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TEMAS EM PSICOLOGIA SOCIAL 
MÓDULO 1
 
(1) Fundamentos da psicologia social crítica
 
 
Leitura obrigatória:
CHAUI, M. O que é Ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1997.
MINAYO, M.C.S. Marxismo e algumas de suas correntes. In: O desafio do conhecimento. São Paulo: Hucites, p. 107-123.
 
Leitura para aprofundamento:
LEFEBVRE, H. Marxismo. São Paulo: L&PM, 2010
 
Estudar a Psicologia Social no Brasil é a oportunidade para discutirmos a inserção profissional do psicólogo num campo distinto daquele onde ele é posto de maneira estereotipada, como profissional liberal, atendendo em consultório uma demanda quase sempre individual. Isto não significa desqualificar a prática clínica, que tem sem dúvida importância e lugar garantido nas atividades do psicólogo, além do que deve se considerar que por muitas vezes o “olhar clínico” treinado nesta prática de atendimento (e investigação) também será requerido quando se pensa na atuação junto a grupos e comunidades. Significa, justamente indicar um lugar para a prática da psicologia que escapa aos limites do consultório, de um lado, e que vislumbra uma ação que pretende desafiar o entendimento de questões psicológicas como ocorrendo nos limites do corpo. A compreensão dos fenômenos psicológicos irá ser estendida para outros “corpos”, como o “corpo” grupal e o “corpo” social, reconhecida a importância das relações histórico-sociais construídas nos grupos e na sociedade como determinantes da existência e das possibilidades de ser coletivamente.
 
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
2) Acompanhe o seguinte exercício de fixação:
 
“O homem é a síntese de múltiplas determinações.”
 
Em relação à frase acima, da Psicologia Social Brasileira, assinale a alternativa correta.
 
(a)  Isto quer dizer que é impossível pesquisar e compreender o homem.
 
(b)  A consequência desta complexidade é que o homem só pode ser compreendido em seu processo de constituição.
 
(c)  A frase quer dizer que, para um pesquisador compreender o homem, ele deve isolar cada uma das variáveis que o determina, pesquisá-las separadamente para, depois, ao juntar seus dados, tirar conclusões sobre o que é o homem.
 
(d)  Estudar o homem é uma tarefa que exige um grande rigor metodológico e um distanciamento entre pesquisador e objeto, para que ele (o pesquisador) não se torne mais uma determinação.
 
(e)  É incorreto afirmar que esta frase pertence à Psicologia Social brasileira, pois a visão de homem nela implicada não condiz com a perspectiva teórica predominante na psicologia social deste país.
 
Resposta correta: (a)
 
 
(2) Marxismo
 
Leitura obrigatória:
CHAUI, M. O que é Ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1997.
MINAYO, M.C.S. Marxismo e algumas de suas correntes. In: O desafio do conhecimento. São Paulo: Hucites, p. 107-123.
 
Leitura para aprofundamento:
LEFEBVRE, H. Marxismo. São Paulo: L&PM, 2010
 
Universal e racional, materialista e determinista, estabelecido a partir de Hegel, o método marxista, também chamado de materialismo dialético, propõe que a análise aprofundada de um objeto (a vida econômica, por exemplo), desvela elementos contraditórios, contradição que é entendida como motor da realidade e que, além de Hegel, não havia sido reconhecida em sua importância por outros importantes filósofos como Descartes ou Kant, por exemplo. Diferente de outros métodos voltados para o conhecer, o materialismo dialético inclui a compreensão de que a realidade que é objeto de estudo é uma realidade em movimento, e este próprio movimento também é sujeito à análise. Nestes termos ele reconhece a singularidade de cada objeto e a necessidade de alcançar as leis próprias que dirigem esse mesmo objeto.
 
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
 
(3) Marxismo: fundamento da crítica social
 
Leitura obrigatória:
CHAUI, M. O que é Ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1997.
MINAYO, M.C.S. Marxismo e algumas de suas correntes. In: O desafio do conhecimento. São Paulo: Hucites, p. 107-123.
 
Leitura para aprofundamento:
LEFEBVRE, H. Marxismo. São Paulo: L&PM, 2010
 
A proposta metodológica de Marx que sustenta sua crítica ao capitalismo veio de encontro aos interesses das classes trabalhadoras e orientou e inspirou movimentos que se transformaram em revoluções contra “o capital”, mais especialmente contra a dominação das elites, a opressão dos trabalhadores, a desqualificação do trabalhador como produtor de riqueza. A sustentação da desigualdade e da opressão não se mostrava, como Marx indicou, apenas na força. Esta sustentação também estava/está entranhada nas ideias, nas crenças e nas nossas representações. Para entender este processo de dominação e controle, o marxismo vai incluir entre suas categorias de análise o conceito de ideologia, oferecendo um sentido bastante singular a uma concepção que também tinha história.
 
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 MÓDULO 2
 
(1) Ideologia: histórico
 
Leitura obrigatória:
CHAUI, M. O que é Ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1997.
 
Leitura para aprofundamento:
GUARESCHI, P.A. Ideologia. In STREY, M. N. (Org.). Psicologia Social Contemporânea. Petrópolis: Vozes, 2001, p. 89-103.
 
O termo ideologia aparece com importância para a Filosofia e as Ciências Sociais há pouco mais de um século, mas sua história pode ser rastreada nas culturas grega e romana. Seu sentido mais corrente é o que trata daquilo que afasta os homens e as sociedades da “realidade”, mais especificamente dos determinantes que nos fazem compreender esta realidade. Esta concepção ainda “bruta” vai precisar ser lapidada e transformada em campos como o da filosofia, da sociologia, da política e mesmo da psicologia, por autores que se propuseram a enfrentar as dificuldades de dar suporte teórico a um conceito que articula a materialidade da vida à sua dimensão “imaterial”, ao campo do conhecimento e das ideias.
De acordo com Chaui (1997), é possível falar de ideologia utilizando uma conceituação fraca e uma outra que poderia ser nomeada como forte. Neste sentido fraco, ideologia diz respeito ao conjunto de ideias que utilizamos nós mesmos, nossos grupos e sociedades, e que irá configurar nossa visão do mundo (ou cosmovisão). Seu valor está no ser o estofo do pensamento e do comportamento humanos construídos através das relações entre os homens e transmitido através das gerações pela cultura e suas instituições, isto é, pela linguagem, pela arte, pelas produções artísticas, científicas, religiosas, na escola, no trabalho, no dia a dia.
 
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
2) Acompanhe o seguinte exercício de fixação:
 
 
Assinale a alternativa que não corresponde ao conceito de Ideologia:
 
 
(a)  algo que ajuda a obscurecer a realidade
 
(b)  ideias ou valores próprios
 
(c)   é entendida como uma cosmovisão
 
(d)  seria constituída pelas idéias distorcidas
 
(e)  a sociedade é vista como um grupo de pessoas livres
 
Resposta correta: (e)
 
 
(2) Ideologia: definições
 
Leitura obrigatória:
CHAUI, M. O que é Ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1997
 
Leitura para aprofundamento:
GUARESCHI, P.A. Ideologia. In STREY, M. N. (Org.). Psicologia Social Contemporânea. Petrópolis: Vozes, 2001, p. 89-103.
 
A definição forte de ideologia está diretamente associada à crítica construída na perspectiva marxista e que a apresenta como possuindo um sentido necessariamente negativo. Neste caso, a ideologia é como uma falsa consciência produzida e sustentada pela classe dominante e que se presta a encobrir os determinantesda dominação exercida por esta classe. Como efeito da ideologia estará o caráter natural da dominação, associada não a condições histórico-sociais, mas a circunstâncias que podem ser buscadas em princípios que são entendidos como universais e imutáveis.
De acordo com Guareschi (2001), a ideologia constitui-se como prática discursiva e material. Isto é, ela se estabelece no campo das ideias, nos discursos, nas conversas. A ideologia também se faz nas práticas cotidianas, na repetição dos papéis sociais, na educação escolar, nas práticas familiares e sociais. Numa sociedade marcada pela extraordinária presença dos meios de comunicação, ela é transmitida não apenas pelas revistas, jornais, TV, mas também e intensamente pela internet, pelas redes sociais nas quais vivemos mergulhados no cotidiano. Nestes casos, a ideologia é literalmente apreendida e assim legitimada. Este processo que pode ser reconhecido como brutal e violento, desde que implica a imposição de ideias, valores e comportamentos (o hoje) assim como de possibilidades (o futuro), também tem grandes sutilezas. Sua instituição se faz de tal forma, que os indivíduos não se dão conta deste seu aspecto construído e tutorado, tomando como sendo “natural” o que foi produzido circunstancialmente, apoiado por interesses de classe, mas de tal forma a ocultar estes interesses e a contradição na qual estão apoiados. Como resultado deste processo, a crítica à ideologia é tarefa imensamente complexa que muitas vezes tem se mostrado ineficaz. Embora necessária, a mera apresentação da contradição não desfaz o “feitiço” ideológico.
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
2) Acompanhe o seguinte exercício de fixação:
 
 
Considere a seguinte frase de uma pessoa cuja condição econômica não tem sido fácil: "O que eu posso fazer... Esta é a cruz que eu tenho que carregar...". Podemos identificar nesta simples frase:
 
(a)  Um processo ideológico de naturalização de um fenômeno social.
(b)  Uma trágica consciência social de sua condição de vida.
(c)  Um processo comum de adaptação às condições sociais dadas.
(d)  Uma tentativa de compartilhar uma condição social muito encontrada em nossos dias.
(e)  Uma postura de resistência e de crítica às condições econômicas impostas.
 
Resposta correta: (a)
 
 
(3) Ideologia: exemplos
 
Leitura obrigatória:
CHAUI, M. O que é Ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1997.
 
Leitura para aprofundamento:
GUARESCHI, P.A. Ideologia. In STREY, M. N. (Org.). Psicologia Social Contemporânea. Petrópolis: Vozes, 2001, p. 89-103.
 
A ideologia dominante explica como “natural”, por exemplo, a supremacia de determinados grupos, a incompetência de um determinado grupo étnico, enfim, as diferenças que justificam a exclusão de indivíduos e grupos do poder de conduzir e controlar, seus corpos, sua riqueza e suas vidas. Neste caso, a ideologia sustenta a desigualdade e pretende calar aqueles que se veem fora do jogo da sociedade. Ela sustenta como responsabilidade do indivíduo aquilo sobre o que ele não pode responder e que se encontra em outra instância, fora de seu controle.
Um exemplo: na escola pública, não é incomum ouvir-se que determinada criança tem problemas, que ela é incapaz de aprender, que é preguiçosa. Se há alguma concessão, é na transferência da responsabilidade do insucesso para a família, normalmente caracterizada como “desestruturada”. Ora, não entra neste jogo, na compreensão deste acontecimento que é a “inadequação da criança” o outro lado da moeda, confortavelmente escondido pelo viés ideológico. Isto é, que se trata aqui, de fato, da “inadequação da escola”. Este outro lado pode ser verificado, não muito longe, no contexto das políticas públicas de educação, das tremendas dificuldades enfrentadas por esta instituição, do entendimento governamental que tira a educação do lugar privilegiado para a construção da autonomia e da cidadania.
 
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
2) Acompanhe o seguinte exercício de fixação:
Leia o texto abaixo e assinale a alternativa FALSA.
 
“O nível social da criança tem sido objeto de muitas considerações, que estudaremos em outros lugares deste livro. Vários autores mostraram que havia um atraso geral nas crianças de meios pobres. Pesquisas fundamentais demonstraram que esse atraso era consequência de um complexo de inferioridade do proletário...” (trecho adaptado de Ramos, A. A criança problema: a higiene mental na escola primária, Editora da Casa do Estudante do Brasil, s.d., p. 38)
(a)  O trecho em questão é ideológico, pois remete ao próprio proletário a causa de problemas dos quais ele é vítima, legitimando assim, academicamente, diferenças sócio-econômicas de origem histórica.
(b)  O trecho em questão é ideológico porque atribui às diferenças provenientes da condição sócio-econômica do proletário uma explicação psicológica: complexo de inferioridade.
(c)  O trecho em questão apresenta o nível social da criança pobre atrelado à idéia de “atraso geral”, indicando com isso uma preferência pelas compreensões de “desvio” e “desajustamento”, próprias das teorias que agem ideologicamente a favor da manutenção do status quo.
(d)  O trecho em questão é representativo de uma perspectiva ideológica, pois manifesta a preocupação em buscar a origem sócio-econômica e histórica dos problemas psicológicos.
(e)  O trecho reduz as questões sociais a causas psicológicas, sem preocupação crítica com a origem histórica ou sócio-econômica das mesmas.
 
Resposta correta: (d)
MÓDULO 3
 
(1) A crise dos paradigmas da Psicologia Social: a história brasileira
 
Leitura obrigatória:
LANE, S.M.T. A Psicologia Social e uma nova concepção do Homem para a Psicologia. In LANE, S.M.T.; CODO, W. (Orgs.) Psicologia Social: O Homem em Movimento. São Paulo: Brasiliense, 1986, p. 10-19.
 
 
Durante muito tempo, a psicologia social pode ser entendida como um espelho das atividades científicas que se desenvolviam na metrópole, entenda-se aqui os Estados Unidos. Seguindo este modelo colonial, nossa produção esteve longe de levar em conta a história e as realidades vividas pelos povos latino-americanos e acadêmicos e as universidades se dedicavam com mais ou menos sucesso em repetir as preocupações e os programas das universidades americanas, fazendo nossos os alvos produzidos em outros lugares (SANDOVAL, 2000).
O confronto com a Psicologia tradicional – ou colonial – vai conduzir a um olhar muito mais crítico e inconformado para a realidade brasileira e latino-americana, e uma posição científica que excluía definitivamente o decantado princípio da neutralidade científica e o enfrentamento de questões que passam a ser centrais na agenda da Psicologia Social, como as oposições inclusão-exclusão, igualdade-desigualdade e autonomia-dominação. A ação de descoberta preconizada pela ação científica neutra de inspiração positivista vai se opor a uma prática que busca a transformação e que ganha força como objetivo fundamental do psicólogo social.
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
2) Acompanhe o seguinte exercício de fixação:
 
Acerca da chamada “crise dos paradigmas da Psicologia Social”, ocorrida na década de 70, no Brasil, considere as afirmações abaixo e responda a seguir:
I – A crise significou um abalo epistemológico e metodológico na psicologia social, tal como vinha sendo compreendida até então, em boa parte da América Latina.
II – Do ponto de vista político, a crise resultou numa aproximação entre os psicólogos sociais brasileiros e os modelos de ciência norte-americanos.
III – Do ponto de vista epistemológico a crise se caracterizou pela seguinte questão: as características psicológicassão universais ou sócio-culturais?
IV – A crise dos paradigmas da década de 70 representou uma ruptura político-ideológica com formas a-históricas de compreensão da relação entre indivíduo e sociedade.
 
Está correto APENAS o que se afirma em:
 
(a)  II, IV e V.
(b)  I, III e IV.
(c)  I, II e V.
(d)  I, IV e V.
(e)  I, II e III.
 
Resposta correta: (b)
 
 
 
(2) A Emergência do Paradigma Latino-Americano: a realidade histórica e social dos países latino-americanos
 
Leitura obrigatória:
LANE, S.M.T. A psicologia social na América Latina: por uma ética do conhecimento. In CAMPOS, R.H.F. e GUARESCHI, P. (Orgs.). Paradigmas em Psicologia Social. Petrópolis: Vozes: 2000, p.58-69.
 
Leituras para aprofundamento:
(a) MARTIN-BARÓ, I. O papel do psicólogo. Estudos de Psicologia, v. 2, n.1, p. 7-27,1996.
(b) GUZZO, R. e LACERDA JR, F. (Orgs.) Psicologia Social para a América Latina: o resgate da Psicologia da Libertação. Campinas: Alínea, 2009.
 
Durante as décadas de 1970 e 1980, boa parte da América Latina se encontrava, do ponto de vista político, sob regimes de exceção. As ditaduras militares eliminaram direitos civis, suprimiram espaço de debate e a possibilidade de diferenças, eventualmente torturando e produzindo o que, para usar um eufemismo bastante repetido, se chamou de “desaparecidos”, isto é, indivíduos identificados como opositores e que foram mortos por estes regimes. Este movimento de opressão política também ocorreu sobre os meios acadêmicos e científicos (os intelectuais, via de regra, eram dos primeiros a serem perseguidos e exilados) e, sintomaticamente, abriu portas para a disseminação de conceitos e práticas identificados com o status quo, isto é, com o poder vigente.
No que diz respeito à Psicologia Social na América Latina, a oposição aos governos totalitários conduziu inúmeros psicólogos para o confronto, para o desafio dos modelos hegemônicos vigentes e para a proposta de novas formas de produzir conhecimento que pudessem, “subversivamente”, transformar a sociedade. É o caso da peruana Gladys Montecinos, das venezuelanas Maritza Monteiro e Maria Auxiliadora Banchs, do cubano Fernando González Rey e do espanhol radicado em El Salvador, Ignacio Martín-Baró.
 
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
2) Acompanhe o seguinte exercício de fixação:
 
Leia a frase abaixo e assinale a alternativa correta:
 
"É objetivo principal de toda psicologia aplicada à infância a adaptação das crianças desviantes à sociedade vigente."
 
(a)  Segundo a psicologia social brasileira constituída a partir da década de 70 a frase acima é verdadeira, pois, revela a preocupação da psicologia com o contexto social.
(b)  Para a psicologia social brasileira com influências marxistas a frase acima é ideológica por não pensar dialeticamente a relação entre indivíduo e sociedade, o que pode gerar práticas que contribuem com a manutenção do status quo.
(c)  A frase acima é exemplar das propostas críticas da psicologia social brasileira, quais sejam: a compreensão da natureza social do indivíduo e a preocupação com a transformação social.
(d)  A frase acima é ideológica por acreditar que crianças desviantes podem ser adaptadas à sociedade. O fato de serem desviantes já significa que não são adaptáveis.
(e)  A frase acima é verdadeira porque expressa o novo objeto da psicologia social brasileira constituída a partir da década de 70: “o homem em movimento”.
 
Resposta correta: (b)
 
 
 
MÓDULO 4
 
(1) Psicologia Sócio-Histórica: História
 
Leitura obrigatória:
BOCK, A.M.B. A Psicologia Sócio-Histórica: uma perspectiva crítica. In: BOCK, A.M.B. (Org.) Psicologia sócio-histórica. Petrópolis: Vozes, 2001, p.15-35.
 
 
Formada a partir das principais correntes no embate com os modelos hegemônicos e que defendem a neutralidade da Psicologia Social, desenvolve-se a Psicologia Sócio-Histórica, representada nos trabalhos de Silvia Lane e de seu grupo da PUCSP. Fundamentada na crítica marxista e na produção de autores russos como Vygotsky e Leontiev, esta proposta-ação de Psicologia Social considera como a psicologia como ciência guarda como princípio, o conflito. Este está presente nas dualidades que podem ser identificadas nas diferentes escolas psicológicas, que mobilizam a caracterização de distintos objetos de conhecimento e a escolha de ferramentas metodológicas apropriadas para o exercício do conhecer. Estão aqui as oposições entre indivíduo-grupo, entre interno-externo, natureza-sociedade, autonomia-liberdade, entre determinação-controle (BOCK, GONÇALVES e FURTADO, 2001).
 
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
2) Acompanhe o seguinte exercício de fixação:
 
 
(PROVÃO 2000) A história da Psicologia Social na América Latina nos informa sobre a crise dos paradigmas teóricos no final dos anos 70. No Brasil, psicólogos sociais, fundamentados no materialismo histórico, lançaram críticas contundentes às concepções socioculturais e à neutralidade da ciência defendidas pelos pesquisadores inspirados na Psicologia Social norte-americana. Fazem parte desta proposta crítica:
 
I - o ideal democrático do humanismo liberal;
 
II - a concepção do indivíduo concreto como manifestação da totalidade histórico-social;
 
III - a concepção do indivíduo como produto das determinações econômicas.
 
Está(ão) correto(s):
 
(a)  I apenas.
(b)  I e II apenas.
(c)  I e III apenas.
(d)  II e III apenas.
(e)  I, II e III.
 
Resposta correta: (d)
 
 
 
(2) Psicologia Sócio-Histórica: Fundamentos
 
Leitura obrigatória:
BOCK, A.M.B. A Psicologia Sócio-Histórica: uma perspectiva crítica. In: BOCK, A.M.B. (Org.) Psicologia sócio-histórica. Petrópolis: Vozes, 2001, p.15-35.
 
 
A Psicologia Sócio-Histórica procura superar esta condição dicotômica, fazendo da contradição parte do fenômeno psicológico. Apoiada no marxismo, adota o materialismo dialético como filosofia, teoria e método. Como teoria crítica do modelo positivista e racionalista da ciência psicológica, a Psicologia Sócio-Histórica busca situar a Psicologia numa perspectiva dialética. Orienta esta perspectiva o princípio de que o homem é ativo, social e histórico e que a sociedade deve ser entendida como uma produção histórica de homens e mulheres. Sob esta compreensão, as ideias são entendidas como representações da realidade material que é, por sua vez, fundada em contradições que se expressam nas ideias. Neste sentido, a história deve ser compreendida como movimento contraditório e constante do fazer humano – e que tem por fundamento sua base material.
A Psicologia Sócio-Histórica afirma, assim, a indissociabilidade entre a subjetividade e a objetividade do mundo, marcada pelas relações econômicas, e reconhece a presença da linguagem como mediadora do processo de internalização.  Conhecer o mundo interior, o fenômeno psicológico, nesta direção, é compreendê-lo como expressão e conversão do mundo objetivo e coletivo e retirar sua caracterização de algo que deve ser entendido como abstrato e idealista. Muito pelo contrário, o fenômeno psicológico ganha “materialidade”.
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
2) Acompanhe o seguinte exercício de fixação:
 
Dentre as assertivas abaixo, identifique qual é representativa da psicologia sócio-histórica.
 
(a)  O indivíduo só pode ser realmente compreendido em sua singularidade quando inserido na totalidade social e histórica que o determina e dá sentido à sua singularidade.
(b)  Os indivíduos possuem características e atributos que se configuram de modo particular, determinando seu lugar social, seu sucesso ou fracasso na sociedade.
(c)  Dadas as condições adequadas e liberdade aos indivíduos,estes são os únicos responsáveis pelo seu desenvolvimento.
(d)  O fenômeno psicológico é algo que o homem já possui aprioristicamente, pois pertence à natureza humana. É algo privado e íntimo. É a essência do homem, característica universal da espécie.
(e)  O psicólogo, enquanto ser humano dotado de intuição, tem a possibilidade de fazer do outro um homem feliz, através da ajuda a ele, da busca de felicidade e da sua adaptação à sociedade.
 
 
Resposta correta: (a)
 
 
(3) Psicologia Sócio-Histórica: O método de investigação e intervenção
 
Leitura obrigatória:
BOCK, A.M.B. A Psicologia Sócio-Histórica: uma perspectiva crítica. In: BOCK, A.M.B. (Org.) Psicologia sócio-histórica. Petrópolis: Vozes, 2001, p.15-35.
 
 
 
Na crítica à postura positivista e idealista na construção do conhecimento em Psicologia, estas considerações têm efeitos profundos sobre o posicionamento de acadêmicos e profissionais, requerendo deles conhecimento e capacitação técnica, mas também um posicionamento ético e político em relação às suas práticas, crítico desta perspectiva naturalizante e engajado na transformação da realidade. Como desdobramentos da adesão à perspectiva Sócio-Histórica (sócio-construtivista) na Psicologia Social, pretende-se superar a neutralidade da prática profissional e assumir que esta trata de escolhas e engajamentos. Estes irão se materializar na construção de projetos coletivos de classe, por um lado, mas também na elaboração de uma ação profissional que respeita os interesses e desejos do outro no encontro da prática profissional (indivíduo, grupo, comunidade).
 
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
2) Acompanhe o seguinte exercício de fixação:
 
Analise a situação dos grupos sociais abaixo a partir dos referenciais da Psicologia Sócio-Histórica e assinale a alternativa INCORRETA:
 
Dois grupos, um de mulheres e outro de homens, foram reunidos para discutir sobre as suas atuais condições de trabalho nos ramos empresariais. As mulheres relataram que têm muita dificuldade de conseguir promoções. Elas sentiam-se testadas, o tempo todo, e obrigadas a seguir um padrão masculino de comportamento no trabalho. Os homens relataram que existe uma grande concorrência para ocupar as melhores posições nas empresas. Eles sentiam-se cobrados a serem cada vez mais durões, insensíveis e egoístas, e, por isso, pensavam menos nas famílias.
 
 
(a)  O grupo de mulheres relatou, de certo modo, os problemas decorrentes das condições de dominação de gênero presentes na sociedade contemporânea.
(b)  O grupo dos homens apresentou as consequências subjetivas e relacionais do nível acirrado de competição presente no mercado de trabalho da nossa sociedade.
(c)  A discussão dos dois grupos revela a presença, em nossa sociedade, de um perfil de dirigente empresarial marcado por características como masculinidade, insensibilidade e egoísmo.
(d)  As condições levantadas pelos dois grupos evidenciam o quanto a compreensão da sociedade e das relações sociais, apesar de históricas, não pode ser desvinculada das características psicológicas naturais, como revela o ideal de masculinidade desejado para as melhores posições nas empresas.
(e)  A discussão dos dois grupos evidencia as pressões psicológicas exercidas pela competição no ramo empresarial.
 
Resposta correta: (d)
MÓDULO 5
 
(1) Representações sociais: histórico e conceito
 
Leitura obrigatória
SÁ, C.P. Representações sociais: o conceito e o estado atual da teoria. In SPINK, M.J. (Org.) A Psicologia no Cotidiano. São Paulo: Brasiliense, 1995. , p. 19-45.
 
Leitura para aprofundamento:
MOSCOVICI, S. O fenômeno das representações sociais. In Representações sociais. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 29-78.
 
Quais as relações entre o pensamento científico e o senso comum? Na tentativa de buscar uma resposta para esta questão num contexto de grande debate sobre a relevância do pensamento científico no pós-guerra e de como este pensamento era assimilado – e transformado – pelas “pessoas comuns”, o francês Serge Moscovici propõe o conceito de Representações Sociais, apresentado pela primeira vez no trabalho “As representações sociais da psicanálise”, em 1961. Tendo como ponto de partida a idéia de Representações Coletivas, antes proposta pelo sociólogo francês Emile Durkheim, Moscovici subverte a concepção durkheimiana e indica que a representação dos objetos e teorias sobre os quais as sociedades humanas têm interesse são (re)construídos por essas sociedades num processo contínuo apoiado, fundamentalmente, nas relações entre as pessoas e os grupos sociais.
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
2) Acompanhe o seguinte exercício de fixação:
 
 
(PROVÃO 2001) As representações sociais são formas de conhecimento prático que circulam no dia-a-dia e são orientadas para a comunicação, a compreensão e o domínio do ambiente social, material e simbólico. Tendo em vista essa definição, pode-se afirmar que representação social é
 
(a)  conceito fundamental para a compreensão dos modos de significar os saberes psicológicos pelo indivíduo comum.
(b)  conceito útil para a psicologia social mas não para a psicologia clínica.
(c)  forma de conhecimento que deve ser corrigida pelo conhecimento científico em todas as áreas.
(d)  conhecimento que desconsidera o senso comum e enfatiza o saber científico.
(e)  conhecimento cujo conteúdo independe das diferenças sócio-culturais.
 
 
Resposta correta: (a)
 
 
(2) Representações sociais: objetivação e ancoragem
 
Leitura obrigatória
SÁ, C.P. Representações sociais: o conceito e o estado atual da teoria. In SPINK, M.J. (Org.) A Psicologia no Cotidiano. São Paulo: Brasiliense, 1995. , p. 19-45.
 
Leitura para aprofundamento:
MOSCOVICI, S. O fenômeno das representações sociais. In: Representações sociais. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 29-78.
 
 
A objetivação é o processo pelo qual se tenta reabsorver um excesso de significações, materializando-as. A quantidade de significantes e indícios que um determinado grupo utiliza pode se tornar de tal maneira abundante que os sujeitos, frente a esta situação, procuram combatê-la tentando ligar as palavras a coisas. Aqui Moscovici entende estar a dimensão imagética da Representação Social e que tem importância direta na sua disseminação. É possível reconhecer este movimento, por exemplo, ao falar da representação da psicanálise. Ainda que se trate de campo complexo e que suponha uma difícil assimilação, não podemos deixar de lembrar de Freud, das práticas terapêuticas e do sofrimento mental cada vez que nos depararmos como um simples divã.
A ancoragem é o outro lado da moeda em relação à objetivação. A ancoragem ajusta o objeto representado à realidade da qual ele foi sacado, promovendo a constituição de uma rede de significações em torno do objeto e orientando as conexões entre ele e o meio social. Assim, o objeto, via representação social, passa a ser um instrumento auxiliar para a interpretação da realidade. Aqui pode se verificar a dimensão conceitual e linguageira da Representação Social. Para não irmos muito longe, podemos recorrer novamente à Psicanálise como exemplo. É possível verificar o processo de ancoragem na associação que podemos fazer entre a prática religiosa católica da confissão e a psicanálise: ambas ocorrendo num espaço reservado, com garantia de sigilo, possibilidade de se tratar de questões íntimas que o sujeito não traria para o espaço público. A prática psicanalítica enquanto conceito viria se ancorar, assim, no conceito já conhecido de confissão.
 
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
2) Acompanhe o seguinte exercício de fixação:
 
É o processopelo qual procuramos classificar, encontrar um lugar, para encaixar o não familiar. Quando algo não se encaixa exatamente a um modelo conhecido, nós o forçamos a assumir determinada forma, ou entrar em determinada categoria, sob pena de não ser decodificado".
 
A afirmação acima corresponde ao conceito de:
 
(a)  Representações Sociais
(b)  Objetivação
(c)  Ancoragem
(d)  Universo reificado
(e)  Universo consensual
 
Resposta correta: (c)
 
 
(3) Identidade social
 
 
Leitura obrigatória:
CIAMPA. A. C. Identidade. In LANE, S.M.T. Psicologia social: o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 1986, p. 58-75.
 
Leitura para aprofundamento:
CIAMPA, A. C. A estória da Severino e a história da Severina. São Paulo: Brasiliense, 1983.
 
Esta ideia de identidade, que provém do senso comum, contém o princípio da permanência, da essência, de algo que pretendemos cultivar como próprio de quem somos: sempre os mesmos. Neste caso, a identidade é um objeto, que podemos “ter”, que pode ser “nosso”. Ora, sob o entendimento proposto por uma Psicologia Social crítica, esta concepção de permanência associada à existência de um sujeito será duramente desafiada. Numa perspectiva histórico-social, como vimos antes, os sujeitos não só são resultado daquilo que os antecedeu, das condições concretas, simbólico-imaginárias, que vieram se constituindo socialmente, mas é também, ele próprio, sujeito às mudanças e transformações que se realizam a cada momento. Desta forma, embora pareça assustador, pode-se dizer que ao invés de você e eu sermos ‘alguém’, de fato, nós estamos sendo, isto é, estamos em constante transformação, numa contínua metamorfose.
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
2) Acompanhe o seguinte exercício de fixação:
 
Acerca das diferentes posições sobre a identidade, escolha dentre as afirmativas abaixo a que pode ser atribuída ao pensamento de Antonio da Costa Ciampa:
 
(a)  Desenvolvimento de padrões identitários a partir da rígida apropriação de papéis e funções dentro da estrutura social.
(b)  A identidade pode ser representada pelo nome, pronome "eu" ou por outras predicações como aquelas referentes ao papel social
(c)  Nosso ponto de partida poderá ser a própria representação, considerando-a também como processo de produção, de tal forma que a identidade passe a ser entendida como o próprio processo de identificação, sempre em movimento.
(d)  A questão é entender a identificação dos indivíduos com seu "self" ou seu "eu" interior
(e)  Identidade se define pela identidade do eu que se constitui a partir da identidade natural ou social e na identidade de papel.
 
 
Resposta correta: (c)
MÓDULO 6
 
(1) Grupos
 
Leitura obrigatória:
LANE, S.T.M. O Processo Grupal. In: Lane, S.T.M.; Codo, W. (Orgs.) Psicologia social: o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 1997, p.78-98.
 
Leitura para aprofundamento:
MARTINS, S.T.F. Psicologia Social e Processo Grupal: a coerência entre fazer, pensar e sentir em Sílvia Lane. Psicologia & Sociedade; 19, Edição Especial 2: 76-80, 2007
 
É importante considerar que a ideia de grupo dá conta de uma variedade importante de conjuntos. Se ela se presta à caracterização da identidade profissional (o grupo de psicólogos, por exemplo) também estará presente quando falamos de pequenos grupos, quando os indivíduos estão face à face, envolvidos em uma prática social determinada, como numa empresa (os funcionários da empresa X), na escola (os alunos ou os professores), ou em uma ação de saúde (os profissionais de saúde).
Uma forma de tentar classificar os grupos, assim, é tomá-los a partir de alguns elementos básicos. Um grupo pode ser considerado a partir dos seus objetivos compartilhados, da quantidade de pessoas que o compõe, da maneira como está organizado, do contato entre seus participantes e do vínculo estabelecido entre eles. Mais ainda, e aqui o quinto elemento, estará no seu reconhecimento social
 
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
2) Acompanhe o seguinte exercício de fixação:
 
 
 
(2) Processos grupais
 
Leitura obrigatória:
LANE, S.T.M. O Processo Grupal. In: Lane, S.T.M.; Codo, W. (Orgs.) Psicologia social: o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 1997, p.78-98.
 
Leitura para aprofundamento:
MARTINS, S.T.F. Psicologia Social e Processo Grupal: a coerência entre fazer, pensar e sentir em Sílvia Lane. Psicologia & Sociedade; 19, Edição Especial 2: 76-80, 2007
A identidade historicamente construída tem como um de seus elementos mais importantes a ligação a grupos sociais. Vale aqui indicar o entendimento de Silvia Lane (2006) sobre os grupos, para os quais ela reivindica a mesma preocupação sobre a importância da história na sua instituição. As concepções tradicionais sobre os grupos usualmente os caracterizam como um conjunto de pessoas que compartilham um objetivo comum grupo. Mas numa perspectiva social crítica seria melhor definir o Processo Grupal, em função da sua inevitável sujeição à passagem do tempo e à inserção social.
Lane insiste em tratar o grupo como processo ao caracterizá-lo como uma unidade que não se faz como permanente, que se constitui fundamentalmente de pessoas e relações, e que está inserida num determinado contexto histórico e social. Ora, tudo isto que irá compor a concepção e a materialidade dos grupos é sujeito da passagem do tempo, isto é, muda, transforma-se, por conta desta passagem. É por isto que se poderá, assim, falar em processo, porque o grupo só existe, sendo, ele não é coisa que possa ser abstraída de sua condição histórica.
 
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
 
(3) Processos Psicossociais da Desigualdade Social: Exclusão e Sofrimento Social
 
Leitura obrigatória:
JODELET, D. Os Processos Psicossociais da Exclusão. In: SAWAIA, B. (org.) As Artimanhas da Exclusão. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 53-66.
 
Leituras para aprofundamento:
(a) SAWAIA, B. Sofrimento ético-político. In: SAWAIA, B. (Org.) As artimanhas da exclusão. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 97-118.
(b) GUARESCHI, P. A. Pressupostos psicossociais da exclusão. In: Petrópolis: Vozes, 1999, p. 141-156.
(c) CARVALHO, JEC. Violência e sofrimento social: a resistência feminina na obra de Veena Das. Saúde Soc 2008 v.17, n.3, p.9-18
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
MÓDULO 7
 
(1) Psicologia Social Comunitária: Histórico
 
Leitura obrigatória:
a. FREITAS, Maria de Fátima Quintal de. Inserção na comunidade e análise de necessidades: reflexões sobre a prática do psicólogo. Psicol. Reflex. Crit. vol. 11 n.1  Porto Alegre  1998.
b. GUARESCHI, P. A. Relações comunitárias - Relações de dominação. In Campos, R. H. F. Psicologia social comunitária. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 81-99.
 
Leitura para aprofundamento:
a. ANDERY, A. A. Psicologia na Comunidade. In: Lane, S. T. M. e Codo, W. (orgs.) Psicología Social: O Homem em Movimento. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 203-220.
b. LANE, S. T. M. Histórico e Fundamentos da Psicologia Comunitária no Brasil. In CAMPOS, R. H. F. Psicologia Social Comunitária. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 17-34
 
De acordo com Sawaia (1999), a idéia de comunidade entra para o campo da ciência como apropriação de um conceito tão antigo quanto a humanidade. Já sob a ótica da crítica e do compromisso social, a Psicologia Comunitária é a ciência que tem por objeto a exclusão, numa perspectiva que nega a neutralidade científica e que pretende não apenas interpretar o mundo teoricamente mas transformá-lo.
Surgida em meio à crise da Psicologia Social em meados dos anos1970, a Psicologia Social Comunitária se apresentou como uma abordagem diferenciada para a inserção profissional e política do psicólogo. Andery (1986), em trabalho que pretendia uma avaliação da instalação desta disciplina no Brasil, indicava a vocação da Psicologia Social Comunitária para estabelecer um compromisso com os grupos dominados e excluídos da sociedade, desafiando modelos de ação profissional do psicólogo que cumpria o papel de atender à elite e estar a serviço do controle social. Esta nova inserção profissional, nova prática do psicólogo, colocava por chão a possibilidade de uma ação fundada na neutralidade.
 
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
2) Acompanhe o seguinte exercício de fixação:
 
 
Indique qual das alternativas é FALSA:
 
(a)  Na década de 60, o psicólogo que trabalhava na comunidade o fazia de maneira voluntária e firmemente convicto de seu papel político e social junto àqueles setores da população.
(b)  O psicólogo na comunidade trabalha fundamentalmente com a linguagem e representações, com relações grupais e com as emoções e afetos próprios da subjetividade, para exercer sua ação sobre a consciência, a atividade e a identidade dos indivíduos.
(c)  Nos anos 80 a Psicologia Comunitária passa a explicitar uma prática da Psicologia Social, anunciando seu compromisso político, mas sem permitir que as críticas feitas às teorias psicologizantes e a-históricas fossem evidenciadas.
(d)  A denominação de Psicologia da Comunidade surge nos anos 90, referindo-se à atuação do psicólogo na área da saúde, bem-estar, crianças/ adolescentes e outras instituições públicas em geral.
(e)  Todas as afirmações são verdadeiras
 
Resposta correta: (c)
 
 
(2) Psicologia Social Comunitária: Fundamentos
 
Leitura obrigatória:
a. FREITAS, Maria de Fátima Quintal de. Inserção na comunidade e análise de necessidades: reflexões sobre a prática do psicólogo. Psicol. Reflex. Crit. vol. 11 n.1., 1998.
b. GUARESCHI, P. A. Relações comunitárias - Relações de dominação. In Campos, R. H. F. Psicologia social comunitária. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 81-99.
 
Leitura para aprofundamento:
a. ANDERY, A. A. Psicologia na Comunidade. In: Lane, S. T. M. e Codo, W. (Orgs.) Psicología Social: O Homem em Movimento. São Paulo: Brasiliense, 1986, p. 203-220.
b. LANE, S. T. M. Histórico e Fundamentos da Psicologia Comunitária no Brasil. In CAMPOS, R. H. F. Psicologia Social Comunitária. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 17-34
 
O uso da palavra comunidade nas práticas profissional e científica refere com muita freqüência aquilo que está fora do consultório (na área de saúde, p.ex.), e um certo “compromisso com o povo”, o que pode se dar em termos bastante ingênuos e não necessariamente críticos. Nesta direção, a comunidade é apresentada como lugar em que se conservam a pureza étnica e cultural, onde está a origem da sociedade. Associada à vida comum e solidária, a comunidade está em oposição à vida típica do mundo globalizado, individualista e competitiva, um entendimento que guarda um saudosismo da volta às origens. Por outro lado, deve-se considerar que na história deste entendimento, a idéia de comunidade também foi combatida quando, desde o Iluminismo, a comunidade (e a tradição) foram tomadas como inimigas das mudanças sociais e do progresso. Tais utopias comunitárias seriam reativas ao individualismo e à modernidade. Um uso perverso deste termo pode ser localizado também quando se fala da conjunção pobreza e criminalidade, numa alusão mais elegante aos moradores das grandes favelas urbanas.
 
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
2) Acompanhe o seguinte exercício de fixação:
 
A psicologia social comunitária vem crescendo muito no Brasil e em outros países da América Latina cujas histórias e condições sócio-econômicas têm gerado populações carentes e excluídas. A psicologia social comunitária possui hoje muitas influências marxistas por ter feito parte dos movimentos de resistência às ditaduras militares instaladas nestes países ao longo das décadas de 60 e 70. Considerando-se sua raiz marxista, assinale abaixo a alternativa que não representa uma característica da psicologia social comunitária.
 
(a)  Trabalho em prol da saúde mental coletiva.
(b)  Administração científica dos recursos da comunidade.
(c)  Conscientização e politização de comunidades.
(d)  Educação popular de grupos socialmente excluídos.
(e)  Produção de capacidade de organização e autogestão em grupo
 
Resposta correta: (b)
 
 
(3) Psicologia Social Comunitária: Pesquisa e intervenção
 
Leitura obrigatória:
TEIXEIRA, L.C.; NOVAES, E. B. Acompanhamento Psicossocial de adolescentes: uma metodologia inovadora no enfrentamento da exploração sexual. In LIBÓRIO, R.M.C. e SOUSA, S.M.G. (Orgs.) A exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004.
 
Leituras para aprofundamento:
a. GONÇALVES FILHO, J. M. Problemas de Método em Psicologia Social: algumas notas sobre a humilhação política e o pesquisador participante. In: Bock, Ana M. M. (Org.). Psicologia e compromisso Social. São Paulo: Cortez, 2003.
b. NEVES, S. M.; BERNARDES, N.M.G. Psicologia Social e Comunidade. In STREY, M.N (Org.) Psicologia social contemporânea. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 241-255.
 
As intervenções possíveis junto às comunidades devem ser compreendidas num âmbito que é o psicossocial, como descrito acima, o que faz menção a estas duas esferas, a individual e a social como possuindo uma relação dialética e não instituídas como polaridades. Estas intervenções se dão no âmbito das relações e, dentro de uma perspectiva crítica, devem produzir transformações sobre aquelas relações que, além de comportar assimetrias e diferenças, são também relações de dominação – econômica, política ou cultural, visando que as próprias comunidades possam se constituir como autônomas e responsáveis pela sua gestão (autogestão).
 As ações sobre os grupos humanos, no âmbito das comunidades, exigem a disponibilidade para dar conta das características históricas, políticas e sociais, culturais, de um determinado grupo. O trabalho com estes grupos acontece no intercruzamento de diferentes campos: o do contexto político e social, e o do imaginário do grupo onde se realiza a intervenção. Isto tudo em meio a um contexto do qual participa ativamente o profissional/mediador envolvido nesta intervenção. Não se trata de ação neutra ou distante dos sujeitos, mas profundamente marcada por relações que se dão também entre os responsáveis pela intervenção – um conjunto que pode conter alunos, professores e profissionais de diferentes especialidades – e aqueles que são alvo daquela ação: a comunidade.
 
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
2) Acompanhe o seguinte exercício de fixação:
 
Escolha a alternativa correta. São características da Psicologia Comunitária, conforme o modelo proposto pela PSO latino-americana:
 
(a)  incentivo ao comodismo e à passividade dos grupos assistidos
(b)  concentração das ações na resolução de problemas a curto prazo
(c)  centralização das responsabilidades sobre as ações e decisões durante a intervenção
(d)  interpretação da situação por parte do profissional visando o diagnóstico da melhor direção a ser seguida pela comunidade
(e)  incentivo às relações baseadas na cooperação e comunicação dentro dos grupos
 
Resposta correta: (e)
MÓDULO 8
 
(1) Psicologia e Políticas Públicas
 
Leitura obrigatória:
CREPOP. CFP. Levantamento dos marcos lógicos e legais para a pesquisa sobre atuação profissional de psicólogos em políticas públicas.  Disponível em: <http://crepop.pol.org.br/novo/1242_levanatamento-dos-marcos-logicos-e-legais-para-a-pesquisa-sobre-atuacao-profissional-de-psicologos-em-politicas-do-idoso>.Acesso em 01 set. 2011.
 
 
A questão social é tratada através de políticas sociais setorizadas (saúde, educação, segurança, etc.) que procuram tratar das sequelas da questão social, cenário no qual virão atuar as profissões do setor bem-estar, como a psicologia, para lidar com a importância e os limites desta atuação.
As políticas públicas no Brasil, como entre outros países latino-americanos sofreram um importante revés da agenda neoliberal, que, entre outros princípios sustentava a instituição de um estado mínimo, com a desmontagem dos serviços de bem-estar social. No país, seja pela própria precariedade dos serviços, seja pela barragem oferecida pelo governo federal nos últimos dois mandatos presidenciais, isto não se concretizou, embora ainda revele um grande conflito vivido na sociedade, hoje na pauta do dia, por exemplo em relação à saúde, quanto à importância ou não de se possuir um serviço público e universal, que não seja subfinanciado.
Houve, desde o início dos anos 2000 um movimento importante no sentido de situar e sustentar a psicologia no âmbito das políticas de proteção social, inclusive no que diz respeito à própria capacitação e adequação profissional (e política) o que pode ser visto nas discussões anuais do CFP sobre saúde pública e políticas públicas ou mesmo na instituição do CREPOP (Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas).
 
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
 
(2) Psicologia Social e Saúde
 
Leitura obrigatória:
a. DIMENSTEIN, M. O psicólogo e o compromisso social no contexto da saúde coletiva. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 6, n. 2, p. 57-63, jul./dez. 2001.
b. SPINK, M.J. e MATTA, G.C. A prática profissional psi na saúde pública. In SPINK, M.J. (Org.) A psicologia em diálogo com o SUS. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010, p.25-52.
 
Leitura para aprofundamento:
DIMENSTEIN, M. A prática dos psicólogos no Sistema Único de Saúde/SUS. In Brasil. Conselho Federal de Psicologia. Cartilha do I Forum Nacional de Psicologia e Saúde Pública. Brasília: CFP, 2006, p. 8-16. Disponível em: <http://www.pol.org.br/publicacoes/materia.cfm?id=120&materia=924>. Acesso em 01 ago. 2016.
 
Tendo como momento marcante a participação na Assembleia Nacional Constituinte de 1988, os psicólogos vem ingressando no campo através de sua participação nas Unidades Básicas de Saúde e nos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), modelo alternativo ao tratamento manicomial. Se a entrada não parece assim uma dificuldade, o como este trabalho veio sendo desenvolvido ainda é alvo de muita controvérsia. Como exemplo, a hegemonia nestes serviços da reprodução dos modelos clínicos tradicionais e da psicoterapia oferecidos pelos profissionais. A problematização da ação de saúde, o próprio engajamento em movimentos como a Reforma Sanitária parece distante da prática da maioria destes profissionais. O resultado é o aumento da oferta dos serviços a uma parcela maior da população, mais de um serviço, no sentido crítico e comprometido, desqualificado
No contexto da saúde, assim, as ideias de intersubjetividade, identidade, processo grupal, e vínculo vão se materializar nas relações que se dão entre os diferentes atores que participam desta cena. Nas práticas de saúde, estes elementos vão transparecer e determinar o como elas podem ser exercidas, suas perspectivas e limites.
O campo da Psicologia Social, mas especialmente o da Psicologia Social da Saúde tem se mostrado como área que organiza e se presta ao desenvolvimento de ações de saúde que envolvem as relações entre profissionais e entre estes e a população alvo destes serviços. Ele é visto como integrado aos mesmos princípios que têm orientado a implantação de serviços públicos de saúde na direção do atendimento das necessidades sociais.
 
 
Atividades recomendadas:
 1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.
 
 (3) Psicologia e Sistema Único de Assistência Social
 
Leitura obrigatória:
a. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Referências Técnicas para atuação do(a) Psicólogo(a) no CRAS/SUAS. Disponível em: <http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/publicacoes/cartilhas/cartilhas_070827_0177.html>. Acesso em 01 ago. 2016.
b. CRUZ L.R.; GUARESCHI, N. Políticas públicas e assistência social. Petrópolis: Vozes, 2009. (c) CFP. Revista Diálogos. Política de Assistência Social. no. 7, vol 7, 2010. Disponível em <http://www.pol.org.br/pol/export/sites/default/pol/publicacoes/publicacoesDocumentos/OK_-_Dixlogos_ed_7_FINAL_-_BAIXA.pdf.>. Disponível em 01 ago. 2016.
 
 
As políticas do Estado para a pobreza tem sido só recentemente voltadas para dar conta desta situação, e ainda assim, há muitas dúvidas se a mera distribuição de renda via programas sociais como o Bolsa Família ou como o BCEP-LOAS são capazes de retirar grandes contingentes da miséria.
 
No início da sua história como atividade profissional a Psicologia esteve associada muito intensamente aos interesses da elite, nas práticas de controle social e estigmatização da diferença. A crise econômica iniciada na década de 1970 foi co-responsável pela mudança no perfil do psicólogo graças à falência do modelo profissional liberal, de consultório, o que, a despeito da falta crônica de profissionais em outros campos como o da assistência social e da saúde pública, continua dramaticamente alimentando a procura pela formação. Outros campos se abriram, especialmente no setor de bem-estar, alavancado pela recondução democrática do país.
 
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses.

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