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história da Enfermagem

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Origens da Enfermagem
MSc. Cibele Lopes
Os povos antigos
A mãe como primeira enfermeira da família
Havia a plena convicção de que as doenças eram um castigo de Deus ou efeitos do poder diabólico exercido sobre os homens.
Tais crenças levaram os povos primitivos a recorrer a seus sacerdotes e a feiticeiros, acumulando esses as funções de médico, farmacêutico e enfermeiro;
O desenvolvimento histórico das práticas de saúde obedece à relação do objeto de pesquisa com a realidade histórica e é identificada por pontos críticos.
Ocorre uma transformação qualitativa ou uma mudança significativa nessa relação.
 Desenvolvimento das práticas de saúde durante os períodos históricos
As práticas de saúde instintivas
Caracteriza a prática do cuidar nos grupos nômades primitivos, tendo como pano-de-fundo as concepções evolucionista e teológica.
Num primeiro estágio da civilização, consistiam em ações que garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência, associadas ao trabalho feminino.
Com o evoluir dos tempos, constatando que o conhecimento dos meios de cura resultavam em poder, o homem, aliando este conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e apoderou-se dele.
As práticas de saúde mágico-sacerdotais
 Essa prática permanece por muitos séculos desenvolvida nos templos que, a princípio, foram simultaneamente santuários e escolas, onde os conceitos primitivos de saúde eram ensinados.
 Posteriormente, desenvolveram-se escolas específicas para o ensino da arte de curar no sul da Itália e na Sicília. 
 Naquelas escolas pré-hipocráticas, eram variadas as concepções acerca do funcionamento do corpo humano, seus distúrbios e doenças, concepções.
 Aborda-se a relação mística entre as práticas religiosas e as práticas de saúde primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos. 
 Esse período corresponde à fase de empirismo, verificada antes do surgimento da especulação filosófica que ocorre por volta do século V antes de Cristo;
As práticas de saúde mágico-sacerdotais
Quanto à Enfermagem, as únicas referências concernentes à época em questão estão relacionadas com a:
Prática domiciliar de partos
Atuação pouco clara de mulheres de classe social elevada que dividiam as atividades dos templos com os sacerdotes.
As práticas de saúde no alvorecer da ciência
Relaciona-se a evolução das práticas de saúde ao surgimento da filosofia e ao progresso da ciência, quando essas, então, se baseavam nas relações de causa e efeito.
Inicia-se no século V antes de Cristo, estendendo-se até os primeiros séculos da Era Cristã;
As práticas de saúde no alvorecer da ciência
Essa prática individualista volta-se para o homem e suas relações com a natureza e suas leis imutáveis.
Este período é considerado pela Medicina grega como período hipocrático. 
Hipócrates propôs uma nova concepção em saúde, dissociando a arte de curar dos preceitos místicos e sacerdotais, através da utilização do método indutivo, da inspeção e da observação.
Não há caracterização nítida da prática de Enfermagem nesta época.
As práticas de saúde no alvorecer da ciência
As práticas de saúde monástico-medievais
 Focaliza-se a influência dos fatores socioeconômicos e políticos do medieval e da sociedade feudal nas práticas de saúde e as relações destas com o cristianismo. 
 Esta época corresponde ao aparecimento da Enfermagem como prática leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o período medieval compreendido entre os séculos V e XIII;
As práticas de saúde monástico-medievais
 Foi um período que deixou como legado uma série de valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados e aceitos pela sociedade como características inerentes à Enfermagem.
 A abnegação, o espírito de serviço, a obediência e outros atributos que dão à Enfermagem, não uma conotação de prática profissional, mas de sacerdócio.
As práticas de saúde monástico-medievais
As práticas de saúde pós-monásticas
 Evidencia-se a evolução das práticas de saúde e, em especial, da prática de Enfermagem no contexto dos movimentos Renascentistas e da Reforma Protestante.
 Corresponde ao período que vai do final do século XIII ao início do século XVI;
As práticas de saúde pós-monásticas
 Cenário no qual existia uma grande competição comercial entre potências. 
A recém descoberta da tipografia que acelerava e ampliava o conhecimento das pessoas na época.
  
As práticas de saúde pós-monásticas
A oferta de emprego havia aumentado nas grandes cidades, havendo o êxodo rural, como o número de pessoas aumentou nas cidades, surgiram doenças contagiosas, que tinham que ser curadas rapidamente, mas não para o bem-estar da população e sim pra que não houvesse prejuízo nas indústrias.
 No período renascentista foram criadas cerca de 80 universidades, apenas na Europa, a partir do lucro obtido pelas indústrias.
As práticas de saúde pós-monásticas
 Enclausurada nos hospitais religiosos, permaneceu empírica e desarticulada durante muito tempo, vindo desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das conturbações da Santa Inquisição. 
Como o clero estava em conflito com as autoridades políticas, acabou resultando no fechamento de vários hospitais cristãos e expulsando religiosas que cuidavam dos enfermos, colocando no lugar mulheres de baixo nível moral e social, que não se importavam com os pacientes.
 
As práticas de saúde pós-monásticas
O hospital, já negligenciado, passa a ser um insalubre depósito de doentes, onde homens, mulheres e crianças coabitam as mesmas dependências, amontoados em leitos coletivos.
As práticas de saúde pós-monásticas
 Sob exploração deliberada, o serviço doméstico - pela queda dos padrões morais que o sustentava- tornou-se indigno e sem atrativos para as mulheres de casta social elevada.
As práticas de saúde pós-monásticas
Esta fase tempestuosa, que significou uma grave crise para a Enfermagem
Permanece por muito tempo e apenas no limiar da revolução capitalista é que alguns movimentos reformadores, que partiram principalmente de iniciativas religiosas e sociais, tentam melhorar as condições do pessoal a serviço dos hospitais.
As práticas de saúde pós-monásticas
As práticas de saúde pós-monásticas
As práticas de saúde no mundo moderno
Ocorreram fatores que romperam com os vínculos do feudalismo, sendo eles, a revolução industrial e a melhoria do tráfego terrestre e marítimo acelerando assim a expansão econômica e científica.
A indústria manufatureira trouxe doenças, como a peste, fazendo com que houvesse a abertura de novos hospitais, para que a saúde estivesse impecável para o homem poder trabalhar e obter lucro para a indústria.
 
As práticas de saúde no mundo moderno
A saúde começou a ser vista como objeto de consumo.
Porém, existia a disciplinação hospitalar de acordo com as regras do regime militar, fazendo com que a saúde se tornar-se mais organizada. 
Nesse período era evidente a falta de enfermeiros.
As práticas de saúde no mundo moderno
Analisam-se as práticas de saúde e, em especial, a de Enfermagem sob a ótica do sistema político-econômico da sociedade capitalista e ressalta o surgimento da Enfermagem como prática profissional institucionalizada. 
Essa análise inicia-se com a Revolução Industrial no século XVI e culmina com o surgimento da Enfermagem moderna na Inglaterra, no século XIX.
As práticas de saúde no mundo moderno
A reorganização hospitalar e o surgimento da enfermagem moderna
O processo de disciplinarização, assim denominado por Foucault, tem sua origem na reorganização da instituição hospitalar e no posicionamento do médico como principal responsável por essa reordenação.
A disciplinarização hospitalar é garantida pelo controle sobre o desenvolvimento das ações, pela distribuição espacial dos indivíduos no interior do hospital e pela vigilância constante destes. 
Para garantir o exercício do poder institucional seria utilizado um esquema administrativo composto por um conjunto de técnicas,
pelas quais o sistema de poder irá alcançar seus objetivos. 
Embora o poder disciplinar, no novo hospital, seja confiado ao medico, ele passara a delegar o exercício das funções controladoras do pessoal de enfermagem ao enfermeiro que, pela falsa convicção de participar da esfera dominante, será subutilizado em benefício da manutenção da ordem e da disciplina, indispensáveis à preservação do poder institucional. 
A evolução crescente dos hospitais não melhorou, no entanto, foi nessa época em que estiveram sob piores condições, devido principalmente a predominância de doenças infecto-contagiosas e falta de pessoas preparadas para cuidar desses doentes.
Uma enfermeira que teve um amplo destaque nos tempos de guerra.
Florence Nightingale

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