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Aplicação de Hormônio em Maracujá 3

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UnB 
 
FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA - FAV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
USO DO REGULADOR DE CRESCIMENTO ÁCIDO INDOLBUTÍRICO NA 
PROPAGAÇÃO POR ESTAQUIA DE MARACUJÁ-AZEDO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carolinny Barbosa Franco Elias Cardoso 
Munique Caixeta Côrtes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília-DF 
 
Dezembro/2015
 1 
 
Universidade de Brasília - UnB 
Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária - FAV 
 
Uso do regulador de crescimento Ácido Indolbutírico na propagação por estaquia de 
maracujá-azedo. 
 
Carolinny Barbosa Franco Elias Cardoso 
Matrícula: 11/0026667 
 
Munique Caixeta Côrtes 
Matrícula: 11/0064496 
 
Orientador: Prof. Dr. Márcio de Carvalho Pires 
 
 
Projeto final de Estágio Supervisionado, submetido à Faculdade de Agronomia e 
Medicina Veterinária da Universidade de Brasília, como requisito parcial para a 
obtenção do grau de Engenheiras Agrônomas. 
 
APROVADO PELA BANCA EXAMINADORA: 
 
 
Eng. Agrônomo Márcio de Carvalho Pires, Dr. (Universidade de Brasília – FAV) 
(Orientador) CPF: 844256601-53. E-mail: mcpires@unb.br 
 
 
Eng. Agrônoma Michelle Souza Vilela, Dr. (Universidade de Brasília – FAV) 
(Examinadora Interna) CPF: 919623401-63. E-mail: michellevilelaunb@gmail.com 
 
 
Eng. Agrônoma Ingrid Gonçalves Vasconcelos, Esp. (Universidade Federal de Viçosa -
UFV) (Examinadora Externa) CPF: 033829781-21. 
E-mail:ingridgvasconcelos@gmail.com 
 
 
 
 
 
2 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 RODRIGUES, B.B.; MATOS, C.M. 
Efeitos do tratamento de uniconazole nas mudas de mamão (Carica papaya 
L.) nos genótipos Tainung e Sekati/ Bruna Braz Rodrigues e Catherine 
Mendes de Matos; orientação de Marcio Carvalho - Brasília, 2014. 
 
Monografia - Universidade de Brasília/Faculdade de Agronomia e 
Medicina Veterinária, 2013. 
 
 
 1. Mamão - Uniconazole 2. Mamão – Efeitos nas plantas 
3. Tratamento com hormônio. 
 
I. 
 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
 
CARDOSO, C.B.F.E., CÔRTES, M.C. Uso do regulador de crescimento Ácido 
Indolbutírico na propagação por estaquia de maracujá-azedo. 2015. 36. Monografia 
(Graduação em Agronomia) - Universidade de Brasília - UnB, Brasília, 2015. 
 
 
 CESSÃO DE DIREITOS 
 
 
Nome das Autoras: Carolinny Barbosa Franco Elias Cardoso e Munique Caixeta 
Côrtes. 
 
Título da Monografia de Conclusão de Curso: Uso do regulador de 
crescimento Ácido Indolbutírico na propagação por estaquia de maracujá-azedo. 
 Grau: Graduação Ano: 2015 
 
É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta 
monografia e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e 
científicos. O autor reserva-se a outros direitos de publicação e nenhuma parte desta 
monografia pode ser reproduzida sem a autorização por escrito do autor. 
 
 
 Carolinny Barbosa Franco Elias Cardoso - CPF: 011421671-19. 
 E-mail: guttemberg.c@gmail.com 
 
 
 
Munique Caixeta Côrtes CPF: 031133541-10. E-mail: muniquecaixetac@gmail.com
CARDOSO, C.B.F.E., CÔRTES, M.C. 
Uso do regulador de crescimento Ácido Indolbutírico na propagação 
por estaquia de maracujá-azedo. Carolinny Barbosa Franco Elias 
Cardoso e Munique Caixeta Côrtes; orientação de Marcio Carvalho 
- Brasília, 2015. 
 
Monografia - Universidade de Brasília/Faculdade de Agronomia e 
Medicina Veterinária, 2015. 
 
 1. Maracujá – Ácido Indolbutírico 2. Maracujá – Efeito nas 
 plantas 3. Tratamento com hormônio. 
 
I. 
 
 
3 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Carolinny Barbosa Franco Elias Cardoso 
 
Aos meus pais, pelos sacrifícios e renúncias em favor de me oferecerem o melhor de suas 
possibilidades. 
Ao meu irmão pelo incentivo, paciência e ajuda em muitos momentos dessa 
trajetória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Munique Caixeta Côrtes 
 
Dedico este trabalho: 
A Deus, meu Senhor que me guia no caminho do bem. 
À minha querida Mãe, Rejane, que possibilitou esse sonho com muito amor e dedicação, me 
dando exemplo de bondade, honestidade, caráter e principalmente de força para vencer 
todos os obstáculos que surgiram em nossas vidas. 
 
4 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Carolinny Barbosa Franco Elias Cardoso 
 
 
A Deus, pela dádiva de vida, conhecimento e paciência para cumprir esta longa 
caminhada. 
Ao meu pai Octávio Elias Cardoso da Silva e minha mãe Lúcia Barbosa Franco 
Guttemberg, pelos exemplos de força e coragem que fizeram com que eu nunca 
desistisse dos meus sonhos, pela certeza de que, em vocês, encontraria o conforto para 
as decepções e fracassos. 
Ao meu irmão e melhor amigo Geraldo Guttemberg Soares Neto, por todo carinho, 
conselho e por ter dedicado o seu tempo para me ajudar. 
Ao meu amigo e orientador Professor Dr. Marcio de Carvalho Pires, por todo o 
ensinamento e conselhos que compartilhou nesse tempo de trabalho, demonstrando 
paciência e compreensão. 
À minha parceira e grande amiga Munique Caixeta com quem dividi alegrias e tristezas 
durante esses cincos anos, pelo companheirismo, esforço e dedicação que tivemos para 
a conclusão desse trabalho. 
À Universidade de Brasília, por ser um lugar único, onde amadureci e fiz grandes 
amigos que levarei para a vida toda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Munique Caixeta Côrtes 
 
Primeiramente a Deus, por me fazer sentir sua presença em tudo na minha vida. 
Especialmente à minha mãe, Rejane do Carmo Caixeta, pelo seu imenso carinho, 
compreensão, ensinamentos, exemplo de força e coragem que me inspiram. 
Ao meu pai pela inspiração da profissão que escolhi, pelo amor, orgulho e torcida 
transmitidos. 
Aos meus avós, Vina e Zé, pelos cuidados e orações que puderam fazer em vida e hoje 
do céu continuam enviando bênçãos. 
Ao meu noivo, Leandro Tavares, por estar ao meu lado tanto nos momentos de tensão 
quanto nos momentos de diversão, me dando seu amor, sua companhia e sua firmeza 
para olhar o futuro. 
Ao meu orientador, amigo, mestre e exemplo, Dr. Márcio de Carvalho Pires, pelos 
conselhos valiosos, pela compreensão, caminhos oferecidos e principalmente pela 
enorme contribuição neste trabalho. 
Aos meus grandes amigos antigos e aos novos que fiz na Universidade, que tanto 
compartilharam e ajudaram nesse processo de formação acadêmica e humana. 
À minha parceira e amiga Carolinny Barbosa pelas angustias divididas, pela amizade e 
esforço que juntas tivemos para a conclusão desse trabalho. 
À Universidade de Brasília, por ser esse universo de diferenças, onde tive a honra de 
conviver e conhecer muitas pessoas e pude ter um olhar novo para o mundo de grande 
amadurecimento e humanidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
RESUMO 
 
 No Brasil, o maracujazeiro é propagado usualmente via semente, sendo esse um 
problema para a passicultura, pois acarreta uma alta variabilidade em pomares. Em 
decorrência deste fato, a cultura enfrenta uma alta pressão fitossanitária que acaba 
gerando uma queda na produtividade e qualidade de frutos. Dentre várias técnicas, o uso 
de cultivares resistentes é uma medida muito eficaz no controle de doenças. Neste 
sentido a propagação por estaquia torna-se uma técnica bastante promissora, pois 
permite a obtenção e multiplicação de clones de progênies elite e ou de cultivares 
geneticamente melhoradas. Neste sentido foi utilizadoo fitormônio ácido indolbutírico 
AIB visando otimizar o processo de enraizamento de estacas. O presente trabalho teve 
como objetivo avaliar a aplicação de diferentes doses de hormônio AIB no enrizamento 
de estacas (4 progênies) de maracujá-azedo, oriundas de um programa de melhoramento 
desenvolvido pela Universidade de Brasília – UnB, Embrapa Cerrados – CPAC e 
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, visando a obtenção de progênies 
resistentes e ou tolerantes a doenças e pragas. Foi realizado na Estação Experimental de 
Biologia, no setor de fruticultura na Universidade de Brasília, no período de junho a 
setembro de 2015. O delineamento experimental adotado foi de blocos (dose e 
progênie) inteiramente ao acaso, sendo uma bandeja para cada progênie com três 
repetições para cada concentração do hormônio AIB. Totalizando 16 tratamentos 
diferentes entre doses e progênies. Cada parcela com 18 (6x3) estacas, sendo (12x24) 
288 estacas úteis. As progênies utilizadas foram MAR 20#39 R1, EC-RAM, MAR 
20#34 F2R1 e ROSA CLARO PL1R2. Avaliou-se número de folhas, formação de calo, 
potencial de enraizamento, número de estacas enraizadas, número de brotações e 
porcentagem de enraizamento das estacas de acordo com os níveis de doses para cada 
uma das quatro progênies. O uso de 2000mg/L de AIB, foi mais eficiente no 
enraizamento de estacas nas progênies ROSA CLARO PL1R2 e MAR 20#39 R1. 
 
 
Palavras-chave: Passiflora edulis Sims, ácido indolbutírico, estaquia. 
 
 
7 
 
ABSTRACT 
 
 In Brazil, the passion fruit is usually propagated by seed, causing a problem for 
passicultura because it carries a high variability in orchards. Due to this fact, culture 
faces a high disease pressure that ends up generating a drop in productivity and fruit 
quality. Among various techniques, the use of resistant cultivars is a very effective 
measure in controlling diseases. Therefore, propagation by cuttings become a very 
promising technique since it allows obtaining and multiplying progeny clones from 
genetically improved cultivars. Thereby, we used the indolebutyric acid IBA plant 
hormone in order to optimize the cuttings rooting process. This study aimed to evaluate 
the application of different hormone doses of IBA in stakes reefing (4 progenies) of 
passion fruit tart, coming from a breeding program developed by the University of 
Brasilia - UNB and Embrapa Cerrado - CPAC and Embrapa Genetic Resources and 
Biotechnology, in order to produce progenies resistant or tolerant to diseases and pests. 
The seach was conducted at the Experimental Biology Station in the horticulture sector 
at the University of Brasilia, from June to September 2015. The experimental design 
was by blocks (dose and progeny) completely randomized, and a tray for each offspring 
with three repetitions for each concentration of IBA hormone. It totalized 16 different 
treatments between doses and progenies. Each portion with 18 (6x3) stakes, and 
(18x16) 288 useful stakes. The progenies were used MAR 20#39 R1, EC-RAM, MAR 
20#34 F2R1 e ROSA CLARO PL1R2. We evaluated the number of leaves, callus 
formation, rooting potential, number of rooted cuttings, number of shoots and rooting of 
cuttings according to the dose levels for each of the four progenies. The use of 2000 
mg/L IBA was more efficient at rooting cuttings in ROSA CLARO PL1R2 and MAR 
20 # 39 R1 progenies. 
 
 
Keywords: Passiflora edulis Sims, indolebutyric acid, cuttings. 
 
 
 
8 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 9 
2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 11 
2.1 Origem ............................................................................................................................... 11 
2.2 Taxonomia e Morfologia Maracujá-Azedo .................................................................... 11 
2.3 Aspectos Econômicos ........................................................................................................ 12 
2.4 Melhoramento Genético ................................................................................................... 13 
2.5 Reprodução em Maracujazeiro ....................................................................................... 14 
2.6 Propagação em Maracujá-Azedo….......……………………………………...14 
2.7 Propagação por Estaquia……………………...………….…………………...14 
2.8 Hormônio e Regulador de Crescimento Vegetal.............................................15 
3. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................ 17 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................................... 23 
5. CONCLUSÕES .................................................................................................................... 31 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Maracujá é uma denominação indígena, de origem tupi, que significa “alimento 
em forma de cuia”. Os maracujás pertencem à família Passifloraceae. Passiflora é 
palavra latina composta de passio = paixão e de flos = flor (Flor da Paixão em 
português). Os colonos portugueses acreditavam ver nos segmentos das flores do 
maracujá os diversos objetos que serviram ao martírio de Jesus Cristo, daí o nome: Flor 
da Paixão, nome popular pouco usual no Brasil. 
O maracujazeiro é originário da América Tropical, com mais de 150 espécies 
de Passifloraceaes utilizadas para consumo humano. As espécies mais cultivadas no 
Brasil e no mundo são o maracujá-amarelo, também conhecido como maracujá azedo 
(Passiflora edulis Sims), maracujá-roxo (Passiflora edulis) e o maracujá-doce 
(Passiflora alata). O maracujá-amarelo é o mais cultivado no mundo, responsável por 
mais de 95% da produção do Brasil e utilizado principalmente no preparo de sucos. 
 O Brasil é o maior produtor mundial de maracujá – azedo. Os principais estados 
produtores são Pará, Bahia, São Paulo, Minas Gerais e Sergipe. 
 Na cultura do maracujazeiro temos carência de materiais genéticos com alta 
produtividade, qualidade de frutas e resistência a fitopatógenos, em razão, 
principalmente, da falta de trabalhos de pesquisa nas diversas áreas do conhecimento e 
especialmente com melhoramento genético dessa espécie. Em campo aberto, o 
desempenho agronômico e a resistência a doenças necessitam de um trabalho contínuo 
de melhoramento genético, uma vez que, existem poucas cultivares de maracujazeiro 
disponíveis aos produtores brasileiros e a produtividade das mesmas é considerada de 
regular a baixa. Além disso, a maioria desses materiais apresenta alta suscetibilidade aos 
fitopatógenos de maior importância econômica. 
 O maracujazeiro-azedo é atacado por várias doenças causadas por fungos, 
bactérias e por vírus e similares, afetando o sistema radicular e a parte aérea (Santos 
Filho e Junqueira, 2003). Por esse motivo é necessário o investimento em tecnologia de 
propagação vegetativa que consiste em multiplicar assexuadamente partes de plantas 
(células, tecidos, órgãos ou propágulos), originando indivíduos geralmente idênticos à 
planta-mãe que deve conter resistência a essas doença, aumentando a vida útil nos 
pomares e um padrão de frutos homogêneos para o consumidor final. É uma técnica que 
está sendo cada vez mais adotada em nível mundial, principalmente por sua maior 
10 
 
efetividade em capturaros ganhos genéticos obtidos dos programas de melhoramento. 
A seleção de plantas matrizes com características altamente desejáveis, somada à 
multiplicação por enraizamento de estacas, poderá contribuir para a obtenção de 
lavouras muito superiores às atuais. 
 A capacidade de uma estaca emitir raízes é função de fatores endógenos e das 
condições ambientais proporcionadas ao enraizamento (Fachinello et al., 2005). Entre 
tais fatores, o uso de reguladores vegetais contribui para o enraizamento e formação de 
raízes de qualidade, destacando-se o grupo das auxinas, que inclui o ácido indolbutírico 
(Coutinho et al., 2007; Betanin; Nienow, 2010). Com base no descrito acima, o objetivo 
do presente trabalho foi de obter clones de progênies promissoras oriundas do programa 
de melhoramento desenvolvido pela Universidade de Brasília – UnB e Embrapa 
Cerrados – CPAC e Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, através da estaquia e 
da aplicação de diferentes concentrações de AIB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
 
 2.1- Origem 
Maracujá é uma denominação indígena, de origem tupi, que significa “alimento 
em forma de cuia”. Os primeiros descobridores conheceram nas Américas e sua 
primeira descrição foi feita em 1569, como o nome de granadilla, a partir de uma planta 
enviada ao papa Paulo V. Ele mandou cultivá-la em Roma, por considerá-la uma 
revelação divina. Os maracujás pertencem à família Passifloraceae. Passiflora é palavra 
latina composta de passio = paixão e de flos = flor (Flor da Paixão em português). A 
grande maioria das espécies do gênero é brasileira, conhecidas pelo elegante e eufônico 
nome indígena Maracujá. Os colonos portugueses acreditavam ver nos segmentos das 
flores do maracujá os diversos objetos que serviram ao martírio de Jesus Cristo, daí o 
nome: Flor da Paixão, nome popular pouco usual no Brasil. Tal correlação é explicada 
por Frei Vicente (Hoehne, 1937) referindo-se, inicialmente, aos três estiletes/estigmas 
que representam a Santíssima Trindade ou os três cravos utilizados na crucificação de 
Jesus Cristo; os cinco filetes/estames representam as cinco chagas e a corona/verticilos, 
a coroa de espinhos de Jesus Cristo. As folhas, em forma de lança, também, segundo 
Frei Vicente, estão relacionadas à Paixão de Cristo. 
 
 2.2- Taxonomia e Morfologia Maracujá-Azedo 
 O maracujá é originário da América do Sul, sendo que algumas plantas são 
encontradas na Ásia, Austrália e América do Norte. A família Passifloracea possui 630 
espécies e 18 gêneros, sendo os gêneros Dilkea e Passiflorae os únicos existentes no 
Brasil (Lopes, 1994), sendo que o segundo é composto de 24 subgêneros e 465 espécies. 
São encontradas no estado silvestre (Junqueira et al., 2005). 
 É uma planta trepadeira, semilenhosa, de crescimento e frutificação precoce, 
com os seus ramos podendo atingir um comprimento de 10 e 15 metros. Desenvolve-se 
em diferentes tipos de solos, contando que sejam relativamente profundos, férteis e de 
boa drenagem (Junqueira et al., 1999). 
 Os frutos do maracujazeiro azedo são uma baga globosa, com 5 a 7,5 cm de seu 
maior diâmetro, apresentam peso entre 70 e 130 g, amarelo quando maduro com 
pericarpo pouco espesso. As sementes são de coloração parda escura e são revestidas 
pelos arilos, de onde é extraído o suco (Manica, 1997; Pinto, 2002). 
12 
 
 O caule na base é lenhoso e menos lenhoso em direção ao ápice da planta. São 
cilíndricos ou 3-5 angulado, raro quadrangular, em geral estriado longitudinal. São 
vigorosos, semi-flexiveis e trepadores, sendo cilíndricos em Passiflora e fortemente 
sulcados em Decaloba (Vanderplank, 1996). 
 As folhas têm disposição alternada, geralmente simples, inteiras ou lobadas e 
forma muito variável, raramente composto e margem inteira ou serrilhada, ás vezes 
glandular-serrilhadas, normalmente com três nervuras, ou cinco nervadas, e raramente 
peninervadas. Em condições ideais, as folhas do maracujazeiro são permanentes, porém, 
sob estresse hídrico, pragas ou doenças, ventos fortes e geadas, tendem a cair e voltam a 
brotar no início do ciclo seguinte da cultura (Manica, 1997; Cunha, 2002). 
 
 2.3- Aspectos Econômicos 
 As espécies mais cultivadas no Brasil e no mundo são de maracujá-azedo 
(Passiflora edulis Sims), maracujá-roxo (Passiflora edulis) e maracujá-doce (Passiflora 
alata). Apesar da grande variedade de espécies atribuída à família Pacifloracea, a 
espécie de maracujá-azedo representa a quase totalidade do volume comercializado 
mundialmente. O valor econômico está intrinsecamente associado à produtividade, 
rendimento de suco e teor de acidez. O fruto pode ser consumido in natura ou 
processado sob a forma de suco concentrado, polpa, geleia e néctar. 
 O Brasil é o maior produtor mundial de maracujá, com produção de 923 mil 
toneladas em área aproximada de 62.000 ha. A espécie mais representativa é Passiflora 
edulis Sims, maracujazeiro azedo, com aproximadamente 95% da área plantada (IBGE, 
2012). Nos países sul-americanos, predomina a produção de maracujá azedo, e na 
África, o maracujá roxo. Em nível mundial, o Equador é, atualmente, o maior 
exportador, tendo como mercado-destino mais relevante os Estados Unidos (The 
Ecuadorian Passion Fruit Processor’s Association, 2006). 
 No Brasil, a exploração econômica da cultura do maracujá ocorre mais 
fortemente a partir da década de 1970, com a comercialização do fruto. Na década 
seguinte, percebe-se uma nova dinâmica no mercado, especialmente com a 
industrialização da fruta, principalmente sob a forma de polpa e sucos prontos, o que 
propiciou a expansão da cultura via incorporação de novas áreas produtoras (Pires et al., 
1993). Todo esse esforço levou o país a tornar-se o maior produtor dessa fruta. 
 No Brasil, a produção de maracujá é disseminada em praticamente todo o país, 
muito embora a colheita seja realizada em épocas distintas do ano, dependendo da 
13 
 
região produtora. No Centro-Oeste, Sul e Sudeste, a safra ocorre normalmente entre os 
meses de novembro e agosto. No Norte e Nordeste, é possível obter preços mais 
compensadores. Em função dessas características, a comercialização do fruto acontece, 
praticamente, ao longo de todo ano. 
 Quase todos os Estados brasileiros cultivam maracujá, no entanto, ao longo do 
tempo, a produção sem sendo reduzida consideravelmente. Nos últimos anos, mais de 
70% da produção concentrou-se nos estados da Bahia, Ceará, Sergipe, Espírito Santo e 
Minas Gerais, que contribuíram, no ano de 2009, com aproximadamente 371.000 T 
(45%). 129.000 T (18%), 44.000 T (6%), 42.000 T (6%) e 35.000 T (5%), 
respectivamente. 
 Por outro lado, novos estados vêm se inserindo nesse cultivo de forma crescente, 
como Espírito Santo, Goiás e Paraná. Essa organização espacial da produção é resultado 
dos movimentos de preços pagos ao produtor e da necessidade de minimização dos 
custos de produção, dada a exigência cada vez maior de tratos culturais, decorrentes de 
problemas fitossanitários, o que aumenta esses custos e, muitas vezes, reduz a 
lucratividade e a competitividade do negócio. Nessa nova dinâmica, a Bahia vem 
ampliando sua participação na produção nacional, pois se em 1990 estava em trono de 
18%, em 2009 atinge o percentual de 45%. 
 
 2.4- Melhoramento Genético 
 A cultura do maracujazeiro vem se expandindo no Brasil, entretanto, devido às 
doenças, a cultura tem características de nomadismo, fixando-se numa região, mas não 
nas propriedades potencialmente produtoras. 
 A vida útil do maracujazeiro vem-se reduzindo em decorrência de problemas 
fitossanitários. A propagação assexualtorna-se assim uma ferramenta útil para a 
multiplicação de plantas mais tolerantes. Justifica-se, também, pela existência de plantas 
altamente produtivas, em meio a outras de baixa produtividade, num mesmo pomar. 
Assim, plantas selecionadas, com alta produção, elevados teores de suco e de sólidos 
solúveis totais, poderiam ser reproduzidas através de estacas enraizadas e enxertia, 
possibilitando a obtenção de plantas-filhas geneticamente iguais às boas matrizes que 
lhe deram origem. 
 
 
 
14 
 
 2.5- Reprodução em Maracujazeiro: 
O maracujazeiro azedo é uma planta alógama devido, principalmente, à 
morfologia floral, uma vez que as anteras (parte reprodutiva masculina) se posicionam 
abaixo dos estigmas (parte reprodutiva feminina), e possui grãos de pólen pesados e 
pegajosos, o que dificulta a polinização anemófila (Nishida, 1958; Akamine; Girolami, 
1959). Essa alogamia é reforçada pela autoincompatibilidade, embora seja possível 
encontrar plantas autocompatíveis (Menzel et al., 1989). Pelo fenômeno da 
autoincompatibilidade, o pólen de uma planta é incapaz de fertilizar as flores dela 
mesma e diferentes plantas podem ou não ser compatíveis entre si. Desconhecendo esta 
particularidade, muitos produtores têm plantas improdutivas do pomar, ou ficam 
esperando que uma única planta produza frutos. 
 
 2.6- Propagação em Maracujá-Azedo 
 A propagação no maracujazeiro pode ser realizada sexuada, por meio de 
sementes, ou assexuada, vegetativamente. As plantas de maracujá reproduzidas por 
sementes possuem uma elevada variabilidade e baixa uniformidade dos pomares. A 
propagação vegetativa, que pode ser por estaquia ou enxertia, proporciona a 
manutenção das características genéticas melhoradas de plantas com boas qualidades 
agronômicas como a resistência e ou tolerância a doenças e pragas, que hoje é o maior 
diferencial na produção do maracujazeiro, gerando plantas-filhas idênticas. 
 
 2.7- Propagação por Estaquia: 
 A propagação por estaquia tem como vantagem permitir a clonagem de plantas 
superiores em produtividade, uniformidade, qualidade de frutos e plantas mais 
resistentes a doenças, ou seja, as mudas produzidas têm o mesmo potencial genético da 
planta mãe do qual foram retiradas. A estaquia é o processo de multiplicação de plantas 
vegetativamente o qual se utilizam segmentos de caules, raízes, brotos apicais e folhas 
que submetidos às condições favoráveis, desenvolvem enraizamento originando novas 
plantas (Lorenzi et al., 2006). 
 Diversos fatores podem afetar a capacidade de enraizamento de estacas, dos 
quais podem ser citadas a condição fisiológica e a idade da planta-mãe, a época do ano 
que se coleta as estacas, o tipo de estaca, além de condições ambientais favoráveis de 
temperatura, umidade, luminosidade e substrato (Paiva e Gomes, 2005). Uma das 
maneiras de auxiliar no sucesso dessa técnica de propagação vegetativa é adoção da 
15 
 
utilização de reguladores vegetais, para provocar e acelerar o enraizamento de estacas, 
como o AIB, auxina mais comumente utilizada na indução do enraizamento adventício, 
por se tratar de uma substância fotoestável, de ação localizada e menos sensível à 
degradação biológica, em comparação ás demais auxinas sintéticas (Smarci, 2008). 
 Segundo Fachinello et al. (2005), o corte em bisel propicia a formação de um 
tecido cicatricial a partir da desdiferenciação celular de celular parenquimáticas, o qual 
evolui para calos com diferentes etapas de lignificação de suas células, diminuindo a 
desidratação na área injuriada. Para aumentar a umidade relativa do ar é importante o 
emprego da nebulização, aumentando a porcentagem de enraizamento e a diminuição do 
tempo de início e desenvolvimento do sistema (Lima e Cunha, 2004). 
 A clonagem é um sistema importante de propagação, principalmente, quando se 
encontram indivíduos superiores para as características que determinado programa de 
melhoramento deseja. Como são indivíduos de alta heterose, a clonagem manterá suas 
características nas descendências geradas, o que é importante na manutenção de 
matrizes, coleções de trabalhos e bancos de germoplamas, com grande potencial para a 
utilização na propagação comercial de cultivares (Braga et al., 2005). 
 
 2.8- Hormônio e Regulador de Crescimento Vegetal: 
 Os hormônios vegetais são compostos orgânicos não nutrientes produzidos por 
plantas, geralmente em um local diferente daquele onde são usados. Tais hormônios, em 
baixas concentrações, regulam o crescimento e as reações fisiológicas das plantas. 
Recentemente, uma grande quantidade de hormônios vegetais foi sintetizada e alguns 
são usados comercialmente para matar ervas daninhas ou cultivar frutas. 
 As plantas são altamente organizadas tanto em termos de forma, quanto de 
função. São os hormônios vegetais que coordenam e integram os processos de 
crescimento das plantas e que provocam esse nível de organização. O aspecto do 
controle do crescimento das plantas fica particularmente evidente no estudo de tecidos 
vegetais. 
 Os hormônios vegetais podem ser agrupados em diversas classes principais. 
Essas classes são determinadas pelas características químicas dos hormônios ou pelos 
efeitos que exercem sobre as plantas. São auxinas, giberelinas, citocininas, etileno, e o 
ácido abscísico, os principais grupos (Taiz e Zeiger, 2004). 
 Sobre as auxinas, são os compostos que provocam o alongamento nas células 
dos brotos de plantas. As auxinas são sintetizadas e apresentam as concentrações mais 
16 
 
altas nas áreas meristemáticas do broto e da raiz, áreas nas quais as células se dividem 
rapidamente para renovar o seu crescimento. As auxinas são deslocadas por toda a 
planta a partir dessas áreas. 
 Embora a auxina natural mais amplamente encontrada nas plantas seja o ácido 
indolil-3 acético, ou AIA, este é muito menos usado na agricultura que as auxinas 
sintéticas, tais como o ácido indolbutírico AIB, o ácido naftalenacético ANA e o ácido 
2,4-diclorofenoxiacético 2,4-D. O motivo é que o AIA é continuamente quebrado por 
sistemas de enzimas na planta, ao passo que os compostos sintéticos não são sujeitos a 
tal degradação. Consequentemente, pequenas doses de auxinas sintéticas podem resultar 
em efeitos amplos e duradouros. 
 A influência que a auxina exerce sobre as funções fisiológicas da planta depende 
de diversos fatores, entre eles concentração e fatores locais. Todavia a função 
fisiológica sob a qual todos os outros efeitos da auxina se desenvolve está em 
multiplicação e alongamento celular. Cada tecido vegetal apresenta uma resposta 
característica quando submetido a ação das auxinas. Em galhos, a auxina produz 
alongamento axial. Já em raízes ela influencia na formação de raízes laterais. Nos frutos 
ela proporciona expansão isodiamétrica, ou seja, crescimento. A interferência das 
auxinas no ciclo de vida das plantas se manifesta de formas específicas em cada tecido. 
Em diversos sistemas de propagação assexuada e micro propagação, faz-se necessária a 
indução da formação de calos ou de raízes adventícias. 
 As auxinas, tanto endógenas quanto sintéticas, são importantes reguladores do 
crescimento e do comportamento dos vegetais, desde os níveis celulares até os níveis 
sistêmicos. Existem diversas aplicações práticas para o uso de auxinas como 
reguladores. A promoção de raízes é influenciada pelas auxinas, mas um fato 
interessante é que nem todas as espécies respondem da mesma forma as mesmas 
auxinas sob as mesmas concentrações, desta forma, surge um campo de estudo em que 
para cada espécie vegetal, e eventualmente suas cultivares, há necessidade de estudos 
que avaliem suas respostas as auxinas. 
 As interações entreo vegetal e as auxinas acontecem em um meio turbulento que 
envolve o ambiente em que o vegetal está inserido, sua carga genética, os nutrientes aos 
quais este vegetal está exposto, as auxinas e muitos outros hormônios vegetais. 
 
 
 
17 
 
3. MATERIAL E MÉTODOS 
 
Para o presente estudo foi conduzido um experimento objetivando avaliar a 
propagação assexuada na cultura do maracujazeiro, a saber: Experimento: referente ao 
enraizamento de diferentes progênies dentro da espécie Passiflora edulis Sims 
provenientes de um pomar cultivado na Fazenda Água Limpa FAL/UnB, sendo assim, 
todo o material utilizado no estudo cultivado em regiões de cerrados. O estudo foi 
desenvolvido entre o período de junho de 2015 a setembro de 2015. 
Local da instalação do experimento 
 O experimento foi conduzido no Setor de Fruticultura da Estação Experimental 
de Biologia – EBB, Universidade de Brasília, situada no Distrito Federal a uma latitude 
Sul de 16
o
, longitude a Oeste de Greenwich de 48
o
, e altitude de 1010 metros acima do 
mar. 
Delineamento Experimental 
 O delineamento experimental adotado foi o de blocos inteiramente ao acaso, 
com 4 repetições, em arranjo fatorial 4 x 3, sendo 4 diferentes progênies e 3 níveis de 
hormônio, totalizando 12 tratamentos e 24 parcelas, sendo a parcela formada por 6 
estacas úteis, perfazendo-se um total de 288 estacas úteis (Figura 2). 
Material e Equipamentos Utilizados 
Casa de Vegetação 
 A casa de vegetação foi protegida por sombrite-50% com nebulização 
intermitente a 18 ± 5
o
C à noite e 38 ± 5
o
C ao dia e umidade relativa de 70% a 100%, 
sistema de irrigação por aspersão, com a utilização de “bailarinas", a aproximadamente 
1,5 m de altura de bancada, com vazão de 100 litros/hora. 
Equipamentos e Procedimentos para Enraizamento 
 Foram utilizadas estacas herbáceas retiradas da parte mediana de ramos sem 
gemas brotadas tendo cerca de 20cm de comprimento e 0,4cm de diâmetro, de plantas 
adultas de Passiflora edulis Sims, progênies: MAR 20#39 R1, EC-RAM, MAR 20#34 
F2R1 e ROSA CLARO PL1R2, para tanto foram utilizadas tesouras de poda, sacos 
plásticos, caixa térmica, canivete e água para manter as estacas hidratadas. As estacas 
18 
 
passaram por tratamento, ou seja, foram desinfetadas. Logo após sofreram um corte em 
formato de bisel em suas respectivas bases, em seguida tiveram suas bases imersas em 
solução de hormônio, AIB, por um período variando entre 3 a 5 minutos, em sequência 
foram transplantadas, tendo sido enterrado cerca de 3 a 5cm de sua base. Para tanto 
foram usadas bandejas de poliestireno com 72 células, contendo volume de 120g cada, o 
meio e cultura utilizado foi substrato Bioplant
® 
umedecido. 
 A soluções de hormônios foram separadas em 3 concentrações distintas, sendo 0 
ppm a testemunha, 500, 1000 e 2000 ppm as demais. A mistura foi realizada no 
laboratório do setor de fruticultura, utilizou-se balança de precisão, luvas de 
procedimento cirúrgico descartáveis, balão volumétrico, pipeta, Becker, bastão de vidro, 
proveta, funil, espátula, barra magnética (bailarina), agitador magnético, água destilada, 
álcool etílico absoluto (C2H5OH) - PM: 46,07 e hormônio AIB na forma pura 
(C12H13NO2) - PM: 203,24, as soluções foram armazenadas em recipientes protegidos 
da luz e estes foram armazenados em geladeira durante a execução do processo (Figura 
1 e 3). 
Características Avaliadas 
 Visando o estudo da propagação assexuada através do método de estaquia, 
foram avaliadas as seguintes características; 
Retenção Foliar (RF) 
 Dado pela contagem da quantidade de folhas verdadeiras que permaneceram na 
estaca enraizada. 
Formação de Calo (FC) 
 Avaliado sobre a existência ou não de calos nas raízes (Figura 4). 
Percentual de Enraizamento (PE) 
 Avaliado através de notas que foram dadas através do número de raízes emitidas 
por estaca (Figura 5). 
Número de estacas enraizadas (NEE) 
 Realizada pela contagem de estacas que emitiram raízes. 
 
19 
 
 
 
Percentagem de enraizamento das estacas (%EE) 
 Foi mensurada através de uma média feita entre o número de estacas enraizadas 
por bloco. 
 As avaliações foram efetuadas aos 60 dias após o plantio das estacas enraizadas 
e brotadas. 
Número de brotações (NB) 
 Obtido pela contagem da qualidade de brotações das estacas de passiflora 
enraizadas e brotadas. 
Análises estatísticas 
 Os dados coletados para cada característica foram submetidos as análises 
estatísticas apropriadas ao delineamento adotado. Na análise de variância dos dados, 
para avaliação da significância do efeito dos tratamentos foi utilizado o teste de F. 
Comparou-se as medidas entre si, pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. 
 Os cálculos referentes às analises estatísticas foram executados, utilizando o 
software SISVAR, de autoria de Ferreira (2008), desenvolvido na Universidade Federal 
de Lavras. 
 Foram testadas as seguintes progênies: MAR 20#34 F2R1, ROSA CLARO 
PL1R2, MAR 20#39 R1, EC - RAM foram obtidos por seleção massal de plantios 
comerciais contendo nove materiais superiores, considerando os aspectos de 
produtividade, qualidade de frutos e resistência aos fitopatógenos, trazidos do município 
de Araguari - Minas Gerais (Quadro 1). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
Quadro 1 Progênies cultivadas em pomares comerciais no município de Araguari (MG) 
utilizados na seleção massal. 
1 Maguary “Mesa 1” 
2 Maguary “Mesa 2” 
3 Havaiano 
4 Marília Seleção Cerrado (MSC) 
5 Seleção DF 
6 EC-2-O 
7 F1 (Marília x Roxo Australiano) 
8 F1 [Roxo Fiji (introdução das ilhas Fiji) x Marília] 
9 RC1 [F1 (Marília (seleção da Cooperativa sul Brasil de Marília – SP) x Roxo 
Australiano) x Marília (pai recorrente)]. 
 
 
Figura 1 – Materiais utilizados: Tesoura de poda, balança de precisão, becker, bailarina 
e agitador magnético. 
21 
 
 
Figura 2 – Croqui das estacas em bandejas de poliestireno com as concentrações 
dispostas aleatoriamente para cada progênie. 
 
Figura 3 – Estacas cultivadas em bandejas de poliestireno de 72 células com substrato 
em estufa. 
 
22 
 
 
Figura 4 – Formação de Calo em estaca de maracujá-azedo. 
 
 
Figura 5 – Raízes formadas em estaca de maracujá-azedo. 
 
 
 
 
23 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
 
 Sobre efeito do AIB no enraizamento de estacas herbáceas de maracujazeiro 
azedo e da interação dose de aplicação versus progênies, nas variáveis: número de 
folhas, formação de calo, percentual de enraizamento, número de estacas enraizadas, 
porcentagem de estaca enraizada e número de brotações. Houve efeito significativo da 
aplicação de diferentes doses de AIB sob quatro progênies de maracujá azedo (Tabelas 
e Gráficos de 1 a 6). 
 As progênies MAR 20#39 R1 e EC - RAM tratadas na concentração de 1000 
mg/L
 
apresentaram melhor resultado dentro da variável retenção foliar, sendo a média 
de 4,67, enquanto na dose de 500 mg/L, houve menor retenção foliar de 1,67. Não 
houve diferença significativa entre as progênies com relação ao tratamento controle, 
contudo dentro das doses de 500 e 2000 mg/L a progênie ROSA CLARO PL1R2 se 
destacou apresentando maiores médias de retenção foliar (Tabela 1). 
 Pires (2007), estudando enraizamento de espécies de maracujazeiro com ácido 
indolbutírico, sob câmara de nebulização, observou que o resultado para o número de 
folhas na dose de 500 ppm para as espécies passiflora quadrangulares, passiflora 
serrato digitata, passiflora edulis e passiflora edulis Sims ‘EC-2-0’ foi o melhor 
apresentado em relação as dosesde 1000 e 1500 ppm. 
 A progênie ROSA CLARO PL1R2 foi a que mais se destacou para formação de 
calo nas doses de 1000 e 2000 mg/L com média de 4,00. (Tabela e Gráfico 2). 
 Tofanelli et al. (2002), estudando o efeito do ácido indolbutírico no 
enraizamento de estacas de ramos semilenhosos de pessegueiro, observaram que o AIB 
influenciou no enraizamento, na formação de calo e no número de raízes. As maiores 
porcentagens de enraizamento foram observadas nas cultivares Pérola de Mairinque 
(56,62%) e Tropical (55,04%), ambas ocorrendo na concentração de 3000 mg/L de AIB. 
Enquanto que nas cultivares Tropical (27,55%) e Diamante (18,77%) foram superiores 
às demais quanto ao percentual de formação de calo nas estacas, porém a conclusão foi 
que o hormônio AIB não favorece a formação de calo, mas favorece o aumento do 
número de raízes em algumas cultivares. 
 Todas as progênies obtiveram maiores resultados para o percentual de 
enraizamento nas doses de 1000 e 2000 mg/L (Tabela e Gráfico 3). 
 Sabião (2011), trabalhando com estacas de Passiflora nitida submetidas à 
diferentes concentrações de AIB, concluiu que a porcentagem de enraizamento atingiu a 
24 
 
média de 86,3%, tendo os melhores resultados para os tratamentos com doses 1.000; 
3.000 e 5.000 mg/L, com 88,75%, 95% e 98,75% de enraizamento, respectivamente, 
diferindo significativamente da testemunha (0 mg/L), que atingiu o valor médio de 
62,5%. 
 Na variável número de estacas enraizadas a concentração de 500 mg/L e 
controle nenhuma das progênies se diferenciaram estatisticamente, enquanto que nas 
doses de 1000 e 2000 mg/L as progênies ROSA CLARO PL1R2, MAR 20#39 R1 e EC 
- RAM tiveram médias significativas de 3,00, 3,00 e 2,67, respectivamente (Tabela e 
Gráfico 4). Já na variável porcentagem de estaca enraizada a progênie MAR 20#34 
F2R1 apresentou o menos desempenho em todos os tratamentos. Na concentração de 
2000 mg/L o destaque foi para as progênies ROSA CLARO PL1R2 e MAR 20#39 R1 
com médias de 49,34 e 50,34, respectivamente (Tabela e Gráfico 5). 
 De acordo com o trabalho apresentado por Lima (2009), no capítulo I, sobre 
enraizamento de híbridos interespecíficos de maracujá utilizando regulador de 
crescimento AIB, para as espécies P. mucronata x P. caerulea o índice de estacas 
enraizadas foi mais elevado nas concentrações de 750 e 1500 ppm, mas mesmo assim, o 
percentual de estacas enraizadas foi muito baixo. As estacas das espécies (P. coccínea x 
P.setacea) x P. coccínea apresentaram maior percentual de enraizamento tratadas com 
500 ppm de AIB. Concluiu-se que o híbrido P. coccínea x P. edulis apresentou o 
melhor desenvolvimento, alto índice de estacas enraizadas e bom desenvolvimento 
vegetativo. 
 Para a variável número de brotações, a progênie MAR 20#39 R1 apresentou 
melhor desempenho para as doses de 0, 500 e 2000 mg/L, contudo não diferiu 
significativamente entre elas. Na concentração de 1000 mg/L foram os melhores 
resultados, as progênies ROSA CLARO PL1R2, MAR 20#39 R1 e EC - RAM tiveram 
médias de 4,34, 4,67 e 5,00, respectivamente (Tabela e Gráfico 6). 
 Em estudo realizado por Pires (2007) sobre propagação de maracujazeiro por 
estaquia e enxertia em estacas enraizadas, concluiu-se que a dose de 500 ppm para o 
número de brotações da espécie P. edulis Sims híbrido ‘EC-2-0’ proporcionou diferença 
significativa. 
 
 
 
 
25 
 
Tabela 1 – Retenção foliar em estacas das progênies MAR 20#34 F2R1, ROSA 
CLARO PL1R2, MAR 20#39 R1 e EC – RAM em Brasília-DF, 2015. 
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e letra minúscula nas colunas não diferenciam entre 
si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. CV (%) = 33,64 DMS = 2,08. 
 
 
Gráfico 1 – Retenção foliar em estacas de 4 progênies de maracujá-azedo. 
 
[VALOR]Aa [VALOR]Aa 
0 
0,5 
1 
1,5 
2 
2,5 
3 
3,5 
4 
4,5 
5 
MAR 20#34 F2R1 ROSA CLARO 
PL1R2 
MAR 20#39 R1 EC - RAM 
Controle (mg/L) 500 (mg/L) 1000 (mg/L) 2000 (mg/L) 
PROGÊNIES 
Ácido Idolbutírico 
0 mg/L 500 mg/L 1000 mg/L 2000 mg/L 
MAR 20#34 F2R1 1,67 Aa 1,00 Ab 1,67 Ab 1,34 Ab 
ROSA CLARO PL1R2 3,00 Aa 3,67 Aa 4,67 Aa 4,34 Aa 
MAR 20#39 R1 2,34 Ba 1,67 Bab 4,67 Aa 3,00 AB ab 
EC - RAM 2,34 Ba 1,67 Bab 4,67 Aa 3,00 AB ab 
26 
 
 
 
Tabela 2 – Formação de calo em estacas das progênies MAR 20#34 F2R1, ROSA 
CLARO PL1R2, MAR 20#39 R1 e EC – RAM em Brasília-DF, 2015. 
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e letra minúscula nas colunas não diferenciam entre 
si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. CV (%) = 6,88 DMS = 0,33. 
 
 
[VALOR]Aa 
0 
0,5 
1 
1,5 
2 
2,5 
3 
3,5 
4 
4,5 
MAR 20#34 F2R1 ROSA CLARO 
PL1R2 
MAR 20#39 R1 EC - RAM 
Controle (mg/L) 500 (mg/L) 1000 (mg/L) 2000 (mg/L) 
PROGÊNIES 
Ácido Idolbutírico 
0 mg/L 500 mg/L 1000 mg/L 2000 mg/L 
MAR 20#34 F2R1 1,00 Bb 1,00 Bb 3,00 Ab 2,67 Ab 
ROSA CLARO PL1R2 2,00 Ba 2,00 Ba 4,00 Aa 4,00 Aa 
MAR 20#39 R1 1,00 Bb 1,00 Bb 3,00 Ab 3,00 Ab 
EC - RAM 0,90 Bb 0,90 Bb 3,00 Ab 3,00 Ab 
27 
 
Gráfico 2 – Formação de calo em estaca de maracujá- azedo. 
Tabela 3 – Percentual de enraizamento em estacas de maracujazeiro azedo nas 
progênies MAR 20#34 F2R1, ROSA CLARO PL1R2, MAR 20#39 R1 e EC – RAM 
em Brasília-DF, 2015. 
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e letra minúscula nas colunas não diferenciam entre 
si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. CV (%) = 20,60 DMS = 0,84. 
 
 
[VALOR]Aa 
0 
0,5 
1 
1,5 
2 
2,5 
3 
3,5 
MAR 20#34 F2R1 ROSA CLARO 
PL1R2 
MAR 20#39 R1 EC - RAM 
Controle (mg/L) 500 (mg/L) 1000 (mg/L) 2000 (mg/L) 
PROGÊNIES 
Ácido Idolbutírico 
0 mg/L 500 mg/L 1000 mg/L 2000 mg/L 
MAR 20#34 F2R1 1,00 Ba 1,00 Ba 2,34 Aa 2,34 Aa 
ROSA CLARO PL1R2 1,00 Ba 1,00 Ba 3,00 Aa 3,00 Aa 
MAR 20#39 R1 1,00 Ba 1,00 Ba 3,00 Aa 3,00 Aa 
EC - RAM 1,00 Ba 1,00 Ba 2,67 Aa 2,34 Aa 
28 
 
Gráfico 3 – Percentual de enraizamento em estaca de maracujá-azedo. 
 
Tabela 4 – Número de estacas enraizadas nas progênies MAR 20#34 F2R1, ROSA 
CLARO PL1R2, MAR 20#39 R1 e EC – RAM em Brasília-DF, 2015. 
 
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e letra minúscula nas colunas não diferenciam entre 
si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. CV (%) = 18,04 DMS = 0,72. 
 
 
Gráfico 4 – Número de estacas enraizadas nas progênies de maracujá-azedo. 
[VALOR]Aa 
0 
0,5 
1 
1,5 
2 
2,5 
3 
3,5 
MAR 20#34 F2R1 ROSA CLARO 
PL1R2 
MAR 20#39 R1 EC - RAM 
Controle (mg/L) 500 (mg/L) 1000 (mg/L) 2000 (mg/L) 
PROGÊNIES 
Ácido Idolbutírico 
0 mg/L 500 mg/L 1000 mg/L 2000 mg/L 
MAR 20#34 F2R1 1,00 Aa 1,00 Aa 1,34 Ab 1,67 Ab 
ROSA CLARO PL1R2 1,00 Ba 1,00 Ba 3,00 Aa 3,00 Aa 
MAR 20#39 R1 1,00 Ba 1,00 Ba 3,00 Aa 3,00 Aa 
EC - RAM 1,67 Ba 1,00 Ba 2,67 Aa 2,67 Aa 
29 
 
Tabela 5 – Porcentagem de estaca enraizada nas progênies MAR 20#34 F2R1, ROSA 
CLARO PL1R2, MAR 20#39 R1 e EC – RAM em Brasília-DF, 2015. 
PROGÊNIES 
Ácido Idolbutírico 
0 mg/L 500 mg/L 1000 mg/L 2000 mg/L 
MAR 20#34 F2R1 4,00 Ab 2,00 Ac 4,67 Ab 3,34 Ac 
ROSA CLARO PL1R2 26,67 Ba 20,34 Bb 18,67 Ba 49,34 Aa 
MAR 20#39 R1 35,00 Ba 31,34 Ba 21,34 Ca 50,34 Aa 
EC - RAM 10,34 Bb 11,45 Bbc 16,34 ABa 25,67 Ab 
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e letra minúscula nas colunas não diferenciam entre 
si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. CV (%) = 20,82 DMS = 9,56. 
 
 
Gráfico 5 – Porcentagem de estaca enraizada em progênies de maracujá-azedo. 
[VALOR]Aa 
[VALOR]Aa 
0 
10 
20 
30 
40 
50 
60 
MAR 20#34 F2R1 ROSA CLAROPL1R2 
MAR 20#39 R1 EC - RAM 
Controle (mg/L) 500 (mg/L) 1000 (mg/L) 2000 (mg/L) 
30 
 
Tabela 6 – Número de brotação em estacas de maracujá-azedo nas progênies MAR 
20#34 F2R1, ROSA CLARO PL1R2, MAR 20#39 R1 e EC – RAM em Brasília-DF, 
2015. 
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e letra minúscula nas colunas não diferenciam entre 
si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. CV (%) = 27,51 DMS = 1,89. 
 
 
[VALOR]Aa 
[VALOR]Aa 
[VALOR]Aa 
0 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
MAR 20#34 F2R1 ROSA CLARO 
PL1R2 
MAR 20#39 R1 EC - RAM 
Controle (mg/L) 500 (mg/L) 1000 (mg/L) 2000 (mg/L) 
PROGÊNIES 
Ácido Idolbutírico 
0 mg/L 500 mg/L 1000 mg/L 2000 mg/L 
MAR 20#34 F2R1 1,34 Ab 1,34 Ac 1,67 Ab 1,67 Ab 
ROSA CLARO PL1R2 3,00 ABab 2,34 Bbc 4,34 Aa 3,67 ABa 
MAR 20#39 R1 3,34 Aa 4,34 Aa 4,67 Aa 3,34 Aab 
EC - RAM 2,34 Bab 3,34 ABab 5,00 Aa 4,00 ABa 
31 
 
Gráfico 6 – Número de brotação em estaca de maracujá-azedo. 
5. CONCLUSÃO 
 
 As progênies ROSA CLARO PL1R2 e MAR 20#39 R1, apresentaram maior 
desempenho para as seguintes variáveis analisadas: índice de retenção foliar, 
formação de calo, percentual de enraizamento, número de brotações e 
porcentagens de estacas enraizadas. 
 
 O efeito da aplicação do fitohormônio ácido indolbutírico nas doses de 1000 e 
2000 mg/L
 
em geral
 
foram melhores do que a dose de 500 mg/L
 
e testemunha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
6. - REFERÊNCIAS 
 
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