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Cosmeticos Orgânicos e Nanotecnologia

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL BARRIGA VERDE - FEBAVE 
CENTRO UNIVERSITÁRIO BARRIGA VERDE – UNIBAVE – CAMPUS ORLEANS 
CURSO: FARMÁCIA 
PROFESSOR: FERNANDO MATEUS SCREMIN 
DISCIPLINA: COSMETODOLOGIA 
ACADÊMICO: ALEXANDRE JOÃO MARTINS NETO 
Nanotecnologia aplicada a cosmetologia 
 
Atualmente, a nanotecnologia voltada para a cosmética concentra-se 
principalmente em produtos destinados à aplicação na pele do rosto e do corpo, com 
ação antienvelhecimento e de fotoproteção. As nanoestruturas funcionam como 
reservatórios que controlam a profundidade de penetração do cosmético na pele e a 
velocidade com que o ativo será liberado. Os nanocosméticos podem transportar 
princípios ativos através de poros cutâneos e liberá-los espontaneamente quando a 
penetração desejada é alcançada, com baixas taxas de irritabilidade e baixa toxicidade. 
Essa tecnologia permite um fornecimento constante do princípio ativo às diferentes 
camadas da pele. Além disso, permite obter produtos capazes de se adaptar às 
variações fisiológicas da pele. Assim, os cosméticos cuja ação é baseada na 
nanotecnologia tem eficácia aumentada com aplicação de doses menores (Ereno, 2008). 
O grande diferencial da aplicação da nanotecnologia é o de potencializar 
propriedades físicas e químicas em concentrações extremamente reduzidas e conferir 
características anteriormente não apresentadas por um dado produto. Isso se deve às 
dimensões nanométricas, que resultam em uma área superficial elevada, maior grau de 
dispersão e funcionalidades que são dependentes do tamanho da estrutura (ABDI, 
2010). 
 
A indústria de cosméticos tem encontrado na nanotecnologia um aliado para 
atender a necessidade de inovar no setor, uma vez que ao empregar um sistema 
nanoestruturado como, por exemplo, lipossomos, ciclodextrinas, nanopartículas, 
nanocápsulas e nanoemulsões, permite i) modular a entrega de ingredientes ativos na 
pele; ii) distribuir ativos de forma mais uniforme no substrato; iii) aumentar a solubilidade 
de ingredientes ativos; iv) melhorar a estabilidade físico-química da formulação; e v) 
melhorar ganhos sensoriais na aplicação de produtos (Praes, C. 2011). 
As vantagens do uso da nanobiotecnologia na produção de nanocosméticos e 
formulações dermatológicas advêm da proteção dos ingredientes quanto à degradação 
química ou enzimática, do controle de sua liberação, principalmente no caso de irritantes 
em altas doses, e do prolongamento do tempo de residência dos ativos cosméticos ou 
fármacos na camada córnea (FRONZA, 2007). 
A principal aplicação de nanopartículas poliméricas está justamente focada no 
desenvolvimento de novas formulações contendo filtro solares, uma vez que estas 
nanopartículas são capazes de carrear substâncias altamente lipofílicas e por sua 
capacidade em alterar e/ou mascarar as propriedades físico-químicas de fármacos ou 
ativos cosméticos encapsulados (GUTERRES et al, 2007). 
Nos protetores solares, as gotículas são pigmentos de um branco brilhante que 
refletem luz de todos os comprimentos de onda. Porém, nanopartículas de TiO2 não 
refletem a luz visível por serem transparentes, porém ainda bloqueiem a luz UV. Assim, 
partículas de TiO2 em nano escala proporcionam excelente proteção UV nas aplicações 
de filtro solar. Portanto, na forma de nanopartículas, além da maior eficiência, não há o 
aspecto esbranquiçado típico provocado pela luz espalhada após a aplicação do protetor 
(FRONZA, 2008). 
Existem algumas desvantagens acompanhadas dos produtos nano, estudos 
revelaram que a nanotecnologia pode ocasionar alterações genéticas a nível celular, 
além de citotoxidade e apoptose das células. (ARMÁRIO, 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUTOS COSMTÉTICOS ORGÂNICOS: 
 
Nos dias atuais surge um grupo de consumidor; o consumidor “verde” ou 
ecológico, o qual é preocupado com o meio ambiente e consome produtos que 
apresenta particularidades quanto à sustentabilidade. Este consumidor considera que 
a qualidade do produto se baseia nas características intrínsecas, levando em 
consideração o impacto ambiental que a sua produção gera. Pensando na qualidade, 
composição e no processo de produção, está disposto a pagar o preço exigido pelo 
mercado, optando também por embalagens biodegradáveis, recicláveis e/ou 
retornáveis. Este consumidor ainda exige produtos livres de corantes sintéticos, 
fragrâncias, corantes e principalmente a ausência de matérias-primas de origem 
animal, só poderão ser utilizadas matérias-primas de origem animal quando coletados 
de seres vivos, exemplos: mel e derivados; o leite e seus derivados e a lanolina 
extraída da lã da ovelha. 
Os cosméticos orgânicos são produtos gerados em um sistema agrícola que 
maneja de forma equilibrada o solo e os demais recursos naturais – água, plantas, 
animais, insetos – conservando-os no longo prazo e mantendo a harmonia desses 
elementos entre si e com os seres humanos. A agricultura é um processo que visa 
garantir a saúde dos seres humanos, preserva a qualidade da água usada na 
irradiação, permite a sustentabilidade da agricultura familiar e amplia o ecossistema 
local, contribuindo para redução do aquecimento global. 
O cultivo orgânico obedece a normas rígidas de certificação que é realizada por 
órgãos responsáveis pela certificação de produtos cosméticos orgânicos no Brasil 
como o IBD (Instituto Biodinâmico) e a Ecocert (certificadora francesa no Brasil), que 
proíbem a utilização de agrotóxicos e exigem a conservação dos recursos naturais e 
condições adequadas de trabalho no campo. Ribeiro (2009) constata que no Brasil 
existem empresas que produzem e distribuem ativos extraídos da Amazônia e de 
outros biomas brasileiros, estas empresas fornecem ativos, que são extraídos de 
matérias-primas naturais por métodos que possuem autorização e certificação pelos 
órgãos regulamentadores. 
Segundo os órgãos certificadores, os cosméticos orgânicos deverão destacar 
quais são as matérias-primas orgânicas presentes nos produtos e deverão conter o 
selo de certificação juntamente com o código do projeto. No rótulo do verso da 
embalagem juntamente com o selo deverá conter uma frase relatando que a 
certificadora certifica produtos orgânicos de acordo com as normas internacionais, 
juntamente com o código do projeto. Os cosméticos que contenham matérias-primas 
orgânicas deverão apresentar de 70 a 95% de seus componentes derivados de fonte 
orgânica ou natural, também descontando a água, matérias-primas naturais ou que 
seja permitido pelas certificadoras, não podendo estas matérias-primas ultrapassar 
30% da concentração da formulação. 
Os cosméticos produzidos com matérias-primas orgânicas deverão descrever 
as matérias-primas existentes e poderão utilizar o selo de certificação associado ao 
código do projeto. No verso do rótulo da embalagem deverá conter a seguinte frase 
exemplo: “O IBD certifica cosméticos naturais de acordo com normas internacionais”, 
constata o órgão regulamentador. 
Relata os órgãos certificadores que os rótulos deverão conter informações sobre 
a porcentagem totais de matérias primas naturais e orgânicas. Também, deverá 
apresentar o selo se o produto é orgânico, feito com matéria-prima orgânica, natural 
ou com “IFOAM ACCREDITED”. 
 
 
Fig1. Celo do IBD para produtos cosméticos orgânicos. 
 
Fig.2. Celo da ECOCERT para produtos cosméticos orgânicos. 
 
Fig.3. Celo do IBD para produtos com matéria-prima orgânica certificada. 
 
 
Deverão ser escolhidas embalagens biodegradáveis, que preservem o meio 
ambiente, recicláveis e de menor impacto ambiental, a fim de conquistar o consumidor 
e atender suas expectativas quanto ao produto e seu meio de vida. São proibidas 
também embalagens que contenham PVC e poliestirenos. 
A fabricação e composição de produtos orgânicos ainda é complexa e requer 
requisitos técnicos específicos para estabilizar formulaçõesdevido as restrições 
estabelecidas pelas certificadoras e isto eleva o custo destes produtos inviabilizando 
a oferta para uma grande massa. O público a que se destina é exigente e merece 
respeito, informação e bons produtos no mercado.
REFERENCIAS: 
 
ABDI, 2010. Panorama Nanotecnologia. Série cadesrnos da Indústria ABDI volume 
XIX. Disponível em: 
http://www.abdi.com.br/Estudo/Panorama%20de%20Nanotecnologia.pdf 
 
ARMÁRIO, S. Nanobiotecnologia. Lisboa, 2011 
 
Ereno, D. 2008. Beleza Fundamentada. Pesquisa fapesp, 146 p. 80-85. Disponível em: 
http://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2008/04/80-
85_Beleza_146.pdf?c58506 
 
FRONZA, T.; GUTERRES, S.; POHLMANN, A.; TEIXEIRA, H. Nanocosméticos: Em 
Direção ao Estabelecimento de Marcos Regulatórios. Porto Alegre: UFRGS, 2007. 
NEVES, K. Nanotecnologia em cosméticos. Cosmetics & Toiletries, v. 20, jan-fev, p. 
22, 2008. 
 
Praes, C. (2011) responsável por P&D na empresa O Boticário, apresentação 
novembro, 2011, disponível em: http://crf-
pr.org.br/uploads/noticia/10883/Nanocosmeticos.pdf 
 
BEDIN, Valcinir. Tricologia verde. Cosmestics & Toiletries, São Paulo, v.21, n.2, p.34, 
mar./ abr. 2009. 
Magalhães, Wallace César Porto. Cosméticos Organicos e Naturais. O que fazer? 
 
Cosmestics & Toiletries, São Paulo, v.22, n.5, p.32, set./ out. 2010. 
REBELLO, Tereza. Guia de produtos cosméticos. 6.ed. São Paulo: Senac São 
Paulo, 2005. 
 
RIBEIRO, Cláudio. Formulações de Cosméticos Orgânicos. Cosmestics & Toiletries, 
São Paulo, v.21, n.5, p.56-62, set./ out. 2009. 
 
RIBEIRO, Cláudio. Cosméticos orgânicos: uma abordagem para a área magistral. 
[2006]. Disponível em: 
http://www.medicatriz.com.br/Cosm%E9ticos%20org%E2nicos%20- 
%20Prof%20Claudio%20Ribeiro.pdf .

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