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Manejo das urgências e emergên

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Manejo das urgências e 
emergências no consultório 
odontológico 
POR QUE ESTUDAR EMERGÊNCIAS 
MÉDICAS EM ODONTOLOGIA ???
 Lei 5081 artigo 6 – competências do cirurgião dentista:
✓ prescrever e aplicar medicação de urgência no caso de acidentes
graves que comprometam a vida e a saúde do paciente
SERÁ QUE OS CIRURGIÕES-DENTISTAS 
ESTÃO PREPARADOS PARA ISTO ??????
É notória a dificuldade dos CDs no pronto atendimento
odontológico, seja por limitação nos conhecimentos básicos, seja
pela pouca experiência frente à situações de urgência e emergência
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS 
CAUSAS DAS EMERGÊNCIAS 
MÉDICAS EM ODONTOLOGIA?
ANSIEDADE + DOENÇAS SISTÊMICAS
pacientes idosos
sessões prolongadas
aumento da incidência de 
situações de emergências
Andrade e Ranali, 2002
É a necessidade de 
rápido atendimento 
no sentido de 
preservação dos 
tecidos.
É quando há risco 
iminente de morte
Urgência
Emergência
ou
QUAIS AS PRINCIPAIS SITUAÇÕES DE 
EMERGÊNCIAS MÉDICAS NO 
CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO????
Incidência de situações de emergência na 
prática odontológica
1) Lipotimia e síncope
2) Reação alérgica moderada
3) Angina pectoris
4) Hipotensão ortostática
5) Convulsão
6) Crise aguda de asma
7) Hiperventilação
8) Reação à adrenalina
9) Hipoglicemia aguda
10) Parada Cardíaca
11) Reação Anafilática
12) Infarto do miocárdio
13) Superdosagem de anestésico local
Caputo et al., 2010
O QUE FAZER PERANTE 
SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIAS 
MÉDICAS NO CONSULTÓRIO 
ODONTOLÓGICO ???
SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
1 – RECONHECER / DIAGNOSTICAR O TIPO 
DE EMERGÊNCIA
2 – MANTER A VIDA DO PACIENTE (S B V)
3 – TRATAR A EMERGÊNCIA, SE POSSÍVEL
RECOMENDAÇÕES BÁSICAS
CALMA
SOCORRO EQUIPAMENTO DE 
EMERGÊNCIA
SBV
VIDA E 
SAÚDE DO 
PACIENTE
Urgências e Emergências no consultório 
odontológico 
• Prevenção
Avaliação do risco → Anamnese cuidadosa
• Preparação
A. Treinamento do profissional→ Suporte Básico de Vida (SBV)
B. Acesso à ajuda
C. Materiais e equipamentos de emergência
QUAL O MELHOR 
“TRATAMENTO”PARA UMA SITUAÇÃO 
DE EMERGÊNCIA MÉDICA NO 
CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO ???
P R E V E N Ç Ã O
AVALIAÇÃO CLÍNICA INICIAL
QUAL O PRIMEIRO PASSO PARA 
SE PREVENIR ??????
AVALIAÇÃO CLÍNICA INICIAL
QUAL A IMPORTÂNCIA DA 
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA????
PREVENÇÃO e TRATAMENTO
DAS EMERGÊNCIAS MÉDICAS
IDENTIFICAR PACIENTES SUSCETÍVEIS AO 
DESENVOLVIMENTO DE EMERGÊNCIAS MÉDICAS
EXAME CLÍNICO
1. Anamnese
2. Exame físico
3. Exames Complementares
1. ANAMNESE
 ASPECTOS IMPORTANTES
• medicamentos
✓ motivo
✓ forma / horário de uso
• alergias (medicamentososas)
✓ antibióticos – penicilina
• experiência odontológica prévia
✓ soluções anestésicas X medicamentos
• identificar fatores desencadeantes – ANSIEDADE / ESTRESSE
SINAIS VITAIS
 Pressão sanguínea arterial
 Frequência cardíaca ou pulso
 Frequência respiratória
 Temperatura
CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EM ADULTOS
CATEGORIA
PRESSÃO SISTÓLICA 
(mmHg)
PRESSÃO DIASTÓLICA 
(mmHg)
Normal < 120 e < 80
Pré-hipertensão 120-139 ou 80-89
Hipertensão 
Estágio 1
140-159 ou 90-99
Hipertensão 
Estágio 2
> 160 ou > 100
Joint National Commitee on detection, evaluation, and treatment of high blood pressure 
J Am Med Ass. v.289, n.19, p.2560-2572, 2003.
❖ Interpretação clínica
➢ Normal
➢ Pré-hipertensão
➢ Hipertensão Estágio 1
➢ Hipertensão Estágio 2
PRESSÃO SANGUÍNEA ARTERIAL
• ansiedade
• crise hipertensiva
FREQUÊNCIA CARDÍACA EM FUNÇÃO DA IDADE
IDADE (ANOS) BATIMENTOS/MIN
1 110-130
2 90-115
3 80-105
7-14 80-105
14-21 78-85
Acima de 21 60-90
FREQUÊNCIA CARDÍACA OU PULSO
❖ Interpretação clínica
➢ Avaliação da FC (número de bpm)
➢ Avaliação do Ritmo cardíaco
✓ regular ou irregular
➢ Avaliação da Qualidade do pulso
✓forte, cheio ou fraco, tênue
• ansiedade
• arritmia cardíaca
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA EM FUNÇÃO DA IDADE
IDADE (ANOS) FR/MIN
1 24
3 22
5 20
8 18
12 16
Adultos 14 a 18
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
❖ Interpretação clínica
➢ Bradipnéia (drogas opióides)
➢ Taquipnéia (febre, alcalose)
HIPERVENTILAÇÃO – ansiedade aguda
TEMPERATURA
❖ Deve ser avaliada em todo paciente
com suspeita de infecção
❖ Pode ser verificado com termômetro de boca
➢ Normal 370 C
• AVALIAÇÃO CLÍNICA SISTÊMICA
• SINAIS VITAIS
• EXAMES COMPLEMENTARES
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO FÍSICO DO PACIENTE
(ASA – American Society of Anesthesiology)
PLANEJAMENTO DO TRATAMENTO
Paciente moribundo, de quem não se espera a sobrevivência por um 
período de 24 horas, com ou sem intervenção cirúrgicaASA V
Paciente portador de doença sistêmica severa incapacitante, que é uma
constante ameaça a vidaASA IV
Paciente portador de doença sistêmica severa que limita as atividades mas 
não é incapacitanteASA III
Paciente portador de doença sistêmica moderada ou fatores de risco a sua
saúde (obesidade, tabagismo, ansiedade)ASA II
Paciente normal, saudável, sem história de doença sistêmicaASA I
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO FÍSICO DO PACIENTE
(Americam Society of Anesthesiologists – ASA)
ASA VI Paciente com morte cerebral declarada, à espera de doação dos orgãos
SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
MANUTENÇÃO DA VIDA 
DO PACIENTE
SUPORTE BÁSICO 
DE VIDA
PARADA CÁRDIO RESPIRATÓRIA
O QUE É SBV ??????
É um conjunto de ações ordenadas EM
SEQUÊNCIA, que devem ser realizadas nos PRIMEIROS
MINUTOS, numa situação de EMERGÊNCIA, sendo
cruciais para a SOBREVIVÊNCIA do paciente.
OBJETIVO
MANTER A OXIGENAÇÃO E PRINCIPALMENTE 
A PERFUSÃO DOS ÓRGÃOS VITAIS POR MEIO 
DE MANOBRAS CONTÍNUAS
QUAIS SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA MÉDICA NO 
CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO PODEM CAUSAR 
PARADA CÁRDIO RESPIRATÓRIA ?????
• infarto agudo do miocárdio
• reações alérgicas – choque anafilático
• arritimias cardíacas
• crise aguda de asma
• obstrução das vias aéreas por corpo estranho
• hipoglicemia aguda
• superdosagem às soluções anestésicas
A – airway – vias aéreas superiores
✓ desobstrução das vias aéreas
B – breathing – respiração
✓ ventilação de resgate para vítimas de parada respiratória
C – circulation – circulação
✓ compressões torácicas para vítimas de parada cardíaca
QUAIS ERAM ESTAS AÇÕES ???
CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA 
Emergências Médicas em Odontologia
• Alteração ou perda da consciência
• Dificuldade respiratória
• Dor no peito
• Arritmias cardíacas
• Crise hipertensiva arterial
• Reações alérgicas
• Reações à superdosagem das soluções anestésicas locais
• Convulsões
• Intoxicação acidental aguda pela ingestão de flúor
Emergências Médicas
• Alteração ou perda da consciência
• Dificuldade respiratória
• Dor no peito
• Arritmias cardíacas
• Crise hipertensiva arterial
• Reações alérgicas
• Reações à superdosagem das soluções anestésicas locais
• Convulsões
• Intoxicação acidental aguda pela ingestão de flúor
Alteração ou perda da consciência
Lipotimia e síncope
1
Hipoglicemia aguda
2
Hipotensão 
ortostática
3
LIPOTÍMIA OU 
PRÉ-SÍNCOPE
• mal estar passageiro
• sensação angustiante e iminente
de desfalecimento
• rara perda total da consciência
SÍNCOPE
• perda da consicência
• repentina ou momentânea
diminuição súbita do 
fluxo sanguíneo e da 
oxigenação cerebral
Etiologia:
• Hipoxia cerebral
– Fatores emocionais
(instrumental, 
sangue)
– Ansiedade e Stress
LIPOTÍMIA OU PRÉ-SÍNCOPE
Sinais e Sintomas:
• Palidez
• Sudorese
• Zumbido• Visão turva
• Tontura
LIPOTÍMIA OU PRÉ-SÍNCOPE
Prevenção:
• Evitar estímulos visuais
• Controle adequado da dor
• Técnica anestésica
atraumática
Prevenção:
• História de doenças sistêmicas
• Controle de ansiedade
• Orientar alimentação antes da 
consulta
LIPOTÍMIA OU PRÉ-SÍNCOPE
Tratamento:
• Interromper o tratamento
• Avaliar grau de consciência – estimular paciente
• Posição supina com a cabeça mais baixa que o corpo
✓ Posição de Trendelemburg
• Desobstruir vias aéreas
• Verificar respiração, pulso e PA
• Administrar oxigênio (3 a 4 litros/min)
• Tranquilizar o paciente - diálogo
LIPOTÍMIA OU PRÉ-SÍNCOPE
Tratamento:
• Posição de Trendelemburg
LIPOTÍMIA OU PRÉ-SÍNCOPE
Tratamento:
• Posição de Trendelemburg
LIPOTÍMIA OU PRÉ-SÍNCOPE
Tratamento:
• Administrar oxigênio – 3 a 4 litros/minuto
LIPOTÍMIA OU PRÉ-SÍNCOPE
CONTROLE DA ANSIEDADE
 MÉTODOS NÃO FARMACOLÓGICOS
✓ tranquilização verbal
✓ hipinose
✓ acupuntura
 MÉTODOS FARMACOLÓGICOS
✓ anestesia geral
✓ sedação inalatório com óxido nitroso (NO2)
✓ sedação oral com benzodiazepínicos
Etiologia:
• SÍNCOPE VASOVAGAL 
SÍNCOPE
 fatores emocionais
✓ ansiedade
✓ dor repentina
✓ visão de sangue
✓ barulho do 
instrumental
 fatores não emocionais
✓ fome
✓ exaustão
✓ debilidade física
✓ ambientes
quentes/úmidos
Etiologia:
• SÍNCOPE VASODEPRESSORA
SÍNCOPE
estresse
adrenalina
aumento do fluxo sanguíneo
músculos esqueléticos ”fuga ou luta”
diminuição do fluxo
sanguíneo cerebral
perda da consciência
Sinais e Sintomas:
• Palidez
• Sudorese fria
• Náusea
• Tontura
• Hipotensão e bradicardia
• Perda de consciência
SÍNCOPE
Prevenção:
• História de doenças sistêmicas
• Controle de ansiedade
• Orientar alimentação antes da 
consulta
SÍNCOPE
Prevenção:
• Evitar estímulos visuais
• Controle adequado da dor
• Técnica anestésica atraumática
SÍNCOPE
SÍNCOPE
Tratamento:
• Interromper o tratamento
• Avaliar grau de consciência – estimular paciente
• Posição supina com a cabeça mais baixa que o corpo
✓ Posição de Trendelemburg
• Desobstruir vias aéreas
• Verificar respiração, pulso e PA
• Administrar oxigênio (3 a 4 litros/min)
• Serviço de emergência se não reverter
Protocolo de Atendimento
Se a recuperação da consciência não ocorrer após 3 minutos
1. Solicite socorro móvel de urgência
2. Enquanto aguarda, administre oxigênio e monitore os sinais vitais
3. Investigue as causas do mal-estar, para prevenir sua recorrência
Hipoglicemia
• Complicação aguda mais frequente em
diabéticos
• Níveis de glicose sanguíneo encontram-se
abaixo dos valores mínimos normais (60
mg/dL).
Hipoglicemia
• Choque insulínico → Perda da consciência
minutos após uma dose excessiva de insulina.
• Causas mais frequentes: ingestão excessiva
de bebidas alcoólicas (dificulta a liberação de
glicose pelo fígado) e o jejum.
Etiologia:
• Jejum e exercícios
• Sobredose de insulina
• Sobredose de hipoglicemiantes orais (Diabinese)
• Ingestão de álcool
• Interações medicamentosas – efeito dos 
hipoglicemiantes
• AINES, anti-hipertensivos
HIPOGLICEMIA AGUDA
Sinais e sintomas iniciais
Taquicardia
Sudorese
Náusea e 
vômito
Sensação de 
fome
Ansiedade e 
nervosismo
Palidez
Prevenção
• Investigue se o paciente apresenta história prévia de algum episódio de
hipoglicemia
• Oriente-o a não comparecer às consultas em jejum alimentar
• Procure obter o máximo de informações sobre o controle da doença
• No dia do atendimento, certifique-se de que o paciente tomou sua
medicação
Prevenção
• Nunca modifique a dosagem ou posologia dos medicamentos
hipoglicemiantes orais ou insulina
• Agende as consultas para o início da manhã
• Frente a pacientes extremamente ansiosos, considere um protocolo de
sedação consciente
Tratamento – paciente inconsciente
• Interromper o tratamento
• Solicitar socorro médico de urgência
• Colocar o paciente em posição supina
• Avaliar sinais vitais
• Manter respiração e oxigênio
• Administrar glicose a 25% (10ml) EV 
de forma lenta
• Monitorizar os sinais vitais
HIPOGLICEMIA AGUDA
Tratamento – paciente inconsciente
• Administra Dextrosol em gaze
• sublingual
• Monitorizar os sinais vitais
HIPOGLICEMIA AGUDA
Hipotensão ortostática
• Caracterizada pela queda brusca da pressão arterial, que pode ocorrer
quando o paciente, deitado de costas, assume rapidamente a posição
em pé (ortostática), ficando sujeito à síncope (desmaio).
Hipotensão ortostática
• A causa mais comum de hipotensão ortostática sintomática é a 
hipovolemia secundária devida ao uso abusivo de diuréticos ou 
associada ao emprego de medicamentos vasodilatadores.
• Outras condições ou fatores predisponentes: Idade, defeitos venosos 
nas pernas, gravidez, paciente mantido deitado por muito tempo 
Prevenção
• Finalizada a sessão de atendimento, levante o encosto da cadeira em um 
nível que ainda mantenha o paciente em posição semi-inclinada
• Aguarde 2 minutos
• Levante um pouco mais o encosto até coloca-lo na posição sentada
• Aguarde mais 2 minutos com o paciente na posição sentada
• Coloque-o na posição em pé
Protocolo de Atendimento
1. Avalie o estado de consciência do paciente
2. Mantenha os pés elevados em relação à cabeça
3. Propicie a passagem de ar, colocando uma das mãos na testa e a outra
no queixo do paciente, fazendo um movimento cuidadoso para cima e
para trás
4. Avalie a respiração e a presença de pulso carotídeo
5. Monitore a frequência cardíaca, frequência respiratória e PA
6. Suplementação de oxigênio pode ser feita a qualquer momento
7. Após a recuperação, libere-o com um acompanhante adulto
Emergências Médicas
• Alteração ou perda da consciência
• Dificuldade respiratória
• Dor no peito
• Arritmias cardíacas
• Crise hipertensiva arterial
• Reações alérgicas
• Reações à superdosagem das soluções anestésicas locais
• Convulsões
• Intoxicação acidental aguda pela ingestão de flúor
Dificuldade respiratória
• Hiperventilação
• Crise aguda de asma
• Obstrução das vias aéreas por corpos estranhos
Hiperventilação
• Quadro caracterizado pela ventilação em excesso, ou seja, um aumento da
quantidade de ar inspirado que entra pelos pulmões.
• Estresse→ Aumento da frequência respiratória → Liberação de epinefrina e
norepinefrina na corrente sanguínea → Aumento de troca de O₂ e CO₂ pelos
pulmões → Diminuição o teor de CO₂ no sangue arterial (PCO₂) e alcalose
respiratória (diminuição da reserva alcalina) → Aumento do pH do sangue.
Sinais e sintomas 
Taquicardia
Aumento na 
profundidade dos 
movimentos 
respiratórios
Distúrbios visuais, 
tontura, vertigem
Sensação de 
sufocamento ou 
“apertamento” no 
peito
Aumento da 
frequência 
respiratória
Palpitação
Protocolo de Atendimento
1. Interrompa o tratamento
2. Remova qualquer material da boca do paciente
3. Acomode o paciente em uma posição que ele se sinta confortável
4. Tranquilize-o
5. Para corrigir a alcalose respiratória, faça-o respirar um ar enriquecido
com CO₂, com o auxilio de um saco plástico ou com as mãos em forma
de concha, cobrindo a boca e o nariz
6. Repita essa manobra até remissão dos sintomas
7. Não havendo melhora do quadro, pode-se administrar Diazepam 10mg,
via oral, ou via intravenosa
Crise aguda de asma
• Estreitamento das grandes e pequenas vias aéreas devido ao espasmo da
musculatura lisa dos brônquios, edema e inflamação de suas paredes,
associado à maior produçãode muco aderente.
• Manifestações clínicas: Tosse, dificuldade respiratória, aumento da
frequência respiratória, uso da musculatura acessória para respirar e
aumento de frequência cardíaca.
• Estímulos desencadeantes → Estresse emocional, estresse físico,
poluentes e irritantes ambientais, fármacos.
Prevenção
• Identificar o paciente com histórico de asma brônquica
• Obter informações sobre o controle da doença
• Mantenha uma relação de confiança com o paciente para controle da
ansiedade. Considere um protocolo de sedação mínima em pacientes
extremamente ansiosos
Prevenção
• Oriente o paciente a trazer a “bombinha” (broncodilatador em aerossol)
em toda consulta
• Inclua um broncodilatador em aerossol e o aparelho portátil de
administração de oxigênio no seu kit de emergência
Protocolo de Atendimento
1. Interrompa o tratamento e remova qualquer material da boca do paciente
2. Acomode o paciente em uma posição que ele se sinta confortável
3. Tranquilize-o
4. Peça para ele fazer a autoadministração do broncodilatador em aerossol. Se
isso não for possível, insufle cinco aplicações num saco de papel e peça para
que ele inspire
5. Administre oxigênio, usando uma máscara facial ou cânula nasal, mantendo
um fluxo de 5 a 7 litros/minuto
6. Não havendo regressão do episódio nesse caso, administre 0,5 ml de uma
solução de epinefrina 1:1.000 (ampolas de 1ml), via intramuscular ou
subcutânea (0,3 ml), que possui uma potente ação broncodilatadora
Obstrução das vias aéreas por corpos
estranhos
• Durante o atendimento odontológico, é grande o risco de objetos caírem na
porção posterior da cavidade oral ou na faringe, o que pode levar à sua ingestão
ou aspiração
• Pacientes de maior risco: bebês, crianças, idosos, obesos, gestantes, indivíduos
sedados, etilistas ou dependentes de outras drogas depressoras do SNC,
portadores de desordens convulsivas, psicóticos
• Objetos poderão ser: pequenos materiais empregados em moldagens ou
restaurações, brocas, limas, brackets ortodônticos, componentes de implantes,
fragmentos dentários ou ósseos
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO
DEGLUTIÇÃO
• controles clínico-radiográficos
• saída pelas vias digestivas
Sinais e Sintomas:
• Sinal Universal de asfixia
• Incapacidade de falar ou emitir qualquer som
• Tosse fraca e ineficaz
• Cianose (lábios, unhas e pele azulada)
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO
Prevenção
• Identifique os pacientes de risco
• Use lençol de borracha nos procedimentos endodônticos e restauradores
• Coloque uma gaze como anteparo para proteção da orofaringe,
especialmente em pacientes sedados
• Amarre um fio dental em pequenos objetos, tais como, grampos de
isolamento absoluto
Prevenção
• Coloque a cadeira na posição reclinada ao atender pacientes que
apresentarem a coordenação da deglutição ou reflexo de tosse afetados
• Use sugador de saliva/sangue de alta potência
• Nas situações em que é possível visualizar o objeto na orofaringe de um
paciente na posição supina ou semissupina, não permita que ele se sente. A
cadeira deve ser colocada em posição mais reclinada
Manejo
• Golpes (“tapas”) nas costas (recomendado em bebês, quando é possível
coloca-lo em uma posição com a cabeça para baixo, devendo-se evitar em
crianças e adultos)
• Inspeção com os dedos (recomendado apenas quando os corpos estranhos
estão localizados acima da epiglote e em vítimas inconscientes, sendo difícil
sua execução em pacientes conscientes)
• Compressões manuais → série de 5 a 10 compressões na parte superior do
abdome (compressão abdominal) ou na parte inferior do tórax
• Manobra de Heimlich
• Compressões torácicas
MANOBRA DE HEIMLICH
 OBS: AUTO-APLICAÇÃO
Protocolo de atendimento
Adultos conscientes
1. Identifique a obstrução total das vias 
respiratórias. O socorrido não irá 
responder
2. Mostre que irá socorrê-lo
3. Aplique a manobra de Heimlich até o 
objeto ser expelido, interrompendo-a 
caso o socorrido torne-se 
inconsciente
4. Após a recuperação do socorrido, 
aguarde ao menos 10 minutos antes 
de liberá-lo
5. Encaminhe-o para avliação médica se 
houver suspeita de complicações
Adultos com obstrução total das vias aéreas 
e que perdem a consciência
1. Chame por socorro no local
2. Coloque o socorrido deitado de costas, 
com a cabeça na posição neutra
3. Abra a boca do socorrido, segure a 
língua e o mento e incline a cabeça 
para trás
4. Se o objeto for visível, procure removê-
lo com o auxílio de uma pinça de ponta 
romba. Se não for visível, faça a 
inspeção cuidadosa da boca com os 
dedos
5. Faça 2 ventilações artificiais
Protocolo de atendimento
➢Se não obtiver sucesso, faça de 5 a 10 compressões abdominais
➢Faça uma nova inspeção com os dedos para avaliar a presença de
corpos estranhos
➢Tente ventilar novamente
➢Se não conseguir, repita de 5 a 10 compressões abdominais, a
inspeção com os dedos e a ventilação, até torna-la efetiva, enquanto
aguarda a chegada do socorro
Emergências Médicas
• Alteração ou perda da consciência
• Dificuldade respiratória
• Dor no peito
• Crise hipertensiva arterial
• Reações alérgicas
• Reações à superdosagem das soluções anestésicas locais
• Convulsões
Dor no peito
• Angina pectoris
• Infarto agudo do miocárdio
Angina pectoris
• Dor torácica característica,
geralmente abaixo do osso
esterno
• Diminuição temporária do fluxo
sanguíneo nas artérias coronárias
Angina pectoris
• Características da crise de angina do 
peito:
1. Início repentino
2. O indivíduo fica apreensivo, coloca
a mão no peito e relata dor
subesternal
3. A dor tem duração de 2 a 3
minutos
4. A frequência cardíaca aumenta,
assim como a pressão arterial
Como identificar?
• Quando você caminha ou sobe escadas, tem de parar devido à
dor no peito ou sente dificuldade de respirar?
• Descreva quando e como ocorreu o último episódio de dor no
peito
• Houve algum fator que precipitou esta última crise?
• O que você usou como medicação e depois de quanto tempo a
dor cessou?
Prevenção
• Investigue se o paciente traz consigo um vasodilatador coronário (nitrato)
• Avalie a pressão arterial antes de cada consulta
• Evite sessões de atendimento muito longas
Prevenção
• Considere um protocolo de sedação mínima, por meio do uso de
benzodiazepínico
• Respeite o limite máximo de vasoconstritor
• Interrompa o atendimento se o paciente mostrar sinais de fadiga
• Permita ao paciente um breve repouso antes de dispensá-lo
Protocolo de Atendimento
1. Interrompa o tratamento
2. Coloque o paciente em uma posição confortável
3. Administre um comprimido do vasodilatador coronário, por via
sublingual: dinitrato de isossorbida 5 mg (Isordil)
4. Administre oxigênio (3L/min), por meio de cânula nasal ou máscara facial
5. Se a dor persistir após 5 minutos, pode-se repetir a dose do vasodilatador
coronário por duas vezes no máximo
6. Se os sintomas persistirem, solicite um serviço médico de urgência.
Enquanto aguarda o socorro monitore os sinais vitais
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
• Quadro resultante da deficiência do suprimento sanguíneo das
artérias coronárias para uma região do miocárdio, que resulta
em morte celular e necrose.
Diferenciar entre IAM e crise de angina de peito
Sinais e sintomas
• Dor aguda de instalação repentina
• O paciente fica extremamente ansioso, com sudorese aumentada
• A dor irradia-se com maior frequência para o ombro, braço e mão
• Dificuldade respiratória
• A dor não é aliviada pelo repouso ou pelo emprego de medicamentos
vasodilatadores coronários
Como identificar?
• Quando você teve o infarto agudo do miocárdio?
• Você acha que algum fator ou situaçãoprecipitou o problema?
• Você teve algum episódio de dor no peito recentemente?
• Qual medicação você está tomando atualmente?
Prevenção
• Evite atender pacientes com história recente de IAM (período menor que 6
meses)
• Tenha sempre no kit de emergência comprimido do vasodilatador
coronariano e do ácido acetilsalicílico 100mg
• Avalie os sinais vitais antes e após cada sessão de atendimento
Prevenção
• Empregue um protocolo de sedação mínima
• Estabeleça sessões curtas
• Interrompa o atendimento se o paciente mostrar sinais de fadiga
• Permita ao paciente um breve repouso antes de dispensá-lo
Protocolo de atendimento
1. Interrompa o atendimento
2. Providencie um socorro médico ou transporte móvel de urgência
3. Coloque o paciente em posição confortável
4. Procure acalmá-lo
5. Administre de 2 a 3 comprimidos de Aspirina 100mg
6. Evite qualquer conduta que exija esforço físico da vítima, como descer da
cadeira, andar ou subir escadas
7. Administre oxigênio, que limita a lesão isquêmica
8. Enquanto aguarda o socorro, monitore os sinais vitais
9. Em caso de parada cardiorrespiratória, inicie as manobras de RCP
Crise hipertensiva arterial
• Hipertensão arterial → Elevação persistente dos níveis da pressão
arterial sanguínea
• Pacientes com pressões arteriais muito elevadas maiores que 180/110
mmHg podem ser divididos em três grupos:
a) Hipertensão severa- quando a PA excede 180/110 mmHg, sem
sintomas ou apresentando apenas dor de cabeça leve ou moderada
b) Urgência hipertensiva- quando a PA excede 180/110 mmHg, na
presença de sintomas significativos, como dor de cabeça severa ou
dificuldade respiratória
c) Emergência hipertensiva- quando a PA encontra-se excessivamente
alta (acima de 220/140 mmHg)
Crise hipertensiva arterial
• Principal fator predisponente → Estresse desencadeado pelo tratamento
dentário
• Aferir a pressão arterial antes de cada sessão de atendimento
• Valor limite para realização de procedimentos odontológicos de caráter
eletivo ou de urgência → 160/100 mmHg
Prevenção
• Identificar o paciente com hipertensão arterial sistêmica e obter informações
sobre o controle da doença
• Utilização de protocolo de sedação mínima em pacientes ansiosos
• Procedimentos odontológicos estão contraindicados em níveis de pressão
arterial acima de 160/100 mmHg
• Em situações de urgências odontológicas (ex: pulpites, pericementites e
abcessos), cuja intervenção não possa ser postergada, deve-se avaliar o risco
do paciente
Protocolo de Atendimento
1. Se o paciente hipertenso apresentar dor de cabeça moderada a intensa,
dificuldade respiratória ou alterações visuais, interrompa imediatamente
o tratamento
2. Providencie serviço médico móvel de urgência
3. Coloque o paciente em uma posição confortável, em geral com a cadeira
semi-inclinada
4. Monitore a PA, pulso e respiração
Emergências Médicas
• Alteração ou perda da consciência
• Dificuldade respiratória
• Dor no peito
• Crise hipertensiva arterial
• Reações alérgicas
• Reações à superdosagem das soluções anestésicas locais
• Convulsões
Reações alérgicas
• O termo “alergia” vem do grego “allos”→ significa alterações do estado
original
• Na reação alérgica o organismo responde de forma exagerada ao entrar
em contato com um alérgeno
• Podem ser desencadeadas por anestésicos locais, AINES, antimicrobianos
e outras substâncias de uso odontológico
• Incidência na população geral é de 0,1% a 1%
• De acordo com a intensidade podem ser classificadas em localizadas ou
generalizadas
Reações alérgicas
Contato primário do alérgeno com o organismo
Indução de formação de anticorpos IgE
No segundo contato, o organismo libera anticorpos específicos que se ligam ao 
antígeno
O complexo antígeno-anticorpo liga-se às membranas das células que tem 
afinidade (neutrófilos, basófilos e mastócitos), provocando lise e a liberação de 
autacoides (histamina, bradicinina, prostaglandinas)
Os autacoides provocam alterações vasculares e celulares de maior ou menor 
intensidade e severidade
Tipos de reações alérgicas
Tipo Mediador Início da reação Exemplos
I IgE Segundos a minutos Angioedema
Crise aguda de asma
Anafilaxia
II IgG ou IgM
Sistema complemento
Minutos a horas Transfusões sanguíneas
III IgG Horas a vários dias Doença do soro
IV Linfócitos 48 horas Dermatite de contato
Sinais e sintomas
• Reações cutâneas
Angioedema- Inchaço em região perioral ou periorbital, sem coceira
Rinite- Caracterizada por congestão nasal e coriza
Prurido (coceira) e vermelhidão da pele
• Reações respiratórias
Broncoespamo
Edema de laringe
Choque anafilático
Fase 1
Pele, olhos, nariz e trato 
gastrointestinal
Fase 2
Sistema respiratório
Fase 3
Sistema cardiovascular
Vermelhidão da pele, coceira Tosse Palidez
Vergões no peito e na face Dispneia Taquicardia
Coriza Edema de laringe Hipotensão arterial
Cólicas abdominais Cianose Arritmia cardíaca
Náusea, vômito e diarreia - Perda da consciência
Incontinência urinária - Parada cardíaca 
• Choque anafilático → Reação sistêmica aguda, mediada por IgE. Sequências de 
fenômenos patológicos que o tornam potencialmente ameaçador à vida.
Prevenção
1. Identificar os pacientes de risco à alergia por meio de anamnese
2. Em pacientes com história de alergia a fármacos específicos, fazer a
substituição por medicamentos alternativos
3. Nos asmáticos, evitar prescrever a aspirina e AINES
4. No caso de sensibilidade ao látex, substituir as luvas por opções que não
contenham esse produto
Protocolo de Atendimento
Reações cutâneas imediatas
1. Interromper o atendimento
2. Administre uma ampola de prometazina 50 mg IM
3. Se o quadro estiver estabilizado, sem sinais de envolvimento respiratório,
prescreva um anti-histamínico (ex: loratadina 10mg), via oral, um
comprimido ao dia, até remissão do quadro
4. Mantenha o paciente no consultório por 1 hora
5. Solicite avaliação médica para determinar a causa da reação alérgica e
estabeleça um protocolo para prevenir futuras ocorrências
Protocolo de Atendimento
Na presença de manifestações respiratórias e cardiovasculares
1. Solicite socorro de urgência
2. Administre oxigênio
3. Administre 0,5 mL de solução de epinefrina 1:1000 IM
4. Cessados os sintomas respiratórios da reação alérgica, administre uma
ampola de prometazina 50 mg IM
Protocolo de Atendimento
Choque anafilático
1. Interrompa o atendimento
2. Mantenha o paciente em posição supina
3. Institua as medidas de Suporte Básico de Vida
4. Solicite socorro de urgência
5. Administre 0,5 mL da solução de epinefrina 1:1000 IM, repetindo a dose a
cada 5 a 10 minutos
6. Com paciente estável, administre hidrocortisona 100mg e prometazina 50
mg IM ou IV
7. Aguarde o socorro de urgência para transferência a um hospital
Emergências Médicas
• Alteração ou perda da consciência
• Dificuldade respiratória
• Dor no peito
• Crise hipertensiva arterial
• Reações alérgicas
• Reações à superdosagem das soluções anestésicas locais
• Convulsões
Sinais e sintomas
• Toxicidade leve: ansiedade, excitação, confusão mental, dificuldade de
fala
• Toxicidade moderada: gagueira, tremor, cefaleia, tontura, visão turva,
sonolência
• Toxicidade grave: convulsão, depressão generalizada do SNC
Protocolo de Atendimento
1. Interrompa o tratamento e remova todo o material da boca do paciente
2. Coloque o paciente em posição confortável
3. Se ocorrer convulsão, proteger o paciente de objetos próximos.
4. Solicite socorro médico de urgência
5. Monitore os sinais vitais
6. Administre oxigênio
7. Se houver convulsão prolongada, administre 1 ampola de diazepam 10 mg
IV, em injeção lenta
8. Instituirsuporte básico de vida, se necessário
Convulsões
• Reações físicas ou mudanças no comportamento, temporárias e reversíveis,
que ocorrem após um episódio de atividade elétrica anormal do cérebro.
• O início de uma convulsão pode ser precedido de sensações incomuns de
natureza visual, olfatória, gustativa ou auditiva.
• Causas: idiopática, estresse emocional, hipoglicemia, febre alta,
superdosagem de anestésicos locais, abuso ou retirada brusca de certas
drogas psicotrópicas, retirada brusca do álcool etílico.
Prevenção
1. Oriente o paciente a evitar o jejum alimentar antes das consultas
2. Verifique se ele tomou corretamente sua medicação anticonvulsivante no
dia do atendimento
3. Se a sedação mínima for recomendada, empregue o midazolam, diazepam
ou lorazepam, via oral, que também apresentam boa atividade
anticonvulsivante
Protocolo de atendimento
• Interrompa o atendimento
• Com o paciente na posição supina, 
abaixe a cadeira odontológica o mais 
próximo possível do chão
• Remova os objetos cortantes ou 
pontiagudos que estejam ao redor
• Gire cuidadosamente o paciente 
para o lado em que você se 
encontra, colocando-o deitado de 
lado
• Não tente colocar nada entre as 
arcadas, nem forçar qualquer 
instrumento na tentativa de 
descerrar os dentes
• Durante a crise, não restrinja os 
movimentos da vítima, mas proteja a 
cabeça
• Solicite um serviço de atendimento 
móvel de urgência caso a convulsão 
dure mais do que 3 minutos
• Se a convulsão persistir, administre 
midazolam 15 mg, por via oral, ou 
uma ampola de diazepam 10 mg IM 
ou IV
• Cessada a convulsão, mantenha o 
paciente em repouso por 10 a 15 
minutos

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