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Historia da psicologia

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INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA
A CONSTRUÇÃO DO EU NA MODERNIDADE
O Homem é um ser pensante então em sua trajetória histórica ele está sempre intrigado buscando compreender o comportamento, as atitudes em sociedade. A relação do corpo com a alma. 
Mas foi apenas no século XIX que surgiram os projetos de se realizar um estudo sobre ciência da mente. 
A psicologia surge então composta de uma grande quantidade de teorias diferentes, Neurofisiologia, sociologia, antropologia, biologia. 
O tridente da psicologia é a vigésima terceira letra do alfabeto grego significa “Psiquê”.
A PASSAGEM DA IDADE MÉDIA AO RENASCIMENTO
Em termos de história a passagem se dá: com a diminuição do poder da igreja - saída do teocentrismo; a crise do sistema feudal - foi um modo de organização social, político e cultural baseado no regime de servidão, onde o trabalhador rural era o servo do grande proprietário de terras, o senhor feudal; e o nascimento das cidades e rotas de comercio.
No renascimento nasce o Humanismo Moderno.
A diminuição do poder da Igreja leva o homem a ter a liberdade de buscar e construir suas próprias resposta – principal elemento do humanismo
Também chamado Humanismo Naturalista, Humanismo Científico, Humanismo Ético e Humanismo Democrático, é definido por um dos seus principais proponentes, Corliss Lamont, como “uma filosofia naturalista que rejeita todo o sobrenaturalismo e se apoia com primazia na razão e ciência, na democracia e compaixão humana”.
É exatemente neste Período nesse período que se afirma a concepção de subjetividade privada, incluindo a ideia de liberdade do Homem e de sua posição como centro do mundo.
Mas o que vem a ser a subjetividade privatizada? Pelo que percebemos, estamos falando da nossa individualidade, dos nossos desejos, do nosso “eu”, enfim, daquilo que está dentro de nós e que somente nós temos contato.
Bem, estaríamos diante das transformações culturais ao longo dos anos, tais como religiosidade, arte, valores, costumes etc., determinando, de certa forma, a subjetivação e a individualização. 
Mas é aqui que o homem percebe que conceitos como liberdade, individualidade e igualdade não passam de meras ilusões.
Somente a partir do reconhecimento da instância individual do homem dentro desta mesma sociedade é que a psicologia é aceita como ciência. Mas para isto estamos falando de três séculos: do Renascimento à Idade Moderna, e, durante este longo período, o homem chega a ser valorizado, diante da concepção de que ele seria o centro do mundo e totalmente livre para trilhar seu caminho (e Deus?), até a crise da soberania do “eu”.
Abordando de forma sucinta cada época, podemos afirmar que no Renascimento a figura de Deus parece ter se distanciado e se colocado sobre o mundo, fazendo com que o homem passasse a controlar a natureza. Há, portanto, uma valorização do homem, nascendo, por sua vez, o humanismo moderno.
O antropocentrismo (do grego anthropos, "humano"; e, kentron, "centro") é uma concepção que considera que a humanidade deve permanecer no centro do entendimento dos humanos, isto é, o universo deve ser avaliado de acordo com a sua relação com o ser humano, sendo que as demais espécies, bem como tudo mais, existem para servi-los. O antropocentrismo coloca o ser humano no centro do universo, postulando que tudo o que existe foi concebido e desenvolvido para a satisfação humana.
a filosofia grega do ceticismo, para a qual era impossível ao homem um conhecimento seguro do mundo. Em suma: o homem começa a criticar e duvidar do próprio homem. Além do mais há um nascente individualismo, que acaba produzindo reações: racionalistas e empiristas, que, de acordo com os professores supracitados, tratam de estabelecer bases novas e mais seguras para as crenças e ações humanas.
A individualidade é necessária para elaborarmos conflitos emocionais internos, para a construção da nossa própria compreensão de mundo. Mas a vivencia em sociedade é necessária também para as trocas de experiência, as divergências de pensamentos e ideias, para que compreendamos que não existe apenas uma verdade única. 
Se nos voltarmos somente para o eu interno não conseguimos estabelecer uma relação de reciprocidade com o outro, começamos a sentir uma falsa superioridade, apenas nossa verdade prevalece, começamos a ser intolerante com o que é diferente.
O termo individuo – refere-se que somos o átomo indivisor do mundo humano – universo interno. 
O termo humanismo vem de humanistas – A educação do homem enquanto considerado em sua condição propriamente humana – razão – distinguindo dos animais.
O corre a valorização do homem do Cuidado de Si.
Com este a Liberdade vem como Dom natural para que busque caminhos do bem, definir o que é Certo e Errado – Campo da Moral.
ENCONTRO COM A MULTIPLICIDADE
A multiplicidade é uma característica do Renascimento. 
A abertura do mundo trouxe o conhecimento de civilizações novas, com seus costumes, hábitos, culturas, alimentos. 
O espanto do homem ocidental ao defrontar-se com as religiões e costumes distintos pelo mundo. Duas atitudes básicas podem ter sido tomadas diante desse confronto: uma reassegura a certeza sobre si- considera a diferença um erro, se ele pensa diferente de mim ele está errado. Cabe conduzi-lo a verdade. 
Caso ele se recuse, justifica-se a utilizações de meios nem um pouco convencionais, dado que se trata de seu próprio bem.
A chamada conquistas das Américas mostrou muito bem isso e quais suas consequências, com extermínio massivo de culturas.
A outra atitude parece ser mais autocrítica e parece ter tido um lugar considerável no Renascimento – Diante do confronto com a verdade do outro, acaba-se por se colocar em questão a própria verdade, não para substituí-la, mas para torna-la não mais como única, mas como uma dentre as possíveis. 
Com isso, claramente percebe-se a necessidade das crises da subjetividade privatizada, a fim de que a psicologia seja científica. Significa dizer que tais experiências induzem os homens a pensarem acerca das causas e do significado de tudo aquilo que fazem, causam uma reflexão do que somos, quem somos, como somos e por que tomamos determinadas ações. E, para tanto, a ilusão da liberdade e da igualdade são pedras fundamentais na construção dos questionamos humanos e, obviamente, na condução de projetos da psicologia como uma ciência independente, pois a crise da subjetividade requer uma solução, e é na psicologia o caminho a se percorrer.
O ILUMINISMO
Este movimento surgiu na França do século XVII e defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica que dominava a Europa desde a Idade Média. Segundo os filósofos iluministas, esta forma de pensamento tinha o propósito de iluminar as trevas em que se encontrava a sociedade.
Os pensadores que defendiam ideais de que o pensamento racional deveria ser levado adiante substituindo as crenças religiosas e o misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a evolução do homem. O homem deveria ser o centro e passar a buscar respostas para as questões que, até então, eram justificadas somente pela fé.
As ideias do Iluminismo minaram a autoridade da monarquia e da Igreja e prepararam o caminho para as revoluções políticas dos séculos XVIII e XIX.
Assim, enfatizavam a defesa do conhecimento racional para desconstruir preconceitos e ideologias religiosas.
A apogeu deste movimento foi atingido no século XVIII, e, este, passou a ser conhecido como o Século das Luzes. O Iluminismo foi mais intenso na França, onde influenciou a Revolução Francesa através de seu lema: Liberdade, igualdade e fraternidade. Também teve influência em outros movimentos sociais como na independência das colônias inglesas na América do Norte e na Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil. 
Avessos ao absolutismo e aos privilégios dados à nobreza e ao clero. Isso abalava os alicerces da estrutura política e social absolutista.
O Absolutismo foi o sistema político e administrativo dos países europeus, durante o períodoconhecido como Antigo Regime (séculos XVI ao XVIII ). Em suma, o soberano centralizava todos os poderes do estado em suas mãos e os utilizava a revelia de toda sociedade.
Os reis detinham o monopólio da violência para reprimir qualquer pessoa ou movimento social que contrariasse a vontade da realeza.
Os principais filósofos do Iluminismo foram: John Locke (1632-1704), ele acreditava que o homem adquiria conhecimento com o passar do tempo através do empirismo; 
Voltaire (1694-1778), ele defendia a liberdade de pensamento e não poupava crítica a intolerância religiosa; Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), ele defendia a ideia de um estado democrático que garanta igualdade para todos;
‘Eu não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-lo”.
 Montesquieu (1689-1755), ele defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário; 
Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond d´Alembert (1717-1783), juntos organizaram uma enciclopédia que reunia conhecimentos e pensamentos filosóficos da época.
O PÚBLICO E O PRIVADO
Um tema clássico do século XVIII, é a relação entre as esferas pública e privada.
Retrocedendo um pouco, como vimos no século XVII o “eu” passou a ser tomado como o centro do mundo: a própria essência do homem foi identificada à sua racionalidade e consciência.
Então talvez o eu possa ser tido como a totalidade da experi6encia humana: tudo que não se identificasse a ele seria tomado como loucura.
No século XVIII, o eu deixará de ser tomado como totalidade e, cada vez mais tomará aspectos de uma representação social , uma auto imagem cultivada e civilizada que encobre, no entanto, algo mais que habita e constitui as pessoas e que elas procuram manter em segredo.
Este espaço de privacidade só foi possível desde que a crença em um Deus onipresente e onisciente deixou de dominar o homem.
A privacidade abarcará todo um universo de desejos e pensamentos anti-sociais, que devem ser ocultos pela etiqueta e pelas boas maneiras.
Para os Gregos o público seria as assembleias politicas para deliberar sobre assuntos sobre a cidade, discutir e votar, o papel do Estado e da Igreja eram em boa parte públicos.
O privado seria o da casa, da família, onde suas ações seriam permitidas sem nenhum julgamento.
Nicolau Maquiavel foi uns dos primeiros a refletir sobre o publico e privado em sua Obra “O Príncipe” ele afirma que a ética é um valor que afeta o espaço privado e não o espaço público. Portanto segundo Maquiavel a Ética não deve reger a política. “Os fins justificam os meios”.
Com a separação entre ética e política a partir da Idade Moderna , o espaço privado é visto como espaço privilegiado onde podemos desfrutar de nossa liberdade individual. 
Paralela à constituição desse conjunto de dispositivos comportamentais, surge a questão filosófica da relação do poder central com as liberdades individuai. Isto conduziria à partilha entre uma intimidade livre a ser cultivada em contraposição a uma obediência pública ao poder monárquico. 
No pensamento liberal, bem como no iluminista, há um investimento maior do plano privado e íntimo contra os excessos do poder central e de suas representações públicas. 
A instalação do poder central nos Estados modernos se fez de forma diversa nas diferentes nações europeias, consagrando diversos dispositivos de exercício da vida privada. Assim, na Inglaterra inventaram-se as cartas e o romance intimista como espaço de expressão de nossas experiências interiores, e o jardim inglês, o turismo, os pubs , cafés, os clubes masculinos como locais de exercício da nossa vida privada.
Alguns autores, no entanto, vislumbram um alcance maior dessa experiência moderna no campo psicológico. Peter Berger (1985) vê no aprofundamento dessa distinção entre os domínios público e privado a condição fundamental para o surgimento dos saberes psicológicos.
É a mesma postura de Figueiredo (1992), ainda que este entenda que para isso tenha sido 
necessária uma crise dessa subjetividade interiorizada,
Traços da psicologia surgindo no publico e privado seriam o comportamento distintos e a utilização de mascaras. 
Uma das imagens mais recorrentes deste século a de que o real é encoberto por um véu. Impõem a necessidade de desvela-la ou revela-lo. 
O “eu” passa cada a vez mais ser tomado como uma mascara que encobre a verdade. 
Todos nós usamos máscaras. Todos nós construímos imagens sociais para nos adaptarmos a determinados ambientes sociais, para responder à expectativa de certas pessoas.
Busco em todas as personagens que interpretei, os indícios para me encontrar - Nuno Mendes Duarte
Máscara, que me esconde do mundo, que penso que me protege, mas que me vulnerabiliza mais quando a uso. Afinal, quando ela cai, não é só aos outros que enganei... enganei-me a mim própria ao pensar que poderia passar algo que não sou... Ana Crespim
As máscaras não servem só para nós escondermos. Há máscaras que nos ajudam a dar os primeiros passos, que nos ajudam a ganhar auto-estima e por isso podem ser tão poderosas.  São aquelas máscaras em que nós fazemos de conta, “como se...” -  como se tivessemos coragem,  confiança, segurança ou à vontade. E de repente fomos capazes de falar, de dizer não, de aparecer e de viver. Isabel Policarpo 
Nasce o Romantismo um movimento de crítica a Modernidade, ao iluminismo com seu exagerado racionalismo.
Recusando o princípio cartesiano, segundo o qual o homem se caracteriza como um ser pensante, o romantismo fez ressaltar que a essência humana está em sua natureza passional (paixão, sentimento).
Em fins do século 18 se deu uma decisiva reviravolta. O foco na razão deu lugar ao retorno à natureza. O conceito de alma foi ampliado a toda a natureza, de modo que se passou a ter interesse não só pelo homem, mas também pelos seres vivos mais simples. No centro das atenções se encontravam, sobretudo, as peculiaridades de indivíduos e de comunidades de vida.
O ideal de pessoa no...
Romantismo - extrema sensibilidade, capacitando o ser humano "sentir por dentro" (visões e ideias) e "sentir com" (amizade e família), uma rica vida interior, acreditar no poder da inspiração, intuição e espontaneidade, e ainda, na importância atribuída à vida emocional.
No Romantismo reconhece-se a diferença entre os indivíduos, e a liberdade é exatamente a liberdade de ser diferente. 
Para o Romantismo cada um é diferente, mas acreditam que os grandes e intensos sentimentos podem reunir os homens apesar de suas diferenças.
Mas claro que tudo que é bom, possui alguns aspectos ruins...
O romântico demonstra condição de conflito interior, dilaceração do sentimento que nunca se sente satisfeito, que se encontra em contraste com a realidade e aspira à algo mais, que no entanto, lhe escapa continuamente. Entendido como fato psicológico, o sentimento romântico não é o chamado sentimental, isto é, o sentimento melancólico-contemplativo, mas sim muito mais um dado de sensibilidade quando ela se traduz em estado de excessiva ou até permanente impressionabilidade, irritabilidade e reatividade. Na sensibilidade romântica, o termo mais preciso para indicar este estado de espírito é a "ansiedade" (anelo apaixonado é menos significativo)
Moritz, por seu lado, foi fundador de uma revista de psicologia experencial, Conhece-te a ti mesmo, onde eram publicados diversos relatos de experiências individuais, como as suas, presentes em uma autobiografia romanceada. 
A AUTO-CRITICA DA RAZÃO
Quando no século XVIII se iniciou um processo de crise da noção de subjetividade, pois no interior da própria racionalidade iluminista, a razão será tomada como objeto de investigação. 
Descartes havia debruçado sua razão sobre os objetos do mundo e tinha chegado a conclusão de que todos eram incertos, restando como único ponto fixo e absoluto o próprio eu, enquanto ser pensante.
Para Immanuel Kant o próprio pensamento foi tomado como objeto deinvestigação ( a razão pensa por si própria), investiga as possibilidades, os limites da razão.
Em sua Obra Crítica da Razão Pura, chega a conclusão que o pensar é organizado por categorias, estruturas que organizam tudo que nos chega do mundo. Ex: causa e efeito, um evento leva a outro, o primeiro é a causa do segundo.
Assim todo conhecimento sobre o mundo seria condicionado e formatado por nossas estruturas cognitivas, ou seja nunca temos acesso as coisas em si, mas apenas aos fenômenos. 
Desta forma a razão deve produzir hipóteses, modelos teóricos através dos quais seja possível organizar e dar sentido aos fenômenos.
Para Descarte a intuição imediata do próprio eu pensante impõe um novo ponto de partida para o pensamento ocidental: 
não mais a busca das essências dos seres (como no pensamento antigo), ou o fundamento divino da existência (como no pensamento medieval), mas o Espírito e o Sujeito, enquanto sedes da verdade. 
Descartes, no interior do espírito é possível estabelecer uma distinção entre uma razão de origem divina enquanto cerne de toda inteligibilidade e consciência, onde o eu faz a sua morada, e uma região fronteiriça desse espírito, situada na interseção com o corpo: as paixões 
OS FILÓSOFOS E A PSICOLOGIA
A história do pensamento humano tem um momento áureo na Antiguidade, entre os gregos, particularmente no período de 700 a.C. até a dominação romana, às vésperas da era cristã.
Os gregos foram o povo mais evoluído nessa época. Uma produção minimamente planejada e bem-sucedida permitiu a construção das primeiras cidades-estados. A manutenção dessas cidades implicava a necessidade de mais riquezas, as quais alimentavam, também, o poderio dos cidadãos (membros da classe dominante na Grécia Antiga). Assim, iniciaram a conquista de novos territórios, que geraram riquezas na forma de escravos para trabalhar nas cidades e na forma de tributos pagos pelos territórios conquistados.
As riquezas geraram crescimento, e este crescimento exigia soluções práticas para a arquitetura, para a agricultura e para a organização social. Isso explica os avanços na Física, na Geometria, na teoria política (inclusive com a criação do conceito de democracia).
Tais avanços permitiram que o cidadão se ocupasse das coisas do espírito, com a filosofia e a arte. Alguns homens, como Platão e Aristóteles, dedicaram-se a compreender esse espírito empreendedor do conquistador grego, ou seja, a filosofia começou a especular em torno do homem e sua interioridade. É entre is filósofos gregos que surge a primeira tentativa de sistematizar uma Psicologia.
Mas é com Sócrates que a Psicologia na Antiguidade ganha consistência. Sua principal preocupação era com o limite que separa o homem dos animais. Desta forma, postulava que a principal característica humana era a razão. A razão permitia ao homem sobrepor-se aos instintos, que seriam a base da irracionalidade. Ao definir a razão como peculiaridade do homem ou como essência humana, Sócrates abre um caminho que seria muito explorado pela Psicologia. As teorias da consciência são, de certa forma, frutos dessa primeira sistematização na Filosofia.
O passo seguinte é dado por Platão, discípulo de Sócrates. Esse filósofo procurou definir um "lugar" para a razão no nosso próprio corpo. Definiu esse lugar como sendo a cabeça, onde se encontra a alma do homem. A medula seria, portanto, o elemento de ligação da alma com o corpo. Este elemento de ligação era necessário porque Platão concebia a alma separada do corpo. Quando alguém morria, a matéria desaparecia, mas a alma ficava livre para ocupar outro corpo.
Aristóteles, discípulo de Platão, foi um dos mais importantes pensadores da história da Filosofia. Sua contribuição foi inovadora ao postular que alma e corpo não podem ser associados. Para Aristóteles, a psyché seria o princípio ativo da vida. Tudo aquilo que cresce, se reproduz e se alimenta possua a sua psyché ou alma. Desta forma, os vegetais, os animais e o homem teriam alma. Os vegetais teriam a alma vegetativa, que se define pela função de alimentação e reprodução. Os animais teriam essa alma e a alma sensitiva, que tem a função de percepção e movimento. E o homem teria os dois níveis anteriores e ainda a alma racional, que tem a função pensante.
Portanto, 2.300 anos antes do advento da Psicologia científica, os gregos já haviam formulado duas "teorias": a Platônica, que postulava a imortalidade da alma e a concebia separada do corpo, e a Aristotélica, que afirmava a mortalidade da alma e a sua relação de pertencimento ao corpo.
A Psicologia no Império Romano e na Idade Média é representada por dois grandes filósofos: Santo Agostinho (354-430) e São Tomás de Aquino (1225-1274).
Santo Agostinho, inspirado em Platão, também fazia ima cisão entre alma e corpo. Entretanto, para ele, a alma não era somente a sede da razão, mas a prova de uma manifestação divina no homem. A alma era imortal por ser o elemento que liga o homem a Deus. E, sendo a alma também a sede do pensamento, a Igreja passa a se preocupar também com sua compreensão.
São Tomás de Aquino viveu num período que prenunciava a ruptura da Igreja Católica, o aparecimento do protestantismo – uma época que preparava a transição para o Capitalismo, com a revolução industrial na Inglaterra. Essa crise econômica e social leva ao questionamento da Igreja e dos conhecimentos produzidos por ela. Dessa forma, foi preciso encontrar novas justificativas para a relação entre Deus e o homem. São Tomás foi buscar em Aristóteles a distinção entre essência e existência. Como o filósofo grego, considera que o homem, na sua essência, busca a perfeição através de sua existência. Porém, introduzindo o ponto de vista religioso, ao contrário de Aristóteles, afirma que somente Deus seria capaz de reunir a essência e a existência, em termos de igualdade. Portanto a busca de perfeição pelo homem seria a busca de Deus.
A Psicologia no período do Renascimento, René Descartes (1596-1659), um dos filósofos que mais contribuiu para o avanço da ciência, postulada a separação entre mente e corpo, afirmando que o homem possui uma substância material e uma substância pensante, e que o corpo, desprovido do espírito, é apenas uma máquina. Esse dualismo mente-corpo torna possível o estudo do corpo humano morto, o que era impensável nos séculos anteriores, e dessa forma possibilita o avanço da Anatomia e da Fisiologia, que iria contribuir em muito para o progresso da própria Psicologia.
A ORIGEM DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA
No século XIX, o papel da ciência destacava-se, e seu avanço torna-se necessário. O crescimento da nova ordem econômica – o capitalismo – traz consigo o processo de industrialização, para o qual a ciência deveria dar respostas e soluções práticas no campo da técnica. Há então um impulso muito grande para o desenvolvimento da ciência, enquanto um sustentáculo da nova ordem econômica e social, e dos problemas colocados por ela.
Nesse período, surgem homens como Hegel, demonstrando a importância da História para a compreensão do homem, e Darwin, que enterra o antropocentrismo com sua tese evolucionista. A ciência avança tanto, que passa a ser um referencial para a visão de mundo. A partir dessa época, a noção de verdade passa, necessariamente, a contar com o aval da ciência. A própria filosofia adapta-se aos novos tempos, com o surgimento do Positivismo de Augusto Comte, que postulava a necessidade de um maior rigor científico na construção dos conhecimentos nas ciências humanas. Desta forma, propunha o método da ciência natural, a Física, como modelo de construção de conhecimento.
É em medos do século XIX que os problemas e temas da Psicologia, até então estudados exclusivamente pelos filósofos, passam a ser, também, investigados pela Fisiologia e pela Neurofisiologia em particular. Os avanços que atingiram também essa área levaram à formulação de teorias sobre o sistema nervoso central, demonstrando que o pensamento, as percepções e os sentimentoshumanos eram produtos desse sistema.
Para se conhecer o psiquismo humano passa a ser necessário compreender os mecanismos e o funcionamento da máquina de pensar do homem – seu cérebro. Assim, a Psicologia começar a trilhar os caminhos da Fisiologia, Neuroanatomia e Neurofisiologia.
Algumas descobertas são extremamente relevantes para a Psicologia. Por exemplo, por volta de 1846, a Neurologia descobre que a doença mental é fruto da ação direta ou indireta de diversos fatores sobre as células cerebrais.
A Neuroanatomia descobre que a atividade motora nem sempre esta ligada à consciência, por não estar necessariamente na dependência dos centros cerebrais superiores. 
O caminho natural que os Fisiologistas da época seguiam, quando passavam a se interessar pelo fenômeno psicológico enquanto estudo científico, era a Psicofísica. Estudavam, por exemplo, a Fisiologia do olho e a percepção das cores. 
Por volta de 1860, temos a formulação de uma importante lei no campo da Psicofísica. É a Lei de Fechner-Weber, que estabelece a relação entre estímulo e sensação, permitindo a sua mensuração. 
Essa lei teve muita importância na história da psicologia, porque instaurou a possibilidade de medida do fenômeno Psicológico, o que até então era considerado impossível. Dessa forma, os fenômenos Psicológicos vão adquirindo status de científicos, porque, para concepção de ciência da época, o que não era mensurável não era passível de estudo científico.
Outra contribuição muito importante nesses primórdios da Psicologia científica é a de Wilhelm Wundt (1832-1926). Wundt cria na Universidade de Leipzig, na Alemanha, o primeiro Laboratório para realizar experimentos na área de Psicofisiologia. Por esse fato e por sua extensa produção teórica na área, ele é considerado o pai da Psicologia moderna ou científica.
A PSICOLOGIA CIENTÍFICA
O berço da psicologia moderna foi a Alemanha do final do século passado. Wundt, Weber e Fechner trabalharam juntos na Universidade de Leipzig. Seguiram para aquele país muitos estudiosos dessa nova ciência.
Seu status de ciência é obtida na medida em que se "liberta" da Filosofia, que marcou sua história até aqui, e atrai novos estudiosos e pesquisadores, que. Sob os novos padrões de produção de conhecimento, passam a:
definir seu objeto de estudo (o comportamento, a visa psíquica, a consciência) 
delimitar seu campo de estudo, diferenciando-o de outras áreas de conhecimento, como a Filosofia e a Fisiologia. 
Formular métodos de estudo deste objeto 
Formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimento na área. 
Essas teorias devem obedecer aos critérios básicos da metodologia científica, isto é, deve-se buscar a neutralidade do conhecimento científico, os dados devem ser passíveis de comprovação, e o conhecimento deve ser cumulativo e servir de ponto de partida para outros experimentos e pesquisas na área.
3. Objeto(s) da Psicologia
O objeto da Psicologia é a subjetividade humana e está comprometida em estudar as contradições de alguns animais e homens e suas relações sociais.
A psicologia não estuda apenas o comportamento humano. Estuda ainda o comportamento animal, principalmente de ratos e chimpanzés, pois este estudo oferece subsídios interessantes na compreensão das bases do comportamento humano.
2. Psicologia científica x Psicologia do senso comum
	O tipo de conhecimento que vamos acumulando no nosso cotidiano é chamado de senso comum. 
Exs: 
a dona de casa, quando usa a garrafa térmica para manter o café quente, sabe por quanto tempo ele permanecerá razoavelmente quente, sem fazer nenhum cálculo complicado e, muitas vezes, desconhecendo completamente as leis da termodinâmica. 
a professora sabe que se recompensar a boa disciplina do aluno do curso primário com uma estrelinha no caderno, pode aumentar o comportamento desse aluno ser obediente na sala de aula. 
a mesma recompensa da letra “b” pode servir de exemplo para os outros alunos.
a namorada sabe que se marcou um encontro com o namorado para às 20h e ele chegou às 21h, pode ficar de cara fechada com intenção de puní-lo por tê-la feito esperar.
Na letra “a” a pessoa sem saber sobre Física sabe conseguir o efeito esperado no ambiente. Nas letras “b”, “c", “d”, as pessoas agiram com intenção de modificar o comportamento de alguém, mas sem saber de leis ou teorias da psicologia. 
O conhecimento do senso comum é intuitivo, espontâneo, de tentativas e erros. É um conhecimento importante porque sem ele a nossa vida no dia-a-dia seria muito complicada. O senso comum percorre um caminho que vai do hábito à tradição, que passa de geração para geração. Integra de um modo o conhecimento humano.
A utilização de termos como ‘rapaz complexado’, ‘mulher louca’, ‘menino hiperativo’ expressa a comunicação do senso comum acerca do comportamento humano, que muitas vezes não ocorre de maneira científica. Os termos podem até ser da psicologia científica, mas são usados sem a preocupação de definir as palavras.
Ciência é um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade obtidos por meio de metodologia científica. Assim quando buscamos definir, descrever e prever comportamentos estamos fazendo ciência. O cientista do comportamento (da psicologia) não fica satisfeito com conceitos generalizados e rotulados (complexado, louco, “nasceu assim”) sem compromisso e apenas baseados em ‘achismos’ e observações superficiais. Ele quer observações sistematizadas, conhecimento metodológico, experimentado, testado, comprovado.
Ex: ‘mulher louca’, o que é loucura? Quais os sintomas? Que tipo de loucura? 
Quando fazemos ciência, baseamo-nos na realidade cotidiana e pensamos sobre ela. Quando bem utilizada, a ciência permite que o saber seja transmitido, verificado, utilizado e desenvolvido. 
Skinner, no livro Ciência e comportamento humano, diz que ciência é uma disposição de tratar com os fatos, de preferência, e não com o que se possa ser dito sobre eles. Aceitar os fatos, mesmo quando eles são opostos aos desejos. 
		Então, por que a psicologia é ciência? 
	O psicólogo contribui para a produção do conhecimento científico da psicologia através da: observação, descrição e análise dos processos comportamentais.
		Algumas características que descrevem a psicologia como ciência são: 
Objeto específico de estudo = homem (no sentido mais amplo). 
Linguagem precisa e rigorosa = não utiliza termos do senso comum sem preocupação conceitual.
Métodos e técnicas específicas = entrevistas estruturais, testes, técnicas de terapia, dentre outras, obtidas de maneiras programadas, sistemáticas e controladas, para que se permita a verificação da validade da ciência e permitindo a reprodução da experiência.
Processo cumulativo do conhecimento = Um novo conhecimento é produzido sempre a partir de algo anteriormente desenvolvido. Negam-se, reafirmam-se, descobrem-se novos aspectos, e assim a ciência avança.
Objetividade = possibilidade de verificação com o máximo de isenção de emoção possível.
3. Comportamento, relações funcionais e meio ambiente
Comportamento:
Ações – evento público
Pensamentos – evento privado
Sentimentos – evento privado
Eventos públicos (agir)
Conjunto de comportamentos visíveis desenvolvidos pelo organismo. Ex: escrever, andar, piscar, beijar. 
Eventos privados (sentir e pensar)
Sentir	- Emoções
	- Sensações
	- Sentimentos
	
Pensar 	- Pensamentos
	- Conceitos
	- Fantasias
	- Imaginações
	- Raciocínio
	- Tomada de decisões
O Sentir 
		Sensações: respostas sensoriais aos estímulos ambientais, uma percepção direta do nosso estado corporal. Ex: sentir fome, sono, sede, frio, calor.
		São respostas as variáveis orgânicas, químicas, como por exemplo: drogas, alimentos, medicamentos, os processos metabólicos do organismo, a química cerebral que pode levar a mudanças comportamentais. 
Nossos órgãos sensoriais detectam todo oconhecimento que temos do mundo. 
Ex: temos células fotoelétricas no olho. O comprimento das ondas é a mesma que chega aos olhos de todas as pessoas, mas o que é diferente é como cada um percebe esse ver. Isso é evento interno e, portanto, subjetivo. 
Não podemos sentir o que outro sente, por isso é um comportamento privado de quem está sentindo. Nesse sentido somos solitários no mundo. Só você sente o que você sente.
		Emoções: é a nossa capacidade de perceber os mais variados sentimentos. Alegria, tristeza, medo e raiva são as emoções principais.
		Sentimentos: vergonha, ânimo, desânimo, amor, prazer, inquietação, inadequação, humilhação, importância, satisfação e outros tantos. 
O lado emocional está equilibrado e saudável quando apresenta a capacidade de perceber os mais variados sentimentos em conformidade com a situação vivenciada. Quando estou vivenciando uma perda, me entristeço; quando estou sendo injustiçada, me enraiveço; quando ocorre a frustração de um sonho ou de um projeto, fico desanimada; quando meu time ganha, fico alegre; se algo muito importante para mim se concretiza, fico em extrema felicidade. 
O Pensar – nosso pensar (fantasias, imaginações, raciocínio, etc.) estão controlados por eventos antecedentes e possuem conseqüências. Esses eventos estão no meio ambiente.
Meio ambiente
Não se pode entender comportamento sem um contexto, sem a descrição de eventos antecedentes e consequentes do evento descrito. Por isso os conceitos de comportamento e ambiente são interdependentes, um não pode ser definido sem referência ao outro. 
O agir, o sentir e o pensar estão em função de variáveis ambientais (meio ambiente) que são os eventos antecedentes e consequentes. Note bem que não é o homem e sim o comportamento do homem que está sendo interagindo constantemente com os estímulos que antecedem o seu comportamento, e o seu comportamento está constantemente tendo consequências no ambiente e sendo interagido por elas.
Relação funcional: antecedentes  comportamento  consequentes
	Antecedentes
	Comportamento 
	Consequentes ( e )
	Variáveis histórias da vida de cada indivíduo; ambiente físico, social, histórico e cultural.
	1- Eventos privados (sensações)
2- Eventos públicos (ações)
3- Eventos internos (reações fisiológicas)
Todos esses eventos estão sob controle de antecedentes e consequentes
	A consequência pode ser positiva ou negativa, depende da história de cada pessoa. 
O que pode ser positivo para um, pode ser aversivo para outro. 
Meio ambiente (estímulos) = as influências sobre o organismo que determinam o comportamento; tudo aquilo que afeta o comportamento. Um estímulo é um ‘pedaço’ do ambiente que pode ser interno ou externo ao organismo.
	 
	Os homens agem sobre o mundo, modificam-no e, por sua vez são modificados pelas consequências de sua ação (Skinner, 1978). Assim, além conhecer o organismo e as suas interações, é necessário conhecer os diversos ambientes o qual um organismo pode se interagir. 
	O ambiente que o indivíduo interage pode ser analisado sob dois prismas (Todorov, 1999):
	- O ambiente externo, dividido em físico e social, 
	- O ambiente interno dividido em biológico e histórico. 
	 
		O ambiente externo é alterado pelo comportamento por meio de ações mecânicas sobre ele e pelas interações do indivíduo com o social. 
O ambiente interno é formado pelos processos biológicos e as experiências passadas de cada pessoa afinal o organismo transporta consigo os resultados de suas interações passadas. 
		 
		Obs.: A psicologia às vezes é definida como a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais. Ora, vimos que os processos mentais fazem parte do comportamento humano. Os processos mentais dizem respeito ao ‘pensar’. Assim, dizer que a psicologia estuda o comportamento e os processos mentais é uma redundância (pleonasmo) desnecessária. 
4. A subjetividade
	A subjetividade é a síntese singular e individual que cada um de nós vai constituindo conforme vamos nos desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida social e cultural. A subjetividade é a maneira de sentir, pensar, fantasiar, sonhar, amar e fazer de cada um, enfim o que constitui o nosso modo de ser. 
	Cada um é dono do seu sentir e do pensar. Isso é a subjetividade. “Eu vejo que você vê, mas nunca vou saber como é o seu ver. Você tem a sua subjetividade, cada um interprete e percebe o meio onde está inserido de forma única.”
	O indivíduo não nasce com a sua subjetividade. Ele a constrói aos poucos, apropriando-se do material do mundo social e cultural. Criando e transformando o mundo externo, o homem constrói e transforma a si próprio. A subjetividade, dependendo da abordagem psicológica, também é vista como a “individualidade”. 
	Citando Guimarães Rosa em “O Grande Sertão: Veredas”: O importante e bonito no mundo é isso: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam e desafinam.
4. Escolas Clássicas da Psicologia científica e representantes
A história da Psicologia tem sido caracterizada por controvérsias, entre os sistematizadores, os teóricos, que nascem formas divergentes como encaram o objeto da ciência, do modo como usam as técnicas de pesquisa e análise e, finalmente da forma como sintetizam e explicam as causas e as finalidades que estão na base da personalidade. Os psicólogos fazem opções evitando o ecletismo e eles tomam uma posição comportamentalista, gestáltica, psicanalítica, funcionalista ou estruturalista.
O ESTRUTURALISMO
Esta escola é a mais antiga de todas. Os primeiros Psicólogos estavam interessados em estudar a estrutura da mente, buscando, através do método introspectivo, os elementos da experiência, do estado consciente.
Wundt – que fez pesquisa fisiológicas com Helmholtz e Johannes Muller, é o pai do estruturalismo, dessa Psicologia ocupada com os átomos da consciência, com os atributos. Wundt estava interessado nas sensações, como os átomos da consciência, no sentimento, "como uma experiência elementar semelhante à sensação", e no tempo de reação. Estruturalismo (preocupado com a compreensão da consciência).
O FUNCIONALISMO
O pai do funcionalismo é William James (1842-1910), que teve uma influência muito grande sobre a Psicologia norte-americana.
O escopo do funcionalismo é o estudo da vida mental como um processo de ajustamento biológico entre a impressão do estímulo e a expressão do organismo. 
James achava que a consciência não é estática e por isso não pode ser dissecada, como queria Wundt. A consciência é sempre alguma coisa que está acontecendo.
O mais destacado discípulo de James foi John Dewey. Para Dewey, "as funções mentais são descrita como organizações de estímulos, sensações e arcos-reflexivos". A síntese desses elementos está relacionada com um fim biológico. A atividade mental tem por finalidade ajustar o homem ao meio. Funcionalismo (busca compreender o funcionamento da consciência, na medida em que o homem a usa para adaptar-se ao meio), 
O BEHAVIORISMO
O Behaviorismo surgiu com John Broadus Wastson (1878-1958) em 1912. O período de 1913 á 1930 é conhecido como o do Behaviorismo Clássico, polêmico e programático. Watson achou que o comportamento deveria ser o objeto, e o método, a observação. Em 1924, após o estudo do medo em crianças, feito juntamente com Rayner, Watson chegou à conclusão de que todas as aprendizagens podiam ser explicadas pelo condicionamento. A personalidade para o behaviorismo é um conjunto de hábitos. Os hábitos da personalidade decorrem de reflexos condicionados. A maior importância é dada aos fatores ambientais e a hereditariedade é relegada a segundo plano. O homem é produto do ambiente, e essa afirmação é válida no sentido bem radical. Behaviorismo (define o fato psicológico, a partir da noção de comportamento).
A PSICANÁLISE
Sigmund Freud (1856-1939) é o pai da Psicanálise– filho de judeus, nasceu em Freiberg, na Moravia, aos 06 de maio, e de 04 até 82 anos viveu em Viena. Freud deixou muitas observações, muitos artigos, muitas hipóteses, ao morrer.
1 - O surgimento da Psicanálise. Entre 1880 e 1882, o médico Joseph Breuer (1842-1925) descobriu um novo procedimento clínico para substituir o hipnótico. O método era o catártico em que o paciente procura aliviar suas emoções revivendo de alguma forma de acontecimentos passados.
Freud elabora sua teoria da personalidade e das fases do desenvolvimento infantil, criando o método psicanalítico. Freud se detém na interpretação dos sonhos e dos fatos infantis e conclui que existe uma força que impede o homem à ação, à busca do prazer. Essa força é a libido, energia sexual, que se expande em forma de instintos sexuais.
3 – Censura. Há uma força mental que faz a censura. Certas tendências são reprimidas. Quando estimulado, o paciente revela resistência para externar experiências reprimidas.
4 -Topografia mental. O id é a reserva dos impulsos instintivos. Ego é a parte mais superficial do Id e que é modificada pelas influências do mundo externo. Superego é a parte que se desenvolve fora do id; domina o ego e representa as inibições dos instintos característico do homem.
A GESTALT
A Psicologia da Forma, como também é conhecida a Gestalt, teve em Kurt Koffka (1886-1941) o seu psicólogo voltado ao desenvolvimento infantil e em Wolfgang Kohler (1887-1968) o seu pesquisador do processo de aprendizagem. Max Wertheimer (1880-1943) radicaram-se nos Estados Unidos após a primeira grande guerra mundial. A eles veio juntar-se mais tarde Kurt-Lewin (1890-1947), que desenvolveu uma variação da Gestalt, conhecida como Teoria de Campo, porque entende que o ser humano age num mundo de forças com cargas positivas e negativas. Gestalt (surge como uma negação da fragmentação das ações e processos humanos está mais ligada à Filosofia) 
TEORIA DO DESENVOLVIMENTO 
O que é Desenvolvimento Humano?
A noção de desenvolvimento está atrelada a um contínuo de evolução, em que nós caminharíamos ao longo de todo o ciclo vital. Essa evolução, nem sempre linear, se dá em diversos campos da existência, tais como afetivo, cognitivo, social e motor.
Este caminhar contínuo não é determinado apenas por processos de maturação biológicos ou genéticos. O meio (e por meio entenda-se algo muito amplo, que envolve cultura, sociedade, práticas e interações) é fator de máxima importância no desenvolvimento humano.
Os seres humanos nascem “mergulhados em cultura”, e é claro que esta será uma das principais influências no desenvolvimento. Embora ainda haja discordâncias teóricas entre as abordagens que serão apresentadas adiante sobre o grau de influência da maturação biológica e da aprendizagem com o meio no desenvolvimento, o contexto cultural é o palco das principais transformações e evoluções do bebê humano ao idoso. Pela interação social, aprendemos e nos desenvolvemos, criamos novas formas de agir no mundo, ampliando nossas ferramentas de atuação neste contexto cultural complexo
que nos recebeu, durante todo o ciclo vital.
Perspectivas de Estudo do Desenvolvimento humano (Ribeiro, 2005): Na Psicologia do Desenvolvimento, temos algumas perspectivas diversas.
• Para os teóricos Ambientalistas, entre eles Skinner e Watson (do movimento behaviorista), as crianças nascem como tábulas rasas, que vão aprendendo tudo do ambiente por processos de imitação ou reforço.
• Para os teóricos Inatistas, como Chomsky, as crianças já nascem com tudo que precisam na sua estrutura biológica para se desenvolver. Nada é aprendido no ambiente, e sim apenas disparado por este.
• Para os teóricos Construcionistas, tendo como ícone Piaget, o desenvolvimento é construído a partir de uma interação entre o desenvolvimento biológico e as aquisições da criança com o meio.
Temos ainda uma abordagem Sociointeracionista, de Vygotsky, segundo a qual o desenvolvimento humano se dá em relação nas trocas entre parceiros sociais, através de processos de interação e mediação.
• Temos a perspectiva Evolucionista, influenciada pela teoria de Fodor, segundo a qual o desenvolvimento humano se dá no desenvolvimento das características humanas e variações individuais como produto de uma interação de mecanismos genéticos e ecológicos, envolvendo experiências únicas de cada indivíduo desde antes do nascimento.
• Ainda existe a visão de desenvolvimento Psicanalítica, em que temos como expoentes Freud, Klein, Winnicott e Erikson. Tal perspectiva procura entender o desenvolvimento humano a partir de motivações conscientes e inconscientes da criança, focando seus conflitos internos durante a infância e pelo resto do ciclo vital.
Assim as teorias do desenvolvimento estudam o desenvolvimento do ser humano em todos os seus aspectos: físico-motor, intelectual, afetivo emocional e social. Porém este caminhar contínuo não é determinado apenas por processos de maturação biológicos ou genéticos. O meio (e por meio entenda-se algo muito amplo, que envolve cultura, sociedade, práticas e interações) é fator de máxima importância no desenvolvimento humano.
Fatores que influenciam o desenvolvimento humano:
Hereditariedade - carga genética estabelecida.
Crescimento orgânico - aspecto físico.
Maturação neurofisiológica – neurológica, ex:segurar o lápis e manejá-lo.
Meio – conjunto de influências e estimulações ambientais ex: verbal, motora. 
Aspectos do desenvolvimento humano:
Aspecto físico-motor – maturação neurofisiológica, equilíbrio corporal, manipulação de objetos.
Aspecto intelectual – pensamento, raciocínio.
 Aspecto afetivo-emocional – é o sentir, alegria, medo,raiva.
Aspecto social – maneira pela qual o indivíduo reage diante de situações sociais. 
O desenvolvimento da criança.
A criança na vivência diária do seu ambiente se torna capaz de estabelecer relacionamentos interpessoais sozinha.
Através das percepções e dos processos cognitivos,vai gradualmente interagindo com o ambiente e com as pessoas, adaptando sua imaginação e remodelando o ambiente de acordo com suas capacidades e necessidades. 
Socialização – processos psicossociais nos quais o indivíduo se desenvolve: 
Como pessoa (identidade pessoal)	
Como membro de uma sociedade (identidade social)
Espaço Vital – Subjetividade .
Primária – aquisição inicial de esquemas cognitivos, significados e valores de referência (adolescência) 
Secundária – contexto mais amplo – incluindo mundo do trabalho 
Percepção- a qualidade das nossas relações depende da capacidade de perceber o ambiente, o comportamento e a experiência dos outros.
Emoções – é nossa capacidade de perceber os mais variados sentimentos. Alegria, tristeza, medo e raiva, são as emoções principais. 
Atitudes – a partir da percepção vamos armazenando informações, organizando e relacionando-as aos aprendizados já concebidos e ao afeto. O que nos predispõe favoravelmente ou desfavoravelmente com relação as pessoas ou situações. 
-O desenvolvimento é complexo e todos os seus aspectos são inter-relacionados. Desta forma, os níveis fisiológico, psicológico e social estão em constante interação: problemas psicológicos têm repercussões sobre a fisiologia e problemas fisiológicos podem ter conseqüências psicológicas.
O desenvolvimento é um processo contínuo, estudiosos procuram dividir o processo em 5 etapas:
1 Pré-natal e infância – do nascimento aos 12 anos.
2 Adolescência – dos doze aos 21 anos.
3 Adulto - dos 21 aos 60 anos.
4 Velhice – depois dos 65 anos.
Porém as idades variam de pessoa para pessoa, organismo para organismo, e não podemos dá uma idade exata para cada etapa. Se considerarmos velhice a idade em que a pessoa já não pode trabalhar, que tem suas funções orgânicas prejudicadas veremos que essa idade varia de acordo com a situação social e econômica do país.
-Existe vários teóricos, porém destaca-se a do psicólogo e biólogo Jean Piaget. 
TEORIA PIAGETIANAPiaget (1970) fala que o desenvolvimento cognitivo da criança consiste numa sucessão de mudanças essencialmente estruturais, ex: a criança quando vê um chocalho apresentado pela mãe, tenta alcançá-lo e agarrá-lo para brincar.
As estruturas da inteligência mudam através da adaptação a situações novas e têm dois componentes: a assimilação e a acomodação. 
A assimilação é o processo ativo que se manifesta como exploração, indagação, tentativa e erro. 
A acomodação é o processo de armazenamento das informações, é armazenar estruturas novas as estruturas cognitivas anteriores, guardar informações para usá-las posteriormente. 
A criança passa por diferentes processos no seu desenvolvimento, e cada fase desse processo é descrita em função do melhor que a criança pode fazer naquele momento e de acordo com seus limites. 
Assim os estudos de Piaget demonstraram que existe forma de perceber, compreender e se comportar de ante do mundo, próprias de cada faixa etária. 
Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características comuns de uma faixa etária, permitindo reconhecer as individualidades, o que nos torna mais apto para a observação e interpretação dos comportamentos. 
O organismo está sempre em atividade, num processo de desenvolvimento contínuo, onde assimilar e acomodar são processos de procurar novos modos de comportamento bem sucedidos, ou seja, modificar esquemas para resolver problemas que resultam de experiências novas dentro do ambiente.
1 Período Sensório-motor (0-02 anos) – no recém nascido, as funções mentais limitam-se aos reflexos inatos. Assim sendo, o meio que circunda a criança é conquistado mediante a percepção e os movimentos (sucção, movimento dos olhos, e outros) progressivamente, a criança vai aperfeiçoando tais movimentos e adquirindo novos acontecendo este contexto no final do período do sensório-motor. 
2 Período Pré-operatório (02-07 anos) – emergência da linguagem – egocentrismo – falta de esquemas conceituais não consegue ainda agrupar coisas, assemelha nuvem a algodão, mãe a palmada. Não é possível ainda estabelecer contigüidade temporal ontem, hoje , amanhã.
3 Período das Operações–concretas (07-12 anos) – a criança já consegue relações coordenar pontos de vistas diferentes, interiorizar ações, operações mentais ex: se perguntarem qual a vareta maior entre várias ele sabe responder.
4 Período das operações formais (12 anos em diante) – raciocinar sobre hipótese, fazer críticas, discutir valores morais, adquiri autonomia.
Existe no decorrer desse processo o desenvolvimento da moral que ocorre por etapas, um sistema de regras, segui-la é está dentro da moral, ligada a ética e justiça. 
O desenvolvimento da moral abrange três fases: 
1 anomia – até cinco anos, as regras são seguidas, porém a criança segue por habito ou ordem dos pais, não sabe diferenciar bem e mal.
2 heteronomia- dos nove aos dez anos, a moral não é ainda um acordo mutuo firmado, mas a autoridade as regras de uma jogo.
3 autonomia – legitimação das regras.
ABORDAGEM DA TEORIA FREUDIANA
Freud (1856-1939) fundador da Psicanálise, a partir de seus estudos afirma que todas as pessoas nascem com certa quantidade de energia biológica, chamada libido. 
A libido, portanto, é uma energia de natureza sexual, componente do Id, presente no ser humano desde o nascimento, e é ela que impulsiona a pessoa em busca de satisfação. E o prazer para Freud, é a motivação maior de todos nós, pois o que dita a vida humana é o princípio do prazer.
A libido que é concentrada na pessoa com o desenvolvimento vai sendo canalizada para fora – libido do Ego- libido objetal.
Ele trouxe uma concepção diferente de infância e por isso foi mal aceito entre décadas, o que ele pretendia dizer era que um bebê, ao suga o seio da mãe, por exemplo, ativava uma energia que era da mesma natureza que um adulto ativava quando mantinha uma relação sexual. Deu o nome a essa energia de libido e considerou-a como a energia que move o ser humano. 
A energia biológica se manifesta através de impulsos e desejos, que todas as pessoas têm, e que muitas vezes são reprimidos para o inconsciente, criam-se assim as neuroses.
A neurose, ou o sintoma neurótico foi explicado por Freud como um desequilíbrio que se manifesta na vida consciente da pessoa, é o resultado visível do desejo que, reprimido pelo superego, se tornam inconscientes e procuram uma “válvula de escape” para ascenderem ao plano do consciente.
A pessoa neurótica percebe que tem algo errado com ela, uma angústia indefinida, um pensamento ou um ato recorrente, mas não sabem a causa dos sintomas que a afligem, pois esta se encontra no inconsciente região inacessível ao ego. 
Para Freud os instintos básicos são:
Instinto sexual ou pulsão de vida – abrange tudo que traz prazer
Instinto de agressão ou pulsão de morte – leva a destruição
Assim Freud acredita que a maior parte dos problemas psicológicos é recorrente da repressão que sofreram na infância, não conseguem verbalizar afeto, demonstrar carinho.
Freud dividiu o desenvolvimento infantil em 5 fases:
1 Fase Oral (0-1ano)– fonte de prazer está nos lábios e boca, mais tarde no morder.
2 Fase Anal (2-3 anos)– prazer derivado da retenção e expulsão das fezes e também do controle muscular.
3 Fase Fálica (3-5 anos)– derivado da estimulação genital, encontra-se na faze do complexo de Édipo.
4 Latência (5anos até a puberdade) – com a repressão temporária dos interesses sexuais, o prazer deriva do mundo externo, curiosidade, conhecimento., a criança se concentra no desenvolvimento de habilidades.
5 Fase Genital – relações sexuais com pessoas do sexo oposto sendo o outro o objeto de latência.
Complexo de Édipo ocorre entre 3 e 5 anos – nesta fase ocorre a estruturação da personalidade – através das relações que estabelece com o mundo exterior – interesse do menino pela mãe, ciúmes do pai, porém mais tarde por medo de perder o amor do pai, troca a mãe pelo mundo social e cultural. Na menina ocorre o mesmo processo ao contrário do menino, o amor pelo pai.
Dentro do processo de desenvolvimento e de toda nossa vida adulta, para enfrentarmos as dificuldades, angustias e constrangimentos que são sentimentos de desprazer vivenciados, nos utilizamos de mecanismos de defesa.
Defesa é a operação pela qual o Ego exclui da consciência os conteúdos indesejáveis, protegendo o aparelho psíquico, os mecanismos principais são:
1 Recalque – a pessoa não vê, não ouve o que ocorre, impede a compreensão do todo.
2 Formação Reativa – a pessoa afasta o desejo que vai em determinada direção e adota atitude oposta ao desejo. 
3 Regressão – Lança mão de comportamentos infantis como método de evitar ansiedade ou responsabilidade.
4 Projeção – projeta nos outros suas dificuldades, medos como se fossem deles.
5 Racionalização – justifica ações.
6 Sublimação – redirecionamento de impulsos agressivos ou sexuais numa direção socialmente aceitável. 
7 Negação – recusa em reconhecer uma fonte externa de ansiedade. 
8 Resistência – resisti a algo novo, a mudança.
De acordo com Freud a personalidade possuem influências biológicas e genéticas e experiência do mundo externo, assim ele dividiu a personalidade em três sistemas:
1 Id – constitui o reservatório da energia psíquica onde estão localizadas as pulsões de vida e de morte.
2 Ego – estabelece o equilíbrio entre as exigências do Id, as exigências da realidade e as ordens do superego. É regido pelo princípio da realidade.
3 Superego – origina-se com o complexo de Édipo, a partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. A moral é função do superego. Está ligado ao sentimento de culpa – algo que fez ou desejou fazer de errado, considerada má pelo ego. A principal punição para esse sentimento de culpa é a perda do amor da figura de autoridade: pai, mãe.
Sintoma – conflito psíquico entre o desejo e os mecanismos de defesa, tende a ser uma sinalização de que algo estáerrado, porém tende a camuflar o conflito real.
Inconsciente- sistema do aparelho psíquico onde ficam os conteúdos reprimidos.
Pré-consciente – refere-se ao sistema onde permanecem aqueles conteúdos acessíveis a consciência, não aparece no consciente nesse momento, mas logo em seguida pode está. 
Consciente – sistema que está ligado a realidade e aos sentimentos e emoções.
Catarse- liberação de emoções 
Ato Falho – quando você esquece ou omite algo
Determinismo psíquico – nada acontece por acaso.
Ansiedade – medos injustificados resolvidos pelo ego por meio de mecanismos de defesa.
Psicanálise – tem como principal característica compreender o inconsciente e trazer os conteúdos deste a tona para que a pessoa possa ter insight sobre seus distúrbios e sofrimentos.
Processos da Aprendizagem (motor, percepção, corpo, cognitivo e emoção)
Nas inúmeras interações que envolve desde o nascimento, a criança vai gradativamente ampliando suas formas de lidar com o mundo e vai construindo significados para as suas ações e para as experiências que vivem de acordo com as afirmações de Vygotsky e Piaget.
Objetos e conceitos existem, inicialmente, sob a forma de eventos externos aos indivíduos. Para se apropriar desses objetos e conceitos é preciso que a criança identifique as características, propriedades, e finalidades dos mesmos.
Na interação adulto-criança, gradativamente, a fala social trazida pelo adulto vai sendo incorporada pela criança e o seu comportamento passa a ser, então, orientado por uma fala interna, que planeja a sua ação.
Teóricos como Piaget e Vygotsky atribuem ao brincar um papel decisivo na evolução dos processos de desenvolvimento, como a aprendizagem, interação social, a motricidade, atenção, limguagem e outros.
No processo de ensino-aprendizagem é necessário que a pessoa tenha motivação interna e externa.
O desenvolvimento da inteligência está ligado na criança ao desenvolvimento de sua personalidade. 
Estas variam com a idade. Com a idade variam as relações da criança com o seu meio. 
De “idade para idade torna-se diferente o meio da criança” (Wallon,1975).
Um estudo feito sobre a “síndrome da adolescência normal”, considera que o adolescente frente a tantas mudanças físicas e psíquicas passa por um período de restruturação psicológica, com constantes alterações de humor, comportamento rebelde, e ainda ausência de inquietação, porém este busca incessantemente entender o processo pelo qual esta passando (Maurício apud Cordioli, 1998).
Soczka (1988) ressalta ainda que existem fases do desenvolvimento humano, dentre estas a adolescência, cujo ritmo acelerado torna as pessoais mais vulneráveis aos efeitos benéficos ou nefastos das transações sociais e ambientais que é definido como risco no desenvolvimento.
 
ABORDAGEM DE HENRI WALLON 
Henri Wallon, filósofo, médico e psicólogo francês, este contribuiu para a psicologia não apenas com uma teoria da emoção ou ainda com suas discussões e divergências com Jean Piaget. Dentre suas contribuições pouco discutidas estão sua teoria sobre a inteligência, suas discussões sobre a origem e o desenvolvimento do pensamento discursivo nas crianças e, talvez menos conhecidas, suas reflexões e proposições sobre a transição entre uma inteligência sensório-motora (caracterizada pela capacidade de resolver problemas práticos) e outra, inteligência discursiva (caracterizada pela utilização e intermediação dos símbolos e representações). Sabe-se que sua proposição para essa transição, diversamente de Piaget, que ressalta a continuidade e a preparação do simbólico pelo esquematismo sensório-motor, é marcada justamente pela não continuidade entre uma inteligência e outra, pela intromissão de fatores externos tais como a cultura, o social e a linguagem, e pela complexa interação entre todos esses fatores. 
A teoria de Wallon considera o desenvolvimento da pessoa completa integrada ao meio em que está imersa, com os seus aspectos afetivo, cognitivo e motor também integrado.
Assim, a ênfase é para a integração – entre organismo e meio e entre as dimensões: cognitiva, afetiva, e motora na constituição da pessoa. A pessoa é vista como o conjunto funcional resultante da integração de suas dimensões, cujo desenvolvimento se dá na integração de seu aparato orgânico com o meio, predominantemente o social.
O organismo em desenvolvimento na constituição da pessoa
O desenvolvimento tem seu início na relação do organismo do bebê recém-nascido, essencialmente reflexos e movimentos impulsivos, também chamados descargas motoras, com o meio humano que as interpreta. Nesta fase distingue-se apenas estados de bem-estar ou desconforto. São as reações do ambiente humano, representado pela mãe, motivadas pela interpretação da mímica do bebê que permitem distinguir as emoções básicas. Essa mímica não é casual, mas um recurso biológico da espécie, essencialmente social, que faz do bebê um ser capaz de produzir, no ambiente humano, ainda representado pela mãe, um efeito mobilizador para sobreviver. 
Desta forma é a dimensão motora que dá a condição inicial ao organismo para o desenvolvimento da dimensão afetiva. 
A criança atua primeiro, não no mundo físico, mas no ambiente humano. A mobilização do outro se faz pela emoção. A vida psíquica é resultante do encontro da vida orgânica com o meio social.
Esse processo de desenvolvimento está ancorado no desenvolvimento neurológico, como sua condição e limite. A maturação orgânica é considerada condição para o desenvolvimento e permite descrevê-lo em estágios sucessivos e integrados. “A maturação orgânica é indispensável à evolução funcional”. 
O desenvolvimento das funções depende tanto de condições de maturação como de exercícios capazes de desenvolvê-las, portanto condições do meio. No estágio sensório-motor, a criança realiza um extenso e diferenciado acordo entre as percepções e os movimentos. Esta relação em sua forma mais simples é o ato reflexo, ou seja, a uma determinada excitação corresponde um determinado movimento. Com a maturação neurológica, os reflexos são inibidos e a criança se torna capaz de realizar exercícios sensório-motores que conduzem a um duplo resultado: ligar o efeito perceptível aos movimentos próprios para produzi-los, e diversificar os movimentos e os efeitos possíveis. Coordenando mutuamente o campo sensorial e motor, completa-se o arranjo funcional da atividade conforme as suas atividades objetivas.
O movimento espontâneo se transforma aos poucos em gesto, que, ao ser realizado a partir de uma intenção, se reveste de significação ligada à ação, voltada para a realização da cena, fora da qual nada significa. 
O desenvolvimento das funções psicológicas superiores se dá, portanto, a partir do desenvolvimento das dimensões motoras e afetivas. É a comunicação emocional que dá acesso ao mundo adulto, ao universo das representações coletivas. A inteligência surge depois da afetividade, e a partir das condições de desenvolvimento motor, e se alterna e conflitua com ela.
A cognição é vista como parte da pessoa completa que só pode ser compreendida integrada a ela, cujo desenvolvimento se dá a partir das condições orgânicas da espécie, e é resultante da integração entre seu organismo e o meio, predominantemente o social. Assim, o desenvolvimento é condicionado tanto pela maturação orgânica, como pelo exercício funcional, propiciado pelo meio. 
A evolução da espécie humana fez do homem um ser geneticamente social, desenvolvendo nele aptidões específicas. A função simbólica é a aptidão específica da espécie humana que se refere ao poder de encontrar, para um objeto, a sua representação e, para esta representação, um signo. O desenvolvimento deste potencial pela espécie tem na sua base a vida em sociedade que pressupõe objetivos comuns e necessidade de comunicação. Assim, o desenvolvimento da inteligência se processa em um organismo a priori capaz disso, dependendo para tanto de seu encontro com o meio social.Uma visão de conjunto, em que as dimensões da pessoa se integram de forma dinâmica, alternando-se em relação à predominância de uma frente às demais é necessária para a compreensão da concepção de desenvolvimento walloniana. A integração não é um estado alcançado ao final de um processo, mas define a condição plástica, o equilíbrio dinâmico da pessoa em desenvolvimento.
Wallon admite a existência de três leis que regulam o processo de desenvolvimento da criança em direção ao adulto: a lei da alternância funcional, a da preponderância funcional e a da integração funcional
A primeira, chamada lei da alternância funcional, indica duas direções opostas que se alternam ao longo do desenvolvimento: uma centrípeta, voltada para a construção do eu e a outra centrífuga, voltada para a elaboração da realidade externa e do universo que a rodeia. Essas duas direções se manifestam alternadamente, constituindo o ciclo da atividade funcional.
A segunda é a lei da sucessão da preponderância funcional, na qual as três dimensões ou subconjuntos preponderam, alternadamente, ao longo do desenvolvimento do homem: motora, afetiva e cognitiva. A função motora predomina nos primeiros meses de vida da criança, enquanto as funções afetivas e cognitivas se alternam ao longo de todo o desenvolvimento, ora visando a formação do eu (predominância afetiva), ora visando o conhecimento do mundo exterior (predominância cognitiva).
A última lei, chamada de lei da diferenciação e integração funcional, diz respeito às novas possibilidades que não se suprimem ou se sobrepõem às conquistas dos estágios anteriores, mas, pelo contrário, integram-se a elas no estágio subseqüente.
A integração dos três subconjuntos funcionais – motor, afetivo e cognitivo – constitui o último e quarto subconjunto funcional, denominado por Wallon pessoa. Para Wallon, em qualquer momento, ou fase do desenvolvimento, a pessoa é sempre uma pessoa completa.
Outra tendência apontada por Wallon manifesta no desenvolvimento da pessoa completa é a de caminhar do sincretismo em direção à diferenciação. Movimentos, sentimentos e idéias são a princípio vividos de uma maneira global, até mesmo confusa, quando a pessoa não tem clareza da situação. Aos poucos, tornam-se mais claros e adequados às necessidades que a situação apresenta. 
Sobre esta questão, nos diz Mahoney (2000): Desenvolver-se é ser capaz de responder com reações cada vez mais específicas a situações cada vez mais variadas (p.14).
A Teoria das Emoções é de grande importância na obra de Wallon. Segundo o autor, a emoção é a exteriorização da afetividade, um fato fisiológico nos seus componentes humorais e motores e, ao mesmo tempo, um comportamento social na sua função de adaptação do ser humano ao seu meio. 
As emoções são instantâneas e diretas e podem expressar–se como verdadeiras descargas de energia. Quando isto ocorre, elas têm o poder de se sobrepor ao raciocínio e ao conhecimento.
A afetividade evolui conforme as condições maturacionais de cada pessoa e com formas de expressões diferenciadas, que se configuram como um conjunto de significados que o indivíduo adquire nas relações com o meio, com a cultura, ao longo da vida. Os significados representam para cada pessoa as diferentes situações e experiências vivenciadas num determinado momento e ambiente social. Por este motivo afetividade não permanece imutável ao longo da trajetória da pessoa.
Para Wallon, a emoção precede nitidamente o aparecimento das condutas do tipo cognitivo e é um processo corporal que, quando intenso, pode impulsionar a consciência a se voltar para as alterações proprioceptivas, prejudicando a percepção do exterior. Em virtude de seu poder de sobrepor-se à preponderância da razão, é necessário, segundo Wallon, manter-se uma “baixa temperatura emocional” para que se possam trabalhar as funções cognitivas. 
A emoção é capaz de preponderar sobre a razão sempre que à última faltem recursos para controlar a primeira. O desenvolvimento deve conduzir à predominância da razão, pois, para Wallon, “a razão é o destino final do homem”.
 A adolescência, que para Wallon tem início aos 12 anos com a puberdade, é marcada por transformações de ordem fisiológica, mudanças corporais impostas pelo amadurecimento sexual, assim como transformações de ordem psíquica com preponderância afetiva. Nesse estágio, os sentimentos se alternam procurando buscar a consciência de si na figura do outro, contrapondo–se a ele, além de incorporar uma nova percepção temporal.
O meio social e cultural passam a ser de grande importância. Os adolescentes tornam-se intolerantes em relação às regras e ao controle exercido pelos pais, e necessitam identificar-se com seu grupo de amigos. 
Na adolescência torna-se bastante visível a forma como o meio social condiciona a existência da pessoa, configurando-se a personalidade de maneiras diversas. Enquanto os adolescentes de classe média exteriorizam seus sentimentos e questionam valores e padrões morais, os de classes operárias, que enfrentam precocemente a realidade social do adulto, a necessidade de trabalho, esses vivem essa fase de outra maneira, pois têm de contribuir para a subsistência da família.
Para Wallon o processo de socialização da pessoa não se dá apenas no seu contato com o outro nas diversas etapas do desenvolvimento e da vida adulta, mas também no contato com a produção do outro. O encontro com o texto, com a pintura ou com a música produzida pelo outro, propicia a identificação como homem genérico e, ao mesmo tempo, a diferenciação como homem concreto, o que contribui ao processo de individuação e constituição do eu. É por isso que, segundo Wallon, a cultura geral aproxima os homens, à medida que permite a identificação de uns com outros, enquanto a cultura específica e o conhecimento técnico afastam-os, ao individualizá-los e diferenciá-los. 
A cultura é, para Wallon, ao mesmo tempo, fator constituinte da pessoa e representante das aptidões totais do homem genérico, à medida que é constituída pela totalidade dos homens de determinada época e lugar.
ABORDAGEM VYGOTSKYANA
Tomando como referência o ambiente cultural onde o homem nasce e se desenvolve, a abordagem vygotskyana entende que o processo de construção do conhecimento ocorre através da interação do sujeito historicamente situado com o ambiente sócio-cultural onde vive. A educação deve, nessa perspectiva, tomar como referência toda a experiência de vida própria do sujeito. 
Vygotski tornou-se o principal expoente da abordagem psicológica histórico-cultural, que concebe o sujeito socialmente inserido num meio historicamente construído. Enquanto veiculador da cultura, o meio se constitui em fonte de conhecimento. Vygotski empenhou-se na busca do entendimento sobre os mecanismos pelos quais a cultura torna-se parte integrante da natureza de cada ser humano.
Vygotski aponta que construir conhecimento implica numa ação partilhada, que implica num processo de mediação entre sujeitos. Nessa perspectiva, a interação social é condição indispensável para a aprendizagem. A heterogeneidade do grupo enriquece o diálogo, a cooperação e a informação, ampliando conseqüentemente as capacidades individuais. As relações sociais se convergem em funções mentais. 
Do ponto de vista do processo de formação da mente humana, Vygotski (1991a, p.64) evidencia o processo de internalização, que consiste em várias transformações: 
Uma operação que inicialmente representa uma atividade externa é reconstruída e começa a ocorrer internamente. [...] b) Um processo interpessoal é transformado num processo intrapessoal. Todas as funções no desenvolvimento da criança aparecem duas vezes: primeiro, no nível social, e, depois, no nível individual; primeiro, entre pessoas (interpsicológica), e, depois, no interior da criança (intrapsicológica). [...] c) A transformação de um processo interpessoal num processo intrapessoal é o resultado de uma longa série de eventos ocorridos ao longo do desenvolvimento. 
Assim, apartir da mediação do outro ocorre o desenvolvimento dos níveis superiores da mente. Através da mediação a criança se apropria dos modos de comportamento e da cultura, representativos da história da humanidade. 
Vygotski afirma o desenvolvimento cultural como desenvolvimento social, mas não no sentido literal do desenvolvimento das aptidões latentes e, muitas vezes, vindas de fora. Mais freqüentemente, o deslocamento de estruturas do exterior para o interior.
De acordo com Vygotski (1991b), são estreitas as relações que ligam o pensamento humano à linguagem, uma vez que os significados das palavras, que são construídos socialmente, cumprem tanto a ação de representação quanto a de generalização, o que permite a reconstrução do real ao nível do simbólico. Essa reconstrução representa a condição de criação de um universo cultural e a construção de sistemas lógicos de pensamento, que possibilitam a elaboração de sistemas explicativos da realidade. Do mesmo modo, essa dupla função permite a comunicação da experiência individual e coletiva. 
Vygotsky (1991b, p. 131-132) conclui que: 
A relação entre o pensamento e a palavra é um processo vivo: o pensamento nasce através das palavras. Uma palavra desprovida de pensamento é uma coisa morta, e um pensamento não expresso por palavras permanece uma sombra. A relação entre eles não é, no entanto, algo já formado e constante; surge ao longo do desenvolvimento e também se modifica. [...] As palavras desempenham um papel central não só no desenvolvimento do pensamento, mas também na evolução histórica da consciência como um todo. Uma palavra é um microcosmo da consciência humana.
Para Vygotski a relação entre aprendizagem e desenvolvimento remete ao entendimento da relação entre os conceitos científicos e os conceitos espontâneos da criança. Para ele (1991), o aprendizado se dá tanto na direção ascendente quanto na descendente. Na ascendência, o vetor indica a ação dos conceitos espontâneos, abrindo caminho para os conceitos científicos, enquanto, na descendência, indica a influência dos conceitos científicos sobre o conhecimento cotidiano, fornecendo as estruturas para o desenvolvimento ascendente do mesmo, sempre numa relação dialética. 
Assim, o conhecimento, tanto o científico quanto o cotidiano, é produção cultural. Os conteúdos da experiência histórica do homem não estão consolidados somente nas coisas materiais, mas, principalmente, nas formas verbais de comunicação produzidas entre os homens. É através da linguagem que se dá a interiorização dos conteúdos, pois ela faz com que a natureza social das pessoas se torne também sua natureza psicológica.
Vygotski (1998) acrescenta que as crianças usam as interações sociais como formas privilegiadas de acesso a informação: aprendem regras e a conviver com o outro, compartilhando com ele problemas e soluções. Desta maneira aprende a regular seu comportamento pelas ações e reações.
Psicologia Social
Não se pode separar pessoa de sociedade, pois existe uma relação e inter-relação entre meio social-pessoa. O indivíduo é um ser histórico-cultural que é constituído pelas inter-relações sociais. Porém na sociedade atual o indivíduo se comporta de forma extremamente individualista e conflituosa, podem se apresentar como seres isolados. No entanto o verdadeiro eu, não está enclausurado e isolado da sociedade, pois a vida social supõe entrelaçamento entre necessidades e desejos. A razão e a mente não são substâncias, mas produtos de relações com outras pessoas e com o meio social, onde há regras, valores, instituições, relações grupais, diferentes ambientes e etc. Por exemplo: na cultura japonesa há uma ênfase na empatia pelo outro, cujo resultado é um comportamento polido e autocontido, não poderá ser melhor do que o outro, mas devera dizer sou criativo junto com meus amigos, a não ser que fique em evidência. Já nos EUA, em alguns países da Europa e da America latina o pesadelo é não se firmar, não ser notado e não se distinguir.
Processo grupal
Em geral os autores ao se referirem ao conceito de grupo, partem da descrição do mesmo fenômeno social: reunião de duas ou mais pessoas com um objetivo comum de ação.
Kurt Lewin (1973) afirma que a essência de um grupo reside na interdependência de seus membros, pode ser caracterizado como um todo dinâmico, isto significa que uma mudança em uma das partes modifica o estado do todo. O grau de interdependência das partes ou membros do grupo varia, entre uma massa sem coesão alguma e uma unidade composta. 
Assim a teoria de Campo – onde o Espaço Vital é o foco principal significa a totalidade dos fatos que determinam o comportamento do indivíduo num certo momento. Onde indivíduo e meio estão relacionados à totalidade de fatos coexistentes e interdependentes – subjetivo.
A realidade fenomênica – maneira particular como o indivíduo interpreta uma determinada situação, envolve percepção, características de personalidade do indivíduo, componentes emocionais, aprendizagem passadas.
O comportamento deve ser visto em sua totalidade chegando ao conceito de grupo.
O grupo é a interdependência de seus membros, algo que vai se formando a partir das experiências e processos ocorrentes no meio. 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
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BOOK, A. M. B, FURTADO. Psicologias: Uma introdução ao estudo de Psicologias. São Paulo: Editora Saraiva, 1995.
FIGUEIREDO, Luís; SANTI, Pedro. Psicologia: uma (nova) introdução. 2. ed. São Paulo: PUCSP, 2007.
MAHONEY, Abigail Alvarenga, (2000). Introdução. In: Henri Wallon – Psicologia e educação. São Paulo: Loyola.
SANTI, P. L. R. de. A construção do eu na modernidade: da renascença ao século XIX. Ribeirão Preto: Holos, 2000.
STREY, Marlene Neves. ET AL. Psicologia social contemporânea. Petrópolis: Vozes, 1998.
WALLON, Henri, (1975). Psicologia e Educação da Infância. Lisboa: Estampa.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991a.
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___________, L. S. Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. In: VYGOTSKY, L. S., LURIA, A.R., LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 3 ed. São Paulo: Ícone, 1991c. p. 103-117.
TELES, Maria Luíza Silveira. O que é Psicologia.São Paulo: Editora Brasiliense, 1989 DORIN. Introdução a Psicologia
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