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IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS (DEFEITOS NAS ESTRUTURAS CRISTALINAS) Imperfeições em sólidos • As propriedades de alguns materiais são profundamente influenciadas pela presença de imperfeições. • É importante se conhecer os tipos de imperfeições que existem e o papel que desempenham em afetar o comportamento dos materiais. Imperfeições em sólidos Átomo puro e Cristal perfeito • Se assumirmos uma estrutura de cristal perfeito que contém elementos puros, então qualquer coisa que desviar desse conceito ou se intrometer nesta homogeneidade uniforme seria uma imperfeição. 1) não existem cristais perfeitos 2) muitas propriedades dos materiais são melhoradas pela presença de imperfeições e deliberadamente modificado (dopante e liga) • Tipos de imperfeições • Defeitos pontuais • Defeitos lineares – Discordâncias • Defeitos interfaciais – contornos de grão e Maclas • Defeitos volumétricos – Inclusões e precipitados Lacunas ou vacância Substitucional Intersticial Imperfeições em sólidos (Defeitos) Aresta Espiral Mista • As ligas são obtidas através da adição de elementos de liga (átomos diferentes do metal-base). Esses átomos adicionados intencionalmente podem ficar em solução sólida e/ou fazer parte de uma segunda fase. • Em uma liga, o elemento presente em menor concentração denomina-se soluto e aquele em maior quantidade, solvente. • SOLUÇÃO SÓLIDA: ocorre quando a adição de átomos do soluto não modifica a estrutura cristalina nem provoca a formação de novas estruturas. Os defeitos de impureza em uma solução sólida são tanto, substitucional ou intersticial. • Solução sólida substitucional: os átomos de soluto substituem uma parte dos átomos de solvente no reticulado. • Solução sólida intersticial: os átomos de soluto ocupam os interstícios existentes no reticulado Impurezas Nos Sólidos - Solução Sólida Impureza nos sólidos - Defeitos Pontuais – Intersticial • Este defeito ocorre ao se inserir um átomo ou íon adicional em uma posição intersticial não ocupada • Estes átomos ou íons perturbam a região ao redor do defeito comprimindo-o ou distorcendo- o. distorção dos planos • Raio atômico deve ter uma diferença de no máximo 15%, caso contrário pode promover distorções na rede e assim formação de nova fase • Estrutura cristalina mesma • Eletronegatividade próximas • Valência mesma ou maior que a do hospedeiro FATORES QUE INFLUEM NA FORMAÇÃO DE SOLUÇÕES SÓLIDAS SUBSTITUCIONAIS REGRA DE HOME-ROTHERY Cu Ni Raio atômico 0,128nm=1,28 A 0,125 nm=1,25A Estrutura CFC CFC Eletronegatividad e 1,9 1,8 Valência +1 (as vezes +2) +2 Cu + Ni são solúveis em todas as proporções Impureza nos sólidos - Defeitos Pontuais – substitucional Solução Sólida substitucional Exemplo: Cobre e Niquel Element Atomic Crystal Electro- Valence Radius Structure nega- (nm) tivity Cu 0.1278 FCC 1.9 +2 C 0.071 2.5 H 0.046 O 0.060 Ag 0.1445 FCC 1.9 +1 Al 0.1431 FCC 1.5 +3 Co 0.1253 HCP 1.8 +2 Cr 0.1249 BCC 1.6 +3 Fe 0.1241 BCC 1.8 +2 Ni 0.1246 FCC 1.8 +2 Pd 0.1376 FCC 2.2 +2 Zn 0.1332 HCP 1.6 +2 Quais são os resultados se impureza (B) é adicionado para hospedar (A)? • Solução sólida de B em A (distribuição aleatória de defeitos pontuais). Ou Solução Sólida substitucional. (por exemplo, Cu em Ni) Sólução Sólida Intersticial. (Por exemplo, C em Fe) Imperfeições em Metais – solução sólida • Defeitos pontuais são descontinuidades localizadas nos arranjos atômicos ou iônicos, teoricamente considerados perfeitos, de uma estrutura cristalina. • Cada defeito pontual envolve normalmente um átomo ou íon, ou mesmo par de átomos ou íons. Defeitos de vacância ou lacuna Defeitos Pontuais – Lacuna ou Vacância Vacância Distorção dos planos 𝑁𝐿 = N exp (- 𝑄𝐿 𝑘𝑇 ) Onde: N = número total de posições atômicas NL = número de lacunas QL = energia de ativação para formação de lacunas k = constante de Boltzmann T = temperatura absoluta Defeitos Pontuais – Lacunas ou Vacância Defeitos de vacância ou lacuna • As lacunas são introduzidas em metais e ligas metálicas durante a solidificação. • As lacunas desempenham um papel importante na taxa com que átomos ou íons podem se mover ou difundir em um material em um material sólido, especialmente em metais puros. • Devido à elevada energia térmica nas proximidades da temperatura de fusão, poderá haver até uma lacuna para cada 1.000 átomos. Exemplo: Calcule a concentração de lacunas em equilíbrio, por metro cúbico de cobre, a 1000 ºC. A energia para a formação de uma lacuna é de 0,9 eV/átomo; o peso atômico e a massa específica (a 1000ºC) para o cobre são de 63,5 g/mol e 8,4 g/cm3, respectivamente. Liga • Dado um metal (com apenas 1 tipo de átomo) com uma pureza de 99.9999%, ainda existiria 1022 to 1023 de átomos impuros em 1 metro cúbico de material. • A maioria dos metais são ligas. As ligas são feitos para melhorar a resistência, resistência a corrosão, ductilidade, temperatura de fusão mais baixo. • Por exemplo, a prata de lei é uma liga de 92.5% de prata e 7.5% de cobre. Em temperatura ambiente, a prata “pura” é altamente resistente a corrosão, mas também é muito macia. A adição de cobre melhora a resistência e mantem um bom comportamento a corrosão. Especificação da composição de uma liga Concentração de uma liga em termos dos seus elementos constituintes. Para uma liga hipotética que contém dois átomos hipotéticos identificados como A e B, a concentração do átomo A em %p, CA é definido como: Defeitos Lineares Discordâncias • As discordâncias são defeitos lineares ou unidimensionais em cristais, onde alguns átomos estão desalinhados. • Estas são introduzidas no cristal durante a solidificação do material ou quando é deformado de modo permanente. • As discordâncias são úteis no entendimento da deformação e no aumento de resistência mecânica dos materiais metálicos. Existem três tipos de discordância: espiral, aresta e mista. • A presença deste defeito é a responsável pela deformação, falha e ruptura dos materiais. •Os átomos que estão em contato direto com a discordância em aresta estão comprimidos, enquanto que os átomos imediatamente abaixo da discordância estão afastados. A linha que se estende ao longo do semiplano extra de átomos é denominada linha de discordância • Uma discordância introduzida no cristal pela adição de um “meio plano extra” de átomos. Defeitos Lineares – discordânica aresta Defeitos Lineares – discordância espiral ou hélice • Discordância em hélice resulta de um corte e um deslocamento da rede de um espaçamento atômico. • A discordância espiral pode ser entendida como aquela gerada por uma tensão cisalhante. • A região anterior superior do cristal é deslocada uma distância atômica para a direita em relação a porção inferior. Defeitos Lineares – discordâncias mistas Discordâncias mistas: ocorrem quando a rede contém tanto discordâncias em aresta quanto em hélice, com uma região de transição discernível entre elas. Defeitos Lineares – discordâncias Defeitos Interfaciais • Os defeitos interfaciais são contornos que possuem duas dimensões e que normalmente separam regiões dos materiais que possuem diferentes estruturas cristalinas e/ou orientações cristalográficas. Essas imperfeições incluem as superfícies externas, os contornos de grãos, os contornos de maclas, as falhas de empilhamento e os contornos de fase. SUPERFÍCIES EXTERNAS • É o mais óbvio • Os átomos da superfície não estão ligados ao número máximo de vizinhos mais próximos, e estão, portanto, em um estado de energia maior do que os átomos nas posições inferiores. • Por exemplo, os líquidos assumem uma forma que possuem uma área mínima – as gotículas se tornamesféricas, assim diminui sua área superficial. • Obviamente isso não é possível nos sólidos, que são mecanicamente rígidos. Defeitos Interfaciais CONTORNOS DE GRÃO • O Contorno de grão separa dois pequenos grãos ou cristais que possuem diferentes orientações cristalográficas em materiais policristralinos. • Os contornos de grãos são quimicamente mais reativos do que os grãos propriamente ditos como consequência da energia de contorno. • Os átomos de impurezas se segregam preferencialmente ao longo desses contornos, devido ao seu estado mais elevado de energia. • O contorno de grão ancora o movimento das discordâncias •Dentro da região do contorno, que possui provavelmente a largura equivalente a distancia de apenas alguns átomos, existem alguns desencontros atômicos na transição da orientação cristalina de um grão para aquela de outro adjacente Defeitos Interfaciais – Contornos de grão Formação de pequenos núcleos de cristalização (cristalitos) Crescimento dos cristalitos Formação de Grãos, com formatos irregulares, após completada a solidificação. Vista, num microscópio, da estrutura de Grãos (as linhas escuras são os contornos dos Grãos) • Os átomos estão ligados de maneira menos regular ao longo de um contorno de grão; • Consequentemente existe uma energia interfacial ou de contorno de grão que é semelhante à energia de superfície; Defeitos Interfaciais – Contornos de grão • A energia interfacial total é menor em materiais com grãos grandes ou grosseiros do que em materiais com grãos mais finos, uma vez que existe menos área de contorno nos primeiros; • Os grãos crescem quando se encontram a temperaturas elevadas, a fim de reduzir a energia de contorno total; Defeitos Interfaciais DEFEITOS DE MACLA Contorno de macla é um tipo especial de contorno de grão através do qual existe uma simetria espelhada específica da rede cristalina; ou seja, os átomos em um dos lados do contorno estão localizados em posições de imagem em espelho em relação aos átomos no outro lado do contorno Resultam de deslocamentos atômicos que são produzidos a partir de forças mecânicas de cisalhamento aplicadas (maclas de deformação) e também durante tratamentos térmicos de recozimento realizados após deformações (maclas de recozimento) Plano espelhado Application of a stress to the perfect crystal (a) may cause a displacement of the atoms, (b) causing the formation of a twin. Note that the crystal has deformed as a result of twinning. Defeitos Interfaciais DEFEITOS DE MACLA Defeitos Interfaciais DEFEITOS DE MACLA • As maclas de recozimento são encontradas tipicamente em metais que possuem uma estrutura cristalina CFC, enquanto as maclas de deformação são observadas em metais com estruturas CCC e HC. Defeitos Interfaciais • Os defeitos listados acima são introduzidos durante as etapas de processamento e fabricação. • Estes incluem • Poros • Trincas • Inclusões exógenas • Outras fases • Inclusões Impurezas estranhas • Precipitados São aglomerados de partículas cuja composição difere da matriz • Fases Forma-se devido à presença de impurezas ou elementos de liga (ocorre quando o limite de solubilidade é ultrapassado) • Porosidade Origina-se devido a presença ou formação de gases COMPACTADO DE PÓ DE FERRO,COMPACTAÇÃO UNIAXIAL EM MATRIZ DE DUPLO EFEITO, A 550 MPa COMPACTADO DE PÓ DE FERRO APÓS SINTERIZAÇÃO A 1150oC, POR 120min EM ATMOSFERA DE HIDROGÊNIO Porosidade EXEMPLO DE PARTÍCULAS DE SEGUNDA FASE Análises microscópicas Análises microscópicas MICROSCOPIA ÓPTICA • O microscópio óptico é utilizado para estudar a microestrutura; sistemas ópticos e de iluminação são os seus elementos básicos. • Uma preparação cuidadosa e meticulosa as superfície é necessária para revelar os detalhes importantes da microestrutura. • A superfície da amostra deve ser lixada e polida, até atingir um acabamento liso e espelhado. • A microestrutura é revelada por um tratamento superficial, que emprega um reagente químico apropriado, denominado ataque químico. A Metalografia é a ciência que estuda a constituição de fases dos metais e suas ligas, podendo ser dividida em: macrografia (aumento <30x) e a micrografia (aumento >50x) Metalografia Metalografia Micrografia Micrografia: Permite o estudo da microestrutura com o auxílio de microscópio óptico ou eletrônico, através da observação, quantificação e identificação de seus diversos constituintes (fases) em termos de fração volumétrica, tamanho, distribuição, morfologia, composição química, estrutura cristalina e textura das fases. Estas variáveis controlam as propriedades mecânicas dos materiais. Metalografia Etapas de Preparação • Corte • Embutimento • Lixamento • Polimento • Inspeção sem ataque • Inspeção com ataque • Documentação em vários aumentos Metalografia Escolha das amostras e da seção a ser estudada A escolha das amostras e da seção pode levar a conclusões completamente distintas de morfologia de precipitação, daí a importância de entender o processo de fabricação ou de estudar várias seções. Metalografia Seccionamento 1) Tipo e a quantidade de líquido refrigerante e o método de aplicação. 2) Pressão aplicada pelo disco sobre a amostra. 3) Tamanho e a velocidade do disco abrasivo. 4) Potência do motor do disco abrasivo. 5) Dureza do disco abrasivo. 6) Dureza do material da amostra. 7) Vibração do dispositivo "cut-off" O corte da amostra deve ser efetuado de tal maneira que não altere a microestrutura do material em sua condição “como-recebido” (p.e.: super- aquecimento). São variáveis importantes durante este processo Metalografia A montagem da amostra é realizada para facilitar o manuseio de peças pequenas. O embutimento consiste em circundar a amostra com um material adequado. O embutimento pode ser a frio e a quente, dependendo das circunstâncias e da amostra a ser embutida. Fig. 7– Aspecto das amostras embutidas e de uma embutidora. Metalografia Lixamento Essa preparação exige que o uso de diversas lixas, com granulométrica sucessivamente menores (100#, 220#, 320#, 400#, 600# e 1000#) e uso de lubrificante. A técnica de lixamento manual consiste em se lixar a amostra sucessivamente com lixas de granulométrica cada vez menores, mudando-se de direção (90°) em cada lixa subseqüente. #: número de aberturas por polegada da peneira. Cuidados: Lubrificar a mostra para evitar aquecimento e impregnação, manter a amostra sob preção uniforme para evitar abaulamento. Lavar entre passos para evitar contaminação. Fig. 8 – Aspecto da direção de lixamento e da superfície lixada O polimento é mecânico realizado em seguida ao lixamento. Os agentes polidor es mais utilizados para o polimento mecânico são o diamante e a alumina (16 a 1 mm). Cuidados que devem ser observados no polimento: • A superfície deve estar rigorosamente limpa: lavar entre etapas. • A escolha adequada do tipo de abrasivo e pano; • Escolha de variáveis: velocidade, lubrificação e pressão adequadas ao material. • Nunca polir amostras diferentes sobre o mesmo pano de polimento; • LIMPEZA. ATENÇÃO COM CONTAMINAÇÃO POR PARTÍCULAS ABRASIVAS DE TAMANHO MAIOR QUE ESPERADO = RISCO! Polimento Metalografia Metalografia Polimento Polimento de acabamento Polimento grosseiro Polimento intermédio Metalografia abaulamento (edge rounding) Fig. 13 – Aspecto de superfície polida contendo erros de preparação. riscos (scratches) cometas (comet tails) Polimento Secagem de amostras Antes de a amostra sofrer o ataque, a mesma deve estar perfeitamente limpa e seca, por isso utilizam-se líquidos de baixo ponto de ebulição como o álcool, éter,etc. Evitar machas de secagem! Fig. 15 – Posicionamento de amostra para secagem. Metalografia Metalografia Ataque metalografico Para destacar e identificar características microestruturais ou fases presentes nas amostras é utilizado o ataque químico em microscopia óptica. O reagente é preparado (ácido sobre solvente) e despejado em uma pequena cuba de vidro (vidro relógio) e a amostra é imersa na solução. Deve-se tomar cuidado para não permitir o contato da amostra com o fundo da cuba. Recomenda-se que esta operação seja realizada usando-se luvas ou por meio de uma tenaz. Fig. 19 – Procedimento de ataque metalografico. Metalografia Ataque metalografico Inspeção com ataque “ caracterização microestrutural (aço baixo carbono)” Fig. 20 – Microestrutura de um aço submetido a diferentes ataques. Metalografia Ataque metalografico Inspeção com ataque “ caracterização microestrutural (aços carbono)” composição química e proporção das fases => propriedades mecânicas Fig. 21 – Aspecto microestrutural de aços com diferentes teores de carbono. Metalografia Ataque metalografico Inspeção com ataque “ferro fundido cinzento (lamelar)” aumento Fig. 22 – Microestrutura de um ferro fundido cinzento. Análises microscópicas MICROSCOPIA ELETRÔNICA • O limite superior para a ampliação possível com um microscópio óptico é de aproximadamente 2000 vezes, portanto se utiliza o microscópio eletrônico para maiores ampliações. • A imagem da estrutura que está sendo investigada é formada usando um feixe de elétrons no lugar de radiação luminosa. MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO (MET) • A imagem vista com um MET é formada por um feixe de elétrons que passa através da amostra. • O feixe transmitido é projetado sobre uma tela fluorescente ou um filme fotográfico, de modo que a imagem pode ser vista. • Ampliações até 1.000.000 vezes são possíveis • Esse microscópio é utilizado para observar as discordâncias. Análises microscópicas MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV) • A superfície de uma amostra é varrida com um feixe de elétrons e o feixe de elétrons refletido (ou retroespalhado) é coletado e, então, exibido, na mesma taxa de varredura, sobre um tubo de raios catódicos (semelhante a uma tela de TV). • Ampliações entre 10 e 50.000 vezes são possíveis • Equipamentos acessórios permitem análises qualitativas e semiquantitativas da composição de elementos em áreas bem localizadas da superfície. Análises microscópicas Submicro e Nano esferas de grafite células PROPRIEDADES MECÂNICAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS O comportamento mecânico de um material reflete a relação entre a sua resposta ou deformação a uma carga ou força aplicada. Algumas propriedades importantes são: • a resistência, • a dureza, • a ductilidade • Módulo de elasticidade ou a rigidez. Os fatores que devem ser considerados durante o ensaio incluem a natureza da carga aplicada, assim como as condições ambientais. A carga pode ser de tração, de compressão ou de cisalhamento e a sua magnitude pode ser constante ao longo do tempo ou variar continuamente. Rigidez – Módulo de elasticidade ou Módulo de Young (MPa) Tensão – Limite de Escoamento, Limite de resistência a tração, Fratura (MPa) Ductilidade – é uma medida do grau de deformação plástica que foi suportado até a fratura. Redução da área ou alongamento percentual – (sem unidade or mm/mm) Tenacidade - Mede a habilidade que o material tem em absorver energia e se deformar plasticamente até a fratura. Resiliencia – é a capacidade de um material em absorver energia quando ele é deformado elasticamente e, depois com a remoção da carga, permitir a recuperação dessa energia. Dureza – Resistência a identação/abrasão (exemplo: Rockwell, Brinell, Vickers.) PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS Uma amostra é deformada, geralmente até a fratura, por uma carga de tração que é aumentada gradativamente e que é aplicada uniaxialmente ao longo do eixo maior de um corpo de prova. PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS Teste de tração Corpo de prova Teste de tração 56 PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS Gráfico de tensão vs. deformação (𝞼 x 𝞮) Tensão de engenharia (normalização) 𝞼 = 𝐹 𝐴0 onde F é a carga instantânea aplicada em uma direção perpendicular a seção transversal do corpo-de-prova, em unidades de newton (N) ou libras-força (lbf). A0 é a área original da seção transversal antes da aplicação de qualquer carga (em m 2 ou in2). As unidades para a tensão de engenharia são megapascals, Mpa (SI) (onde 1MPa = 106 N/m2), e libras-força por polegada quadrada, psi. Normalização para eliminar influência da geometria da amostra PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS Deformação de engenharia (normalização) 𝞮 = 𝑙𝑖−𝑙0 𝑙0 = ∆𝑙 𝑙0 , onde l0 é o comprimento original antes de qualquer carga ser aplicada e li é o comprimento instantâneo. A deformação de engenharia é adimensional, porem metros por metros ou polegadas por polegadas são usadas com frequência. Diagrama tensão-deformação 4 ( ) (DL/Lo) - Deformação 3 5 Fratura Região Elástica inclinação = módulo elástico Região plástica Tensão máxima empescoçamento 1 2 Deformação elástica Deformação plástica Tensão de escoamento Limite de resistência a tração LRTy 12 12 E PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS Deformação elástica (Lei de Hooke) 𝞼 = 𝐸𝞮 , onde E é o módulo de elasticidade ou módulo de young. O processo de deformação no qual a tensão e a deformação são proporcionais é chamado de deformação elástica. A inclinação do segmento linear corresponde ao módulo de elasticidade (E). Módulo de elasticidade: pode ser considerado como sendo a rigidez ou a resistência do material à deformação elástica. Quanto maior for o módulo, mais rígido será o material, ou menor será a deformação elástica que irá resultar da aplicação de uma dada tensão. A deformação elástica é manifestada como pequenas alterações no espaçamento interatômico e no alongamento das ligações interatômicas. A magnitude do módulo de elasticidade é uma medida da resistência à separação dos átomos adjacentes, ou seja, das forças interatômicas. 61 Deformação elástica F bonds stretch return to initial 1. Início 2. Baixa força 3. Sem carga Elástico significa reversível. Retorna a posição inicial Linear - elástico Não Linear - elástico Ligações se estirando MÓDULO DE ELASTICIDADE DEFORMAÇÃO ELÁSTICA Inclinação da reta = Módulo de elasticidade PROPRIEDADES MECÂNICAS ESTUDADAS A PARTIR DO TESTE DE TRAÇÃO • Módulo de Young: é representado pelo declive da porção linear da curva de tensão- deformação. Geralmente o módulo é específico para cada um dos materiais; um valor constante conhecida. • Limite de escoamento: é o valor da tensão no ponto de rendimento, calculado através da representação gráfica do módulo de Young em uma percentagem especificada (0,2%). • Ponto de ruptura: é o maior valor de tensão na curva tensão – deformação. • Percentagem de alongamento: é a variação no comprimento medida após o teste dividida pelo comprimento inicial. 63 PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS Limite de escoamento, y 64 tensile stress, engineering strain, y p = 0.002 Limite de escoamento: é a transição elastoplástica gradual. O ponto de escoamento pode ser determinado como o ponto onde se inicia o afastamento da linearidade na curva tensão-deformação Tensão (σ) Deformação (ε) Deformação plástica Tensão (σ) Deformaçãoelástica Deformação (ε) Deformação plástica Após a remoção da carga Deformação plástica e elástica em alta carga 65 Deformação Elástica - coeficiente poisson Deformação é adimensional ν = - ∈𝑥 ∈𝑧 Coeficiente de Poisson E = 2G (1 + 𝝼) Relação entre Módulo de elasticidade, cisalhamento e coeficiente de Poisson Comportamento elástico e plástico Deformação plástica não é linearmente proporcional a . A deformação é quase toda não reversível. Ligações atômicas são alongadas e rompem-se. Deformação elástica: é reversível, ou seja, quando a carga é retirada, o material volta às sua dimensões originais; Átomos se movem, mas não ocupam novas posições na rede cristalina; Numa curva de 𝞼 x 𝟄, a região elástica é a parte linear inicial do gráfico. Deformação plástica: é irreversível, ou seja, quando a carga é retirada, o material não recupera suas dimensões originais; Átomos se deslocam para as novas posições em relação uns aos outros. O limite de proporcionalidade P e limite de escoamento σy, são determinados usando a pre- deformação de 0,2% (0.002) da deformação (onde existe uma notável deformação plástica). P é a transição gradual do elástico para o plástico. 67 Deformação plástica (Metais) 1. Initial 2. Small load 3. Unload Deformação plástica significa permanente. Inicial Baixa carga Ligações se estendem e planos cisalham elástico + plástico Sem carga Planos ainda cisalham Plástico Deformação permanente • A deformação para metais é realizado por meio de um processo chamado de deslize , que envolve o movimento de discordâncias. • A maioria dos materiais são projetados para assegurar que somente a deformação elástica ocorra quando aplicado uma força. • Uma estrutura que deformou plasticamente ou experimentou uma mudança permanente na forma, pode não se capaz de ter a funcionalidade pretendida. 68 De uma perspectiva atômica, deformação plástica corresponde a ruptura das ligações com os átomos vizinhos originais e depois as ligações se modificam com novos vizinhos. Após a retirada da força, os átomos que se realocam não retornam a posição original. The stress-strain curve for an aluminum alloy.Curva tensão – deformação do alumínio Curva tensão – deformação do alumínio Limite de Proporcionalidade Deformação Plástica Módulo de elasticidade Tensão de ruptura Limite de escoamento Deformação Elástica Limite de resistência a tração Deformação na ruptura 70 T E N S I L E P R O P E R T I E S 71 Ductilidade, %alongamento • Outra medida de ductilidade: 100% xA AA AR o fo • Ductilidade pode ser expressa em percentagem de alongamento (% deformação plástica na fratura) ou percentagem na redução da área. %AR > %EL é possível se os espaços vazios internos formam um pescoço. 100% x l ll oalongament o of Ductilidade é uma medida da deformação plástica que se sustenta até a ruptura ou fratura. Um material que sofre pouca deformação plástica é chamado de frágil. Te n sã o 72 Tenacidade Alta tenacidade: metais Tenacidade é a abilidade do material em absorver energia até a fratura (energia por volume unitário do material). Um material tenaz deve exibir tanto resistência quanto ductilidade. Energia necessária para romper uma unidade de volume do material Te n sã o Deformação • Valor Aproximada da tenacidade pela área sob a tensão-deformação curva. 21 Tenacidade Te n sã o Deformação Baixa tenacidade = cerâmicas Maior tenacidade = metais Baixa tenacidade = polímeros não reforçados PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS Resiliência: é a capacidade de um material absorver energia quando ele é deformado elasticamente, e depois com a remoção da carga permitir a recuperação dessa energia. Módulo de resiliência: energia de deformação por unidade de volume necessária para submeter um material a tensão desde um estado com ausência de carga até o ponto de escoamento. No gráfico tensão-deformação é possível determinar a resiliência calculando-se a área sob a curva tensão-deformação de engenharia calculada até o escoamento. 𝑈𝑟 = 0 ∈𝑙 𝜎 𝑑𝐸 Considerando uma região elástica linear, tem-se 𝑈𝑟 = 1 2 𝜎𝑙 ∈𝑙 𝑈𝑟 = 𝜎2 2 𝐸 PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS ANEXOS
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