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CETEP Biossegurança

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1 
 
 
 
2 
 
INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA ..................................................... 5 
Princípios da Biossegurança ................................................................ 5 
NORMAS DE BIOSSEGURANÇA ........................................................... 6 
COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO .................................. 6 
REGRAS ESPECÍFICAS DE BIOSSEGURANÇA ................................... 7 
Enfermagem do trabalho: ..................................................................... 8 
Ações do Técnico de Enfermagem do Trabalho: ................................. 8 
CIPA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NR – 5
 ......................................................................................................................... 10 
DIAGNÓSTICO DA LER – DORT .......................................................... 12 
TRATAMENTO DA LER – DORT .......................................................... 12 
PREVENÇÃO DA LER – DORT ............................................................ 13 
LOMBALGIA .......................................................................................... 14 
VARIZES ............................................................................................... 14 
Higiene Ocupacional: ......................................................................... 14 
Notificação das doenças do trabalho: ................................................ 14 
Prevenção da falha humana: ............................................................. 15 
Prevenção: ......................................................................................... 16 
Saúde mental do trabalhador: ............................................................ 16 
INFECÇÃO HOSPITALAR ..................................................................... 16 
INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA ..................................................... 18 
Morfologia e Estrutura Bacteriana ...................................................... 18 
BACILOS OU BASTONETES. ............................................................... 20 
ESPIRILOS OU ESPIRALADAS. ........................................................... 20 
PAREDE CELULAR............................................................................... 21 
PARASITOLOGIA .................................................................................. 21 
AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O HOSPEDEIRO. ........................... 22 
PROTOZOÁRIOS. ................................................................................. 23 
HELMINTOS. ......................................................................................... 24 
CLASSE TREMATODA. ........................................................................ 24 
CLASSE CESTODA. ............................................................................. 25 
FILO NEMATODA. ................................................................................ 25 
MICOSES. ............................................................................................. 26 
VIROLOGIA. .......................................................................................... 28 
 
3 
 
ESTRUTURA ......................................................................................... 28 
REPLICAÇÃO VIRAL. ........................................................................... 30 
CLASSIFICAÇÃO DOS VÍRUS. ............................................................ 31 
TRANSMISSÃO DOS VÍRUS. ............................................................... 32 
FUNGOS ............................................................................................... 33 
DIVISÃO BASIDIOMYCOTA .............................................................. 35 
 
4 
 
 
 
5 
 
INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA 
Princípios da Biossegurança 
 
A Biossegurança consiste no conjunto de ações de prevenção, 
diminuição ou eliminação de riscos que possam comprometer a saúde das 
pessoas, do ambiente ou da qualidade do trabalho desenvolvido (HINRICHSEN, 
2009). Trata-se de um processo funcional e operacional de grande importância 
na saúde, pois aborda não só medidas de Controle de Infecções para proteção 
da equipe de assistência a usuários em saúde, como também possui papel 
consiste na promoção da consciência sanitária e preservação do meio ambiente 
no que diz respeito à manipulação e descarte de resíduos químicos tóxicos e 
infectantes, reduzindo os riscos à saúde e acidentes ocupacionais. 
O interesse pela área é observado pelo crescente número de 
regulamentações nacionais e internacionais para controle dos procedimentos 
de biotecnologia. Diversas normas já foram implementadas, preconizando a 
diminuição da exposição de trabalhadores a riscos e a prevenção de 
contaminação ambiental, melhorando significativamente a segurança em 
ambientes laboratoriais e principalmente o manuseio de materiais 
microbiológicos (HAMBLETON et al., 1992) 
Em 2002, foi criada a comissão de Biossegurança em Saúde (CBS) no 
âmbito do Ministério da Saúde, com o objetivo de definir estratégias de atuação, 
avaliação e acompanhamento das ações de Biossegurança, procurando sempre 
o melhor entendimento entre o Ministério da Saúde e as instituições que lidam 
com o tema (BRASIL, 2006b). 
Embora haja um trabalho consistente para a prática da Biossegurança e 
também uma legislação que a regulariza e dá diretrizes, as infecções 
frequentemente ocorrem sugerindo que as regras de Biossegurança nem 
sempre eficientes ou aplicadas corretamente. Há necessidade, portanto, de 
são um maior número de trabalhos informativos acerca do tema (KIMMAN et 
al., 2008). 
 
 
 
 
 
6 
 
NORMAS DE BIOSSEGURANÇA 
 
Algumas regras e procedimentos de segurança são fundamentais para 
eliminar ou minimizar os acidentes relacionados aos serviços de saúde. A 
prevenção é o melhor caminho para evitar a contaminação e deve servir não só 
para o profissional, mas também para o paciente, o pessoal auxiliar e o local de 
trabalho. A contaminação e infecção cruzada são riscos constantes e todo 
profissional precisa estar atentos aos perigos, observando a necessidade de 
institucionalização de protocolos específicos, relativos à biossegurança 
(CONRADO, 2008; KIMMAN et al., 2008). 
 
COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO 
 
Deve ser comunicado a empresa imediatamente, quando possível pelo 
acidentado ou pelo chefe direto, comunicar ao INSS dentro de 24hs sob pena 
de multa da previdência social com informações do tipo de acidente, local, hora 
do acidente, testemunhas, material que infectou. 
CAT com Perfuro-cortantes: Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL 
1996), as quimioprofilaxias contra HBV e HIV devem ser iniciadas até duas horas 
após o acidente. Em casos extremos, pode ser realizada até 24 a 36 horas 
depois. 
 Lave exaustivamente com água e sabão o ferimento ou a pele exposta ao 
sangue ou líquido orgânico. Lave as mucosas com soro fisiológico ou água em 
abundância; não provoque maior sangramento do local ferido e não aumente a 
área lesada, a fim de minimizar a exposição ao material infectante. O uso de 
anti-sépticos tópicos do tipo PVPI ou álcool 70% pode ser adotado. Não é 
recomendada a utilização de agentes cáusticos ou injeção de anti-sépticos. 
 Dirija-se imediatamente ao Centro de Referência no atendimento de acidentes 
ocupacionais com material biológico de sua região. Nesse local, deverá ser 
comunicado o fato ao Técnico de Segurança do Trabalho, preenchido o 
inquérito de notificação e emitida a Comunicação de Acidente de Trabalho – 
CAT. O ideal é que o acidentado e as condições do acidente sejam avaliados por 
uma equipemultiprofissional. 
 Leve sua carteira de vacinação ou informe sobre seu estado vacinal e dados 
recentes de sua saúde, sorologias anteriores. 
 
7 
 
 Obtenha o maior número possível de informações sobre o paciente fonte, 
juntamente com a anamnése. 
 Coleta de sangue do paciente fonte para análise. 
 O profissional acidentado, em uso de quimioprofilaxia antiretroviral. 
 Realizar sorologias no momento da contaminação (ELISA – exame 
convencional de teste rápido), três meses depois e seis meses após o acidente. 
 
REGRAS ESPECÍFICAS DE BIOSSEGURANÇA 
 
A execução constate de determinadas regras é capaz de garantir uma 
boa segurança e diminuir os possíveis riscos. Assim, para desempenhar suas 
funções de forma tranqüila, recomenda-se adotar as seguidas regras: 
 Não estando em uso, manter todos os frascos com material infectante 
fechados; 
 Não se deve colocar materiais contaminados na superfície do balcão de 
trabalho, nem descartá-los na pia; 
 Não produzir aerossol desnecessariamente; 
 Não pipetar com a boca; 
 Não comer, beber ou fumar no ambiente de trabalho, assim como não 
estocar comida bebida nos refrigeradores ou locais de área técnica; 
 Não levar luvas para fora da área de trabalho, e lavar as mãos antes de sair 
da unidade de trabalho; 
 Vestir jalecos no local de trabalho e trocá-los antes de sair; 
 Desinfetar os balcões ao final do dia; 
 Cobrir cortes principalmente das mãos; 
 Evitar perfurações com agulhas e outros objetos pontiagudos, 
principalmente os sujos com sangue; 
 Não sobrecarregar fichários, nem deixar gavetas abertas em área de 
circulação; 
 Não abrir portas ou pegar em objetos com a mão enluvada utilizada no 
paciente. 
 
 
 
 
8 
 
Enfermagem do trabalho: 
A equipe de enfermagem do trabalho é composta por técnico de 
enfermagem, enfermeiro do trabalho e médico do trabalho. Está intimamente 
ligado ao serviço de ambulatório da empresa. 
Técnico de Enfermagem do Trabalho – Após realizar o curso de técnico, 
devidamente registrado no COREN há uma especialização de Técnico de 
Enfermagem do Trabalho, segundo a NR – 3 do Ministério do Trabalho que 
informa que estão devidamente aptos a exercer a função. Nas empresas tem 
aspecto preventivo e nas atividades de urgência e emergência. O mesmo deve 
conhecer a empresa e os riscos laborais a qual estão expostos, buscando 
informações de como atuar na promoção de educação e orientação no 
trabalho. 
 
Ações do Técnico de Enfermagem do Trabalho: 
 Executar as atividades de nível médio atribuídas a ele, sob orientação e 
supervisão do Enfermeiro. 
 Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas do estado de saúde dos 
trabalhadores, ao nível de sua competência. 
 Preparar o ambiente de trabalho, verificando se estão em ordem os materiais 
e equipamentos para a realização das atividades da equipe de saúde. 
 Manter em ordem os materiais e equipamentos usados. 
 Auxiliar o Enfermeiro nos exames diagnósticos. 
 Preparar o cliente para consultas e exames. 
 Executar tratamentos prescritos ou de rotina, administrar medicamentos, 
realizar curativos, oxigenoterapia, nebulização, aplicação de calor ou frio, 
aplicação de vacinas, colher materiais para exames, além de outras 
atribuições. 
 Cuidados de higiene e conforto. 
 Aconselhamento em matérias de saúde. 
 Prestar atendimentos de primeiros socorros. 
 Manter em ordem arquivos e prontuários. 
 Participar de programas de prevenção de acidentes, motivando o 
trabalhador a sempre ter segurança em seu ambiente de trabalho. 
 
9 
 
 Fazer visitas domiciliares ou hospitalares em casos de acidentes de trabalho. 
 
 
Enfermeiro do Trabalho – Tem as seguintes funções: assistencial, 
administrativas e educativas. 
Assistencial: Conjunto de atividades que visam atender as necessidades 
de promoção, prevenção e recuperação da saúde do trabalhador. 
 Coordenar, avaliar e executar atividades de enfermagem nas avaliações de 
saúde, nas urgências e em procedimentos diversos. 
 Prescrever na ausência do médico, os medicamentos autorizados pelo Serviço 
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT). 
 Elaborar e executar planos e ações relativas à prevenção. 
 Realizar consultas de enfermagem. 
 Identificar os trabalhos de alto risco e prestar a assistência adequada. 
 Aplicar a vigilância epidemiológica. 
 Organizar e fiscalizar o programa de imunização da empresa. 
 Supervisionar todos os trabalhos de assistência de enfermagem. 
 Prevenção de DST’s. 
 Planejamento familiar. 
 Supervisionar o uso de EPI’s. 
Administrativas: São as tarefas relativas à previsão, organização, direção e 
controle das atividades da área. 
 Elaborar projetos de reformas no serviço de saúde. 
 Planejar, participar e implantar o serviço de saúde ocupacional. 
 Elaborar fluxograma para atendimento dos trabalhadores. 
 Dirigir os serviços de enfermagem do trabalho. 
 Elaborar normas e rotinas. 
 Dimensionar recursos humanos. 
 Organizar programas de educação continuada. 
 Realizar reuniões periódicas com a equipe. 
 Solicitar e controlar o estoque dos recursos materiais. 
Educativas: Atividades relacionadas com a educação dos trabalhadores relativas 
à promoção, manutenção e recuperação dos trabalhadores. 
 
10 
 
 Treinar os trabalhadores para os primeiros socorros. 
 Participar de atividades educativas em toxicologia para os trabalhadores. 
 Adolescente um trabalho educativo e preventivo nas comissões internas de 
prevenção de acidentes. 
 
CIPA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NR – 5 
 
Tem como objetivo principal a prevenção de acidentes e doenças 
decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanente o trabalho 
com a preservação da vida e a promoção de saúde do trabalhador. Obrigatória 
em empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da 
administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações 
recreativas, cooperativas e outras que admitam trabalhadores como 
empregados. 
É composta de representantes do empregador e dos empregados, 
escolhidos pelos funcionários por eleição direta por meio de filiação sindical de 
empregados interessados no cargo. O mandato tem duração de 1 ano, sendo 
permitida a reeleição. O empregador delegará o representante da empresa para 
ser o presidente da CIPA e os funcionários escolhem o vice-presidente entre os 
titulares. 
A CIPA tem por atribuições: 
 Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos. 
 Elaborar o plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de 
problemas de segurança de saúde no trabalho. 
 Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de 
prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos 
locais de trabalho. 
 Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho 
visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a 
segurança e saúde dos trabalhadores. 
 Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no 
trabalho. 
 Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras. 
 
11 
 
 Promover anualmente em conjunto com o SESMT a Semana Interna de 
Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT. 
 Participar anualmente em conjunto com a empresa de campanhas de 
Prevenção da AIDS. 
 Promover reuniões mensais, durante o expediente e em local apropriado. 
 Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas se houver a denúncia de 
situação de risco grave e iminente, na presença de acidentesde trabalho 
graves ou fatais. 
 A empresa deve promover treinamentos para os membros da CIPA, titulares e 
suplentes antes da posse. 
 
Ergonomia: Norma Regulamentadora 17 
Esta norma visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das 
condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores de 
modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho 
eficiente. Cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, 
devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho. 
A ergonomia adota critérios de avaliação, quantificação, e condutas 
necessárias, abordando aspectos como risco biomecânico, risco patológico, 
risco psicológico, conforto térmico, conforto acústico, conforto visual, 
organização do trabalho, dentre outros necessários a demanda ergonômica. 
O programa de ergonomia visa proporcionar ao trabalhador ambientes 
de trabalho com conforto e segurança à integridade física, conseqüentemente 
aumento de produtividade, redução do número de acidentes e afastamentos, 
redução do número de faltas ao serviço, além da valorização profissional dos 
trabalhadores. 
LER - Lesões por Esforços Repetitivos e DORT - Distúrbios Osteo-
musculares Relacionados ao Trabalho, sendo doenças caracterizadas pelo 
desgaste de estruturas do sistema músculo-esquelético que atingem várias 
categorias profissionais. 
Os principais sintomas são: 
 Dor localizada, irradiada ou generalizada, 
 Desconforto, 
 Fadiga, 
 
12 
 
 Sensação de peso, 
 Formigamento, 
 Dormência, 
 Sensação de diminuição de força, 
 Inchaço, 
 Enrijecimento muscular, 
 Choques nos membros e 
 Falta de firmeza nas mãos. 
Nos casos mais crônicos e graves, pode ocorrer: 
 Sudorese excessiva nas mãos e 
 Alodínea (sensação de dor como resposta a estímulos não nocivos em pele 
normal). 
 
DIAGNÓSTICO DA LER – DORT 
 
Exames complementares podem ser solicitados para esclarecer o diagnóstico, 
incluindo: 
 Radiografias, 
 Ecografias, 
 Eletroneuromiografia, 
 Ressonância magnética, 
 Exames laboratoriais para condições reumáticas, dentre outros. 
 
TRATAMENTO DA LER – DORT 
 
 Medidas ergonômicas visam à melhoria do espaço físico e dinâmico de 
trabalho que não induzam ao desenvolvimento da LER – DORT. Por vezes, 
pequenas adaptações fazem grandes diferenças. As pausas programadas 
podem ser consideradas atitudes ergonômicas benéficas. 
 Exercícios físicos são benéficos e incluem tanto exercícios aeróbicos, como 
exercícios de alongamento. 
 Fisioterapia é muitas vezes empregada na redução da dor e na recuperação da 
função e dos movimentos do membro afetado pela LER – DORT. 
 
13 
 
 Medicamentos antiinflamatórios e analgésicos são utilizados para alívio da dor 
aguda e crônica da LER - DORT. Devem ser utilizados com cautela e 
recomendação médica. 
 Medicamentos corticóides são antiinflamatórios mais potentes, porém com 
mais efeitos colaterais, merecendo atenção médica redobrada. 
 Medicamentos antidepressivos e outros agentes com ação no sistema nervoso 
central são utilizados em quadros de dores crônicas provocadas pela LER – 
DORT ou quando associadas aos sintomas de humor e/ou ansiedade. 
Intervenção cirúrgica é indicada para casos associados a más formações e 
deformidades ósteo-musculares irreversíveis ao tratamento medicamentoso. 
 
PREVENÇÃO DA LER – DORT 
 
 Identifique tarefas, ferramentas ou situações que causam dor ou desconforto 
e converse sobre elas com os profissionais da Comissão de Saúde Ocupacional 
e com sua chefia. 
 Faça revezamento nas tarefas. 
 Procure aprender outras tarefas que exijam outros tipos de movimento. 
 Faça pausas obrigatórias de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados, 
evitando ultrapassar 6 horas de trabalho diário de digitação. 
 Auxilie na identificação das posições incorretas e forçadas no trabalho. Ao 
mesmo tempo, procure dar sugestões sobre o que fazer. 
 Informe claramente à sua chefia quando o tempo determinado para realizar 
uma tarefa for reduzido. 
 Diante dos sintomas de dor ou formigamento nos membros superiores, 
procure um médico. 
 Procure conhecer os recursos de conforto do seu posto de trabalho. 
 Procure adotar as posturas corretas. 
 Levante-se de tempos em tempos, ande um pouco, espreguice-se, faça 
movimentos contrários àqueles da tarefa. 
 
 
 
 
 
 
14 
 
LOMBALGIA 
 
Dor que acomete a região lombar inferior, lombossacrais ou sacroilíacas 
da coluna lombar, pode se irradiar para uma ou ambas as nádegas ou para as 
pernas na distribuição do nervo ciático (dor ciática). 
 
VARIZES 
Degeneração que ao longo do tempo as paredes das veias perdem a 
elasticidade e firmeza dando origem às varizes. 
 
Higiene Ocupacional: 
Conhecida como a higiene do trabalho ou industrial, tem como objetivo 
proporcionar melhor condição de trabalho em ambientes insalubres, proteger e 
promover a saúde do trabalhador, proteger o meio ambiente. 
 
Fases da Higiene Ocupacional: 
 Antecipação de riscos: é a fase onde é realizada a avaliação dos riscos 
potenciais e estabelecido medidas preventivas antes que ocorra algum risco. 
 Reconhecimento dos riscos: identificação de agentes lesivos existentes. 
 Avaliação de riscos: avaliação quantitativa dos agentes reconhecidos no 
ambiente de trabalho. 
 Controle de riscos: eliminação ou redução de riscos potenciais, avaliados e 
reconhecidos no ambiente de trabalho. 
 
Notificação das doenças do trabalho: 
Acidentes de trabalho: conforme o Artigo 19 da Lei 8213/91, Decreto 
3048/99 é considerado como acidente de trabalho o que ocorre pelo exercício 
do trabalho a serviço da empresa, com o segurado empregado, que provoca 
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, perda ou redução, 
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. 
Condições Inseguras – são condições que são ligadas ao objeto com os 
quais lidamos ou dos quais dependemos para o desenvolvimento das atividades 
laborais. Ex.: 
 Iluminação inadequada; 
 Deficientes condições sanitárias; 
 
15 
 
 Máquinas em condições ruins; 
 Matéria prima inadequada; 
 Falta de qualificação profissional; 
 EPI inadequado; 
 Carga horária; 
 Falhas administrativas; 
 Falhas no treinamento. 
 
Atos Inseguros – é todo ato capaz de provocar algum dano ao trabalhador, 
a terceiros ou a maquinas e utensílios. Ex.: 
 Trabalhador embriagado; 
 Usar equipamentos defeituosos; 
 Lentidão; 
 Sono, fadiga; 
 Ganhar tempo; 
 Manipulação indevida de máquinas e equipamentos; 
 Não usar EPI ou usar inadequadamente; 
 Brincadeiras ou exibicionismo; 
 Distração; 
 Repetitividade; 
 Negligência; 
 Imperícia; 
 Autoconfiança; 
 Desmotivação. 
 
Prevenção da falha humana: 
 Treinamento adequado; 
 Demonstração do funcionamento dos equipamentos; 
 Seleção adequada dos funcionários para diversas funções; 
 Reciclagem; 
 Reuniões periódicas com os funcionários; 
 Checagem dos funcionários em treinamento e reciclagem; 
 Acompanhamento dos funcionários novos; 
 Remanejamento dos funcionários descontentes; 
 
16 
 
 Controle dos fatores estressantes; 
 Supervisão de todos os funcionários; 
 Fixação de cartazes com orientações do dia a dia. 
 
Prevenção: 
Prevenção primária – Ensino e orientação de grupos de trabalhadores, 
em relação à alimentação, hidratação, repouso, exercícios, postura, 
funcionamento de órgãos e sistemas, vida sexual, recreação, higiene e 
profilaxia, distribuição de materiais educativos. Todas as ações voltadas paraa 
prevenção de qualquer dano a saúde do trabalhador (Vacinação). 
Prevenção secundária – Consulta e atendimento de enfermagem 
relacionados aos agravos da saúde, prestação e cuidados de enfermagem nas 
emergências e nos problemas graves, encaminhando o profissional à um 
atendimento mais apropriado quando necessário. Ações que visam evitar uma 
seqüela irreversível e a recuperação o mais rápido possível do profissional 
(Controle de Pressão Arterial). 
Prevenção terciária – Assistência aos portadores de seqüelas, produzidas 
pelas condições de trabalho, reintegração física, mental e social do trabalhador 
ao seu ambiente ocupacional. Ações voltadas para a reabilitação (Fisioterapia). 
 
Saúde mental do trabalhador: 
Tanto o estresse como a depressão está relacionada com a saúde mental 
do trabalhador. Vivemos numa sociedade capitalista e que sem o nosso 
trabalho não podemos ter o que almejamos, o trabalho é cada vez mais 
indispensável ao trabalhador. Ambientes agitados com alto grau de 
competitividade acabam levando o trabalhador a um sofrimento que irá 
desencadear mais cedo ou mais tarde em alguma patologia. Faz-se necessário 
que o empregador tenha a preocupação com a saúde mental do trabalhador, 
garantindo assim, uma maior produtividade. 
 
INFECÇÃO HOSPITALAR 
 
O Ministério da Saúde em 1983 reconheceu os problemas da infecção 
hospitalar e suas conseqüências, foi elaborado uma portaria de n° 196 de 24 de 
junho, que constavam no anexo II os critérios para identificação e diagnóstico 
 
17 
 
da infecção hospitalar. É qualquer infecção adquirida após a internação do 
paciente que se manifesta durante a internação, ou quando após a alta possa 
ser relacionada a internação/ procedimentos hospitalares. INFECÇÃO – 
Resposta inflamatória provocada pela invasão ou presença de microrganismos 
em tecidos orgânicos. Infecção Comunitária: Constatada ou incubada no ato da 
admissão hospitalar do paciente, desde que não seja relacionada com a 
internação anterior. 
Pode ser também as complicações ou a extensão da infecção já presente 
na admissão hospitalar. 
Infecção do RN por aquisição transplacentária ou via vertical descoberta 
logo após o nascimento Ex.: Herpes simples, Toxoplasmose, rubéola, sífilis e 
AIDS. 
Infecção Cruzada: é a infecção ocasionada pela transmissão de um 
microorganismo de um paciente para o outro, geralmente pelo pessoal, 
ambiente ou instrumento contaminado. 
Métodos de controle da Infecção Hospitalar: Evitar jóias, cabelos soltos, 
manter jaleco sempre abotoado, unhas sempre curtas. Lavagem correta das 
mãos a cada procedimento. Uso correto de EPI’s equipamentos de proteção 
individual: luvas, óculos de acrílico, máscara facial, avental impermeável, gorro, 
pro - pé. 
Precauções, são aquelas usadas quando houver contato direto ou 
indireto com uma situação de risco de contaminação, existem três precauções: 
precaução padrão, de contato e respiratória. 
Medidas de precaução da CCIH CCIH – Comissão de Controle de 
Infecção Hospitalar, órgão que atua dentro da unidade hospitalar com 
autoridade máxima na instituição para a execução das ações de controle de IH. 
Principais objetivos: Consolidação e divulgação de dados; Relatórios; 
Determinação de índices endêmicos, tendências e do perfil epidemiológico das 
infecções hospitalares; Implantação de medidas de controle, normas e rotinas 
de procedimentos invasivos; Métodos de proteção anti-infecciosas; Tratar 
isolamentos e precauções; Promover atividades educativas; Cumprir exigências 
legais. 
Precauções básicas e Isolamento: A prevenção da disseminação de 
patógenos no ambiente hospitalar exige a necessidade de instituir e manter 
 
18 
 
medidas de controle durante o período de transmissibilidade para cada doença 
em particular. Devem ser aplicadas em todas as situações de atendimento a 
pacientes, independentes de suspeita de doença transmissível. Visam prevenir a 
transmissão hospitalar de microorganismos, inclusive quando a fonte é 
desconhecida. 
 
INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA 
 
Morfologia e Estrutura Bacteriana 
As bactérias são extremamente variáveis quanto ao tamanho e formas 
que apresentam. 
Estrutura da Bactéria: possuem um único cromossomo constituído por 
uma molécula de DNA, soldadas em blocos de proteínas formando uma 
estrutura fechada, denominada Nucleoide. Ligado a uma invaginação da 
membrana plasmática (mesossomo) onde estão as enzimas respiratórias, 
possuem também parede celular e um invólucro que as protege de vírus, 
substâncias tóxicas, células fagocitárias e anticorpo. Muitas bactérias possuem 
um sistema de locomoção próprio, constituído por um ou mais flagelos e para 
aderir a substratos sólidos e aos tecidos dos organismos parasitados, as bactérias 
possuem pilo ou fímbrias (filamentos de natureza protéica, mas curtos e muito 
mais finos que os flagelos). 
 
Forma das Bactérias: apresentam grande variedade de acordo com o 
grupo a que pertencem. As formas mais comuns são: bastonetes (formas 
alongadas), cocos (formas esféricas), vibriões (forma de vírgula), e espirilos ou 
espiroquetas (formas espiraladas). 
 
19 
 
 Em relação às formas, a maioria das bactérias estudadas segue um 
padrão menos variável, embora existam vários tipos morfológicos distintos. E 
podem ser agrupadas em três tipos (figura 11): cocos (são células esféricas que 
agrupadas aos pares, é denominada “diplococos”, quando constitui uma cadeia 
de cocos são denominados “estreptococos”, e em grupos irregulares lembrando 
um cacho de uvas recebem a designação de “estafilococos”), bacilos (são células 
cilíndricas, em forma de bastonetes, se apresentam isoladamente, mas podem 
ser observados pares “diplobacilos” ou em cadeias “estreptobacilos”), e espirilos 
(são células espiraladas e se apresentam isoladamente). 
Cocos: São bactérias grandes ou pequenas, de formas ovaladas ou 
arredondadas, achatadas ou alongadas em uma de suas extremidades, vivem 
isoladas ou em colônias, que nada mais é do que o agrupamento de bactérias. 
Os cocos sofrem processo de divisão e após o mesmo, permanecem unidos 
formando pares (diplococos), às vezes formam cachos (estafilococos) ou cadeias 
(estreptococos). Há um grande número destas bactérias que estão associadas à 
patogênese (modo como os agentes etiopatogénicos agridem o nosso 
organismo), humana e animal. Existem espécies Gram positivas e Gram 
negativas. 
 Os diplococos é um conjunto de bactérias características de cocos 
associados aos pares, entre os diplococos patogênicos mais comuns podemos 
citar: Streptococcus pneumoniae, Neisseria gonorrhoeae, Nisseria meningitidis. 
 
20 
 
 
Figura 11 Formas de Bactérias. Fonte; www.google.com.br 
 
BACILOS OU BASTONETES. 
 
 Existe uma gama de bacilos associados à patogênese humana e animal, 
e eles podem ser longos, espessos, delgados, curtos, com extremidades finas, 
arredondadas ou retas em um de seus lados. Como mencionado anteriormente, 
os bacilos também sofrem um processo de divisão e permanecem juntos 
formando pares diplobacilos, ou cadeias estreptobacilos. 
Podemos citar como exemplo: a bactéria causadora da tuberculose 
(bacilo de Cock) Mycobacterium tuberculosis e a bactéria Mycobacterium leprae 
responsável pela hanseníase, e o bacilo do gênero Conybacterium, causador da 
difteria. 
 
ESPIRILOS OU ESPIRALADAS. 
 
 Sua nomenclatura é bastante controvertida ainda, a classificação divide 
os espiralados em dois grupos: espiroquetas (apresentam uma forma de espiral 
flexível, possuindo flagelos Peri-plasmáticos), o outro grupo são os espirilos, que 
exibem morfologia com espiral incompleta. 
 Os espiraladossão microrganismos bastante afilados, de difícil 
observação por microscopia de campo claro, sendo muitas das vezes analisados 
 
21 
 
por microscopia de campo escuro, ou técnica de coloração empregando sais de 
prata. 
 
PAREDE CELULAR. 
 
As paredes celulares das bactéria são tipicamente compostas 
por peptidioglicanos (polímeros de polissacarídeos ligados a proteínas como 
a mureína, com funções protetoras). 
Quando a parede exterior tem esta composição, a célula tinge de cor 
púrpura quando fixada com violeta-cristal, uma preparação conhecida 
como técnica de Gram - bactérias "Gram-positivas". 
Outras bactérias possuem uma membrana externa, que se sobrepõe a 
uma fina camada de peptidioglicanos, essa membrana externa é formada por 
carboidratos, lípidos e proteínas. Estas bactérias não tingem de púrpura com o 
corante de Gram - "Gram-negativas". 
Muitos antibióticos, incluindo a penicilina e seus derivados, agem 
inibindo o processo de síntese da parede celular bacteriana durante a divisão 
binária. 
A parede celular bacteriana contém em algumas espécies infecciosas a 
endotoxina lipopolissacarídeo (LPS) uma substância que leva a reação excessiva 
do sistema imunitário, podendo causar morte no hóspede devido a choque 
séptico. 
 
PARASITOLOGIA 
 
É toda planta ou animal que vive dentro de, sobre ou com outro ser 
vivente, do qual obtém alimento, proteção ou outra vantagem. 
 Os seres vivos, vegetais e animais possuem um inter-relacionamento 
fundamental para a manutenção da vida. Podemos até afirmar que nenhum ser 
vivo é capaz de sobreviver e reproduzir-se independentemente de outro. 
Entretanto, esse relacionamento varia muito entre os diversos reinos, filo, 
ordens, gêneros e espécies. 
 A ciência que estuda a interdependência funcional entre bactérias, 
protozoários, vegetais, animais e meio ambiente e a ecologia, responsável 
também por estudar as estruturas e funções da natureza. 
 
22 
 
AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O HOSPEDEIRO. 
 
 Nem sempre a presença de um parasito indica que há ação patogênica 
do mesmo no hospedeiro, esta ausência de patogenicidade depende da fase 
evolutiva do parasito, e tem curta duração. A parasitose é uma doença 
decorrente do desequilíbrio entre parasito e hospedeiro, depende de vários 
fatores: inerentes ao parasito (forma e número de infectantes, virulência da 
cepa, metabolismo, tamanho, etc.), inerentes ao hospedeiro (idade e estado 
nutricional, órgãos atingidos, associação do parasito com outra espécie e 
resposta imune e intecorrência de outras doenças). Portanto, a morte do 
hospedeiro não é vantagem para o parasito, por que representaria também a 
sua morte. A patogenicidade dos parasitos é muito variável, depende da ação: 
1. Ação Espoliativa – Quando os parasitos absorvem nutrientes ou até 
mesmo sangue do hospedeiro, é o caso do Ancylostomidae, que 
ingerem sangue da mucosa intestinal para obtenção de ferro e oxigênio 
e não como nutrição direta, deixando pontos hemorrágicos na mucosa, 
após abandonarem o local da sucção e também o hematofagismo dos 
triatomíneos (mosquitos). 
2. Ação Tóxica – Algumas espécies produzem enzimas ou metabolitos que 
lesam o tecido do hospedeiro, exemplo: as reações alérgicas provocadas 
pelos metabolitos do Ascaris lumbricoides, as reações teciduais no 
intestino, fígado e pulmões, produzidas pelas secreções no miracídio 
dentro do ovo de Schistosoma mansoni. 
3. Ação Mecânica – Há espécies capazes de impedir o fluxo dos alimentos, 
bile ou absorção alimentar (Ascaris lumbricóide, obstruindo uma alça 
intestinal, e a Giardia lamblia no duodeno). 
4. Ação Traumática – Provocada por formas larvárias de helmintos, na 
maioria dos casos, embora vermes adultos e protozoários sejam capazes 
de fazê-lo (úlceras intestinais provocadas pelos Ancylostomidae e 
Trichuris trichura; o rompimento das hemácias pelos plasmodium. 
5. Ação Enzimática – Ocorre na penetração da pele por cercarias de 
Schistosoma mansoni; a ação de Entamoeba histolytica ou dos 
Ancylostomidae lesando o epitélio intestinal para obter alimento. 
Qualquer parasito que consuma o O2, da hemoglobina é capaz de 
causar uma anemia. 
 
23 
 
 
PROTOZOÁRIOS. 
 
 O sub-reino protozoa é constituído por cerca de 60.000 espécies 
conhecidas, das quais 50% são fósseis e o restante vive até hoje; destes, umas 
10.000 espécies são parasitos dos mais variados animais e apenas algumas 
espécies infectam o homem. O protozoa é dividido em sete filos: 
Sarcoimastigophora, Apicomplexa, Ciliophora, Micrósporo, Labyrinthomorpha, 
Ascetospora e Myxospera; destes apenas os quatro primeiros tem interesse em 
parasitologia humana. 
 Os protozoários englobam todos os organismos protistas, eucariotas, 
constituídos por uma única célula, apresentam as mais variadas formas, 
processos de alimentação, reprodução, locomoção e excreção, todas as funções 
mantenedoras da vida. Para cada função existe uma organela própria, como: 
núcleo bem definido com envelope nuclear; alguns protozoários têm apenas 
um núcleo, outros possuem dois ou mais semelhantes. Os ciliados possuem dois 
núcleos, um macronúcleo “vegetativo relacionado com a síntese de DNA e 
RNA” e micronúcleos “reprodução sexuada e assexuada”. 
 A morfologia dos protozoários varia de acordo com a fase evolutiva e o 
meio à que se adaptou; podendo ser ovais, alongados e esféricos; alguns são 
revestidos de cílios, outros possuem flagelos, e aquele que não possuem 
nenhuma organela especializada. Dependendo da atividade fisiológica, 
algumas espécies possuem fases bem definidas, como: 
 Trofozoítos – forma ativa do protozoário, na qual se alimenta e se 
reproduz por diferentes processos. 
 Cistos e Oocistos – formas de resistência, o protozoário secreta uma 
parede resistente “parede cística” quando este estiver em meio 
impróprio ou em fase de latência (podem ser encontrados em tecidos 
ou fezes do hospedeiro), já, os oocistos são encontrados nas fezes do 
hospedeiro, provenientes da reprodução assexuada. 
 Gameta – forma sexuada, o gameta masculino é o microgameta, e o 
feminino é o macrogameta, aparecem nas espécies do filo Apicomplexa. 
 
24 
 
 
 
 
 
HELMINTOS. 
 
Os helmintos é um grupo numeroso de animais, é inclui espécies de vida 
parasitária e de vida livre, apresenta três filos: Platyhelmintes, Nematódea e 
Acanthocephala. 
 
Filo Platyhelmintes – do grego platy, que significa chato, é os 
representantes dos helmintos mais inferiores e são caracterizados por ter 
simetria bilateral, uma extremidade anterior com órgãos sensitivos e de fixação 
e uma extremidade posterior, sem endo-esqueleto, com ou sem tubo digestivo, 
sem ânus, sem aparelho respiratório, sistema excretor tipo protonefrídico, com 
tecido conjuntivo enchendo os espaços entre os órgãos. 
 
CLASSE TREMATODA. 
 
São endoparasitos ou ectoparasitos, que quando adultos não possuem 
epiderme e cílios externos; corpo recoberto por uma cutícula e não 
segmentados, possuindo uma ou mais ventosas; com tubo digestivo, ânus 
geralmente ausente; hermafroditas ou não; evolução simples ou com 
hospedeiro intermediário. Tem como característica habitual o achatamento 
dorsal, às vezes recurvado, com face ventral côncava, de contorna alongado ou 
oval; e algumas vezes parecem volumosas, com extremidade posterior alongada 
e a anterior truncada e afilada. 
 A classe trematoda compreende três grupos de parasitos: Monogenea, 
Aspidogasrea e Digenea; a última tem maior interesse, por conter 
representantes que afetam o homem. 
 
 
25 
 
 
Schistosoma mansoni 
 
CLASSE CESTODA.São endoparasitos desprovidos de epiderme, de cavidade geral e de 
sistema digestivo; os órgãos de fixação localizam-se na extremidade anterior; o 
corpo se apresenta alongado e constituído por segmentos, lembrando os 
trematódeos. Um cestódeo típico apresenta três regiões distintas: escólice, onde 
localiza os órgãos de fixação; colo ou pescoço suporta o escólice e faz a ligação 
com a terceira região, que é o estróbio, segmentado nas formas polizóicas. Esta 
classe compreende duas subclasses: Cestodaria e Eucestoda, sendo esta última 
com varias ordens, das quais apenas a Pseudophyllidea e Cyclophyllidea 
interessam por parasitarem o homem. 
 Os cestódeos são recobertos de uma cutícula, que repousa diretamente 
sobre o mesenquima, que nos taeniidae é rico em corpúsculos calcários 
(carbonato de cálcio). O sistema nervoso é, constituído basicamente por 
gânglios na base do escólice e nervos laterais, interligados por comissuras, não 
existe órgãos sensoriais especiais. 
 
FILO NEMATODA. 
 
 Neste grupo são encontrados representantes com os mais variados tipos 
de vida e habitat, desde espécies saprófitas de vida livres aquática ou terrestre 
até parasitos de vegetais, invertebrados e vertebrados. Recentemente com os 
avanços da biotecnologia já nos permite agrupar os nematóides em duas 
classes: 
 São vermes com simetria bilateral, três folhetos germinativos, sem 
segmentação verdadeira ou probóscide, cilíndricos, alongados, sem células em 
flama, cavidade geral sem revestimento epitelial, tamanho variável em 
milímetros a dezenas de centímetros, tudo digestivo completo, com abertura 
anal ou cloacal terminal ou próxima da extremidade anterior; sexos separados 
 
26 
 
(dióicos), o macho é menor que a fêmea, corpo revestido por cutículas acelular, 
lisa ou com estriações. 
 
MICOSES. 
 
 As micoses estão divididas em: 
Micoses Superficiais – os agentes de micoses superficiais formam um 
grupo heterogêneo de fungos que não sensibilizam o individuo, não provocam 
reações alérgicas a distancia como os agentes de micoses cutâneas, alguns 
exemplares (Malassezia furfur, Hortaea werneckii, Tricosporon sp., Piedraia 
hortae) são os fungos envolvidos neste tipo de micose. 
- Malassezia furfur: Agente da pitiríase versicolor, afecção cutânea 
assintomática que se caracteriza por placas descamativas de diferentes cores 
(castanho avernmelhadas, marrom ou branco). 
 
- Hortaea wernekii: agente tinha negra, lesão que se caracteriza pela 
formação de manchas pouco descamativas de coloração castanha ou preta, 
principalmente nas palmas das mãos, essas lesões aumentam de tamanho 
durante meses ou anos. 
 
- Trichosporon sp.: causa piedra branca, que consiste em nódulos 
castanhos claros e macios em torno de pelos da região genital, axilar e do couro 
cabeludo, os nódulos são menos aderentes que os da piedra negra. Nos 
pacientes com imunodeficiência, pode ocorrer invasão do sangue, dos rins, dos 
pulmões e da pele. 
 
 
27 
 
- Piedraia hortae: produz piedra negra, que consiste em nódulos duros, 
pretos e firmes em torno dos cabelos. 
 
 
Micoses Cutâneas – Agrupam as dermatofitoses e as candidíase cutâneas. 
Os agentes das micoses cutâneas atacam a epiderme e as camadas mais 
profundas da córnea, chegando a produzir granulomas, se localizadas na pele, 
pêlos, unhas e mucosas. 
 Os dermatófitos são fungos relacionados entre si que invadem a 
queratina morta, pertence aos gêneros Microsporum, Epidermophyton e 
Trchophyton. A espécies geofilicas vivem principalmente no solo; as zoofílicas, 
em animais; as antropofílicas, nos seres humanos; esses fungos infectam locais 
específicos do corpo, que servem de base para o diagnóstico clínico. 
- Microsporum canis: causam dermatofitose do corpo e do couro 
cabeludo, geralmente encontrados em crianças adquiridos de animais 
infectados como gatos e cães. 
- Microsporum gypseum: causa dermatofitose inflamatpria do corpo ou 
couro cabeludo, contraído por dermatofitose inguinal. 
- Epidermophyton floccosum: dermatofitose epidêmica (pé de atleta) em 
locais de veraneio, bem como dermatofitose inguinal. 
- Trichophyton rubrum: dermatofitose do corpo, dos pés, da virilha e das 
unhas; em pacientes imunodeprimidos, pode causar nódulos ou abscessos 
subcutâneos. 
- Trichophyton mentagrophytes: dermatofitose inflamatória nos pés, no 
corpo, nas unhas, na barba e no couro cabeludo; é causa comum de pé de 
atleta, apresenta as variedades granular e cotonosa. 
- Trichophyton verrucosum: dermatofitose de couro cabeludo, da barba 
ou do corpo, geralmente adquirida por contato com o gado infectado. 
- Trichophyton shoenleinii: dermatofitose do couro cabeludo chamado 
FAVO (tinha favosa) com alopecia definitiva, raramente, dermatifitose de corpo 
ou das unhas. 
 
28 
 
 
VIROLOGIA. 
 
Vírus são organismos biológicos com capacidade de automultiplicação, 
através de sua estrutura celular. É uma palavra que vem do Latim tendo como 
significado toxina ou veneno. Os vírus são capazes de provocar doenças em 
animais é vegetal, porém as doenças virais não são novas, como também não 
houve nenhum estudo sobre os vírus antes do século XX. 
 No sistema tradicional de classificação dos seres vivos, os vírus não estão 
incluídos, uma vez que estes não apresentam características e morfológicas e 
celulares e são tão pequenos que podem penetrar nas células das menores 
bactérias que se conhecem. Os vírus são extremamente simples e por não 
possuir organização celular, metabolismo próprio e não se reproduzir fora de 
uma célula hospedeira difere dos demais seres vivos; são parasitas intracelulares 
obrigatórios e também responsáveis por varias doenças infecciosas. 
 Agem na célula infectada inibindo o funcionamento do material 
genético e passa a comandar a síntese de proteínas, os vírus atacam células 
procarióticas (bactérias) e células eucarióticas (de animais, fungos e vegetais), e 
muitos retrovírus (vírus com RNA), possuem genes denominados oncogenes, ou 
seja, este vírus induz as células infectadas à divisão celular descontrolada, 
ocasionando a formação de tumores cancerosos. 
 
ESTRUTURA 
 
 Os vírus são extremamente simples, mas alguns possuem uma estrutura 
mais complexa, são formados basicamente por um envoltório ou cápsula 
protéica onde fica armazenado o material hereditário, que pode ser tanto ácido 
desoxirribonucléico (DNA) ou o ácido ribonucléico (RNA), e esses dois ácidos 
nunca estão presentes em um mesmo vírus; com em todos os seres vivos o DNA 
e o RNA, trabalham dentro da mesma célula, um é portador das informações 
genéticas e o outro traduz as informações. 
 Os vírus são formados por uma cápsula chamada de (capsídeo) 
composto de substâncias protéicas, ácidos nucléicos (DNA e RNA); o capsídeo 
protege o material viral e é capaz de combinar quimicamente as substancias 
 
29 
 
presentes na superfície das células, permitindo que o vírus reconheça e ataque a 
célula para hospeda - lá. 
 Os vírus apresentam uma grande variedade de forma e tamanho, onde 
os principais vírus têm de 15 – 300 nm, o vírus da varíola mede (300 x 250 x 100 
nm) é o menor vírus humano é o da poliomielite com 20 nm de diâmetro. Num 
mesmo grupo as medidas citadas por alguns autores podem variar, isso se deve, 
as diferenças nas técnicas empregadas. Os vírus de diferentes famílias 
apresentam morfologias diferentes, o que facilita o diagnóstico de doenças 
virais e no reconhecimento de novos vírus responsáveis por infecções. 
 Um vírus pose se apresentar sob vários formatos, como: esféricos 
(influenza vírus), bastão (vírus do mosaico do tabaco), projétil (vírus daraiva) e 
de ladrilho (poxvírus), e assim, as diferenças protéicas agem de forma especifica 
com as proteínas expostas nas membranas celulares identificando as células 
susceptíveis a certos vírus. O vírus da poliomielite é especifico de células 
nervosas, intestinal e mucosa da garganta; rubéola e varíola têm afinidade por 
células dos tecidos humanos. 
 Há vírus que infectam apenas bactérias (bacteriófagos ou fagos), os que 
infectam apenas os fungos (micófagos), temos também os que infectam as 
plantas (vírus de plantas) e finalmente os vírus que infectam os animais (vírus de 
animais). 
 Os vírus são compostos pelas seguintes estruturas: 
1. Ácido nucléico – molécula que carrega o genoma viral. 
2. Capsídio – envoltório protéico que protege o material genético do vírus. 
3. Nucleocapsídeo – é formado pelo capsídeo e o ácido nucléico. 
4. Capsômeros – subunidades protéicas “monômeros” que constituem o 
capsídeo. 
5. Envelope – membrana rica em lipídios que envolvem a partícula viral 
externamente. 
6. Peplômeros ou espículas – estruturas proeminentes, constituídas por 
glicoproteínas e lipídios, que estão ancoradas ao envelope, expostas na 
superfície. 
 
30 
 
 
 
REPLICAÇÃO VIRAL. 
 
 Os vírus para se replicarem necessitam de uma célula hospedeira e 
seguem um mecanismo que pode variar de acordo com a virose, toda via, há 
certos princípios similares; o primeiro passo do ciclo de infecção é quando o 
vírus mãe (vírion) se liga a superfície da célula a ser invaginada; em um segundo 
momento o vírion penetra no citoplasma ou em alguns casos injeta o material 
genético do vírus no interior da célula, e o capsídeo permanece fora da célula; o 
terceiro passo e quando ocorre a penetração total do vírus e o 
desenvelopamento (liberação do material genético do capsídeo). 
Passos da replicação viral. 
1. Reconhecimento da célula alvo. 
2. Ligação do vírus à célula por adsorção. 
3. Penetração. 
4. Perda do capsídeo ou "despir" do vírus. 
5. Síntese de macromoléculas: A) RNA m e síntese protéica: genes não-
estruturais para enzimas e proteínas que atuam conjuntamente com 
os ácidos nucléicos. B) Replicação do genoma. C) RNA m tardio e 
Síntese protéica: proteínas estruturais. 
6. Modificação das proteínas pós-tradução. 
7. Montagem do vírus. A) Ligação do envelope viral. 
8. Libertação do vírus. 
9. O vírus está em condições de infectar novas células. 
 Há quatro mecanismos que podemos dizer que faz parte do ciclo de 
vida de todos os vírus, que são: 
1. Penetração do vírus na célula: ocorre a absorção e fixação do vírus na 
superfície celular e logo em seguida a penetração através da 
membrana celular. 
 
31 
 
2. Eclipse: o vírus fica adormecido sem mostrar sinais de sua presença ou 
atividade. 
3. Multiplicação: ocorre quando há replicação de ácido nucléico e as 
sínteses das proteínas do capsídeo; os ácidos nucléicos e as proteínas 
sintetizadas desenvolvem com rapidez e produzem nova partícula 
viral. 
4. Liberação: as novas partículas virais são liberadas para infectar células 
sadias. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS VÍRUS. 
 
 Quanto ao formato: 
 
 
 
 
 - Quanto ao tipo de material genético: 
 Os vírus possuem material genético que pode ser DNA ou RNA, os que 
possuem DNA são conhecidos como “desoxivírus” e são mais estáveis; e 
possuem duas configurações nucléicas fita simples e fita dupla. 
1. DNA fita simples: 
 
 
2. DNA fita dupla: 
 
32 
 
 
 
 
 Os vírus que tem a composição por RNA (ribovírus) são instáveis e 
também possuem duas configurações nucléicas. 
 
1. RNA fita simples: 
 
 
 
2. RNA fita dupla: 
 
- Quanto ao envoltório: 
 O envelope é uma estrutura membranosa similar à da membrana das 
células vivas formadas por lipídios, proteínas e glicoproteínas; a maioria dos 
envelopes é polimórfica ou redonda. O envelope pode ser destruído por 
detergentes ou solventes químicos (éter ou clorofórmio) tornando o vírus 
inativo. 
 
 
TRANSMISSÃO DOS VÍRUS. 
 
 Os vírus podem ser transmitidos de varias formas: 
 Por contato direto; pela respiração; pelas secreções gastrointestinais ou 
das mucosas; por picadas de insetos ou material perfuro cortante e por 
transplante de tecidos e órgão, e transfusão de sangue. 
 
33 
 
Modo de transmissão de alguns vírus: 
 Via respiratória - Rhinovírus, Adenovírus, Paramyxovírus, Orthomyxovírus, 
Coronavírus. 
 Fecal/oral - Picornavírus, Adenovírus, Reovírus. 
 Contato sexual, transplantes de tecidos e órgãos, materiais perfuro 
cortante (seringa) - Herpesvírus, Retrovírus, Hepadnavírus. 
 Artrópodes ou mordida de animais – Togavírus (rubéola), Flavivírus 
(Febre amarela), Bunyavírus, Arenavírus (Febre Lassar e Febre 
Hemorrágica), Rabdovírus (Raiva), Reovírus. 
 
FUNGOS 
 
Os fungos constituem um grupo de microrganismos que têm grande 
interesse prático e científico para os microbiologistas. 
Suas manifestações são familiares: todos já viram os crescimentos em 
laranjas, limões e queijos, nas prateleiras de armazéns. De um modo geral, os 
fungos incluem os bolores e as leveduras. A palavra bolor tem emprego 
pouco nítido, sendo usada para designar os mofos, as ferrugens e o carvão. 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS 
 
A presença de substâncias quitinosas na parede da maior parte das espécies 
fúngicas e a sua capacidade de depositar glicogênio os assemelham às 
células animais. Os fungos são seres vivos eucarióticos, com um só núcleo, 
como as leveduras, ou multinucleados, como se observa entre os fungos 
filamentosos ou bolores. 
 
Seu citoplasma contém mitocôndrias e retículo endoplasmático rugoso. São 
heterotróficos e nutrem-se de matéria orgânica morta - fungos saprofíticos, 
ou viva — fungos parasitários. Suas células possuem vida independente e 
não se reúnem para formar tecidos verdadeiros. Os componentes principais 
da parede celular são hexoses e hexoaminas, que formam mananas, 
ducanas e galactanas. Alguns fungos têm parede rica em quitina (N-acetil 
glicosamina), outros possuem complexos polissacarídeos e proteínas, com 
 
34 
 
predominância de cisteína. 
 
ESTRUTURA DOS FUNGOS 
 
Os fungos podem se desenvolver em meios de cultivo especiais formando 
colônias de dois tipos: 
 
-leveduriformes; 
-filamentosas. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGOS 
 
O Reino Fungi é dividido em seis filos ou divisões dos quais quatro são de 
importância médica: Zygomycota, Ascomycota, Basidiomycota e 
Deuteromycota. 
 
DIVISÃO ZYGOMYCOTA 
Inclui fungos de micélio cenocítico, ainda que septos podem separar 
estruturas como os esporângios. A reprodução pode ser sexuada, pela 
formação de zigosporos e assexuada com a produção de esporos, os 
esporangiosporos, no interior dos esporangios. Os fungos de interesse 
médico se encontram nas ordens Mucorales e Entomophthorales. 
 
DIVISÃO ASCOMYCOTA 
Agrupa fungos de hifas septadas, sendo o septo incompleto, com os típicos 
corpos de Woronin. A sua principal característica é o asco, estrutura em 
forma de saco ou bolsa, no interior do qual são produzidos os ascosporos, 
esporos sexuados, com forma, número e cor variáveis para cada espécie. 
Algumas espécies produzem ascocarpos e ascostromas no interior dos quais 
se formam os ascos Conídios, propágulos assexuados. são também 
encontrados. As espécies patogênicas para o homem se classificam em três 
classes: Hemiascomycetes, Loculoascomycetes e Plectomycetes. 
 
 
35 
 
 
DIVISÃO BASIDIOMYCOTA 
Compreendem fungos de hifas septadas, que se caracterizam pelaprodução 
de esporos sexuados, os basidiosporos, típicos de cada espécie. Conídios ou 
propágulos assexuados podem ser encontrados. A espécie patogênica mais 
importante se enquadra na classe Teliomycetes. 
Divisão Deuteromycota 
Engloba fungos de hifas septadas que se multiplicam apenas por conídios e 
por isso são conhecidos como Fungos Imperfeitos. Os conídios podem ser 
exógenos ou estar contidos em estruturas como os picnídios. Entre os 
Deuteromycota se encontra a maior parte dos fungos de importância 
médica. 
 
REPRODUÇÃO DOS FUNGOS 
Os fungos se reproduzem em ciclos assexuais, sexuais e parassexuais. 
 
Segundo Alexoupolos, a reprodução assexuada abrange quatro 
modalidades: 
 
1) fragmentação de artroconídios; 
 
2) fissão de células somáticas; 
 
3) brotamento ou gemulação do blastoconídios-mãe; 
 
4) produção de conídios. 
 
 
METABOLISMO 
Os fungos são microrganismos heterotróficos e, em sue maioria, aeróbios 
obrigatórios. No entanto, certas leveduras fermentadoras, aeróbias 
facultativas, se desenvolvem em ambientes com pouco oxigênio ou mesmo 
na ausência deste elemento. Os fungos podem germinar, ainda que 
lentamente, em atmosfera de reduzida quantidade de oxigênio. O 
 
36 
 
crescimento vegetativo e a reprodução assexuada ocorrem nessas 
condições, enquanto a reprodução sexuada se efetua apenas em atmosfera 
rica em oxigênio. Os fungos, como todos os seres vivos, necessitam de água 
para o seu desenvolvimento. Alguns são halofílicos, crescendo em ambiente 
com elevada concentração de sal. 
 
A temperatura de crescimento abrange uma larga faixa, havendo espécies 
psicrôfilas, mesófilas e termófilas. Os fungos de importância médica, em 
geral, são mesófilos, apresentando temperatura ótima, entre 20° e 30°C.

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