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A contribuição da Ética Aristotélica para a formação do cidadão contemporâneo e do Contador brasileiro na atualidade

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTABÉIS
RENATA DA SILVA GUIMARÃES
A contribuição da Ética Aristotélica para a formação do cidadão contemporâneo e do Contador brasileiro na atualidade.
SÃO LUÍS
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTABÉIS
DISCIPLINA: ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
PROFESSOR: JOSÉ DE RIBAMAR MARQUES COIMBRA
RENATA DA SILVA GUIMARÃES
A contribuição da Ética Aristotélica para a formação do cidadão contemporâneo e do Contador brasileiro na atualidade.
Trabalho apresentado à disciplina de   Ética e Legislação Profissional do 3º período do curso de Ciências Contábeis, ministrada pelo Prof. José de Ribamar Marques Coimbra, para obtenção da 2ª nota.
SÃO LUÍS
2018
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................4
2. CONCEITOS ...........................................................................................................5
3. A ÉTICA ARISTOTÉLICA......................................................................................6
4. A CONTRIBUIÇÃO DA ÉTICA ARISTOTÉLICA PARA FORMAÇÃO MORAL DO HOMEM.....................................................................................................................8
5. A CONTRIBUIÇÃO DA ÉTICA ARISTOTÉLICA PARA A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL CONTÁBIL BRASILEIRO............................................................10
6. O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO CONTADOR (CEPC).....................11
7. CONCLUSÃO........................................................................................................13
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
A discussão ética tem sido muito presente nos dias de hoje. Infelizmente a sociedade encontra-se em crise moral refletida pela violência, egoísmo, falta de empatia, desejo descontrolado pelo poder, onde não há respeito pelas diferenças entre as pessoas, resultando em uma crise ética tanto no campo profissional quanto no pessoal.
Não raro vemos pessoas sendo surpreendidas por não expressarem um comportamento adequado, uma conduta ética. 
A partir disso, surgem alguns questionamentos: O que é ética? O que é moral? Qual é o comportamento moralmente correto? Qual o fim da ética e o da moral?
Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo apresentar uma breve análise do papel da ética aristotélica na formação moral do homem e do profissional contábil brasileiro na sociedade contemporânea, para tanto apresentarei inicialmente alguns conceitos de ética, em seguida abordarei a contribuição da ética Aristotélica. Pois esta teoria nos fornecem visões válidas sobre ética, e particularmente sobre como o homem deve agir moralmente. 
Cabe destacar, o objetivo deste trabalho é suscitar algumas reflexões e discutir a implicação da mesma no agir do profissional contábil. 
CONCEITOS 
Etimologicamente, a palabvra ética vem do grego éthos e significa modo de ser ou caráter, como forma de vida também adquirida ou conquistada pelo homem. 
No dicionário Aurélio (1986), ética é “o resultado dos juízos de apreciação que se referem a conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem o do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto”. Assim, na visão ética, não existe uma definição absoluta do bem e do mal; esses termos podem apresentar conceitos diferentes quando se analisa a cultura, crenças, ideologias e tradições de determinadas sociedades, comunidades ou grupo de pessoas.
Uma coisa é certa, não se pode obrigar ninguém a ser ético, isso dependerá dos valores morais de cada pessoa, mas o que se pode fazer é deixar explícito aquilo que é certo e o que não é, ficando ao critério de cada um qual caminho seguir.
A Ética é um campo de estudo da filosofia que aborda o conceito moral de bem ou mal, certo e errado, do fazer ou deixar de fazer. Para muitos os conceitos de ética e moral se igualam, contudo, são conceitos distintos que possuem uma mesma base etimológica, sendo a ética a disciplina teórica que estuda a moral.
A ética tem como propósito estudar cientificamente a essência da moral, e as condições objetivas e subjetivas do ato moral, as suas fontes de avaliação, a natureza e função dos juízos morais, os critérios de justificação desses juízos e o princípio que rege a mudança de diferentes sistemas morais, todos este relacionados ao comportamento humano moral. Para essa análise, a ética fundamenta-se na concepção generalizada de homem.
Segundo Vasquez a ética é “a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Ou seja, é ciência de uma forma específica de comportamento humano” (p. 12, 1985). Para ele a ética é a ciência da moral, é uma esfera do comportamento humano, o que ele define como comportamento prático-moral e teórico-moral. Na análise dele, a ética não é a moral, não podendo assim ser reduzida apenas a um conjunto de normas, mas tem seus estudos a partir dos atos do homem. 
O comportamento prático-moral do homem não é estático, mas mutável ao longo dos anos e da sociedade para sociedade em que está inserido, sendo por isso objeto de reflexão. O homem se depara em circunstancias nas quais de um lado tem os seus atos, e do outro tem-se o juízo dos demais indivíduos sobre tais atos. 
Para Vasquez (1985), o comportamento prático-moral do homem são problemas que se apresentam nas relações efetivas, reais entre os indivíduos ou estes julgam certas decisões e ações entre eles. Para ele, quando se dá a passagem deste comportamento prático-moral para a teoria moral, ou seja, da moral efetiva para a moral reflexa tem-se a esfera dos problemas teóricos-morais ou éticos.
O ato moral objetiva ser uma realização do bom. Assim, os homens aspiram ao bem, comportando-se moralmente, isto é, a realizando atos moralmente bons. Deste modo, ao se definir o bom implica-se definir o mau também. Estas concepções sobre o bom e o mau de acordo com as diferentes funções da moral efetiva de cada época, mudam de uma sociedade para outra, mudam as ideias.
A concepção de bom ou bem para alguns é o que concorda pensamento ético de felicidade, prazer, boa vontade, utilidade. Mas ainda caracterizado como verdade, poder, riqueza e Deus. Para o filosofo grego Aristóteles a felicidade é expressão suprema do exercício da razão, ou seja, o fim último da ética, por outro lado, Immanuel Kant, filósofo prussiano, atenua a importância da felicidade – em relação às ações morais que praticamos. Assim, será apresentado a seguir as concepções destes dois expoentes da filosofia sobre a ética, expondo algumas semelhanças e diferenças entre suas ideias.
A ÉTICA ARISTOTÉLICA 
A Ética a Nicômacos é sua principal obra sobre a temática e é nela que se fundamenta boa parte do seu pensamento.
A ética, nas obras Aristotélicas, diz respeito ao individuo. Para ele a ética é a arte de viver, ou saber-viver, agregando valores, boa utilização dos prazeres, ação virtuosa.
 A ética aristotélica é considerada teleológica, pois interpreta a ação humana segundo a categoria de meio e fim. Para ele todas as coisas possuem uma finalidade, que tenha um valor nela mesma, e pondera que a finalidade de todas as coisas deve ser o bem. E é neste ponto que se encontra o questionamento central da ética aristotélica, qual é o bem supremo, absoluto e o fim de todas as nossas atividades?
Para Aristóteles a felicidade é este bem soberano que homem busca e que é capaz de completá-lo, contudo, ele observa que cada um tem seu próprio conceito de felicidade e por isso, que ele se dedica em definir o que é felicidade. 
Em Aristóteles, o fim do homem é determinado por sua forma natural, ou seja, o fato de ser racional, então, é claro que o fim natural será agir segundo a razão. Deste modo, o homem só é feliz quando realiza suas ações pela razão, não sendo possível entender a felicidade fora dessa atividade.A ética em Aristóteles pode ser designada por ética das virtudes, pois para ele a vida feliz a ser buscada pode ser tomada como a vida virtuosa e/ou também como a vida contemplativa. Segundo ele existem dois tipos de virtude: as intelectuais e as morais ou éticas. As virtudes intelectuais resultam do ensino, necessitando, portanto, de experiência e tempo; e as virtudes morais adquiridas em resultado do hábito, as quais não surgem por natureza, mas são resultado do exercício.
Assim, é a razão que distingue o homem dos seres irracionais e que marca sua capacidade criativa através da atividade intelectual, esta por meio do pensamento e da razão. A felicidade consiste, então, na atividade conforme uma virtude, e segundo a virtude mais excelente de todas, a sabedoria.
Ele considera em seu livro Ética a Nicômacos que uma vida feliz se parece com uma vida que exprime a virtude, com ações sérias, que não consiste na diversão, mas que vai além disso, já que as coisas sérias são melhores do que as que proporcionam divertimento tendo por isso o carácter de felicidade.
Ao se referir às virtudes éticas, Aristóteles considera que essas não são dons da natureza, mas são fruto do exercício e do hábito. Isto significa dizer que o indivíduo no uso de faculdades racionais, as quais lhe são inerentes por sua natureza humana, adquire qualidades que lhe dispõe faculdades ao bem agir.
A ética em Aristóteles baseia-se que não há um ato moral quando o indivíduo não pode escolher ou quando está diante de uma situação marcada pela necessidade (quando só pode agir de um único modo) ou pela impossibilidade (quando não pode agir de outro modo). 
A CONTRINUIÇÃO DA ÉTICA ARISTOTÉLICA PARA A FORMAÇÃO MORAL DO HOMEM
A questão da moral sempre fez parte da vida do homem. Isso se constitui em um código de valores estabelecido para controlar a vida em comunidade, o bom convívio entre as partes.
A moral provém de um conjunto de costumes, normas ou regras de conduta estabelecidas por uma sociedade, envolvendo problemas de consciência, honra, vergonha, seja perante si mesmo por algum ato reprovável cometido, seja perante a sociedade quando o ato é tornado público, ou mesmo perante Deus, se a conduta é vista de forma pecaminosa em termos religiosos.
Aristóteles difundiu esta teoria sobre a moral, relatando que:
“[...] a moral é uma arte, e como toda arte deve preencher certos requisitos.
A primeira é determinar que a moral trate das ações humanas. A segunda é que ela trate de determinadas ações voluntárias, mas especificamente as que partem da escolha. ” (ARISTÓTELES, 2009, p. 25).
A ética, descrita por Aristóteles, serve como condução do ser humano à felicidade, no sentido mais amplo. E é na dinâmica do convívio social, que se possibilita transparecer os valores éticos e morais humanos, assim como o desenvolvimento destes. Aristóteles acreditava que o exagero é motivador para a criação de conflitos com outros indivíduos ou com a sociedade, e o quanto tal exagero pode afetar o nosso caráter, com isso os excessos prejudicam a imagem do homem social.
E é baseado na observação e reflexão de tais fatos que irá originar-se a doutrina do justo meio, onde a virtude intermedia pontos extremos, os vícios ou defeitos de caráter. O comedimento, a moderação, o afastamento do excedente vem para amparar a conduta virtuosa.
Para Aristóteles, o objetivo da ética era a felicidade. A felicidade, para ele, era a vida boa; e esta corresponderia à uma vida digna. 
Em sua obra, “A Ética a Nicômaco”, ele esclarece que a finalidade suprema que governa e justifica a maneira do ser humano conduzir seus atos e sua vida é a felicidade, que não está correlatada com os prazeres, nem implícita nas honrarias recebidas pelo ente agraciado, mas numa vida repleta de posturas e comportamentos virtuosos. E o homem dotado de prudência e habituado ao exercício de tal encontra no justo meio entre os extremos de seus atos e decisões a virtude.
Pensamento de Aristóteles:
	
“[...] em relação a todas as faculdades que nos vêm por natureza recebemos primeiro a potencialidade, e, somente mais tarde exibimos a atividade (isto é claro no caso dos sentidos, pois não foi por ver repetidamente ou repetidamente ouvir que adquirimos estes sentidos; ao contrário, já os tínhamos antes de começar a usufruí-los, e não passamos a tê-los por usufruí-los); quanto às várias formas de excelência moral, todavia, adquirimo-las por havê-las efetivamente praticado, tal como fazemos com as artes. As coisas que temos de aprender antes de fazer, aprendemo-las fazendo-as – por exemplo, os homens se tornam construtores construindo, e se tornam citaristas tocando cítara; da mesma forma, tornamo-nos justos praticando atos justos, moderados agindo moderadamente, e corajosos agindo corajosamente. Essa asserção é confirmada pelo que acontece nas cidades, pois os legisladores formam os cidadãos habituando-os a fazerem o bem; esta é a intenção de todos os legisladores; os que não a põem corretamente em prática falham em seu objetivo, e é sob este aspecto que a boa constituição difere da má.” (ARISTÓTELES, Ética a Nicômacos, p.35-6).
Então, seguindo a concepção do realismo aristotélico de que uma ordem subjacente rege as coisas, a virtude se destaca como a medida determinada por esta ordem e pelos fins que visam o desenvolvimento pleno do ser humano.
A ética é a ciência vinculada a julgamento de apreciação moral sobre juízos de valores amarrados à distinção entre o bem e o mal. É a ciência que estuda a conduta dos seres humanos, analisando os meios que devem ser empregados para que a referida conduta se reverta sempre em favor do homem.
Então, SÁ (2009, p.3), estabelece que desta forma o conceito a seguir torna-se coerente quanto a definição de ética que diz “[...] em seu sentido de maior amplitude, a ética tem sido entendida como a ciência da conduta humana perante o ser e seus semelhantes.
Muitos confundem a definição de ética com a moral. Existe uma tendência em definir princípios éticos como princípios morais. Mesmo que haja uma correlação entre ambos os conceitos, para a ciência, essas duas palavras assumem significados diferentes.
A CONTRIBUIÇÃO DA ÉTICA ARISTOTÉLICA PARA A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL CONTÁBIL BRASILEIRO
A prática da virtude não se confunde com um mero saber técnico, não basto o simples conhecimento da virtude, exige-se a consciência do ato virtuoso, e tem como resultado a ação. O profissional contábil será considerado ético e justo se agir impulsionado por sua vontade racional, e três condições atestam esse ato virtuoso: (1) ter consciência da justiça de seu ato; (2) a vontade deve agir motivada pela própria ação; (3) agir com inabalável certeza da justiça do ato.
A conduta ética da sociedade trata-se do esforço intelectual que busca conhecer e conduzir os seres humanos a uma sensação de satisfação, entender as questões que estão a sua volta, analisar as situações cotidianas, buscar conhecer as razões pelos quais as pessoas agem da forma mais conveniente para si.
Desta forma, o contador é um profissional que assume uma responsabilidade significativa dentro das organizações, já que uma das suas funções consiste em apresentar demonstrações financeiras que evidenciem, de maneira autêntica, a realidade econômica em que as empresas se encontram naquele momento em que as informações são solicitadas. E caso estas informações estejam incoerentes, os seus usuários, tantos os internos como os externos, podem ser prejudicados.
Os profissionais da classe contábil não podem perder os valores éticos. Para confirmar com tal assertiva o Sá (2001, p. 131) “a Contabilidade destaca-se por seu papel de proteção à vida da riqueza das células sociais e pela capacidade de produzir informes qualificados sobre o comportamento patrimonial”.
O contador precisa ter um comportamento ético inquestionável, uma conduta de vida ilibada, saber manter sigilo, ter dignidade, honra, competência e serenidade para proporcionar aos usuários informações com segurança e confiabilidade e, ao mesmotempo, ter determinação em sua conduta profissional de forma a não se sentir seduzido em fraudar informações.
O contador tem muitas responsabilidades. É preciso estar atento às mudanças da legislação e normas dos serviços executados, bem como às datas e obrigações fiscais. Por isso, a importância deste profissional trabalhando de forma íntegra dentro das empresas. E torna-se necessário ressaltar o quanto este profissional é tentado a agir de forma antiética, uma vez que lida diretamente com informações que são de suma importância para o mundo dos negócios.
O contador é considerado como responsável solidário, considerado preposto ao seu cliente, sendo assim, é considerado responsável pelos atos e fatos juntamente ao preponente.
O homem bom, o bom profissional, é aquele que exerce com sucesso suas funções se realizando, elevando a sua vida até a mais alta excelência de que é capaz, vivendo bem e feliz. Levando em conta que a verdadeira felicidade (bem) não deve ser apenas um momento, mas uma sensação contínua.
O CÓDIGO DE ÉTICA DO PROFISSIONAL CONTADOR (CEPC)
O profissional contábil tem um código de ética específico que rege sua profissão, e este tem como objetivo tentar reduzir a prática de atividades que não condizem com a postura que deve ser adotada pelo profissional. Estabelecendo desta forma um rumo pelo qual deve ser direcionado suas atividades.
O Código de Ética Profissional do Contador (CEPC) serve para guiar as ações morais, permitindo que o profissional atue nas organizações de maneira que esteja de acordo com os princípios éticos aplicáveis à profissão, conhecidos e aceitos pela sociedade. No CEPC, destacam-se os princípios e valores que são inerentes ao profissional contador: a lealdade, responsabilidade com o exercício de sua profissão e a preservação de sua imagem.
O Código de Ética específica para a profissão foi criado para tentar minimizar a ocorrência de situações que não deveriam ocorrer. O profissional deve atender à diversos deveres, destacando-se:
I – exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observada toda a legislação vigente, em especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais; 
II – guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade; 
III – zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo; 
IV – comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado, eventual circunstância adversa que possa influir na decisão daquele que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a obrigação a sócios e executores;
[...] (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2010).
Desta forma, o profissional contábil que obstruir qualquer ato que fere o código de ética do profissional, acarreta em consequências graves. Sendo assim, se todos os profissionais desempenharem suas atividades conforme descritas acima, o profissional não terá nenhum problema no desempenho de suas atividades.
CONCLUSÃO
Para Aristóteles, as virtudes morais como disposições ou atitudes para a ação, são adquiridas mediante exercício e aperfeiçoadas pela prática. Daí a importância do hábito no desenvolvimento desta excelência; as pessoas não nascem boas, mas nascem com a capacidade de tornarem-se boas.
É pela prática dos atos justos que se gera o homem justo.
Constata-se que a Ética influencia a Moral, inspirando a criação ou mudança de princípios que as sociedades assumem como seus valores maiores e aos quais os costumes devem se submeter. 
Observamos que a ética geral propõe obrigações e deveres que os indivíduos possuem para com seus pares, na sua convivência diária. Ao mesmo tempo em que existem normas e princípios universais, que não se alteram no tempo e que se aplicam indistintamente a todos os indivíduos, o julgamento ético das pessoas é também determinado pelas tradições e costumes da sociedade onde ela vive.
Logo, o profissional contábil, assim como todo cidadão, deve levar em conta a conduta exigida para um convívio harmônico, visando sempre a felicidade que não vem de se ter bens, principalmente se sua aquisição for de forma ilícita, mas a felicidade de uma boa consciência, de ser reconhecido como uma pessoa honesta, confiável, que visa o interesse coletivo, em detrimento até mesmo de suas vontades.
Ser virtuoso é uma opção, uma escolha, Aristóteles frisou bem isso. O agir depende de nós e o não agir também. Ficando claro que as virtudes são voluntárias, pois somos senhores de nossos atos se conhecermos as circunstâncias.
Analisou-se um pouco mais sobre a importância da ética na formação do profissional contábil, assim também como O Código de Ética Profissional do Contador (CEPC), este por sua vez tem como objetivo dar ao contador a devida orientação nas atribuições de suas atividades dentro das organizações as quais prestam seus serviços. O Código de Ética traça basicamente como deve ser o comportamento dos profissionais que escolherem esta profissão, sendo claro no que se pode ou não realizar, com consequência de ser devidamente penalizado caso venha fazer algo em desacordo com este Código.
Compreende-se diante do trabalho que é preciso que o profissional de contabilidade exerça uma conduta ética, sem perder sua autonomia para trabalhar, já que a atividade do contabilista é a prestação de serviços, o fornecimento de informações e avaliações de natureza física, econômica e financeira sobre o patrimônio das empresas e também de pessoas físicas, auxiliando as mesmas em tomada de decisões presentes e futuras.
REFERÊNCIAS
ARISTOTELES. Ética a Nicômaco. SP. Nova Cultural. 2ª ed. 1991. (tradução de Leandro Vallandro  e Gerd Bonheim).
____________, Ética a Nicômaco. SP. Nova Cultural. 15 ed. 2009. (tradução de Leandro Vallandro  e Gerd Bonheim).
CFC. Abordagens éticas para o profissional contábil. Brasilia. CFC. 2003.
__________. Abordagens éticas para o profissional contábil. Brasília. CFC. 2010.
IUDÍCIBUS, Sérgio de, MARTINS, Eliseu, CARVALHO, L. Nelson. Contabilidade: aspectos relevantes da epopéia de sua evolução. Revista Contabilidade e Finanças. – USP, São Paulo, n. 38, p. 7 – 19, Maio/Ago. 2005.
LISBOA, Lázaro Plácido. Ética Geral e Profissional em Contabilidade. SP.ATLAS.2 ed.1997.
_______, Lázaro Plácido. Ética geral e profissional em contabilidade. 13 ed. São Paulo: Atlas S/A, 2010. 174 p.
SÁ, A. Lopes de. Ética Profissional. SP: Atlas.1998.
____, Antonio Lopes de. Ética profissional. 4ed. São Paulo: Atlas S/A, 2001. 254 p.
SILVA, Edson Cordeiro da. Governança corporativa nas empresas: guia pratico de orientação para acionistas e conselho de administração: novo modelo de gestão para redução de custos e feração de valor ao negocio. São Paulo: Atlas 2006. 181 p.
VASQUEZ, Adolfo S. Ética. RJ. Civilização Brasileira.12ª ed. 1990.
________________, Ética. RJ. Civilização Brasileira.17ª ed. 2002

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