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O uso de agrotóxicos e suas consequências na agricultura.

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O uso de agrotóxicos e suas consequências na agricultura.
Gabriela Aparecida Gnoatto[1: Acadêmica do 1 semestre do curso de Química Bacharelado da Universidade Tecnológica Federal do Paraná- UTFPR, Campus de Pato Branco. gah_gnoatto@hotmail.com. ]
Ana Caroline de Camargo[2: Acadêmica do 1 semestre do curso de Química Bacharelado da Universidade Tecnológica Federal do Paraná- UTFPR, Campus de Pato Branco. anacarolcamargo1@hotmail.com. ]
	O presente trabalho tem como objetivo analisar algumas informações obtidas sobre o uso de agrotóxicos em âmbito nacional. Evidenciando uma breve abordagem histórica sobre agrotóxicos no Brasil em conjunto com a Revolução Verde ocorrida nos anos de 1940 a 1970, explicando suas causas e consequências. Colocando uma pequena explicação sobre a definição de agrotóxico abordando seus bônus e ônus. Expondo um pouco sobre a formulação dos agrotóxicos, seus princípios ativos e sua classificação toxicológica definida. Destacando sobre alguns fatores que envolvem o Brasil. Apontando também as principais empresas que são importados os agrotóxicos utilizados no país. Abordando uma sugestão para uma segurança alimentar para o consumidor e para o produtor rural uma segurança no plantio.
 A utilização do agrotóxico começou na década de 1920, porém ainda não sabiam muito sobre seus efeitos e suas substâncias tóxicas. Na Segunda Guerra Mundial os agrotóxicos são usados como arma química. (Brasil de fato, 2012).
 Após a Segunda Guerra a indústria química ganhou impulso, a Europa e os Estados Unidos junto com o crescimento populacional e a ampla demanda de alimentos fez com que se mudasse a forma de cultivar os alimentos pois se necessitava de uma produção maior com a mesma quantidade plantada.(SANÁGUA, 2014). 
 Nesse período entre os anos de 1940 a 1970 iniciou–se a chamada Revolução Verde, com a modernização da mão de obra agrícola, diminuição do custo de manejo, a implementação de usos de agrotóxicos e fertilizantes na lavora junto com o melhoramento genético de sementes mais produtivas. (REVISTA ACTA IGUAZU, 2014)
Uma das principais causas que os cientistas afirmavam naquele momento é que a Revolução Verde serviria para acabar com a fome no mundo, pois a população aumentava em um ritmo acelerado e a escassez de alimentos era cada vez maior. 
As consequências ocorridas com a revolução verde foram grandes pois a questão ambiental foi deixada de lado visando apenas interesses financeiros. O Brasil foi muito contemplado com a Revolução ocorrida, mas na mesma intensidade que foi beneficiado também foi afetado ambientalmente.
 Provocou grandes mudanças no processo de produção devido ao pouco acesso à tecnologias e falta de qualificação no manejo, o que leva a exposição de trabalhadores rurais colocando em risco sua saúde.
No Brasil, a Revolução Verde começou seu impulso na metade da década de 60, o governo estimulou a indústria de agrotóxicos onde impôs que o financiamento feito para compra da semente só poderia ser cedido se houvesse de adubo e agrotóxico. Dando o pontapé inicial na comercialização de agrotóxicos no Brasil. 
Os agrotóxicos, são compostos químicos e biológicos e são considerados com funções de combate e prevenção de pragas agrícolas, os herbicidas, pesticidas, inseticidas e outros, são considerados de baixa nocividade, objetivando ter uma safra mais produtiva, com menos tempo, prejuízos e mais lucros para os agricultores. 
A contaminação humana de agrotóxicos, pode levar ao desenvolvimento de doenças neurológicas, endócrinas, hepáticas, respiratórias e em casos mais graves causando canceres, não ocorrendo somente com o contato direto, mas também no uso exagerados de resíduos de agrotóxicos em alimentos, água e ar, as contaminações ambientais provocadas pelo uso de agrotóxicos são apavorantes contribuindo para um maior crescimento de doenças e resistências de pragas na lavoura.
Existem diferentes formulações químicas para cada tipo de agrotóxico, são constituídos de princípios ativos. A tabela periódica atual existe 118 elementos, sendo os mais usados e encontrados nas formulações químicas: Carbono (C), bromo (Br), cloro (Cl), enxofre (S), fósforo (P), hidrogênio (H), nitrogênio (N) e oxigênio (O). Em sua comercialização o princípio ativo tem várias formulações e nomes, e pode ser encontrado produtos com mais de um principio ativo em sua formulação. (QUÍMICA NOVA NA ESCOLA, 2012).
A toxicidade dos agrotóxicos é expressa referente à Dose Média Letal (DL50), a quantidade representada por miligrama de substância do produto necessária para matar 50% dos animais testados em laboratório. A (DL50) é utilizada para estabelecer medidas de precauções maiores para serem seguidas a quem está utilizando o produto. (EMBRAPA) 
O rótulo dos agrotóxicos deve conter a classificação das quatro classes toxicológicas e sua cor em uma faixa no rótulo da embalagem, de acordo com a sua periculosidade ambiental. Produtos altamente perigosos ao meio ambiente e extremamente toxico (Classe I, cor vermelha), muito perigoso ao meio ambiente e altamente tóxico (Classe II, cor amarela), perigoso ao meio ambiente e mediamente tóxico (Classe III, cor azul), pouco perigoso ao meio ambiente e pouco tóxico (Classe IV, cor verde). (QUÍMICA NOVA NA ESCOLA, 2012).
O consumo de agrotóxicos tem relação comercial pois existem benefícios considerados na produção, porém as possibilidades de riscos ao meio ambiente e a saúde são extremamente graves, tanto de quem produz quanto de quem consome. 
Atualmente o Brasil é considerado o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, dado esse fator por ser um dos principais produtores de grãos, maior que a China e os Estados Unidos, não em termos de volume, mas em termos de valor, é utilizado menos que os dois países citados, em um mercado maior, pois as nossas culturas necessitam mais isso devido a produção. De 2002 para 2011 a média nacional na quantidade de agrotóxicos usados no Brasil, aumentou de 10,5 litros para 12 litros por hectare plantado. (DIÁRIO DO NORDESTE, 2013)
O Brasil é desenvolvido no setor de agrotóxicos pois e único país da América Latina que faz acompanhamento por agrotóxicos mais modernos e menos impactantes ao meio ambiente. Os agrotóxicos devem estar qualificados para o uso e para o consumo dos brasileiros por meio de produtos finalizados na lavoura, todo agrotóxico registrado no Brasil é seguro, pois passa pelo IBAMA, ANVISA e MDA, sendo assim um problema de política pública, pois em geral a maioria dos produtos vindo da agricultura brasileira contém agrotóxicos, expondo riscos para toda a população.
 No mercado comercial brasileiro de importações existem onze maiores principais empresas de agrotóxicos sendo elas a Bayer (Alemanha), Syngenta (Suíça), Basf (Alemanha), Monsanto (EUA), Dow Química (EUA), FMC (EUA), Makhteshim-Agan (Israel), Nufarm (Austrália) e DuPont (EUA). (DIÁRIO DO NORDESTE,2013).
No ano de 2010 o Programa de Análise de Agrotóxicos de Alimentos (PARA), fez analise em alimentos e constatou os piores alimentos contaminados em um ranking de 10, em que o pimentão lidera, seguido pelo morango, pepino, alface, cenoura, abacaxi, beterraba, couve, mamão e tomate. (EXAME,2011).
Faz se uma percepção de que os alimentos supracitados, são os mais consumidos e fazem parte do dia a dia do brasileiro, o que é preocupante pois isso acarreta a vários riscos à saúde do consumidor, existem alguns métodos para reduzir os resíduos de agrotóxicos, lavando corretamente, retirando sua casca ou deixando de molho por volta de uns 30 minutos, em uma solução com bicarbonato de sódio e água.
A partir da análise feita através de informações obtidas pode-se perceber que os agrotóxicos de alguma forma agem como bônus a produção agrícola e as empresas que comercializam, porém o consumidor e o produtor são acarretados a grandes riscos à saúde.
As medidas para se evitar possíveis intoxicações alimentares, seria ter uma prática de comprar alimentos orgânicos, porém seu custo é mais elevado que os convencionais, menos acessíveis em supermercadose feiras, o plantio de produtos orgânicos é reduzido em relação aos convencionais, mas mesmo com uma aquisição alta em seu preço ao consumidor, sendo menos acessível no momento de encontrar, a população pode estar se beneficiando de um produto mais saudável que não acarretaria em tantos problemas a sua saúde e ao meio ambiente, seria essencial essa medida pois ao trocar os alimentos com agrotóxicos por orgânicos estariam prevenindo problemas futuros de saúde e contaminações ambientais vindas dos agrotóxicos.
Em um país onde os agrotóxicos são muito utilizados na produção de grãos em geral, e com uma população que enfrenta vários problemas de saúde com distúrbios alimentares, onde infelizmente o acesso sistema público de saúde seja muito escasso, seria necessário projetos e campanhas de governo para uma redução significativa no uso de agrotóxicos em sua produção, que não só beneficiaria o consumidor que pensa estar comprando uma coisa saudável mas ao mesmo tempo estaria levando uma bomba de agrotóxicos para sua mesa, o que também contemplaria o meio ambiente e o produtor que está diretamente exposto aos riscos advindos da produção de alimentos com agrotóxicos em seu dia a dia, que optaria por pelo uso saudável e responsável do solo, do ar e da água. 
Referências 
 BORSOI, A.; JÚNIOR, A.C.G.; SANTOS, P.R.R.; TAFFAREL, L.E. Agrotóxicos: histórico, atualidades e meio ambiente. Revista Acta Iguazu,2014, UNIOESTE. Disponível em : 
<http://e-revista.unioeste.br/index.php/actaiguazu/article/view/9650/7083.> Acesso em: 18 de setembro de 2017.
MENDES, M.R.F.; MONTEIRO, I.P.; SERRA, L.S.;SOARES, M.V.A. Revolução Verde: reflexões acerca da questão dos agrotóxicos. Revista do CEDS, 2016, UNDB. Disponível em: <www.undb.edu.br/.../revolução_verde_e_agrotóxicos_-_marcela_ruy_félix.pdf.> Acesso em 18 de setembro de 2017.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente (MMA). Agrotóxicos. Brasília. Disponível em: http://www.mma.gov.br/seguranca-quimica/agrotoxicos. Acesso em: 16 de setembro de 2017.
LONDRES, F. Agrotóxicos no Brasil - um guia para ação em defesa da vida. Rio de Janeiro: AS-PTA, 2011. Disponível em: <aspta.org.br/wp-content/uploads/2011/09/Agrotoxicos-no-Brasil-mobile.pdf.> Acesso em:14 de setembro de 2017. 
DIÁRIO DO NORDESTE. Regional. Multinacionais do veneno fazem oligopólio bilionário no Brasil. Verdes Mares, 2013.Disponível em: <http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/regional/multinacionais-do-veneno-fazem-oligopolio-bilionario-no-brasil-1.269149>. Acesso em: 17 setembro de 2017.
BARBOSA, V. Os 10 alimentos campeões em agrotóxicos. Revista Exame. Editora Abril, 2011. Disponível em: http://exame.abril.com.br/mundo/os-10-alimentos-mais-contaminados-por-agrotoxicos/. Acesso em: 20 de setembro de 2017.
 SANÁGUA- ANÁLISES QUÍMICAS EM AMBIENTAIS. Notícias. O histórico dos agrotóxicos. Campo Grande, 2014. Disponível em: <http://sanagua.com.br/noticias/o-historico-dos-agrotoxicos-165.html>. Acesso em 26 de setembro de 2017.
BENVENUTI, P. Da guerra para a agricultura. Brasil de fato, 2012. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/node/9807/. Acesso em 28 de setembro de 2017.
 BRAIBANTE, M. E. F.; ZAPPE, J. A. A química dos agrotóxicos. Química Nova na Escola, 2012. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_1/03-QS-02-11.pdf. Acesso em 24 de novembro de 2017.
BARRIGOSI, J. A. F. Uso de agrotóxicos. Embrapa, Brasília. Disponível em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/arvore/CONT000fohgb6co02wyiv8065610dc2ls9ti.html. Acesso em 24 de novembro de 2017.

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