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1 1. Tecnologia do medidor de indução 2. Funcionamento do medidor de indução 3. Esquemas de medição direta 4. Medição de energia reativa - ok 5. Análise funcional das medições (medição 2b) 2 1 TECNOLOGIA DO MEDIDOR DE INDUÇÃO Introdução A medição de energia elétrica é empregada na prática para possibilitar à Concessionária o faturamento adequado da quantidade de energia elétrica solicitada pelo usuário, dentro de uma tarifa estabelecida. Para esta medição são empregados, hoje em dia, medidores de indução (kwh) por serem de funcionamento simples e seguro. Constituição Básica: Um medidor de indução é constituído basicamente de: carcaça; tampa de proteção; bloco de terminais; elementos motor; elementos motor; elemento móvel (DISCO); dispositivos de ajuste; totalizador ou registrador; imã permanente; placa de identificação. Descrição e aplicação das partes constituintes: Carcaça Feito em geral de chapa de aço estampado (2 a 3mm) ou fundidos em ligas especiais, tais como alumínio injetado, para eficaz proteção contra a desintegração. (figura 1) POLIFÁSICO (Figura 1) Tampa de Proteção Pode ser vidro ou metálico estampada, com gaveta para vedação contra poeira e umidade exterior, protegendo assim as peças interiores. Todas as tampas são afixadas por meio de parafusos com a cabeça furada, permitindo a passagem do arame para lacre, protegendo assim contra fraudes. (figura 2) (Figura 2) Bloco de Terminais Apresenta-se sob a forma de um bloco de material isolante (resima sintética) moldada sob pressão a alta temperatura, proporcionando um ótimo isolamento entre os terminais. Permite a ligação do medidor ao circuito a ser medido pelas conexões internas e externas. A conexão externa deve obedecer ao tipo de bloco de terminais, americano ou europeu. (figura 3) Bloco de Terminais Bomes de Ligação Elemento Motor O elemento motor (figura 4) é constituído por: a) circuito magnético (núcleo de ferro laminado); b) bobina de tensão; c) bobina de corrente. 3 a) Circuito magnético O círculo magnético tem como finalidade canalizar o fluxo produzido pelas bobinas e o aplicar de forma adequada sobre o disco de alumínio. Sua forma é função das características do aparelho, baseada mo projeto do construtor. As qualidades de um medidor dependem da natureza das chapas que constituem o circuito magnético. As principais qualidades requeridas são: ter uma resistividade suficientemente grande, para diminuir as correntes de FOUCAULT na massa magnética; ter a maior permeabilidade possível, permitindo assim o valor da indução referida pelo projeto; ter um coeficiente de histerese o menor possível, para evitar as perdas de energia no circuito magnético. As chapas usadas são em geral constituídas por uma liga de ferro com outros metais, tais como: silício, carbono, manganês, etc. Suas perdas variam entre 1 a 2,6 Watts por kg; sua espessura oscila entre 0,3 a 0,6 mm e empilhadas em número de 20 a 50, elas são rebitadas constituindo, assim o, núcleo. b) Bobina de tensão Ligada em paralelo em relação à fonte de alimentação, ela é constituída de um grande número de espiras de fio de cobre isolado, de alguns centésimos de mm de diâmetro. Uma das qualidades essenciais deve ser o de consumir pouca energia, pois ela pode ficar sob tensão 8760 horas por ano e suportar grandes variações de tensão. c) Bobina de corrente Ligada em série a uma das fases da rede e em série com a carga ou ligada por intermédio de um transformador de corrente. O condutor que a constitui é um fio de cobre isolado, envolvido por resina sintética moldada a quente. A secção do condutor depende da corrente máxima do medidor. Seu consumo é função das perdas Joule RI2. F A S E N E U T R O (Figura 4) C A R G A C1 F C2 D B R A BOBINA DE CORRENTE É LIGADA EM SÉRIE COM O CONDUTOR DE FASE A BOBINA DE TENSÃO É LIGADA EM PARALE- LO ENTRE O CONDUTOR DE FASE E O CON- DUTOR DE NEUTRO Elemento Móvel DISCO - Atualmente é de alumínio puro, isento de qualquer metal magnético (99,8% de alumínio) e cuja espessura, rigorosamente constante, se situa entre 0,20 e 0,15 mm. A maioria dos discos possui uma ou duas perfurações de alguns mm que permitem a parada em funcionamento a vazio. A fixação do disco ao eixo pode ser feita: Por luva de aperto cônico. 4 Por fusão de liga e chumbo, estanho e antimônio Eixo com rosca sem-fim a posição vertical do eixo é conseguida com auxílio de mancais de apoio inferior e superior. Esses mancais deverão proporcionar menor perda por atrito, exigindo-se cuidados especiais na sua fabricação e montagem. Modernamente são utilizados os mancais de suspensão magnética, reduzindo-se ao mínimo as perdas devido ao atrito. disco Parafuso sem-fim Dispositivos de Sustentação do Disco Os dispositivos de sustentação do disco (MANCAIS) têm a finalidade de centralizar o elemento móvel no entre-ferro das bobinas de tensão e corrente, com o auxílio de dispositivos identificados como mancal superior e mancal inferior. Os mancais de sustentação aplicados nos medidores de energia são: a) Mancais mecânicos. b) Suspensão magnética. a) Os mancais mecânicos são identificados como mancal superior e mancal inferior. Mancal superior: Atua mais como um mancal guia, composto de um estojo, contendo uma agulha de aço com dimensão conveniente, onde é o ponto de encontro com o eixo do disco do medidor. esto jo Agu lha Mancal inferior: É um dispositivo muito importante e tem uma função capital quanto às qualidades mecânicas do medidor, pois sobre ele repousa todo o peso do elemento móvel (DISCO) e devido a este motivo, ele deve introduzir o menor atrito possível. Além disso, deve-se manter inalterado com o tempo. Pivô Safi ra super ior Esfera Safi ra in ferior Parafuso de Fixação b) A suspensão magnética do elemento móvel do medidor de indução é muito eficaz, por se tratar de um sistema de baixo coeficiente de atrito, alta durabilidade, não necessitando de manutenção e lubrificação. Todo o peso do elemento móvel é suportado pela ação mútua dos imãs concêntricos de polaridades opostas. O imã interno exterior está fixado à carcaça do medidor e o imã interno, está preso na parte superior do eixo do disco. O alinhamento do elemento móvel é feito mediante o auxílio de pino guias colocados na parte superior e na parte inferior do eixo do disco do medidor, proporcionando assim um perfeito movimento, isento de atritos consideráveis. Ímã de suspensão exterior Vareta do centro Invólucro da guia Parafuso de ajuste da guia superior Parafuso de ajuste da guia inferior Vareta da guia Ímã de suspensão exterior Invólucro da guia Ímã de suspensão interior Ímã de suspensão interior Suspensão magnético de um motor de cntador de watts-hora Dispositivos de Ajustes Os dispositivos de ajustes de um medidor de energia são: Dispositivo de ajuste de carga nominal (VN, IN, FP = 1,0) 5 Dispositivo de ajuste de carga indutivo (VN, IN, FP = 0,5) Dispositivo de ajuste de carga pequeno (VN, 10%IN, FP = 1,0) Calibrar um medidor é atuar nos seus ajustes para permitir que ele meça a energia dentro das tolerâncias estabelecidas: Calibração na carga nominal: Para calibrar o medidorna carga nominal é necessário atuar no parafuso “SHUNT” do imã, localizado atrás do furo do furo do mostrador, à esquerda, olhando o medidor de frente. Girando o parafuso no sentido da seta, ou seja, colocando o parafuso para dentro do ímã, o medidor adiantará, fazendo com que a velocidade do disco seja maior. Girando o parafuso no sentido inverso, teremos o resultado oposto. É necessário ter uma chave de fenda que se adapte á fenda do parafuso e passe pelo furo do mostrador do registrador. Girando a chave, é necessário o cuidado especial para não danificar o registrador (ver posição extrema dos parafusos na figura 11). Registrador É a parte que traduz a finalidade do medidor. Os registradores podem ser de vários tipos, sendo os principais os seguintes: a) De Ponteiros Uma primeira engrenagem (engrenagem de ataque) em latão ou celeron é acionada pelo parafuso sem fim. Seu eixo aciona um jogo de engrenagens (engrenagens de “relação”) que em alguns medidores é intercambiável e de que depende a constante do medidor. Outros jogos de engrenagens de relação 1:10 acionam os eixos nos quais estão soldados os ponteiros. Cada ponteiro acionado sucessivamente gira em sentido contrário ao do precedente. (fig.12) 0 1 3 2 4 56 7 8 9 0 0 0 1 1 1 3 3 3 2 2 2 4 4 4 5 5 56 6 6 7 7 7 8 8 8 9 9 9 b) De cilindros ciclométricos A engrenagem de ataque aciona igualmente as engrenagens de relação. Um outro jogo de engrenagens aciona, então, um primeiro cilindro e a rotação continua. Este, a cada volta completa, empurra, por intermédio de um dente, o cilindro seguinte que efetua 1/10 de volta. O movimento se transmite, assim, até o quinto cilindro. Os cilindros são: em metal leve moldado; em matéria plástica à base de nylon. (fig.13) O jogo entre cada engrenagem se controla com o auxílio de um calibre de alguns centésimos de mm. (Figura 13) Ímã Permanente Os ímãs permanentes proporcionam um par motor de retardo sobre o disco do medidor. O disco, ao girar através do fluxo do ímã permanente, produz correntes induzidas, as quais circulam radialmente debaixo de cada pólo magnético do ímã. Estas correntes são proporcionais à velocidade do disco que reagem com o fluxo, produzindo assim um retardo que também é proporcional à velocidade do disco, e que por sua vez proporcional ao par motor de excitação que é proporcional à potência da carga. (Figura 12) 6 shunt magnético peça de temperatura placa de fechamento do campo As qualidades essenciais de um ímã são: poder coercitivo elevado para um volume e um peso os menores possíveis; permitir uma regulação fácil de velocidade; insensibilidade à temperatura. As ligas, atualmente, usadas para a fabricação dos ímãs são as seguintes: alnico (ferro- alumínio, níquel-cobalto); ticonal (alnico-cobre titânio). Os ímãs montados nos medidores modernos têm, quase sempre, forma U e são envolvidos por uma carcaça de alumínio. Os ímãs, infelizmente, são sensíveis à temperatura e alguns possuem shunt´s para corrigir esses defeitos. Placa de Identificação Colocada na parte frontal do medidor, fornece as principais características técnicas. Comumente temos na placa de identificação as seguintes informações: Marca, tipo, modelo, número de fábrica, corrente nominal e máxima em amperes, volts, freqüência, número de elementos, número de fios, número de fases, kd pu revoluções, constante do medidor ou totalizador (km ou kr), série numérica operacional. kwh Medidor de wh 1 Fase Tipo F-72 kd 1,8 120 V 60 : 15 A . máx. 100 A 2 fios Nº 0267560 LEITURA DE MEDIDORES DE ENERGIA Procedimentos que deverão ser observados na leitura de medidores controlados de “kwh”, nas condições de consumidores controlados pela concessionárias de energia. Os medidores de energia são classificados quanto ao tipo de registrador: a) Medidores com Registrador Tipo Ciclométrico O número de cilindros do registrador varia conforme as diferentes marcas e de tipos de medidores. Alguns medidores possuem, além dos cilindros para indicação de valores, os decimais. b) Medidores com Registrador Tipo Ponteiro O número de ponteiros do registrador varia conforme as diferentes marcas e tipos de medidores. Alguns medidores possuem, além dos ponteiros para indicação de valores 5 inteiros, ponteiros para indicação de valores os decimais. Procedimentos na leitura: As leituras devem ser obtidas sempre se tomando posição frontal ao medidor, de modo a evitar, o máximo possível, os erros de paralaxe. Deve-se iniciar a leitura sempre da direita para a esquerda do registrador, visto de frente, conforme figura 3. Os medidores com registrador tipo ciclométrico não apresentam dificuldade alguma quanto à interpretação das leituras, pois os números que devem ser anotados estão indicados claramente nas “janelas” do mostrador. Os medidores com registrador tipo ponteiros apresentam algumas dificuldades na interpretação das leituras. Para se obter boa precisão nas leituras 7 deverão ser obedecidas as seguintes regras. Quando o ponteiro estiver posicionado entre dois números, deverá ser lido sempre o número menor. Quando o ponteiro estiver nas proximidades ou sobre um número, deve- se observar a posição do ponteiro da escala à direita. Se estiver entre o e 1,1 e 2, 2 e 3, ou 3 e 4, significa que o ponteiro à esquerda já atingiu o número indicado, conforme figura 4. Por outro lado, se o ponteiro à direita estiver entre 0 e 9, 9 e 8, 8 e 7, ou 7 e 6 significa que o ponteiro à esquerda ainda não atingiu o número indicado, conforme figura 5. INTERPRETAÇÃO DE LEITURAS DE KWH Valores das grandezas de consumo em kWh ESCALAS INTERNAS DECIMAIS 5º 4º 3º 2º 1º 1º 2º Valor para cada graduação da escala 10000 1000 100 10 1 0,1 0,01 Valor para cada revolução completa 100000 10000 1000 100 10 1 0,1 OBS: Para se determinar o consumo de energia ativa de um período, devemos anotar a leitura do medidor do início e final deste período. A diferença das leituras, multiplicada pela constante de faturamento, nos dará a energia consumida. CONSTANTE DE FATURAMENTO Nas instalações com medição direta, a constante de faturamento é igual do registrador do medidor, isto é kt = k. nas instalações com medição indireta, a constante de faturamento é obtida da seguinte forma: KT = K . RTV . RTP Onde: KT = constante de faturamento K = constante do registrador RTC = relação de transformação dos TC RTP = relação de transformação dos TP Nas instalações com medição horo- sazonal, devemos considerar, na fórmula anterior, mais um fator, relacionando pulsos com a grandeza medida. EXERCÍCIOS 01) Execute as leituras dos medidores: 02) Calcule a energia ativa consumida por uma instalação, sabendo-se que a leitura do início do período era de 1586 e no final do período de 1729. A medição é direta e o medidor possui uma constante (k) igual a 10. 03) Calcule a energia consumida pelas instalações: a) TC´s = 50/5A; TP´s = 13800/115V; K = 1 Leit. ant. = 9520; Leit. atual =9631 ...…....,...…... kWh = b) TC´s = 300/5A; k = 2; Leit. ant. = 6879; Leit. atual = 8083 KWh = c) K = 1; Leit. ant. = 0000; Leit. atual = 6879; d) TC´s = 100/5A; TP´s = 34500/115V; k = 1; Leit. ant. = 9985; Leit. atual = 0080; kWh = 81 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8 9 9 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 0 0 0 0 0 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8 9 9 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 0 0 0 0 0 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8 9 9 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 0 0 0 0 0 11 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8 9 9 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 0 0 0 0 0 12 ESQUEMAS DE MEDIÇÃO Esquemas de medidores para medição direta Apresentamos, a seguir, os esquemas dos medidores utilizados nas medições diretas e que estão classificados para efeito de estudo quanto ao número de elementos, fabricação (americana ou européia) e utilização. Medidores Monofásicos Especificação: Número de elementos: 1 Número de fios: 2 Tensão: 240V Corrente: 15A máx. 100A Tipo: EUROPEU Tipo: AMERICANO Medidores Bifásicos Especificação: Número de elementos: 2 Número de fios: 3 Tensão: 240V Corrente: 15A máx. 120A Tipo: AMERICANO 13 Tipo: EUROPEU Medição Direta Bifásica Apresentemos, abaixo, o esquema de ligações internas e externas do medidor de 2 elementos, 3 fios, 120V, com bloco de terminais de tipo americano, porém, com seqüência alterada. Especial cuidado deve ser tomado na sua identificação e ligação, quando da instalação deste tipo de medidor. Medidores Trifásicos Especificação: Número de elementos: 3 Número de fios: 4 Tensão: 380/220V ou 220-127V Corrente: 15A máx. 120A Tipo: AMERICANO Tipo: EUROPEU 14 TRANSFORMADORES PARA INSTRUMENTOS Introdução Os transformadores para instrumentos têm a finalidade de transformar tensões e correntes primárias para valores secundários, em magnitude, de modo a torná-las apropriadas par uso com instrumentos de medição, ou dispositivos de controle ou proteção. Uma outra função dos transformadores par instrumentos é a de isolar do circuito primário o circuito secundário ou de medição, simplificando-se, assim, a construção dos aparelhos de medida e garantindo ainda maior segurança para o pessoal no trabalho com valores secundários. Para serem parte útil de um sistema de medição, os transformadores para instrumentos devem mudar a magnitude de tensão ou da corrente sem introduzir erros desconhecidos. Sua exatidão de transformação deve, portanto, ter um valor conhecido, de modo que os erros possam ser considerados nos valores medidos ou que estejam dentro dos limites de valores especificados, de modo que possam ser desprezados com segurança. Fatores que afetam a exatidão de um transformador para instrumentos são, em linhas gerais, os seguintes: projeto e construção do transformador; condições de tensão, corrente e freqüência do circuito a que está ligado; carga imposta ao circuito secundário do transformador. Para qualquer transformador e condições específicas de circuitos, a exatidão depende da carga imposta ao secundário deste e pode ser diferente para cada valor de carga. Definições Transformador de Potência (TP) Transformador para instrumentos cujo enrolamento primário é ligado em paralelo com um circuito elétrico e reproduz no seu circuito secundário, uma tensão proporcional a do seu circuito primário, com sua posição fasorial substancialmente mantida. Transformador de corrente (TC)Transformador para instrumentos cujo enrolamento primário é ligado em série com um circuito elétrico e reproduz, no seu circuito secundário, uma corrente proporcional à do seu circuito primário, com sua posição fasorial substancialmente mantida. Características específicas dos TP´s As características específicas dos TP´s são padronizadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Dentre elas citamos: Freqüência Nominal É o valor de freqüência para o qual o TP é projetado. A freqüência nominal dos TP´s é 60 Hz. Tensão Máxima do Equipamento É a tensão máxima que pode ser aplicada aos terminais primários do TP em condições de serviço contínuo. As tensões máximas padronizadas para os TP´s mais utilizados para serviços de medição são: 15 – 24,2 – 36,2 e 72,5 kV. Tensão Secundária Nominal Valor da tensão secundária que consta da designação de um TP e que determina as suas condições de funcionamento. As tensões secundárias padronizadas são: 115 e 115/3 V. Relação Nominal Relação nominal de um TP é a razão de tensão primária nominal para a tensão secundária nominal: 120: 1 para TP com tensão máxima de 15 kV; 200: 1 ou 120: 1 para TP com tensão máxima de 24,2 kV; 300: 1 ou 175: 1 para TP com tensão máxima de 36,2 kV; 350: 1 ou 600: 1 para TP com tensão máxima de 72,5 kV. Potência Térmica Nominal É a maior potência aparente que um transformador de potencial pode fornecer em regime contínuo, sob tensão e freqüência nominais, sem exceder os limites de temperatura especificados. A potência térmica padronizada é de 400VA. Cargas e Classes de Exatidão Classe de exatidão de um TP é o valor máximo do erro, expresso em porcentagem, que pode ser introduzido pelo transformador, na indicação ou no registro de um instrumento de medição, para as condições especificadas de cargas ligada no circuito secundário do TP. Para os TP´s de tensão máxima até 36,2 kV, são padronizadas pela ABNT as seguintes cargas e classes de exatidão. 0,3 - P75 1,2 - P200 0,3 – P75 : 1,2 – P200 15 Polaridade dos Terminais Polaridade é a designação dos sentidos relativos instantâneos das correntes nos terminais de linha de um TP. Os TP´s devem possuir polaridade subtrativa. Características específicas dos TC´s As características específicas dos TC´s são padronizados pela ABNT e pelo Comitê de Distribuição – CODI. Dentre elas citamos: Freqüência Nominal É o valor da freqüência para a qual o TC é projetado. A freqüência nominal dos TC´s é 60 Hz. Tensão Máxima do Equipamento É o valor máximo de tensão que pode ser aplicado entre os terminais do TC e a terra, em condições de serviço contínuo. As tensões máximas padronizadas para os TC´s mais utilizados para serviços de medição são: 0,6 – 15 – 24,2 – 36,3 e 72,5 kV Corrente Secundária Nominal É o valor da corrente secundária que consta da designação de um TC e que determina as suas condições de funcionamento. A corrente secundária nominal padronizada é 5A. Relação Nominal Relação nominal de um TC é a razão da corrente primária nominal para a corrente secundária nominal. As relações nominais padronizadas são diversas, variando em função da tensão máxima dos equipamentos e de outros fatores que fogem ao escopo deste trabalho. Fator Térmico Nominal É o fator pelo qual deve ser multiplicada a corrente primária nominal para se obter a corrente primária que um TC é capaz de conduzir em regime contínuo, sob freqüência nominal e com maior carga especificada, sem exceder os limites de elevação de temperatura especificados, mantida a exatidão especificada. Os fatores térmicos nominais padronizados são os seguintes: 2 para TC com tensão máxima 0,6 kV; 1,5 para TC com tensão máxima 15 - 24,2 e 36,2 kV; 1,0 – 1,2 – 1,3 ou 1,5 para TC com tensão máxima 72,5 kV. Ligação dos Transformadores de Potencial (TP) Ligação TP – Sistema Triângulo H1 H2 (-) H1 X1 Vr Vs Ligação TP – Sistema Estrela H1 H2 H1 Vr Vs Ligação TC – Sistema Triângulo S1 P1 S2 P2 S2 P2 S1 P1 A B C Ligação TC – Sistema Estrela S1 P1 S2 P2 S2 P2 S1 P1 S1 P1 S2 P2 A B C 16 CHAVE DE BLOQUEIO OU DE AFERIÇÃO Finalidade A chave de bloqueio tem por finalidade: O bloqueio em campo dos medidores de KWh e KVArh Auxiliar a manutenção corretiva e preventiva nos medidores de KWh e KVArh, sem o desligamento da unidade consumidora. Constituição A chave de aferição (bloqueio) é formada por um conjunto de pólos de ligação. Cada pólo é constituído de 2 (dois) pontos de conexão e um lâmina seccionadora, articulada em um desses pontos de conexão. Como a abertura do pólo é manual, na outra extremidade da lâmina seccionadora é moldado um puxador em material isolante, normalmente em baquelite, os pólos são fabricados em cobre. A chave de aferição é utilizada quase que exclusivamente em sistema de medição, podendo ser, também, dependendo da fabricação, utilizada em mesas de aferição, bastando para tal um pequena modificação. Para sistemas de medição em circuitos trifásicos, é utilizada a chave de aferição formada por 10 (dez) pólos, assim distribuídos: Três (três) pólos para o circuito de tensão (um para cada fase). Um (1) pólo para a conexão do neutro ou ponto comum (esse pólo não possui articulação, é formado por uma lâmina fixa). Seis (6) pólos para o circuito de corrente (dois pólos para cada fase). Vr Vs Vt N Ir Is It Alimentação de Tensão do Secundário Alimentação de Corrente do Secundário dos TC’s dos TP’s ou fornecimento em BT Os pólos do circuito de corrente, quando na posição de desligados, curto- circuitam o secundário dos transformadores de corrente. Dependendo da fábrica, os pólos da chave de aferição poderão ser montados em uma única base ou em bases distintas e agrupadas uma a uma. Essas bases são fabricadas normalmente em baquelite e porcelana. Ligação – Sistema 4 Fios S1 P1 S2 P2 S2 P2 S1 P1 S1 P1 S2 P2 A B C N Ligação – Sistema 3 Fios S1 P1 S2 P2 S1 P1 S2 P2 A B C H1 H2 (-) H1 H2 X1 X2 (-) X1 X2 17 INSTALAÇÃO DE MEDIDORES Introdução Os procedimentos utilizados para a instalação dos medidores mostrados a seguir, obedecem a uma seqüência didática, para melhor esclarecer os detalhes que envolvem não somente a ligação, como também os aspectos de segurança. A instalação envolve medidores monofásicos, bifásicos e trifásicospara medição direta, com fornecimento em “BT”, atendendo os padrões estabelecidos no novo “Regulamento de Instalações Consumidoras — RIC” da CEEE. ELEMENTO MOTOR O elemento motor constituído por uma bobina de corrente, uma bobina de tensão e núcleo de ferro laminado, pode ser representado de formas diversas. As formas de representação abaixo são as mais usuais, das quais será nos esquemas de ligação a primeira, apenas por opção. REPRESENTAÇÃO DO ELEMENTO MOTOR a) b) c) Bobina de tensão (esquematizada em linha fina, fio fino e diversas espiras). Ligada em paralelo, em relação a fonte. Bobina de corrente (esquematizada em linha grossa, fio grosso e poucas espiras). Ligada em série com a fase. ESTRUTURA GERAL PARA LIGAÇÃO DE MEDIDORES Para a ligação de medidores, deve-se observar a forma como se apresenta o circuito geral da estrutura da rede de distribuição, o fornecimento BT ou AT e que tipo de consumidor será ligado. Para consumidores com medição direta, que é o foco deste curso, a estrutura do circuito será a partir do secundário do transformador de distribuição, ou seja, BT com tensão de 380/220V ou 220/127V. MEDIÇÃO PROTEÇÃO GERAL CARGA CONSUMIDOR RD / BT LIGAÇÃO DE MEDIDORES Procedimentos a) Escolher adequadamente o medidor quanto ao nº de fios, nº de elementos, tensão nominal e corrente nominal. b) Escolher adequadamente os parafusos para fixação do medidor, no fundo de madeira, das caixas padrões de entrada de serviço. c) Selecionar os EPl‟s necessários para o desenvolvimento da tarefa d) Fixar o parafuso superior, observando se o medidor é monofásico ou polifásico, (altura dos mesmos são diferentes). e) Pendurar o medidor no parafuso superior (item d) e fixa-lo na parte inferior, utilizando o nº de parafusos necessários, para a perfeita fixação do medidor. Observe o prumo do medidor, pois é muito importante para o perfeito funcionamento do medidor. f) Verificar os fios de entrada e saída (f), identificando-os quanto a(s) fase(s), neutro e proteção, para proceder a ligação. g) Verificar se o disjuntor (g) da caixa do medidor está desligado. h) Ligar a saída do disjuntor (h) para alimentar o consumidor caso esteja desligado, depois que o medidor estiver ligado. Somente será executada esta ligação caso o consumidor autorize. i) Ligar o fio neutro no borne correspondente de saída do medidor (i) (independente do tipo, monofásico, bifásico ou trifásico). j) Ligar o fio de aterramento (j) na haste, juntamente com o fio de proteção e dentro da caixa conectar o fio de aterramento ao neutro,. O fio de proteção deverá ficar disponibilizado para o circuito alimentador do consumidor. k) Ligar a(s) fase(s) de saída do medidor (k) na entrada do disjuntor. Obedeça a ordem indicada nos esquemas (pág.23). Nos casos de medidores trifásicos, considere a seqüência de fase “R” para o 1º elemento, “S” para o 2º elemento e “T” para o 3º elemento (pág. 23). l) Mantendo a mesma ordem “R” para o 1º elemento, “S” para o 2º elemento e “T” para o 3º elemento alimentar a entrada do medidor (L) nos bornes correspondentes, conforme esquemas. Cuidado especial deve-se ter quando o ramal de ligação estiver conectado (ligado) caso específico da substituição de medidores. Nos casos de ligação nova, obedeça com cuidado os procedimentos descritos. m) Ligar o ramal de ligação ao de entrada e posteriormente na rede. Observe que o 18 disjuntor tem que estar na posição desligado. n) Após completar os itens de ligação, verifique passo a passo todas as conexões, no medidor, no disjuntor, no sistema de aterramento, no ramal de ligação à rede e no ramal de entrada ao de ligação. o) Testar o medidor, obedecendo aos procedimentos adotados. O disjuntor deve estar desligado. p) Ligue o disjuntor da entrada de energia (EE), observando anteriormente se não existe disjuntor interno da instalação do consumidor, se existir, mantê-lo desligado até testar o medidor, lacrar a caixa metálica ou a CP, e posteriormente liberar a “EE”. q) Solicitar a ligação do disjuntor interno, caso tenha ocorrido o desligamento. r) Preencha a documentação necessária seguindo os procedimentos estabelecidos pela CEEE. LIGACÃO DOS MEDIDORES MONOFÁSICOS Tipo: EUROPEU l k i j f f f f h g f k FASE NEUTRO ATERRAMENTO PRETO FIO DE PROTEÇÃO (VERDE) HASTE DE TERRA (2,00 /2,40m) CONECTOR Ks FASE (PRETO) NEUTRO (AZUL) j Tipo: AMERICANO l i j f f f f k h g f k F N HASTE DE TERRA (2,00 /2,40m) j Obedeça a mesma seqüência de ligação do medidor europeu Obs.: Os medidores polifásicos obedecerão a mesma seqüência de cores para os fios fases, neutro e proteção. LIGAÇÃO DOS MEDIDORES BIFÁSICOS Tipo: AMERICANO L L i k j f f f f j k h g k A B N Tipo: EUROPEU L k L i jf f f f f f j k h g k A B N LIGAÇÃO DOS MEDIDORES TRIFÁSICOS Tipo: AMERICANO L L L i k k jf f f f f f f f j k R S T U 19 Tipo: EUROPEU L k L k k i jf f f f f f f f f j k A B C N 1 1 INSTALAÇÃO DO RAMAL DE LIGAÇÃO MULTIPLEXADO: Procedimentos Básicos a) Sinalizar a área de trabalho, utilizando cones ou outro sistema de sinalização e medir o ramal. b) Estender o ramal sobre a calçada ou em outro local seguro. c) Verificar se o comprimento do ramal é suficiente para a ligação e corta-lo. d) Observe o estado de conservação do poste para a execução da tarefa. e) Caso o poste não ofereça segurança para a execução da tarefa, utilizar método adotado pela empresa. f) Analise com cuidado a melhor posição para o lançamento do ramal e instalar a escada e amarrá-la com segurança. Preferencialmente a escada deve ficar sobre a calçada no lado contrário dos condutores da rede de distribuição. g) A escada nunca deve ficar apoiada nos condutores da rede e sim no poste. h) Caso a escada fique na via pública, utilizar bloqueadores para proteção da mesma. Pode ser o próprio veículo. i) A escada deve ser apoiada na sua base, quando necessário, pelo eletricista, que dará o apoio na ligação do ramal. j) Quando o ramal for pesado, usar a talha, corda, ou moitão para dar a tração necessária. k) Quando o ramal de serviço não puder ser ancorado diretamente no isolador da rede secundária de distribuição, utilizar AS ou isolador apropriado. l) Verifique se as alturas do ramal de ligação estão dentro das medidas estabelecidas pelo “RIC”. m) Içar o ramal pelo neutro, utilizando corda de apoio deserviços. n) Usar luvas de punhos longos, cuidado com os pedestres e ou veículos. o) Ancorar o neutro, utilizando a alça pré- formada. p) Cuidado especial deve-se tomar com as pontas da(s) fase(s) para que não toquem na parte energizada da rede. q) Instalar a escada no poste da unidade consumidora ou parede, amarrá-la se possível, e proceder a fixação com alça pré-formada de neutro na armação secundária de um estribo utilizando o procedimento do item “o”. r) Ligar o ramal de ligação ao ramal de entrada, observando anteriormente se o disjuntor da (EE) está desligado. s) Ligar o ramal de ligação a rede de distribuição, utilizando luvas de proteção de BT. t) Se todas etapas foram vencidas com êxito, recolher o material, conferir e guardá-lo. Obs.: A substituição do ramal de serviço segue os mesmos passos descritos acima, porém em ordem inversa para o desligamento. Desligue sempre o disjuntos da Entrada de Energia para a segurança do consumidor e religue após a tarefa executada. TEXTO SOBRE LIGAÇÕES TRIFÁSICA E DE KWh e KVArh a) Os fios de saída do medidor de KVArh, identificados 1, 2 e 3, devem ser ligados nos bornes do disjuntor, da esquerda para a direita, nos pontos convencionados como fases, A, B e C. b) Portanto os pontos 1, 2 e 3, ficam respectivamente definidos como saída do 1º elemento (fase R) saída do 2º elemento (fase S), saída do 3º elemento (fase T), do medidor de KVArh. c) Definir as ligações das pontes entre o medidor de KWh e KVArh, seguindo a mesma ordem definida no item “b”, ou seja: saída do 1º elemento do medidor de KWh com a entrada do 1º elemento do medidor de KVArh. saída do 2º elemento do medidor de KWh com a entrada do 2º elemento do medidor de KVArh. 20 saída do 3º elemento do medidor de KWh com a entrada do 3º elemento do medidor de KVArh. d) Definir a ligação de saída do neutro do medidor KWh. Observar a conexão do aterramento ao neutro, através do conector “KS”. e) Verificar se o fio de aterramento está conectado na haste de terra, juntamente com o fio de proteção (verde). f) Conectar o fio neutro de entrada ao borne do medidor de KWh. g) Identificar a seqüência de fase A, B e C, e ligar A no 1º elemento, B no 2º elemento e C no 3º elemento. LIGAÇÃO TRIFÁSICA DE KWh e KVArh A B C N 1 2 3 A B C Saída para o consumidor CARGA Kwh KVArh Com estes procedimentos tanto o medidor de KWh como o medidor de KVArh ficam ligados na seqüência de fase positivo ABC. Obs.: Ficar atento às particularidades descritas pelo instrutor quanto aos procedimentos. O instrumento para medição de continuidade (Identificação das fases nos extremos do ramal de entradas), e do sequêncimetro. (Identificação de seqüência de fases), serão utilizadas nas aulas práticas. ALICATE VOLT-AMPERÍMETRO E SEQUENCÍMETRO Vamos aqui nos reportar ao indicador de seqüência de fases, o alicate Volt- amperímetro será trabalhado nas aulas praticas onde mostraremos todos os cuidados operacionais e de segurança. A B C N Para maior segurança recomendamos que esta tarefa seja executada por dois profissionais. a) A fiação da medição de energia ativa e reativa devem seguir critérios lógicos, como os da identificação das fases “R” para o 1º elemento, “S” para o 2º elemento e “T” para o 3º elemento, conforme descrição anterior. b) Conectar o terminal “S” do instrumento na fase “S” da medição, identificado conforme item “a”, em qualquer ponto da medição. c) Na alimentação do medidor de “KWh”, conectar o terminal “R” do instrumento no 1º elemento motor e o “T” no 3º elemento motor. d) Verificar a rotação do disco móvel do instrumento, conforme descrição apresentada dos instrumentos. Se for no sentido da seta fixa, a seqüência de fase é positiva, caso contrário é negativa. Se o instrumento for o da lâmpada verificar a seqüência daquela que ascender. e) Caso a seqüência de fase indicada no instrumento seja “NEGATIVA – TSR”, inverter as pontas de provas indicadas por “S” e “T” entre si e manter a indicada como “” no mesmo ponto, o instrumento deve indicar assim a seqüência positiva. 21 TESTE COM VOLTÍMETRO Os procedimentos abaixo descritos, aplicam-se também aos medidores bifásicos e monofásicos, conforme itens abaixo descritos. A B C N (a) (b) (b) Conector no Neutro I - Medição de Tensão entre Fase(s) e Neutro(s) e entre Fase(s) a) Verificar a existência de tensão na alimentação da entrada do medidor entre o neutro e a(s) fase(s). b) Encostar uma das pontas de prova do voltímetro no borne do neutro e a outra no(s) borne(s) da(s) fase(s). (Procedimento “a”). c) Proceder da mesma forma com a saída de alimentação do medidor ao disjuntor. (Procedimento “b”). d) A identificação da existência de tensão pode ser verificada, no(s) borne(s) de alimentação do disjuntor em relação ao neutro. e) A identificação da existência de tensão pode ser verificada, entre fase(s), quando o medidor for bifásico ou trifásico. II - Tensões Medidas: a tensão entre fase e neutro deverá ser de 127V, em rede de 220-127V; a tensão entre fase e neutro deverá ser de 220V, em rede de 380-220V; a tensão entre fases deverá ser de 220V, em rede de 220-127V; a tensão entre fases deverá ser de 380V, em rede de 380-220V; TESTE DE FUNCIONAMENTO DO MEDIDOR DE ENERGIA - Teste com carga artificial. A carga pode ser uma lâmpada de 100 ou 150W ou uma resistência de aquecimento de 250 ou 400W, utilizada no mesmo local da lâmpada. - Teste com lâmpada de carga. O teste deve ser realizado, sempre que se faz a instalação de um medidor de energia, ou seja, em ligações novas ou em religações. C A R G A Procedimento: a) O disjuntor geral deve estar desligado. b) O teste é feito aplicando-se a carga entre o neutro e a fase, na alimentação do disjuntor. c) Observa-se o movimento do disco, deve ser contínuo e sem alterações, o sentido considerado, é positivo, conforme indicação prática. d) Caso ocorra movimentos oscilantes ou o disco trancar, este deverá ser substituído e encaminhado para manutenção. e) Caso ocorra movimento contrário ao indicado no item “c” verificar ligações. CORTE POR FALTA DE PAGAMENTO C A R G A A B C N Procedimentos: a) Desligar o disjuntor geral. b) Desligar as FASES de saída. c) Identificar os condutores desligados. d) Lacrar a caixa de medição ou a “CP”. e) Adotar os procedimentos de controles regionais. 22 FUNCIONAMENTO DO MEDIDOR DE INDUÇÃO 1. INTRODUÇÃO Entende-se por medidor de energia elétrica o aparelho capaz de registrar a potência elétrica ativa absorvida por uma carga em um determinado tempo. A unidade prática de medida de energia elétrica é o quilowatt-hora. Tal medidor deve ser sensível apenas a potência ativa do circuito medido, desprezando potências reativas tanto indutivas como capacitivas. A medição de energia elétrica em corrente alternada é, atualmente, feita por meio de medidores de indução de funcionamento simples e seguro. 2. FUNCIONAMENTO Vamos supor, para nosso estudo Inicial, um medidor de energia elétrica ligado a uma carga puramente resistiva (figura 1) Figura 1. 2.1. Bobina de Corrente (bc) A corrente de carga I (figura 1) ao percorrer a bobina de corrente (bc) dará origem a um fluxo em fase com ela, ao qual chamaremos de I Para maior facilidade podemosiniciar a elaboração de um diagrama fasorial. Na figura 2, abaixo, é mostrado o fluxo I produzido pela bobina de corrente, em fase com a corrente I, que o produzia. Figura 2. Uma vez estabelecido o fluxo I, ele será forçado a circular pelo núcleo do elemento motor e em conseqüência atravessar o disco. O fluxo I, agindo sobre disco, faz nele aparecer f.e.m.'s (ei), atrasadas de 90º do fluxo que as originou. Essas f.e.m.‟s darão origem a correntes induzidas no disco, e, uma resistência, pu-??? As correntes induzidas estarão em fase com as f.e.m.‟s. Chamaremos essas correntes de I1 (figura 3). Figura 3. I фI I E фI I E ei Ii 23 Da análise do diagrama ( figura 3) podemos concluir: 2.2. Bobina de Potencial (bp) A bobina de potencial (bp) 6 aplicada a tensão "E" da linha. Essa tensão fará circular pela "bp" uma corrente que chamamos de corrente de excitação (Io). Como vamos impor a condição de que “bp” é uma indutância pura, essa corrente Io, estará atrasada de 90º em relação a tensão aplicada “E”. A corrente Io, circulando pela "bp", produz um fluxo em fase com ela. Chamaremos esse fluxo de E (figura 4). Figura 4. Da mesma maneira que o f'luxo I, o fluxo de tensão E será forçado a circular pelo núcleo o elemento motor e em conseqüência atravessar o disco. O fluxo E, agindo sobre o disco, faz nele aparecer f.e.m.‟s (ce), atrasadas de 90º do fluxo que as originou. Essas f.e.m.'s induzidas darão origem a correntes induzidas no disco, e, se considerarmos o disco uma resistência pura, as correntes induzidas estarão em fase com as f.e.m.'s. chamaremos essas correntes de Ie, (figura 5) Figura 5. O VALOR DAS CORRENTES INDUZIDAS I1 É PROPORCIONAL AO VALOR DA CORRENTE DE CARGA (I) QUE CIRCULA PELA BOBINA DE CORRENTE. I0 ФE I E I0 ФE I E e0 I0 24 Da análise do diagrama (figura 5) podemos concluir: A figura 6, abaixo, mostra o diagrama de funcionamento de um medidor de indução. Claro está que o diagrama se se refere ao medidor teórico, p ii o não foram consideradas as perdas existentes. Figura 6. 3. CONJUGADO MOTOR Da análise do diagrama (figura 6) nós verificamos que os elementos atuantes no disco são os fluxos principais I e E as correntes induzidas I1 e Ie. Ainda no diagrama verificamos que em um determinado instante atuam simultaneamente o fluxo E e a corrente induzida I1, e que, em outro instante qualquer, atuam simultaneamente o fluxo I e a corrente induzida Ie. E em fase com Ie1 I em oposição de fase com Ie. É interessante relembrar que um condutor percorrido por corrente I, na presença de um campo magnético (B), fica O VALOR DAS CORRENTES INDUZIDAS Ie É PROPORCIONAL AO VALOR DA TENSÃO (E) APLICADA À BOBINA DE POTENCIAL. I0 ФE I E ee Ie e i I i 25 submetido a uma força (F) cujo sentido é dado pela regra dos três dedos da mão direita cujo módulo é dado por: F = B.I.ℓ sen α, onde ℓ é o comprimento do condutor sob a ação do campo magnético B, e α é o ângulo entre B e a direção de I.ℓ no espaço. Nos medidores de indução, a oposição física entre o disco (I.ℓ) e o núcleo das bobinas (B) é sempre normal, isso é, 90° (figura 7). Em conseqüência disso a força "F" será variável apenas na porção do campo magnético (B) e da corrente (I). Assim sendo a expressão ficará reduzida a F=B.I.ℓ. Figura 7. É fácil concluir que o comprimento ℓ do condutor (disco) é constante, para um mesmo tipo de medidor, bem como sua espessura (e) e sua condutibilidade (c). Podemos, então, afirmar que a força "F" poderá ser expressa como F = K.B.I ou F = K.ф.I, onde: K - constante de proporcionalidade (ℓ, sen α e, c) ф - fluxo atuante (фI ou фE) I - corrente induzida (I1 ou Ie) ФE ФI 26 Nos medidores de indução teremos duas forças atuando em instantes diferentes, a saber: F1=K.фE.I1 e F2=K.фI.IE. Para uma mesma freqüência, a força total vai agir sobre o disco será a soma vetorial de F1 e F2 F = F1 + F2. Como já sabemos que фE e I1 são proporcionais à tensão aplicada à "bc”, e que фI e I1 são proporcionais à corrente que circula pela "bc", e que a soma das duas forças será proporcional ã carga ligada. 3.1. Diagrama Esquemático A figura 8 mostra o estabelecimento do sentido das linhas de força dos fluxos principais фE e фI e m função do sentido de enrolamento das bobinas de corrente e potencial. Figura 8. 27 3.2. Configuração Senoidal 28 3.3. Sentido em que Atual os conjugados Motores 3.3.1. Intervalo ab: фI cresce e фE decresce 3.3.2. Intervalo bc: фI decresce e фE cresce 29 3.3.3. Intervalo cd: фI cresce e фE decresce 3.3.4. Intervalo cd: фI decresce e фE cresce 30 4. FREIO MAGNÉTICO Até o momento estudamos exclusivamente a ação dos elementos impulsores do medidor, isto é, dos elementos que dão origem ao movimento de rotação do disco do medidor. Todavia, há necessidade também de uma força frenante para a regulação da velocidade do disco e para imobilizá-lo totalmente quando for desligada a carga do medidor. Essa força deve agir, naturalmente, em sentido contrário ao da força dos elementos impulsores. Para desempenhar a função de freio, todo medidor de energia é dotado de um IMÃ DE FREIO, em cujo entreferro gira o disco do medidor. Na parte de do disco que se encontra entre os pólos do imã são induzidas f.e.m.´s quem dão origem a “correntes contínuas (correntes de FOUCAULT) as quais chamaremos de If”. Tais correntes de FOUCAULT (If) são proporcionais às f.e.m.´s induzidas e, conseqüentemente, ao fluxo do imã que chamaremos, também serão proporcionais à velocidade do disco, e à natureza do material. Do exposto acima, podemos escrever: If=K.фM.N Onde: K – constante de proporcionalidade referente à natureza do material (disco). фM – fluxo magnético do imã permanente N – velocidade do disco (rot/min). Da análise da expressão acima podemos deduzir que, estando o disco do medidor parado, não aparecerão as correntes induzidas If. Por conseguinte, em princípio, o imã de freio não afeta o arranque do disco do medidor. A força com que fluxo фM atua sobre as correntes de FOUCAULT é proporcional ao produto desses valores, ou seja: FM = K.фM.If Mas If =K.фM.N Sabemos que cos =sen(90- ) e fazendo (90- )= , podemos enunciar a lei geral dos medidores de indução que é: O CONJUGADO MOTOR É PROPORCIONAL AO PRODUTO DOS FLUXOS MOTORES PELO SENO DO ÂNGULO DE DEFASAMENTO ENTRE ELES. Sabendo ainda que фE é proporcional à tensão aplicada “E” e que фI é proporcional à corrente de carga “I”. Concluímos então que o conjunto é proporcional à potência ativa da carga: F=K.E.I.cos Faça o diagrama fasorial, análise e conclua sobre o funcionamento do medidor nas condições propostas: a) Com carga resistiva pura Conclusões:_______________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _____________________ 31 b) Com carga indutiva pura Conclusões:_______________________________________________________________ ______________________________________ ________________________________________________________ c) Com carga capacitiva pura Conclusões:_______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ 32 Figura 12ª Figura 12b 33 b) Altera-se a posição do imã mantendo constantemente o fluxo фM. Consiste em deslocar o imã permanente no sentido do raio do disco. (figura 13). Figura 13 34 5.2. Carga Indutiva Já vimos no início do nosso estudo que, quando aplicamos uma tensão à “bp”, será criado um fluxo magnético фE que estará defasado em atraso de 90º. Porém, isso só foi possível por considerarmos a “bp” uma indutância pura. Na realidade, em virtude da resistência ôhmica do enrolamento e também das perdas no núcleo (efeito da histerese magnética e correntes parasitas), a “bp” se constitui numa impedância indutiva e, portanto, com ângulo menor que 90º entre a tensão aplicada “E” e a corrente “I” que por ela circula. (figura 14). Como já vimos anteriormente um medidor teria seu conjugado máximo quando a carga fosse resistiva, isto é, os fluxos principais фL e фE estariam em quadratura. Pelo que acabamos de estudar isso não possível, pois as quedas na “bp”. 1) As figuras 15a e 15b mostram uma bobina E, curto-circuitada através da presilha condutora A, composta de poucas espiras, como mesmo núcleo da “bp” e colocada abaixo desta. Os fios F em série com B são condutores puramente resistivos, feitos de ligas especiais. O fluxo produzido na “bp” que passaremos a denominar de фT, ao atravessar a bobina B, nela induz uma f.e.m. “et” que fará circular a corrente IT. A corrente IT por sua vez fará surgir um fluxo auxiliar em B que chamaremos фAB dependem da impedância pelo deslocamento da presilha A podemos ajustar o valor de фAB e sua defasagem de tal modo a conseguirmos o fluxo útil фE normal à tensão aplicada E. 35 2) As figuras 16ª e 16b mostram uma bobina B1, curto-circuitada, que também poderá ser em anel, colocada no núcleo da “bp” e abaixo desta. Mostram também uma outra bobina B2, curuto-circuitada através da presilha condutora A, colocada no núcleo da “bc” e acima desta. Como caso anterior, os fios F em série com B2 são condutores puramente resistivos. A bobina B1 faz com que o fluxo resultante фE fique defasado da tensão de mais de 90º. A bobina B2 produzirá um fluxo auxiliar фAB2 defasado em atraso da corrente I, de tal modo que pelo deslocamento adequado da presilha A nós conseguimos a quadratura dos fluxos resultantes фE e фI, isso quando a corrente I estiver em fase com a tensão E. 36 6.3. Carga Leve Para que o medidor registre corretamente, é necessário que o número de revoluções de seu disco seja proporcional a carga ligada. Esta proporcionalidade, no entanto, é alterada pelo atrito das partes móveis do medidor, pelo fluxo impulsor de tensão фE, pelo fluxo impulsor de corrente фI, pela variação da temperatura etc. Dentre esses fatores, somente os dois primeiros merecem estudo especial, pois são os mais importantes. O fluxo фE iduz no disco correntes de frenagem parecidas comas produzidas pelo imã de freio, porém coma diferença de que as correntes produzidas pelo imã de freio são contínuas (correntes de FOUCAULT), enquando que aquelas produzidas pelo fluxo фE são alteradas. A força resistente do fluxo impulsor de tensão é, como no imã, porporcional ao quadrado do fluxo e à velocidade do disco. FE = K. фE2.N Se supusermos a tensão aplicada E, será também constante o fluxo фE. O esforço frenante FE será apreciável quando a carga ligada é pqeuena em relaão à carga nominal. O atrito se manifesta em todas as partes móveis do medidor: no mecanismo totalizador e nos conjuntos eixo-mancal do disco. O erro em conseqüência do atrito é pequeno e as vezes desprezível quando a carga ligada é grande. Porém, torna-se importante, se a carga ligada for pequena. A fim de evitar este inconveniente pensou-se em criar um par motor auxiliar que compensasse as perdas devido ao atrito. A criação desse par motor consiste em colocar sob o núcleo da “bp” um anel. O fluxo da “bp” atuando sobre essa espira vai induzir uma f.e.m, essa f.e.m. induzida fará circular uma corrente que por sua vez dará origem a um fluxo auxiliar que evidentemente estará defasado em atraso do 90º com relação ao fluxo фE. Isso equivale dizer que foi criado no entreferro um par motor e, se conseguirmos deslocar esse anel em um plano paralelo, faremos com que o disco se desloque no sentido em que ocorrer o deslocamento do anel. 37 Uma vez efetuado o ajuste compensador (denomadno ajuste de “CARGA LEVE”), seu efeito permanece constane, desde que a tensão ”E” aplicada à bobbina de tensão permanece invariável. Poderia dar-se o caso em que o par motor auxiliar fosse grande com respeito à resistência de atrito (força de compensação maior que a força de attito), especialmente em casos de aumento de tensão e, em tais condições teríamos no medidor registro com erro positivo, principalemtne quano a carga ligada fosse pequena. O disco do medidor poderia entrar em rotação sem carga. Isto é, somente com a tensão ligada, e em tais condições dizemos que o medidor está com GIRO SEM CARGA. 6.3.1. Meios para impedir o giro sem carga Para impedir este inconveniente se adaptam dispositivos, um dos quais consiste em fixar no eixo do disco uma lâmina de ferro, que é atraída durante a sua rotação por uma outra lâmina colocada no núcleo da bobina de potencial. Outro processo consiste em fazer dois furos na periferia do disco, a 180º distantes um do outro, os quais passando por baixo dos pólos indutores da bobina de potencial reduzem os efeitos impulsores. Em amos os caos é necessário proceder de modo que tais ações frenantes não sejam excessiva, pois acarretariam um a paralisação do disco quando o medidor estivesse ligado a um a carga muito pequena. 7. CURVAS CARACTERÍSTICAS As curvas apresentadas referem-se ao medidor G.E., tipo D-58 e evidencia as influências na variação da tensão, da freqüência, fator de potência, da temperatura e da corrente. 38 Inluência da variação da tensão FP = 0,5 FP = 0,1 1,02 1,01 1,00 0,99 0,98 % da tenão nominal 90 100 110 ER RO S 39 40 41 42 MEDIÇÃO DE ENERGIA REATIVA A medição de energia reativa é necessária para os consumidores do grupo “A”, e em algumas categorias do grupo “B”, pois será através dela que as concessionárias determinarão o fator de potência indutivo mensal das unidades consumidoras para o cálculo do ajuste aludido anteriormente. Os métodos mais comuns são os que empregam a medição de energia reativa, utilizando um medidor de kWh internamente modificado para medição direta de energia reativa ou medidores específicos de KVArh. Outro método bastante utilizado é o chamado “sistema Qh” em que se aplica um medidor de kwh com inversões externas de ligações conhecidas, de forma que seja medida uma energia chamada “quantidade hora” que, em conjunto com o indicado no mesmo período pelo medidor de energia ativa, servirão para a determinação da energia reativa. A seguir, estudaremos cada um destes métodos: SISTEMA Qh Medição de Três Elementos - Diagrama de ligações em 3 elementos, 4 fios INT 1- CHAVE DE AFERIÇÃO 1 VRN VSN INS INR VTN 43 Diagrama vetorial, em 3 elementos, 4 fios DESENVOLVIMENTO Em 1° el = VTN . INR . cos TN NR Em 2° el = VNR . INS. cos RN NS Em 3° el = VSN . INT. cos SN NT Emt = Em 1° el + Em 2° el + Em 3°el Retirando dos diagramas os ângulos e substituindo nas equações, temos: Em 1° el = VTN . INR. cos ( 60° - R ). t Em 2° el = VRN . INS.cos ( 60° - S ). t Em 3° el = VSN . INT. cos ( 60° - T ).t Condições nas equações, temos: | VTN | = | VRN | = | VSN | = Vf | INR | = | INS | = | INT | = If R = S = T = tR = tS = tT = t Substituindo nas equações, temos: r s t Vm Im Int Vsn IsnInrVtn Itn Ins 44 Em 1° el = Vf . If . cos (60° - ). t Em 2° el = Vf . If . cos (60° - ). t Em 3° el = Vf . If . cos (60° - ). t Emt = 3Vf If cos (60° - ). t Emt = 3Vf If (cos 60° cos + sen 60° sen ). t Emt = t. 2 sen3 2 cos If 3Vf Emt = 2 t .sen If Vf33 2 t .cos If 3Vf 1° membro 2° membro Considerações - Como a energia ativa trifásica é igual a 3Vf If cosØ. t , o 1° membro nos mostra a metade desta energia: kWh/2 - Como a energia reativa trifásica é igual a 3Vf If senØ. t, o 2° membro nos mostra a metade desta energia multiplicada por √3: 2 kVArh 3 - A Emt do sistema, chamaremos de Qh. Portanto: Qh = 2 kWh 2 kVArh 3 2Qh = kWh + √3 kVArh kVArh = 3 kWh - 2Qh Conclusão final: Neste sistema, um dos medidores será ligado corretamente para medir a energia ativa do período (kWh) e outro medidor de indução ligado com as inversões indicadas para medir a energia “Quantidade-hora” do mesmo período. 45 Medição de Dois Elementos - Diagrama de ligações em 2 elementos, 3 fios. - Diagrama vetorial em 2 elementos, 3 fios DESENVOLVIMENTO Em 1° el = VRT. IR. CC RT R Em 2° el = VRS. IR. CC RS T Emt = Em 1°el + Em 2° el Retirando dos diagramas os ângulos e substituindo nas equações, temos: Em 1° el = VRT. IR. cos (30° - R). t Em 2° el = VRS. IR. cos (90° - T). t Vm Ir Vrt Vsn Is Vtn It Vts Vrs r s t VRS IT IR VRT 46 Condições de equilíbrio: | VRT | = | VRS| = VL | IR | = | IT | = IL R = T = Substituindo nas equações, temos: Em 1° el = VL. IL. cos (30° - ). t Em 2° el = VL. IL. cos (90° - ). t Emt = VL. IL (cos 30° cos + sen30° sen ). t + VL IL sen . t Emt = t . senI V t. 2 sen 2 cos 3 IV L L L L Emt = t . senIV 2 t . senIV 2 t . cosI V3 L L L L L L Emt = 2 t . senI V3 2 t . cosIV3 L L L L Emt = 2 t . sen I V3.3 2 .t cosI V3 L L L L 1° membro 2° membro Considerações: Como energia ativa trifásica é igual a 3Vf If cos . t, o 1°membro nos mostra a metade desta energia: kWh/2 Como energia reativa trifásica é igual a 3Vf If senØ. t, o 2° membro nos mostra a metade desta energia multiplicada por √3: 2 kVArh 3 - A Emt do sistema, chamaremos de Qh. Portanto: Qh = 2 kWh 2 kVArh 3 2Qh = kWh + √3 kVArh kVArh = 3 kWh - 2Qh Conclusão final: Mesma condição de análise dos três elementos. 47 MEDIDOR DE ENERGIA REATIVA Introdução Os medidores de energia reativa foram projetados com base nos medidores de energia ativa e como tal apresentam o mesmo desempenho. Estes medidores fisicamente são iguais aos medidores de KWh, apresentando as mesmas características construtivas e funcionais, apenas com particularidades quanto as ligações internas das bobinas, modificadas, como veremos a seguir. Devido à possibilidade de rotação inversa do disco do medidor, quando submetidos a cargas de natureza capacitiva estes medidores são montados com uma catraca, a fim de inibir um registro negativo. Existem vários métodos que possibilitam a transformação de um medidor de energia ativa em um medidor de energia reativa, todos eles estão relacionados com a igualdade trigonométrica. VI sen = VI cos (90° - ) Sistemas trifásicos 4 fios – Ligação Y Medição direta Medição direta é aquela em que os medidores são ligados diretamente ao sistema do qual desejamos registrar a energia. Para registramos a energia reativa do sistema trifásico a 4 fios, ligação Y, temos o medidor de três elementos motores, cujas ligações estão apresentadas na figura 1 a seguir. Estes medidores são fabricados para funcionarem com tensões entre fases, conforme o sistema 380/220 V ou 220/127 V e com correntes nominais de 15 A Max 120 A. Sabemos que a energia ativa do sistema trifásico a 4 fios, ligação Y, pode ser registrada por um medidor de energia ativa (MA) ligado como na figura 1b. A energia reativa será registrada pelo medidor (MR) ligado como a figura 1c. Figura 1 A energia ativa registrada pelo medidor (MA) é expressa por: t). cosI V cosI V cos IV E CN CN C CN BN BN B BN AN AN AN AN W (1.1) A energia reativa do sistema pode ser expressa por: t). senI V senI V sen IV E CN CN CN CN BN BN BN BN AN AN AN AN R (1.2) sen If Vf.3 ER t). senI V cosI V cos IV E CN CN CN AB BN BN BNCA AN AN AN BC R OBS.: Considerando BC AN cos , CA BN cos e AB CN cos iguais entre si, serão iguais a: 48 sen ) - (90 cos portanto: t. sen If Vf. 3 3. E RM (1.3) Comparando a expressão da ERM com a expressão (1.2), teremos: ERM = √3. ER (1.4) Concluímos que o medidor (MR) registra 3 vezes mais que a energia reativa do sistema. Houve, assim, necessidade de corrigir a leitura do medidor (MR) de maneira que ele registre corretamente a energia reativa. Os medidores de três elementos motores destinados a registrar a energia reativa do sistema trifásico a 4 fios, ligação Y, contém todas as correções e compensações que se tornaram necessárias. N 3 2 1 (a) 1 3 0 0 3 1 2 2 I1 I2 I3 I1 I2 I3 (MA) (MR) (b) (c) 49 É comum na técnica dos medidores ativos escrevermos na placa de especificações os seguintes dados: - Número de fases; - Número de fios; - Número de elementos motores; - Tensão nominal; - Freqüência nominal - Corrente nominal e corrente máxima; - Etc. Todos estes dados fazem parte da placa de identificação dos medidores de Energia Reativa. • Medição Indireta Medição Indireta é aquela em que o medidor é ligado ao sistema por intermédio de transformadores para instrumentos. Para esta medição temos o medidor de três elementos motores e de dois elementos motores, que será tratado posteriormente. Tudo o que foi dito no item anterior, aplica-se também ao medidor destinado a ser ligado a transformadores para instrumentos apenas com a particularidade da tensão e corrente que são respectivamente 115 V e corrente de 2,5 A Max 20 A. Sistema Trifásico a Três fios Ligação em ∆ • Medição Direta Para registrar a energia reativa destes sistemas, temos o medidor de três elementos motores, ligado como indicado na figura 3c. 1 2 3 4 5 6 0 1 2 2 3 3 1 0 4 0 5 0 6 (a) (b) 50 A energia ativa do sistema é registrado pelo medidor (MA) e é expresso por: Ew = VAB IA cos AB A .t + VCB IC cos AB A .t Como o medidor é 3 fios sistematriângulo, estas equações já são conhecidas, pois elas definem o “Método Aron” e se o sistema for equilibrado nos fornece uma energia total igual a √3. VL. IL. cos . t a partir das equações: ).t (30 cosI V el 1E L. L. m ).t (30 cosI V el 2E L. L. m A energia reativa registrada pelo medidor (MR) de 3 elementos para sistema triângulo é expressa pelas equações: Em 1° el = VBC. IA. cos BC A .t Em 2° el = VCA. IB. cos CA B .t Em 3° el = VAB. IC. cos AB C .t Emt = Em 1° el + Em 2° el + Em 3° el DIAGRAMA DE FASORES 3 (a) N 2 1 3 IB IC 1 2 IA (MA) (b) A B C IB (c) C IC A B IA (MR) 51 Substituindo os ângulos do diagrama nas equações resulta: Em 1° el = VBC. IA. cos (90° - ) . t Em 2° el = VCA. IB. cos (90° - ) . t ( Equação - 2 ) Em 3° el = VAB. IC. cos (90° - ). t Emt = Em 1° el + Em 2° el + Em 3° el CONSIDERAÇÕES A carga ligada neste medidor é triângulo, portanto, considerando esta equilibrada, a equação de energia reativa total desta carga é 3. Vf. If. sen . t. O medidor em análise deverá medir a energia reativa total desta carga, mesmo que seja necessário compensá-lo com algum artifício mecânico, para, que meça o valor real da carga. Analisando a equação 2, verificamos que as tensões e correntes são de linha. O sistema em análise é triângulo, portanto, as tensões na carga e as correntes na carga por conceito assumem valores de fase, por isso que a equação da energia da carga é 3. Vf. If. sen . t. Logo, as tensões e correntes da equação 2 assumem valores de linha porque a medição naturalmente está localizada entre a fonte e a carga. Assim, temos: |VBC| = |VCA| = |VAB| = |VL| = |Vf| | IA | = | IB | = | IC | = | IL| = |If . √3| Substituindo na equação 2 as tensões por Vf e as correntes por If. √3 temos: Em 1° el = Vf . If . √3 cos (90° - ). t Em 2° el = Vf . If . √3 cos (90° - ). t VA IA VBC VBIB VCA VC IC VAB 52 Em 3° el = Vf . If . √3 cos (90° - ). t Como cos (90° - ) = sen Emt = 3. Vf. If. √3 sen Com este valor de “Emt” observa-se que o medidor está medindo √3 mais energia, e para que isso não aconteça, o medidor (MR) foi corrigido e compensado. Para tal se determina o Fator de Correção de Medição e a Relação de Registro. Fator de Correção de Medição – (FCM) FCM = Energia Real ou da Carga / Energia Medida = = 1/ 3 = 0,577 Relação de Registro – (r)– r = 1 / FCM = • Medição Indireta O uso do medidor de 3 elementos para registro da energia reativa, usando transformadores para instrumentos, necessita de 3 transformadores, o que o torna antieconômico. Para evitarmos esse inconveniente, foi desenvolvido o medidor de 2 elementos motores de neutro artificial ligado como indicado na figura 4. O neutro artificial é obtido usando uma impedância (Ze) igual às impedâncias das bobinas de potencial de cada elemento motor. A energia reativa medida pelo medidor é definido pelas equações: Em 1° el = VNC. IA. cos NC A .t Em 2° el = VAN. IC. cos AN C .t Emt = Em 1° el + Em 2° el 2 3C B 1A FIGURA 4 (Ze) 3.Vf.If.Sen 3. 3Vf.If.Sen 53 Substituindo os ângulos do diagrama nas equações 1 temos: Em 1° el = VNC. IA. cos (60° - A). t Em 2° el = VAN. IC. cos (120° – C). t Emt = Em 1° el + Em 2° el Em 1° el = VNC. IA. (cos 60° cos + sen 120° sen ). t Em 2° el = VAN. IC. (cos 120° cos + sen 120° sen ). t Emt = Em 1° el + Em 2° el CONSIDERAÇÕES: O sistema em análise é triângulo, portanto, nas equações apareceram tensões de fase para neutro pelo neutro artificial interno no medidor obtido pela impedância (Ze) B e as correntes IA e IC são correntes de linha. Daí resulta que: |VNC| = |VAN| = |Vf| e | IA | = | IC | = |IL| Substituindo estas considerações Vf e IL nas equações 3 resulta: Em 1° el = Vf. IL (1/2 cos + 2 3 sen ). t Em 1° el = Vf. IL (-1/2 cos + 2 3 sen ). t Emt = 2. Vf. IL 2 3 sen . t (120- C) VCN C IC IB VBC B DIAGRAMA VAN A (60 - A) IA VNC 54 Emt = √3. Vf. IL sen . t Como Vf = 3 VL a Emt = √3 3 VL . IL. sen . t Onde: Emt = VL. IL. sen . t A energia reativa da carga é √3 VL. IL. sen . t Portanto temos: Rmtm L. L. L..L CM E 3 1 E Wr 3 1 W 3 t. senIV t.senI V3 F ( * ) O medidor da figura 4 registrará 1/√3 vezes a energia reativa do sistema, mas fora devidamente corrigido e compensado para que isto não aconteça. O diagrama de ligações internas e externas é mostrado na fig. 2.2. A tensão de calibração (VC) é 1/√3; a tensão do sistema e a constante de calibração „Kdc + kd/√3. OBS.: (1) Na aferição com energia ativa chamamos a atenção para VC e kdc e também para os erros do medidor padrão quando usado em tensão diferente dos valores nominais da sua bobina de potencial. (2) Quaisquer outros sistemas de energia que os não tratados aqui poderão ser examinados e fornecido o medidor reativo sob consulta prévia. A B C 55 EXERCÍCIOS: 01) Faça a análise do medidor abaixo apresentado, seguindo os passos: Identifique as tensões e correntes dos elementos motores. Construa o diagrama de fasores. Calcule as energias medidas por elemento e total. Faça os desenvolvimentos analíticos necessários para chegar à equação genérica do cálculo da energia reativa. “Serão analisados todos os detalhes de desenvolvimento”. 02) Faça a análise do medidor abaixo apresentado, seguindo os passos: - Identifique as tensões e correntes dos elementos motores. - Construa o diagrama de fasores. - Calcule as energias medidas por elemento e total. - Faça os desenvolvimentos analíticos necessários para chegar à equação genérica do cálculo da energia reativa. “ Serão analisados todos os detalhes de desenvolvimento”. C A B N 56 ESQUEMAS DE MEDIÇÃO ESQUEMAS DE MEDIDORES PARA MEDIÇÃO DIRETA Apresentamos, a seguir, os esquemas dos medidores utilizados nas medições diretas e que estão classificados para efeito de estudo quanto ao número de elementos, fabricação (americana ou européia) e utilização. MEDIDORES MONOFÁSICOS Especificação Número de elementos: 1 Número de fios: 2 Tensão: 240 V Corrente: 15 A máx. 100 A. Tipo: EUROPEU CA RG AF N 57 Tipo: AMERICANO MEDIDORES BIFÁSICOS Especificação Número de elementos: 2 Número de fios: 3 Tensão: 380/220 V / 220/127 V ou 240V Corrente: 15 A máx. 120 A. Tipo: AMERICANO CA RG AF N CA RG A 1° el 2° el A B N 58 Tipo: EUROPEU CA RG A 1° el 2° el A B N 59 MEDIÇÃO DIRETA BIFÁSICA Apresentamos, a seguir, o esquema de ligações internas e externas do medidor de 2 elementos, 3 fios, 220V, com bloco de terminais de tipo americano, porém com seqüência alterada. Especial cuidado deve ser tomado na sua identificação e ligação, quando da instalação deste tipo de medidor. MEDIDORES TRIFÁSICOS Especificação
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