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Escola de Chicago

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AULA 05 – ESCOLA DE CHICAGO.
1 – Fundação: Fundada em 1892, graças ao esforço do magnata J.D. Rockfeller e de W.R. Harper, seguido por um grande número de figuras da ciência norte-americana, tais como: Parker, Burgess, Faris, Ogburn, Wirth e Thomas (esse criou a teoria da desorganização social).
2 – Ponto principal dessa Escola: promoveu de forma decisiva o método científico (ênfase na teoria, na observação e na objetividade) no estudo do comportamento humano e social. Pode-se dizer então que essa escola criou a Sociologia empírica nos Estados Unidos.
3 – Preocupações da Escola de Chicago: 
- Preocupação pela melhora das condições sociais.
- Buscava essa melhora por meio de investigação científica para implementação de política social que melhorassem as condições de vida dos indivíduos.
- Pragmatismo: a criminologia não deveria ser julgada apenas ou principalmente pelo estabelecimento ou descoberta de verdades objetivas sobre o delito, mas também por sua prevenção ou controle. Esse pensamento pragmático foi responsável pela criação de um dos projetos mais conhecidos no mundo e que foi implantado em Chicago, chamado Chicago Area Project (CAP).
4 – Orientação da Escola de Chicago: 
- Orientação eminentemente sociológica, ainda que não se excluísse de maneira absoluta eventuais influências biológicas no comportamento humano e às vezes até insistisse em que se tratava de perspectivas distintas, a verdade é que não considerava a biologia fosse promissora para sua explicação.Retirou também das suas teorias as orientações de cunho psicológico.
- Baseado no interacionismo simbólico: parte da importância que a sociedade tem para os indivíduos e esses se movem em grupos mais ou menos pequenos e íntimos e se comunicam, interagem, inter-relacionam por meio da linguagem e é precisamente essa interação que influi em sua personalidade e sua conduta.
- Para essa escola a noção que a pessoa tem de si, se forma através da interação com os demais e consigo mesmo.
- Observação participante: o investigador dessa escola passa a conviver com o grupo que quer conhecer e descrever (O vagabundo – N. Anderson/ Histórias de Vida – Shaw).
5 – Teoria Ecológica.
5.1 – Surgimento: Nasce em Chicago com a chegada maciça dos imigrantes.
5.2 – Conceito: é uma escola que partiu de um enfoque semelhante que se tinha no estudo das plantas, propugnando-se a estudar a ecologia humana, na qual se ocupa das relações dos seres humanos com seu meio, ou, mais concretamente, das relações que têm as pessoas no habitat natural.
5.3 – Áreas naturais (Park) – Estabeleceu a existência nas cidades de forças naturais, que influenciavam na formação de áreas naturais que irão abrigar um grupo social que têm algumas características específicas (pessoas pobres tendem a morar em locais mais desfavorecidos= pobreza seria a força natural).
5.4 – Zonas de delinqüência seriam as zonas de transição – estudos apontavam que determinados tipos de pessoas (delinqüentes) foram residir em zonas de transição porque foram propensos a ter dificuldades econômicas e isso os impelia as zonas violentas da cidade.
5.4 – Teoria da desorganização social – um dos estudos mais importantes elaborados na linha da teoria ecológica da escola de Chicago foi criada por Shaw e Mckay. Começou-se a perceber que os delinqüentes não estavam distribuídos em zonas igualitárias, mas se concentravam nas zonas próximas ao centro que eram marcadas pelas seguintes características:
a) Baixo status econômico.
b) alta mobilidade da população (grupos se mudavam bastante e isso gerava deterioração física)
c) Concentração de grupos pertencentes a minoria (imigrantes).
- Observação: Os bairros urbanos com elevados níveis de pobrezas, sem estrutura social condicente, instituições como família/escola, criam a desorganização social, dificultando a capacidade dessas instituições para controlar o comportamento criando um ambiente
- Objetivo da teoria da desorganização social: prevenção do delito. Que se daria da seguinte forma:
Reorganizar socialmente as zonas mais desfavorecidas (não se combate a criminalidade com tratamento ou intervenção policial).
Acreditava que a diminuição da criminalidade se daria através de um trabalho de conscientização social na própria comunidade delinqüente, que seria feita pelos conselhos comunitários, no intuito de redução da criminalidade.
6 – Teoria da associação diferencial.
6.1 – Precursor: Sutherland.
6.2 – Idéias sobre o delinqüente na associação diferencial:
- as causa da criminalidade não se encontram nas características pessoais dos sujeitos, sejam elas biológicas ou psicológicas. Mas tem origem social.
- Os delinqüentes juvenis costumam se relacionar por sua vez com outros delinqüentes, passar muito tempo juntos e fazer quase tudo juntos, e inclusive realizar seus delitos em grupos.
- Não se pode converter em delinqüente profissional apenas desejando-o, mas é imprescindível que seja treinado para isso em associação pessoal com outros que já sejam, por sua vez, delinqüentes profissionais.
- De acordo com a teoria da associação diferencial o delito é uma conduta que, como qualquer outra, se aprende. Ou seja, a origem da criminalidade não é hereditária, e por sua vez, qualquer um pode chegar a cometer um fato delitivo.
- Como se aprende um delito? Mediante processos de interação, de comunicação com outras pessoas em especial nos pequenos grupos íntimos e nas relações diretas como gestuais. (Pra Sutherland, a mídia ou cinema são meios secundários de aprendizado do delito).
- O que se aprende? São as motivações e as racionalizações para o cometimento do crime.
- Qual o ponto chave dessa teoria? A pessoa se converte em delinqüente devido a um excesso de definições favoráveis à infração da lei, em detrimento de definições desfavoráveis a infração da lei. Sutherland denomina esse critério de associação diferencial: nas sociedades contemporâneas não existe uma homogeneidade total sobre se todas as normas devem ser respeitadas ou não, de modo que todos estamos expostos a definições favoráveis ou não a obediência das normas. Quando as definições favoráveis a infração das normas a que se encontra exposta uma pessoa são as que prevalecem, então essa pessoa tenderá a delinqüir.
- Quais os fatores que influenciam nas definições favoráveis a infração da norma penal?
a) Prioridade (que as associações que tenham lugar em idades mais prematuras terão um peso superior).
b) Intensidade (afeto e respeito da pessoa com quem alguém se associa.
c) duração.
6.3 – Benefícios da Teoria da associação.
- explicava não só os crimes comuns, mas também os crimes de colarinho branco.
- Sutherland manteve uma sensibilidade que contribuíra para o controle e prevenção do delito.(Retirar as más influências e modificar os grupos e as comunidades sociais)

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