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PSICOLOGIA CONSTRUTIVISTA – NP1 Construtivismo diz respeito à ideia de que nada está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do Indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e, muito menos, pensamento. Construtivismo é, portanto, uma ideia; melhor, uma teoria, um modo de ser do conhecimento ou um movimento do pensamento que emerge do avanço das ciências e da Filosofia dos últimos séculos. Uma teoria que nos permite interpretar o mundo em que vivemos. No caso de PIAGET, o mundo do conhecimento: sua gênese e seu desenvolvimento. Construtivismo não é uma prática ou um método; não é uma técnica de ensino nem uma forma de aprendizagem; não é um projeto escolar; é, sim, uma teoria que permite (re)interpretar todas essas coisas, jogando-nos para dentro do movimento da História - da Humanidade e do Universo. Não se pode esquecer que, em PIAGET, aprendizagem só tem sentido na medida em que coincide com o processo de desenvolvimento do conhecimento, com o movimento das estruturas da consciência. Por isso, se parece esquisito dizer que um método é construtivista, dizer que um currículo é construtivista parece mais ainda. INTELIGÊNCIA: INATISMO EMPIRISMO CONSTRUTIVISMO Independência Dependência Interdependência Ser Dever Poder Revelação Conversão Progresso Dissociação Associação Assimilação Regulação = aceitação ou compensação Correções ou confirmações Pré-correções ou antecipações Transcendência Transcendência Imanência Sujeito Objeto Relação Estrutura Gênese Estrutura e gênese Heteronomia Heteronomia Autonomia Medida e avalição seletiva (ênfase no diagnostico) Avaliação somativa ou certificativa (ênfase nos resultados ou produtos) Avaliação formativa (ênfase no processo ou na relação com a aprendizagem) Limites = limitações Limites= delimitações, regras Limites = desafios a serem superados * Interdependência = é ter a própria identidade decorrente da do outro. Numa relação interdependente cada um dos dois representa um papel complementar * Anomia = 0 a 2 anos: é a fase da ausência total de regras * Heteronomia = 2 a 12 anos: é a fase em que a criança segue as regras colocadas pelos outros, com maior facilidade de internalização das orientações e pouco questionamento. É a fase de maior obediência * Autonomia = a partir 12 anos: é a fase de se relacionar com as regras e de sugerir novas regras, construir novos acordos inclusive nos jogos e brincadeiras com os colegas. PEDAGOGIA DIRETIVA Professor: fala, ensina, decide. Aluno: estuda, aprende, obedece. O sujeito é o elemento conhecedor, o centro do conhecimento. O objeto é tudo o que o sujeito não é. O aluno é considerado uma tábula rasa (papel em branco). Transmissão de conhecimentos (conteúdos). O alfabetizador considera que seu aluno nada sabe em termos de leitura e escrita e que ele tem que lhe ensinar. PEDAGOGIA NÃO DIRETIVA O professor é facilitador. O aluno já traz um saber que precisa, apenas, trazer à consciência, organizar, ou ainda, rechear de conteúdos. A aprendizagem por julgar-se autossuficiente e o ensino por ser proibido de interferir, não conseguem fecundar-se. PEDAGOGIA RELACIONAL O aluno só aprenderá alguma coisa, isto é, construirá algum conhecimento novo, se ele agir e problematizar a sua ação. Assimilação e acomodação. Aprender é proceder uma síntese indefinidamente renovada entre a continuidade e a novidade. EPISTEMOLOGIA PEDAGOGIA TEORIA MODELO MODELO TEORIA Empirismo S ← O S ← O Diretiva Inatismo S → O S → O Não diretiva Construtivismo S ↔ O S ↔ O Relacional GRAFISMO INFANTIL LUQUET: 1º Estagio: Realismo Fortuito: Se inicia por volta dos dois anos de idade e é subdividido em duas fases: o desenho involuntário e o desenho voluntário. No Involuntário, a criança utiliza de rabiscos, desenhos rudimentares e malfeitos, normalmente sem forma e ilegível. O processo é natural, pois a criança pretende imitar os movimentos dos adultos. Porém, a criança não usa de significados e entendimento do próprio desenho, apenas o faz por prazer e novas descobertas. No Voluntário, a criança começa a perceber que seus rabiscos se assemelham a alguma coisa que ela conhece na vida real, e passa a nomeá-los. 2º Estagio: Realismo Falhado ou Fracassado: Se inicia entre os três e quatro anos. A criança já tenta desenhar algo real, que conhece, mas ainda não possui controle gráfico e conhecimento o bastante sobre figuras para que se torne algo realmente parecido com o que queria. Nessa fase, a criança desenha objetos sem ter relação entre eles, ou seja, os desenhos são independentes. Ela pode exagerar ou omitir partes. Essa falta de coordenação é percebida também em suas ações e pensamentos. 3º Estagio: Realismo Intelectual: Acontece dos cinco aos dez/doze anos. A criança adquire uma maior coordenação motora sobre os gráficos e conhecimentos sobre as figuras, começando a desenhar o objeto como o vê, deixando-o mais parecido, mesmo que ainda de uma forma rudimentar, pois ela desenha aquilo que entende do objeto, e não necessariamente como ele seja realmente. Também apresenta em seu desenho elementos que cria em sua mente. “Não só elementos concretos invisíveis, mas mesmo os elementos abstratos que só tem existência no espirito do desenho”. (LUQUET, 1969, p.160). 4º Estagio: Realismo Visual: Ocorre normalmente aos doze anos. Esse é o ultimo estagio do desenho infantil, embora muitas crianças e consequentemente adultos não passem por ela, permanecendo na fase do Realismo Intelectual. Nessa fase, o desenho assume características de um desenho “adulto”, onde a criança já possui noção de forma e espaço, e pode se aprofundar mais em como se expressar, deixando os desenhos mais reais. PIAGET Estágio Garatuja: Ocorre até os dois anos e faz parte da fase sensório motora. A criança demonstra extremo prazer nesta fase, pois tudo é uma descoberta. A figura humana é inexistente ou pode aparecer da maneira imaginária. A cor tem um papel secundário, aparecendo apenas como interesse pelo contraste, mas não há intenção consciente. Esse Estágio pode se subdividir nos seguintes Estádios: Desordenada: A criança faz movimentos amplos e desordenados, explorando e experimentando movimentos do seu próprio corpo e do espaço onde está inserida. Ordenada: Com movimentos distantes e circulares, tenta utilizar todo espaço que lhe é dado no papel. Ainda não tem a preocupação com tamanhos, ordens e posição dos desenhos. Um mesmo risco pode significar varias coisas antes, durante e depois do desenho estar terminado. Estágio Pré-esquemático: Ocorre até os sete anos (fase pré-operatória). Nesse momento a criança começa a atribuir significado e ter consciência de forma, faz o desenho pensando no real mesmo que de forma abstrata e desproporcional à realidade. O uso das cores não tem relação com a realidade, depende do interesse da criança. . Estágio Esquemático: Entre sete e dez anos, é a fase das operações concretas. Esquemas representativos; começam a construir formas diferenciadas para cada categoria de objeto (pássaro com a letra "V“, por exemplo). A criança desenvolve noções de tempo, espaço e velocidade etc., sendo capaz de relacionar diferentes aspectos, fazendo um desenho representativo, descritivo e organizado. Tem um conceito definido quanto à figura humana, porém aparecem desvios do esquema como: exagero, negligência, omissão ou mudança de símbolo. Aparecem fenômenos como a transparência e o rebatimento. Estágio Realismo: Final da fase operacional concreta. A criança começaa distinguir o plano e sobreposições. Tem mais rigidez e formalidade, utilizando de formas geométricas para conseguir chegar ao resultado que deseja. Estágio Naturalismo: A partir dos dez anos em diante, essa fase é o fim da arte como atividade espontânea, onde muitos desistem de desenhar. Nessa fase, os desenhos indicam uma investigação sobre sua própria personalidade, transferindo para o papel suas angústias e pensamentos, características da adolescência.
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