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Visita ao complexo hospitalar Introdução Para que o técnico em segurança e saúde no trabalho possa desempenhar atividades relacionadas a avaliação e a medidas de controle de riscos físicos, químicos e biológicos, é importante que conheça a estrutura, os setores e as atividades realizadas nos mais diversos locais de trabalho. Nesta unidade curricular, propomos o desenvolvimento de ações profissionais em um contexto de hospital. Portanto, para realizar as atividades propostas nesta unidade, é importante conhecer a estrutura de um complexo hospitalar, suas diferentes áreas e setores, os quais são responsáveis por preservar a saúde e a vida do ser humano. Vamos nos deter em três setores que servem de suporte para os setores clínicos, quais sejam: central de materiais de esterilização; laboratório de anatomia patológica e citologia; e hemocentro. Central de materiais de esterilização (CME) A CME tem importância vital na prevenção e no controle das infecções, sendo responsável pelo desenvolvimento de todas as fases do processo de esterilização. Este setor de apoio técnico é responsável pelo processamento, que envolve: recebimento, seleção, limpeza, desinfecção, preparo, esterilização, armazenamento e distribuição dos artigos médicohospitalares a todas as unidades consumidoras da instituição. Ele proporciona condições para a assistência direta à saúde de indivíduos enfermos e sadios. Para que o setor seja ativo e atenda à demanda do complexo hospitalar, ele conta não só com trabalhadores, mas também com os equipamentos necessários para uma adequada prática, como: autoclaves, estufas, carros para colocação e retirada da carga de materiais e exaustores para eliminação do vapor, entre outros. Ao visitar esse setor do hospital, pode-se perceber que, em meio à dinâmica de trabalho, sente-se um desconforto acústico. Os trabalhadores se queixam destes incômodos durante sua jornada diária de 8 horas: cefaleia, cansaço e fadiga. Durante o processo de trabalho, quando todas as máquinas estão em atividade, o barulho (85 dB) é muito alto, dificultando inclusive conversas com colegas ao lado. Laboratório de anatomia patológica e citologia O laboratório de anatomia patológica e citologia também tem uma jornada de 8 horas diárias e é uma área de apoio diagnóstico responsável pela elaboração dos seguintes procedimentos: análise morfológica e macroscópica dos tecidos obtidos por biópsia e exame citopatológico de esfregaços obtidos por raspados, secreções, líquidos e punção. Para que essas atividades sejam desenvolvidas, o trabalhador necessita de um produto químico fundamental em seu processo de trabalho: o xilol. Ele é utilizado no laboratório no momento da montagem da lâmina, sendo indispensável para a realização dos exames. Sua função é tornar os tecidos translúcidos para análise. O xileno (xilol) é um composto orgânico volátil e pode provocar tosse, dores de cabeça, dificuldades respiratórias, perda de memória em curto prazo, depressão no sistema nervoso central, irritação ocular e dermatites. Deve ser manuseado em capela de segurança com eficiente sistema de aspiração e filtração do ar. Mas, como foi possível observar em visita ao setor, os trabalhadores não estavam utilizando os equipamentos de proteção (individuais e coletivos). Isso pode acarretar efeitos prejudiciais à saúde dependendo de fatores como concentração, frequência e duração da exposição, práticas e hábitos laborais e suscetibilidade individual. O setor conta com 10 profissionais, e o nível de exposição ao xilol é superior a 80 ppm. Hemocentro O hemocentro é um setor de extrema relevância para o complexo hospitalar, pois é nele que são coletadas, armazenadas e processadas amostras de sangue de um “doador”, as quais são destinadas a pacientes com necessidade. De uma amostra de sangue, podem ser extraídos plasma, eritrócitos, plaquetas. No setor, há profissionais que trabalham diretamente com pacientes, que chegam até a unidade para doar sangue ou que estão debilitados e necessitam de uma transfusão na unidade hospitalar. Os profissionais precisam de alguns instrumentos para a coleta: garrote, álcool etílico a 70%, agulha descartável, seringa descartável, sistema a vácuo, tubos de ensaio com tampa, etiquetas para identificação de amostras. Na unidade, faz-se referência à importância de uma prática que siga uma técnica normatizada e um adequado descarte de resíduos, já que o trabalhador está exposto à contaminação e a acidentes. Práticas Vivenciais III - Medidas de Controle Setores do hospital Tipo de risco Agente Limite de exposição Riscos de exposição Medidas de prevenção conforme hierarquia de controle Centro de materiais de esterilização Risco Físico Ruído Limite de tolerância 85db hora trabalhada Surdez Eliminação: Substituir as máquinas que estão acarretando o ruído Redução: Programar rodízio de trabalhadores Engenharia: Enclausuramento das máquinas para diminuição de ruídos Administrativo: aplicar treinamentos para funcionários para o uso de EPI EPI: Protetor auricular Laboratório de anatomia patológica e citologia Risco Químico Químico Limite de tolerância 78ppm hora trabalhada Desconforto e doenças respiratórias Eliminação: Buscar alternativas para a substituição do produto Redução: Redução do tempo de exposição ao produto Engenharia: Aplicar ventilação e exaustão nos pontos de operação. Administrativo: informar os riscos com cartazes nos ambientes de exposição EPI: Máscaras de filtro químico, óculos de proteção e luvas Hemocentro Risco Biológico Biológico ------------- Contaminação vírus e bactérias Eliminação: Programas de imunizações (vacinas) Redução: Fiscalização constante do uso correto dos EPI’s Engenharia: Investimentos em matérias de alta qualidade. Administrativo: Treinamentos de prevenção de acidentes EPI: Aventais, jalecos, luvas, máscaras, óculos de proteção e tocas
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