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Filosofia e Ética José Guatemozin Aula 4 Escolas Helênicas Falaremos hoje das escolas helênicas: Cinismo Epicurismo Estoicismo Ceticismo 2 Cinismo O cinismo é a Escola filosófica de Antístenes (444-365 a.C.), discípulo de Sócrates, assim chamada porque ele ensinava no Cynosarge (mausoléu do cão) e se considerava a si mesmo o cão. Sua doutrina foi retomada por Diógenes, que também se considerava o cão, em função de seu estilo de vida. 3 Moral Cínica Desprezava todas as convenções sociais e as leis existentes, sua filosofia prega um retorno à vida simples conforme à natureza e no sentido moral, o cinismo é uma atitude individual que consiste no desprezo, por palavras e atos, das convenções, das conveniências. Ironiza todos aqueles que à elas se submetem e adotando um certo amoralismo mais ou menos agressivo, mais ou menos debochado. 4 Epicurismo Epicurismo é a doutrina de Epicuro e de seus seguidores segundo a qual, na moral, o bem é o prazer, isto é, a satisfação de nossos desejos e impulsos de forma moderada, levando assim à tranqüilidade. Por extensão e de forma imprópria,o termo passou a aplicar-se a todo aquele que faz do prazer ou do gozo o objetivo da vida, o assim denominado "epicurista". 5 Epicuro Segundo Epicuro, o prazer é o começo e o fim da vida feliz e constitui o Bem supremo, cujo modelo perfeito nos é fornecido pela vida de delícias levada pelos deuses. Mas trata-se de um prazer obtido apenas no término de um discernimento refletido. 6 Estoicismo O Estoicismo é uma Escola filosófica grega, deriva seu nome de um pórtico em Atenas, onde lecionava o seu fundador, o filósofo Zenão de Cicio, sendo também, por vezes, conhecida como filosofia do Pórtico. O estoicismo desenvolveu-se como um sistema integrado pela lógica, pela física e, pela ética, articuladas por princípios comuns. 7 A Ética Estóica A ética estóica que teve maior influência no desenvolvimento da tradição filosófica, chegando mesmo a influenciar o pensamento ético cristão nos primórdios do cristianismo. Na concepção estóica, os princípios éticos da harmonia e do equilíbrio baseiam-se, em última análise, nos princípios que ordenam o próprio cosmo. 8 A Ética estóica O homem, como parte desse cosmo, deve orientar sua vida prática por esses princípios. A ataraxia, imperturbabilidade, é o sinal máximo de sabedoria e felicidade, já que representa o estado no qual o homem, impassível, não é afetado pelos males da vida. É sobretudo da valorização dessa atitude impassível que se deriva o termo estóico, com seu sentido corrente. 9 Hedonismo O Hedonismo é o nome de diversas doutrinas que situam o prazer como o soberano bem do homem ou que admitem a busca do prazer como o primeiro princípio da moral. Não confundir com epicurismo, para o qual a felicidade consiste na total ausência de perturbação (ataraxia). 10 Ceticismo Ceticismo é a concepção segundo a qual o conhecimento do real é impossível à razão humana. Portanto, o homem deve renunciar à certeza, suspender seu juízo sobre as coisas e submeter toda afirmação a uma dúvida constante. É o oposto ao dogmatismo. 11 Ceticismo O ceticismo surge na filosofia grega com Pirro de Elida e há várias vertentes no ceticismo clássico.Sexto Empírico, seu principal sistematizador, defende a posição da Nova Academia, segundo a qual se a certeza é impossível devemos renunciar às tentativas de conhecimento do ceticismo pirrônico, o qual embora reconhecesse a impossibilidade da certeza, achava necessário continuar buscando-a. 12 Ceticismo Distinguem-se no ceticismo três etapas: a epoche, a suspensão do juízo que resulta da dúvida; a zétesis, a busca incessante da certeza: e a ataraxia,a tranqüilidade ou imperturbabilidade que resulta do reconhecimento da impossibilidade de se atingir a certeza e da superação do conflito de opiniões entre os homens. Na concepção cética, portanto, a especulação filosófica retornaria ao senso comum e à vida prática. 13 Ceticismo No pensamento moderno, sobretudo com Montaigne e os humanistas do Renascimento, o ceticismo é retomado como forma de se atacar o dogmatismo da escolástica, o que leva à adoção de uma concepção de conhecimento relativo. 14 Ceticismo Há também nesse período uma corrente do chamado ceticismo fideísta, que argumenta que, sendo a razão incapaz de atingir a verdade, deve-se então apelar para a fé e a revelação como fontes da verdade. A dúvida cartesiana pode ser considerada como tendo se inspirado na noção cética de suspensão de juízo, a epoché, noção esta também retomada mais tarde pela fenomenologia. 15 Ceticismo Pode-se considerar que o ceticismo inspira em grande parte a atitude crítica e questionadora da filosofia contemporânea. Por exemplo, as questões da relatividade do conhecimento e dos limites da razão e da ciência, que a epistemologia contemporânea trata, têm raízes no ceticismo clássico e no moderno. 16 Filosofia e Ética Prof. José Guatemozin Aula 4 Atividade O encontro de Alexandre o Grande com Diógenes. O grande Imperador, encontrou o filósofo dentro de sua barrica em uma rua de Atenas, parou seu cavalo e perguntou ao cínico o que posso fazer para você, Diógenes, respondeu, não atrapalhe o meu banho de sol, pois está na frente do meu sol. O Que representa essa atitude? 18 Atividade Diógenes que apenas possuía uma barrica e uma lanterna, dava importância aos valores que ele cultivava, tais como o desprendimento, o descaramento no sentido de autenticidade, o desprezo por bens materiais vantagens e bajulações. 19
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