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Principio da Legalidade, Anterioridade e Reserva Legal

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AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
1
Sumário 
 
 
 
 
 
 
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
2
Princípio da Legalidade, Anterioridade e Reserva Legal 
Assim está previsto no Art. 1º do CP: 
 “Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.” 
Somente haverá crime quando existir perfeita correspondência entre a conduta praticada e a 
previsão legal (Reserva Legal), que não pode ser vaga, deve ser específica. Exige-se que a lei esteja 
em vigor no momento da prática da infração penal (Anterioridade). Fundamento Constitucional: 
Art. 5°, XXXIX. 
 Princípio: nullum crimem, nulla poena sine praevia lege. 
 
O Art. 1º traz, em seu bojo, três princípios fundamentais, ou seja, o princípio da legalidade, o 
da anterioridade de lei e o princípio da reserva legal. 
O princípio da legalidade diz que somente por meio de lei em sentido formal (lei 
propriamente 
O princípio da reserva legal é um desdobramento do princípio da legalidade e diz que 
somente lei 
Devemos nos atentar, pois não é possível previsão de crimes por meio de leis em sentido 
material, 
O princípio da legalidade e reserva legal também pressupõe que toda infração penal para 
estar 
 
As normas penais incriminadoras não são proibitivas, e sim descritivas. Por exemplo, o Art. 
121 - Matar alguém, no Código Penal, não proíbe, ou seja, não matar. Descreve-se uma conduta, 
que, se cometida, possuirá uma sanção (punição). 
 
Questão Comentada 
1) (ALFACON) O princípio da anterioridade da lei penal é sintetizado pela expressão “não há crime 
sem lei que o defina”. 
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
3
Princípio da Legalidade, Anterioridade e Reserva Legal 
Assim está previsto no Art. 1º do CP: 
 “Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.” 
Somente haverá crime quando existir perfeita correspondência entre a conduta praticada e a 
previsão legal (Reserva Legal), que não pode ser vaga, deve ser específica. Exige-se que a lei esteja 
em vigor no momento da prática da infração penal (Anterioridade). Fundamento Constitucional: 
Art. 5°, XXXIX. 
 Princípio: nullum crimem, nulla poena sine praevia lege. 
 
O Art. 1º traz, em seu bojo, três princípios fundamentais, ou seja, o princípio da legalidade, o 
da anterioridade de lei e o princípio da reserva legal. 
O princípio da legalidade diz que somente por meio de lei em sentido formal (lei 
propriamente 
O princípio da reserva legal é um desdobramento do princípio da legalidade e diz que 
somente lei 
Devemos nos atentar, pois não é possível previsão de crimes por meio de leis em sentido 
material, 
O princípio da legalidade e reserva legal também pressupõe que toda infração penal para 
estar 
 
As normas penais incriminadoras não são proibitivas, e sim descritivas. Por exemplo, o Art. 
121 - Matar alguém, no Código Penal, não proíbe, ou seja, não matar. Descreve-se uma conduta, 
que, se cometida, possuirá uma sanção (punição). 
 
Questão Comentada 
1) (ALFACON) O princípio da anterioridade da lei penal é sintetizado pela expressão “não há crime 
sem lei que o defina”. 
Gabarito: Errado 
 
Comentário: trata-se de típica questão de texto de lei, em que a interpretação é determinante, pois 
não sintetiza somente pela expressão dada, e sim “não há crime sem lei anterior que o defina, não 
há pena sem prévia cominação legal”. 
 
Norma Penal em Branco 
Corresponde a uma lei que depende de outro dispositivo normativo para que tenha seu total 
sentido, uma vez que seu conteúdo é incompleto. Tal lei classifica-se como homogênea (sentido 
lato) ou heterogênea (sentido estrito). 
 
Lei Penal em Branco 
 Homogênea: 
Caracteriza-se por ser complementada por um dispositivo normativo de mesma natureza. Ex.: 
Lei (formal) complementada por outra Lei também (formal). 
 
 Heterogênea: 
 
Nesse caso, a lei é complementada por um dispositivo normativo diverso. Ex.: Lei (formal) 
complementada por decreto, portaria ou resoluções. 
Um exemplo bastante pertinente é a Lei 11.343/2006 (Lei de Drogas), a qual é Lei em sentido 
formal e é complementada por uma portaria do Ministério da Saúde. 
 
Questão comentada! 
2) (ALFACON) Em relação ao Direito Penal é correto afirmar que as normas penais em branco são 
usualmente classificadas em sentido lato e sentido estrito. 
Gabarito: Certo 
 
Comentário: as normas penais em branco em sentido lato são as denominadas impróprias ou homogêneas. 
Elas possuem o seu complemento determinado pela mesma fonte formal, exemplo: a União define uma 
conduta por lei e, em seguida, define o seu complemento por lei. As normas penais em branco em sentido 
estrito são as denominadas próprias ou heterogêneas. Neste segundo grupo, elas podem ter o seu 
complemento determinado por uma diferente fonte formal, por exemplo: uma conduta é definida por lei e, 
sem seguida, o seu complemento é definido por uma portaria. 
 
 
Analogia em Direito Penal 
O importante, em primeiro plano, é saber que a analogia representa aplicar a uma hipótese 
que não foi regulada por uma lei, a uma legislação de um caso parecido. 
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
4
É de suma importância notar que não existe analogia penal incriminadora – in malam 
partem, ou seja, para prejudicar a pessoa. Utilizamos analogia apenas para beneficiar o acusado, ou 
seja, in bonam partem. 
Vamos exemplificar, a fim de melhor visualizar a explicação. O Art. 128 do CP prevê as 
hipóteses 
O crime de atentado violento ao pudor (hoje revogado) não era contemplado pela causa 
permissiva 
A Analogia Penal é diferente de Interpretação Analógica. Nessa situação, a conduta do agente 
é analisada dentro da própria norma penal, ou seja, é observada a forma como a conduta foi 
praticada, quais os meios utilizados. Sendo assim, a Interpretação Analógica sempre será possível, 
ainda que mais gravosa para o agente. 
Questão Comentada 
3) (ALFACON) Com relação ao Direito Penal, é correto afirmar que é cabível a interpretação 
analógica tanto para beneficiar quanto para prejudicar uma pessoa que esteja respondendo por 
crime. 
 
Gabarito: Certo 
 
Comentário: é importante diferenciarmos a “Analogia” da “Interpretação Analógica”. A Analogia 
não pode ser desenvolvida in malam partem, ou seja, para prejudicar o réu. Ela apenas pode ser 
aplicada quando se tratar de analogia in bonam partem, ou seja, para ajudar ou beneficiar o réu. 
Por outro lado, quando se tratar de Interpretação Analógica, ela pode ser aplicada tanto para 
beneficiar quanto para prejudicar o réu. 
 
 Sujeitos do crime 
 Temos duas figuras distintas quando falamos de crime: 
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcialdesse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
5
É de suma importância notar que não existe analogia penal incriminadora – in malam 
partem, ou seja, para prejudicar a pessoa. Utilizamos analogia apenas para beneficiar o acusado, ou 
seja, in bonam partem. 
Vamos exemplificar, a fim de melhor visualizar a explicação. O Art. 128 do CP prevê as 
hipóteses 
O crime de atentado violento ao pudor (hoje revogado) não era contemplado pela causa 
permissiva 
A Analogia Penal é diferente de Interpretação Analógica. Nessa situação, a conduta do agente 
é analisada dentro da própria norma penal, ou seja, é observada a forma como a conduta foi 
praticada, quais os meios utilizados. Sendo assim, a Interpretação Analógica sempre será possível, 
ainda que mais gravosa para o agente. 
Questão Comentada 
3) (ALFACON) Com relação ao Direito Penal, é correto afirmar que é cabível a interpretação 
analógica tanto para beneficiar quanto para prejudicar uma pessoa que esteja respondendo por 
crime. 
 
Gabarito: Certo 
 
Comentário: é importante diferenciarmos a “Analogia” da “Interpretação Analógica”. A Analogia 
não pode ser desenvolvida in malam partem, ou seja, para prejudicar o réu. Ela apenas pode ser 
aplicada quando se tratar de analogia in bonam partem, ou seja, para ajudar ou beneficiar o réu. 
Por outro lado, quando se tratar de Interpretação Analógica, ela pode ser aplicada tanto para 
beneficiar quanto para prejudicar o réu. 
 
 Sujeitos do crime 
 Temos duas figuras distintas quando falamos de crime: 
 : aquele que pratica o crime; qualquer pessoa que tenha capacidade normal e 
 : qualquer pessoa que a lei determine poderá se enquadrar como vítima 
 
 
 
Jurisprudência Atual: 
 
INFORMATIVO 566 STJ: “É possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos 
ambientais, independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em 
seu nome”. A jurisprudência não mais adota a chamada teoria da “dupla imputação”. 
Questão Comentada 
4) (ALFACON) Podemos afirmar que a pessoa jurídica pode ser sujeito de ação nas esferas 
administrativa, civil e penal. Isso se dá quando a conduta lesiva afeta o meio ambiente e seja 
cometida pelo seu representante legal. Dessa forma, afirma o STJ que somente pode ser punida 
a pessoa jurídica se ocorrer a chamada dupla imputação, ou seja, a pessoa jurídica tem que ser 
punida juntamente com seu representante legal. 
Gabarito: Errado 
 
Comentário: o STJ decidiu se curvar à posição fixada pelo STF sobre o tema, posição primeiramente 
adotada pela Quinta Turma da Corte e, depois, assumida também pela Sexta Turma, a definir uma 
uniformização e consolidação no tratamento do tema pelo STJ. A mudança jurisprudencial foi 
noticiada no Informativo 566 e no canal comunicativo do site do STJ em 12/04/2016: para o STJ, a 
dupla imputação em crimes ambientais não é obrigatória. Empresas, associações e organizações 
que cometerem crimes ambientais podem ser rés em processo penal, sem a necessidade de dupla 
imputação (empresa e diretor), segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A 
interpretação dos ministros do STJ decorre do Art. 225, §3º da Constituição Federal, que não 
condiciona a responsabilização penal da pessoa jurídica à simultânea persecução penal da pessoa 
física em tese responsável no âmbito da empresa. Na prática, uma organização empresarial pode 
ser ré em processo penal sem que figure como corréu um dos dirigentes ou controladores da 
referida empresa. Assim, atualmente, tem-se que há uma uniformidade na jurisprudência quanto à 
desnecessidade de aplicação da teoria da dupla imputação para fins de responsabilização penal da 
pessoa jurídica por crimes ambientais. 
 
 
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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EXERCÍCIOS 
1) É legítima a criação de tipos penais por meio de decreto. 
 
2) O princípio da reserva legal aplica-se, de forma absoluta, às normas penais incriminadoras, 
excluindo-se de sua incidência as normas penais não incriminadoras. 
 
3) O princípio da legalidade não permite a edição de lei incriminadora por meio de medida 
provisória. 
 
4) Quando um fato cometido antes da vigência da lei que o define como delito não puder ser 
alcançado pela norma penal, trata-se do princípio da legalidade. 
 
 
GABARITO 
1) ERRADO 
2) CERTO 
3) CERTO 
4) ERRADO

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