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Aula Exames Radiológicos 2018

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TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA 
 
EXAMES RADIOLÓGICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material didático compilado e adaptado de 
outras fontes por PAULO ROBERTO PREVEDELLO 
com o objetivo único de orientar o estudo dos 
 alunos do 3º período na disciplina de 
Exames Radiológicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2018 
 
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 2 
SUMÁRIO 
1 HISTÓRIA DA RADIOLOGIA .................................................................................................................................... 3 
1.1 WILHELM CONRAD ROENTGEN .......................................................................................................................... 4 
1.2 A GRANDE DESCOBERTA .................................................................................................................................... 5 
1.3 A REPERCUSSÃO ................................................................................................................................................. 7 
1.4 MARIE CURIE E A RADIOLOGIA NA 1ª GUERRA .................................................................................................. 9 
1.5 O TUBO DE COLIDGE ........................................................................................................................................... 9 
1.6 A PRIMEIRA RADIOGRAFIA DO BRASIL ............................................................................................................. 10 
1.8 A ABREUGRAFIA ............................................................................................................................................... 12 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO ............................................................................................................... 13 
2. A PRODUÇÃO DOS RAIOS X ................................................................................................................................ 14 
2.1 TIPOS DIFERENTES DE PRODUÇÃO DOS FÓTONS (Raios X) .............................................................................. 15 
2.1.1 RADIAÇÃO DE FREAMENTO (Bremsstrahlung) .............................................................................................. 15 
2.1.2 RADIAÇÃO CARACTERÍSTICA ......................................................................................................................... 15 
2.1.3 RADIAÇÃO MÁXIMA OU CHOQUE NUCLEAR ................................................................................................. 16 
3. PRODUÇÃO DA IMAGEM RADIOLÓGICA ............................................................................................................ 16 
4. TIPOS DE EQUIPAMENTOS RADIOGRÁFICOS...................................................................................................... 18 
4.1 EQUIPAMENTOS FIXOS ..................................................................................................................................... 18 
4.2 EQUIPAMENTOS MÓVEIS ................................................................................................................................. 19 
4.3 EQUIPAMENTOS PORTÁTEIS ............................................................................................................................ 20 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO ............................................................................................................... 20 
5 O EQUIPAMENTO DE RAIOS X ............................................................................................................................. 22 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO ............................................................................................................... 26 
6 COMPONENTES BÁSICOS DE UM APARELHO DE RAIOS X ................................................................................... 27 
6.1 A AMPOLA ........................................................................................................................................................ 27 
6.2 DISPOSITIVOS DE CONTROLE DA RADIAÇÃO ESPALHADA ............................................................................... 32 
6.2.1 GRADE ANTIDIFUSORA .................................................................................................................................. 32 
6.2.2 COLIMADOR................................................................................................................................................... 34 
6.2.2 CONES E CILINDROS ....................................................................................................................................... 35 
6.2.3 DIAFRAGMA ................................................................................................................................................... 35 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO ............................................................................................................... 36 
7 O EXAME RADIOGRÁFICO .................................................................................................................................... 37 
8. POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO ................................................................................................................... 39 
9. POSIÇOES CORPO HUMANO............................................................................................................................... 42 
10. INCIDÊNCIAS RADIOGRÁFICAS ......................................................................................................................... 50 
11. IDENTIFICAÇÃO DAS RADIOGRAFIAS ................................................................................................................ 56 
12 FATORES RADIOGRÁFICOS BÁSICOS .................................................................................................................. 64 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO ............................................................................................................... 69 
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................................... 71 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 3 
1 HISTÓRIA DA RADIOLOGIA 
Por volta dos anos de 1870 e 1888, vários pesquisadores universitários estudavam os 
raios catódicos (nome dado ao aceleramento de elétrons em um tubo de vidro com vácuo em 
seu interior). Este tubo era chamado de tubo de Crookes, em homenagem a seu criador: Sir 
William Crookes. (BUSHONG, 2012) 
William Crookes (1832 – 1919) foi um brilhante 
químico britânico, descobridor do elemento químico tálio 
(81Tl) em 1861 e autor de várias teorias originais no campo 
da físico-química. Fundou em Londres o periódico Chemical 
News (Notícias Químicas), do qual foi diretor até 1906. Em 
1875 inventa o radiômetro, equipamento para medir a 
radioatividade de elementos químicos. Sua maior 
contribuição à ciência foi os estudos sobre os raios catódicos 
(aceleração de elétrons em um tubo com vácuo). Crookes 
mostrou que eles têm a propriedade de excitar a 
fluorescência das pedras preciosas e aquecer os metais. 
Figura 1: Fotografia de Sir Willian Crookes. 
Fonte: https://educacao.uol.com.br/biografias/william-crookes.htm Acesso em: 06 Mar 18 
 
Em 1858 o matemático e físico Julius Plücker descobriu os raios catódicos. Ele 
constatou que numa passagem de corrente elétrica num gás rarefeito sai algum tipo de 
radiação do eletrodo negativo. Esta radiação se propaga em linha reta e objetos densos 
feitos de metal ou vidro produzemsombra com estes raios. 
Sir William Crookes também chegou a este resultado e sugeriu que estes raios seriam 
íons negativos. 
 
Figura 2 e 3: O tubo de Crookes. 
Fonte: http://www.girona.cat/sgdap/cat/CRDI_Cronologies/angles/1870_TV.html Acesso em: 06 Mar 18 
 
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 4 
1.1 WILHELM CONRAD ROENTGEN 
Wilhelm Conrad Roentgen, filho único de um comerciante têxtil alemão e mãe 
holandesa, nasceu em Lennep (hoje chamada Remscheid), na Vestfália, em 27 de março de 
1845. Aí ele viveu seus primeiros 3 anos, quando a família então mudou-se para Appeldoom, 
Holanda, em 1848. Holandês, foi a primeira língua por ele aprendida, sendo falada sempre 
em casa durante toda a sua infância. 
Em agosto de 1862, ele separou-se dos pais para 
prosseguir seus estudos na escola técnica de Utrecht, 
Holanda. Durante este período ele aprenderia, dentre 
outras matérias, o inglês, francês, e o alemão, sua 
"língua paterna". Roentgen não foi o que se poderia 
chamar de aluno exemplar, e na matéria de física chegou 
a receber um conceito de "zeer slecht", que significa: 
muito ruim. 
Aos 17 anos é expulso sem o diploma no penúltimo 
ano da escola técnica de Ultrech, por ter assumido a 
autoria de uma caricatura de um professor, feita por um 
colega, mas assumida para evitar um castigo coletivo. 
 
Figura 4: Fotografia de Wilhelm Conrad Roentgen. 
Fonte: https://www.thefamouspeople.com/profiles/wilhelm-rontgen-5206.php Acesso em: 06 Mar 18 
Ele então presta concurso vestibular para uma escola politécnica em Zurich e é 
admitido em 1865. Vinte anos mais tarde, um jovem de 16 anos chamado Albert Einstein, 
iria também matricular-se na Politécnica de Zurique. 
É também em Zurich que ele encontra sua futura 
esposa, Anna Bertha Ludwig (1839 – 1919). com quem 
casaria em 19 de janeiro de 1872. Um casamento feliz, 
sem filhos, que durou até a morte de Bertha em Munique, 
em 1919. 
Em agosto de 1868, com apenas 24 anos, ele 
obtém o título de doutor com a tese: “Estudo sobre os 
gases”. Este foi um ano crítico, pois seu professor em 
física, August Kundt, despertou e estimulou o interesse 
do jovem e inseguro Roentgen pela física experimental. 
Figura 4: Fotografia de Wilhelm Conrad Roentgen. 
Fonte: https://www.sutori.com/item/1872-roentgen-marries-anna-bertha-ludwig Acesso em: 06 Mar 18 
 
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 5 
De fato, em uma carta ao seu amigo Albert, escreve ele: "você ainda lembra, de que 
por seu intermédio eu tive o meu primeiro contcto com Kundt, que me introduziu na física e 
dissipou as minhas incertezas acerca do meu futuro". 
Em 1872, ele mudou-se para Estrasburgo, acompanhando seu mentor August Kundt, 
em 1876 torna-se professor extraordinário em física na Universidade de Estrasburgo. 
Em 1879, ele assumiu a cadeira de Física na Universidade de GieBen publicando 18 
trabalhos científicos no período de 8 anos, e a sua fama como pesquisador sério e já com 
certo renome começou a difundir-se. 
Entre 1886 e 1895, Roentgen recusou outras ofertas de professor titular de física em 
universidades, como Jena, Utrecht e Freiburg. Sua última mudança se daria para a 
Universidade de Munique, em 1900, onde permaneceu até sua morte, apesar de mais de 
uma vez ter sido convidado a assumir cargos de maior prestígio em Berlim. (ARRUDA, 1996) 
1.2 A GRANDE DESCOBERTA 
O elétron foi descoberto em 1879 por William Thomson (Barão Kelvin), matemático e 
físico britânico, conhecido por desenvolver a escala Kelvin de temperatura absoluta (onde o 
zero absoluto é definido como 0 K). O título de Barão Kelvin foi-lhe dado em homenagem a 
suas realizações. Ao analisar a medida da razão entre a carga e a massa de partículas 
carregadas num tubo de raios catódicos, sugeriu que as cargas deslocadas no efeito 
fotoelétrico sejam elétrons. 
Esta hipótese foi confirmada em pelos estudos do físico alemão Philipp Eduard Anton 
von Lenard, assistente e continuador dos estudos de Heinrich Rudolf Hertz (1857 – 1894). 
Também físico alemão que demonstrou a existência 
da radiação eletromagnética, criando aparelhos 
emissores e detectores de ondas de rádio. Ele mediu a 
razão das partículas fotoelétricas e mostrou que era a 
mesma que a medida por Thonsom. 
A experiência de Lenard com tubos de Crookes 
esclareceu dúvidas relativas à identidade das partículas 
fotoelétricas. Por suas investigações sobre os raios 
catódicos Lenard foi o Ganhador do Nobel de Física de 
1905. 
Figura 5: Fotografia de Philipp Eduard Anton von Lenard 
Fonte: ttps://www.thefamouspeople.com/profiles/philipp-von-lenard-4066.php Acesso em 06 Mar 18 
 
 
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 6 
No entardecer do dia 08 de novembro de 1895 Roentgen repetia em Würzburg, com 
extremo critério as experiências de Lenard. Ele envolve o tubo de Crookes com uma cartolina 
preta, escurece todo o laboratório, e ao iniciar a emissão dos raios catódicos (elétrons), 
surpreso, constata que um écran (platino cianureto de bário) em cima de uma cadeira 
próxima fica luminescente. Ao repetir o processo o fenômeno de fluorescência se repete. 
Alguma coisa que emana do tubo age sobre a tela, isto a uma distância bem maior que os 
raios catódicos podem alcançar. Ele se dá conta que está diante de um fenômeno físico 
nunca observado. E está mesmo: aquela noite de 8 de novembro de 1895 marca uma das 
datas mais importantes do progresso científico. 
Seguindo os experimentos agora a cartolina é retirada e a tela é colocada próxima, ao 
emitir uma nova descarga ele passa acidentalmente a mão na frente da tela, ao apanhar um 
livro, e o resultado é surpreendente, os ossos de sua mão ficam visíveis. Durante sete 
semanas o cientista fica trancado dentro do laboratório, experimentando, testando. 
Curiosas manchas surgidas em chapas fotográficas que ficassem próximas aos tubos 
de vácuo atravessados por descargas elétricas já haviam sido notadas. Entretanto, sempre 
foram vistas como acontecimento acidental, sem importância, menos para Roentgen. 
Roentgen descobre que os raios imprimem imagens nas placas, sendo possível 
apresentar provas concretas de sua descoberta. Ele mede a translucidez de vários objetos, 
tais como uma caixa com pesos dentro ou uma bússola, fotografando a imagem formada na 
tela. Logo ele constata que estes raios são de natureza diversa dos raios catódicos, devido 
ao seu longo alcance. Ele batiza de raios X aquela luz invisível que ilumina o écran. Pouco 
depois Kolliker, professor em Würzburg os chamará de “raios Roentgen”. 
A 22 de dezembro do mesmo ano, após 15 minutos de 
exposição aos Raios X, é obtida a primeira imagem 
radiográfica da história da medicina: a mão da mulher do 
cientista (Anna Bertha Roentgen). 
Em abril de 1986 ele afirma em uma entrevista: 
"Desde há algum tempo eu tenho me interessado pelos raios 
catódicos produzidos em vidros submetidos ao vácuo, como Hertz e 
Lenard já haviam pesquisado. Eu segui suas pesquisas e formulei 
uma série de experimentos com grande interesse, e estava 
determinado, assim que o tempo permitisse, a desenvolver um 
experimento próprio. Em outubro, dispus do tempo que eu precisava. 
Eu trabalhei por alguns dias, quando descobri algo de novo. 
Figura 6: Imagem radiográfica da mão de Anna Berta Roentgen, primeira radiografia do mundo 
Fonte: https://netogeraldes.blogspot.com.br/2014/06/os-raios-x-repercussao-da-descoberta-de.html 
 
Material de estudo adaptado de outras fontespelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 7 
1.3 A REPERCUSSÃO 
Roentgen envia para a sociedade de física no dia 28 de dezembro de 1895 um 
manuscrito com o título: “Sobre um novo tipo de raios”. No dia 05 de janeiro de 1896 é 
publicado o artigo na primeira página do jornal vienense Die Presse. 
A famosa publicação de Roentgen “Sobre um novo tipo de raios” foi traduzida 
rapidamente para outras línguas; no dia 23 de janeiro de 1896 surgiu na revista inglesa 
Nature, Inglaterra, no dia 8 de fevereiro na L'Eclairage Electrique, França, e em 14 de 
fevereiro na Science, nos Estados Unidos. Traduções em italiano, russo, polonês e japonês 
surgiram neste mesmo ano. 
Dois outros trabalhos sobre os Raios X foram publicados em 9 de março de 1896 e em 
10 de março de 1897, "Observações Adicionais sobre as Propriedades dos Raios X", seria a 
terceira e última publicação, então apresentada na ata da Academia de Ciências Real da 
Prússia, em Berlim. 
A estrondosa popularidade de Roentgen e de sua descoberta deveu-se antes à sua 
aparição precoce e imediata na mídia em todo o mundo, do que à sua publicação no meio 
científico. 
No dia 12 de janeiro de 1896, Roentgen foi convidado a fazer uma demonstração em 
pessoa sobre a sua descoberta em Berlim, na presença do Imperador Guilherme II, Moltke e 
outras autoridades do governo, que rapidamente perceberam o alcance e utilidade não só 
médica, mas também militar dos Raios X. Foi nessa ocasião condecorado com a Ordem da 
Cruz Real Prussiana, II. Classe. 
Em 23 de janeiro de 1896, Roentgen fez a sua 
única apresentação pública, na reunião da 
Physikalischmedizínischen Gessellschaft, em 
Würzburg. 
Frente a uma audiência eufórica, radiografou a 
mão do renomado anatomista Rudolf Albert von 
Kõlliker, com 77 anos, que propôs a denominação 
"Raios Roentgen" à nova descoberta, proposição 
ovacionada pela platéia em delírio. 
Figura 7: Única apresentação pública de Roentgen 
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/1769006/ Acesso: 12 Mar 18 
Já antes, em 12 de janeiro, Ludwig Boltzmann havia proposto o batismo dos novos 
raios como "Raios Roentgen." Durante esse ano, várias homenagens e condecorações foram 
 
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 8 
conferidas, incluindo a medalha Rumford, da Royal Society London, e a Prix Lacaze da 
Academie des Sciences, de Paris. 
Curiosamente, a descoberta não impressiona os meios científicos. Três meses após o 
anúncio da invenção, o Jornal da Associação Médica Americana faz o seguinte comentário: 
“os cirurgiões de Viena e Berlim acreditam que a fotografia Roentgen esteja destinada a 
revolucionar a cirurgia. Nós, não”. 
Meia hora é o tempo mínimo de exposição necessário, e, na maior parte dos casos, 
precisa-se de até uma hora. A aparelhagem é tão cara – mais de 100 mil dólares – que 
somente poucos cirurgiões poderão dar-se ao luxo em tê-la em seus consultórios. Os fatos 
logo desfazem esta impressão. Dois anos depois, os Raios X já são usados na guerra greco-
turca de 1897, e em 1898, na guerra hispano-americana. 
Em todo o mundo, vários pesquisadores acadêmicos e amadores passaram a 
reproduzir o experimento de Rõntgen, e mais de 1000 relatos surgiram somente no ano de 
1896. Rapidamente compreendeu-se a importante utilidade médica ao visualizarem-se 
corpos estranhos e ossos com detalhe. 
Diversos modelos de tubos de Raios X rapidamente surgiram. 
 
 Figura 8: Operador tira uma radiografia. Com uma maca motorizada e rotativa, modelo foi exposto 
durante um congresso realizado pelo Instituto de Radiologia britânico. 
Figura 9: uma voluntária tem a cabeça exposta a raios x durante um congresso médico em Londres. 
Fonte: https://super.abril.com.br/historia/radiografia-vintage 
Nasce assim uma nova especialidade, a Radiologia. De início os cirurgiões se limitam a 
estudar os ossos, os cálculos, os corpos estranhos. Depois, introduzem-se os contrastes que 
permitem a exploração cada vez mais precisa dos órgãos internos e externos, conferindo ao 
diagnóstico aquela precisão tão sonhada pelos médicos. 
Mas o radiologista logo começa a pagar o preço de tão valiosa descoberta. Aparecem 
dermatites, sequelas de irritações crônicas da pele, e às vezes até formas cancerosas. 
São verdadeiras queimaduras, semelhantes as que sofreu em 1898 o francês Antoine 
Henry Becquerel (1852-1908), que passeava com fragmento de material radioativo no bolso 
do colete. 
 
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 9 
1.4 MARIE CURIE E A RADIOLOGIA NA 1ª GUERRA 
Durante a primeira guerra mundial, em 1914, Marie 
Curie percebeu que os Raios X seriam muito importantes 
para o tratamento de ferimentos de balas e fraturas. Para 
conseguir organizar um serviço de radiografia móvel, 
Marie visitou laboratórios parisienses e pessoas ricas 
para pedir apoio financeiro e equipamentos. 
Ela treinou técnicos para operar as máquinas e 
instalou duzentas estações de Raios X nas zonas de 
combate da região da França e Bélgica, tendo atendido a 
mais de um milhão de soldados. (CAVALIERE, 2018) 
Figura 10: Irene e Marie Curie durante a I Guerra 
Fonte: http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1160&sid=7 Acesso em: 11 Mar 18 
1.5 O TUBO DE COLIDGE 
William Coolidge era um físico americano que inventou 
muitas coisas, tais como o tungsténio fundido dúctil, que 
foi usado como o filamento de lâmpadas incandescentes. 
Este produto não só suplantado as fibras de carbono 
mais frágeis do projeto original de Edison, mas 
viabilizado a massa lâmpadas produzem luz. Inventou 
uma máquina de Raio X portátil que foi usado em 
hospitais de campanha na Primeira Guerra Mundial, 
Coolidge é mais conhecido por inventar em 1911o que 
é considerado por muitos como o tubo de Raio X 
moderna, agora conhecido como tubos Coolidge. Ao usar 
tungstênio dúctil (fio de tungstênio 6 vezes mais fino que 
um cabelo) aumentou a resistência e durabilidade de 
tubos de raios-x, o que permitiu Raios X de qualidade 
diagnóstica. 
Figura 11: William Colidge com seu tubo. 
Fonte: https://blogpedrockgian.wordpress.com/2015/05/28/dr-william-coolidge 
Em seu design, Coolidge adaptou seu tungstênio dúctil para o tubo de Raios X e foi 
capaz de remover o gás ionizado que precisava ser injetado nos tubos mais velhos para 
abrandar filamento. 
O “tubo de Coolidge” permitiu um fluxo constante e estável de Raios X para ser gerado 
e permitiu que o feixe a ser focado e direcionado, dando início a radiologia diagnóstica e 
mudando a prática da medicina para sempre. 
 
 
 
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 10 
 
Figura 12: Tenda alemã equipada com máquinas de raios x durante a Primeira Guerra Mundial. 
Fonte: https://super.abril.com.br/historia/radiografia Acesso em: 11 Mar 18 
 
1.6 A PRIMEIRA RADIOGRAFIA DO BRASIL 
A primeira radiografia do Brasil é histórica, uma imagem conhecida pelas academias 
de todo o mundo. Foi inédita em dois sentidos, por também ser a primeira do mundo 
realizada em irmãs siamesas e, não obstante, se tornou fator determinante para a realização 
da cirurgia que permitiu a separação das duas crianças. 
As gêmeas nasceram em 1893, em Ribeirão do Costa, no Espírito Santo. Chamavam-
se Rosalina e Maria Pinheiro Dável. Os pais, João Dável e Rosalina da Silva Pinheiro, eram 
agricultores muito pobres então resolveram dar as meninas ao médico Eduardo Chapot 
Prevost. 
Em 1900, aos sete anos de idade,elas 
foram levadas para o Rio de Janeiro, onde 
aconteceu a cirurgia que as separou. Esse é o 
primeiro caso bem sucedido desse tipo de 
intervenção e seu único diferencial foi a 
utilização de um exame radiológico, que 
permitiu ver por dentro. 
Por meio da radiografia, foi possível 
identificar que, além das gêmeas serem unidas pelo tórax, também eram unidas pelos 
fígados. Os médicos Miguel Couto, Moncorvo Filho, Ernani Pinto Ramos, Álvaro Rodrigues e 
o farmacêutico Sayão auxiliaram na operação. 
 
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 11 
O procedimento foi realizado na Casa de Saúde São Sebastião, em Laranjeiras/RJ. 
Maria morreu cinco dias depois da cirurgia. Ela teve uma pleuropericardite, quadro infeccioso 
grave. 
Já Rosalina sobreviveu e foi criada pelo 
médico e sua esposa como uma filha. Ela se 
casou em 1927, teve cinco filhos fisicamente 
normais e morreu na velhice, após uma longa 
vida de realizações.Esse primeiro exame 
radiológico do nosso país foi realizado pelo 
doutor Álvaro Alvim, médico que dá nome a 
vários hospitais espalhados pelo Brasil. 
Ele realizou o feito logo após chegar de Paris, onde aprendeu com Marie Curie o uso 
da tecnologia, até então desconhecida nessa região do planeta. 
De acordo com a presidente do CONTER Valdelice Teodoro, doutor Alvim foi o 
responsável pelo treinamento e introdução dos primeiros operadores de Raios X no mercado 
profissional brasileiro, a partir do final da década de 1930. 
É fácil entender, tanto etimologicamente 
quanto pela observação dos aspectos 
históricos, que a antiga figura do que 
conhecíamos como Operador de raios X 
corresponde ao que entendemos hoje por 
profissionais das técnicas radiológicas. Os 
Auxiliares, Técnicos e Tecnólogos em 
Radiologia nada mais são que a derivação fiel 
dos primeiros profissionais da área no Brasil e, como tal, são herdeiros de seus 
legados e direitos coletivos difusos, considera a presidente. (CONTER, 2014) 
Figuras 13, 14 e 15: Fotografias das irmãs siamesas Dável e da 1ª radiografia do Brasil 
Fonte: http://www.conter.gov.br/imprimir. php?pagina=noticias&id=378 
Foi o Dr. José Carlos Ferreira Pires o primeiro 
médico a instalar um aparelho de Raios-X no 
interior do Brasil, na cidade de Formiga, Minas 
Gerais, a 600 km do Rio de Janeiro. Hoje, o 
equipamento está no Museu de Cirurgia em 
Chicago. 
Figura 16: 1º equipamento de radiologia do Brasil 
Fonte: http://www.akisrx.com/htmtre/ferreria_brasil.htm 
 
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 12 
 
Figura17: Irmã Dulce como operadora de Raios X na década de 40 
Fonte: http://www.radioinmama.com.br/arquivo.html 
1.8 A ABREUGRAFIA 
Manoel Dias Abreu foi um médico, cientista e 
inventor brasileiro que apresentou à sociedade no 
Rio de Janeiro um método rápido e barato de 
tomar pequenas radiografias dos pulmões para 
maior facilidade de diagnóstico, tratamento e 
profilaxia da tuberculose e do câncer de pulmão. 
Era a invenção da abreugrafia, nome dado em 
homenagem ao cientista e reconhecida em 1936 
pela Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de 
Janeiro e depois adotada universalmente. 
 
Figura 18: Fotografia de Manuel Dias Abreu 
Figura 19: O equipamento de Abreugrafia 
Figura 20: A abreugrafia 
Fonte:http://radiologia.blog.br/diagnostico-por-imagem/abreugrafia-a-contribuicao-brasileira-para-a-
medicina-mundial 
 
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 13 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
1. O que era os raios catódicos, aos quais Roentgen se dedicava a estudar? 
2. O que era um Tubo de Crookes? 
3. Em que data Wilhelm Conrad Roentgen descobriu os Raios X? 
4. Descreva a experiência realizada por Roentgen que levou a descoberta dos Raios X? 
5. Qual foi a primeira imagem radiográfica da história da medicina? 
6. Qual a ligação de Marie Curie com a radiologia na primeira grande guerra? 
7. O que é um tubo de Coolidge e porque ele é considerado uma evolução da radiologia? 
8. Qual foi a primeira imagem radiográfica do Brasil? 
9. Onde foi instalado o primeiro equipamento de radiologia do Brasil? 
10. O que é uma abreugrafia e quem foi seu inventor? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. A PRODUÇÃO DOS RAIOS X 
Um feixe de elétrons acelerados bombardeando um alvo, de material com elevado 
número atômico, é a chave na produção de radiação. Para serem acelerados, os elétrons 
necessitam de uma grande diferença de potencial, que é fornecida por um gerador ou fonte 
de alta tensão, através de dois eletrodos. 
Tem-se, então, um canhão de elétrons que os lança a partir de um eletrodo contra o 
outro. O choque entre elétrons e alvo faz com que ocorra a ionização do material 
bombardeado, a partir das camadas da eletrosfera de seus átomos. Ocorre, então, a 
reocupação dos espaços deixados nestas camadas pelos elétrons de camadas mais 
energéticas, com liberação de energia eletromagnética de alta frequência e grande poder de 
penetração: os Raios X. 
Resumindo o aparelho de emissão de raios X é um equipamento que necessita ter um 
dispositivo com capacidade de acelerar elétrons e de dirigi-los para o choque com um alvo. 
 
Figura 21: A ampola de Raios X (Tubo de colidge) 
Fonte: http://www.delgrandi.com.br/br/abre_produto.asp?id_produto=219 
A emissão dos fótons após o choque do elétron com o alvo ocorrerá em todas as 
direções. Logo, há a necessidade de se providenciar para que a radiação produzida possa 
ser direcionada para o paciente a fim de produzir a imagem. Por outro lado, a radiação não 
direcionada ao paciente deve ser contida tanto quanto o necessário para proteção dos 
pacientes e profissionais da radiologia. (Proteção Radiológica) 
Figura 22: Esquema de um tubo de Colidge 
 
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2.1 TIPOS DIFERENTES DE PRODUÇÃO DOS FÓTONS (Raios X) 
Segundo Soares (2006) a energia do choque dos elétrons, acelerados desde o cátodo, 
com o ânodo é transformada na sua maior parte (99 %) em energia térmica (calor) e apenas 
1% é transformada em fótons (Raios X) 
São três os diferentes processos de geração de fótons (Raios X): 
a. Radiação de freamento (Efeito Bremsstrahlung); 
b. Radiação característica; 
c. Radiação máxima. 
2.1.1 RADIAÇÃO DE FREAMENTO (Bremsstrahlung) 
Radiação produzida quando um elétron 
incidente (aquele que ganhou energia no cátodo 
e se chocou com o ânodo) ao passar próximo 
ao núcleo (positivo +) ou eletrosfera (negativa -) 
tem sua trajetória desviada. 
Ao ser desacelerado libera energia de 
baixa frequência, isto é calor, (99%) e energia 
de alta frequência, Raios X, (1%). 
 
 
2.1.2 RADIAÇÃO CARACTERÍSTICA 
Radiação produzida quando o elétron 
incidente se choca com outro elétron de uma 
camada interna, deslocando-o de sua órbita e 
liberando neste processo de estabilização 
energia em forma de fótons (Raios X). 
Lembrando que se o choque for com um elétron 
da camada mais externa ocorre a ionização 
pela perda deste elétron. 
 
 
Bremsstrahlung é uma palavra alemã que significa exatamente “radiação de freamento” 
 
Ionização é o processo de perda ou de ganho de elétrons por um átomo. 
 
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2.1.3 RADIAÇÃO MÁXIMA OU CHOQUE NUCLEAR 
Radiação produzida quando o elétron 
incidente se choca diretamente com o núcleo 
atômico, transformando toda a sua energia cinética 
em um único fóton. 
 
 
3. PRODUÇÃO DA IMAGEM RADIOLÓGICA 
A finalidade principal da realização de um exame radiológico é a obtenção de uma 
imagem radiográfica, ou seja, o registro da imagem da anatomia de interesse sobre um 
elemento sensível a radiação. O elemento sensor, que será o filme radiográfico, será 
posicionado atrás ou na frente do paciente, dentro de um acessório chamado chassi, que é 
colocado em uma gaveta (porta-chassi), sob a mesa de exames. 
O processo de produção de uma imagem radiológica é composto basicamente por uma 
fonte geradora de radiação, o objeto de irradiação (corpo do paciente) e um sistema de 
registro do resultado da interação do feixe de fótons com o corpo, normalmente, o filme 
radiográfico sensível à radiação X ou à luz. 
Associados à fonte e ao sistema de registro, temos dispositivos que servem para atuar 
sobre a emissão e forma do feixe de radiação, de maneira a tratá-lo convenientemente para 
produzir imagens que possuam validade diagnóstica. 
 
Figura 22: A produção da imagem radiológica 
Fonte: (NETTER, 2012) 
 
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1. Cabeçote do equipamento: Local em que se encontra a ampola (tubo) de raios x, onde 
se produz a radiação propriamente dita. 2. Sistema de colimação interna do feixe: 
Responsável pela adequação do tamanho do campo, redução do efeito penumbra e da 
radiação espalhada. 3. Feixe primário: Assim chamado por ser o feixe que sai da ampola e 
que irá interagir com o paciente. 4. Faixa de compressão do paciente: Usada para adequar 
a espessura do paciente e melhorar a qualidade da imagem, pela redução da radiação 
espalhada. 5. Mesa de exames: Local onde são colocados, além do paciente, alguns 
acessórios, tais como o porta-chassi, a grade antidifusora e o filme radiográfico. 6. Grade 
antidifusora: Responsável pela redução dos efeitos de borramento da radiação espalhada 
na imagem radiográfica. 7. Filme Radiográfico: Elemento sensível à radiação, colocado em 
um invólucro metálico protegido da luz, chamado chassi. 8. Porta-chassi: Estrutura metálica 
onde é colocado o chassi que contém o filme. 9. Radiação Secundária: É toda a radiação 
que não é proveniente do feixe principal, resultante da interação do feixe principal com a 
matéria (paciente, mesa, chassis, grade, cabeçote, etc.). 
 
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4. TIPOS DE EQUIPAMENTOS RADIOGRÁFICOS 
Atualmente, existem vários tipos de equipamentos radiográficos produzidos por 
inúmeras empresas espalhadas pelo mundo. Todos os equipamentos possuem os mesmos 
componentes básicos e funcionam segundo o mesmo princípio de produção e detecção ou 
registro da imagem. 
A tecnologia digital de registro e armazenamento das imagens geradas (PACS) está 
ocupando o espaço do filme radiográfico, permitindo o tratamento de imagens e o envio das 
mesmas para locais distantes da sala de exames para análise por profissionais da aérea 
radiológica. 
A sigla PACS significa Picture Archiving and 
Communication System, que se traduz em Sistema 
de Comunicação e Arquivamento de Imagens. Sua 
função primordial é armazenar imagens e facilitar a 
comunicação entre os setores de hospitais e 
clínicas. Um sistema PACS ideal deve atender 
todo o fluxo, desde a aquisição do exame até o 
diagnóstico, processo de laudo e monitoramento. 
 
O que varia nos equipamentos é a forma, tamanho, capacidade de produção de raios 
X e alguns mecanismos ou acessórios que permitem maior flexibilidade no uso do aparelho, 
além, da questão da qualidade da imagem e da dose de radiação que o paciente se expõe. 
Desta forma, podemos dividir os equipamentos radiográficos em três grupos: 
a) fixos; 
b) móveis; e 
c) portáteis. 
4.1 EQUIPAMENTOS FIXOS 
Os equipamentos fixos, pela própria classificação, são aqueles que não podem ser 
retirados do local onde foram instalados. 
Necessitam, pois, de uma sala exclusiva para sua utilização, com suprimento 
adequado de energia, espaço para movimentação do paciente, técnico e equipe de 
enfermagem, local reservado para o operador controlar o equipamento à distância, armários 
para a guarda de acessórios, mesa onde se realizam os exames, entre outros requisitos. 
 
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Para clínicas e hospitais, é o equipamento mais utilizado, quando realmente há uma 
grande demanda de exames diários. O equipamento fixo possui várias formas e tamanhos, 
podendo ser fixo ao chão por um pedestal ou ser preso ao teto, com uma coluna retrátil. 
Existem muitos fabricantes em nível mundial e cada um procura diferenciar seu 
aparelho com alguma peculiaridade. 
 
Figura 23: O equipamento de Raios X fixo 
4.2 EQUIPAMENTOS MÓVEIS 
Muito semelhante em recursos, o equipamento radiográfico móvel é aquele que se 
constitui apenas do essencial para a realização de um exame radiográfico. Assim, é 
dispensada a mesa de exames e os controles do equipamento estão fisicamente juntos com 
a unidade geradora de radiação. A unidade pode ser então transportada facilmente através 
de um sistema de rodas já embutida na estrutura, já que possui tamanho razoável. Para a 
realização do exame, utiliza-se geralmente a própria maca ou cama onde se encontra o 
paciente, ou até mesmo a cadeira em que ele estiver sentado. 
A energia necessária para operação do equipamento é retirada da rede 127V ou 220V 
da própria sala onde será realizado o exame, mediante uma tomada comum na parede. A 
capacidade de realização de exames é praticamente a mesma de um equipamento fixo. 
 
Figura 24: O equipamento de Raios X móvel 
 
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4.3 EQUIPAMENTOS PORTÁTEIS 
A diferença entre o equipamento móvel e o portátil está em duas características 
básicas: peso e capacidade de radiação, ou flexibilidade para realização de exames. 
No caso dos equipamentos portáteis, seu peso e tamanho são concebidos para que 
possa ser carregado por uma única pessoa, através de alças ou armazenado em uma valise. 
Na realização de exames, o equipamento portátil tem capacidade para radiografar, 
normalmente, apenas as extremidades do corpo humano. 
 
Figura 24: O equipamento de Raios transportável 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
1. De forma resumida e simplificada qual é a chave para a produção de Raios X? 
2. Resumidamente, o que é um aparelho de produção de Raios X? 
3. Quais são os três tipos de produção de Raios X? 
4. Descreva a produção dos Raios X por freamento? 
5. Descreva a produção dos Raios X característicos? 
6. Descreva a produção dos Raios X por radiação máxima ou choque nuclear? 
7. Qual a finalidade principal da realização de um exame por Raios X? 
8. Descreva sucintamente o processo de produção de uma imagem radiográfica? 
9. Quanto à mobilidade, como podemos dividir os equipamentos de Raios X. 
10. Quais as características básicas que diferenciam os eqptos móveis dos portáteis? 
 
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5 O EQUIPAMENTO DE RAIOS X 
Os Raios X são produzidos quando elétrons em alta velocidade atingem alvos 
metálicos. A energia cinética dos elétrons é transformada em energia eletromagnética. A 
função do equipamento de Raios X é prover um fluxo controlado intenso de elétrons para 
produzir um feixe de Raios X apropriado para gerar uma boa imagem. (BUSHONG, 2012 
Vamos centralizar nossa abordagem, 
inicialmente, sobre as características principais 
do equipamento radiográfico fixo. A partir dele, 
podem-se verificar quais os dispositivos ou 
acessórios que podem ser suprimidos para a 
construção de um equipamento móvel ou 
portátil. 
Por ser mais complexo, permite uma 
abordagem mais completa sobre os fatores 
que influenciam na produção da radiação X e 
sua interação com o paciente e com os 
dispositivos de detecção (filme, por exemplo). 
A construção de um aparelho de raios X envolve conhecimento de várias tecnologias, 
mas um equipamento básico pode ser dividido em três grandes subsistemas: 
O subsistema elétrico, responsável pela alimentação do gerador de raios X e pelos 
controles do equipamento. 
O subsistema mecânico, responsável pela arquitetura do equipamento e pela 
proteção e controle no direcionamento do feixe de raios X gerado. 
O subsistema gerador de Raios X, responsável pela geração do feixe de radiação. 
 
Figura 25: Os três subsistemas de um equipamento de Raios X 
Fonte: http://jubery.blogspot.com.br/2012/03/equipamentos-de-hemodinamica.html 
 
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Os aparelhos convencionais de Raios X estão divididos em seis módulos básicos: 
1. O cabeçote, de onde se origina o feixe de raios. No cabeçote é que está instalado o 
tubo gerador dos Raios X (Tubo de Colidge ou ampola) e o colimador do feixe de raios. 
 
2. A coluna, onde fica fixado o cabeçote e que permite fazer o direcionamento do feixe. 
 
3. A mesa, que permite acomodar o paciente e posicioná-lo para a aquisição das 
imagens; É o suporte sobre o qual são realizados os exames. 
 
 
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4. A estativa vertical, que cumpre a mesma função de posicionamento que a mesa, 
mas e utilizado para posicionamentos verticais do paciente (posicionamento ortostático); 
 
5. O gerador de alta-tensão, que cumpre a função de elevar a tensão da rede a um 
valor necessário para gerar o feixe de raios X; 
 
6. O painel de comando, uma vez determinada a melhor técnica para o exame, o 
operador deve selecionar no painel de Comando a tensão (Kv), corrente (mA) e tempo (s) de 
exposição. Deve selecionar a utilização ou não de grade antidifusora, ou Bucky mural, se for 
o caso. Depois de conferir todos os parâmetros, o técnico está pronto para realizar o disparo. 
 
 
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Resumindo: 
 
Os diferentes tipos de equipamentos de Raios X são normalmente identificados de 
acordo com a energia dos Raios X que são produzidos ou com as respectivas intenções de 
uso. Equipamentos de raios X usados em diagnósticos se apresentam de diferentes formas e 
tamanhos. Esses equipamentos são normalmente operados em tensões de 25 a 150 kVp e 
correntes de 100 a 1.200 mA. 
DISTRIBUIÇÃO DOS MÓDULOS DENTRO DE UMA SALA 
Uma sala típica de Raios X convencionais segue a distribuição exemplificada na 
planta abaixo. 
 
Figura 26: Planta baixa de uma sala típica de Raios X 
Fonte: http://www.grxsp.com.br/projetos-de-blindagens-para-sala/ 
 
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DISPOSITIVO DE DISPARO 
A legislação vigente no Brasil exige que o dispositivo de disparo seja construído com 
um botão do tipo dois estágios. Esta obrigatoriedade vem em prol da segurança do paciente, 
do tecnólogo e do controle total que o tecnólogo deve ter sobre o equipamento. Isto permite 
que a operação seja interrompida a tempo de se evitar uma irradiação desnecessária ou fora 
de controle. Além do sistema de botão de dois estágios, exige-se que o disparador seja solto 
no equipamento móvel, com cabo de 2 metros, no mínimo. 
Em posição de preparação, estamos ativando o circuito de filamento, responsável pelo 
controle da produção de elétrons no filamento, que se torna incandescente. 
Quando pressionamos o botão superior, 
estamos preparando o equipamento para o 
disparo, ou seja, começamos a girar o rotor 
e, consequentemente, o ânodo. Poucos 
segundos depois (1 ou 2 segundos), o 
equipamento está pronto para o disparo 
O disparo é feito ao pressionarmos o botão totalmente, ou seja, ao acionar o segundo 
estágio. 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
1. Quais são os três subsistemas principais de um equipamento de Raios x? 
2. Quais são os seis módulos básicos de um aparelho de Raios X fixo? 
3. Identifiquem na figura abaixo os módulos de um aparelho de raios X fixo. 
 
1. ___________________ 
2. ___________________ 
3. ___________________ 
4. ___________________ 
5. ___________________ 
 
 
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6 COMPONENTES BÁSICOS DE UM APARELHO DE RAIOS X 
6.1 A AMPOLA 
A ampola, onde é produzida a radiação, pode ser descrita como um espaço com 
vácuo onde dois eletrodos são colocados para que haja a circulação de corrente elétrica. É 
um componente do aparelho de Raios X raramente visto pelo tecnólogo. Ele está contido em 
uma caixa de proteção e, portanto, é inacessível. 
A ampola é feita geralmente de vidro temperado com vácuo, e contém dois eletrodos, 
o ânodo e o cátodo. O vácuo é necessário para que os elétrons ali acelerados não percam 
energia nas colisões com partículas gasosas. Assim, chegam com energia total para se 
chocarem com o alvo. 
 
Figura 27: Principais partes de uma ampola com anodo rotatório 
Fonte: (BUSHONG, 2012) 
A estrutura externa dos tubos de Raios X consiste em três partes: a estrutura de 
suporte, o invólucro protetor (cabeçote) e a ampola de vidro ou metal. As estruturas internas 
do tubo de raios X são o anodo e o catodo. 
ESTRUTURA DE SUPORTE 
O tubo de radiografia e o cabeçote são bastante pesados; então, eles requerem um 
mecanismo de sustentação para que o tecnólogo possa posicioná-lo. 
Esta sustentação pode ser de três tipos: 
Suporte de teto; 
Suporte teto-chão 
Suporte tipo arco C 
 
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 28 
SUPORTE DE TETO 
O suporte de teto é o mais frequentemente usado. Consiste em dois conjuntos 
perpendiculares de trilhos de teto. Isso permite deslocamentos longitudinais e transversais do 
tubo de Raios X. 
 
Figura 28: Equipamento de Raios X com suporte do cabeçote no teto 
Fonte: http://www.shimadzu.com.br/medica/produtos/radio/radspeed.shtml 
SUPORTE TETO-CHÃO 
O sistema de suporte teto-chão tem uma única coluna (estativa) com roldanas em 
cada extremidade, uma acoplada a um trilho montado no teto e outra conectada a um trilho 
no chão. 
O tubo de raios X desliza para cima e para baixo da coluna enquanto a coluna gira. 
 
Figura 29: Equipamento de Raios X com suporte do cabeçote teto-chão 
Fonte: http://www.ibmed.com.br/service/raio-x-digital-2/Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 29 
SUPORTE TIPO ARCO C 
As salas de cirurgia possuem um equipamento de Raios X com um sistema de suporte 
do tipo arco C, assim chamados porque o suporte tem a forma de um C. O tubo de Raios x é 
acoplado em uma extremidade e o receptor de imagem é acoplado à outra extremidade do 
arco C. 
 
Figura 30: Equipamento de Raios X tipo arco C 
Fonte: https://www.fronzutolaw.com/articles/hospital 
COMPONENTES INTERNOS DA AMPOLA 
Internamente a ampola é dividida em dois eletrodos, um negativo chamado Catodo, ou 
Anódio, e outro positivo chamado Anodo, ou Anódio. 
CATODO 
O cátodo é um dos dois eletrodos necessários para que seja aplicada uma diferença 
de potencial entre dois pontos e seja estabelecida uma corrente elétrica. Entre os dois 
eletrodos, o cátodo é o que apresenta o potencial elétrico mais baixo, ou mesmo, pode ser 
considerado nulo. No linguajar comum, é conhecido como o eletrodo negativo. 
Os elétrons emitidos são produto do efeito 
termo iônico que se obtém com o aquecimento 
de um filamento. Com o calor gerado no 
filamento, os elétrons dos seus átomos têm 
energia suficiente para escaparem da 
eletrosfera e viajarem em direção ao ânodo. 
Como o átomo perde um elétron e se 
transforma em íon, o efeito recebe o nome de 
termo iônico (termo = calor e iônico = íon). 
 
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 30 
O filamento é um componente fundamental para o dispositivo de geração dos raios X, 
porque nele são produzidos os elétrons que serão acelerados em direção ao ânodo. 
 
O fio enrolado de tungstênio, semelhante ao utilizado nas lâmpadas incandescentes 
domésticas, tem por objetivo aumentar a concentração de calor e garantir uma uniformidade 
na geometria da produção do feixe de elétrons. 
A utilização do tungstênio se dá por dois motivos: é um átomo que possui grande 
número de elétrons (74) e com ponto de fusão acima dos 3400 ºC. 
ANODO 
O ânodo é o eletrodo positivo do sistema de alta tensão que produz a radiação X. Por 
ser um eletrodo, e por isso conduzir corrente elétrica, normalmente é feito de uma liga 
metálica, onde está colocado o alvo a ser atingido pelos elétrons. 
O alvo ou o ponto onde os elétrons se 
chocam pode ser fixo ou pode ser rotatório. A 
estrutura do ânodo é normalmente composta 
de um material com ótima capacidade de 
dissipação térmica. Por isso, geralmente 
escolhe-se para o corpo do ânodo metais 
como cobre, molibdênio ou rênio e, em alguns 
casos, grafite ou ligas metálicas dos metais 
citados. 
 
 
 
 
 
 
Figura 30: O Anodo 
Fonte: (BUSHONG, 2012) 
 
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 31 
ANODO FIXO 
O ânodo fixo foi o primeiro a ser utilizado por causa da própria evolução dos antigos 
tubos de Crookes que possuíam todas as partes fixas. 
A ampola de ânodo fixo é muito simples 
e fácil de ser construída. Possui pequena 
dimensão, justamente para facilitar a 
condução e irradiação de calor. Assim, com o 
pequeno tamanho, fica mais fácil do calor 
chegar ao líquido refrigerante a qual a 
ampola está submersa. 
ANODO ROTATÓRIO 
Como forma de superar os problemas gerados pelo calor em excesso foi desenvolvido 
um tipo de estrutura para o ânodo que permite que este seja dissipado de forma eficiente. 
A diferença básica é que a região de impacto é diluída em uma área maior. O segredo 
está em girar o disco anódico para que durante a emissão dos elétrons pelo filamento, o feixe 
eletrônico encontre sempre um novo ponto focal. 
Desta forma, há tempo para que a região 
dissipe o calor até ser atingida novamente, 
após uma volta completa do disco. Os 
ânodos rotatórios, apesar de serem 
construídos justamente para aliviar a carga 
térmica durante a execução de um exame, 
devem ser preparados para suportarem 
condições extremas. 
Um problema muito comum é a paralisação do motor que gira o ânodo. Neste caso, o 
feixe de elétrons irá colidir sempre com a mesma área, sobreaquecendo a pista anódica, 
ocasionando bolhas e fissuras. 
JANELA 
A interação dos fótons com a matéria produz sempre muito calor, além de ionizar os 
átomos. No caso da ampola, tem-se uma direção preferencial para o caminho que os fótons 
devem percorrer. 
A região por onde eles passam é especialmente desenhada. Esta região, conhecida por 
JANELA, muitas vezes é facilmente identificada pela diferença na textura, espessura ou cor. 
 
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 32 
 
Figura 31: Representação da janela Fonte: (BUSHONG, 2012) 
6.2 DISPOSITIVOS DE CONTROLE DA RADIAÇÃO ESPALHADA 
6.2.1 GRADE ANTIDIFUSORA 
Durante a realização do exame radiográfico os fótons de Raios X produzidos na 
ampola ao atingir o paciente produzirão novos fótons, estes são chamados de radiação 
espalhada ou radiação secundária. Esta radiação é produzida de cinco formas: 
espalhamento coerente, efeito Compton, efeito fotoelétrico, produção de pares e 
fotodesintegração. 
 
Figura 31: A produção da radiação espalhada ou secundária Fonte: (BUSHONG, 2012) 
Esta radiação prejudica a qualidade da imagem produzida, prejudicando o diagnóstico. 
Para limitar os efeitos produzidos por radiação secundária foi desenvolvido a grade 
antidifusora. 
A grade é um acessório colocado entre o paciente e o filme, que serve para evitar que 
a radiação espalhada possa prejudicar a formação da imagem, fazendo com que esta perca 
a nitidez. A grande vantagem da utilização das grades antidifusora é a nítida melhoria da 
qualidade da imagem radiográfica. 
Este processo de separação entre radiação direta e radiação secundária se deve ao 
posicionamento das lâminas que permitem a passagem apenas dos raios que vem 
 
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 33 
diretamente da ampola (perpendiculares à grade) e absorvem aqueles que são oblíquos à 
grade, oriundos do paciente. 
As grades atualmente são construídas com 
uma lâmina opaca de 0,05 mm de espessura e 
um espaço entre lâminas. Testes feitos em 
laboratório garantem que grades de alta 
qualidade conseguem absorver entre 80 e 90% 
da radiação secundária, pois depende do 
ângulo de incidência da mesma com a grade. 
 As lâminas teoricamente devem ser 
extremamente finas e possuir um material de 
alto poder de absorção da radiação espalhada. 
Dos vários materiais possíveis, o mais 
usado é o chumbo pelo seu baixo custo e 
maleabilidade, além de possuir alto número 
atômico e densidade. 
Gustav Bucky, alemão, em 1913 anunciou o desenvolvimento de um diafragma 
montado como se fosse uma colmeia de abelhas a ser utilizada sobre o dispositivo sensível a 
radiação. A GRADE constituía numa rede metálica cujas células eram orientadas para que os 
fótons oriundos diretamente do ponto focal pudessem atravessá-las. 
Embora parecesse revolucionário, o dispositivo 
de Bucky possui um defeito grave de concepção: as 
lâminas metálicas, de alto número atômico para 
absorver os fótons, bloqueavam os fótons que eram 
emitidos em linha reta a partir da ampola causando 
sombra (artefato) no filme radiográfico. 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 32: Gustav Buck e sua Grade Fonte: http://berliner-roentgengesellschaft.net/gustav-bucky-preis/ 
 
 
Material deestudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 34 
 Bucky não desistiu, e logo propôs a movimentação da grade para que a sombra 
mudasse de posição e com isso não marcasse visivelmente o filme. A mesma ideia foi 
testada por Eugene Caldwell, em 1917, e constituía em mover a grade contra o feixe de 
radiação (para cima e para baixo). Em 1917, o americano Hollis Potter apresenta congresso 
da Sociedade Americana dos Raios Roentgen (ARRS), que ficou conhecida como a grade 
Potter-Bucky. 
 
Figura 32: O funcionamento da grade Fonte: (BUSHONG, 2012) 
6.2.2 COLIMADOR 
O colimador é um limitador de feixe de radiação feito de placas de chumbo que se 
posicionam de forma a que possuam um movimento horizontal, permitindo a regulagem do 
tamanho e forma do campo (quadrada ou retangular), com o auxílio de um feixe luminoso é 
possível visualizar a configuração do campo. 
 Acoplado ao sistema de colimação existe 
uma fina lâmina plástica transparente em cujo 
centro está desenhada uma pequena cruz, 
que identifica o local de incidência do raio 
central. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 35 
6.2.2 CONES E CILINDROS 
 Outro tipo de limitador de feixe muito utilizado pelo tecnólogo é o cilindro de 
alumínio. Às vezes, em forma de cone, o cilindro tem função de reduzir drasticamente a área 
irradiada sobre o paciente. Este dispositivo diminui a dose no paciente e reduz muito a 
radiação espalhada, o que resulta numa imagem radiográfica mais nítida. 
Os cones também representam uma proteção adicional para o tecnólogo ou pessoa 
que tenha que ficar próxima do paciente durante a realização do exame. 
 
Figura 33: Cone de limitação do feixe Fonte: Imagem adquirida por John Lima CRTR 5520T Goiás 
6.2.3 DIAFRAGMA 
Uma abertura é o mais simples de todos os dispositivos para restringir o feixe. É, 
basicamente, uma lâmina de chumbo ou diafragma metálico que está acoplado ao cabeçote 
do tubo de raios X. A abertura do diafragma é geralmente projetada para cobrir uma área 
menor que a área do receptor de imagem utilizado. 
 
Figura 34: O diafragma Fonte: (BUSHONG, 2012) 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
1. De forma resumida e simplificada descreva a ampola de Raios X? 
2. Quais são os três tipos de sustentação do cabeçote no equipamento de Raios X? 
3. Como está dividida internamente a ampola de Raios X? 
4. O que é o Catodo ou Catódio? 
5. Quais os dois principais motivos de se usar o tungstênio (74W) na ampola de Raios X? 
6. O que é o Anodo ou Anódio? 
7. Como pode ser o ponto focal, alvo onde ocorre o impacto dos elétrons? 
8. Como é o Anodo com alvo fixo? 
9. Como é o Anodo com alvo rotatório? 
10. Qual a vantagem do Anodo com alvo rotatório em relação ao com alvo fixo? 
11. O que é a janela e qual a sua finalidade na ampola de Raios X? 
12. Qual os três dispositivos de controle da radiação secundária ou espalhada? 
13. O que é a grade antidifusora ou antirradiação espalhada? 
14. O que é o colimador do feixe de radiação? 
15. O que é o diafragma do cabeçote do equipamento de Raios X? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 O EXAME RADIOGRÁFICO 
O objetivo de todo tecnólogo não deve ser apenas fazer uma radiografia que “dá para 
passar”, mas produzir uma imagem com qualidade diagnóstica. Para isso é imperativo que 
sejam utilizados corretamente os fatores de exposição radiográfica e o posicionamento 
determinado para cada incidência, associados à correta identificação da radiografia. 
 
Figura 35: o mais importante sempre será a imagem produzida Fonte: Arquivo do Autor 
7.1 A IMAGEM RADIOLÓGICA 
Uma imagem de Raios-X convencional é basicamente uma sombra: você acende uma 
"luz" em um lado do corpo e um pedaço de filme do outro lado registra a silhueta dos ossos. 
As sombras dão uma visão incompleta da forma do objeto. 
 
Figura 36: a importância de sempre produzirmos duas imagens em cada exame 
 
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Imagine que você está em frente a uma parede, segurando um abacaxi na frente de seu 
peito com a mão direita e uma banana do seu lado com a mão esquerda. 
Seu amigo está olhando apenas para a parede e não para você. Se houver uma luz na 
sua frente, seu amigo verá o seu contorno segurando a banana, mas não verá o abacaxi, 
pois a sobra do seu tronco bloqueará o abacaxi. Se a luz estiver a sua esquerda, seu amigo 
verá o contorno do abacaxi, mas não verá a banana. 
A mesma coisa acontece em uma imagem de Raios-X convencional. 
Se um osso maior está diretamente entre o equipamento de raios-X e o osso menor, o 
osso maior pode cobrir o osso menor no filme. Para ver o osso menor, você teria que mover 
seu corpo ou mover o equipamento de Raios-X. 
Para saber se você está segurando um abacaxi e uma banana, seu amigo teria que ver 
sua sombra em ambas as posições e formar uma imagem mental completa. 
Esta é a explicação do porque sempre realizarmos ao menos duas incidências em cada 
exame, de preferência em um ângulo de 90 ºC entre si. 
 
Figura 37: a importância de sempre produzirmos duas imagens em cada exame 
Fonte: NETTER 2017 
7.2 RAIO CENTRAL 
 
É o feixe de raios X puntiforme, o único que não é oblíquo, sai perpendicular em relação 
ao maior eixo da ampola. 
 
 
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Figura 38: Representação gráfica do Raio Cengtral 
Fonte: BONTRAGER, 2017 
8. POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO 
É a posição em que o Tecnólogo em radiologia coloca o paciente para a obtenção de 
uma determinada radiografia. 
Para o posicionamento do paciente é indispensável o conhecimento das posições 
anatômicas e dos planos imaginários do corpo humano, do corpo por inteiro e de seus 
segmentos. 
 
 
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8.1 POSIÇÃO ANATÔMICA DO CORPO HUMANO 
• Posição bípede (em pé) 
• Corpo ereto 
• Face voltada para frente 
• Membros superiores estendidos ao longo do corpo, com as palmas das mãos 
voltadas para frente. 
• Membros inferiores unidos, com as pontas dos pés voltadas para frente. 
 
8.2 PLANOS IMAGINÁRIOS DO CORPO HUMANO 
Para a realização de inúmeros exames radiológicos pode ser necessária a utilização de 
planos imaginários nos posicionamentos das incidências radiológicas. Podem-se definir 
planos como duas superfícies que se formam após um corte imaginário através de uma linha 
reta conectada por dois pontos. 
8.2.1 PLANOS DE SECÇÃO (Dividir/Cortar) 
AXIAL: Divide o corpo em duas partes diferentes (Superior e Inferior) 
 
 
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CORONAL: Divide o corpo em duas partes diferentes (Anterior e Posterior) 
 
SAGITAL: Divide o corpo em duas partes simétricas (Direita e Esquerda) 
 
 
 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
1. Qual o motivo de ser necessário ao menos duas incidênciaspara o estudo 
radiológico de uma região anatômica? 
2. Defina Raio central em radiologia: 
3. O que é posicionamento radiográfico? 
4. Cite as cinco características da posição anatômica: 
5. Em que partes um corte médio axial divide o corpo humano? 
6. Em que partes um corte médio coronal divide o corpo humano? 
7. Em que partes um corte médio sagital divide o corpo humano? 
 
 
 
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9. POSIÇOES CORPO HUMANO 
Em radiologia o termo posição é utilizado de duas maneiras, em primeiro lugar se 
referindo às posições gerais do corpo humano e em segundo lugar, se referindo as posições 
específicas do corpo, agora levando em conta a incidência do raio central. 
9.1 POSIÇÕES GERAIS DO CORPO HUMANO 
As oito posições gerais utilizadas com maior frequência em radiologia são as seguintes: 
1. Supino: o paciente esta deitado de costas, olhando para cima. 
 
2. Prono: o paciente está deitado de bruços, a cabeça pode estar lateralizada. 
 
3. Ereta: o paciente está na posição vertical, em pé (bipedestação) ou sentado. 
 
Figuras 39 a 41: Posições Supino, Prono e Ereta Fonte: BONTRAGER, 2017 
 
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4. Decúbito: o paciente está deitado em qualquer posição. 
Decúbito dorsal: 
 
Decúbito ventral: 
 
Decúbito lateral: 
 
Figuras 42 a 44: Posições em Decúbito Fonte: CLARKS, 2010 
5. Trendelenburg: o paciente está deitado, com todo o corpo inclinado de modo que a 
cabeça fique mais baixa que os pés. 
 
Figura 45: Posição de Trendelemburg Fonte: BONTRAGER, 2014 
 
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6. Fowler: o paciente está deitado, com todo o corpo inclinado de modo que a cabeça 
fique mais alta que os pés. 
 
7. Sim: o paciente está em decúbito lateral esquerdo ou direito, com a perna que está 
do lado superior flexionada. 
 
8. Litotomia: o paciente está em supino, com os joelhos fletidos e com as coxas 
abduzidas e com rotação externa e os tornozelos apoiados em um suporte. 
 
Figuras 46 a 48: Posições Fowler, Sim e Litotomia Fonte: BONTRAGER, 2015 
 
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9.2 POSIÇÕES ESPECÍFICAS DO CORPO HUMANO 
Além de fazer referência a posição geral do corpo o termo posição se utiliza em 
radiologia para se referir a uma posição específica, descrita pela parte do corpo situada mais 
perto do receptáculo de imagem (obliquas e perfis). 
PERFIL: Se refere a um lado ou a uma incidência lateral. São posições laterais 
específicas descritas pela parte situada mais perto do receptáculo de imagem. Um perfil 
verdadeiro tem que formar sempre um ângulo de 90° com a incidência póstero anterior ou 
ântero posterior verdadeira. Se não está em perfil verdadeiro está em obliqua. 
 
Figura 49: Posições de Perfil Fonte: BONTRAGER, 2015 MERRIL, 2010 
OBLIQUA: é uma posição que o plano médio sagital e o plano coronal não estão 
perpendiculares ao receptáculo de imagem. 
 
Figura 50: Posições Obliquas Fonte: BONTRAGER, 2015 MERRIL, 2010 
 
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9.3 TERMOS RELACIONADOS A MOVIMENTO 
FLEXÃO: Corresponde a um movimento 
angular que aproxima duas partes de uma 
articulação. Resulta em diminuição do ângulo 
entre o segmento que se desloca e o que 
permanece fixo. 
EXTENSÃO: Corresponde a um 
movimento angular que afasta as partes de 
uma articulação. Resulta em aumento do 
ângulo entre o segmento que se desloca e o 
que permanece fixo; 
ABDUÇÃO: Um movimento de 
afastamento do braço ou da perna em relação 
ao corpo, ou seja, é um movimento em 
direção oposta ao plano sagital mediano. 
ADUÇÃO: Um movimento de braço ou 
de perna em direção ao corpo, movimentar 
em direção a uma linha central ou medial, ou 
seja, é um movimento em direção ao plano 
sagital mediano. 
SUPINAÇÃO: Um movimento de rotação lateral da mão e antebraço para a posição 
anatômica; 
PRONAÇÃO: Um movimento de rotação medial da mão e antebraço para a posição 
oposta à anatômica; 
 
 
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EVERSÃO: Um movimento lateral da região plantar, ou seja, se afasta do plano 
sagital mediano; 
INVERSÃO: Um movimento medial da região plantar, ou seja, se aproxima do plano 
sagital mediano. 
 
9.4 TERMOS DE POSIÇÃO OU DIREÇÃO 
MEDIAL: Medial é usado para indicar que uma estrutura está mais perto do plano 
mediano do corpo, sendo que, este plano passa no centro de todo o corpo. Em direção 
ao centro, ou em direção ao plano mediano ou linha média. 
Exemplo: a face medial do braço é a mais próxima do plano mediano. 
LATERAL: Lateral indica que uma estrutura está mais longe do plano mediano. É o 
oposto de medial. 
Exemplo: Na posição anatômica, o polegar está na face lateral da mão. 
 
 
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PROXIMAL: Parte mais próxima do tronco, a 
origem ou o início daquele membro. 
Exemplo: o cotovelo é proximal ao punho. 
DISTAL: Distante da origem ou distante do 
tronco. 
Exemplo: O punho é distal ao cotovelo. 
 
CEFÁLICO: Em direção à cabeça. Um ângulo cefálico é um ângulo em direção a 
cabeça. 
 
CAUDAL: Distante da cabeça, em direção aos pés. 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
Relacione uma coluna com a outra 
 
( 1 ) Flexão 
( 2 ) Extensão 
( 3 ) Supinação 
( 4 ) Pronação 
( 5 ) Abdução 
( 6 ) Adução 
( 7 ) Ângulo cefálico 
( 8 ) Ângulo podálico 
( 9 ) Medial 
( 10 ) Distal. 
 
( ) Equivale a um movimento de rotação lateral da mão para a posição anatômica. 
( ) Equivale a um movimento de afastamento do braço em relação ao plano médio sagital. 
( ) Movimento angular que afasta as partes de uma articulação. 
( ) Distante da origem ou ponto de inserção. 
( ) Equivale a um movimento de rotação medial da mão para a posição oposta a anatômica. 
( ) Um ângulo em direção aos pés. 
( ) Equivale a um movimento de aproximação do braço em relação ao plano médio sagital 
( ) Movimento angular que aproxima duas partes de uma articulação. 
( ) Em direção ou mais próximo ao plano médio sagital. 
( ) Um ângulo em direção à cabeça. 
 
 
 
 
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10. INCIDÊNCIAS RADIOGRÁFICAS 
O que especifica uma incidência é a penetração do raio central, pois em um mesmo 
posicionamento, com os mesmos fatores, pode haver várias entradas diferentes de raios 
centrais. Incidência corresponde à relação entre o posicionamento do paciente e a incidência 
do raio central (RC). 
Descreve a direção dos raios X quando este atravessa o paciente, projetando uma 
imagem no filme radiográfico ou em outros receptores de imagem. 
INCIDÊNCIAS DE ROTINA: Corresponde ao número mínimo de incidências 
necessárias para o estudo de uma determinada região anatômica do corpo humano. 
INCIDÊNCIAS COMPLEMENTARES:São incidências que podem ser acrescentadas 
às incidências de rotina para esclarecer uma hipótese diagnóstica. 
INCIDÊNCIAS PANORÂMICAS: São incidências que resultam em radiografias da 
totalidade da região anatômica em estudo. 
INCIDÊNCIAS LOCALIZADAS: São incidências complementares que resultam em 
radiografias de parte de uma região anatômica do corpo que, pela grande colimação, 
produzem uma imagem com mais detalhe. 
EXEMPLO: ESTUDO RADIOGRÁFICO DO POLEGAR (Primeiro Quirodáctilo) 
O polegar é responsável pelo exercício de pinçar junto aos outros dedos, e por causa 
disso apresenta-se implantado de forma oblíqua na mão, tornando seu estudo radiográfico 
diferenciado dos outros quirodáctilos. 
Incidências Gerais Incidências de Rotina 
• Póstero-anterior (PA). • PA. 
• Ântero-posterior (AP). • P. int. ou P. ext. 
• Perfil interno (P. int.). • OAI. 
• Perfil externo (P. ext.). • OAE. 
• Oblíqua Anterior Externa (OAE). 
• Oblíqua Anterior Interna (OAI). 
• Oblíqua Posterior Externa (OPE). 
• Oblíqua Posterior Interna (OPI). 
 
 
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INCIDÊNCIA ÂNTERO-POSTERIOR (AP) DO 1º QUIRODÁCTILO 
Girar a mão em pronação máxima e depois ajustar a posição dos outros dedos, até 
que a face posterior do polegar esteja em contato com o chassi. 
Essa posição apresenta a desvantagem de não apresentar boa definição no terço 
distal do primeiro metacarpiano. 
Raio central perpendicular, penetrando na primeira articulação metacarpo falangiana. 
 
Figura 51: Incidência Antero-Posterior do 1º Qd Fonte: CLARK, 2015 
 
10.1 POSTERO ANTERIOR (PA) 
Incidência radiológica caracterizada pela entrada perpendicular do Raio central 
através da região posterior e saída pela região anterior da parte a ser radiografada. 
 
 
Figura 52: Incidência Postero-anterior Fonte: BONTRAGER, 2015 MERRIL, 2010 
 
 
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 52 
10.2 ANTERO POSTERIOR (AP) 
Incidência radiológica caracterizada pela entrada perpendicular do Raio central 
através da região anterior e saída pela região posterior da parte a ser radiografada. 
 
Figura 53: Incidência Antero-posterior Fonte: BONTRAGER, 2015 MERRIL, 2010 
 
10.3 PERFIL (P) 
Incidência radiológica caracterizada pela entrada do Raio central perpendicular por um 
lado do corpo ou de uma parte, atravessando paralelo a um plano coronal e saindo do outro 
lado. 
 
Figura 54: Incidência Perfil Fonte: BONTRAGER, 2015 MERRIL, 2010 
 
 
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10.4 OBLIQUA 
Incidência radiológica caracterizada pela entrada do Raio Central em um ângulo em 
relação ao plano médio sagital e plano coronal. 
Nas incidências obliquas usa-se como referência a parte mais próxima do filme, isto é: 
em uma Obliqua Posterior Direita (OPD), o lado posterior direito do paciente estará mais 
próximo ao filme e na Obliqua Anterior Direita (OAD), o lado anterior direito. 
 
Figura 55: lncidência Obliqua Fonte: BONTRAGER, 2015 MERRIL, 2010 
10.5 AXIAL 
Incidência radiológica caracterizada pela entrada do Raio central em um ângulo 
longitudinal em relação ao plano oposto, percorrendo maior distância. 
 
Figura 56: Incidência Axial Fonte: BONTRAGER, 2015 MERRIL, 2010 
10.6 TANGENCIAL 
Incidência radiológica caracterizada pela entrada do Raio central tangenciando uma 
estrutura. O Raio central entra e sai no mesmo plano. 
 
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Figura 57: Incidência Axial Fonte: BONTRAGER, 2015 MERRIL, 2010 
10.7 DECÚBITO 
Incidência radiológica caracterizada pelo fato do paciente encontrar-se deitado e o 
Raio central penetrar horizontalmente. Temos três tipos diferentes de Decúbito: 
Decúbito lateral (Direito ou Esquerdo) 
 
Decúbito dorsal 
 
Decúbito ventral 
 
Figura 58: Incidência Decúbito Fonte: MERRIL, 2010 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
 
1. Em radiologia o que é que especifica uma determinada incidência? 
2. Defina Incidências de rotinas: 
3. Defina Incidências complementares: 
4. Defina Incidências panorâmicas: 
5. Defina Incidências localizadas: 
 
Relacione uma coluna com a outra 
 
Incidência: 
( 1 ) Antero-posterior (AP) 
( 2 ) Obliqua 
( 3 ) Perfil 
( 4 ) Postero-anterior (PA) 
( 5 ) Axial 
( 6 ) Tangencial 
( 7 ) Decúbito 
Descrição da incidência 
( ) Raio central penetra por um lado e sai pelo outro. 
( ) Paciente encontra-se deitado e o raio central é horizontal. 
( ) Raio central tangencia uma estrutura. 
( ) Raio central penetra na região anterior e sai na posterior. 
( ) Raio central penetra na região posterior e sai na anterior. 
( ) Raio central percorre a maior distância possível na estrutura. 
( ) Raio central penetra angulado. 
 
 
 
 
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11. IDENTIFICAÇÃO DAS RADIOGRAFIAS 
 
As radiografias obrigatoriamente devem ser identificadas com a data do exame, o 
número de registro do paciente no serviço de radiologia e de preferência com as iniciais do 
seu nome. 
O numerador pode conter os fatores de identificação citados em uma fita adesiva ou 
fotografados para aparecerem no filme radiográfico com um chassi, através de uma janela 
específica para essa função. 
O ato de conferir a identificação antes de obter a radiografia deve exigir grande 
atenção por parte do tecnólogo, pois um exame com a numeração errada representa grave 
falha, que torna a investigação radiológica sem efeito. 
 Quando for o caso de incidências localizadas em um mesmo filme, estudando os 
lados direito e esquerdo de alguma região, deve haver uma identificação que especifique 
esses lados. 
11.1 COLOCAÇÃO DO NUMERADOR 
 
Há uma convenção que estabelece a colocação do numerador sempre no lado direito 
do paciente, e quando a radiografia é colocada no negatoscópio, a imagem da identificação 
deve estar situada à esquerda do observador. 
A posição do paciente também indicará a região do chassi onde será colocado o 
numerador: 
 
 
Figura 59: Colocação do identificador com o paciente em ortostase Fonte: BONTRAGER, 2015 
 
PACIENTE EM ORTOSTASE 
CANTO SUPERIOR DIREITO 
 
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Figura 60: Colocação do identificador com o paciente em decúbito Fonte: BONTRAGER, 2015 
 
 
 
Figura 61: Colocação do identificador com o paciente em decúbito Fonte: BONTRAGER, 2015 
 
Quando o paciente está em Ântero-Posterior, consegue-se ler a identificação sobre o 
chassi fixada na fita adesiva. 
Em Póstero-Anterior a fita adesiva será fixada ao contrário, não permitindo ler a 
identificação, isto é, o numerador acompanha a inversão do paciente. 
Nas incidências Perfil, a regra é o identificador ficar na frente do paciente. 
PACIENTE SENTADO 
PACIENTE EM DECÚBITO 
CANTO INFERIOR DIREITO 
NO MEIO E À DIREITA 
 
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