiões de cerrados. O estudo foi desenvolvido entre o período de junho de 2015 a setembro de 2015. Local da instalação do experimento O experimento foi conduzido no Setor de Fruticultura da Estação Experimental de Biologia – EBB, Universidade de Brasília, situada no Distrito Federal a uma latitude Sul de 16 o , longitude a Oeste de Greenwich de 48 o , e altitude de 1010 metros acima do mar. Delineamento Experimental O delineamento experimental adotado foi o de blocos inteiramente ao acaso, com 4 repetições, em arranjo fatorial 4 x 3, sendo 4 diferentes progênies e 3 níveis de hormônio, totalizando 12 tratamentos e 24 parcelas, sendo a parcela formada por 6 estacas úteis, perfazendo-se um total de 288 estacas úteis (Figura 2). Material e Equipamentos Utilizados Casa de Vegetação A casa de vegetação foi protegida por sombrite-50% com nebulização intermitente a 18 ± 5 o C à noite e 38 ± 5 o C ao dia e umidade relativa de 70% a 100%, sistema de irrigação por aspersão, com a utilização de “bailarinas", a aproximadamente 1,5 m de altura de bancada, com vazão de 100 litros/hora. Equipamentos e Procedimentos para Enraizamento Foram utilizadas estacas herbáceas retiradas da parte mediana de ramos sem gemas brotadas tendo cerca de 20cm de comprimento e 0,4cm de diâmetro, de plantas adultas de Passiflora edulis Sims, progênies: MAR 20#39 R1, EC-RAM, MAR 20#34 F2R1 e ROSA CLARO PL1R2, para tanto foram utilizadas tesouras de poda, sacos plásticos, caixa térmica, canivete e água para manter as estacas hidratadas. As estacas 18 passaram por tratamento, ou seja, foram desinfetadas. Logo após sofreram um corte em formato de bisel em suas respectivas bases, em seguida tiveram suas bases imersas em solução de hormônio, AIB, por um período variando entre 3 a 5 minutos, em sequência foram transplantadas, tendo sido enterrado cerca de 3 a 5cm de sua base. Para tanto foram usadas bandejas de poliestireno com 72 células, contendo volume de 120g cada, o meio e cultura utilizado foi substrato Bioplant ® umedecido. A soluções de hormônios foram separadas em 3 concentrações distintas, sendo 0 ppm a testemunha, 500, 1000 e 2000 ppm as demais. A mistura foi realizada no laboratório do setor de fruticultura, utilizou-se balança de precisão, luvas de procedimento cirúrgico descartáveis, balão volumétrico, pipeta, Becker, bastão de vidro, proveta, funil, espátula, barra magnética (bailarina), agitador magnético, água destilada, álcool etílico absoluto (C2H5OH) - PM: 46,07 e hormônio AIB na forma pura (C12H13NO2) - PM: 203,24, as soluções foram armazenadas em recipientes protegidos da luz e estes foram armazenados em geladeira durante a execução do processo (Figura 1 e 3). Características Avaliadas Visando o estudo da propagação assexuada através do método de estaquia, foram avaliadas as seguintes características; Retenção Foliar (RF) Dado pela contagem da quantidade de folhas verdadeiras que permaneceram na estaca enraizada. Formação de Calo (FC) Avaliado sobre a existência ou não de calos nas raízes (Figura 4). Percentual de Enraizamento (PE) Avaliado através de notas que foram dadas através do número de raízes emitidas por estaca (Figura 5). Número de estacas enraizadas (NEE) Realizada pela contagem de estacas que emitiram raízes. 19 Percentagem de enraizamento das estacas (%EE) Foi mensurada através de uma média feita entre o número de estacas enraizadas por bloco. As avaliações foram efetuadas aos 60 dias após o plantio das estacas enraizadas e brotadas. Número de brotações (NB) Obtido pela contagem da qualidade de brotações das estacas de passiflora enraizadas e brotadas. Análises estatísticas Os dados coletados para cada característica foram submetidos as análises estatísticas apropriadas ao delineamento adotado. Na análise de variância dos dados, para avaliação da significância do efeito dos tratamentos foi utilizado o teste de F. Comparou-se as medidas entre si, pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. Os cálculos referentes às analises estatísticas foram executados, utilizando o software SISVAR, de autoria de Ferreira (2008), desenvolvido na Universidade Federal de Lavras. Foram testadas as seguintes progênies: MAR 20#34 F2R1, ROSA CLARO PL1R2, MAR 20#39 R1, EC - RAM foram obtidos por seleção massal de plantios comerciais contendo nove materiais superiores, considerando os aspectos de produtividade, qualidade de frutos e resistência aos fitopatógenos, trazidos do município de Araguari - Minas Gerais (Quadro 1). 20 Quadro 1 Progênies cultivadas em pomares comerciais no município de Araguari (MG) utilizados na seleção massal. 1 Maguary “Mesa 1” 2 Maguary “Mesa 2” 3 Havaiano 4 Marília Seleção Cerrado (MSC) 5 Seleção DF 6 EC-2-O 7 F1 (Marília x Roxo Australiano) 8 F1 [Roxo Fiji (introdução das ilhas Fiji) x Marília] 9 RC1 [F1 (Marília (seleção da Cooperativa sul Brasil de Marília – SP) x Roxo Australiano) x Marília (pai recorrente)]. Figura 1 – Materiais utilizados: Tesoura de poda, balança de precisão, becker, bailarina e agitador magnético. 21 Figura 2 – Croqui das estacas em bandejas de poliestireno com as concentrações dispostas aleatoriamente para cada progênie. Figura 3 – Estacas cultivadas em bandejas de poliestireno de 72 células com substrato em estufa. 22 Figura 4 – Formação de Calo em estaca de maracujá-azedo. Figura 5 – Raízes formadas em estaca de maracujá-azedo. 23 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Sobre efeito do AIB no enraizamento de estacas herbáceas de maracujazeiro azedo e da interação dose de aplicação versus progênies, nas variáveis: número de folhas, formação de calo, percentual de enraizamento, número de estacas enraizadas, porcentagem de estaca enraizada e número de brotações. Houve efeito significativo da aplicação de diferentes doses de AIB sob quatro progênies de maracujá azedo (Tabelas e Gráficos de 1 a 6). As progênies MAR 20#39 R1 e EC - RAM tratadas na concentração de 1000 mg/L apresentaram melhor resultado dentro da variável retenção foliar, sendo a média de 4,67, enquanto na dose de 500 mg/L, houve menor retenção foliar de 1,67. Não houve diferença significativa entre as progênies com relação ao tratamento controle, contudo dentro das doses de 500 e 2000 mg/L a progênie ROSA CLARO PL1R2 se destacou apresentando maiores médias de retenção foliar (Tabela 1). Pires (2007), estudando enraizamento de espécies de maracujazeiro com ácido indolbutírico, sob câmara de nebulização, observou que o resultado para o número de folhas na dose de 500 ppm para as espécies passiflora quadrangulares, passiflora serrato digitata, passiflora edulis e passiflora edulis Sims ‘EC-2-0’ foi o melhor apresentado em relação as dosesde 1000 e 1500 ppm. A progênie ROSA CLARO PL1R2 foi a que mais se destacou para formação de calo nas doses de 1000 e 2000 mg/L com média de 4,00. (Tabela e Gráfico 2). Tofanelli et al. (2002), estudando o efeito do ácido indolbutírico no enraizamento de estacas de ramos semilenhosos de pessegueiro, observaram que o AIB influenciou no enraizamento, na formação de calo e no número de raízes. As maiores porcentagens de enraizamento foram observadas nas cultivares Pérola de Mairinque (56,62%) e Tropical (55,04%), ambas ocorrendo na concentração de 3000 mg/L de AIB. Enquanto que nas cultivares Tropical (27,55%) e Diamante (18,77%) foram superiores às demais quanto ao percentual de formação de calo nas estacas, porém a conclusão foi que o hormônio AIB não favorece a formação de calo, mas favorece o aumento do número de raízes em algumas cultivares. Todas as progênies obtiveram maiores resultados para o percentual de enraizamento nas doses de 1000 e 2000 mg/L (Tabela e Gráfico 3). Sabião (2011), trabalhando com estacas de Passiflora nitida submetidas à diferentes concentrações de AIB, concluiu que a porcentagem de enraizamento atingiu a 24 média de 86,3%, tendo os melhores resultados para os tratamentos com doses 1.000; 3.000 e 5.000 mg/L, com 88,75%, 95% e 98,75% de enraizamento, respectivamente, diferindo significativamente da testemunha (0 mg/L), que atingiu o valor médio de 62,5%. Na variável número de estacas enraizadas a concentração de 500 mg/L e controle nenhuma das progênies se diferenciaram estatisticamente, enquanto que nas doses de 1000 e 2000 mg/L as progênies ROSA CLARO PL1R2, MAR 20#39 R1 e EC - RAM tiveram médias significativas de 3,00, 3,00 e 2,67, respectivamente (Tabela e Gráfico 4). Já na variável porcentagem de estaca enraizada a progênie MAR 20#34 F2R1 apresentou o menos desempenho em todos os tratamentos. Na concentração de 2000 mg/L o destaque foi para as progênies ROSA CLARO PL1R2 e MAR 20#39 R1 com médias de 49,34 e 50,34, respectivamente (Tabela e Gráfico 5). De acordo com o trabalho apresentado por Lima (2009), no capítulo I, sobre enraizamento de híbridos interespecíficos de maracujá utilizando regulador de crescimento AIB, para as espécies P. mucronata x P. caerulea o índice de estacas enraizadas foi mais elevado nas concentrações de 750 e 1500 ppm, mas mesmo assim, o percentual de estacas enraizadas foi muito baixo. As estacas das espécies (P. coccínea x P.setacea) x P. coccínea apresentaram maior percentual de enraizamento tratadas com 500 ppm de AIB. Concluiu-se que o híbrido P. coccínea x P. edulis apresentou o melhor desenvolvimento, alto índice de estacas enraizadas e bom desenvolvimento vegetativo. Para a variável número de brotações, a progênie MAR 20#39 R1 apresentou melhor desempenho para as doses de 0, 500 e 2000 mg/L, contudo não diferiu significativamente entre elas. Na concentração de 1000 mg/L foram os melhores resultados, as progênies ROSA CLARO PL1R2, MAR 20#39 R1 e EC - RAM tiveram médias de 4,34, 4,67 e 5,00, respectivamente (Tabela e Gráfico 6). Em estudo realizado por Pires (2007) sobre propagação de maracujazeiro por estaquia e enxertia em estacas enraizadas, concluiu-se que a dose de 500 ppm para o número de brotações da espécie P. edulis Sims híbrido ‘EC-2-0’ proporcionou diferença significativa. 25 Tabela 1 – Retenção foliar em estacas das progênies MAR 20#34 F2R1, ROSA CLARO PL1R2, MAR 20#39 R1 e EC – RAM em Brasília-DF, 2015. Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e letra minúscula nas colunas não diferenciam entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. CV (%) = 33,64 DMS = 2,08. Gráfico 1 – Retenção foliar em estacas de 4 progênies de maracujá-azedo. [VALOR]Aa [VALOR]Aa 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 MAR 20#34 F2R1 ROSA CLARO PL1R2 MAR 20#39 R1 EC - RAM Controle (mg/L) 500 (mg/L) 1000 (mg/L) 2000 (mg/L) PROGÊNIES Ácido Idolbutírico 0 mg/L 500 mg/L 1000 mg/L 2000 mg/L MAR 20#34 F2R1 1,67 Aa 1,00 Ab 1,67 Ab 1,34 Ab ROSA CLARO PL1R2 3,00 Aa 3,67 Aa 4,67 Aa 4,34 Aa MAR 20#39 R1 2,34 Ba 1,67 Bab 4,67 Aa 3,00 AB ab EC - RAM 2,34 Ba 1,67 Bab 4,67 Aa 3,00 AB ab 26 Tabela 2 – Formação de calo em estacas das progênies MAR 20#34 F2R1, ROSA CLARO PL1R2, MAR 20#39 R1 e EC – RAM em Brasília-DF, 2015. Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e letra minúscula nas colunas não diferenciam entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. CV (%) = 6,88 DMS = 0,33. [VALOR]Aa 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 MAR 20#34 F2R1 ROSA CLARO PL1R2 MAR 20#39 R1 EC - RAM Controle (mg/L) 500 (mg/L) 1000 (mg/L) 2000 (mg/L) PROGÊNIES Ácido Idolbutírico 0 mg/L 500 mg/L 1000 mg/L 2000 mg/L MAR 20#34 F2R1 1,00 Bb 1,00 Bb 3,00 Ab 2,67 Ab ROSA CLARO PL1R2 2,00 Ba 2,00 Ba 4,00 Aa 4,00 Aa MAR 20#39 R1 1,00 Bb 1,00 Bb 3,00 Ab 3,00 Ab EC - RAM 0,90 Bb 0,90 Bb 3,00 Ab 3,00 Ab 27 Gráfico 2 – Formação de calo em estaca de maracujá- azedo. Tabela 3 – Percentual de enraizamento em estacas de maracujazeiro azedo nas progênies MAR 20#34 F2R1, ROSA CLARO PL1R2, MAR 20#39 R1 e EC – RAM em Brasília-DF, 2015. Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e letra minúscula nas colunas não diferenciam entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. CV (%) = 20,60 DMS = 0,84. [VALOR]Aa 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 MAR 20#34 F2R1 ROSA CLARO PL1R2 MAR 20#39 R1 EC - RAM Controle (mg/L) 500 (mg/L) 1000 (mg/L) 2000 (mg/L) PROGÊNIES Ácido Idolbutírico 0 mg/L 500 mg/L 1000 mg/L 2000 mg/L MAR 20#34 F2R1 1,00 Ba 1,00 Ba 2,34 Aa 2,34 Aa ROSA CLARO PL1R2 1,00 Ba 1,00 Ba 3,00 Aa 3,00 Aa MAR 20#39 R1 1,00 Ba 1,00 Ba 3,00 Aa 3,00 Aa EC - RAM 1,00 Ba 1,00 Ba 2,67 Aa 2,34 Aa 28 Gráfico 3 – Percentual de enraizamento em estaca de maracujá-azedo. Tabela 4 – Número de estacas enraizadas nas progênies MAR 20#34 F2R1, ROSA CLARO PL1R2, MAR 20#39 R1 e EC – RAM em Brasília-DF, 2015. Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e letra minúscula nas colunas não diferenciam entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. CV (%) = 18,04 DMS = 0,72. Gráfico 4 – Número de estacas enraizadas nas progênies de maracujá-azedo. [VALOR]Aa 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 MAR 20#34 F2R1 ROSA CLARO PL1R2 MAR 20#39 R1 EC - RAM Controle (mg/L) 500 (mg/L) 1000 (mg/L) 2000 (mg/L) PROGÊNIES Ácido Idolbutírico 0 mg/L 500 mg/L 1000 mg/L 2000 mg/L MAR 20#34 F2R1 1,00 Aa 1,00 Aa 1,34 Ab 1,67 Ab ROSA CLARO PL1R2 1,00 Ba 1,00 Ba 3,00 Aa 3,00 Aa MAR 20#39 R1 1,00 Ba 1,00 Ba 3,00 Aa 3,00 Aa EC - RAM 1,67 Ba 1,00 Ba 2,67 Aa 2,67 Aa 29 Tabela 5 – Porcentagem de estaca enraizada nas progênies MAR 20#34 F2R1, ROSA CLARO PL1R2, MAR 20#39 R1 e EC – RAM em Brasília-DF, 2015. PROGÊNIES Ácido Idolbutírico 0 mg/L 500 mg/L 1000 mg/L 2000 mg/L MAR 20#34 F2R1 4,00 Ab 2,00 Ac 4,67 Ab 3,34 Ac ROSA CLARO PL1R2 26,67 Ba 20,34 Bb 18,67 Ba 49,34 Aa MAR 20#39 R1 35,00 Ba 31,34 Ba 21,34 Ca 50,34 Aa EC - RAM 10,34 Bb 11,45 Bbc 16,34 ABa 25,67 Ab Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e letra minúscula nas colunas não diferenciam entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. CV (%) = 20,82 DMS = 9,56. Gráfico 5 – Porcentagem de estaca enraizada em progênies de maracujá-azedo. [VALOR]Aa [VALOR]Aa 0 10 20 30 40 50 60 MAR 20#34 F2R1 ROSA CLAROPL1R2 MAR 20#39 R1 EC - RAM Controle (mg/L) 500 (mg/L) 1000 (mg/L) 2000 (mg/L) 30 Tabela 6 – Número de brotação em estacas de maracujá-azedo nas progênies MAR 20#34 F2R1, ROSA CLARO PL1R2, MAR 20#39 R1 e EC – RAM em Brasília-DF, 2015. Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e letra minúscula nas colunas não diferenciam entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. CV (%) = 27,51 DMS = 1,89. [VALOR]Aa [VALOR]Aa [VALOR]Aa 0 1 2 3 4 5 6 MAR 20#34 F2R1 ROSA CLARO PL1R2 MAR 20#39 R1 EC - RAM Controle (mg/L) 500 (mg/L) 1000 (mg/L) 2000 (mg/L) PROGÊNIES Ácido Idolbutírico 0 mg/L 500 mg/L 1000 mg/L 2000 mg/L MAR 20#34 F2R1 1,34 Ab 1,34 Ac 1,67 Ab 1,67 Ab ROSA CLARO PL1R2 3,00 ABab 2,34 Bbc 4,34 Aa 3,67 ABa MAR 20#39 R1 3,34 Aa 4,34 Aa 4,67 Aa 3,34 Aab EC - RAM 2,34 Bab 3,34 ABab 5,00 Aa 4,00 ABa 31 Gráfico 6 – Número de brotação em estaca de maracujá-azedo. 5. CONCLUSÃO As progênies ROSA CLARO PL1R2 e MAR 20#39 R1, apresentaram maior desempenho para as seguintes variáveis analisadas: índice de retenção foliar, formação de calo, percentual de enraizamento, número de brotações e porcentagens de estacas enraizadas. O efeito da aplicação do fitohormônio ácido indolbutírico nas doses de 1000 e 2000 mg/L em geral foram melhores do que a dose de 500 mg/L e testemunha. 32 6. - REFERÊNCIAS AGUIAR, R.S.P.; ZACCHEO, V.C.; STENZEL, N.M.C.; SERA, T.; NEVES, C.S.V.J. 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