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ADM. DE RECURSOS MATERIAIS

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Administração de Recursos Materiais 02/06/18
Introdução
Recursos são os elementos físicos utilizados pelas instituições em suas atividades e processos produtivos
Administração de materiais deverá assegurar que a organização receba os materiais de maneira rápida, na quantidade adequada, com a qualidade necessária e com o menor custo possível. Portanto a administração de materiais é o planejamento, a coordenação, a direção e o controle de todas as atividades ligadas à aquisição de materiais para a formação de estoques, desde o momento de sua concepção até seu consumo final.
A administração de materiais pode ser conceituada como um sistema integrado que garante o suprimento da organização, no tempo oportuno, na quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo menor custo.
É importante entender como os insumos de pessoas, orçamentários e de bens materiais se relacionam, pois existe uma constante interdisciplinaridade entre estas áreas. Em um primeiro momento, as três áreas de uma organização como tendo a seguinte relevância, com três horizontes.
˃ Financeiro – Propulsor de políticas públicas e que cria as condições orçamentárias para o desenvolvimento da atividade-fim nas organizações. Criando condições para as atividades meio.
˃ Material – Condição física ou estrutural para o pleno desenvolvimento de ações de produção de bens ou prestação de serviços.
˃ Pessoal – Agente direto dos resultados das previsões orçamentárias e que de fato se utilizam dos materiais dispostos em uma organização. Sendo os que executam as atividades fim.
Os bens materiais são a condição para o desenvolvimento das atividades em uma organização, e como a administração pública está baseada em ações pelos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, é fundamental que todas as áreas de estudo de bens materiais, como compras, armazenagem, movimentação, patrimônio, tombamento, armazenagem, etc, tenha regulamentação postura ética por parte dos agentes públicos.
Os bens materiais apresentam uma definição jurídica, como sendo tudo aquilo que pode ser objeto de direito, e portanto tendo condições de utilização ou ainda de apropriação.
Objetivo da Área de Materiais
Objetivo central: maximizar a utilização de recursos materiais, ou seja, utilizar esses recursos da melhor forma possível, sem gastos desnecessários, sem perdas, sem desperdícios e sem afetar negativamente a operação da instituição. 
Objetivo secundário: garantir os materiais na Qualidade adequada, na Quantidade necessária e no Momento certo, ou seja, suprir a organização dos materiais nas quantidades corretas, na qualidade requerida, no momento certo, armazenando-os da maneira e no local apropriados, praticando preços econômicos e minimizando estoques.
Área de Materiais dentro da Organização
A área de materiais interage com diversas outras áreas de uma empresa as mais importantes são as áreas de vendas, produção e finanças.
Setor de vendas: quer o produto acabado esteja disponível na hora de efetuar uma venda. Também fornece informações de quais produtos vendem mais para o planejamento de compras e a gestão do estoque.
Setor de produção: somente com os materiais necessários disponíveis no momento certo, na quantidade certa e com a qualidade adequada é que a produção pode ocorrer de maneira eficiente.
Qualquer problema nessa área pode parar a produção ou afetar negativamente a qualidade dos produtos produzidos.
Setor financeiro: o setor de vendas e produção sempre querem seus estoques cheios para poderem utilizar no exato momento que for necessário, mas isso custa caro. Estoques grandes demandam investimento para comprar e armazenar esses materiais. Por isso o setor financeiro é contrário à manutenção de altos estoques, uma vez que estes implicam desvantagens para a empresa, do ponto de vista financeiro, por exemplo, alto capital investido em estoques, juros pagos ou perdidos, altos custos de armazenagem, riscos de obsolescência e(ou) perda de materia .
A área de materiais deve harmonizar as necessidades das demais áreas, buscando atender as necessidades de estoque com o menor investimento possível, seguindo as diretrizes estratégicas passadas pela cúpula da organização.
A área de administração de materiais pode atuar como conciliadora de interesses conflitantes entre as áreas de vendas, de produção e de administração financeira, uma vez que desenvolve técnicas de planejamento para garantir 100% da entrega dos pedidos realizados pelos clientes. Deve manter uma relação direta com o nível estratégico para seguir os objetivos e diretrizes traçados pela alta administração.
Nível de Serviço
É um indicador da eficácia do setor de materiais perante as demais áreas da empresa. Mede o percentual de pedidos de materiais atendidos pelo setor de materiais. Representado por:
Como assegurar que não vai faltar material investindo o mínimo possível em estoques?
Encontrando um equilíbrio entre o nível de serviços adequado pela organização e as necessidades de financiamento (de dinheiro) para manter os estoques.
Em outras palavras, uma gestão de materiais bem sucedida é aquela que consegue estabelecer um equilíbrio entre a disponibilidade de capital de giro e o nível de serviços.
Um alto nível de serviço da gestão de materiais requer altos níveis de estoque, associados à baixa frequência de entregas ou, ainda, aos baixos níveis de estoque com frequência de entrega capaz de compensar adequadamente essa política de estocagem. Em suma:
	ALTOS níveis de estoque
	BAIXA frequência de entregas
	comprar MUITO material POUCAS vezes
	*BAIXOS níveis de estoque
	ALTA frequência de entregas
	comprar POUCO material MUITAS vezes
*É a ideal pois maximiza os recursos da empresa.
Entretanto, ela gera maiores riscos de falta de material, por isso um bom relacionamento com fornecedores é essencial.
Atividades da área de materiais
Para cumprir os objetivos, a Administração de Materiais divide-se em atividades específicas e complementares entre si.
Essas atividades são complementares e interagem umas com as outras. Para que consigam alcançar os melhores resultados, devem ter uma boa coordenação de esforços, com a retroalimentação de informações.
	
	OBJETIVO CENTRAL
	OBJETIVO SECUNDÁRIO
	Gestão de estoques 
	Adequar os níveis de estoque às necessidades e à política de gestão de materiais da organização.
Para tanto, utiliza técnicas de previsão de consumo, gerando sinais para a área de compras a fim de iniciar processos de aquisição.
	Reduzir o tempo de reposição (lead time) dos estoques.
Quanto melhor for feita, menos recursos a empresa terá de investir em estoque.
	Gestão de compras 
	Efetuar as aquisições / contratações demandadas pelos diversos órgãos da empresa, bem como atender às solicitações da área gestora de
estoques.
	Melhorar o relacionamento com os fornecedores, comprando mais rápido, mais barato e produtos com maior qualidade.
	Gestão dos centros de distribuição 
	Envolve atividades vinculadas ao recebimento dos materiais, movimentação, estocagem e fornecimento destes, de acordo com as necessidades dos usuários. A gestão dos centros de distribuição resulta no controle físico dos materiais armazenados.
	Gerar ganhos e economias com uma boa localização desses centros, que minimize os deslocamentos e reduza os gastos com transporte. Um bom centro de distribuição deve permitir uma armazenagem rápida, com um tempo curto de retirada dos materiais.
Ciclo da administração de materiais (principais) (Funções da administração de materiais)
Identificação de fornecedores
Compras
Recebimento de materiais
Armazenagem (almoxarifado) e movimentação
Distribuição interna
Controle de estoque
Classificação de Materiais 
A classificação de materiais é a separação e agrupamento de materiais por características comuns, como dimensão, peso ou tipo de material; após essa separação, organiza-se em locais específicos. A divisãode materiais ocorre para facilitar o tratamento diferenciado de cada tipo.
Essa classificação não é apenas logística, também leva em conta a segurança e manutenção das características do material: por exemplo, não podemos deixar lado a lado produtos inflamáveis e químicos.
Objetivos ou etapas da classificação de materiais
Catalogação: listagem dos itens materiais de uma organização, tendo a ideia e visão conjunta de todos os itens.
Simplificação: reduzir redundância, eliminando a duplicidade e a diversidade no caso de dois materiais que cumprem a mesma função e objetivo, deve-se optar por apenas um deles.
Especificação ou Identificação: descrição detalhada do material, com uma linguagem acessível para o público interno e externo e com o uso de vocabulário técnico comedido: medida do item, peso, forma, finalidade, dentre outros atributos.
Normalização: normas de utilização de acordo com as diretrizes e regras da ABNT. Ex. um equipamento de raios x em um hospital, terá de acompanhar as suas normas de utilização. Já uma cadeira comum de escritório não necessitará
Padronização: estabelecimento de padrões idênticos de medidas de peso, formatos etc. O objetivo é a clareza e uniformidade na gestão dos materiais, facilitando a aquisição, uso e organização. 
Codificação: série de números e/ou letras para cada item de estoque que represente as suas características de modo a facilitar o controle, a retirada e a movimentação dos itens na organização. Ex. sabendo qual é o código do item conseguirá identificar o produto rapidamente no armazém, ou quantos itens foram comprados e utilizados em determinado período.
Codificação de Materiais
O controle de bens tem por objetivo classificar e codificar materiais e obter assim o registro histórico do bem.
Vantagens da codificação:
Identificar, manejar e controlar estoques
Facilita o controle contábil dos estoques
Promove a padronização de materiais
Facilita a comunicação e a interação das áreas envolvidas com os materiais
Evita a duplicidade de itens em estoque.
Sistemas de codificação:
Sistema alfabético: conjunto de letras estruturadas de uma forma mnemônica mediante uma associação que permite identificar cada material. Não é o mais recomendando para a classificação de materiais. Seu uso é limitado e de difícil memorização
Sistema alfanumérico: mescla números e letras para representar cada material.
Sistema numérico: composição lógica de números para identificar cada material. Podem ser usados por qualquer instituição e têm alcance ilimitado e flexível. Eles deram origem ao sistema decimal (também conhecido como sistema Dewey), que foi desenvolvido para a utilização nas bibliotecas norte-americanas.
CSSF (Chambre Syndicale de la Siderurgie Française ): engloba oito dígitos e divide os materiais em:
Normalizados: que são de ampla aplicação, sem serem específicos de alguma máquina ou equipamento
Específicos: que têm aplicabilidade restrita
FSC – Federal Supply Classification:  surgiu no Pós Guerra e foi criado pelos americanos para facilitar o controle de suprimentos e manter um padrão único em todo governo. Esse sistema gera um código que é chamado de Federal Stock Number (FSN), um sistema simples e flexível, com elevada conotação simbólica, tornando-se ideal para a adaptação e a aplicação em empresas. O sistema possui 11 dígitos, 
Em suma para os dois modelo acima, distribuídos da seguinte forma: XX – XX – XXXXXX – X: 
	XX grupo ou classificador: 
	designa as grandes classes ou agrupamentos de materiais em estoque; 
	Tinta
	XX classe ou individualizador: 
	identifica cada um dos materiais do 1o grupo; 
	Tinta Acrílica
	XXXXXX código de identificação ou caracterizador: 
	descreve os materiais com todas as suas características, a fim de torná-los inconfundíveis
	Tinta azul-marinho Coral
Atributos para a Classificação de Materiais
Uma boa classificação deve conter alguns atributos ou qualidades para que seja benéfica para a organização. O objetivo da classificação é facilitar a organização e uso de materiais. Os três atributos principais:
Abrangência: a classificação deve levar em conta vários aspectos de forma abrangente e não apenas um elemento. Características físicas, de segurança, contábeis e financeiras devem ser consideradas. Portanto, deve tratar de uma gama de características em vez de reunir apenas materiais para serem classificados;
Simplicidade: a classificação deve ser simples sem exigir dos envolvidos tarefas complicadas e conceitos abstratos.
Flexibilidade: a classificação deve ser maleável e adaptável para sempre estar atualizada. Além disso, deve facilitar a “comunicação” ou interfaces entre os tipos de classificação.
Tipos de Classificação de Materiais
A função do estoque é agir como uma espécie de regulador do fluxo de negócios. Com uma classificação de materiais bem feita e organizada podemos dar uma visão clara aos gestores da empresa de como, onde e quando devem aplicar os recursos para que a mesma continue crescendo.
Na prática, a boa gestão de estoque reflete no quão lucrativa uma empresa pode ser, isso porque ela irá evitar o desperdício de materiais e, além disso, possibilitar o investimento nos produtos que possuam melhor retorno financeiro. Neste cenário, para que o estoque seja eficiente é fundamental que o gestor conheça as classificações mais básicas de armazenamento.
	
Classificação por tipo de demanda
É dividida em 2 tipos:
Materiais de Estoque: são materiais de uso corriqueiro, adquiridos periodicamente, pois existe previsibilidade. Assim, são necessários critérios e parâmetros para que estes sejam sempre comprados, de modo que não venham a faltar no estoque.
Materiais não de estoque: são raramente consumidos ou não tem uma previsão de quando serão necessários. A previsibilidade de armazenamento, uso, necessidade e demanda não existe, por isso são geralmente adquiridos próximo ao uso.
Classificação quanto à aplicação
São divididos quanto ao estado operacional de fabricação:
Matérias-primas: são os insumos empregados na produção, geralmente adquiridos de produtores externos;
Materiais em processamento: refere-se àqueles materiais que estão parcialmente acabados em algum estágio intermediário da fabricação sem acabamento. Não se constitui mais como matéria-prima, portanto não estará no almoxarifado, mas também não estará no depósito por não ser um produto acabado. 
Estoque de semiacabados: estão parcialmente acabados em algum estágio intermediário de fabricação com algum tipo de acabamento, pode-se dizer que estão quase prontos, faltando apenas poucas etapas no processo produtivo. Não é incomum que materiais em processamento e semiacabados dividam o mesmo espaço. Ex. pneus de um automóvel
Materiais acabados ou estoque de componentes: são as peças isoladas de um produto que já estão finalizadas, mas que precisam ser montadas com outras peças para formar o produto final. Esse estoque costuma ficar localizado muito próximo da montagem dos produtos acabados. Empresas de maior porte costumam não manter este tipo de estoque, mas sim uma esteira de montagem que funciona de forma constante, ligando um estágio ao outro. Ex. painéis de automóveis
Estoque de produtos acabados: são os produtos finalizados e prontos para serem enviados ao destinatário. Nesse estágio, é importante que haja um planejamento logístico para que o acúmulo de produtos não signifique retardo nos estágios anteriores. Se o fluxo de vendas for bem controlado, é possível manter um estoque de produtos acabados que não impacte na gestão financeira da empresa.
Materiais auxiliares e de manutenção: são os materiais utilizados para a manutenção da empresa que não são usados no processo de fabricação, não são produtos acabados pois não são fabricados pela própria organização. Ex. materiais de limpeza.
Classificação quanto à perecibilidade
Os materiais podem ser classificados como perecíveis e não perecíveis. 
Um material perecível é aquele que pode se estragar, apodrecer ou perdersuas características físicas ou químicas. A informação dos prazos de validade é útil para que as compras não sejam feitas em excesso e não tenha perda de materiais por validade vencida.
Exemplos de perecibilidade: passagem do tempo, calor, umidade, ação da luz, calor/frio, entre outros.
Se o material pode perder suas características físicas ou químicas, ele é perecível, ou seja, pode estragar. Pode ser pela ação do tempo (como uma fruta), ou pela ação de algum contaminante, pelo contato com outro material ou até pela ação do calor ou frio.
A utilização da classificação por perecimento permite as seguintes medidas:
determinar lotes de compra mais racionais, em função do tempo de armazenagem permitido;
programar revisões periódicas para detectar falhas de estocagem a fim de corrigi-las e baixar materiais sem condições de uso;
selecionar adequadamente os locais de estocagem, usando técnicas adequadas de manuseio e transporte de materiais, bem como transmitir orientações aos funcionários envolvidos quanto aos cuidados a serem observados.
Periculosidade
O uso dessa classificação permite a identificação de materiais que devido a suas características físico-químicas, podem oferecer risco à segurança no manuseio, transporte, armazenagem. Ex. líquidos inflamáveis.
Classificação pela possibilidade de fazer ou comprar
Separa os itens de estoque, de acordo com sua facilidade de serem comprados, feitos internamente ou recondicionados. A partir dessa classificação são feitas as estratégias de compras, como a verticalização e a horizontalização.
Fazer internamente: fabricados na empresa.
Comprar: adquiridos no mercado
Decidir por fazer ou comprar: sujeito à análise de custos.
Recondicionar: são materiais passíveis de recuperação que devem ser recondicionados após desgaste e uso, em outras palavras é a restauração.
Classificação pelo valor do consumo – classificação abc
Para que se alcance a eficácia na gestão de estoque é necessário que se separe de forma clara, aquilo que é essencial do que é secundário em termos de valor de consumo. Para fazer essa separação nós contamos com uma ferramenta chamada de curva ABC ou Curva de Pareto, ela determina a importância dos materiais em função do VALOR expresso pelo próprio consumo em determinado período.
Classe A
Materiais com ALTO consumo anual
ALTO investimento financeiro
Classe B
Materiais com MÉDIO consumo anual
MÉDIO investimento financeiro
Classe C
Materiais com BAIXO consumo anual
BAIXO investimento financeiro
Apesar de essa classificação ser muito importante, não deve ser analisada isoladamente. Uma recomendação comum é que seja feita em conjunto com a classificação pela importância operacional, também chamada de classificação XYZ
Classificação pela importância operacional – classificação xyz
Leva em conta a imprescindibilidade para a operação ou ainda o grau de dificuldade para se obter o material Os materiais são classificados em materiais
Material X
São de aplicação não muito importante na organização e que podem ser adquiridos facilmente.
Não paralisam atividades essenciais, não oferecem riscos à segurança das pessoas, ao ambiente ou ao patrimônio da organização e são facilmente substituíveis por equivalentes e ainda são fáceis de serem encontrados.
Material Y
Materiais de importância média, com ou sem similar na empresa.
São imprescindíveis para as atividades da organização, entretanto podem ser facilmente substituídos em curto prazo.
Material Z
Materiais vitais para a operação da instituição, sem similar.
Quando ocorre a falta no estoque eles provocam a paralisação de atividades essenciais e podem colocar em risco o ambiente, pessoas e patrimônio da empresa. São do tipo que não possuem substitutos em curto prazo
A classificação pela importância operacional não enfatiza os valores envolvidos, mas, sim, sua criticidade para a empresa. Desse modo, ela mostra quais são os itens importantes para a continuidade da empresa. 
Em outras palavras, uma desvantagem de se utilizar a classificação de materiais do tipo importância operacional é que ela não fornece análise econômica dos estoques.
Materiais críticos
Materiais críticos são materiais de reposição específica de um equipamento ou de um grupo de equipamentos iguais, cuja demanda não é previsível e cuja decisão de estocar é tomada com base na análise de risco que a empresa corre caso esses materiais não estejam disponíveis quando necessário. Por essa razão, devem ser minoritários em estoque. É como a classificação XYZ de uma maneira ampliada.
O materiais críticos por serem sobressalentes vitais de equipamentos produtivos, devem permanecer estocados até sua utilização, não estando, portanto, sujeitos ao controle de obsolescência. Seria o caso de um tipo específico de óleo lubrificante a manutenção de uma máquina industrial.
Os materiais críticos podem ser:
˃ Por razões econômicas
˃ Por obtenção
˃ Periculosidade
˃ Por falta de previsão
˃ Segurança
Material permanente e material de consumo
Material Permanente: Aquele que apresenta durabilidade maior do que dois anos
Material de Consumo: Aquele que normalmente tem sua utilização limitada a dois anos.
Entretanto, mesmo que o item tenha “vida útil” maior do que dois anos, poderá ser enquadrado como material de consumo, pois o “Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público” indica que, se o item tiver uma das características abaixo, será classificado como material de consumo:
a) Durabilidade – Se, em uso normal, perde ou tem reduzidas as suas condições de funcionamento no prazo máximo de dois anos. Ex.: lápis, borracha, papel .
b) Fragilidade – Se sua estrutura for quebradiça, deformável ou danificável, caracterizando sua irrecuperabilidade e perda de sua identidade ou funcionalidade. Ex.: disquetes.
c) Perecibilidade – Se estiver sujeito a modificações (químicas ou físicas) ou caso se deteriore ou perca sua característica pelo uso normal. Ex.: gêneros alimentícios.
d) Incorporabilidade – Se está destinado à incorporação a outro bem e não pode ser retirado sem prejuízo das características físicas e funcionais do principal. Pode ser utilizado para a constituição de novos bens, melhoria ou adições complementares de bens em utilização, ou para a reposição de peças para manutenção do seu uso normal que contenham a mesma configuração. Ex.: peças de veículos.
e) Transformabilidade – Se foi adquirido para fim de transformação. Ex.: aço como matéria-prima para fabricação de armários.
Administração de Estoques
A gestão de estoques é responsável por equilibrar as necessidades de recursos das organizações para atender da melhor forma possível os clientes internos e externos, bem como maximizar a utilização dos recursos.
Estoque: materiais, mercadorias ou produtos acumulados para utilização posterior, de modo a permitir o atendimento regular das necessidades dos usuários para a continuidade da empresa, sendo o estoque gerado, consequentemente, pela impossibilidade de prever-se a demanda com exatidão.
Os materiais em estoque podem ser de três tipos básicos: matéria-prima, produtos em fabricação e produtos acabados.
Ou seja, há como “adivinhar” como se comportará o consumo dos materiais, pois será derivado da demanda pelos produtos e serviços da organização e nem sempre é possível repor os itens em um prazo curto e confiável de tempo. Desse modo, é necessário algum “lubrificante” que possibilite à organização continuar operando até que consiga os materiais de que necessita.
A função da administração de estoques é maximizar o efeito lubrificante no feedback de vendas e o ajuste do planejamento da produção. Simultaneamente, deve minimizar o capital investido em estoques, pois ele é caro e aumenta continuamente, uma vez que o custo financeiro aumenta.
Conflito de interesses entre os diversos setores da empresa:
De um lado o setor financeiro busca sempre o estoque mínimo possível, uma vez que a gestão de estoque tem altos custos, “libera” ao máximo o seu caixa
Por outrolado, os setores de produção e de vendas desejam um estoque maior para que a possibilidade de que esses materiais e produtos acabados faltem seja minimizada
Obs. Qualquer material estocado está, de certa forma, improdutivo.
Previsão para os Estoques
A gestão de estoque deve prever as necessidades de tipos de materiais que serão utilizados, as quantidades, como deverão ser estocados, etc.
REGRAS DE PREVISÃO DE CONSUMO
Projeção: a quantidade consumida no passado permanecerá a mesma constantemente. 
Se, durante doze meses, o consumo aumentou 20% deve-se aumentar a quantidade de materiais em 20% para o período seguinte.
Explicação: fatores diversos ao consumo do período, como a variação do Produto Interno Bruto, onde são aplicadas técnicas de correlação e de regressão.
Portanto, é uma técnica quantitativa.
Predileção: os funcionários especialistas e analistas do mercado consumidor expõem suas percepções sobre a inclinação do consumo nos negócios. 
A previsão de consumo é feita de forma mais subjetiva ou qualitativa.
Técnicas Quantitativas
São utilizadas quando os valores podem ser quantificados.
Método do último período
Consiste em utilizar o último consumo do período anterior. 
Ex. Se foram consumidas mil unidades em um determinado mês, compra-se mil unidades no próximo mês. 
Método da média móvel
É a média aritmética considerando-se os últimos meses solicitados
Ex. calcular a média móvel dos últimos três meses de consumo. Selecionar os últimos três consumos e dividir por três.
	MÊS
	QTD
	JUNHO
	1200
	JULHO
	1100
	AGOSTO
	1300
	SETEMBRO
	1200
	OUTUBRO
	1400
			
Desvantagem: considera os meses mais antigos como tão importantes quanto os meses mais recentes e a média pode ficar distorcida, caso ocorra valores extremos.
Método da média móvel ponderada
Quase o mesmo que na média móvel, mas com a utilização de pesos. Geralmente é dado um peso maior aos dados mais recentes.
Ex. calcular a média móvel ponderada dos últimos três meses de consumo. 
	MÊS
	QTD
	PESO
	JUNHO
	1200
	0
	JULHO
	1100
	 0
	AGOSTO
	1300
	1
	SETEMBRO
	1200
	2
	OUTUBRO
	1400
	3
Se a unidade do material for indivisível tem que arredondar para cima resultado seria 1.317 unidades. 
Custos de Estoque

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