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REGIME DOMICILIAR TRABALHO DE MEDICINA LEGAL

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FACULDADE SÃO PAULO – FASP
CURSO DE DIREITO
FELIPE DA SILVA BARBOSA RODRIGUES
RA: 2014011149
MEDICINA LEGAL
DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS
 
Profº: MOISÉS	
9º Semestre – Período Noturno
SÃO PAULO
2018
SUMÁRIO
1.	TRAUMATOLOGIA FORENSE	3
1.1 Conceito e Classificação	3
1.1.1 Exame Pericial	4
1.1.2 Exame Complementar	4
1.1.3 Registros	4
1.1.4 Quesitos Oficiais	5
1.1.5 Lesões Corporais	14
1.2 A Importância da Medicina Legal na Traumatologia Forense	19
2.	ACIDENTE DE TRABALHO	22
2.1 Acidente de Trabalho e as Possibilidades de Indenização	25
2.1.1	Quanto à Verificação	26
2.1.2 Quanto à Comunicação de Acidentes de Trabalho - CAT	26
2.1.3 Quanto ao Auxílio-Doença	27
2.1.4 Quanto ao Pagamento do Auxílio-Doença	27
2.1.5 Quanto à Cessação do Benefício	28
2.1.6 Quanto ao Auxílio-Acidente	28
2.1.7 Quanto ao Pagamento do Auxílio-Acidente	29
3.	LAUDOS MÉDICOS	30
3.1	Laudo Médico de Exame de Lesão Corporal	30
3.2	Laudo Médico de Exame Cadavérico	31
3.3 Laudo Médico de Exame de Conjunção Carnal	32
3.4 Laudo Médico de Atentado ao Pudor (Ato Libidinoso)	33
3.5 Laudo Médico de Aborto	34
3.6 Laudo de Exame Psiquiátrico	35
3.7 Laudo de Exame de Embriaguez Alcoólica	38
3.8 Laudo de Exame de Investigação de Paternidade	39
3.9 Laudo de Insalubridade e Periculosidade	41
BIBLIOGRAFIA	52
TRAUMATOLOGIA FORENSE
1.1 Conceito e Classificação
A Traumatologia Forense é um ramo da Medicina legal que estuda as lesões corporais resultantes de traumatismos de ordem física ou psicológica. Trata-se do estudo das lesões e estados patológicos, imediatos ou tardios, produzidos sobre o corpo humano. (Profº WEDNEY R. DE O., 2012). 
De acordo com William Douglas, apud V. Krymchantowki & Flávio Granato Duque, apud Profº Wedney R. de O. (2012), em sua obra intitulada “Medicina Legal à luz do Direito Penal e Processual Penal”: 
“A Traumatologia Forense estuda os traumas, lesões, instrumentos e ações vulnerantes, visando elucidar a dinâmica dos fatos. Trauma é o resultado da ação vulnerante que possui energia capaz de produzir a lesão, como ensina Roberto Blanco. Lesão nada mais será que o dano tecidual temporário ou permanente, resultante do trauma. Nas contusões ativas, o instrumento vulnerante vem de encontro à superfície corpórea. Ex.: soco. Nas contusões passivas, a superfície corpórea (a vítima) vai de encontro ao instrumento vulnerante. Ex.: a pessoa cai e bate a cabeça no solo. Assim, a atuação pode ser ativa/direta, passiva/indireta ou mista (a combinação de ambas).” (2001).
O objetivo da Traumatologia Forense é o estudo dos efeitos das agressões físicas e morais na pessoa, bem como a determinação de seus agentes causadores. Este reconhecimento ocorre por meio do exame pericial na vítima, assim como no local do crime, denominado exame de corpo de delito, o qual, ao contrario do que se pensa, não é apenas na vitima, mas sim em todo local e em instrumentos utilizados para a pratica do delito, pelo qual se atribui a extensão dos danos provocados. (Profº WEDNEY R. DE O., 2012).
1.1.1 Exame Pericial
O exame deve ser requerido por autoridade legalmente competente como um delegado de polícia, por exemplo, dirigido a um médico legista competente ou órgão do qual ele faça parte. Este requerimento deve conter alguns elementos imprescindíveis para a realização deste laudo, tais como a completa e correta identificação da pessoa, a hora, local, finalidade do exame, etc. (Profº WEDNEY R. DE O., 2012).
O laudo pericial tem como norma geral uma narrativa contínua, que é feita à medida que o exame é realizado. Nele deve constar, de forma abreviada e sucinta, apenas constando-se o que for essencial, a narrativa dos fatos proferida pela vítima. O perito deve assinalar as lesões ou sua ausência (hipótese em que o perito esquivar-se de proceder a exame, expondo seus motivos), os locais e tipos de lesão. (Profº WEDNEY R. DE O., 2012).
1.1.2 Exame Complementar
Pelo fato de o Direito penal diferenciar a natureza delituosa da lesão corporal consoante sua gravidade, é importante um exame suplementar, decorridos trinta dias do fato. Neste exame, o perito assinala a presença ou não das seqüelas das possíveis, bem como o grau de incapacitação gerada por elas na vítima. (Profº WEDNEY R. DE O., 2012).
1.1.3 Registros
O exame traumatológico deve ser indicado através de meio físico apropriado, desde o preenchimento de planilhas impressas, até a filmagem do examinado. (Profº WEDNEY R. DE O., 2012).
1.1.4 Quesitos Oficiais
De ordinário, a perícia vem determinada através de remessa de quesitos previamente determinados, aos quais a autoridade solicitante deve apontar sobre quais pontos deseja esclarecimento. Estas perguntas referem-se:
Se houve ofensa à integridade física ou à saúde;
Qual o instrumento utilizado;
Se a lesão foi produzida por meio insidioso ou cruel (v.g.: veneno, tortura, etc.);
Se provocou incapacidade por período superior a 30 dias;
Se resultou em dano permanente ou perda ou inutilização de membro, sentido ou função orgânica;
Se inabilitou a vítima ao trabalho, ou doença incurável ou, ainda, deformidade;
Se provocou aceleração de parto ou aborto. (Profº WEDNEY R. DE O., 2012).
Os agentes mecânicos através da alteração da inércia se dividem em simples, podendo ser:
Contundente: Todo objeto capaz de agir batendo traumaticamente no organismo da vítima. Exemplos: Madeira, pedra, martelo, barra de ferro, membros do corpo humano como as mãos, pés, cotovelo e outros – de acordo com a jurisprudência;
Cortante: Todo objeto dotado de lâmina, apresentando fio, lume ou corte. Exemplos: navalha, faca, gilete, canivete, louça, papel, vidro, folha de flandres, plástico, etc;
Perfurante: Todo objeto que possui uma haste cilíndrico-cônica, dotada de ponta que afasta as fibras dos tecidos do corpo do ofendido. Exemplos: Alfinete, agulha, prego, espinhos palmeira, etc (pequenos calibres – raramente mortais), além de espeto de churrasco, furador de gelo ou de carne, etc (médios – que podem ser mortais), e, por fim, florete, estacas  e outros (grandes e mortais). (Profº WEDNEY R. DE O., 2012).
Os mistos resultam da combinação das primeiras, podendo ser:
Corto–Contundente: Objeto pesado e com superfície de corte impulsionado pelos membros do agressor. Exemplos: Machado, facão, foice, enxada, etc;
Pérfuro–Cortante: Instrumento formado  de uma lâmina, com um ou mais gumes cortantes e  ponta na extremidade que perfura, associando as duas ações. Exemplos: Facão, punhal, canivete, etc;
Pérfuro–Contundente: Instrumento que atua sobre o alvo, contundindo e perfurando-o,  partilhando das duas características. Exemplos: Projéteis de arma de fogo (PAF), chumbo das espingardas, pontas de grades de ferro, etc. (Profº WEDNEY R. DE O., 2012).
O meio ambiente  pode impor ao ser humano as mais diversificadas formas de energias causadoras de danos pessoais, as quais podem ser:
– Energia de Ordem Física;
– Energias de Ordem Mecânica;
– Energias de Ordem Química;
– Energia de Ordem Físico-Química;
– Energias de Ordem Bioquímica;
– Energias de Ordem Biodinâmica;
– Energias de Ordem Mista.
Energia de Ordem Física
Temperatura:
 
– Calor – Direto – Queimaduras: 1º Grau – eritema; 2º Grau – flictema; 3º Grau – escara; 4º Grau – carbonização;
– Difuso – Cósmico – Insolação; – Artificial – Intermação – Termonoses; 
– Frio – Direto – Geladuras: 1º Grau – palidez; 2º Grau – bolhas hemorrágicas 
3º Grau – necrose; 4º Grau – gangrena;
– Difuso – Oscilações. 
Pressão Atmosférica (1 ATM = 760 mm Hg):
 
 – Diminuição: "Doença dos aviadores" ou "mal das montanhas"; 
 – Aumento: “Mal dos caixões” ou "mal dos escafrandistas". 
 
Eletricidade:
 
– Natural ou Cósmica: Fulminação; Fulguração (Litchtenberg); 
– Artificial: Eletroplessão (Jellineck);
– Intensidade: Quantidade de eletricidade que atravessa o condutor; 
– Tensão: Indica o potencial elétrico:
• Baixa: até120 W. - Fibrilação ventricular;
• Média: 120 a 1.200 W. - Fibrilação ventricular + Tetanização respiratória; 
• Alta: 1.200 a 5.000 W. - Tetanização respiratória;
• Alta: Acima de 5.000 W.- Paralisia bulbar, apnéia e parada cardíaca; 
– Freqüência: É a ciclagem;
– Resistência: É a oposição oferecida à passagem da corrente e é medida em Ohms.
Radioatividade: Raio X - Césio - Rádio - Energia Atômica;
Luz: Velocidade 300.000 Km/s. Lesões visuais = Cegueira;
Som: Velocidade 340 m/s. Ruído permitido 85 db. As lesões provocadas por explosões, tiros, grandes ruídos são: surdez, ruptura da membrana do tímpano etc.
Energias de Ordem Mecânica
Tratam-se daquelas energias capazes de modificar o estado de repouso ou movimento de um corpo, produzindo lesões em parte ou no todo. As lesões produzidas por ação mecânica podem ter repercussões internamente ou externamente.
Podem ter como resultado o impacto de um objeto em movimento contra o corpo humano (meio ativo) ou o instrumento encontrar-se imóvel e o corpo humano em movimento (meio passivo), ou ainda os dois se encontrarem em movimento, indo um contra o outro (ação mista).
Atuam ainda por pressão, percussão, tração, torção, compressão, explosão e deslizamento. Conforme as características que imprimem às lesões, os meios ou as ações, os agentes mecânicos classificam-se em:
– Perfurantes: Lesões causadas por instrumentos punctórios, finos, alongados e pontiagudos, de diâmetro reduzido.
Agem sobre um ponto, penetrando os tecidos, afastando as fibras entre elas sem secioná-las, lesando em profundidade o corpo da vítima. Resultam em feridas puntiformes ou punctórias, apresentando-se em forma de ponto, com abertura estreita de raro sangramento externo.
– Cortantes: Agem por um gume ligeiramente afiado, sobre uma linha, por deslizamento sobre os tecidos. Exemplos: Lâminas, navalhas, facas, bordas cortantes de vidros, cerâmicas, etc.
– Contundentes: Sua ação é quase sempre a partir de uma superfície e suas lesões mais comuns se verificam externamente, repercutindo internamente.
São subdivididas em:
Rubefação: Congestão repentina e momentânea de uma região do corpo, apresentando-se uma mancha avermelhada, efêmera e fugaz, que desaparece em alguns minutos;
Equimose: Traduzem-se pela infiltração hemorrágica nas malhas do tecido lesado;
Escoriação: Resultado da ação tangencial dos meios contundentes. Caracteriza-se pela solução de continuidade superficial da pele (arrancamento e desnudamento da derme). Fluem serosidade e sangue. Não ocorre cicatrização, a regeneração é por epitelização;
Hematoma: Forma-se pelo extravasamento de um vaso sanguíneo calibroso, sem que ocorra a difusão do sangue pela malha dos tecidos. Em geral produz relevo na pele, tem delimitações mais ou menos nítida e de absorção demorada. É o chamado “inchaço”;
Ferida Contusa: Lesão aberta, cuja ação contundente foi capaz de vencer a resistência e elasticidade dos planos moles. Apresentam bordos irregulares, escoriadas e equimosadas;
Fraturas: Caracteriza-se pela solução de continuidade dos ossos. Fechada: a pele sobre a fratura está intacta. Aberta: ocorre solução de continuidade da pele sobre a lesão;
Luxações: Deslocamento de dois ossos com perda da relação articular entre os mesmos. O dano dos tecidos moles pode ser muito grave, afetando vasos sanguíneos, nervos e cápsula articular;
Entorses: Lesão articular provocada por movimentos exagerados dos ossos que compõem uma articulação, incidindo apenas sobre os ligamentos. Podem ser de grau leve a grave (ruptura completa do ligamento);
Roturas Viscerais: Lesões profundas determinadas por ruptura de órgãos internos. Nem sempre se observa externamente o caráter de gravidade dos resultados internos. Podem ocorrer por compressão ou aceleração/desaceleração;
Encravamento e Empalamento: Encravamento: penetração de objeto afiado e consistente em qualquer parte do corpo. Ação direta ou indireta. Empalamento: forma de encravamento na região perineal.
– Pérfuro–Cortantes: São aqueles que além de perfurar o organismo exercem lateralmente uma ação de corte. Exemplos: Facas, punhais, canivetes, baionetas etc. 
Classificam-se em instrumento pérfuro-cortante de um só gume ou de um só bordo cortante, instrumento pérfuro-cortante de dois gumes ou de dois bordos cortantes e instrumento pérfuro-cortante de três ou mais gumes ou bordos cortantes.
 
Caracterizam-se por serem instrumentos que, além de perfurar pela sua ponta, ainda exercem lateralmente ação de corte: 
Monocortante: Faca, peixeira, canivete; 
Bicortante: Punhal; 
Tricortante: Lima, florete; 
Multicortante: Apontador de pedreiro, perfuratriz manual;
– Corto–Contundentes: São instrumentos que possuem gume rombo, de corte embotado e que agindo sobre o organismo, rompe a integridade da pele, produzindo feridas irregulares, retraídas e com bordas muito traumatizadas. Exemplos: Machado, foice, facão, enxada, moto-serra, rodas de trem, etc.
Agem por pressão e percussão ou deslizamento. A lesão se faz mais pelo próprio peso e intensidade de manejo, do que pelo gume de que são dotados. A forma das feridas varia conforme a região comprometida, a intensidade de manejo, a inclinação, o peso e o fio do instrumento. São em regra mutilantes, abertas, grandes, fraturas, contusões nas bordas, perda de substância e cicatrizam por segunda intenção.
– Pérfuro–Contundentes: É todo agente traumático que ao atuar sobre o corpo, perfura-o e contunde simultaneamente. 
Os instrumentos desta classe são, na maioria das vezes, os projeteis de arma de fogo. 
Arma de Fogo são as peças constituídas de um ou dois canos, aberto numa das extremidades e parcialmente fechados na parte de trás, por onde se coloca o projétil. 
Classificam-se em: 
a) Quanto à dimensão: Portáteis, semiportáteis e não portáteis; 
b) Quanto ao modo de carregar: Antecarga e Retrocarga; 
c) Quanto ao modo de percussão: Perdeneira e Espoleta; 
d) Quanto ao calibre: A munição compõe-se de cinco partes:
– Estojo ou cápsula: É um receptáculo de latão ou papelão prensado, de forma cilíndrica contendo os outros elementos da munição; 
– Espoleta: É a parte do cartucho que se destina a inflamar a carga. É constituído de fulminato de mercúrio, de sulfeto de antimônio e de nitrato de bário;
– Bucha: É um disco de feltro, cartão, couro, borracha, cortiça ou metal, que se separa a pólvora do projétil;
– Pólvora: É uma substância que explode pela combustão. Há a pólvora negra e a pólvora branca. Esta última não tem fumaça. Ambas produzem de 800 a 900 cm3 de gases por grama de peso. Em geral são compostas de carvão pulverizados, enxofre e salitre;
– Projétil: É o verdadeiro instrumento pérfuro-contundente, quase sempre de chumbo nu ou revestido de níquel ou qualquer outra liga metálica. Os mais antigos eram esféricos. Os mais modernos são cilíndricos-ogivais.
O projétil desloca-se da arma graças à combustão da pólvora, quando ganha movimento de rotação e propulsão. Ao atingir o alvo, atuam por pressão, havendo afastamento e rompimento das fibras. O alvo é também atingido por compressão de gases que acompanha o projétil.
Energias de Ordem Química:
Toxicologia: É a ciência que tem por objetivo o estudo do efeito nocivo produzido pela intenção entre o agente químico e o organismo;
Agente Tóxico: É a substância química capaz de produzir um efeito nocivo através de sua interação com o organismo; 
Veneno (Legal): É toda substância que ingerida no organismo ou aplicada ao seu exterior, sendo absorvida, determina a morte, coloque em perigo de vida ou altere profundamente a saúde;
Toxicidade: É a capacidade inerente ao potencial de um agente químico de produzir um efeito nocivo após interação com o organismo;
Intoxicação: É o conjunto de sinais e sintomas que evidenciam o efeito nocivo produzido pela interação entre um agente químico e o organismo; 
Alimento: É toda substância que, quando absorvida, passa a integrar, in natura ou biotransformada, à estrutura e à filosofiado organismo, ou fornece energia para o seu funcionamento; 
Medicamento: É toda substância que quando absorvida, atua sobre as funções vitais, exarcebando-as ou inibindo-as, para reestabelecer a saúde, ou quando usada por qualquer via, elimina ou extermina outros organismos parasitários;
Envenenamento: É a morte violenta ou dano grave a saúde ocasionada por determinadas substâncias de forma acidental, criminosa ou voluntária.
O Código Penal Brasileiro pune os casos de homicídio em que se lança meio de veneno com maior severidade (agravante), por considerá-lo meio insidioso ou cruel (Art. 61, inciso II, letra "d").
Energia de Ordem Físico-Química:
É a parte da Medicina Legal que trata das Asfixias.
Asfixia é um termo etnologicamente inadequado, devendo sua origem à antiga concepção de que o pulsar das artérias produzia-se por efeito do ar nelas introduzidas nos movimentos respiratórios. Em sentido genérico, entende-se asfixia como a suspensão da função respiratória por qualquer causa que se oponha à troca gasosa, nos pulmões, entre o sangue e o ar ambiente. Vejamos:
 
Terminais: conseqüentes a várias doenças que diminuem a área respiratória. Exemplos: Pneumonias agudas, edemas pulmonares, enfisemas, tumores, laringite diftérica, etc;
Primitivas: São aquelas em que o agente atua diretamente numa das partes do aparelho respiratório.
No que se refere à sua fisiologia e sintomatologia, existem duas fases, as quais são:
Fase de Irritação: 
– Dispnéia inspiratória (1 minuto = consciência);
– Dispnéia expiratória (30 segundos = inconsciência e convulsões); 
Fase de Esgotamento: 
– Pausa (morte aparente);
– Período terminal (morte); 
O artigo 61, inciso II, alínea "d", do Código Penal Brasileiro, dispõe claramente que o emprego da asfixia como meio de produzir a morte constitui circunstância agravante do crime, pela crueldade de que se reveste o referido recurso.
A asfixia pode acontecer nos seguintes casos:
Enforcamento: É a asfixia mecânica em que existe impedimento a livre entrada e saída do ar no aparelho respiratório por uma constrição no pescoço feita por laço que é acionado pelo peso da própria vítima;
Estrangulamento: É a asfixia mecânica que ocorre uma constrição do pescoço, que causa embaraço à livre entrada de ar no aparelho respiratório, feito por meio de um laço acionado pela força muscular da própria vítima ou um estranho;
 Esganadura: É a constrição da região anterior do pescoço pelas mãos, em que impede a passagem de ar atmosférico pelas vias respiratórias até os pulmões;
Afogamento: É a asfixia mecânica, produzida pela penetração de um meio líquido nas vias respiratórias, impedindo a passagem de ar até os pulmões;
Soterramento: É a asfixia que se realiza pela permanência do indivíduo num meio sólido ou semi-sólido, de sorte que as substâncias ali contidas penetram na árvore respiratória, impedindo a entrada de ar e produzindo a morte;
Confinamento: É a asfixia causada pela permanência do indivíduo num ambiente restrito e/ou fechado, sem condições de renovação do ar respirável, sendo consumido o oxigênio pouco a pouco e o gás carbônico acumulado gradativamente.
Sufocação Direta: É a modalidade de asfixia mecânica produzida pelo impedimento da passagem do ar respiratório por meio direto ou indireto. Por sufocação direta se entende os casos devido à oclusão dos orifícios ou dos condutos respiratórios;
Sufocação Indireta: É a asfixia mecânica em que a morte sobrevém por impedimento respiratório devido à compressão do tórax ou do abdome.
1.1.5 Lesões Corporais
Por lesões corporais, entende-se que se tratam de ações que atingem a integridade física ou psíquica do ser humano e representam os elementos que determinaram o crime, determinadas legalmente no Código Penal Brasileiro, em seu art.129 e parágrafos. São classificadas quanto a sua intensidade em: leve, graves e gravíssimas.
O Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa e o sujeito passivo é o que padece da lesão. Conforme dispõe Nelson Hungria apud Genival Veloso França (1998), no Direito penal, a lesão corporal é "toda e qualquer ofensa ocasional à normalidade funcional do corpo ou organismo humano, seja do ponto de vista anatômico, seja do ponto de vista fisiológico ou psíquico".
De acordo com França (1998), as lesões corporais são vestígios deixados pela ação da energia externa ou agente vulnerante, que podem ser fugazes, temporárias ou permanentes, podendo ser superficiais ou profundas.
As lesões Corporais podem ser de natureza leve, grave e gravíssima, ou ainda, seguida de morte. Vejamos:
Lesão Corporal Leve: A lesão corporal de natureza leve é aquela onde é registrada de forma pericial a existência da ofensa, consubstanciada em dano anatômico (comprometimento da integridade corporal) ou perturbações funcionais (comprometimento da saúde). Usualmente a lesão apurada no primeiro exame (corpo de delito) requer novo exame dentro de 30 dias (exame complementar), para se confirmar a inexistência das conseqüências mencionadas nos parágrafos do art. 129, do CP. A pena para esses casos é de três meses a um ano de detenção, e, conforme dispõe a Lei n o 9.099/95, em seu art. 88, a instauração de inquérito policial e a ação penal dependem da representação da vítima. As conseqüências das lesões leves são equimoses, escoriações e feridas contusas, o percentual em relação ao total das lesões corporais é de 80%.
Lesão Corporal Grave: As lesões corporais graves são as que resultam em: 
Incapacidade para as Ocupações Habituais por mais de 30 Dias: Tal conceito não se restringe apenas às situações em que a vitima fique impossibilitada de exercer seu trabalho, mas em todas as oportunidades que alguém, criança ou adulto, pobre ou rico, empregado ou desempregado, fique privado de exercer suas ocupações triviais ou habituais, mesmo que não venha a ser de forma integral ou absoluta. Todavia, essa incapacidade tem de ser real. O prazo de trinta dias é um prazo clínico. Só a experiência médico-profissional é capaz de limitá-lo, desde que o indivíduo possa razoavelmente voltar a integrar-se com o seu meio e com as suas necessidades. Nos casos em que o perito afirma existir tal incapacidade, o Código de Processo Penal, em seu artigo 168, §2º, recomenda no trigésimo dia a realização do exame complementar;
Perigo de Vida: O perigo de vida, aqui considerado, constitui-se numa situação de possibilidade de iminência de morte, decorrente de uma agressão vultosa a vitima. Este dano deve ser efetivo e atual, e nunca apenas uma hipótese ou uma Conjectura. E um fato presente ou passado, e jamais uma possibilidade de vir a ser um desenlace fatal. Deve ser caracterizado nos sintomas graves e sérios, onde as funções vitais estejam indiscutivelmente comprometidas. Por isso, é necessário que se estabeleça a diferença entre perigo de vida e risco "risco de vida". Este último caracteriza-se como unta probabilidade, uma hipótese ou um prognóstico. O risco de vida seria, neste particular uma situação que possibilitasse, de forma mais ou menos remota, um dano grave à vida ou à saúde do indivíduo em questão. Um exemplo seria o de uma pessoa que trabalhe com habitualidade num setor de raios-x;
Debilidade Permanente de Membro, Sentido ou Função: Neste particular, deve-se estender debilidade como enfraquecimento e, portanto, sempre de caráter funcional. Membros são os apêndices torácicos ou pélvicos; sentidos, os meios pelos quais nós nos relacionamos e interagimos com o meio ambiente; e função, o mecanismo pelo qual o órgão, aparelhos e sistemas desenvolvem suas atividades. Sendo assim, o que interessa avaliar sob tal prisma não é o aspecto físico decorrente do dano produzido e dos órgãos, aparelhos ou sistemas, mas a diminuição evidente da função dos membros, dos sentidos. De tal sorte, seria necessário apenas que se enunciasse “debilidade permanente de função" e estaria clara a intenção do legislador;
Aceleração do Parto: Acelerar o parto, na concepçãojurídico-penal que influenciou nosso Código substantivo, é o mesmo que antecipar ou induzir o parto. Na linguagem deste diploma legal, aceleração do parto seria sua antecipação da data prevista ou esperada. Seria, pois, a antecipação do parto, antes do término convencional, motivada por uma agressão física ou psíquica capaz de influenciar o nascimento antes do prazo habitual de uma gravidez normal.
Lesão Corporal Gravíssima: A definição doutrinária para lesões corporais de natureza gravíssima é decorrente do agravamento punitivo elencado no §2º do art.129, do Código Penal brasileiro, e vinculam-se com as lesões que venham a causar, as quais podem ser: 
Incapacidade Permanente para o Trabalho: Este tipo de lesão configura-se quando, em conseqüência do dano anatômico ou funcional, o ofendido torna-se inválido de forma total e permanente para o exercício da atividade laborativa. Fala-se agora de trabalho e não de ocupações habituais, já que, neste caso, constitui uma forma mais agravada constante no §1º, neste mesmo artigo. Entendem, em sua maioria, os doutrinadores que a incapacidade na qual se refere o texto legal é genérica (para qualquer trabalho) e não a especifica (para determinado trabalho);
Enfermidade Incurável: Pelo que se deduz da lei, enfermidade ou doença é um déficit funcional ou orgânico de natureza congênita ou causado por uma ação lesiva, de evolução crônica ou permanente, que não chegou à cura total. Por exemplo, demência senil, epilepsia e diabetes, decorrentes de lesão. É necessário também que esta enfermidade seja incurável. O legislador julgou que a enfermidade deva ser reforçada com o prognóstico da incurabilidade, competindo a palavra final ao médico legista. O ofendido não está obrigado a tratamentos arriscados e excepcionais para beneficiar o agressor, assim como este não deve ser prejudicado quando aquele, de modo proposital, dificulta o processo de cura. O necessário é não confundir enfermidade com debilidade Permanente (§1º, 3º), posto que esta representa um resíduo, uma seqüela, um estado já consolidado, enquanto que a primeira é um processo de evolução variável e que repercute sobre todo o organismo, ou seja, a saúde;
Perda ou Inutilização de Membro, Sentido ou Função: Perda e inutilização são palavras que se explicam, mutuamente. A lei não exige que o membro esteja amputado, basta sua incapacidade. O elemento qualificador de que cuida este inciso nada mais representa do que o agravo da debilidade permanente. Perda é a amputação do membro ou do órgão, e inutilização, a falta de atividade do órgão à sua função especifica. Membros, no sentido anatômico, são os braços e as pernas. Os sentidos dão-nos a capacidade de percepção e relação com o mundo exterior (visão, audição, olfato, gustação, tato e função), as atividades desenvolvidas pelos órgãos: rins, olhos, pulmões, etc;
Deformidade Permanente: Para que exista a deformidade em sua configuração jurídica, são exigidos requisitos imprescindíveis, como a aparência, permanência ou irreparabilidade pelos meios comuns, e que o dano estético seja capaz de causar uma impressão vexatória ou interfira negativamente na vida social ou econômica do ofendido. A visibilidade ou aparência do dano estético pode sofrer a influência de circunstancias local e pessoal (religiosas, idade, sexo, cor, etc). São deformidades permanentes a paralisia facial, a mutilação parcial ou total do nariz, pavilhão auricular, das mamas, do pênis, a vitriolagem, ablação do olho, encurtamento de um membro, cicatrizes extensas e visíveis e quaisquer lesões que causem um constrangimento, sentimento de repulsa ou piedade. As vítimas não estão obrigadas a submeter-se a intervenções cirúrgicas perigosas, mas entendem os doutrinadores que, se consentirem e o dano estético desaparecer ou se tomar insignificante, desclassifica-se a lesão para leve;
Abortamento: Como último agravante (elemento qualificador) das lesões corporais gravíssimas, figura o resultado aborto, ou abortamento (ato de abortar). No caso, a lei não se importa se o ofensor sabia ou não da gravidez ou do tempo de gestação, de modo que o relevante é a morte do embrião ou feto no útero ou sua expulsão violenta seguida de morte. Com esse modo de pensar, nem todos concordam. Alguns admitem que seja indispensável que o agente tenha conhecimento da gravidez da ofendida ou que sua ignorância quanto à mesma tenha sido inescusável. Neste caso ter-se-á um "erro de fato invencível", excludente de agravação. É indispensável ao reconhecimento da figura a constatação pericial dos sinais de certeza da gravidez, do nexo de causa e efeito, da existência de vida fetal e da sua causa mortis. É relevante salientar que, se a ação é autorizada ou produzida pela própria vítima, qualifica-se um novo tipo previsto do Código Penal, em seu artigo 125.
Lesão Seguida de Morte: Quando ocorrer a lesão corporal e o resultado for morte (artigo 129, §3º, do Código Penal) e as evidencias apontarem que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo, a Traumatologia Médico-Legal será essencial para oferecer os elementos técnicos e científicos ao juízo, pois esta fornece dados objetivos de que forma a pessoa foi efetuada, observados a natureza e os resultados graves.
1.2 A Importância da Medicina Legal na Traumatologia Forense
A Medicina Legal deve ser mais doutrinária, como forma de ensinar a interpretação dos documentos médicos forenses, os laudos, pareceres e atestados, sem deixar de ensinar a importância pericial, uma vez que ela é necessária no dia a dia dos operadores do direito. Daí a denominação Medicina Forense. 
Sendo mais importante à área jurídica do que à própria área médica, a Medicina Legal constitui-se na soma de todas as especialidades médicas, acrescentadas de conhecimento de outras tantas complementares, destacando- se entre elas a ciência do direito, não sendo assim especialidade, mas uma disciplina.
Seu campo de ação sendo vasto e extenso torna difícil uma definição precisa. Sendo assim, cada autor acaba propondo uma definição de acordo com o seu próprio ponto de vista. Mas se quiséssemos defini-la, diríamos simplesmente que Medicina Legal é a medicina a serviço das ciências jurídicas e sociais. 
Sob o ponto de vista contemporâneo, ela é uma matéria interdisciplinar, que auxilia na formação de especialistas para dar atendimento aos interesses comuns da medicina e do direito, ou ainda: 
“Medicina Legal compreende o estudo e a aplicação dos conhecimentos médicos e afins que devem ser utilizados para o esclarecimento dos fatos e negócios jurídicos, bem como para a elaboração das normas jurídicas que regulam a vida social.” (ALMEIDA JUNIOR, 1998, p. 13-15).
O Direito é uma ciência humana, desta forma importante se faz que os profissionais da área tenham um bom conhecimento do que é o ser humano em sua totalidade. 
Para tanto, não é preciso possuir conhecimentos como um profissional de biomédica, porém, o mínimo para essa compreensão é necessário, sendo a Medicina Legal um suporte para essa finalidade. A evolução tecnológica e das áreas do conhecimento humano, fizeram com que o exercício do direito moderno de- penda cada vez mais da contribuição desta ciência e os operadores da área jurídica não têm como desprezar os conhecimentos técnicos de peritos preparados para dar o respaldo cientifico aos trabalhos forenses, pois somente assim é viável chegar-se o mais próximo possível da verdade dos fatos. 
No entanto, ela não vem recebendo a merecida atenção por parte dos profissionais do campo para o qual é destinada. Muitas vezes, é preciso distinguir o certo do que está duvidoso, explicar de maneira clara todos os indícios relacionados ao ocorrido, não sendo omitidas particularidades, para que haja uma conclusão correta. Nem sempre tem valor para a medicina convencional algo, que para a Medicina Legal apresenta extraordinária importância. 
O juiz, não pode prescindir desta ciência auxiliar do direito, para ter condições de avaliar e sopesar a verdade,analisando os documentos resultantes das perícias, adquirindo uma consciência técnica dos fatos que envolvem o problema jurídico. Para a maioria dos autores, a mais importante missão do exame pericial é orientar e iluminar a consciência do magistrado. Erros periciais podem ocorrer, mas conhecendo a Medicina Legal, o aplicador da lei terá novos elementos de convicção ao apreciar a prova, podendo analisar melhor as informações técnicas, prolatando sentenças, livres de relatórios viciados. 
De acordo com França (1998, p. 4 e 5), a necessidade de dar cumprimento às exigências penais, corrobora com a necessidade de conhecimento da Medicina Legal: 
“O juiz não deve apenas examinar o criminoso, deve também verificar as condições que o motivaram e os mecanismos da execução. Assim, deve ser analisada a gravidade do crime, os motivos, circunstâncias e a intensidade do dolo ou culpa. A qualidade e quantidade do dano. Deve ele ter um conhecimento humanístico e jurídico, uma sensibilidade na apreciação quantitativa e qualitativa da prova.” (1998, p. 4 e 5). 
O advogado, no exercício da profissão, também precisa, e muito, destes conhecimentos médico-legais, sendo um crítico da prova, não aceitando como absolutos certos resultados, somente pelo simples fato de constituírem avanços recentes da ciência ou da tecnologia. Deve saber pedir aos peritos e por outro lado precisa saber interpretar, e requisitar, em relação aos casos em estudo. O pedido formulado deve estar dentro das possibilidades da ciência e técnica médico-legal. O promotor de justiça tendo o ônus da prova, justificando-a e explicando-a, necessita mais do que ninguém dos conhecimentos médico-legais, para uma correta interpretação de todos os laudos envolvidos nos casos a serem julgados. Trata-se de uma contribuição de alta valia e é a soma de todas as especialidades médicas, cada uma colaborando à sua maneira para que a ordem seja restaurada. 
Por tudo o que foi exposto, a Medicina Legal em seu estudo e aplicação, coopera na execução de leis já existentes, interpretando os textos legais com significado médico, bem como ajuda a elaborar novas normas relacionadas com a medicina. Uma ciência ímpar em seus aspectos usuais, pois une o conhecimento biológico, cuidadoso e artesanal a técnicas laboratoriais avançadas, com a finalidade de dar à Justiça elementos de convicção para a solução das variadas questões dos ramos do conhecimento humano. 
A perícia hoje não é igual à de ontem, nem será igual à de amanhã. O papel de árbitro e perito, levando à decisões e sanando as dúvidas na sociedade e na justiça é que dão à Medicina Legal extensão e dela se espera pronunciamentos claros, comprovados e inegáveis. 
ACIDENTE DE TRABALHO
Conforme dispõe o art. 19 da Lei nº 8.213/91: 
"Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho".
É considerado acidente de trabalho toda lesão corporal ou perturbação da capacidade funcional que, no exercício do trabalho, ou por motivo dele, resultar de causa externa, súbita, imprevista ou fortuita, que cause a morte ou a incapacidade para o trabalho, total ou parcial, permanente ou temporária.
A Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso XXVIII, declara que é direito dos trabalhadores o seguro contra acidentes do trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
Ao lado da conceituação acima, de acidente de trabalho típico, por expressa determinação legal, as doenças profissionais e/ou ocupacionais equiparam-se a acidentes de trabalho. Os incisos do art. 20 da Lei nº 8.213/91 as conceitua:
Doença Profissional: Assim entendida e produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
Doença do Trabalho: Assim entendida e adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I;
Como se revela inviável listar todas as hipóteses dessas doenças, o § 2º do mencionado artigo da Lei nº 8.213/91 estabelece que: 
"Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho."
O art. 21 da Lei nº 8.213/91 equipara ainda a acidente de trabalho:
I - O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
II - O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de:
a) Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
b) Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
c) Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) Ato de pessoa privada do uso da razão;
e) Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
III - A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;
IV - O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
c) Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.
Esses acidentes não causam repercussões apenas de ordem jurídica. Nos acidentes menos graves, em que o empregado tenha que se ausentar por período inferior a quinze dias, o empregador deixa de contar com a mão de obra temporariamente afastada em decorrência do acidente e tem que arcar com os custos econômicos da relação de empregado. O acidente repercutirá ao empregador também no cálculo do Fator Acidentário de Prevenção - FAP da empresa, nos termos do art. 10 da Lei nº 10.666/2003.
Os acidentes de trabalho geram custos também para o Estado. Incumbe ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS administrar a prestação de benefícios, tais como auxílio-doença acidentário, auxílio-acidente, habilitação e reabilitação profissional e pessoal, aposentadoria por invalidez e pensão por morte. Estima-se que a Previdência Social gastou, só em 2010, cerca de 17 bilhões de reais com esses benefícios.
O § 1º do art. 20 da lei 8.213/91 traz a relação daquelas que não são consideradas doenças do trabalho, as quais são:
Doença degenerativa;
Doença inerente ao grupo etário;
Aquela que não produza incapacidade laborativa;
A doença endêmica adquirida por habitante de região em que ela se desenvolva.
2.1 Acidente de Trabalho e as Possibilidades de Indenização
No que se refere às possibilidades de indenização decorrente de acidente de trabalho, necessária se faz a análise dos seguintes dispositivos legais:
“Art. 7º São direitos dostrabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XXVIII - Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;” (Constituição Federal, 1988).
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.” (Código Civil Brasileiro, 2002).
Analisando os dispositivos legais supracitados, observa-se que a Constituição Federal prevê a responsabilidade sempre subjetiva da empresa quando o assunto é indenização acidentária, enquanto que o Código Civil prevê uma responsabilidade objetiva se os riscos de dano forem inerentes a atividade normalmente desenvolvida pela empresa.
A jurisprudência tem exigido a presença de culpa do empregador para que seja deferida a indenização acidentária. Sendo assim, se o empregador tomar todas as precauções necessárias no sentido de garantir um ambiente de trabalho seguro, disponibilizando EPI’s adequados, oferecendo treinamentos, investindo em segurança do trabalho de uma forma geral e, mesmo assim, ocorrer um acidente por descuido do próprio empregado, como regra não haverá que se falar em indenização acidentária.
Quanto à Verificação
A responsabilidade por verificar o acidente de trabalho recai sob o perito, cujo trabalho, de modo bastante conciso, é estabelecer uma relação entre o acidente e a lesão. É o médico perito quem dá a última palavra sobre o retorno do indivíduo ao exercício de sua função ou se este deverá ser afastado permanente ou temporariamente do emprego.
A empresa tem o dever de fazer uma comunicação informando sobre o acidente de trabalho no mesmo dia ou até o primeiro dia útil após o fato. No caso de morte a comunicação deve ser imediata. Caso essas determinações não sejam observadas, a empresa deverá realizar o pagamento de multa.
2.1.2 Quanto à Comunicação de Acidentes de Trabalho - CAT
A comunicação realizada pela empresa é feita mediante a emissão de um documento especial chamado de Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT). A CAT é fornecida pela unidade de Recursos Humanos ou por sua chefia imediata ao servidor, que deve apresentá-la com seus documentos aos órgãos competentes.
O acidente deve ser comunicado até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à autoridade competente. No caso de doença profissional, o dia do acidente ou aquele em que for realizado o diagnóstico podem ser considerados data de início da incapacidade laborativa.
2.1.3 Quanto ao Auxílio-Doença
É o nome dado ao benefício concedido pelo Ministério da Previdência Social, destinado ao indivíduo que esteja incapaz para o trabalho, mesmo que temporariamente, por doença, num período de mais de quinze dias consecutivos. A incapacidade para o trabalho é atestada por meio de exame realizado pelo INSS.
Para ter direito ao benefício, é necessária contribuição por, no mínimo, 12 meses para a Previdência Social. Se o trabalhador deixa de fazer o pagamento, as contribuições anteriores somente são consideradas se ele pagar pelo menos quatro parcelas que, somadas ao que foi quitado antes, totalizem no mínimo 12. 
Algumas doenças são excluídas deste prazo de contribuição de 12 meses, devido às suas particularidades, como a alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, entre várias outras.
2.1.4 Quanto ao Pagamento do Auxílio-Doença
No caso dos trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias são pagos pelo empregador, (com exceção do doméstico). A partir do 16º dia de afastamento do trabalho, o auxílio fica a cargo da Previdência Social.
Para o restante dos segurados, incluindo o doméstico, a previdência paga o auxílio desde o início da incapacidade até a recuperação completa. No caso do contribuinte individual (profissional liberal e outros profissionais que trabalham por conta própria), entre outros (facultativo, especial, individual e avulsos), recebem o período integral do afastamento, a partir da data do requerimento.
2.1.5 Quanto à Cessação do Benefício
Em termos básicos, o auxílio-doença previdenciário só deixa de ser pago quando o segurado recupera a capacidade e retorna ao trabalho ou quando se transforma em aposentadoria por invalidez, ou ainda em quatro possibilidades:
O segurado recupera a capacidade para realizar o trabalho do qual fora desligado;
Quando o benefício se transforma em aposentadoria por invalidez;
Por solicitação do segurado, com a concordância da perícia médica do INSS;
Quando o segurado retorna voluntariamente ao trabalho.
O trabalhador que, ao se filiar à Previdência Social, já tiver doença ou lesão que geraria o auxílio, não tem direito a este. Por outro lado, quando houver agravamento da enfermidade provocado pelo trabalho, o INSS considera que o trabalhador pode receber a ajuda.
2.1.6 Quanto ao Auxílio-Acidente
O auxílio-acidente é um benefício concedido pelo Ministério da Previdência Social ao trabalhador que sofreu um acidente de trabalho e ficou com seqüelas que reduzem sua capacidade para o trabalho. É concedido aos trabalhadores que estavam recebendo o auxílio-doença e que ficam impossibilitados de exercer sua função trabalhista por período superior a 15 dias. Os primeiros 15 dias de afastamento são remunerados pela empresa e, a partir disso, o pagamento é responsabilidade do Ministério da Previdência.
Tem direito ao benefício o trabalhador empregado que apresenta lesões decorrentes de acidente de trabalho e que o impedem de voltar a trabalhar, sendo incluído neste grupo também o trabalhador avulso e o segurado especial, nas mesmas situações. 
A concessão do auxílio-acidente não exige que o trabalhador tenha um período mínimo de contribuição. O mesmo deixa de ser pago quando o trabalhador recupera a capacidade e retorna ao trabalho, ou então quando solicitar aposentadoria por invalidez, fazendo-se a troca de benefícios.
O empregado doméstico, o contribuinte individual (autônomo) e o contribuinte facultativo não podem solicitar o auxílio-acidente. A pessoa que trabalhar mesmo doente, também não possui direito a receber o benefício.
2.1.7 Quanto ao Pagamento do Auxílio-Acidente
 O pagamento do auxílio-acidente começa logo após o término do fornecimento do auxílio-doença. Seu valor corresponde a 50% do salário utilizado no cálculo do auxílio-doença, corrigido até o mês anterior ao do início do pagamento do auxílio-acidente. 
O auxílio-acidente tem caráter indenizatório, podendo ser acumulado com outros benefícios que não a aposentadoria. Desse modo, quando o trabalhador se aposenta, o benefício deixa de ser pago.
LAUDOS MÉDICOS
Laudo Médico de Exame de Lesão Corporal
Laudo Médico de Exame Cadavérico
3.3 Laudo Médico de Exame de Conjunção Carnal
3.4 Laudo Médico de Atentado ao Pudor (Ato Libidinoso)
3.5 Laudo Médico de Aborto
3.6 Laudo de Exame Psiquiátrico
3.7 Laudo de Exame de Embriaguez Alcoólica
 
3.8 Laudo de Exame de Investigação de Paternidade
3.9 Laudo de Insalubridade e Periculosidade
BIBLIOGRAFIA
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