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CARBOIDRATOS UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULAR INTRODUÇÃO A BIOQUÍMICA Biomoléculas mais abundantes do planeta. Importância alimentar Hidratos de carbono Cn(H2O)n Oxidação dos carboidratos – Principal via metabólica fornecedora de energia. Interação célula-célula Reconhecimento imune Componentes estruturais São poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas ou substâncias que liberam estes compostos por hidrólise CnH2nOn Fórmula geral C C C H OH OH H O H H C C C H OH O H OHH H OHC HO C C OH H O H C H H CH OH C OH H H Gliceraldeído Dihidroxiacetona Glicose São poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas ou substâncias que liberam estes compostos por hidrólise CnH2nOn Fórmula geral Muitos carboidratos não apresentam essa fórmula Ex: glicosamina Classes principais de acordo com o tamanho Monossacarídios (açúcares simples) – Possuem uma única unidade de poliidroxialdeído ou poliidroxicetona. Exemplo – D-Glicose Oligossacarídios – Possuem cadeias curtas de monossacarídios ligados através de ligações glicosídicas. Exemplo – sacarose (D-glicose + D-frutose) Polissacarídios – Possuem mais de 20 unidades de monossacarídios (pode chegar a milhares de unidades de monossacarídios) Exemplo – Celulose, amido, glicogênio Monossacarídios São os carboidratos mais simples Os átomos de carbono, nos quais os grupos –OH estão ligados são centros quirais, dando origem aos açúcares estereoisômeros da natureza Incolores e sólidos cristalinos Solúveis em água e insolúveis em solventes apolares Sabor doce (maioria) C C C H OH OH H O H H C C C H OH O H OHH H Gliceraldeído ALDOSE Dihidroxiacetona CETOSE C3H6O3 C3H6O3 C6H12O6 C6H12O6 ALDOSE (poliidroxialdeídos) 3 átomos de C – aldotriose 4 átomos de C – aldotetrose 5 átomos de C – aldopentose 6 átomos de C – aldohexose ALDOSE (poliidroxialdeídos) CETOSE (poliidroxicetonas) 3 átomos de C – cetotriose 4 átomos de C – cetotetrose 5 átomos de C – cetopentose 6 átomos de C – cetohexose CETOSE (poliidroxicetonas) Estereoquímica dos monossacarídios Estereoisômeros – São moléculas compostas pelos mesmos átomos e fórmula estrutural mas que diferem uma da outra na forma como os átomos ou grupos estão dispostos no espaço. Estereoquímica dos monossacarídios Enantiômeros – São estereoisômeros que se comportam como objeto e respectiva imagem num espelho plano. Podem desviar o plano da luz polarizada para a direita (dextrogiro - D) ou para a esquerda (levogiro - L) Nomenclatura D/L A designação da configuração L ou D depende do carbono quiral com o número mais alto. Se –OH está do lado direito em relação ao C quiral então a configuração é D Se –OH está do lado esquerdo em relação ao C quiral então a configuração é L A maioria dos açúcares importantes encontrados na natureza possui configuração D. D-glicose – o mais importante na dieta D-frutose – o mais doce de todos os açúcares D-ribose – presente na molécula de RNA Representação tridimensional no papel Ligações horizontais representam ligações direcionadas para a frente do papel enquanto ligações verticais representam ligações direcionadas para trás do papel Estereoquímica dos monossacarídios Diastereoisômeros – São estereoisômeros que não se relacionam como objeto-imagem num espelho plano e, assim, não correspondem a enantiômeros. Estereoquímica dos monossacarídios Epímeros – São diastereoisômeros que diferem na configuração de apenas UM átomo de carbono D-Glicose D-Galactose OHC HO C C OH H O H C H H CH OH C OH H H HC HO C C OH H O H C H HO CH OH C OH H H 1 2 3 4 5 6 Estereoquímica dos monossacarídios A diferença em apenas um carbono tem importância biológica? D-Glicose D-Galactose OHC HO C C OH H O H C H H CH OH C OH H H HC HO C C OH H O H C H HO CH OH C OH H H 1 2 3 4 5 6 Estereoquímica dos monossacarídios A diferença em apenas um carbono tem importância biológica? Sim. Nosso corpo, por exemplo, consegue encontrar a diferença entre esses dois compostos. Galactosemia •Ausência de enzimas necessárias à conversão •Acúmulo de galactose ou seu metabólito (dulcitol) causa efeitos tóxicos •Pode levar a retardo mental, catarata e morte Estruturas cíclicas Reação de aldeídos e cetonas Estruturas cíclicas Hemiacetal cíclico – formado a partir de um álcool e um aldeído (C1 – C5). Hemicetal cíclico – formado a partir de um álcool e uma cetona (C2 – C5) Piranoses e Furanoses Carbono anomérico Mutarrotação Estrutura cíclica - Anômeros α e β Haworth Mutarrotação 63,6% 36,4% Algumas reações dos monossacarídios •Reação de oxidorredução •Formação de glicosídios Formação dos glicosídios Ligações Ligações ß(1 → 4) Sacarose – açúcar de mesa (α-D-glicose + α-D- frutose) -1 2 Oligossacarídios Dissacarídios Sacarose Lactose Maltose • Lactose: ß-D-galactose + D-glicose (epímeros-C4) Ligação glicosídica: ß(1 → 4) • Maltose: D-glicose + D-glicose (hidrólise do amido) Ligação glicosídica : α (1 → 4) • Celobiose: D-glicose + D-glicose (hidrólise da celulose) Ligação glicosídica: ß (1 → 4) Os monossacarídeos são agentes redutores Reduzem agentes oxidantes como Fe3+ e Cu2+. Portanto, sofrem oxidação. Reagente de Fehling e Reagente de Benedict Dissacarídeos Redutores Lactose Maltose Atenção! Sacarose não é um açúcar redutor Açúcar Invertido Dextrogira Mistura desvia para a esquerda (Levogira) Polissacarídios São açúcares complexos que têm mais de 10 moléculas de monossacarídeos Homopolissacarídeo X Heteropolissacarídeos Principais polissacarídios -Celulose -Amido -Glicogênio -Quitina Polissacarídios Polímeros de cadeia linear e ramificada Principal componente estrutural dos vegetais (madeiras e plantas) Polímero de β-D-glicose Resíduos unidos por ligações glicosídicas do tipo β(1→4) Celulose Celulose As cadeias individuais de polissacarídios são ligadas por pontes de H (força mecânica) Pontes de H Celulose Os animais não possuem as enzimas chamadas CELULASES, que hidrolisam celulose em glicose. Atuam sobre as ligações β entre glicoses Encontradas em bactérias presentes no trato digestório dos cupins e animais de pasto (gado, cavalos, etc) Amido Servem como veículos para o armazenamento de glicose Polímeros de α-D-glicose presente nos vegetais Amilose – polímero linear de glicose – ligações α(1→4) Amilopectina – polímero de cadeia ramificada - ligações α(1→6) e α(1→4) Amido (amilopectina) Amido Amido Enzimas que hidrolisam o amido: Vegetais e animais possuem enzimas para digerir o amido ß - amilase – Clivam as ligações α (1 → 4) a partir do final não-redutor do polímero (exoglicosidade). Produto: maltose.α amilase - Clivam as ligações α (1 → 4) em qualquer lugar na cadeia (endoglicosidade) Enzimas desramificadoras, que degradam α (1 → 6) na amilopectina. Glicogênio São moléculas de armazenamento de glicose nos ANIMAIS Polímero de cadeia ramificada de α-D-glicose Formado por ligações α (1 → 4) e α (1 → 6) nos pontos de ramificação. Semelhantes à amilopectina porém são mais ramificados Grânulos de glicogênio (fígado e músculo) Glicogênio Amido ou Glicogênio? Amido Glicogênio Iodo Quitina Homopolissacarídeo semelhante à celulose Polímero linear formado por N-acetil-β-D-glicosamina Formado por ligações β(1→4) Desempenha papel estrutural. Principal componente do exoesqueleto de invertebrados (insetos e crustáceos) e também da parede celular de fungos, algas e leveduras. Quitina β(1→4) Glicoproteínas São moléculas que possuem resíduos de carboidratos e cadeias polipeptídicas Anticorpos Determinantes antigênicos (grupos sanguíneos sistema ABO) -Grupo A – N-acetilgalactosamina -Grupo B – α-D-galactose -Grupo 0 – Nenhum -Grupo AB - N-acetilgalactosamina + α-D-galactose
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